sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Drosophila suzukii chega à maior região de produção de morangos no Brasil

A espécie é de origem asiática e já ocorre em 6 estados



O plantio de morangos na região sul de Minas Gerais foi iniciado há cerca de sessenta anos e ela se tornou o polo de produção mais importante desta pequena e apreciada fruta no país. Atualmente, são mais de 80 mil toneladas colhidas em 1.700 hectares. As práticas de cultivo têm evoluído no sentido de reduzir a pressão por pragas através, por exemplo, do plantio em sistema semi-hidropônico.

Entretanto, uma notícia veiculada pela revista Florida Entomologist em dezembro de 2016 coloca os produtores em alerta: Drosophila suzukii chegou ao estado de Minas Gerais. Trata-se de uma pequena mosca oriunda do continente asiático aparentada daquela que aparece em frutas em estágio avançado de maturação (Drosophila melanogaster). Ela foi detectada no sul do Brasil há cerca de três anos e ataca morango, amora, framboesa, mirtilo e até a nossa nativa pitanga. A espécie é fortemente colonizadora e vem causando perdas expressivas no Rio Grande do Sul. 

Em 2016, indivíduos coletados no município de Ervália, no sul de Minas, foram coletados e identificados em um plantio de morangos. Além disso, frutos de morango e de goiaba com aparência flácida foram coletados para verificar que espécies estavam presentes.

Todas as amostras, tanto de adultos quanto de frutos, foram positivas para Drosophila suzukii. Portanto, a distribuição geográfica conhecida para Drosophila suzukii no Brasil passa a ser: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais. Levantamentos mais detalhados sobre a distribuição geográfica e círculo de hospedeiros estão em andamento.

Não há, até o momento, tecnologias registradas para o controle de Drosophila suzukii no Brasil. Assim sendo, medidas que restrinjam o trânsito de frutos potencialmente infestados para as proximidades das áreas de produção devem ser observadas. Deve-se, também, evitar a presença de frutas hospedeiras nos arredores e, diante de uma suspeita de presença da praga, enviar amostras para um laboratório de diagnóstico fitossanitário para confirmação.


Para saber mais:



Foto:Agroscope

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