sexta-feira, 6 de março de 2015

Cerveja de umbu é lançada em festival cultural no município de Uauá

Torta de umbu, doce de umbu, mousse de umbu, rocambole de umbu e... cerveja de umbu. O 7º Festival do Umbu, que acontece entre os dias 6 e 7 deste mês, no município de Uauá, na região de Canudos e Curaçá, trará manifestações culturais, oficinas, distribuição de mudas e degustação – de umbu.
 A cerveja artesanal feita a partir da fruta foi desenvolvida por uma parceria entre a Experimento Beer, cervejaria mineira especializada em bebidas alcoólicas com frutas, e a Cooperativa Baiana de Agricultura Familiar. Os fabricantes da cerveja, batizada de Saison Umbu, segundo a produção do evento, pretendem distribuir a bebida para todo o Brasil, além de destinar uma parte da produção para exportação. A cerveja tem 10% da fruta e 6,2% de álcool em sua composição. A produção do evento estima que 40 mil pessoas – entre agricultores familiares, expositores e visitantes em geral – participem do festival.
A Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), uma das organizadoras do 7º Festival do Umbu, trabalha com 16 comunidades do semiárido baiano com o objetivo de produzir iguarias com frutas produzidas pela agricultura familiar da região. O 7º Festival do Umbu terá entrada gratuita e, além do lançamento da Saison Umbu, realizará um concurso cultural nas modalidades de Literatura de Cordel e Pintura em Tela, que deverão seguir o tema “O ano internacional dos solos”, lembrado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (ONU/FAO). De acordo com a Coopercuc, o maior objetivo do evento é, além de divulgar a cultura nordestina, dar visibilidade às iniciativas da agricultura familiar, comercialização e sustentabilidade. O Festival é ainda, segundo a cooperativa, uma oportunidade para associações de várias regiões do país em expor e negociar produtos da agricultura familiar na Feira da Economia Solidária, que também será realizada durante o evento.

O estado da Bahia é responsável por 80% da produção de Umbu em todo o país, e grande parte do percentual corresponde ao município de Manuel de Vitorino, no sudoeste do estado. A fruta é um dos carros-chefes de toda a produção econômica da região. O escritor carioca Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, reconheceu a importância do umbu para a população local e chegou a batizar o umbuzeiro de “Árvore Sagrada da Caatinga”. Segundo produtores, o município de Manoel Vitorino produz cinco mil toneladas por ano de umbu, e vende o quilo por R$ 0,50. Além da fruta, o município cataloga 48 produtos produzidos a partir do umbu.



7º Festival Regional do Umbu acontece em março, em Uauá/Bahia
Informações no site: www.coopercuc.com.br

Fonte: Bahia Noticias

quinta-feira, 5 de março de 2015

Inflação do produtor acumula alta de 2,85% em 12 meses, diz IBGE

De dezembro para janeiro, índice desacelerou de 0,59% para -0,13%.
16 das 23 atividades pesquisadas registraram preços maiores.



O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a evolução dos preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes, desacelerou de dezembro para janeiro, passando de 0,59% para -0,13%, e acumulou alta de 2,85% nos últimos 12 meses, abaixo dos 4,46% no acumulado de 12 meses de dezembro.

Em janeiro, 16 das 23 atividades pesquisadas registraram preços maiores. As maiores variações foram em fumo (2,57%), outros produtos químicos (-2,30%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,23%) e impressão (1,76%).

Na comparação de janeiro de 2015 com janeiro de 2014, as quatro maiores variações foram em bebidas (9,90%), outros equipamentos de transporte (9,48%),


calçados e artigos de couro (8,45%) e fumo (8,44%). Já as principais influências vieram de veículos automotores (0,77 ponto percentual), metalurgia (0,46 p.p.), alimentos (0,39 p.p.) e outros produtos químicos (-0,31 p.p.).

Fonte: G1

Banco Central eleva outra vez os juros básicos da economia

O Banco Central Europeu (BCE) deixou as taxas de juros inalteradas nesta quinta-feira (5), mantendo-as em mínimas recordes, ao mesmo tempo em que implementa um plano de impressão de dinheiro em larga escala com o objetivo de tirar a inflação de território negativo.

A decisão de deixar o custo de empréstimos em mínimas recordes era amplamente esperada depois que o BCE cortou os juros para mínimas históricas em setembro do ano passado e que o presidente do banco central, Mario Draghi, disse então que elas haviam atingido "o limite inferior".

Na reunião desta quinta-feira realizada no Chipre, o BCE deixou a taxa referencial de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0,05%.

O BCE também manteve a taxa sobre depósitos em -0,20%, o que significa que bancos precisam pagar para manter fundos no banco central, e manteve sua taxa de empréstimo em 0,30%.

Os mercados agora voltam a atenção para a coletiva de imprensa de Draghi às 10h30 (horário de Brasília), com investidores buscando mais detalhes sobre o programa do BCE de impressão de dinheiro para a compra de títulos soberanos --o chamado "quantitative easing" (QE). O plano deve ter início neste mês.

Fonte: G1

Mapa discute com Itamaraty e MDIC aumento de exportações

A ministra Kátia Abreu (Agricultura) e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Armando Monteiro (Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior) discutiram nesta quarta-feira (4) medidas que visam ao aumento das exportações de produtos agropecuários brasileiros. 

Durante a reunião, no gabinete do Mapa, a titular da pasta afirmou que pretende atuar para reduzir as barreiras enfrentadas pelos produtos brasileiros no exterior, sejam sanitárias, fitossanitárias ou tarifárias. “Vamos reduzir entraves burocráticos e avançar no nosso comércio exterior”, afirmou. 

“Nosso país tem muitas vantagens”, disse a ministra na reunião. Um dos exemplos citados foi o de frutas. O Brasil é o único país do mundo que erradicou a cydia pomonella, uma das principais pragas que ataca as macieiras (maçãs). Na Argentina, grande exportador de maçãs, isso não ocorreu. Por essa razão, o governo brasileiro deverá negociar a realização de inspeções em território argentino, como determinam as regras de comércio exterior. Países aceitam essas inspeções para atestar a qualidade dos produtos e manter seus mercados.

De acordo com a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo, os principais obstáculos estão no mercado de carnes e de grãos. O ministério trabalha a fim de habilitar novos estabelecimentos para exportar carnes bovina, suína e aves e para aprovar novos transgênicos, em especial de milho e soja.

“O reconhecimento internacional de status livre de doenças e pragas é importante para manutenção e abertura de mercado aos produtos brasileiros”, afirmou a secretária, que também destacou a importância da ampliação de acordos internacionais.

Os dez mercados prioritários para o Brasil são: China, União Europeia, Estados Unidos, Rússia, Venezuela, Japão, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Índia e África do Sul.

Kátia Abreu disse que a pasta está fazendo uma força tarefa para dar celeridade aos mais de quatro mil processos pendentes de análise. Ela também apresentou aos ministros as diretrizes do Planejamento Nacional de Defesa Agropecuária - programa que deverá ser lançado nos próximos meses.

“Estamos avançando e trabalhando duro para aumentar essa performance na exportação”, disse a ministra. “Há 4 ou 5 anos estamos trabalhando nesse planejamento para aprimorar e reorganizar todos os pontos da defesa agropecuária”, completou.

Fonte: MAPA

Novo fungicida combate com eficácia doenças nas culturas de batata, tomate, feijão e amendoim


A Rotam, multinacional fabricante de defensivos agrícolas, lança no mercado brasileiro o seu mais novo fungicida, capaz de combater preventivamente importantes doenças nas culturas de batata, tomate, feijão e amendoim. O Glider 720 SC, que tem como Ingrediente ativo o Clorotalonil (720 g/L), possui como característica uma forte ação de contato e quando aplicado em manejo correto, permanece mais tempo na planta, o que proporciona melhor controle das doenças na lavoura. Este novo fungicida vem para complementar o portfólio da Rotam, que hoje é conhecida mundialmente por apresentar soluções inteligentes e sustentáveis para os produtores, além de consolidar seu perfil em oferecer produtos com tecnologia moderna e completa.

“O Glider 720 SC é um produto com uma formulação que combina qualidade e tecnologia, atende às necessidades do mercado global e entrega aos agricultores brasileiros um controle eficiente e confiável das doenças”, destaca o gerente regional de vendas e marketing da Rotam Brasil, Matheus Botelho. Ainda, segundo Botelho, doenças são um dos principais problemas enfrentados pelos produtores brasileiros, principalmente quando o fungo se prolifera rapidamente nas culturas e se torna de difícil controle. “O Glider 720 SC é um fungicida de contato e de amplo espectro que, quando aplicado corretamente, seguindo nossas orientações, permite a melhor prevenção tanto na fase vegetativa quanto reprodutiva das culturas, justamente quando a planta está mais suscetível às doenças”. 

Culturas

O Glider 720 SC chega com força no mercado de fungicidas para atender às necessidades mais recentes dos produtores ao agir no controle de doenças como mancha preta (amendoim), antracnose (feijão) e requeima e pinta preta (tomate e batata). “As culturas tratadas com o Glider 720 SC tornam-se mais resistentes às doenças, proporcionando vigor para a planta e obtendo como resultado maior produtividade”, diz Botelho.

Fonte: Agrolink

quarta-feira, 4 de março de 2015

Índice Ceagesp sobe 4,27% em fevereiro

O índice de preços da Ceagesp fechou o primeiro bimestre do ano com forte alta. Do lado da oferta, os problemas climáticos em razão do excesso de chuvas e das altas temperaturas nas regiões produtoras, típicos do período de verão, continuaram a prejudicar a quantidade ofertada e a qualidade das hortaliças.


Crédito: Arison Jardim/Secom

Em relação a demanda, segue aquecida a busca por alimentos leves e saudáveis, exatamente os que mais sofrem os efeitos da situação climática adversa. Assim, os preços de legumes e verduras mantiveram-se em acentuada elevação.
Escassez de água

Mesmo com a elevação do nível dos reservatórios, notadamente Cantareira e Alto Tietê, responsáveis por abastecer importantes regiões produtoras do estado de São Paulo, ainda não se descarta um possível rodízio de água nestas regiões.

No início de fevereiro, o nível dos reservatórios estava em situação muito mais alarmante, a falta d’água na irrigação era sentida na pele, com avisos de infração e lacração dos sistemas, em alguns casos. Portanto, o risco de um colapso era real, inibindo os investimentos na produção. Com cenário mais otimista em março, a propensão do produtor rural em retomar os investimentos tende a mudar positivamente.

Greve dos caminhoneiros

Nos últimos dias, houve a diminuição da oferta de mamão oriunda da Bahia e Espírito Santo e da cebola procedente de Santa Catarina, devido a greve dos caminhoneiros. Apesar disso, não foram os bloqueios que foram responsáveis pelas variações de preços, mas sim, os efeitos sazonais e climáticos. Mais de 50% da oferta tem como origem o próprio Estado de São Paulo que não apresentou nenhuma interrupção significativa no fornecimento de produtos.

Desde a última sexta, dia 27, dia da semana com maior movimentação na Ceagesp, a entrada de veículos e os volumes comercializados ocorrem dentro dos patamares habituais. Nesta segunda, dia 02 de março, não houve relatos de problemas no fornecimento e transporte de qualquer produto.

– Assim, soará como especulação qualquer tentativa de reajuste que esteja fundamentada neste motivos – ressalta o economista da Ceagesp, Flávio Godas.

FRUTAS

O setor de frutas que seria, potencialmente, o mais afetado em razão das longas distâncias, caiu 1,64% em fevereiro. As principais quedas foram da uva niagara (-24,85), abacate (-20%), limão taiti (-15,7%), goiaba (-12,1%) e maçã nacional gala (-11,4%). AS principais elevações foram do morango (22,5%), banana prata SP (19,15), manga tommy (17,8%) e abacaxi (17,6%).

Legumes

O setor de legumes registrou alta de 30,10%. As principais elevações ocorreram na vagem (71,8%), ervilha torta (69,7%), tomate (51,4%), chuchu (41,8%), cenoura (41,7%) e abobrinha italiana (24%). Não houve quedas significativas no setor. 

Verduras

O setor de verduras apresentou aumento de 22,29%. As principais elevações foram do coentro (124,8%), couve-flor (41,2%), alface (40,6%), acelga (40%), agrião (29,1%) e espinafre (27,1%). Somente o repolho (-7,1%) registrou recuo no preço.

Diversos

O setor de diversos subiu 6,41%. As principais altas foram do ovo branco (33,4%), ovo vermelho (32,3%), alho (3,7%) e coco seco (2,6%). As principais quedas foram da batata lisa (13,1%), e batata comum (-2,6%). 

Pescados

O setor de pescados caiu 5,46%. As principais quedas foram do namorado (-18,2%), pescada (-13,9%), robalo (-13%) e cação (-8,7%). As principais altas foram do espada (19,5%) e anchovas (7,9%).

Fonte: Canal Rural

Produção da indústria sobe em janeiro, mas faturamento recua

As horas trabalhadas na produção da indústria, indicador relacionado com o nível de atividade, registraram alta 1,9% em janeiro deste ano, em comparação com o mês anterior, mas o faturamento do setor registrou o terceiro mês seguido de queda nesta comparação, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio dos indicadores industriais.

“Esse resultado sugere que a enfraquecida demanda doméstica segue como um limitador adicional à recuperação da indústria”, avaliou a entidade, por meio de nota à imprensa. De acordo com a CNI, as horas trabalhadas na produção, embora tenham crescido frente a dezembro do ano passado, tiveram queda de 8% na comparação com o primeiro mês de 2014.

Apesar da queda no faturamento, a indústria mantém estável o emprego pelo segundo mês consecutivo, informou a entidade. "No entanto, esse indicador está 3,5% abaixo do registrado em janeiro de 2014", acrescentou a Confederação Nacional da Indústria.

De acordo com a CNI, a indústria operou, em média, com 81,5% da capacidade instalada em janeiro, 0,4 ponto percentual acima do registrado em dezembro do ano passado. "Mesmo com a alta, a utilização da capacidade instalada ainda está 0,3 ponto percentual abaixo do resultado de janeiro do ano passado, o que sinaliza ociosidade do parque fabril", avaliou.

A pesquisa mostra ainda, de acordo com a entidade, que a massa salarial na indústria recuou 0,5% entre janeiro e dezembro. Contudo, o rendimento médio real cresceu 0,3% no período. "O rendimento médio ainda mostra crescimento porque há certa inércia dos reajuste salariais de 2014 e os efeitos da redução do emprego na indústria ainda é parcial", informou a CNI.

Fonte: G1

Dupla de brasileiros cria marca de picolés feitos de frutas e água de coco


Indo na contramão da moda de gourmetizar os alimentos a todo custo, uma nova marca de picolés investe apenas em frutas de verdade para compor seu sabor. Sem corantes, sem açúcar, sem gordura vegetal e sem nenhum traço de pastas saborizantes. São os sorvetes da marca Naked (“Nu”, em português).


A inovação promete ser uma alternativa saudável para os apreciadores dos picolés, sendo composta apenas por frutas e uma boa dose de água de coco.

Quando estavam na praia vendo várias marcas de picolés se descreverem como saudáveis, uma luzinha acendeu na cabeça dos amigos Rafael Cipolla e Tiago Godoy: criar uma marca que correspondesse a essa ideia.

A Naked ainda não conta com pontos de venda, mas seus produtos podem ser comprados por encomenda pelo e-mail getnaked@sorvetenaked.com.br, por um valor unitário de R$ 8 e as entregas são feitas às sextas-feiras em toda a grande São Paulo. Em breve, os picolés naturais devem dar as caras também em feiras gastronômicas e lojas de produtos naturais.

Fonte: hypeness.com



IPA capacita produtores de frutas e hortaliças orgânicas

Produtores, que comercializam seus produtos nas feiras orgânicas do Recife serão capacitados pelos técnicos do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Eles também terão acesso aos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), prestados pelo Instituto. A iniciativa integra o projeto de ordenamento das feiras orgânicas, realizado em parceria com a Prefeitura da Cidade do Recife, por meio da Companhia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB), que ficará encarregada da fiscalização das feiras orgânicas.

“Além de organizar, a busca é pela elevação da qualidade dos produtos, ampliação de mercado e garantia da segurança alimentar para os consumidores”, explica o presidente do IPA, Gabriel Maciel. Nesse processo, o IPA também ficará encarregado de viabilizar que os agricultores sejam inseridos em Sistema Agroecológico de Produção. Ou seja, utilizem práticas sustentáveis, visando às questões sociais, econômicas e ambientais. As capacitações serão realizadas por meio de cursos e oficinas, com aulas teóricas e práticas, intercâmbios e visitas técnicas a propriedades, que já utilizem com sucesso sistemas agroecológicos.

Nesse primeiro momento, todos os participantes das 24 feiras orgânicas, que funcionam no Recife, serão cadastrados. Para isso, o IPA entregará, até o dia 10 de março, o formulário de cadastro aos coordenadores das feiras, que ficarão responsáveis pela distribuição e aplicação. O número exato de agricultores será apresentado após a realização do cadastro.

A ação será executada por meio da parceria firmada entre o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Prefeitura do Recife, através da CSURB. O ponta pé inicial para a implementação do projeto foi durante reunião realizada na sede do Instituto, com a participação do presidente do IPA, Gabriel Maciel, do secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, e do presidente da Companhia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB), Luiz Alexandre Almeida. Também participaram técnicos do IPA, representantes de ONG’s e coordenadores de feiras orgânicas.

Fonte: IPA

terça-feira, 3 de março de 2015

País vai à feira de Milão para 'vender' alimentos

O governo usará a Expo Milão, Exposição Universal realizada a cada cinco anos e que em 2015 será organizada pela cidade italiana, para tentar impulsionar as exportações de alimentos e de empresas da cadeia produtiva do setor. A ação tem uma justificativa estratégica, uma vez que o segmento de alimentos tem grande peso na balança comercial brasileira: o tema da Expo deste ano será "Alimentando o mundo; Energia para a vida".

Os preparativos para a participação brasileira são debatidos em um grupo interministerial presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que delegou à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) a operacionalização da ação. A Expo Milão ocorrerá entre maio e outubro, com a participação de 145 países, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e representantes de empresas. Os organizadores esperam 20 milhões de visitantes.

"É muito importante para a imagem do Brasil, principalmente neste caso específico porque o tema é alimento", afirmou ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho. "É uma oportunidade extraordinária", acrescentou, citando produtores de grãos, carnes, vacinas, defensivos agrícolas, máquinas, equipamentos, colheitadeiras, integrantes do segmento de logística, alimentos industrializados, embalagens, fertilizantes e instituições financeiras responsáveis pelo fomento do setor.

O investimento previsto na participação do Brasil na Expo Milão é de R$ 80 milhões, cifra que o governo pretende dividir com parceiros privados. Tais recursos serão usados na construção de um pavilhão de 4 mil metros quadrados, que terá um jardim com plantas, árvores e flores nativas do Brasil. Dentro, equipamentos interativos demonstrarão tecnologias de produção, agroenergia, agricultura familiar e segurança alimentar, agricultura empresarial e a rede do agronegócio brasileiros.

Para conquistar adesões na iniciativa privada, o governo vem realizando um périplo em associações setoriais para divulgar a ação. Estão sendo ofertadas cotas de patrocínio que variam de R$ 500 mil a R$ 2,5 milhões.

No ano passado, as exportações da indústria alimentícia caíram 6,1% em relação a 2013, para US$ 33,706 bilhões. O principal revés foi observado nos embarques de açúcares e produtos de confeitaria, segmento que em 2014 exportou US$ 9,616 bilhões e no ano anterior vendeu US$ 12,014 bilhões. O principal item da pauta da indústria de alimentos - carnes e miudezas comestíveis - viu crescer suas exportações em 4,3% no período, para US$ 15,417 bilhões.

Fonte: Valor Econômico

Importação de defensivos bate novo recorde

Levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) indica que o país trouxe do exterior 418 mil toneladas de agroquímicos (entre produtos técnicos e formulados) no ano passado, 2,4% mais que em 2013. O valor dessas compras subiu de US$ 7,1 bilhões para US$ 7,3 bilhões na mesma comparação.

A importação de inseticidas foi responsável por US$ 2,7 bilhões desse total, ou 127,5 mil toneladas, uma elevação de 13,26% em relação ao ano anterior. Esse incremento refletiu o temor dos produtores com os ataques de lagartas como helicoverpa e falsa-medideira em lavouras de grãos e algodão.

O tratamento de sementes, um mercado "jovem" mas que já movimenta US$ 750 milhões em inseticidas no país, também deu sua contribuição. Mas, mesmo assim, os inseticidas continuaram a ocupar a segunda posição dentre os agroquímicos mais adquiridos lá fora, atrás dos herbicidas – que, capitaneados pelo glifosato, voltaram a responder por mais da metade das importações totais.

A dianteira dos herbicidas foi mantida apesar da queda de 5,12% no volume trazido do exterior em 2014, para 225,19 mil toneladas, reflexo da seca que atingiu o país e reduziu o ímpeto das ervas daninhas. "O fato é que seguimos altamente dependentes de importação em defensivos. Em torno de 80% dos produtos vendidos no Brasil são de origem importada", disse ao Valor Ivan Sampaio, gerente de informação do Sindiveg.

Existem cerca de 300 ingredientes ativos disponíveis atualmente no mercado, mas apenas dez deles são sintetizados no Brasil, conforme Sampaio. "Esse cenário é o oposto das décadas de 1970 e 1980, quando 80% do produto comercializado no país vinha do mercado local", afirmou.

A explicação para essa inversão, acrescentou o gerente do Sindiveg, está nos entraves regulatórios enfrentados pelo segmento. Atualmente, as indústrias veem mais facilidades em importar defensivos do que em produzi-los localmente.

"Há muita restrição, muita fiscalização. E não tem isonomia com o produto importado", disse Sampaio. Pesa também para esse desestímulo o demorado processo de autorização de novos registros de agroquímicos no Brasil.

Do volume importado pelo país em 2014, 56,2% corresponderam a produtos técnicos (que é o princípio ativo, matéria-prima para os defensivos), enquanto os produtos formulados (agroquímico final) representaram os 43,8% restantes. É a esta última atividade que as indústrias de defensivos do Brasil mais se dedicam. "O Brasil é hoje um grande formulador de defensivos, utilizando-se do produto técnico trazido do exterior", disse Sampaio.

Fonte: Valor Econômico

Protestos enchem silos no interior e esvaziam nos portos

Os protestos de caminhões no Brasil entraram em seu 13º dia nesta segunda-feira (2) com menos adesões do que na semana passada, mas a situação ainda é crítica especialmente no Sul, afetando atividades agropecuárias, os negócios e a movimentação de grãos, como soja e milho.

Com os bloqueios concentrados no Sul, ocorrendo ainda em 23 pontos nesta tarde nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, produtores, cooperativas e compradores de grãos têm receio de efetivar negócios devido à imprevisibilidade da entrega por conta dos protestos nas rodovias, com impacto na logística, armazenagem e na exportação de grãos.

"O protesto continua, está muito forte na região oeste, sudoeste do estado (do Paraná), e o noroeste pega a região de Campo Mourão. É um problema sério, o pessoal não consegue se planejar, os armazéns estão começando a encher (nas propriedades rurais e cooperativas)", disse uma importante fonte do setor produtivo, que pediu para não ser identificada por temer represálias dos manifestantes.

Se os armazéns estão ficando cheios na origem, nas áreas de produção de soja e milho, eles estão mais vazios nos destinos, nas agroindústrias ou nos portos exportadores, na medida em que navios vão esgotando os estoques portuários para completar cargas programadas ou em que criações se alimentam com o que resta nos silos.

"O produto que vai para o porto é muito pouco, os estoques estão vazios nos portos, e não está chegando carga para completar. Ou está chegando muito pouco (nos portos), tem navio que carregou uma parte (da carga planejada) e está aguardando mais para fechar carga, e aí começa a pagar demurrage (multa por sobre-estadia do navio)", afirmou a fonte, com sede no Paraná.

Um porta-voz de Paranaguá afirmou à Reuters que o porto paranaense, o terceiro em soja do Brasil, tinha recebido 950 caminhões até a manhã de segunda-feira, o dobro dos dias anteriores, mas ainda bem abaixo do normal para esta época do ano. No fim de semana apenas 590 dos habituais 3.000 caminhões chegaram, acrescentou. Estradas foram bloqueadas em quatro pontos do estado do Paraná nesta segunda-feira.

No porto de Rio Grande (RS), segundo exportador brasileiro de soja em grãos, a situação continua crítica, considerando que os desbloqueios efetuados pela polícia no final de semana não aliviaram muito a situação, disse um porta-voz da administração portuária.

"Eles conseguiram liberar cerca de 60 caminhões para o porto, mas 60 caminhões não mudam muito a situação. Existem navios que estão esperando para completar o carregamento", disse nesta segunda-feira Andre Zenobini, da assessoria do porto.

Efeitos nas vendas externas

Essa pausa no ciclo do escoamento do produto agrícola pode ter impacto mais grave nas exportações, caso as manifestações não sejam encerradas. Fontes do setor estão ansiosas para que os protestos terminem no Sul, como foram encerrados em outros estados, após medidas governamentais que incluíram multas de até R$ 10 mil por hora.

Mas, se a greve continuar, o porto de Paranaguá poderia ter problemas para atender aos pedidos de exportação de soja até terça-feira ou quarta-feira, disse o porta-voz.

Isso num momento em que a exportação de soja começaria a ganhar ritmo por conta da colheita, que está atingindo o seu pico, enchendo os silos das propriedades que têm infraestrutura de armazenagem.

Os trabalhos de colheita chegaram a ser atrasados nos últimos dias em algumas áreas, como em Mato Grosso, por conta da falta de diesel para abastecer a colheitadeira --o abastecimento de combustíveis também está sendo prejudicado pelos protestos.

As exportações de soja do Brasil no mês passado foram as piores para o mês de fevereiro dos últimos quatro anos, somando 869 mil toneladas, com influência dos protestos nas estradas e do atraso na colheita.

A Abiove, associação que representa a indústria e os exportadores de soja, afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Agroindústria sofrendo
Se o agricultor e a cadeia exportadora estão tendo prejuízos, o setor da agroindústria, em especial de carne e leite, está tendo mais perdas.

Os prejuízos acontecem porque não se pode abater os animais, que já passaram do peso ideal, ou por falta de ração para alimentá-los. No caso do leite, o produto tem apenas um dia de vida útil na propriedade.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, disse em nota nesta segunda que o movimento grevista está causando transtornos insuportáveis ao segmento.

"O fluxo de matérias-primas das áreas rurais para as indústrias foi interrompido - e leite, grãos, frutas, hortigranjeiros, aves, bovinos e suínos deixaram de chegar às agroindústrias. No contrafluxo, rações, pintinhos, leitões e outros insumos deixaram de chegar aos estabelecimentos agrícolas", afirmou ele.

Para o presidente da Faesc, as consequências são catastróficas. As indústrias paralisaram a produção por falta de matéria-prima e de local para estocagem dos produtos processados.

Segundo a Faesc, "cerca de 6 milhões de litros de leite estão sendo jogados fora todos os dias" em Santa Catarina porque não é permitido o transporte até os laticínios.

Ainda segundo o presidente da federação, falta ração para um plantel permanente de quase 100 milhões de aves e 5,5 milhões de suínos.

A exportação de carnes também está sofrendo. Os embarques de cortes suínos in natura do Brasil em fevereiro foram os menores em nove anos, devido às dificuldades de logística.

Fonte: G1 - Globo Rural

Programa de Aquisição de Alimentos vai beneficiar agricultura familiar em Minas

Minas Gerais vai ampliar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em 2015. Isto será possível com a implantação da modalidade PAA Familiar, que prevê a aquisição de alimentos da agricultura familiar pelos órgãos e entidades estaduais. A medida oferecerá mais oportunidades de comercialização aos agricultores familiares e fortalecerá o setor.

A implantação da modalidade PAA Familiar é viável por meio da Lei nº 20.608 de 2013. Regulamentada em janeiro deste ano, ela determina que os órgãos e entidades estaduais apliquem 30% dos recursos destinados à compra de gêneros alimentícios na aquisição de alimentos da agricultura familiar. Com isso, o governo estadual pretende ampliar o acesso ao mercado pelos agricultores familiares. A ideia é utilizar o poder de compra da administração pública para fomentar o mercado e o desenvolvimento do setor.

De acordo com o superintende de Gestão dos Mercados Livres do Produtor (órgão ligado à subsecretaria de Agricultura Familiar de Minas Gerais), Lucas Scarascia, a iniciativa é mais uma oportunidade de comercialização para a produção de produtos in natura e agroindustrializados da agricultura familiar. “A intenção é remunerar de forma justa os agricultores, e, por isso, os preços de aquisição deverão considerar outros custos, como transporte e tributos”, afirma.

As compras dos alimentos serão feitas por meio de chamada pública. Poderão participar agricultores familiares e organizações que possuem Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) válida e ativa. Ainda estão sendo discutidos detalhes sobre o modelo de chamada publica, mas a previsão é que a modalidade comece a funcionar ainda no primeiro semestre deste ano. Com isso, Minas Gerais passará a ter seis modalidades do PAA.

Emater/MG

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma iniciativa do governo Federal e coordenado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por meio do Programa, os alimentos produzidos pela agricultura familiar são comprados e doados a escolas públicas, creches, asilos e instituições assistenciais.

As atribuições da Emater/MG no programa são bem amplas e abrangem desde a assistência técnica, mobilização de agricultores, emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), orientação e elaboração de projetos até capacitação dos agricultores em boas práticas de produção. Em 2014, a Emater/MG orientou 10.820 agricultores familiares visando a participação deles no PAA.

A Emater-MG atua no PAA desde 2003. Em 2009, esse trabalho se tornou umas das metas estratégicas da Empresa, De acordo com o coordenador técnico estadual e gestor do PAA pela Emater/MG, Ademar Pires, “ essa nova modalidade (PAA Familiar) poderá aumentar o número de agricultores atendidos pelo programa”.

Fonte: Emater-MG

segunda-feira, 2 de março de 2015

Estado do Amazonas divulga relatório técnico sobre a Mosca da Carambola


A Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Amazonas (SFA-AM) divulgou neste mês o relatório técnico das ações do Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola Bactrocera carambolae, coordenado pelo Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/SDA/Mapa). Os trabalhos feitos no estado impediram que a praga – que é a principal barreira fitossanitária para exportação das frutas brasileiras para o Canadá, Estados Unidos, países do MERCOSUL e da União Europeia – se espalhasse. 

Os trabalhos foram iniciados quando o foco da praga foi detectado no distrito de Martins Pereira, em Roraima. A partir disso, as ações de prevenção foram intensificadas no estado do Amazonas e houve a Capacitação dos Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF) e da SFA-AM, pelo DSV. Além disso, a equipe elaborou e discutiu o Plano de Contingência e as ações de educação sanitária. A fiscalização do trânsito de vegetais também foi intensificada. 

Como parte do plano, os profissionais instalaram mais armadilhas para realização de monitoramentos em quintais de casas nas zonas rural e urbana dos municípios de Manaus, Presidente Figueiredo, Iranduba, Itacoatiara, Parintins e Nhamundá. Essa ação teve como objetivo detectar a praga rapidamente para iniciar, caso necessário, ações emergenciais de erradicação.

Segundo Maria Júlia Godoy, Coordenadora Nacional do Programa, “os trabalhos permitiram que a praga não se dispersasse de Roraima para o estado do Amazonas, o que resultou na manutenção das exportações do agronegócio fruticultura”. O programa foi desenvolvido por meio de uma equipe formada por profissionais da SFA-AM, SFA-RR e ADAF e teve o apoio de Fiscais Federais Agropecuários de vários estados do Brasil, bem como da Agência Nacional de Defesa Agropecuária do Pará (Adepara). 

Ação educativa – O Projeto de Prevenção e Controle da Mosca da Carambola Bactrocera carambolae liderou uma ação educativa a respeito dos prejuízos que a praga pode causar para o Brasil, caso ela se estabeleça. A ação aconteceu com o apoio da FFA Gabriela Sousa (Adepara), por meio de cursos para formação de multiplicadores, palestras técnicas, panfletagem e visitas em diversas instituições e estabelecimentos comerciais para orientação sobre o Programa de Erradicação da Mosca da Carambola (PNEMC).

De acordo com o relatório, “é importantíssimo que as ações de educação sanitária continuem a ser realizadas, pois somente com o apoio da população das áreas de ocorrência é possível evitar a dispersão da praga e unir forças como colaboradores nas ações de divulgação, orientação, pulverização, combate e monitoramento à mosca da carambola”.

Para Godoy, é importante intensificar as ações de fiscalização para o cumprimento da IN 09/2011, que proíbe a comercialização e trânsito de frutos hospedeiros da mosca da carambola como manga, goiaba, tomate, carambola, dentre outras, de Roraima para outras regiões do Brasil, em especial para o estado do Amazonas. 

A Mosca da Carambola representa uma ameaça para a fruticultura brasileira, que alcançou a terceira posição mundial de produtores de frutas, com uma forte exportação. Em 2013, este mercado gerou uma receita de U$ 657.528 ao país, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

Fonte: Ministério da Agricultura

Citros: Clima estimula floradas em fevereiro, segundo Cepea

Alguns pomares de laranja estão em floração em pleno mês de fevereiro, o que é atípico para o período. Segundo colaboradores do Cepea, isso ocorre principalmente em pomares de sequeiro, onde o “pegamento” da florada principal foi bem limitado pela seca. E como em janeiro choveu menos que o normal, as plantas ficaram sob estresse hídrico, motivando as aberturas após as precipitações de fevereiro. Como a colheita da safra principal deve ser restrita, produtores têm investido nesta florada. No geral, estão realizando manejos que evitem o aparecimento da “estrelinha”, fungo que pode causar abortamento das flores. Ainda não se sabe se as frutas resultantes dessas floradas serão direcionadas à indústria, visto que deverão ser colhidas cerca de cinco meses depois do pico safra principal, ou se serão comercializadas no mercado de mesa, junto com as laranjas temporãs.

Fonte: Grupo Cultivar / CEPEA

Emater capacita mulheres no aproveitamento de polpa, casca e sementes de produtos


Os pães de semente de jaca, de cupuaçu, da casca da manga e o tricolor composto de jambu, cenoura e beterraba são algumas das novidades que as mulheres da zona rural de Paragominas, nordeste paraense, começaram a produzir. Os produtos são resultado de oficinas que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) vem realizando junto a esse público, a maioria esposas de agricultores familiares. As capacitações chegam para garantir o aproveitamento total da produção, principalmente nas estações.

A Emater iniciou o projeto "Fruta na mesa, no chão não" no município há pouco mais de dois anos. A qualificação quer incentivar o aproveitamento das produções da propriedade em sua totalidade, casca, semente e polpas, a fim de garantir a melhoria da qualidade da alimentação e da renda das famílias.

Segundo a extensionista da Emater, Ingrid Leão, para a execução do projeto foram levantados dados junto a algumas comunidades que identificaram o desperdício em até 30%, principalmente das frutas de estação.

Durante as oficinas, as mulheres envolvidas no processo aprendem não apenas o processamento, mas também o valor nutricional de cada produto. No caso da semente da jaca, ela substitui 70% da farinha de trigo utilizada se o processo fosse acontecer na forma tradicional. Já a casca da manga é rica em fibras que ajudam no bom funcionamento do intestino, no emagrecimento e na saciedade.

“O projeto, que pode aumentar em até 30% a renda destas famílias, também trabalha a auto-estima destas mulheres, que começam a comercialização por ali mesmo na própria comunidade”, diz a extensionista da Emater.

Desde o começo do projeto, a Emater já capacitou mais de 360 famílias em 13 treinamentos. A expectativa é que já a partir da primeira semana de março iniciem os novos cursos, que deverão ocorrer um a cada mês e incluem também subprodutos da mandioca, como o aproveitamento da entrecasca para a produção de palito salgado e doce.

Fonte: EMATER - Pará

Agricultores investem na construção de armazéns coletivos no Paraná

No Brasil, faltam armazéns para guardar a produção de grãos que cresce ano após ano. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura, há um déficit de 30% entre o que é produzido no país e o que produtores conseguem guardar de forma adequada.

Também são poucos os armazéns nas fazendas. Nos Estados unidos, por exemplo, mais da metade da safra fica no campo. Já no Brasil, não passa de 15%. Mas essa situação está começando a mudar. Agricultores do Paraná investem na construção de armazéns coletivos.

A colhedeira faz parte do cenário em época de safra no Paraná. Há máquinas trabalhando por todos os canto. O serviço começa cedo na fazenda da família Pelanda, no município de Palotina.

O agricultor Domingos Pelanda e os filhos João e Guilherme correm para colher os 550 hectares plantados com soja. Ele contou que os últimos anos têm sido muito bons para a agricultura, o que permitiu que a família comprasse máquinas novas e instalasse dois pivôs centrais para irrigação. Na propriedade já são 180 hectares, que fazem muita diferença em anos de abaixo da média. “Eu até fico admirado de tá plantando com um tempo seco assim”, diz o seu Domingos.

Em 40 anos de lida na agricultura, seu Domingos tem muitos motivos para se admirar. Ele começou a plantar soja no final da década de 1960. "Eu produzia cerca de 40 sacos por hectares. Hoje, colho 80 sacos por hectare", compara.

Hoje, o Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil. A área plantada com a cultura cresceu 30% em dez anos. O número que mais impressiona é o do aumento da produtividade das lavouras. Em 2004, eram colhidos uma média de 2,3 mil quilos de soja por hectare. Na última safra, esse número passou dos 2,9 mil quilos. Houve aumento de 600 quilos de soja por hectare. Com isso, a produção total do estado do Paraná aumentou em quase 8 milhões de toneladas em uma década.

A alta produtividade aliada a bons preços também mudou a forma como o agricultor comercializa a safra. "A gente veio se capitalizando. Entã, você consegue vender uma parte, pagar as despesas, e outra parte voc esperar um melhor momento para comercializar", diz Guilherme Pelanda.

Em cima da palhada da soja, os agricultores semeiam o milho, lavoura que também tem dado ótimas produtividades na região. São mais de 120 sacas por hectare. O resultado é a falta de espaço para guardar tantos grãos. As cooperativas e cerealistas da região estão ampliando instalações, mas a armazenagem tem custo para o produtor: "Você entregando para uma cooperativa, ele retém 1% da produção na entrega", explica André Pelanda.

"Uma vez entregue lá dentro, a empresa passa a ser o dono daquele produto. Ela negocia da forma que quiser e você vai negociar dentro do preço que ela te oferece, que é o mercado regional assim aqui", esclarece o agricultor Antônio Galli.

Os agricultores também se queixam do destino da chamada sobra, que são os grãos fora do padrão de qualidade exigido pelo mercado. "Vamos falar de milho safrinha. A gente tem na nossa região muita geada e acaba dando problema de grãos avariados. Se fosse entregar numa empresa, seria descontado. Por exemplo, entrega uma carga com 8% de grãos avariados, o tolerado é 6, esses 2% a empresa descontaria de mim e eu não veria mais", completa Galli.

A diferença de 2% fica para as empresas, que depois misturam esse produto com grãos perfeitos e vão fazendo lotes dentro do padrão de qualidade. Mas o dinheiro da sobra não volta para o agricultor. Só se livra do problema quem tem armazém próprio.

Então, surgiu a ideia de formar grupos de agricultores para a construção de estruturas para receber e armazenar os grãos em uma espécie de condomínio. O Agro5000, primeiro condomínio formado em Palotina, pertence a 14 sócios. O condomínio começou a funcionar há nove anos com capacidade para armazenar nove mil toneladas de grãos. O lugar passou pela primeira ampliação, que elevou a capacidade para 16 mil toneladas. Agora, o espaço está novamente em obra. Na próxima safrinha, o armazém irá conseguir guardar 25 mil toneladas de grãos.

Além de receber os grãos, no condomínio o produto fica no padrão exigido pelo mercado. “A gente faz a classificação de todo produto. A partir daí, é beneficiado o produto e colocado dentro de cada silo. Para depois embarcar para exportação ou diretamente para o consumidor final”, explica Jacob Benincá, gerente do condomínio.

O presidente do condomínio conta que foi preciso coragem para investir quase R$ 9 milhões. “Nós andamos muito. Fomos visitar várias obras, várias unidades de cerealistas e cooperativas. E aí fomos criando uma ideia nossa de como queríamos fazer”, explica Adyr Dazzi.

Os agricultores tiveram 90% da obra financiada com recursos de programas de crédito oficiais e de bancos privados. O espaço que cada sócio tem dentro do armazém depende da cota que foi comprada, com base no tamanho da propriedade e na produção de cada um.

Na hora de pagar as contas funciona da mesma maneira. Cada sócio responde por sua cota e o pagamento é feito em produto. “Quando entra o produto já é retido 2% de cada condômino para despesa de funcionário, compra de lenha, energia, manutenção e para pagar as ampliações”, diz Dazzi.

Os condomínios vêm dando tão certo que a ideia está se espalhando pelo município de Palotina e pelo estado do Paraná. O Agroparaíso, segundo condomínio da cidade, pertence a oito agricultores e tem capacidade para armazenar 22 mil toneladas de grãos.

O condomínio Agroparaíso ficou pronto em 2013 e custou R$ 8,2 milhões. Quase todo valor foi financiado. Antônio Galli, presidente do grupo, explica que o condomínio proporcionou outras vantagens. “A facilidade de entrega de produto, no momento mais crítico, nas empresas que a gente vendia antes encontrava filas de 5 a 6 horas que a gente tinha que ficar. Aqui não. Isso facilita muito pra gente na lavoura porque não preciso parar as colhedeiras. A gente não precisa pagar fretes, que é bastante caro na época da colheita. Com o próprio caminhão, a gente consegue trazer de quatro a seis viagens no dia. Enquanto que antes a gente fazia uma ou, no máximo, duas viagens”, aponta Galli.

Há mais vantagens para quem produz e também consome grão. Além do plantio de 250 hectares de soja e milho, na granja da família Mioto se faz a cria de 500 leitões por semana e a engorda de mais de um milhão de frangos por ano.

Leonardo Mioto explica que antes do condomínio a família produzia o milho e, como não tinha onde guardar, era obrigada a vender o grão. Depois, comprava de volta para alimentar os porcos. Hoje, toda a produção da família vai para o condomínio. A soja é vendida no mercado e o milho volta para a granja seco, selecionado e beneficiado. “De manhã você pegava uma carga de milho era um tipo de milho. No outro dia você ia buscar outra carga, podia ser no mesmo local, mas acontecia de ser diferente. Então, toda carga você tinha que ficar analisando”, diz.

Animados com o sucesso dos vizinhos, mais agricultores se organizam para formar novos condomínios. Só em Palotina já tem um espaço em construção e mais três em fase de planejamento. Para o presidente do Sindicato Rural do município, Nestor Araldi, a explicação para tanto interesse é simples.

“Quem está estabelecido e não quer sair do município, comprar terra aqui é muito caro. Não compensa mais comprar terra aqui. Então, o jeito é nós agregar valor no nosso produto. Então, invés de eu pagar para uma firma, uma cooperativa, ela limpar meu produto e secar. Eu seco e limpo e entrego para ela o produto depois”, diz Araldi.

O condomínio agrega valor porque permite que o agricultor guarde os grãos para vender quando quiser. Ao reduzir os custos e vender melhor a produção, aumenta o lucro do produto. “Vamos falar em torno de 55 sacas por hectare e um preço a R$ 55. Eu vou ter um lucro de 20%. Dentro do condomínio, eu consigo um ganho líquido em torno de 5% no produto”, calcula Galli.

Parece, mas não é pouco. Se o lucro líquido é de 20%, 5% representam aumento de um quarto, ou seja, acréscimo de 25% no dinheiro no bolso do produtor no final de cada safra.

Fonte: Globo Rural

Crise hídrica diminui o tamanho dos frutos na produção de caqui em Mogi

Agricultores de Mogi das Cruzes começam a colher o caqui rama-forte. A forte seca não afetou a produção do fruto, mas diminuiu o tamanho. Para se encher uma caixa de caqui, agora, são necessários 60 frutos. Nas safras anteriores, os produtores usavam 40. A expectativa pelo desempenho da safra é grande, porque os produtores não sabem quanto vão receber nas vendas.

Uma propriedade de Mogi das Cruzes tem 4 hectáres de plantação de caqui. No começo de safra, o agricultor reclama do tamanho da fruta. "Essa crise hídrica que teve, a fruta cresceu o adequado. Agora com essas chuvas fortes, as próximas frutas vão ficar com o tamanho bom."
Em compensação, os pés têm boa produção. A expectativa é de vender, por dia, 500 quilos da fruta. Um volume que deve chegar, até o fim da safra, em maio, a 200 toneladas - mesmo resultado de 2014.

A maior dúvida está no preço. No ano passado, o quilo do caqui bem maior saiu por R$ 3, valor que se for o mesmo nesta safra não cubrirá o custo deste ano, que é de R$ 4. O agricultor ainda não recebeu a nota fiscal das vendas em consignação à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) "Essa prática de trabalhar com uma fruta consignada é muito difícil, porque o custo é fixo e não se sabe o quanto vai apurar após a venda", reclama.

O mesmo ocorre numa propriedade maior, também em Mogi das Cruzes. Os 24 hectáres de caquis estão com o tamanho da fruta pequeno por causa da falta de chuva. Para encher uma caixa, são necessários 60 caquis. Se fossem maiores, 40 bastariam. Porém, o dono ainda não acredita numa boa safra. "O frete e mão de obra subiram, em geral, tudo fica mais difícil", disse o agricultor João de Paula.

Com a queda do preço da fruta, muitos produtores desistiram de plantar caqui na região. Mesmo assim, a produção do Alto Tietê registra 55% do que é cultivado em todo o estado de São Paulo.

Fonte: G1

Maguary inaugura segmento de alimentos saudáveis


empresa de sucos Maguary investe na criação de um novo nicho de alimentos à base de frutas, ao mesmo tempo em que amplia sua linha de bebidas saudáveis.
O Maguary Purê, lançado recentemente, inaugura o novo segmento. Na embalagem, apenas fruta amassada, sem adição de açúcar ou corantes.

A empresa segue a tendência de uma “alimentação mais saudável, rápida e natural”, segundo João Caetano, presidente da Maguary, em entrevista exclusiva à EXAME.com.

O purê será fabricado no Chile por um fornecedor, em uma parceria nova e exclusiva para esse produto. “Se houver aceitação, volume e rentabilidade, a produção pode se nacionalizar”, diz Caetano, afirmando que esse é o movimento mais natural.

A empresa começou a estudar a entrada no novo mercado há três anos, com intensas pesquisas com consumidores, disse Caetano à EXAME.com.

Para o presidente, “sentimos que a marca atinge o público mesmo fora da área de sucos e que poderíamos avançar para alimentos”. 

O purê pode abrir uma porta para outros lançamentos da maior processadora brasileira de frutas para sucos. “Se tivermos sucesso, podemos continuar a linha de alimentos, sempre ligados a uma base de fruta.”

Seguindo a mesma tendência saudável, a empresa também desenvolveu outras duas linhas de produtos: Maguary Life, bebidas sem adição de açúcar ou corantes, e o Natural Tea.

A empresa existe há 70 anos, mas 40% do seu faturamento vem de produtos lançados nos últimos três anos.

Segundo Caetano, a empresa investiu R$ 90 milhões em inovação e no parque fabril e lançou mais de 200 produtos novos nesse período.

Fonte: Exame.com

Expodireto Cotrijal 2015



A Expodireto Cotrijal 2015 será realizada entre os dias 09 a 13 de março, em Não-Me-Toque – RS. A feira conta com a presença de mais de quatrocentos expositores, que oferecem produtos e serviços na área de agronegócios. Entre as áreas de destaque do evento estão:
  • Abrangência Internacional: Negócios sem fronteiras;
  • Máquinas Agrícolas: Modelos Competitivos para todas as propriedades;
  • Produção Vegetal: Avanço Tecnológico e Sustentabilidade;
  • Agricultura Familiar;
  • Produção Animal: Serviços e produtos para dinamizar o setor.
Público alvo: Agricultores, profissionais de assistência técnica, empresários, estudantes e outros segmentos ligados ao agronegócio

Contato: Mais informações sobre a Expodireto Cotrijal 2015 podem ser obtidas através de contato via endereço de e-mail: expodireto@cotrijal.com.br  ou telefone: (54) 3332-3636.