quinta-feira, 9 de junho de 2016

Agricultores orgânicos de cupuaçu conhecem plantios da Embrapa

Interessados em conhecer as pesquisas da Embrapa Amazônia Ocidental com plantas medicinais, aromáticas e condimentares, cinco produtores orgânicos de cupuaçu, da comunidade Jardim Floresta, situada no km 126 da BR-174, em Presidente Figueiredo-AM, visitaram nesta quarta-feira, 8 de junho de 2016, o Campo Experimental da Unidade. A visita fez parte das atividades do projeto "Pesquisas e Inovações Tecnológicas para o Desenvolvimento da Cultura do Cupuaçuzeiro no Estado do Amazonas", liderado pela pesquisadora Aparecida Claret, da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM) que conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Na comunidade está instalada uma Unidade Demonstrativa (UD) na propriedade de dona Isabel Gomes dos Santos, produtora rural, que esteve presente na visita. Através das Unidades Demonstrativas que são modelos, os pesquisadores da Embrapa ministram cursos e os produtores participantes servem de multiplicadores das tecnologias.

A produtrora disse que está muito satisfeita com o trabalho da Embrapa, por que em um ano o cupuaçuzeiro que foi plantado já está produzindo. "Já sei até o sabor do cupuaçu. É doce, não é azedo como os outros", diz.

A Unidade Demonstrativa tem 55 pés de cupuaçu, das 10 variedades resistentes que a Embrapa lançou nos últimos anos, plantados em consórcio com açaí, macaxeira, feijão e milho. Foi plantado em maio de 2015 e já começou a produzir.

O presidente da comunidade Jardim Floresta, Maronilson Costa, falou da importância do trabalho da Embrapa para os agricultores. "A Embrapa veio para nos auxiliar, ensinando a melhorar nossas práticas agrícolas. Trouxe conhecimentos e é sempre bom ter conhecimento para melhorar o trabalho", disse. Na comunidade vivem aproximadamente 270 famílias, em torno de 1,5 mil pessoas, tem estrutura de escola, posto de saúde, iluminação pública e telefonia rural e destaca-se na produção agrícola orgânica.

Segundo Aparecida Claret, a visita serviu para mostrar as alternativas de consórcio que se pode fazer junto com o plantio de cupuaçu. Os produtores cultivam cupuaçu com culturas alimentares como milho, feijão, mandioca e macaxeira e agora estão sendo incentivados a usarem também as plantas medicinais, aromáticas e condimentares, intercaladas com os cupuaçuzeiros. "Então eles estão aqui para conhecer nossa área e para que a gente possa incentivá-los a adotar esses cultivos", explicou a pesquisadora.

O cupuaçuzeiro começa a produzir, quando bem adubado, no segundo ano de plantio da muda no campo. Depois do terceiro ou quarto ano se estabiliza a produção. Na Unidade Demonstrativa o plantio foi realizado em maio de 2015 e já começou a produzir os primeiros frutos. "O cupuaçu começa a produzir se está bem tratado, bem adubado no segundo ano e nessa unidade, o cultivo é orgânico", comenta.

Durante a visita, o pesquisador Francisco Célio Maia Chaves, mostrou no campo os plantios de algumas espécies de plantas medicinais, como gengibre, citronela, caapeba dentre outras, que podem ser cultivas em consórcio com o cupuaçuzeiro garantir mais renda ao produtor rural.

Brasil apto para a bioeconomia

A agricultura é a nova economia e o caminho mais curto e seguro para que o País seja o grande protagonista da bioeconomia, constatações apresentadas pelos pesquisadores Maurício Lopes, presidente da Embrapa, e Renato Roscoe, superintendente de Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, durante o painel de abertura (7) do II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (II SIGEE), realizado pela Embrapa e Sistema Famasul.

Maurício Lopes abriu o evento abordando o desenvolvimento sustentável e a busca por uma nova economia e segundo o presidente da estatal, a agricultura tem a capacidade de incorporar o grau de multifuncionalidade que este novo paradigma econômico exige, saindo de um conceito linear para circular, no qual o uso dos recursos naturais é priorizado, reciclado e respeitado. O novo modelo provoca ainda rupturas e, consequentemente, transformações nos conceitos de clima, tecnologia e urbanização.

Para o cientista, a agricultura e a pecuária atuam, integram e provêm vertentes, como: alimentos, fibra e energia; alimentação, nutrição e saúde; biomassa, biomateriais e química verde; serviços ambientais e ecossistêmicos; inclusão e qualidade de vida no meio rural; e cultura, tradição e turismo, “sendo capaz de levar uma agenda de inclusão, agregação de valor, produção sustentável e diversificação, principalmente, diante de um futuro tão desafiador com uma agricultura mais complexa, reflexo da nova sociedade”.

Este futuro, cada vez menos previsível, tem, conforme Lopes, na água, no alimento, na energia, no meio ambiente e na pobreza seus maiores desafios e uma sociedade ativa que exige informações e respostas a tais provas, em velocidade alucinante. Tão veloz quanto à transformação digital e muito disso está relacionado ao perfil do consumidor, que hoje interage, comunica, cobra e valoriza.

“Migremos com mais rapidez na direção da sustentabilidade. O Brasil tem hoje, talvez, as melhores ferramentas e argumentos para trabalhar uma agricultura sustentável e está na hora de pensar um novo conceito de produto, unir esforços e buscar sinergia”, provoca o presidente da Embrapa. Em resposta, o superintendente de C&T de MS, Renato Roscoe apresentou o MS Carbono Neutro, política pública em fase de estruturação, a ser implementada pelo governo sul-mato-grossense que terá no desenvolvimento sustentável um de seus pilares.

Roscoe explica que o objetivo da proposta é ter um Estado no qual as emissões de gases de efeito estufa (GEE) serão compensadas por atividades de agricultura com práticas sustentáveis, como sistemas integrados e Sistema Plantio Direto, e geração de bioenergia. O MS Carbono Neutro é uma das bases metodológicas do ProClima, Programa Estadual de Mudanças Climáticas, em estágio final de elaboração.

Durante sua apresentação, o superintendente apresentou o cenário de mitigação do Estado, localizado no coração de áreas aptas para produção de eucalipto do País, a partir da adoção de medidas conservacionistas, como a recuperação de solos degradados ou com baixos índices de produtividade. A primeira etapa do MS Carbono é quantificar, cientificamente, em parceria com a Embrapa e a WRI Brasil, as emissões reais de GEEs em Mato Grosso do Sul. “A sociedade moderna concilia os conceitos de progresso e sustentabilidade e é isso que buscamos”, enfatizam os pesquisadores Roscoe e Lopes.

Simpósio
O II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (II SIGEE) segue até o dia 9 de junho e é realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Sistema Famasul, com patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sicredi e Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore MS).

O evento conta com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), da Rede de Fomento ILPF, da Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul (OCB/MS), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e WRI Brasil.

Fonte: Embrapa

Desperfilhador para bananeiras já pode ser encontrado no mercado

Equipamento desenvolvido pela Embrapa para desperfilhar bananeiras, o desperfilhador por roto-compressão já pode ser encontrado no mercado brasileiro, com o nome de Nova Lurdinha. Duas empresas estão licenciadas para fabricar e comercializar o produto: a Marcassio, de Atalanta (SC), e a Authomathika, de Sertãozinho (SP). A denominação de Nova Lurdinha é uma referência à antiga ferramenta usada para realizar a desbrota, conhecida em todo o Brasil como Lurdinha. 

O novo desperfilhador, no entanto, é mais ergonômico e eficiente do que a Lurdinha. Em testes realizados no município de Presidente Figueiredo (AM), em área de produtores de banana, o equipamento apresentou eficiência 20,35% maior na eliminação total dos perfilhos. Com o desperfilhador por roto-compressão, apenas 0,73% de uma mostra de mil perfilhos voltaram a brotar. O percentual de rebrota com a Lurdinha chegou aos 22,52%.

A eficiência não se dá apenas na remoção dos perfilhos. O desperfilhador por roto-compressão também agiliza o trabalho do agricultor. Nos testes, para eliminar mil perfilhos com a "Lurdinha" foram necessárias 4h44min. Com o novo equipamento a economia de tempo foi de quase uma hora e ficou em 3h45min. A "Lurdinha" também possui outras desvantagens, como necessidade de maior esforço do operador, além da dificuldade de a gema de crescimento – que é a parte retirada durante a operação – sair da ferramenta.

Além de adquirir o equipamento nas lojas agropecuárias especializadas, o agricultor poderá visitar os sites da Marcassio e da Authomathika, onde o produto também é comercializado e distribuído para todo o País, através dos Correios. 

O grupo da Embrapa Amazônia Ocidental que desenvolveu o equipamento é formado pelos pesquisadores Luadir Gasparotto, José Clério Rezende Pereira e Adauto Maurício Tavares, e pelo técnico Ricardo Pessoa Rebello. 

Como o desperfilhador funciona?
O desperfilhador por roto-compressão funciona apenas com a força do operador, não sendo necessária qualquer energia complementar, como baterias ou eletricidade. Para começar o trabalho, o operador deve segurar o guiador do equipamento com as duas mãos e colocar a extremidade inferior no perfilho já cortado, onde fica a gema apical. Esta extremidade inferior do desperfilhador é formada por uma broca, semelhante a uma pua com rosca sem fim. Com a aplicação da força do operador para baixo, uma mola do desperfilhador é comprimida, fazendo a broca girar e penetrar o perfilho, destruindo sua gema apical. Com a utilização do desperfilhador, acontece o dilaceramento dos tecidos da gema apical. 

O que é o desperfilhamento da bananeira?
A bananeira produz grande número de perfilhos (brotos), o que resulta em quantidade elevada de plantas em cada touceira. A competição entre elas reduz a produção do bananal e a qualidade dos frutos. Para que a produção seja mantida da forma ideal, é fundamental realizar o desperfilhamento, conduzindo a touceira com uma mãe, um filho e um neto. Assim, o agricultor deve selecionar os perfilhos vigorosos e eliminar os demais. O desperfilhamento, apesar de simples, é crucial para o sucesso do plantio e aumenta a vida útil dos bananais. 

Cultura da Bananeira
A cultura da bananeira (Musa spp.) ocupa o segundo lugar em volume de frutas produzidas e a terceira posição em área colhida no Brasil. A safra brasileira corresponde a 7,1 milhões de toneladas para uma área colhida de 497.330 hectares, distribuídos entre cerca de 70 mil produtores, conforme dados do Agrianual (2015).



Três safras, 50 milhões de hectares

Herbicida lançado em 2012 conquista agricultores em toda a fronteira agrícola pela efetividade de controle e rápida ação, inclusive em períodos chuvosos; Brasil é um dos quatro mercados-chave para investimentos nos próximos anos


A Nufarm celebra a marca de 50 milhões de hectares tratados com seu herbicida Crucial®, lançado no ano de 2012. O produto, que de acordo com a empresa foi aplicado em 5 milhões de hectares logo no primeiro ano de comercialização, vem sendo reconhecido por produtores pela eficácia e rapidez no controle de plantas daninhas, inclusive em períodos chuvosos. Crucial® conta com registro para algodão, arroz, arroz irrigado, café, cana-de-açúcar, citros, eucalipto, feijão, maçã, milho, milho resistente ao glifosato, pastagens, pinus, soja, soja resistente ao glifosato, trigo e uva.

Segundo o gerente de herbicidas e adjuvantes da Nufarm, Carlos Mella, o desempenho de Crucial® contribuiu para consolidar a participação da empresa no mercado brasileiro de herbicidas. Para o executivo, o sucesso do produto está relacionado, sobretudo, à formulação, que tem como ingrediente ativo o glifosato acrescido das tecnologias duplo sal (sal de Potássio e sal MIPA) e surfactantes bioativadores.

“Graças a essa característica, o produto, sistêmico, pós-emergente e não seletivo, age mais rapidamente em relação aos glifosatos comuns”, adianta Mella. “Resultados a campo e depoimentos de produtores mostram que Crucial® resiste à chuva uma hora depois de aplicado. Os adjuvantes da formulação líquida permitem que em pouco tempo o herbicida seja translocado e totalmente absorvido pela planta”, explica o engenheiro agrônomo. Produtores de soja, acrescenta Mella, tem destacado a ação diferenciada do produto no processo da dessecação.

“No Mato Grosso, por exemplo, a comercialização de Crucial® cresce significativamente ano após ano, pois com o fluxo de operações de dessecação, semeadura e pós-inicial, os produtores buscam velocidade com qualidade”, informa o gerente. “A velocidade desse herbicida na dessecação de plantas daninhas é impressionante: no período de quatro a seis dias após a aplicação já se observam os efeitos, tanto no plantio convencional como no direto”, reforça ele.

De acordo com o executivo, Crucial® também transfere resultados altamente satisfatórios ao agricultor no manejo de plantas daninhas nos cultivos de soja transgênica.

Já na cana-de-açúcar, complementa Carlos Mella, o herbicida da Nufarm está sendo apontado por usinas e fornecedores de cana como uma ferramenta versátil para controle de plantas daninhas de folhas largas e estreitas ao longo da safra, bem como na dessecação da cultura nas situações de renovação do canavial. “Nas áreas extensas como as que são ocupadas pelos canaviais, a rapidez da ação e da translocação de Crucial® reduz os riscos da perda da aplicação. Se chover uma hora após a aplicação do herbicida, o produtor já estará seguro”, exemplifica Mella.

Com a perspectiva de crescer 5% ao ano em vendas globais até 2018, a Nufarm informou recentemente que irá direcionar seus principais investimentos a quatro mercados-chave: América do Norte (Estados Unidos e Canadá), Europa (Alemanha, Polônia e França), América Latina (Brasil e Argentina) e ao bloco Austrália-Nova Zelândia. Nesse cenário, o Brasil deverá absorver parte significativa dos recursos previstos, segundo revela o presidente da empresa para a América Latina, Marcos Gaio.

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Frutas e hortaliças do quintal de casa se transformam em ótimas receitas

Muita gente não sabe como aproveitar tudo o que elas podem proporcionar.
Confira as receitas de mangada e geleia de jabuticaba com pimenta.


Muita gente tem no quintal frutas e hortaliças, mas não sabe como aproveitar tudo o que elas podem proporcionar. Para Maria das Graças Oliveira, de Rio Piracicaba, em Minas Gerais, o quintal de casa é a sua fonte de renda. Ela aproveita tudo em receitas saborosas e fez até um livro por conta própria.

A casa fica na entrada da cidade e, de fora, nem dá para imaginar o quintal que ela tem. São 1,8 mil metros quadrados de um pomar cultivado há dez anos por Maria das Graças. Mangueira, pimenteira, mamoeiro, jabuticabeira, limoeiro... É desse quintal diversificado que sai a matéria-prima para as duas receitas que o Globo Rural mostrou: mangada e geleia de jabuticaba com pimenta.

Veja nesse vídeo a visita de Helen Martin na casa de Maria das Graças. Abaixo, confira as receitas completas.

Mangada

Ingredientes:
- 3kg de polpa de manga
- 1kg de açúcar

Modo de fazer:
Bata a manga no liquidificador com pouca água. Peneire e coloque na panela com o açúcar. Depois, leve ao fogo mexendo sempre, até que o doce desprenda do fundo da panela. Isso deve demorar cerca de duas horas e meia, dependendo do fogo.

Geleia de jabuticaba com pimenta

Ingredientes:
- 1 litro de calda de jabuticaba
- 0,5kg de açúcar
- 4 pimentas dedo-de-moça
- 1 folha de louro
- 3 cravos da índia

Modo de fazer:
Ferva a jabuticaba com água fazendo uma calda. Bata a calda no liquidificador com as pimentas, o louro e o cravo da índia. Acrescente o açúcar e leve ao fogo até que tome a consistência de geleia. Um bom teste é levantar a colher sobre a panela e, se a geleia formar gotas grossas ao cair, é sinal de que está no ponto.

Cultivo de morango em substrato é tema de atividade de campo em Maratá

Um grupo de agricultores dos municípios de Brochier e Maratá participou na terça-feira (07/06), de uma atividade de campo sobre cultivo de morango em substrato. O evento foi realizado na propriedade do agricultor Carlos Roberto da Silva, da comunidade da Macega, em Maratá. Temas relacionados aos cuidados na implantação de uma estufa - levando-se em conta sua localização, orientação solar e umidade -, manejo e tipos de substrato, infraestrutura para a produção e controle de pragas, foram abordados com o apoio do assistente técnico regional em Sistema de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar, Lauro Bernardi.

Ainda que a produção de morangos em Maratá possa ser considerada incipiente - o município tem na citricultura, nas florestas cultivadas, suinocultura e avicultura as suas principais matrizes - a engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar, Carolina Tessele, salienta o fato de alguns produtores estarem investindo em alternativas de diversificação para as suas propriedades. "Especialmente para as pequenas propriedades, a produção de hortaliças ou de frutas como o morango, podem resultar em um acréscimo de renda para as famílias", explica.

É justamente este o caso do anfitrião do evento. Ao lado da esposa Gislene, Carlos atua como ecônomo em um clube de Montenegro. "Como utilizo muito morango nos eventos e jantares que organizamos, resolvi que esta poderia ser a hora de implantar o sistema em minha propriedade", salienta. Com o apoio da Emater/RS-Ascar, a estufa de 200m² já está pronta para receber as primeiras 2,6 mil mudas da variedade Albion. "Se tivermos sucesso em nosso cultivo, a intenção mais para frente será a de investir na produção de tomates para a elaboração de tomates-secos", afirma.

Fonte: Emater - RS

Andef contesta suspensão de defensivos no Paraná

Ao contrário do que foi noticiado por agências de notícias paranaenses no início dessa semana, as entidades do setor produtivo rural contestam a suspensão de 67 defensivos contra ferrugem asiática pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná). A Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal) solicitou a retirada da proibição até que sejam realizados testes com metodologia adequada visando a nova safra.

“Os resultados usados como base para a decisão foram a média dos ensaios cooperativos dos últimos três anos. Não concordamos com essa metodologia, e a Embrapa admite que não é a melhor forma para a tomada de decisão. A própria Adapar não manteve a suspensão definitivamente, apenas prorrogou por mais 15 dias, até que seja tomada uma decisão”, disse o gerente técnico e de regulamentação estadual e municipal, Luis Carlos Ribeiro, em contato com o Agrolink.

Ele acrescenta que esses ensaios cooperativos são “por adesão”, ou seja, as empresas se apresentaram voluntariamente para testar seus produtos. Ribeiro destaca que muitas das marcas que não foram suspensas é porque simplesmente não participaram destes testes.


Fonte: Agrolink

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Camu-camu: potencial da fruta e oportunidades

O Dia de Campo na TV apresenta o camu-camu, ou caçari, como também é conhecido, uma fruta nativa da Amazônia que se destaca por alto teor de vitamina C, superando a acerola em 20 vezes, e o limão, em 100 vezes. O programa vai falar das suas características nutricionais, colheita, beneficiamento, conservação, dados da pesquisa de propagação produção de mudas pelas técnicas de enxertia e estaquia, além da técnica de cultura de tecidos, plantio em terra firme, formas de aproveitamento pela agroindústria e oportunidades de negócio para a fruta.

A Amazônia Legal tem grande diversidade de fruteiras nativas, como o cupuaçu, a castanha-do-Brasil e o açaí. E muitas frutíferas comestíveis continuam desconhecidas ou subtilizadas, sendo somente consumidas por animais silvestres. Muitas fruteiras, por seleção natural ou mediante processos de melhoramento genético, podem originar frutas de maior valor econômico. É o caso do camu-camu, com elevada potencialidade, ainda pouco explorada pelos habitantes da região amazônica, apesar do fruto já ser utilizado por outros países como o Peru, onde tem prestígio na indústria farmacêutica, de alimentos e bebidas.

Diante deste cenário, a Embrapa Roraima vem investindo em um projeto que pode trazer mudanças no aproveitamento das fruteiras amazônicas. O trabalho busca desenvolver e adaptar tecnologias para o estado de Roraima que poderão viabilizar o uso sustentável do camu-camuzeiro. O Projeto ‘Domesticação, melhoramento e valoração de fruteiras nativas da Amazônia' teve início em 2010, envolvendo várias instituições de pesquisa, ensino e extensão, em parceria com o setor produtivo para coletar e conservar o camu-camu, com o desenvolvimento de tecnologias que viabilizem a rápida propagação e domesticação da fruta.

Diversos aspectos do cultivo do camu-camu vêm sendo estudados pela Embrapa, entre eles, as técnicas para propagação de mudas e o aproveitamento do fruto pela agroindústria, porque o mercado desta fruta é uma oportunidade de renda, principalmente para pequenas agroindústrias e produtores rurais.

O Dia de Campo na TV "Camu-camu: potencial da fruta e oportunidades" foi produzido pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília-DF) em parceria com a Embrapa Roraima (Boa Vista-RR), Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Além do tema principal o programa aborda outros assuntos nos quadros – Agência Embrapa de Notícias, Sempre em Dia; Repórter em Campo; Na Mesa; Quem quer ser cientista; Minuto do Livro e Ciência e Tecnologia em Debate.

Assista ao programa (horário de Brasília):
Canal Rural (Net/Sky) – sexta-feira, às 9h
TV Câmara – sábado, às 7h, e reprise domingo no mesmo horário
NBR (TV do Governo Federal) – sexta-feira, a partir das 19h30


Mamão formosa e tangerina estão mais em conta, diz Ceagesp

Outros preços em baixa são melancia, banana, laranja e cenoura.
Manga, uva, maçã, pera, tomate e brócolis estão mais caros.


A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) divulgou a lista de produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta nesta semana. Veja abaixo:

Preços em baixa
Mamão formosa, tangerina cravo, tangerina poncam, melão amarelo, banana nanica, uva niágara, abacate margarida, melancia, carambola, laranja pera, laranja seleta, laranja lima, jaca, coco verde, beterraba, cenoura, pepino comum, pepino caipira, pimentão verde, gengibre, inhame, berinjela, mandioca, abóbora moranga, brócolis ninja, rúcula, acelga, nabo, salsa, cebolinha, escarola, repolho verde, couve flor e americana, milho verde e canjica.

Preços estáveis
Atemoia, maracujá azedo, figo roxo, limão taiti, abacate fortuna, caju, abacaxi havaí, lima da pérsia, acerola, graviola, abóbora japonesa, pepino japonês, abóbora paulista, pimenta cambuci, pimenta americana, alface crespa, lisa e americana, rabanete, beterraba com folha, agrião, erva doce, alho poró e espinafre.

Preços em alta
Caqui fuyu, goiaba vermelha, mamão papaia, manga tommy, uva itália, morango, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, tomate, abóbora seca, batata doce amarela, abobrinhas italiana e brasileira, pimentões vermelho e amarelo, chuchu, ervilha torta, quiabo liso, mandioquinha, vagem macarrão, repolho roxo, brócolis, coentro, couve manteiga, alho argentino, alho nacional, batata lavada e ovos.

Embrapa lança primeira variedade de maracujá da Caatinga para cultivo comercial

Foto: Fernanda Birolo
Um fruto da natureza combinado com mais de uma década de pesquisa resultou na primeira variedade de maracujá nativo da Caatinga recomendado para cultivo comercial. O BRS Sertão Forte foi lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nesta terça-feira (7), em Petrolina-PE, durante a abertura do I Simpósio do Bioma Caatinga e durante o dia de campo sobre a nova cultivar, do qual participaram dezenas de produtores, extensionistas, representantes de cooperativas, viveristas e agroindústrias.

A cultivar é resultado do melhoramento genético realizado na Embrapa Semiárido (Petrolina, PE), em parceria com a Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), e foi selecionada a partir de diversos acessos de maracujazeiros silvestres (Passiflora cincinnata) coletados em diferentes áreas de Caatinga, no Nordeste brasileiro. Em comparação com as plantas nativas, ela apresenta maior produtividade e maior tamanho e rendimento dos frutos.

O maracujá do mato – ou maracujá da Caatinga, como também é conhecido – tem vantagens em comparação com as cultivares comerciais de maracujá azedo (Passiflora edulis), a exemplo da maior tolerância ao estresse hídrico, já que é naturalmente adaptado às condições do Semiárido. Ele apresenta ainda um ciclo produtivo mais longo, o que significa que a planta vive e produz por mais tempo no campo, e tem maior tolerância à fusariose, uma das principais doenças que ataca o maracujazeiro azedo.

Os frutos do BRS Sertão Forte, quando maduros, te^m colorac¸a~o verde-clara, e pesam de 109 g a 212 g. A polpa e´ bastante a´cida, própria para processamento, de colorac¸a~o esbranquic¸ada ou amarelo-clara, com 8 a 13 °Brix. O rendimento da polpa chega a 50% quando extraída em despolpadora rotativa, e em torno de 35% se extrai´da manualmente com peneira.

"Essa variedade pode ser cultivada com baixo custo tecnológico e com limitação de água. Por isso, é bastante apropriada para a agricultura familiar das áreas dependentes de chuva, com foco principalmente na produção orgânica", destaca o engenheiro agrônomo da Embrapa Semiárido Francisco Pinheiro de Araújo, responsável pelo desenvolvimento da cultivar.

"É muito fácil cultivar ele", confirma a agricultora Maria Luiza de Castro, do Projeto Pontal, em Petrolina-PE, onde foi montada uma área experimental do maracujá. Ela faz parte de uma cooperativa que trabalha desde 2011 com o processamento de umbu, outro fruto nativo da Caatinga. Os agricultores viram no maracujá uma boa alternativa para complementar a renda das famílias, e hoje já comercializam produtos como a geleia, calda e mousse, e ainda vendem o fruto in natura.

Além de indicado para as áreas com restrição hídrica da Caatinga, o BRS Sertão Forte também apresentou bom desempenho em áreas irrigadas. De acordo com as pesquisas, seguindo as mesmas recomendações técnicas para o maracujazeiro azedo comercial, é possível produzir de 14 a 29 toneladas da variedade por ano.

De acordo com Francisco Pinheiro, a cultivar silvestre tem ainda potencial para ser plantada nas bordas dos cultivos de maracujá amarelo. Isso porque suas flores abrem por volta das 5h da manhã, enquanto as das variedades de maracujazeiro azedo abrem no final da manha ou à tarde. Assim, a cultivar silvestre atrai os polinizadores para as primeiras horas do dia e aumenta o tempo e, consequentemente, a eficiência da polinização natural, o que está diretamente ligado ao aumento da produtividade.

Além da sua região nativa, a variedade foi testada também no Cerrado do Distrito Federal, onde apresentou boa produtividade em sistemas de produção em espaldeira e latada. O pesquisador da Embrapa Cerrados Fábio Faleiro avalia que "esta cultivar, desenvolvida a partir de uma rica biodiversidade brasileira, vai ser uma opção a mais para os produtores, tanto para diversificar sua produção quanto para melhorar a eficiência da polinização manual do maracujazeiro azedo, que é uma das práticas que demanda muita mão de obra nos cultivos comerciais".

A Embrapa já está disponibilizando as sementes do maracujá BRS Sertão Forte para viveiristas interessados na produção e comercialização de mudas, por meio de edital aberto até o dia 30 de junho. Logo após o licenciamento, a Embrapa divulgará os nomes e contatos desses viveiristas para os agricultores interessados na aquisição de mudas.









Fonte: Embrapa

Brasil exportou, de janeiro a maio de 2015, quase um bilhão de dólares em suco de laranja

Esta é a data em que há mais de 45 anos se comemora o Dia do Citricultor. O trabalho, cuidado e dedicação dos produtores de frutas cítricas, ao longo dos anos, rendeu ao Brasil a posição de líder mundial em produção e exportação do suco de laranja, além da participação de 77% no comércio mundial. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) revelam que por ano, o País colhe mais de 18 milhões de toneladas de laranja, que corresponde a 30% da safra mundial da fruta.

Segundo o assessor técnico da Comissão de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Eduardo Brandão Costa, grande parte da laranja produzida no Brasil é destinada à indústria para a produção de suco. “Apesar da indústria ter o plantio de pomares próprio, ela ainda precisa do trabalho do citricultor para complementar a matéria-prima do suco. Infelizmente o preço pago ao produtor brasileiro hoje, não cobre os custos de produção da fruta”, explica Eduardo Brandão.

A receita do suco de laranja na temporada de janeiro a maio de 2015, soma até agora, US$ 833,9 milhões, valor 18,27% superior ao total de US$ 705,1 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Segundo números divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em maio, o embarque do suco atingiu US$ 160,6 milhões, alta de 37,6% se comparado aos US$ 116,7 milhões do mesmo mês de 2014.

Em 2014, o Brasil exportou 1,9 milhão de toneladas de suco de laranja, totalizando lucro de US$ 1,9 bilhão. Para a temporada de 2014/2015, a CitrusBR espera um ganho de 5% sobre as exportações da safra anterior, que exportou 1,091 milhão de toneladas de suco ao mercado internacional. “O cenário atual da citricultura está positivo, apesar dos problemas causados pelas pragas e a baixa remuneração. A persistência dos citricultores em aperfeiçoar as técnicas de cultivo e superar os gargalos, os tornaram verdadeiros guerreiros da cadeia produtiva de frutas”, afirma Brandão.

Aproximadamente 80% da produção de laranja brasileira é transformada em suco industrializado e o principal comprador da bebida é a União Europeia, que mantém participação de 64,8% do total embarcado pelo Brasil. Além do suco, da laranja é extraído também o bagaço de citros, um subproduto industrial destinado à alimentação de ruminantes e, em especial, a vaca leiteira.

Custos de produção da citricultura

Dados do boletim Ativos da Fruticultura, elaborado pela CNA e pelo Centro de Inteligência de Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), mostram que o Custo Operacional Total (COT) da citricultura subiu 3,03% no Paraná no período de janeiro a abril de 2015. A alta do COT, que engloba as principais despesas da atividade mais a reposição do patrimônio depreciado, é justificada pelos gastos com contratação de mão de obra, por conta do reajuste do salário mínimo, de 8,84%, além do aumento dos custos com mecanização (6,22%), gastos gerais (3,48%) e fertilizantes (3,23%).

Agricultura brasileira terá programa para simplificar processos do comércio exterior

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou reunião nesta terça-feira (7), em São Paulo, com representantes do Centro Operador Econômico Autorizado do Agronegócio Brasileiro (OEA), para a elaboração de um projeto piloto para facilitar o comércio exterior do agronegócio brasileiro. 

O Operador Econômico Autorizado, fórum que reúne os órgãos aduaneiros, inclusive da Receita Federal do Brasil e do Instituto Aliança Pró Modernização do Comércio Exterior (Procomex), é um programa previsto pelo Acordo de Bali, que tem como fundamento simplificar os processos de comércio exterior para aumentar a previsibilidade das operações e a redução do custo-Brasil. O programa já existe em 63 países.

A reunião contou com a participação de fiscais federais agropecuários do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), de Brasília, dos portos de Itajaí/SC, Navegantes/SC, Paranaguá/PR, Pecém/CE e Santos/SP, dos aeroportos internacionais de Guarulhos-SP e do Galeão, no Rio de Janeiro, além de técnicos da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de São Paulo e do Serviço de Inspeção Federal em Lins/SP, Quilombo/SC e Capinzal/SC.

Pesquisador do Fundecitrus faz palestra sobre o manejo de psilídeo na Semana da Citricultura

O pesquisador do Fundecitrus Marcelo Pedreira de Miranda fez apresentação sobre a atualização do manejo de psilídeo Diaphorina citri, inseto transmissor de HLB (huanglongbing/greening), nesta terça-feira (7), na 38ª Semana da Citricultura, em Cordeirópolis.

A palestra abordou as principais estratégias de combate ao inseto como a influência e importância das brotações, o controle químico feito com aplicações de inseticidas sistêmicos e de contato e o controle biológico por meio da vespinha Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo.

O pesquisador também falou sobre o monitoramento do inseto e o Alerta Fitossanitário do Fundecitrus, sistema que monitora o psilídeo por meio de armadilhas amarelas georreferenciadas em sete regiões do parque citrícola. As ações de controle do inseto em áreas externas das propriedades também foram abordadas na apresentação.

Confira abaixo a programação de todas as palestras do Fundecitrus na Semana da Citricultura: 

8/06 - Quarta-feira
9h10 - Adequação do volume de calda e estudo de novas tecnologias para o controle de pragas e doenças dos citros - Marcelo Silva Scapin
14h - Novo sistema de previsão online da podridão floral dos citros - Geraldo José da Silva Junior

9/06 - Quinta-feira
16h - Características de lesões de cancro cítrico associadas à queda prematura de frutos de laranja e implicações no controle - Franklin Behlau
16h40 - Perspectivas para a citricultura brasileira frente ao HLB e ao cancro cítrico - Antonio Juliano Ayres

Fonte: Fundecitrus

Câmara Setorial da Citricultura define temas prioritários para agenda 2016-2020

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura, órgão consultivo do Ministério da Agricultura, se reuniu, nesta terça-feira (7), na sede do Fundecitrus, em Araraquara para a segunda reunião ordinária do ano.

Foram apresentados os resultados da estimativa de safra da laranja, em São Paulo e as ações de pesquisa da Embrapa sobre citros no estado de São Paulo. Também foram discutidos a necessidade urgente de uma nova legislação nacional de cancro cítrico e o risco dos pomares abandonados. Ambos assuntos entraram na agenda estratégica da Câmara Setorial para 2016-2020. Outros temas deverão ser incorporados na próxima reunião, que deve ocorrer em setembro.

Esta foi a primeira vez que a reunião foi feita fora de Brasília, como parte da iniciativa de tornar a Câmara mais itinerária e foi bem recebida pelos membros. Os estados de São Paulo, Paraná e Bahia estavam representados por participantes do Fundecitrus, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, da Cocamar, da Alicitros, Associtrus, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Coopercitrus, Embrapa, Grupo de Consultores em Citros (GCONCI), Sociedade Rural Brasileira (SRB), Vivecitrus e Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) do Estado de São Paulo e Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) da Bahia, além de integrantes do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA).

Após a reunião, os participantes conheceram os laboratórios do Fundecitrus e representantes do MAPA visitaram pomares de laranja da região para conhecer medidas de manejo do HLB (greening). Nesta quarta, os participantes da reunião visitarão a 38ª Semana da Citricultura, em Cordeirópolis (SP).

Fonte: Fundecitrus

GO: Emater realiza 1º Dia de Campo da Fruticultura

No dia 10 de junho (sexta-feira), a partir das 8h, a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), realiza o 1º Dia de Campo da Fruticultura na Estação Experimental de Anápolis, onde serão apresentadas variedades de tangerina, laranja e banana avaliadas para cultivo em Goiás.

O evento é voltado para produtores, técnicos e pesquisadores interessados no cultivo de citros e banana, e contará com a presença de autoridades estaduais e municipais. Na ocasião, serão realizadas palestras técnicas e visitas aos campos experimentais de duas variedades de tangerina, duas de laranja e um clone de banana-maçã.

Durante as visitas, será possível verificar a adaptabilidade das fruteiras ao clima e solo goianos. Além disso, os participantes poderão se informar sobre outras 30 variedades de laranja e 40 variedades de tangerina diferentes que estão sendo avaliadas pela área de Pesquisa da Emater.

Frutas apresentadas
Entre os destaques do Dia de Campo está a tangerina de mesa Imazu Poncan. Originária do Japão, a cultivar tem baixa acidez e é ideal para suco. Também de origem nipônica, a tangerina Decopon, que se destaca pela ausência de sementes, está entre as fruteiras a serem visitadas.

Diferenciada por apresentar acidez muito baixa, a Lima Sucory é uma das variedades de laranja de mesa a serem mostradas. De acidez muito baixa, é indicada para consumo por bebês e idosos. Outra cultivar da fruta a ser visitada, a Cara Cara, é originária da Venezuela, não possui semente e tem a polpa bastante avermelhada. A cor intensa deve-se ao excesso de licopeno em sua composição. Estudos internacionais indicam que esse pigmento carotenoide e fitoquímico é altamente antioxidande e pode prevenir alguns tipos de câncer.

Por sua vez, a cultivar de banana-maçã a ser apresentada se diferencia pela tolerância ao mal-do-Panamá, doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum, que leva à morte da planta e pode exterminar o bananal. Ainda sem registro oficial, essa cultivar surgiu de uma mutação espontânea. Na Estação Experimental de Anápolis estão sendo realizadas as pesquisas para validação dos índices técnicos dessa fruteira.

Programação

8h: Recepção e Inscrições

8h30: Abertura
9h: Saída da 1ª turma para visitação
9h30: Saída da 2ª turma para visitação
10h: Saída da 3ª turma para visitação
10h30: Saída da 4ª turma para visitação
11h: Encerramento

1º Dia de Campo da Fruticultura
Data: 10 de junho de 2016 (sexta-feira)
Hora: a partir das 8h
Local: Estação Experimental de Anápolis
Endereço: BR 060, Km 89 – Zona Rural – Anápolis/GO
Inscrições no local
Participação gratuita

xtensionistas participam de curso sobre irrigação por aspersão

Com o objetivo de capacitar os técnicos na elaboração de projetos de irrigação, cuja demanda é crescente no Estado, a Emater/RS-Ascar está promovendo um curso para 22 extensionistas da região da Serra, que iniciou nesta terça-feira (07/05) e vai até quinta-feira (09/05), em Caxias do Sul.

O primeiro módulo do curso, de irrigação por aspersão, é ministrado pelo agrônomo da Emater/RS-Ascar, José Enoir Daniel, juntamente com a engenheira florestal Adelaide Ramos e o engenheiro agrícola Douglas Corso. A programação, com práticas a campo, incluiu a abordagem dos seguintes assuntos: situação da irrigação no RS e região, água no solo, levantamento plani-altimétrico, concepção de projetos de irrigação, ferramenta Track Maker, cálculos de projetos e orçamentos. A capacitação contará com outros módulos, que serão realizados nos próximos meses, de irrigação por gotejamento, por autopropelido ou carretel, açudagem e manejo da irrigação. "A intenção é trabalhar o uso e manejo adequado da irrigação de uma forma estratégica, visando à produção de alimentos, geração de renda e preservação ambiental", explica Adelaide. 

Segundo Daniel, desde 2010 a Emater/RS-Ascar já treinou mais de 600 técnicos nesta área, e mais de cinco mil projetos foram implantados no RS, que conta com dois programas de incentivo: o Mais Água Mais Renda e o Irrigando a Agricultura Familiar. "Os agricultores estão vendo os resultados que a irrigação proporciona e estão demandando essa tecnologia para se precaver da estiagem, já que há previsão de La Niña. A região da Serra, apesar de ter chuvas mais distribuídas, está demandando muitos projetos na fruticultura, olericultura e pastagens", salienta.

Fonte: Emater - RS

Movimentação de cargas por Paranaguá cresce acima da média nacional

A movimentação do Porto de Paranaguá cresceu cinco vezes mais do que média dos portos brasileiros no primeiro quadrimestre de 2016, segundo dados da Secretaria de Portos da Presidência da República. Enquanto a movimentação portuária brasileira cresceu 2,4% no período, as importações e exportações de Paranaguá aumentaram 16,2%. 

Entre os principais portos do Brasil, aqueles com mais de 5 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a abril deste ano, Paranaguá foi o que teve o maior salto de movimentação em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro quadrimestre de 2015, o porto paranaense movimentou 12,47 milhões de toneladas e neste ano já foram 14,49 milhões de toneladas. 

Outros portos importantes do Brasil também tiveram avanço de movimentação, mas em proporções menores do que Paranaguá. O Porto de Santos teve crescimento de 7,4% na sua movimentação e o Porto de Rio Grande teve alta de 9,35%. Os dados estão no portal Web Portos, do Governo Federal.

GRANEIS SÓLIDOS – No que diz respeito aos graneis sólidos, que representam mais da metade da movimentação de cargas do Brasil, o Porto de Paranaguá também é um dos que apresentaram maior avanço em todo o País. De janeiro a março, Paranaguá embarcou 8,58 milhões de toneladas de carga deste tipo e apresentou crescimento de 38% nas exportações de granéis sólidos, marca três vezes superior da média nacional de 11,4% no período.

Para o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o desempenho operacional acima da média é fruto dos investimentos feitos nos últimos cinco anos, de R$ 511,9 milhões, para melhorar a infraestrutura e logística do Porto de Paranaguá. 

“Os produtores agrícolas aproveitaram o câmbio para negociar grãos com o mercado externo no começo do ano. No entanto, o crescimento de Paranaguá é muito superior ao apresentado pelos demais portos brasileiros, o que mostra que nos preparamos e recuperamos a confiança do campo com agilidade e eficiência”, afirma o secretário. 

CARGAS DE OUTROS ESTADOS – No começo do ano, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), com base nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontou que a movimentação de cargas por Paranaguá de produtos vindos de outros estados cresceu. Nos primeiros meses de 2016, o porto conseguiu atrair mais cargas de Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

“O produtor hoje vê o Porto de Paranaguá como uma opção mais eficiente e com menor custo para atender o escoamento da sua produção. Nos colocamos à disposição do produtor para escoar a sua produção com prontidão e é isso que estamos fazendo nos últimos anos”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

12º Senafrut mostra tecnologias da DuPont para maçã e uva

Companhia destaca estratégias para manejo das principais pragas e doenças, visando a melhora da produção e da qualidade da colheita

A DuPont Proteção de Cultivos estará presente no 12º SENAFRUT - Seminário Nacional sobre Fruticultura de Clima Temperado -, que acontece em São Joaquim (SC), no período de 14 a 16 de junho próximo. O evento tem por finalidade contribuir com a atualização técnica e troca de informações entre produtores, profissionais e demais instituições integrantes do agronegócio da fruticultura de clima temperado.

A DuPont Proteção de Cultivos apresentará seu Programa DuPont Uva, que é posicionado como um novo conceito para controle de pragas e manejo preventivo de doenças.

Baseado na entrega de resultados ao produtor, como a melhora na produção e na qualidade da colheita, o Programa DuPont Uva está ancorado no uso correto e seguro de tecnologias da companhia, sobretudo os fungicidas Equation®, Midas BR®, Curzate®, Kocide WDG®, além do inseticida Rumo® WG.

A companhia também abordará no 12º SENAFRUT os diferenciais do inseticida Altacor® para a maçã. O produto tem alta eficiência no controle da Grapholita molesta.

Desenvolvido com base na molécula de última geração Rynaxypyr®, Altacor® tornou-se conhecido por reunir eficiência inseticida e ser usado em baixas doses por hectare. Seletivo aos inimigos naturais, o produto é de baixo impacto ambiental.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Agricultores orgânicos criam técnica sustentável e eficiente para plantio de morango

Em Bom Sucesso de Itararé, município paulista distante a 350 km da capital, a produção de morangos orgânicos é tratada com muita atenção e cuidado. Na Fazenda São Benedito, propriedade onde são cultivados diversos tipos de frutas orgânicas certificadas, o destaque vai para a produção de morango, realizada com uma nova técnica sustentável e vantajosa.

De acordo com o técnico agrícola Marcio José Cordeiro, que comanda cerca de 60 alqueires de pomares orgânicos, a forma como o morango está sendo cultivado agrega diversas vantagens, desde a facilitação da mão-de-obra, até a facilidade do manejo nutricional. Marcio explica que, a partir de garrafas pets e caixinhas de leite reutilizadas, foi desenvolvida uma estrutura em forma de canaletas para acomodar as plantas. “Fizemos um sistema 100% sustentável, que além de ser econômico, vai melhorar o desempenho dos funcionários, que podem fazer todo manejo em uma posição mais confortável. Além disso, o tempo gasto com o trabalho diminui bastante em comparação ao plantio no solo”, diz o técnico.

Márcio acrescenta ainda que, com os morangos distantes do chão, o controle de plantas daninhas também é facilitado. “Quando as plantas estão no chão, o controle de plantas daninhas é muito mais falho e exige muita mão-de-obra. Com os morangos suspensos, a limpeza é muito mais fácil e rápida. No solo, as plantas dividem os nutrientes com essas plantas invasoras e a nutrição pode acabar sendo ineficiente, resultando em perda de produtividade”, alerta o técnico.

Há mais de um ano utilizando os fertilizantes orgânicos certificados da Nutriceler, Márcio revela que a Fazenda São Benedito pretende ampliar o potencial de produção dos pomares, aumentando a longevidade dos cultivos e mantendo a qualidade superior dos produtos. “Estamos trabalhando para produzir as melhores frutas e dobrar a capacidade de produção das plantas. Atualmente, cada pé de morango dura duas safras. Nosso objetivo é dobrar essa vida útil, possibilitando que as frutas sejam produzidas por até quatro anos na mesma planta e com a qualidade preservada”, destaca.

O engenheiro agrônomo da Nutriceler, Paulo Lúcio Martins, especialista em agricultura orgânica, acompanhou o novo manejo realizado na Fazenda São Benedito e afirma que a técnica bem executada e o investimento em tecnologias certificadas de alto desempenho da Nutriceler Orgânicos é o caminho certo para quem deseja obter o máximo rendimento dos cultivos.

“Estou acompanhando de perto os tratamentos nutricionais na Fazenda São Benedito e posso afirmar que eles estão no caminho certo para quem quer produtos de alta qualidade. O sistema de produção de morangos suspenso permite o melhor aproveitamento da mão-de-obra, a racionalização do consumo de água, proporciona melhores condições de trabalho e melhora muito o controle de pragas e facilita o manejo das plantas”, defende o especialista. “A combinação entre técnica sustentável e tecnologia de alto desempenho, oferecem muitas possibilidades de sucesso e rentabilidade”, finaliza Paulo.

Ministério abre consulta pública sobre novas regras para bebidas de baixa caloria

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu consulta pública para regulamentar a identidade e qualidade da bebida dietética e de baixa caloria (refrigerante, refresco, chá pronto para consumo).

A instrução normativa número 30, de 1999, já havia definido os padrões. O novo texto pretende fazer uma revisão das regras. Até hoje, por exemplo, só é autorizada a fabricação de refrigerante com adoçante ou com açúcar. “A nova proposta permite a mistura dos dois componentes na mesma bebida”, explica o chefe da Coordenação Geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Helder Borges.

Essa mistura já é utilizada nos Estados Unidos e em países da Europa. A revisão das normas é uma demanda do setor de bebidas de baixa caloria, que pretende fabricar produtos com menos açúcar e, ao mesmo tempo, com menos sabor de adoçante artificial. 

O projeto de instrução normativa e o formulário para envio de sugestões e comentários está disponível na página eletrônica do Mapa www.agricultura.gov.br, link legislação, no menu “Portarias em Consulta Pública”.
As sugestões devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico baixacal@agricultura.gov.br ou por escrito: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Esplanada dos Ministério, bloco D, prédio anexo, ala B, sala 333, CEP 70.043-900 - Brasília - DF.
A consulta foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do último 03 e está aberta pelo prazo de 60 dias.

Classificação de solos vai chegar a dispositivos móveis

Projeto liderado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ) pretende levar a classificação de solos para smartphones e tablets. O SMARTSolos, utilizando o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), vai permitir que o produtor rural visualize a classificação do seu solo em tempo real, de acordo com a entrada de dados.

"O SiBCS é uma referência no ensino de solos, na pesquisa e na extensão rural, além de ser um dos principais produtos da Embrapa. Se automatizado em linguagem acessível, além de poupar tempo e minimizar eventuais erros humanos, ele poderia, por exemplo, utilizar o reconhecimento de voz para entrada de dados, dispensando a digitação; organizar a saída de resultados em diferentes formatos de arquivo (.txt, .doc, .xls), e compartilhá-los instantaneamente (email, wifi, bluetooth, 3G, 4G)", revela o pesquisador da Embrapa Solos Luís de França da Silva Neto. Além disso, o SMARTSolos vai fazer a correspondência das classes de solo do SiBCS com as classes de solo de outros sistemas taxonômicos como o WRB da FAO com um simples toque na tela do smartphone.

O SMARTSolos também terá múltiplas interfaces, com a expectativa de fornecer a informação de solos de forma útil e acessível para públicos diferenciados como agricultores, estudantes, profissionais/professores/pesquisadores. Daí a importância de nossa equipe ser composta por pessoas de diversas áreas (pedologia, etnopedologia, tecnologia da informação, transferência de tecnologia e do comitê do SiBCS), em parceria com a Embrapa Informática Agropecuária e a Universidade Federal Rural de Pernambuco.

O aplicativo não será apenas um classificador de solos. Ele pretende ser um conceito, uma marca da Embrapa Solos, que reunirá numa mesma plataforma vários aplicativos a serem desenvolvidos ou adaptados para dispositivos móveis. O SMARTSolos deverá ser capaz de adaptar a informação de solos não apenas às tecnologias atuais, mas também às tecnologias emergentes (impressão 3D, realidade virtual, novas interações com o "Big Data", etc).

Vale lembrar que esses dispositivos são cada vez mais utilizados nas áreas médica e científica. Na área agronômica, por exemplo, a quantidade de aplicativos para smartphones e tablets é extensa. Curiosamente, a quantidade de aplicativos voltados à área de solos ainda é escassa, e no Brasil, inexistente.

A elaboração do SMARTSolos começa em agosto, espera-se que o aplicativo esteja pronto em 24 meses.

Fonte: Embrapa

Pesquisadores participam de publicação internacional sobre fruteiras tropicais

O Centro de pesquisa Bioversity International, vinculado ao Consórcio Internacional de Pesquisa Agropecuária (CGIAR), acaba de lançar o livro Tropical Fruit Tree Diversity: Good pratices for in situ and on-farm conservation, que aborda a conservação de recursos genéticos de fruteiras em todo o planeta.

A publicação traz informações de experiências em diversos países, como Índia, China, Nepal, Tailândia e Indonésia. Duas experiências brasileiras, desenvolvidas pela Embrapa, foram selecionadas como referência para a obra – relacionadas à mangaba, fruto nativo do Cerrado e litoral do Nordeste, e ao butiá, palmácea presente de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.

O capítulo Promoting community management of underutilized tropical and subtropical fruit genetic resources in Brazil teve a participação dos pesquisadores Josué Francisco da Silva Júnior, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Dalva Maria da Mota, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), e Rosa Lia Barbieri , da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS).

No trecho, os pesquisadores abordam experiências desenvolvidas in situ – em seu local de origem – e on farm – em sítios de conservação – dos recursos genéticos da mangaba (Hancornia speciosa) e Butiá (Butia odorata) junto a comunidades tradicionais e agricultores familiares.

O capítulo reúne um conjunto de boas práticas de manejo destas duas espécies que se encontram ameaçadas de extinção em suas regiões de ocorrência natural, envolvendo a troca de saberes entre os cientistas e as comunidades tradicionais envolvidas, que dependem do extrativismo dessas espécies para garantir seu sustento.

Já o capítulo Amazonian fruits: how farmers nurture nutritional diversity on farm and in the forest é fruto da parceria entre os pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, José Edmar Urano de Carvalho, Alfredo Kingo Oyama Homma e Antonio José Elias Amorim de Menezes, e do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Patricia Shanley e Charles R. Clement, e aborda frutas nativas da Amazônia e o papel dos produtores e extrativistas da região na conservação da sua diversidade.

O livro está à venda em formato físico no site da editora Routledge, do grupo Taylor & Francis, e também pode ser comprado também em formato eletrônico para leitura em computadores e dispositivos móveis.

Fonte: Embrapa

Mudanças no Seguro Rural serão discutidas com o setor agropecuário, afirma Neri Geller

O Seguro Rural deverá passar por mudanças. A afirmação é do secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller. A "revisão" do atual modelo de seguro agrícola adotado no Brasil é uma das prioridades da atual gestão, que assumiu o Ministério a cerca de 30 dias. Segundo o secretário, a questão será discutida juntamente com o setor produtivo.

Além do Seguro Rural, o Plano Safra é outro que passará por análises. Geller revela que demandas foram entregues ao órgão. “Recebemos muitas demandas do setor produtivo. O ministro Blairo Maggi quer que o Ministério seja a casa do produtor. As demandas estão sendo analisadas. Hoje, temos recurso faltando para o Moderfrota e isso está sendo revisto. É preciso aplicar investimentos em equipamentos também”.

Questionado sobre a “escassez” de milho, Neri Geller pontuou que o cereal será escoado de armazéns públicos localizados na região Centro-Oeste, em especial de Mato Grosso, para atender os estados consumidores, como é o caso de Santa Catarina. O milho, hoje, encontra-se em armazéns da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e as vendas deverão ser realizadas por meio de venda balcão, ou seja, por CPF.

A atual "crise" no abastecimento do milho deixou integradoras de aves e milho com seus estoques no limite. Uma das alternativas a ser utilizada pelo Ministério será estimular as agroindústrias e os criadores de aves e suínos a operarem no mercado futuro de grãos.

Volta para o Ministério

Essa é a terceira vez que Neri Geller assume um cargo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como o Agro Olhar já comentou. Em 2013 assumiu pela primeira vez o cargo de secretário de Políticas Agrícolas, que em 2016 volta a ocupar após convite do ministro Blairo Maggi, e em 2014 foi ministro da Agricultura.

De acordo com Neri Geller, a sua volta para o Ministério, após convite de Blairo Maggi, vem para “somar” a equipe que está sendo montada. “Blairo é uma das pessoas mais indicadas hoje para ser ministro da Agricultura e Pecuária. Antes mesmo dele assumir a pasta já demandava questões como é o caso do milho. Ele (Blairo) achou importante que eu voltasse para ajudar”.

Quanto a possíveis mágoas pelo fato da presidente Dilma Rousseff ter decidido em 2015 passar o Ministério para a senadora Kátia Abreu, Geller afirmou, durante o programa Direto ao Ponto, não ter ressentimentos. “Defendi a eleição da presidente Dilma Rousseff pelas conquistas que tivemos na época no Ministério, como o aumento do Plano Safra, por exemplo”, declarou.

Fonte: Olhar Direto

segunda-feira, 6 de junho de 2016

RS: 8º Seminário Regional de Uva Orgânica acontecerá em julho, em São Marcos


Já estão abertas as inscrições para o 8º Seminário Regional da Uva Orgânica, que acontecerá no dia 21 de julho, no salão paroquial, em São Marcos. A promoção é da Emater/RS-Ascar, Centro Ecológico de Ipê e Prefeitura de São Marcos, com apoio da Embrapa Uva e Vinho.

As inscrições custam R$15 e podem ser feitas nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar. A programação do evento, pela manhã, contará com palestras sobre produção de mudas de qualidade, cultivo sucessivo de plantas de cobertura do solo, compostos biológicos na melhoria da qualidade do solo e controle biológico em videiras, ministradas por profissionais da Embrapa, Emater/RS-Ascar, Centro Ecológico e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (Ifrs Bento Gonçalves), além de relato de experiência local.

Após o almoço, com cardápio orgânico, haverá uma Tarde de Campo, na propriedade da família Guzzon, onde os participantes irão acompanhar as estações de cultivo sucessivo de plantas de cobertura do solo, aplicação e resultados dos compostos biológicos no solo e poda de outono.

Em São Marcos, o cultivo da uva é a atividade agrícola mais importante do município e a produção orgânica vem ganhando espaço. Na safra 2016/2017, estão sendo cultivados 32 hectares de uva orgânica, por 15 famílias. A produtividade média esperada é de 18 toneladas (t) e a produção total de 570t.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3291-1524, no escritório da Emater/RS-Ascar de São Marcos. 

Fonte: Emater/RS

Mapa cria grupo de trabalho para desburocratizar normas e procedimentos do setor

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um grupo de trabalho (GT) para propor mudanças de normas e procedimentos, a fim de melhorar e agilizar as ações da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (03).

A SDA é um dos pilares do ministério. A área cuida da sanidade e inspeção animal e vegetal, vigilância agropecuária e fiscalização de insumos, entre outros temas.

Segundo o secretário interino de Defesa Agropecuária, Guilherme Marques, o GT vai propor ações, por exemplo, para desburocratizar e dar agilidade nas exportações, por meio de mudanças nos processos de concessão de certificados e de documentos para liberação dos produtos agrícolas nos portos. Outro objetivo é criar certificados fitossanitários padrões com o mesmo objetivo de agilizar as vendas externas brasileiras, além de manter mercados.

O grupo de trabalho é formado cinco técnicos que trabalham em setores como sanidade vegetal, saúde animal, fiscalização de insumos pecuária e consultoria jurídica. E terá prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, para apresentar o relatório final. O coordenador do GT é o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki.

Pesquisa monitora mosca-branca e viroses em tomateiro

Um grupo de pesquisadores da área de fitossanidade da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) monitora, desde 2010, as principais regiões produtoras de tomate para processamento industrial, concentradas em três diferentes estados do País: Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Em parceria com indústrias processadoras, ao longo da safra, ano após ano, os pesquisadores analisam a população de mosca-branca e a ocorrência de viroses transmitidas por esse inseto-vetor.

O monitoramento contempla cinco localidades: Luziânia, Goiânia e Morrinhos - municípios de Goiás, Patos de Minas (MG) e Guaíra (SP). As indústrias parceiras são respectivamente: Sorgatto, Cargill, Dez Alimentos, Minas Mais e Tomilho, sendo que as duas últimas pertencem ao grupo Predilecta Alimentos. Desde o início do ano, a equipe do projeto vem realizando reuniões com essas empresas para apresentar os resultados obtidos.

De acordo com a pesquisadora Alice Nagata, virologista da Embrapa Hortaliças, existe uma diferença na incidência de virose, dependendo da região monitorada. "Em Minas Gerais e em São Paulo, a incidência é muito mais baixa do que Goiás, onde fica mais evidente a correlação entre o pico populacional de mosca-branca e a ocorrência de viroses", compara.

Ela destaca que o período de vazio sanitário, intervalo sem plantas de tomate no campo, é determinante para evitar que o início do plantio coincida com a época de maior população do inseto, que pode migrar de lavouras de soja e feijão. "A partir do monitoramento, observamos a importância de adiar o plantio de tomate em Goiás para minimizar as perdas de frutos, visto que a infecção em mudas recém-plantadas pode comprometer muito o desenvolvimento da planta", comenta ao explicar que a época de infecção da planta interfere no tamanho do prejuízo. Quando as plantas são infectadas muito novas, as perdas são maiores.

Segundo a Instrução Normativa Nº 06/2011, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária, que trata de medidas fitossanitárias obrigatórias para prevenção e controle da mosca-branca e das viroses, o transplantio deve ser realizado semente entre 1º de fevereiro e 30 de junho. Baseado nos resultados da pesquisa, esse período deveria iniciar somente a partir de abril para evitar o veranico concentrado entre dezembro e março, que favorece a praga.

Atualmente, a equipe de pesquisa está analisando como o vírus sobrevive nesse intervalo sem plantas de tomate no campo. "A hipótese mais provável é que as plantas daninhas hospedam os vírus, mas também podem ser lavouras vizinhas de espécies como feijão e soja ou restos vegetais de lavouras colhidas de tomate", sublinha ao destacar que é importante pensar em um manejo regional das culturas.

Para comprovar a fonte que transmite o vírus para a mosca-branca, que tem pouca autonomia de voo, os pesquisadores pretendem utilizar ferramentas moleculares para fazer testes e detectar os restos de alimentos no corpo do inseto. "Essa é uma metodologia difícil de alcançar porque a mosca-branca é um inseto sugador de seiva que excreta uma solução líquida e absorve açúcares e sais", pondera Alice ao assinalar que o grupo deve continuar o trabalho comparativo entre uma região com alta incidência e outras com menor ocorrência de viroses.

"Nosso objetivo é definir uma recomendação de manejo para que seja possível conviver com a virose nas áreas de produção por mais 30 ou 50 anos. Não podemos permitir que os polos produtivos tornem-se inviáveis por causa do inseto e dos vírus associados a ele", afiança a virologista ao constatar que, além do begomovírus, tem sido observada uma alta incidência de crinivírus nas áreas de produção de tomate.

A próxima etapa da pesquisa é coletar, nas proximidades das áreas de produção, antes do plantio de tomate, moscas-brancas e diversas plantas de lavouras comerciais ou de mata nativa. "A proposta é acompanhar a produção de tomate para tentar correlacionar insetos e plantas que existem do lado de fora com a incidência de viroses que acontece dentro da lavoura", pontua Alice que acrescenta a necessidade de estudar vários cenários em parceria com a cadeia produtiva, produtores e indústrias processadoras.

Fonte: Embrapa

Cresce produção orgânica no País

A produção orgânica é registrada em 22,5% dos municípios brasileiros. O número foi divulgado na última quarta-feira, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, durante a Semana dos Alimentos Orgânicos de 2016. O evento está sendo realizado em 25 estados e no Distrito Federal até o próximo dia 5.

Na oportunidade, o coordenador de Agroecologia do Mapa, Rogério Dias, disse que a atividade vem crescendo no País. Em 2013, havia 6.700 unidades de produção orgânica.

Hoje, o número chega a 14.449 unidades. Para a organização da produção orgânica brasileira, Rogério lembrou que o ministério conta com as Comissões de Produção Orgânica (CPOR) nas unidades da federação.

Essas comissões coordenam ações de fomento à agricultura orgânica; sugerem adequação das normas de produção e controle da qualidade; ajudam na fiscalização e propõem políticas públicas para o desenvolvimento do setor. Elas são formadas por 578 entidades públicas e privadas. “Com essa rede abrimos um espaço para dialogar e melhorar a participação social no mercado e o consumo de orgânicos”, informou Dias.

Fórum

Anualmente, autoridades do mercado mundial de orgânicos se reúnem em São Paulo para debater tendências, desafios, expansão do setor, novos canais de vendas, ampliação da oferta de produtos, entre outros temas.

Esse grande encontro do setor acontece nos dias 8 e 9 de junho, na Bienal do Ibirapuera, durante o 12º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável, evento integrado à agenda oficial de discussões do setor no mundo, e que é realizado durante a feira Bio Brazil Fair/Fiofach America Latina 2016.

O encontro tem início no dia 8 de junho, às 13h30, com Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que traça um panorama do mercado de orgânicos no Brasil. Na última apresentação do dia, o especialista em Pecuária Sustentável da WWF-Brasil, Ivens Domingos, destrincha as etapas e características do sistema da cadeia produtiva animal juntamente com Osmando Xavier, diretor da Fazenda Timbaúba, e Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin Agropecuária. Questões relativas à legislação de insumos, integração produtiva e precificação de produtos orgânicos no mercado compõem a pauta do dia.

Em meio às autoridades nacionais, a grade do dia 9 acolhe também palestras internacionais, com tradução simultânea, ministradas por representantes das principais entidades do mundo ligadas ao setor. Entre as personalidades confirmadas, estão Pablo Dessel, proprietário da Vinecol; Patricia Flores, coordenadora da Ifoam (International Foundation for Organic Agriculture); e Vincent Morel, diretor da Ecocert América Latina.

Os palestrantes internacionais participam do Fórum a convite do Organis (Conselho Brasileiro de Produção Orgânica e Sustentável) em parceria com a Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).