sexta-feira, 15 de abril de 2016

Conab e MMA discutem situação das quebradeiras de coco no Maranhão

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que desenvolvem o programa de apoio a extrativistas no Maranhão participaram, nesta sexta-feira (15), juntamente com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e instituições do estado, de encontro para debater questões de interesse das quebradeiras de coco. A ação faz parte da Política de Garantia de Preços Mínimos para a Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).

A chamada Mesa de Diálogos será realizada a partir das 9h, em São Luís. Da parte da Conab, serão tratadas questões como a ampliação do limite da subvenção junto ao grupo gestor, a correção do preço mínimo do babaçu. Também será dada atenção a um maior envolvimento dos movimentos sociais no processo de subvenção, a fim de ampliar o programa e melhorar as informações. 

Outra preocupação dos técnicos é o combate a agenciadores na condução do programa para evitar fraudes. Para isso, prevêem um esquema itinerante de visitas e um critério melhor de informação das participantes.

A Conab aproveitará o encontro para apresentar o calendário do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que prevê período específico para apresentação de projetos de apoio a produtos da sociobiodiversidade. 

Outro assunto em pauta será a parceria da Conab com o BNDES. Estão previstos para este ano cerca de R$ 3 milhões para projetos com mulheres rurais, o que deve beneficiar muitas famílias de extrativistas do babaçu em todo o país. 

Proposta regulamenta práticas de manejo de solo e o uso de recursos hídricos

Para regulamentar as práticas de manejo de solo e o uso de recursos hídricos, representantes do governo federal apresentaram proposta de projeto de lei que institui a Política Nacional de Conservação do Solo e da Água no Meio Rural. A sugestão foi apresentada durante seminário, nesta quinta-feira (14), na Escola Nacional de Gestão Agropecuário (Enagro), em Brasília. O evento faz parte das atividades do Dia Nacional da Conservação do Solo, comemorado hoje.

A proposta prevê, por exemplo, o mapeamento do solo, a criação de uma base de dados e a capacitação de técnicos e de produtores rurais para a difusão de conhecimentos e tecnologias capazes de prevenir e controlar os processos erosivos e outras formas de degradação.

“A sociedade precisa conhecer o valor do solo e tratá-lo de forma adequada. O desafio é fazer o seu mapeamento em escalas compatíveis com as necessidades de cada região e dar assistência apropriada ao produtor”, disse Maurício Carvalho de Oliveira, chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A proposta do projeto de lei foi elaborada por um grupo de técnicos do Mapa, Agência Nacional de Água (ANA) e ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional. O texto deverá ser enviado aos ministros da área e depois apresentada à Casa Civil. 

Segundo o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Gustavo Chianca, há estimativas de que 33% do solo no mundo estão em situação de risco. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, com uma área agricultável de 242 milhões de hectares. Além disso, tem 12% da reserva mundial de água doce.

Um dos desafios da sociedade brasileira é harmonizar o desenvolvimento socioeconômico com a proteção e o equilíbrio ambiental. O uso e o manejo adequados dos recursos naturais são fundamentais para assegurar a estabilidade ambiental, a melhoria da produtividade e da renda das atividades agropecuárias, com benefícios diretos e indiretos para o produtor rural e a sociedade.

O Dia Nacional da Conservação do Solo é uma homenagem ao nascimento de Hugh Hammond, em 1881. Ele é considerado pioneiro na conservação do solo nos Estados Unidos. A data foi instituída por iniciativa do Mapa, em 13 de novembro de 1989 (Lei 7.876), com o objetivo de aprofundar os debates sobre a importância do solo como um dos fatores básicos da produção agropecuária.

Cadastro ambiental Rural (CAR) deverá ser feito até o dia 5 de maio

Proprietários precisam se cadastrar para obter os benefícios do Programa de Recuperação Ambiental


O CAR, previsto no Código Florestal Brasileiro, é um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais do País. Foi criado para integrar as informações sobre a situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), da Reserva Legal e Áreas de Uso Restrito. Registra, também, as florestas e remanescentes de vegetação nativa e áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do Brasil.

A base de dados do Sistema Integrado de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) é estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil. Ele vai, ainda, facilitar o planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

Já no último mês para o final do prazo para o Cadastramento Ambiental Rural (CAR), que vai até 5 de maio – o País registra um aumento percentual de áreas cadastradas. A alta verificada é em março é de 4% em relação ao mês anterior, aponta o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O percentual é quase o dobro da média mensal dos últimos cinco meses, o que pode ser explicado pelas adesões de última hora.

Até o momento, 2,6 milhões de imóveis rurais já foram cadastrados, ou seja, 70,3% da área prevista já está no sistema.

A procura pelo CAR cresceu até mesmo na região Sul, que vinha apresentando números menos expressivos. Somente no mês de março, foram cadastrados 2,38 milhões de hectares nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, a região tem 41,37% da sua área cadastrada, sendo o Rio Grande do Sul o Estado com maior inclusão no último mês (1.264.887 de hectares).

De acordo com os dados do Ministério do Meio Ambiente, a região Norte manteve os números expressivos que vinha apresentando, com 85,8%, seguida pelo Sudeste (71,4%) e pelo Centro Oeste (67,9%). O Nordeste tem 43% do imóveis no sistema. Os números são do relatório divulgado, nesta terça-feira (12), pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Os dados mostram, ainda, os Estados de Minas Gerais (1.719.939 hectares cadastrados), Maranhão (com 1.682.610), Mato Grosso do Sul (1.284.441) e o Rio Grande do Sul (1.264.887) como os que apresentam a maior área cadastrada no mês de março.

Os proprietários que não aderirem ao CAR podem sofrer restrições no crédito rural. Até então não foram divulgados dados oficiais de que o prazo possa ser prorrogado, então é necessário que os prazos sejam respeitados, para não perder os benefícios do Programa.

Para fazer o cadastro, acesse o link: http://www.car.gov.br/#/

Atualização dos custos de produção da agricultura familiar está disponível

Foto: Divulgação Agrolink
A lista atualizada dos 240 custos de produção que fazem parte do pacote tecnológico da agricultura familiar já está disponível no site da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A pesquisa envolve lavouras de grãos, hortaliças, leguminosas, cana-de-açúcar e culturas permanentes.

Os principais elementos avaliados nesse pacote foram insumos, máquinas e serviços. Dentre esses, os itens que apresentaram maior percentual de aumento em quase todas as culturas foram sementes, mão-de-obra, fertilizantes e, por último, agrotóxicos. Foi o caso, por exemplo, do feijão-macaçar, da mandioca e do milho, na região Nordeste, devido ao aumento do preço para aquisição de sementes e a escassez de mão-de-obra, que tornou mais cara a contratação de serviços no custeio das lavouras.

Técnicos da Companhia iniciaram em fevereiro deste ano a pesquisa de preços que serviu de base para a atualização dos custos de produção. O estudo foi entregue ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA e aguarda definição do Comitê Gestor, que envolve a Conab e também os ministérios da Agricultura (Mapa), do Planejamento (MPOG) e da Fazenda, para definição dos preços de referência.

A revisão dos custos de produção é feita uma vez por ano pela Conab para análise dos preços de referência da Política de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), que garante aos agricultores familiares que têm financiamento no âmbito do Pronaf a indexação do financiamento a um preço igual ou próximo do custo de produção. O objetivo do programa é assegurar a remuneração do agricultor familiar e garantir a continuidade de suas atividades.

Alimentos com potencial inflamatório: conheça os grandes vilões da saúde

Praticar exercícios físicos regularmente, controlar a ansiedade e estresse diários são medidas que, aliadas a uma alimentação balanceada, podem prevenir graves doenças


Alguns alimentos têm potencial inflamatório e
devem ser evitados pelo bem da saúde (Foto: Getty Images)
A manutenção do estilo de vida saudável é um grande protetor da saúde. O programa alimentar deve ser rico em frutas, hortaliças e alimentos integrais, apresentando teor energético capaz de manter o peso corporal adequado. Sair do sedentarismo, praticar exercícios físicos regularmente, controlar a ansiedade e estresse diários são medidas que, aliadas à uma alimentação balanceada, podem prevenir inflamações. 

A inflamação pode ser definida como o conjunto de alterações bioquímicas, fisiológicas e imunológicas em resposta a estímulos “agressivos” ao organismo. Alguns exemplos de agentes causadores de inflamações são: 

- Má alimentação ou alimentação desbalanceada: baixa ingestão de frutas/verduras e legumes; alta ingestão de comidas processadas/ congeladas/ industrializadas; excesso de frituras, gorduras saturadas e gordura trans;
- Estresse do dia a dia;
- Sedentarismo;
- Prática esportiva: o treinamento de força gera uma “lesão” que deve ser reparada. Em treinos aeróbicos, quanto maior a intensidade e a duração dos treinos, maior é a resposta inflamatória. O corpo possui mecanismos para gerar adaptações a esta “inflamação”, entretanto alguns alimentos potencializam a recuperação das fibras musculares;
- Poluição;
- Doenças crônicas não-transmissíveis: diabetes, obesidade, câncer, doenças cardíacas, doenças intestinais (síndrome do cólon irritável, retocolite, diarreia...), doenças reumáticas, entre outras.

Alimentos com potencial anti-inflamatório que devem ter o consumo estimulado:

1.Ômega 3
Atua na saúde do aparelho cardiovascular (redução do LDL, aumento do HDL), na função cerebral e tem ação anti-inflamatória global. Peixes (salmão, anchova, sardinha, cavala, atum, bacalhau, arenque), sementes (linhaça e chia), nozes e castanha. 

2. Gordura monoinsaturada (ômega- 9) 
É benéfica porque desinflama, reduz o LDL (“colesterol ruim”) e aumenta o HDL (“colesterol bom”). Presente no azeite de oliva, óleo de gergelim, amêndoa, castanha de caju, castanha do Pará, amendoim e abacate. 

3. Frutas, verduras e legumes 
São fontes de fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos. Compostos bioativos são substâncias presentes em frutas, verduras e legumes que favorecem a nossa saúde e previnem doenças. Exemplos: os polifenóis - ácido elágico, pigmentos como carotenoides e licopeno, catequinas, antocianinas, resveratrol...

- Alimentos da cor verde: folhosos verde escuro. Fonte de fibras, betacaroteno, ferro, ácido fólico, potássio e vitamina K. 
- Alimentos alaranjados: mamão, caju, damasco, caqui. Fontes de betacaroteno/ vitamina A e vitamina C
- Alimentos vermelhos: morango, tomate, cereja, melancia, cranberry, goiaba. Fontes de licopeno, vitamina C , antocianinas e ácido elágico
- Alimentos roxos: uva roxa, ameixa, mirtilo, jabuticaba. Fontes de antocianina e resveratrol
- Alimentos brancos e amarelados: Fontes de vitamina A/ betacaroteno, vitamina C, Fibras, vitamina K, antocianinas, ácido elágico

4. Resveratrol
É uma fitoalexina presente em espécies vegetais, principalmente nas uvas, amoras e amendoins. Possui propriedades quimiopreventivas, antioxidantes, antiplaquetárias, antifúngicas, anti-inflamatórias, cardioprotetoras. Presente principalmente nas uvas e alimentos arroxeados.

5. Ervas, condimentos e especiarias
Cúrcuma (açafrão), canela, cacau, gengibre, alho, pimenta, orégano, entre outros. Possuem compostos bioativos, função antioxidante e anti-inflamatória.

Alimentos com potencial inflamatório que devem ter o consumo evitado:

1. Ácidos Graxos Saturados e Trans
Vários estudos têm associado níveis de biomarcadores inflamatórios ao consumo de dietas com alto conteúdo de ácidos graxos saturados e de gorduras trans.

2. Gordura saturada 
Encontrada principalmente em alimentos de origem animal (carnes gordurosas, leite, manteiga, bacon, toucinho, queijos), e em alimentos de origem vegetal como coco, óleo de coco, dendê. A gordura saturada de origem animal contribui para a inflamação por conter ácido araquidônico. Já o tipo de gordura presente no coco não teria este risco. 

3. Gordura trans
A grande vilã. Não existe na forma natural, é uma gordura produzida por modificação química nos óleos vegetais, margarina sólida e alimentos preparados com óleos e margarina, como biscoitos, salgadinhos, congelados industrializados, empanados e frituras em geral. Altamente pró-inflamatória, aumenta o LDL e reduz o HDL, além de acelerar a produção de radicais livres. Exemplos: frituras, açúcar refinado, carnes processadas (salsicha, salame, mortadela, etc) alimentos preparados em altas temperaturas (frituras, torrados, defumados, queimados em churrasco ou no forno), corantes alimentares artificiai e excesso de sal, principalmente sal processado. 

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com

terça-feira, 12 de abril de 2016

Citros/Cepea: Frutas cítricas atingem elevados patamares em Março

Os preços das frutas cítricas estão em patamares elevados, conforme indicam dados do Cepea. No caso das laranjas, os valores mais altos não surpreendem o setor, já que o período é de baixa oferta. No mesmo sentido, a tangerina poncã encontra suporte na disponibilidade ainda limitada neste início de colheita no estado de São Paulo.

Já para a lima ácida tahiti, os preços elevados são atípicos, que costuma registrar em março um dos maiores volumes de oferta do ano. De acordo com dados do Cepea, a laranja pera in natura teve média de R$ 22,17/caixa de 40,8 kg, na árvore, em março, aumento real de 18% em relação ao mesmo mês de 2015 – valores corrigidos pelo IPCA de fevereiro/16.

A colheita de tangerina, por sua vez, teve média de R$ 43,17/cx de 27 kg, na árvore, forte alta real de 77% em relação ao primeiro mês de colheita de 2015 (abril). A surpresa do mês foi a lima ácida tahiti, que teve média de R$ 18,43/cx de 27 kg, colhida, em março, alta real de 87% sobre o mesmo mês de 2015. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: Cepea/Esalq

Citricultura paulista fecha safra 2015/2016 com 300,65 milhões de caixas de laranja

A safra 2015/2016 de laranja do principal parque citrícola do Brasil que contempla 323 municípios de São Paulo e 26 de Minas Gerais foi de 300,65 milhões de caixas de 40,8 quilos, segundo o Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura, entidade mantida por citricultores e indústrias de suco.

O número representa um aumento de 7,76% em relação à estimativa inicial feita pelo próprio Fundecitrus, em maio de 2015, no início da safra. Da produção estimada, cerca de 17,48 milhões de caixas foram produzidas no Triângulo Mineiro.

Entre as principais variedades de laranja produzidas no parque citrícola, o maior aumento foi nas variedades tardias. A safra de Valência e a Folha Murcha foi 6,12% maior do que o previsto inicialmente e a de Natal 5,31%. Já as precoces Hamlin, Westin e Rubi tiveram um aumento de 0,72%. Isso se deve ao grande volume de chuvas entre dezembro e janeiro, que teve influência no tamanho dos frutos. Os dados apurados mostraram que os frutos estão mais pesados e, consequentemente, uma caixa é composta com 19 frutos a menos do que na projeção inicial (226 frutos/caixa em abril/16 contra 245 frutos/caixa em maio/15).

De acordo com o levantamento feito pelo Fundecitrus, nesta safra foram colhidas 105,92 milhões de caixas das variedades Valência e Valência Folha Murcha, 82,31 milhões de caixas de Pera Rio; 58,86 milhões de caixas das variedades Hamlin, Westin e Rubi; 38,90 milhões de caixas de Natal e 14,66 milhões de caixas das variedades Valência Americana, Valência Argentina, Seleta e Pineapple.

A taxa de queda dos frutos na safra 2015/2016 foi de 17,49% e ficou dentro da média histórica dos últimos dez anos.

O trabalho de estimativa e acompanhamento de safra é feito pelo Fundecitrus, em parceria com a Markestrat, a Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) e o Departamento de Estatística da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal (FCAV/Unesp). A estimativa da safra de laranja 2016/2017 será divulgada em 10 de maio.

O relatório completo sobre o fechamento da safra está disponível no site do Fundecitrus:http://www.fundecitrus.com.br/pes/estimativa

Fonte: Fundecitrus

"Agronegócio dá demonstração de que é principal locomotiva da economia brasileira", diz dirigente

A 9ª edição da Parecis SuperAgro foi aberta oficialmente nesta segunda-feira (11) com discurso unanime, entre os representantes do setor econômico, de que o segmento do agronegócio conseguirá atravessar o período de crise pelo qual passa o país, com muito trabalho e dedicação.

A Parecis SuperAgro 2016 acontece até a próxima quarta-feira (13) no Parque de Exposição Odenir Ortolan, em Campo Novo do Parecis (a 380 km de Cuiabá).

“Em um ano, em que a conjuntura econômica e política do Brasil mostra uma seta apontando para baixo, aqui na Parecis SuperAgro, rodamos essa seta em 180 graus e apontamos ela para cima. A Parecis SuperAgro 2016 superou todas as suas expectativas; batemos nossa meta de expositores”, disse a presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis e organizadora da feira, Giovana Velke.

Na avaliação da dirigente, o agronegócio vem dando demonstração, há anos, de que é a principal locomotiva da economia brasileira. “Sim, a crise chegou! Mas para homens e mulheres que, assim como nós, nossos pais e avós, não tiveram medo de pegar no cabo da enxada e desbravar esse Mato Grosso, a crise é apenas mais um obstáculo a se vencer”, destacou Velke.

O prefeito de Campo Novo do Pareceis, Mauro Valter Berft, durante a solenidade de abertura do evento, ressaltou a importância de se investir, sempre, em conhecimento para o processo de evolução do agronegócio. “Se não valorizássemos o conhecimento, estaríamos até hoje arando nossas áreas com carro de boi. O investimento em conhecimento fez com que o agronegócio chegasse aonde chegou”, analisou Berft.

Já o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, apontou que o setor do agronegócio precisa se unificar e unir forças para vencer o momento de crise. Ele ainda destacou que o agronegócio deve cobrar dos políticos do Estado, em especial, os deputados federais e senadores para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Não podemos aceitar a incitação para a invasão de áreas rurais e precisamos aprovar o impeachment da Dilma”, disse Prado.

A abertura contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Clóvis de Paula; vice-presidente da Aprosoja, Elson Pozobom; presidente da Aprosmat, Carlos Augustim; prefeito de Juína, Hermes Bergma; prefeito de Campos de Júlio, Dirceu Comiram; ex-senador, Gilberto Goelner; além de vários presidentes de sindicatos rural da região.

Após a abertura oficial, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) iniciou a palestra “Por um Brasil Melhor”. Na parte da tarde acontecerá a palestra “Irrigação – A segurança da agricultura”, com Alécio Maróstica.

PROGRAMAÇÃO – Nesta terça-feira (dia 12) acontecerá o painel “Novos Caminhos para o Mato Grosso”, mediado pelo jornalista Heraldo Pereira, com a presença do governador Pedro Taques; do vice-governador Carlos Fávaro; dos seandores Blairo Maggi e José Medeiros; e os deputados federais Adilton Sachetti e Nilson Leitão. Pela tarde, acontecerá a palestra “Risco de Mercado”, com Guilherme Caldas.

No dia 13, está programado as palestras: “Os grandes desafios da competitividade no Brasil”, com Marcos Troyjo e “Como Construir uma Tropa de Elite”, com Paulo Storani, ex-integrante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Trabalhos da estimativa de safra 2016/17 entram na fase final

A derriça, última etapa dos trabalhos da estimativa da safra de laranja 2016/17, que consiste na colheita antecipada dos frutos, teve início no último dia 28 de Março.

Serão colhidas 2,2 mil árvores, sorteadas por amostragem, estratificadas por idade, variedade e região, de forma que representem todo o parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais.

A árvore a ser derriçada pode estar sadia ou doente, mas caso esteja morta ou no local haja uma falha, será substituída por uma de igual idade e variedade, no mesmo talhão das anteriormente selecionadas.

Serão retirados todos os frutos da árvore, ensacados, catalogados e levados para um laboratório em Araraquara/SP para serem contados e pesados. Os dados ajudarão a compor a estimativa de produção de laranja 2016/17 e os citricultores que permitirem a derriça serão reembolsados.

A estimativa é feita pelo Fundecitrus em parceria com a Markestrat, Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP) e Unesp (FCAV). 

Fonte: Fundecitrus

Os muitos ganhos ao se corrigir o solo utilizando o calcário

Utilizado com grande sucesso na correção da acidez dos solos agrícolas, garantindo a partir da correção uma maior eficiência aos fertilizantes e adubos colocados na terra na hora do plantio, o calcário é insumo indispensável na agricultura, especialmente nas regiões de cerrado onde, normalmente, os solos são mais ácidos e, por isso, menos eficientes sem a devida correção.

O calcário pode ser calcítico ou dolomítico. O calcítico tem no máximo 4% de magnésio e um mínimo de 40% de cálcio. Já o dolomítico tem um mínimo de 10% de manganês e cerca de 30% de cálcio. A escolha de utilização de um tipo ou do outro é feita pelo agricultor a partir dos resultados dos exames do solo. Se o solo estiver com excesso de magnésio por exemplo, ele deverá usar o calcítico. Se estiver com muito cálcio, num outro exemplo, ele deverá usar o dolomítico, que tem mais magnésio e menos cálcio.

Fundada em 1973, e localizada no município de Bela Vista, próximo a Bonito, em Mato Grosso do Sul, a Mineração Bodoquena é responsável pelo abastecimento com calcário de grande parte das áreas agrícolas sul-mato-grossenses. Mais de 50% das lavouras de soja, milho, algodão e também de áreas de pastagens são tratadas com o produto da Calcário Bodoquena.

Segundo explica o fundador da empresa, Antônio Aranha, carinhosamente chamado pelos clientes e familiares de “seu Toninho”, ele afirmou ao Correio Rural na última quinta-feira, durante visita da reportagem à mineradora, que produz 1 milhão e 300 mil toneladas de calcário por ano.

A área total da mineradora é de 700 hectares e a mina tem capacidade de exploração por muitas gerações, conforme garante Antônio Aranha. Conforme explicou Frederico Aranha, um dos filhos do seu Toninho, a exploração do calcário é feita na mesma lavra de 15 hectares, desde a fundação da mineradora há 43 anos. “E essa lavra poderá ser explorada por mais 50 anos e, na área total da Bodoquena, há reserva de calcário para muitas gerações ainda”, garante o diretor. Quanto à qualidade do calcário extraído, tanto ele Frederico, como o pai dele, seu Toninho, garantem que tem 80% de fator de correção de acidez do solo, denominado PRTN.

O calcário agrícola é utilizado na correção da acidez do solo, garantindo maior produtividade e, também, uma diminuição do uso de fertilizantes pelos agricultures, já que esse insumo não tem o efeito esperado em solos mais ácidos, nos quais se perde até 40% do material utilizado, conforme os dados gerados pela Abracal - Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola. 

O Brasil é autossuficiente na produção de calcário agrícola e consome 33 milhões de toneladas/ano do insumo. Embora esse volume tenha crescido nos últimos anos, ainda é menor do que a metade recomendada por pesquisadores do setor, segundo os dados da Abracal.

PORQUE USAR

As principais consequências da acidez do solo para os sistemas agrícolas são a baixa produtividade e a redução dos lucros dos agricultores. E isso acontece em função de:

• Presença do alumínio tóxico, prejudicando o crescimento das raízes;

• Baixos teores de cálcio e magnésio no solo, nutrientes essenciais para a nutrição das plantas;

• Baixa eficiência da adubação, aumentando os custos de produção e gerando menores colheitas.

E qual seria a solução para corrigir esses problemas? Para a correção da acidez do solo, o calcário é o principal produto utilizado na agricultura. Usar o calcário certo também é um dos fatores importantes.

Conforme salientou Frederico Aranha, quando o solo é bem equilibrado os agricultores reduzem a aplicação de produtos nitrogenados. E isso representa, entre outros benefícios importantes, a redução nos custos gerais da lavoura. Também representa benefícios ao meio ambiente, sem contar com a redução das importações de componentes e produtos utilizados na fabricação dos nitrogenados.

“Só para que seja mais facilitado o entendimento, explico que uma tonelada de calcário custa no mercado aproximadamente R$ 50, enquanto uma tonelada de fertilizante ou adubo custa R$ 1.000. E com o uso do calcário para a correção da acidez do solo, o fertilizante aplicado responderá com muito maior eficiência, podendo o agricultor utilizar menos desse insumo, barateando significativamente o custo de sua lavoura”, detalhou Aranha.

A Mineração Bodoquena tem hoje estocado em seus pátios aproximadamente 350 mil toneladas de calcário e a produção é feita de forma intermitente. Além da comercialização do calcário, a empresa também vende para municípios próximos aproximadamente 20 mil toneladas de brita por ano.

A EXPLORAÇÃO

O trabalho de exploração da lavra é feita com a detonação de explosivos na rocha. São feitas três detonações por semana, normalmente. Após a explosão da pedreira, uma pá-carregadeira Case 721E é usada para fazer a limpeza do pátio, juntando as pedras e abrindo espaço para a entrada dos caminhões e da escavadeira hidráulica Case CX470B que sobe no desmonte para começar a carregar.

Do pátio de detonação, as pedras são levadas para as britagens, primária e secundária. “Depois desses processos, as pedras caem em uma espécie de pulmão e são transportadas por correias para os moinhos, que são a última parada para a produção do calcário agrícola. As pedras menores são utilizadas como brita para a construção e vendemos para localidades aqui mais próximas”, explicou Frederico Aranha.

O diretor explica que as pás-carregadeiras que operam nesse processo de carregamento dos caminhões com o calcário tem uma balança instalada no sistema hidráulico, o que dá mais precisão e agilidade no trabalho de pesagem da produção. “As máquinas da Case são rápidas e bem adequadas para o nossos serviços. E o atendimento da concessionária Tork também é muito bom e próximo”, avalia o fundador da Bodoquena, Antônio Aranha.

Seu Toninho salientou a importância de se fazer bem os trabalhos, “fazer o nosso melhor”. Ele destacou a importância do trabalho dos seus mais de 100 funcionários. “Mais do que o dinheiro que todos ganhamos, considero fundamental a realização pessoal de cada um com o sucesso e a constatação do trabalho bem feito”, concluiu o empresário do setor de mineração de MS.


Juruá: manejo adequado aumenta produção de bananas

O uso de variedades resistentes a doenças e a adoção de práticas adequadas de manejo têm contribuído para o aumento da produtividade em bananais do Juruá. Os resultados de uma experiência conduzida em uma plantação localizada na comunidade Alto Pentecostes, em Mâncio Lima (AC), tem animado o agricultor familiar Sebastião Oliveira, com uma produção superior à média nacional.

Em cultivos tradicionais do Juruá, a média de produção não ultrapassa 700 cachos por hectare/ano. Em apenas quatro meses de produção já foram colhidos 870 cachos das bananas Thap Maeo, Maravilha e Pacovan Ken, variedades resistentes à Sigatoka-negra e recomendadas pela Embrapa para o estado do Acre. A produção anual estimada é de 30 toneladas por hectare, produtividade superior à média nacional de 12 toneladas por hectare.

O experimento implantado pela Embrapa, em uma área de pouco mais de um hectare, conta com 1.200 touceiras. Segundo Oliveira, os cuidados com o solo nas diversas etapas dos plantios foram essenciais para aumentar a produtividade. "Na área cultivada com a banana já fiz o cultivo consorciado de milho, melancia e feijão. Os restos dessas culturas (palhada) ajudaram a melhorar a fertilidade e qualidade do solo", afirma.

De acordo com o Marcelo Klein, supervisor do Setor de Transferência de Tecnologia do Juruá da Embrapa Acre, a experiência mostra que é possível produzir bem, apesar das dificuldades que caracterizam a agricultura da região. "O manejo inadequado é um dos fatores que contribuem para a baixa produtividade dos bananais no Juruá. Práticas simples como o espaçamento recomendado entre as plantas, limpeza da área, calagem e adubação química para recuperar o solo, adubação verde para fixação biológica de nitrogênio, desfolha e manutenção de, no máximo, três plantas por touceira contribuem para melhorar o desempenho produtivo dos bananais", comenta.

Demanda regional

A Sigatoka-negra, doença que ataca as folhas da bananeira e diminui a capacidade produtiva da planta, representa o principal fator de perdas na cultura da banana, no Acre e em outros estados. O uso de variedades resistentes a doenças, associado a práticas de manejo recomendadas pela pesquisa, é uma alternativa eficiente no controle do problema.

"Há uma grande demanda regional por mudas de bananas resistentes. Somente no município de Porto Walter, a procura envolve mais de 100 produtores e seriam necessárias cerca de 20 mil mudas para suprir essa carência. Uma alternativa para atender essa demanda é a multiplicação e a doação desse material por agricultores que implantaram bananais com as variedades melhoradas. Esse processo vem sendo acompanhado pela Embrapa, como forma de garantir a qualidade das mudas", afirma Klein.

Fonte: Embrapa

Valor da produção agropecuária é estimado em R$ 512,9 bilhões

A estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para este ano é de R$ 512,9 bilhões, de acordo com dados de março apurados pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Do total, a agricultura é responsável por R$ 336,7 bilhões (65,6%), e a pecuária, 176,2 bilhões (34,4%).

O VBP representa o faturamento dos principais produtos agrícolas dentro da porteira. Pela estimativa de março, o valor deste ano recuou 0,1% em comparação com o de 2015, de R$ 513,2 bilhões. A expectativa para este ano é de aumento de 1,8 % no faturamento das lavouras e de queda de 3,3 % no da pecuária. A Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA ressalta que as informações da pecuária são muito preliminares e alguns dados sobre abates se referem ao ano passado.

No grupo de produtos que vêm obtendo melhor resultado este ano destacam-se a banana, com aumento real do VBP de 18,5 %; a batata-inglesa (+12,7%); café (+17,9 %); feijão (+5,2%); mamona (+25,8%); milho (+5,8%); pimenta do reino (+8,9%); soja (+8,4%); trigo (+10,3 %) e maçã (+11,2%).

Esses dez produtos representam 67% do VBP de 2016. A soja tem uma estimativa de faturamento de R$ 119,9 bilhões, o equivalente 35,6% do VBP das lavouras.

Segundo a SPA, as estimativas deste mês refletem parte do impacto da seca e de excesso de chuvas nas principais regiões produtoras do país. A produção de várias lavouras e a de frutas foi prejudicada. Os relatos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram alguns desses efeitos. O prejuízo da fruticultura foi detalhado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP. 

Os valores por região continuam apresentado a liderança do Sul (R$ 148 bilhões), seguida pelo Centro-Oeste (R$ 144,4 bi) e Sudeste (R$ 134,8 bi). Em seguida, aparecem o Nordeste, com R$ 48,8 bi, e o Norte, com R$ 29,6 bi.

Veja aqui e aqui os dados nacionais e regionais.