sábado, 18 de junho de 2016

Brasil se candidata à presidência do Codex Alimentarius

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) oficializou a candidatura brasileira à presidência da Comissão do Codex Alimentarius (CAC), com a indicação do fiscal federal agropecuário e médico veterinário Guilherme Antonio da Costa Jr. Esta é a primeira vez que o governo brasileiro indica um nome para concorrer a presidente do Codex.

Criada em 1963 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a CAC é reconhecida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como referência internacional para a solução de disputas sobre inocuidade alimentar e proteção da saúde do consumidor.

O Codex trabalha em temas relacionados à rotulagem de alimentos, higiene alimentar, aditivos alimentares, resíduos de pesticidas e procedimentos de avaliação da inocuidade de alimentos derivados da biotecnologia moderna, entre outros. Além disso, emite orientações para o tratamento de sistemas de inspeção e certificação oficiais na importação e exportação de alimentos.

Participação brasileira

Desde 1968, o governo brasileiro participa de diferentes fóruns do Codex. Atualmente, Guilherme Antonio ocupa uma das vice-presidências da comissão desde 2014.

Além de suas atribuições na comissão, Guilherme desenvolve atividades no Departamento de Negociações Não Tarifárias da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa.

O servidor de carreira do Mapa também foi adido agrícola do Brasil junto à OMC. No Mapa, ele foi coordenador-geral de Negociação na Organização Mundial do Comércio de 2005 a 2008 e diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias de 2008 a 2010. Também participou das delegações brasileiras nas reuniões do Comitê sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Comitê SPS) desde 2005 e contribuiu com as atividades junto ao Comitê Codex Alimentarius do Brasil (CCAB) de 1992 a 2010.

Até o momento, dois dos três vice-presidentes do Codex Alimentarius já lançaram as suas candidaturas à presidência. Além de Guilherme Antonio, o representante do Mali informou que vai concorrer ao cargo de presidente.

A eleição ocorrerá na 40ª Reunião da Comissão do Codex Alimentarius, prevista para o período de 3 a 7 de julho de 2017, em Genebra (Suíça). O Codex tem 187 países participantes.

Notícias Emater/RS-Ascar recomenda que famílias abusem das frutas cítricas no inverno

Com receitas de waffle, ambrosia e sucos, a Emater/RS-Ascar tenta estimular as famílias de Bom Progresso a usarem e abusarem das frutas cítricas, como a laranja, a bergamota e o limão. ?A recomendação diária de frutas cítricas é de pelo menos três vezes por semana, pois todas fazem um bem danado ao nosso organismo?, diz a extensionista social da Emater/RS-Ascar, Anelise Kehl.

Para quem se queixa do inverno, Anelise contemporiza dizendo que a natureza é sábia. ?Além de mais baratas, há grande produção de frutas cítricas, ricas em vitamina C, que ajudam a prevenir resfriados?, diz ela.

De acordo com a Emater/RS-Ascar, a laranja é a quarta fruta mais produzida no Rio Grande do Sul (273 mil t), e a bergamota, a quinta (150 mil t).

Com bom custo-benefício, as frutas cítricas têm sido recomendadas pela Emater/RS-Ascar às famílias de Bom Progresso. Durante as oficinas de alimentação, uma lista criativa de receitas é testada para agradar o paladar da família inteira. ?Pratos à base de frutas cítricas foram elaborados para estimular o consumo destas frutas e melhorar o cardápio, aproveitando também outros alimentos produzidos nas pequenas propriedades, como leite, ovos, folhas verdes e mel?, disse Anelise.

Participam das oficinas de alimentação mulheres do Programa Socioassistencial Promoção da Inclusão Social e Produtiva, que a Emater/RS-Ascar desenvolve no Estado, e famílias beneficiárias da Chamada Pública do Leite, que a Instituição executa em Bom Progresso com recursos do Governo Federal.

Fonte: Emater - RS

Pesquisadores lançam blog sobre citricultura

Projeto quer levar informações sobre ciência para público leigo de forma simples e descontraída


Os pesquisadores ligados ao Centro de Citricultura Sylvio Moreira, em Cordeirópolis, aproveitaram 
a 38ª Semana de Citricultura para lançar o blog "Descascando a Ciência". O projeto, coordenado pela dra. Laís Moreira Granato e o mestre em microbiologia, parasitologia e patologia, Paulo José Camargo dos Santos, tem o intuito de divulgar informações detalhadas sobre os projetos de pesquisa desenvolvidos pelos alunos de mestrado e doutorado ligados à entidade. 

Com linguagem simples e direta, o intuito do projeto é justamente descascar a ciência para o público leigo e mostrar os desafios do dia-a-dia dos pesquisadores e claro, a importância da ciência para a sociedade. Para conferir mais sobre o blog, basta acessar o endereço: 


Fonte: CitrusBR

Citros/Cepea: Safra de poncã está na reta final em SP

A safra da tangerina poncã se aproxima do final no estado de São Paulo. Segundo agentes consultados pelo Cepea, o volume disponível para comercialização deve ser suficiente para, no máximo, 20 dias. A partir daí, as frutas disponibilizadas no mercado paulista devem ser provenientes, especialmente, de Minas Gerais.

Assim, os preços da poncã se mantiveram elevados durante toda a safra do estado de São Paulo, visto que a colheita foi bem distribuída durante os meses de oferta e não houve pico de colheita. Neste mês, porém, os valores recuaram com um pouco mais de força, já que, por se tratar de final de safra, a qualidade e o calibre de boa parte das frutas já estão aquém do ideal. Na parcial do mês (até o dia 16), a poncã tem média de R$ 28,52/caixa, queda de 22% em relação a maio, porém, ainda mais que o dobro da verificada em junho/15, em termos nominais.

Fonte: Cepea/Esalq

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Iniciativa pioneira ensinou técnicas de análise sensorial para produtores de vinhos artesanais

Integrando o projeto para aumentar a qualidade dos vinhos artesanais de pequenos produtores de Bento Gonçalves (RS), foi realizado curso que repassou aos vitivinicultores noções relativas à análise sensorial, visando identificar defeitos ou qualidades apreciadas nos vinhos coloniais. A atividade foi realizada pela Emater/Ascar-RS, Embrapa Uva e Vinho, Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), com o apoio da Prefeitura do município, no Laboratório de Análise sensorial da empresa de pesquisa.

O grupo de produtores de vinho artesanal está desde 2011 recebendo orientações e cursos de capacitação realizados de acordo com diagnóstico das principais fragilidades, identificadas pelos próprios produtores ou pela equipe de técnicos envolvidos na ação. Segundo Thompson Didoné, técnico da Emater que acompanha a ação desde o seu início, já foram realizadas capacitações relacionadas à adubação, poda, qualidade de mudas, elaboração de vinhos, manejo fitossanitário, dentre muitas outras. “A partir das análises laboratoriais e sensoriais dos vinhos, pudemos identificar uma melhoria significativa na qualidade do vinho elaborado. Os produtores realmente colocaram em prática o que aprenderam, seja na troca de utensílios ou na higienização da cantina”, avaliou.

“Agradeço a oportunidade. Foi ótima, mas deveria ter acontecido antes, pois com certeza é o primeiro curso que ensina as técnicas para o colono avaliar um vinho. A gente fazia e tomava, seguindo os ensinamentos dos antigos. Agora vai ser diferente”, avaliou Jandir Crestani, produtor do Vale dos Vinhedos e um dos participantes da capacitação.

O resultado da capacitação foi bastante positivo na avaliação dos responsáveis pelo curso, os enólogos da Embrapa Uva e Vinho João Carlos Taffarel e Raul Ben. “Além de uma parte teórica básica, eles degustaram vários vinhos de boa qualidade e outros com defeitos graves, como por exemplo com cheiro de ovo podre ou de vinagre”, informou Ben. A partir da avaliação positiva do evento, o analista Taffarel já propôs um segundo módulo. “Poderemos fazer o próximo curso degustando vinhos das principais cultivares que vocês utilizam, como 'Isabel', 'Bordo', ou 'Seybel'. Assim, vamos avançar na percepção sensorial e, com certeza, melhorar ainda mais a qualidade dos vinhos que vocês elaboram”, pontuou Taffarel.

Os 62 produtores que integram o Projeto para aumentar a qualidade dos vinhos artesanais já estão preparando a quarta edição do Festival Nacional do Vinho Colonial, que irá acontecer nas comunidades de Faria Lemos, Tuiuty, Vale dos Vinhedos e São Pedro, a partir do mês de setembro, após a seleção dos vinhos que serão apresentados. O Festival Nacional do Vinho colonial é uma promoção das associações das comunidades, com apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e de Turismo, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS/Região Uva e Vinho), IFRS/BG, Embrapa e Emater. O objetivo é preservar a identidade e a maneira tradicional da produção de vinho, além de valorizar e incentivar a melhoria dos produtos.


Governo fará reajustes no Plano Safra, diz Neri Geller em SP

'Serão feitos alguns reajustes', disse secretário de Política Agrícola.
Um dos ajustes será no Moderfrota, de R$ 5 bilhões para R$ 7,5 bilhões.



O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou que o governo irá implementar o Plano Safra 2016/17 que foi anunciado em maio ainda na gestão da ex-ministra Kátia Abreu, mas que "serão feitos alguns reajustes, algumas adequações". As declaração foi dada nesta quinta-feira (16), no Seminário Perspectivas para o Agribusiness 2016/17, promovido pela BM&FBovespa em São Paulo.

Segundo Geller, um dos ajustes será o aumento dos recursos para o Moderfrota, de R$ 5 bilhões para R$ 7,5 bilhões. "Faremos um remanejamento dentro do orçamento original", afirmou.

O secretário acrescentou que buscará também elevar o montante destinado para o Plano Inovar Agro, voltado a tecnologias para a agricultura. Conforme ele, o objetivo é passar de R$ 1,4 bilhão para R$ 3 bilhões.

Estarão também entre os ajustes alterações nos programas de armazenagem, "dados os problemas com abastecimento e carregamento". Paralelamente, "vamos fazer os investimento em logística, pois queremos fortalecer a infraestrutura cada vez mais, para desburocratizar as licenças, como ocorreu em Miritituba (PA)".

O município paraense vem recebendo pesados investimentos de tradings que se instalaram lá para construção de Estações de Transbordo de Cargas (ETCs), estruturas estas que recebem a safra de grãos proveniente principalmente do Centro-Oeste.

Geller afirmou também que buscará a recomposição do orçamento para o seguro rural, hoje em R$ 300 milhões. "Mas, para isso, precisamos do apoio da classe política."

O secretário comentou que outro orçamento que precisa ser recomposto é o de comercialização. Conforme ele, o montante direcionado a essa atividade caiu de R$ 2,8 bilhões para R$ 250 milhões.
Terras indígenas
Neri Geller também disse que a "questão de demarcação de terras indígenas precisa ser alterada". "Temos de pôr um freio para que o produtor, na pior das hipóteses, sai da propriedade bem remunerado", disse.

Para ele, é necessário dar uma segurança jurídica para se evitar conflitos entre produtores e indígenas. "Não temos nenhuma dúvida de que o direito de propriedade precisa ser preservado", acrescentou Geller.

Reino Unido
O coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (GV Agro) e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou nesta quinta-feira, 16, ao Broadcast Agro, que uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia (UE), movimento apelidado de 'Brexit', "não representa um problema para o agronegócio brasileiro".

"Se saírem da UE, será um país consumidor como sempre foi. Os problemas maiores têm de ser resolvidos internamente, em termos de política, de balança comercial mais agressiva e mais tecnologia", destacou pouco antes do início do Seminário Perspectivas para o Agribusiness 2016/17.

Rodrigues comentou ainda que o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, "reúne as qualidades" necessárias para contribuir com o agronegócio e "está jogando o jogo". Em sua avaliação, Maggi conhece o setor, os trâmites políticos e também tem trânsito com o Congresso Nacional para a aplicação de medidas. "Ele está mexendo em coisas para o curto prazo, revisando o Plano Safra. O importante é que está dando um sinal", destacou Rodrigues.

O coordenador do GV Agro destacou ainda que, atualmente, o maior problema do agronegócio nacional é a falta de crédito e que a queda da atividade no 1º trimestre - o PIB agropecuário recuou 0,3% ante o trimestre imediatamente anterior -, é "algo natural", dada a própria dinâmica da atividade.

BM&FBovespa
O diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, destacou a importância do agronegócio para o país e afirmou querer ampliar o diálogo com o governo em torno das políticas públicas para o segmento.

O presidente da bolsa brasileira também criticou a elevada tributação nas operações de hedge e a ausência de infraestrutura no país suficiente para atender o potencial do agronegócio.

"Queremos ampliar o diálogo com governo pela melhora de políticas públicas no agronegócio. Precisamos de regras claras e previsibilidade para atrair mais participantes a esse mercado, especialmente do exterior", afirmou, em seu discurso. "Não é possível que o hedge seja penalizado por tributação excessiva", acrescentou.

Segundo Edemir, o Brasil estaria em outro patamar caso a infraestrutura estivesse acompanhando o desenvolvimento do agronegócio. "O agronegócio tem sido o porto seguro em tempos de crise. Não fosse o agronegócio, estaríamos em situação econômica mais difícil. A salvação veio mais uma vez do campo", afirmou.

O presidente da BM&FBovespa citou dentre medidas que tem desenvolvido para apoiar o agronegócio o programa de formador de mercado e iniciativas para incentivar a liquidez.

Fonte: Globo Rural

Uso excessivo de agrotóxicos torna as pragas das lavouras mais resistentes

Pesquisadores e agricultores estão com dificuldade para controlar o aparecimento de pragas do campo, que já nascem imunes aos venenos.


Um assunto que tem gerado muita preocupação entre pesquisadores e agricultores: está ficando difícil controlar as pragas, doenças e plantas invasoras. O uso excessivo e errado de agrotóxicos e plantas transgênicas faz surgir organismos cada vez mais resistentes.

E a dificuldade de combater esses organismos, que resistem aos remédios e venenos disponíveis no mercado, leva a situações alarmantes. Uma ala inteira de um hospital já chegou a ser isolada, por causa de uma superbactéria. E uma área inteira de lavoura já esteve em vazio sanitário, até o próximo plantio.

A resistência acontece da seguinte maneira: vamos supor que em uma lavoura de soja, exista uma infestação de percevejos. O agricultor vai entrar com uma pulverização de inseticida. A maioria dos percevejos vai morrer. Mas existem entre eles, alguns que são diferentes. Eles têm, lá no seu DNA, o gene da resistência. Esses, vão sobreviver. Depois de várias e várias pulverizações e com a reprodução desses insetos, aqueles percevejos que eram diferentes, passam a ser maioria e aí o produto não vai mais funcionar.

Isso acontece com insetos, fungos, bactérias e plantas invasoras em diversas culturas. E foi o que ocorreu em uma lavoura em Marília, interior de São Paulo.

Seu Célio Tomazinho tentou controlar a praga, aplicou inseticida, mas não teve o resultado esperado: "Antes, qualquer cheiro de produto que você passava, tinha um controle fácil. Hoje, você tem produtos caros e não consegue eficiência na lavoura".

Com a praga fora de controle, ele decidiu abandonar a área: "Essa área tá perdida, 100%. Numa área dessa, de 50 hectares, você pode pensar nuns R$ 90 mil perdidos".

O excesso de produtos químicos é uma das razões da seleção de organismos resistentes. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG), dos US$ 54,6 bilhões vendidos em agrotóxicos no mundo, em 2015, o Brasil consumiu sozinho US$ 9,6 bilhões. O número representa 17,5% do consumo mundial.

Mais da metade desses produtos, quase 52%, são usados na cultura da soja. O agrônomo Adeney de Freitas Bueno pesquisa a resistência em insetos e defende esse percentual poderia ser bem menor: "O Brasil hoje poderia reduzir, na cultura da soja, em média 50% do uso de inseticida, sem perder em produtividade".

No caso da soja, é o percevejo que traz mais problemas. Adeney explica que a falta de variedade de meios de combate à praga, torna o problema ainda maior: "Pelo pouco número de inseticidas disponíveis no mercado, dificulta para o produtor fazer a rotação com diferentes mecanismos de ação. Ele, muitas vezes, acaba abusando do uso desses produtos e usando demais, seleciona os insetos resistentes. Os inseticidas utilizados, que se deveria ter a média de controle de 90%, talvez até mais, não passa de 60% ou 70%, no máximo".

Variar o inseticida e aplicar menos. Essas duas regras fazem parte do MIP - o Manejo Integrado de Pragas. O MIP existe há muitos anos e consiste em medidas que o produtor deve tomar para monitoramento da lavoura. A partir deste monitoramento, que analisa a quantidade de insetos encontrados por amostragem, é possível determinar se é necessária a pulverização do inseticida.

O agrônomo Nelson Harger, da EMATER/PR explica as vantagens: "O Paraná utiliza, em média 4,8 aplicações. Nas áreas monitoradas, apenas 2,3 aplicações. Então há uma redução pelo menos pela metade da necessidade de inseticida. Se o estado do Paraná inteiro, nos mais 5 milhões de hectares, tivesse aplicado o MIP, nós teríamos uma economia de cerca de cerca de R$ 1 bilhão no controle de pragas".

Seu João Nazima é agricultor antigo. Sabe da existência do MIP, mas abriu mão de usar o pano de batida. Prefere confiar em sua própria experiência: “Pela experiência de vários anos praticamente num usa pano”. Ele diz que até agora não observou nenhum resistência. "O percevejo, eu não vejo resistência nenhuma. Se faz a aplicação, tem efeito".

Ele planta soja BT, a soja transgênica, que possui em seu DNA, o gene do Bacillus Thuringiensis, um inimigo natural da lagarta da soja.

Segundo o agrônomo Adeney, isso aumenta o risco de selecionar insetos resistentes, pois é como se tivesse o inseticida o tempo todo: 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Como prevenção, o agricultor que planta soja BT, tem a recomendação de plantar 20% de soja convencional, numa área chamada de refúgio. O seu João Nazima conta que já faz isso, mas não tem certeza se é a maneira correta: "Talvez não seja o ideal, mas eu peguei a área total de plantio e uns 20% do total plantei num lugar só [a soja convencional]. Acho que não é o certo, mas tem os 20%".

O correto seria plantar no mesmo talhão da soja transgênica, 20% de soja convencional. As duas variedades devem ser semeadas na mesma época e ter ciclos próximos. Assim, a área de soja convencional terá uma população de percevejos vulneráveis à tecnologia BT, que vão cruzar com os percevejos resistentes da área de soja transgênica, gerando lagartas sucetíveis, que serão controladas.

O resultado da tecnologia mal utilizada começa a surgir na lavoura do seu João, onde lagartas mais resistentes já estão aparecendo: "A gente já tem observado isso daí. Então, mesmo sendo BT, a gente faz pelo menos uma aplicação de inseticida pra controlar a lagarta".

Fundecitrus disponibiliza sistema online de previsão de podridão floral

Programa permite que produtor planeje as aplicações de fungicida para prevenção da doença e evita pulverizações desnecessárias


O Fundo de Defesa da Citricultura - Fundecitrus disponibilizou aos citricultores o sistema online de previsão de podridão floral, doença também conhecida como “estrelinha”, causada pelo fungo Colletotrichum spp., que afeta as flores e causa queda precoce de frutos jovens.

O sistema online de previsão informa o risco imediato ou futuro (até três dias) de ocorrência de podridão floral com base em dados de temperatura e molhamento que estimam a germinação de esporos do fungo. As informações ajudam o citricultor a realizar as aplicações de fungicida no momento correto, evitando pulverizações desnecessárias. Os testes feitos no campo, nas últimas safras que foram mais secas, mostraram que foi possível reduzir as aplicações em mais de 75%.

As perdas provocadas pela podridão floral variam em função da quantidade e distribuição de chuvas durante o período de florescimento. Em casos extremos, a doença pode causar redução de até 80% na produção. No estado de São Paulo, os maiores prejuízos foram registrados no final da década de 70, no início dos anos 90 e na safra referente ao florescimento de 2009.

Os produtores cadastrados no programa recebem avisos por mensagens de celular ou e-mail sobre os riscos de ocorrência da doença e a indicação de pulverização. “As aplicações para podridão floral devem ser realizadas sempre de forma preventiva, antes do início das chuvas, mas se o molhamento das plantas se prolongar por 48 horas consecutivas, o sistema indicará necessidade de reaplicação do fungicida. Dessa forma, pulverizações desnecessárias são evitadas, tornando o controle da doença mais sustentável, uma vez que reduz o número de aplicações em anos mais secos e direciona as pulverizações para os momentos mais críticos em anos chuvosos, Reduzindo os custos de produção e mantendo o controle eficiente da doença”, explica o pesquisador do Fundecitrus Geraldo José da Silva Junior, um dos responsáveis pelo sistema, que foi desenvolvido pelo Fundecitrus em parceria com a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), a Universidade da Flórida e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).

O citricultor que quiser participar deve possuir uma estação meteorológica ou estar próximo até cinco quilômetros de alguma estação do Fundecitrus.

O programa está disponível no link (http://pfc.ensoag.com/). Também é possível acessar um tutorial que explica o funcionamento do sistema no canal do youtube do Fundecitrus (https://youtu.be/8Q5fBlf6Clo).


Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 112155.

Comunicação Fundecitrus

(16) 3301-7045 / 3301-7002



Jaqueline Ribas – jaqueline.ribas@fundecitrus.com.br


O Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura é um centro de inteligência, referência mundial para o controle de doenças de citros, localizado em Araraquara/SP, e mantido por citricultores e indústrias de suco de laranja. Foi criado em 1977, a partir da necessidade da citricultura ser saudável para ser competitiva e com o objetivo de buscar soluções sustentáveis e econômicas voltadas para a sanidade dos pomares. Atua no desenvolvimento de pesquisas de novas tecnologias e soluções para o campo, e na transferência de conhecimento para o citricultor e para os profissionais que trabalham com citros por meio de informação e formação profissional.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Parceria busca agilizar registros de defensivos agrícolas

Em fevereiro, durante reunião ordinária da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi anunciado uma parceria entre os três órgãos (Mapa, Anvisa e Ibama) responsáveis pelo registro de defensivos agrícolas, com o objetivo de evitar a morosidade nos processos, que hoje leva de 5 a 8 anos.

Além do acordo firmado entre as instituições, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) oferecerá mão de obra para avaliação dos defensivos. De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor da AllierBrasil, Flávio Hirata, o anúncio é positivo. “A apresentação incluiu, ainda, sobre sua nova estrutura nesta área e que tem como perspectiva a agilização na avaliação dos processos de registros de produtos”, ressalta.

Mapa, Anvisa e Ibama estarão presentes no 9º Brasil AgrochemShow, realizado anualmente em São Paulo. Essa edição acontecerá nos dias 22 e 23 de agosto. Durante a feira, haverá tabletop e palestras. O objetivo é oferecer um espaço para criar o diálogo e gerar negócios entre os fabricantes, traders de defensivos agrícolas e representantes de empresas da China, Índia, Paraguai, Argentina, Estados Unidos, Europa, Brasil, entre outros. A AllierBrasil juntamente à CCPIT da China são os organizadores da Feira.

Frio pode favorecer próxima safra

As condições extremas de chuva e frio das últimas duas semanas devem ser positivas para a citricultura. De acordo com o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Eduardo Girardi, que trabalha em um posto avançado no Fundecitrus, abaixo de 12°C, a planta "hiberna" e ganha força para florescer quando a temperatura aumentar e houver chuva, o que deve ocorrer na primavera e deve ser positivo para a próxima safra.

O frio também atrasa a maturação do fruto e o deixa mais colorido, o que ajuda na comercialização para o mercado in natura.

As chuvas das últimas semanas também ajudaram os produtores que estão colhendo as precoces, uma vez que as frutas ficaram maiores e são necessárias menos frutos para compor uma caixa de 40,8 quilos.

Desde o começo do mês, as condições climáticas vêm chamando a atenção dos produtores agrícolas de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Há relatos de geadas nas regiões de Aguaí e Avaré, na madrugada desta segunda-feira (14). Na semana anterior, choveu granizo nas regiões de Piracicaba e Duartina. Embora com pouco impacto na citricultura, o gelo pode queimar as plantas, levando a morte de árvores muito novas ou derrubando a produção de árvores mais velhas.

Fonte: Fundecitrus

Embrapa desenvolve pulverizador eletrostático que reduz uso de defensivos

A Embrapa Meio Ambiente (SP) desenvolveu três tipos de tecnologias que aprimoram a pulverização eletrostática. Entre as inovações estão o sistema universal de eletrificação de gotas, o sistema pneumático eletrostático transportado e o pulverizador costal eletrostático.

O objetivo, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, é elevar o nível de controle de pragas e doenças reduzindo o uso de produtos agroquímicos nas lavouras. As tecnologias contemplam diversas possibilidades de aplicações, de acordo com a necessidade e tamanho de cada cultura.

O pesquisador da Embrapa Aldemir Chaim, responsável pela orientação das pesquisas na área, destaca o baixo custo dos equipamentos, que trariam um incremento de até 40% na economia e eficiência da pulverizações. “Tratam-se de tecnologias capazes de modernizar e baratear os tratos culturais em nossas principais culturas”, diz Chaim. 

De acordo com os especialistas, o sistema universal de eletrificação de gotas permite transformar um pulverizador hidráulico comum em um eletrostático. Essa conversão é possível por meio da utilização de bicos desenvolvidos pela pesquisa que possuem determinadas características de vazão, ou seja, que possibilitam a emissão de gotas de dimensões mais adequadas ao sistema de pulverização eletrostática.

Segundo Chaim, “a característica principal deste novo sistema é que o bico de pulverização eletrostático é capaz de realizar o mesmo trabalho que o hidráulico já realiza, mas acrescenta a capacidade de gerar carga eletrostática, fazendo com que as gotas também se depositem nas partes inferiores das folhas”.

Fonte: Agrolink -Autor: Leonardo Gottems

Alta de preço da polpa cítrica

Preços firmes para a polpa cítrica. Com a alta do milho, a polpa cítrica tem se tornado uma alternativa cada vez mais viável para o produtor, o que tem feito aumentar a demanda e contribuído com preços firmes para o produto.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada de polpa cítrica peletizada ficou cotada, em média, em R$500,83 em maio, sem o frete.

Na comparação com janeiro deste ano houve alta de 32,3%. Frente ao mesmo período do ano anterior, o acréscimo foi de 40,4%.

Com os preços do milho em patamares elevados, a demanda pela polpa cítrica deve continuar firme. Contudo, o aumento da oferta, tanto do milho quanto da polpa, deve limitar a força do mercado.

GO: Projeto de monitoramento da mosca branca tem apoio da Emater

Como vetor de doenças e pragas já bem conhecidas por produtores goianos, a mosca branca é tema de um hotsite criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). Na última semana, pesquisadores da Embrapa repassaram aos técnicos e pesquisadores das entidades parceiras, treinamento para validação do projeto.

Durante o encontro, os pesquisadores e técnicos da Emater conheceram um pouco mais sobre a nova ferramenta. A proposta do projeto é que técnicos da Emater de diferentes regiões do estado alimentem o site com informações a respeito da incidência da mosca branca. Simone Borges, pesquisadora da Emater que participou da capacitação, informou que os treinandos também foram orientados quanto à detecção do vetor nas propriedades.
Além de informar o produtor, o projeto prevê a realização de análises em torno da incidência da mosca branca.

Fases e vantagens

Segundo a pesquisadora, essa reunião marca a fase inicial do projeto. De acordo com Simone Borges, as vantagens da ferramenta ao produtor rural vão além do conhecimento sobre o vetor e pragas transmitidas. “O produtor que estiver interessado em cultivar feijão, por exemplo, saberá, por meio da ferramenta, quais regiões estão com maior incidência da mosca branca. Dessa forma, o agricultor poderá procurar outra região ou optar por outra cultura”, destacou Simone Borges.

Servidores das Unidades Locais da Emater nos municípios de Rio Verde, Itapeci, Itaberaí, Buriti Alegre, Goiânia e Planaltina em conjunto com técnicos a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), irão fornecer à Embrapa material para alimentar o hotsite. Segundo a pesquisadora da Embrapa, Flávia Rabelo, as parcerias são cruciais para a erradicação das pragas transmitidas pela mosca branca.

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater, Antelmo Teixeira destacou a importância da parceria. Segundo o diretor, a Emater tem muito a contribuir com o projeto. “A mosca branca é algo que assola a produção em Goiás. Trazer uma ferramenta para orientar o produtor rural é crucial para o combate ao vetor”, explicou Antelmo.

Mosca branca

Por se desenvolver melhor em períodos quentes e sem umidade, a mosca branca (Bemisia argentifolii) é um inseto que apresenta alta incidência na estação seca. A praga se adapta à alimentação em cerca de 700 espécies de culturas anuais ou perenes, como algodão, tomate, soja, feijão, uva e mamão. Ao se hospedar na planta, a mosca branca pode causar desenvolvimento de fumagina (película preta causada por fungos), transmissão de viroses, alteração do desenvolvimento vegetativo e redução da produtividade da planta.

"A água utilizada na agricultura é aproveitada sempre"

A estiagem que o Espírito Santo enfrenta nos últimos anos culminou em uma das piores crises hídricas vivenciadas pela população capixaba. Com a falta de água para irrigar as lavouras, para os animais e até para uso humano em algumas localidades, o debate sobre a utilização da água voltou com intensidade na sociedade. E um dos setores prejudicados é a agropecuária.

O aumento da demanda por água para irrigação coloca o setor como vilão no consumo do recurso natural. Mas para o produtor rural e presidente licenciado do Sindicato Rural de Linhares, Antonio Roberte Bourguignon, a falta de informação, muitas vezes, prejudica a imagem do agronegócio. “A agricultura utiliza grande parte da água disponível, mas ela é aproveitada sempre.

Toda água utilizada na irrigação das lavouras é absorvida seja pela plantação, pelo lençol freático ou pela evapotranspiração, voltando para a atmosfera. Em alguns casos, a agricultura devolve a água para natureza mais limpa do que quando captada”, diz Roberte. Com o ciclo da água no campo não há desperdício e ainda são preservados os rios e as nascentes. “E a planta irrigada vai produzir alimento que vai para mesa dos centros urbanos”, lembra o produtor rural.

Outra distorção apontada pela entidade é sobre a construção de barragens no interior. Segundo Roberte, as barragens tecnicamente elaboradas para reservar água das chuvas são uma saída para evitar que moradores e agricultores enfrentem falta de água em períodos de longa estiagem. Antonio Roberte critica a falta de investimentos por parte dos Serviços de Água e Esgoto municipais na construção de reservatórios de água para abastecer a população. “Hoje temos uma nova demanda na cidade, nas indústrias e na agricultura. É preciso que haja investimento e condições de aproveitar a água disponibilizada pela chuva”, finaliza.

Em 2015, o Sindicato Rural de Linhares coordenou uma ação dos produtores rurais e moradores da região para arrecadar verba destinada a realização da barragem da Lagoa Nova, em Linhares, que possuía mais de 30 anos de existência e rompeu em 2010. A lagoa atingia cerca de 1550 hectares de lâmina d’água antes do rompimento.

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Estudos da USP comprovam benefícios do suco de laranja para o organismo

Ensaios clínicos com pessoas que consumiram o suco de laranja Pera, feitos pelos pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Alimentos e Nutrição (Napan), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), apontam redução de colesterol, glicemia, triglicerídeos, além de melhorias no sistema de defesa.

As pesquisas são coordenadas pelos professores Franco Maria Lajolo e Neuza M. A. Hassimoto e fazem parte do Food Research Center (FORC), centro de pesquisa em alimentos, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp/Cepid), que tem o objetivo de desenvolver estudos relacionados à nutrição e aos alimentos em busca de uma vida mais saudável. "Os resultados são iniciais, mas importantes e promissores, pois estão confirmando os efeitos benéficos do suco de laranja", diz Lajolo.

No primeiro ensaio foi feita a identificação e quantificação dos lipídeos, também chamados de gorduras, em indivíduos saudáveis que ingeriram meio litro de suco de laranja diariamente, por 15 dias. Análises de sangue feitas antes e depois do tratamento indicaram alteração no metabolismo lipídico com redução dos índices de colesterol e triglicerídeos, ambos prejudiciais à saúde e facilitadores do aparecimento de doenças cardíacas quando estão presentes no organismo em taxas elevadas.

Para avaliar o efeito anti-inflamatório da laranja, voluntários foram submetidos a uma dieta rica em gordura e açúcar, por meio da ingestão de um café da manhã hipercalórico. Após a refeição, os índices de triglicerídeos, glicemia e insulina foram menores nos indivíduos que consumiram o suco de laranja, do que naqueles que tomaram apenas água.

Outro ensaio, desenvolvido pela pós-doutoranda da USP Daniela Fojo Seixas Chaves, em parceria com o Scripps Research Institute (TSRI), dos Estados Unidos, mostrou aumento dos potenciais anti-inflamatórios, de defesa do organismo, e de diversas proteínas de importância para o metabolismo, após o consumo do suco de laranja. "Foram identificadas mais de quatro mil proteínas que irão ser analisadas por técnicas de bioestatística para serem mais detalhadas", explica Lajolo.

A equipe dos professores também está desenvolvendo estudos, com o suporte do Fundecitrus, para comprovar os benefícios à saúde proporcionados pelas laranjas sanguíneas e falsa-sanguíneas.

Fonte: Fundecitrus

Recebimento Itinerante de embalagens vazias de agrotóxicos chega a mais três municípios

Foto: Arquivo-Governo do Tocantins

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) promoverá mais uma etapa do Recebimento Itinerante (RI) de embalagens vazias de agrotóxicos. Desta vez, a ação será realizada nos municípios de Porto Nacional, Augustinópolis e Miranorte. O objetivo é incentivar e conscientizar, cada vez mais, os pequenos agricultores sobre a importância da devolução destas embalagens para a saúde do homem e do meio ambiente.

Em 2015, durante o RI foram recebidas 10,8 mil embalagens de agrotóxicos beneficiando diretamente mais de 400 pequenos agricultores, que alegavam estarem distantes das unidades de recebimento. “A cada ano, o projeto tem apresentando um crescimento no número de embalagens recolhidas, isto comprova que nossas ações têm superado as expectativas”, disse o presidente da Adapec, Humberto Camelo.

Após a devolução da embalagem, o agricultor receberá o comprovante. Todo o material será levado à central de recebimento e, posteriormente, enviado à indústria para destinação final, reciclagem ou incineração. “O agricultor tem até um ano para devolver os recipientes vazios, podendo ainda ser prorrogado por mais seis meses, caso não tiver utilizado todo o produto”, explica o gerente de Avaliação da Adapec, Alex Sandro Arruda Farias.

Este ano, o RI já atendeu os municípios de Dianópolis, Barrolândia, Paraíso e Buriti. Em Porto Nacional, a ação será feita no Projeto São João e, em Augustinópolis e Miranorte, no Parque de Exposições destes municípios. Vale lembrar que a não devolução dos recipientes implicará em sanções conforme a legislação estadual.

Unidades fixas de recebimento 
O Tocantins conta com unidades nos municípios de Tocantinópolis, Colinas, Araguaína, Lagoa da Confusão, Pedro Afonso, Silvanópolis e Gurupi. 

Valor da produção agropecuária é de R$ 504,4 bilhões este ano

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária deste ano está estimado em R$ 504,4 bilhões, 3,3% menor do que o de 2015 (R$ 521,9 bilhões). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O VBP corresponde ao faturamento dos principais produtos agropecuários, como grãos, carnes, café e cacau. Apesar da redução, a soja isoladamente apresenta alta de 0,6%, com o maior VBP entre todos os produtos agropecuários: R$ 113,1 bilhões.
As lavouras correspondem a R$ 327,5 bilhões do VBP total e a pecuária, RS$ 176,9 bilhões. Entre as lavouras, além da soja, outros destaques são a cana de açúcar (R$ 51,5 bilhões) e o milho (R$ 42,8 bilhões). Na pecuária, a carne bovina representa R$ 75,1 bilhões, seguida pela carne de frango (R$ 50,4 bilhões) e pelo leite (R$ 25,6 bilhões).

Segundo a Coordenação Geral de Estudos e Análises da SPA, o principal motivo da redução do VBP está na queda da produção e da produtividade de culturas relevantes, como arroz, feijão, milho e soja, como apontam os levantamentos de safra referentes ao mês de maio. As estimativas indicam também uma redução na produção de frutas, que registraram uma das maiores médias de preço entre os grupos de produtos que compõem o IPCA-15 do mês de maio.

Entre os produtos que apresentaram faturamento mais baixo este ano, estão o arroz (-14,1%), fumo (-26,8%), laranja (-31,4%), mandioca (-14,8%), tomate (-49,1%) e uva (-17,8%).

Por outro lado, vários produtos tiveram alta no VBP. É o caso da banana (25,7%), batata-inglesa (17,9%), cacau (14,2 %), café (14,1%), trigo (26,1%) e maçã (11,5%), que tiveram aumento de preço em relação ao ano passado. 

O maior valor bruto da produção agropecuária é da região Sul (R$ 147,8 bilhões), seguida do Centro-Oeste (R$ 139,4 bilhões), Sudeste (R$ 134,7 bilhões), Nordeste (R$ 44,9 bilhões) e Norte(R$ 29,5 bilhões). Entre os estados, as maiores reduções no VBP são observadas no Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins, principalmente por causa da seca que prejudicou lavouras de milho e soja.

Quebra de safra: setor reivindica prorrogação de dívidas

A fim de unificar todas as ações em busca de soluções para o endividamento dos produtores rurais atingidos por problemas climáticos, o Instituto Pensar Agropecuária (IPA), a pedido da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), está encabeçando uma articulação junto ao Ministério da Agricultura. Houve excesso de chuva no Rio Grande do Sul e seca nos estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no Mato Grosso e em Goiás. A ação conta com a colaboração da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) e de outras entidades do setor.

De acordo com o vice-presidente do IPA, Júlio Cézar Busato, foram realizadas reuniões com técnicos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura para montar uma estratégia de trabalho. Segundo Busato, será pedida a prorrogação dos custeios de quem foi afetado na safra 2015/2016; o adiamento da parcela dos investimentos que vai vencer agora para o fim dos contratos; que os bancos não promovam ações de cobrança; e a busca de novos custeios. “Precisamos garantir que o agricultor plante a próxima safra”, explicou.

Busato esclarece que este apelo ao governo para a prorrogação dos financiamentos de custeio e investimentos se justifica porque são expressivos os prejuízos dos produtores que cultivam milho, soja e arroz, nas regiões do Centro-Oeste e Matopiba, principalmente, onde foi registrada quebra na colheita de milho e soja, e do Sul, no caso do arroz.

No caso da safra de milho, a quebra no Tocantins foi de 61,4%; 42,9% no Maranhão; e 25,3% no Piauí, segundo os dados divulgados na semana passada pela Conab. Os preparos para o próximo plantio que se inicia em outubro começam agora. No total da safra 2015/16, a redução foi de 11,1 milhões de toneladas de grãos em relação à produção anterior.

“O governo deve, sim, adotar medidas para aliviar essa vexatória situação vivida pelos agricultores, pois se trata de uma questão de justiça e não é muito o que estamos reivindicando. Com essa drástica quebra da safra, fortemente atingida por problemas climáticos, mostramos à área técnica do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda a necessidade de prorrogação das parcelas de custeio e investimentos. E se o governo não for compreensivo, será um transtorno para todos nós que pretendemos nos manter na atividade e seguir produzindo até mesmo para pagar esses empréstimos”, alertou Busato.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Hortifruti/Cepea: Custo para se produzir um hectare de tomate ultrapassa R$ 100 mil

O custo de R$ 100 mil por hectare – ou de R$ 25,00 a R$ 30,00 por caixa de 23 kg, a depender da região e da produtividade – é um patamar bastante elevado ao agricultor, segundo indicam pesquisas da equipe da revista Hortifruti Brasil, do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A questão após a apuração dos custos de produção feita pela Hortifruti Brasil é se a cultura é viável diante desse valor. A resposta depende, além da gestão do tomaticultor, do quanto a cadeia poderá remunerar o setor produtivo.

A conjuntura econômica atual, contudo, tem reduzido o poder de compra de consumidores brasileiros. No varejo paulista, o tomate foi comercializado, em maio, a R$ 5,12/kg (segundo o IEA, Instituto de Economia Agrícola), o que corresponde a cerca de R$ 120,00/cx. Produzir a R$ 25 e vender a R$ 120,00 é, sem dúvida, um bom negócio. Mas, entre o produtor e o consumidor há toda uma cadeia – intermediação e varejo – que captura boa parte dessa renda.

Pesquisadores da Hortifruti Brasil alertam que, em tempos de crise econômica, é importante observar não só o custo de produção agrícola, mas avaliar também a eficiência da cadeia como um todo, da produção até o consumo final. Por isso, é imprescindível observar como essa margem de “R$ 95,00/cx” está sendo distribuída dentro da cadeia e se ela remunera adequadamente todos os agentes. Além disso, quais ganhos de eficiência essa margem permite para que a rentabilidade de todos os agentes participantes melhore.

Numa breve análise dos dados de preços ao produtor, ao atacado (Hortifruti/Cepea) e no varejo paulista (IEA), observa-se que, de janeiro a maio de 2016, a participação do preço final do varejo foi distribuída na cadeia da seguinte forma: 23% ficaram com o produtor, 5%, com o atacado e 73%, para o varejo. Em 2016, o produtor perdeu espaço na participação do preço final frente a 2014 e 2015. A participação do produtor no preço final (2014 e 2015) era de 28% ao produtor e o restante era distribuído para o atacado (6%) e varejo (66%).

Essa simples conta mostra que o bolso mais apertado do consumidor aliado a uma maior produtividade nas lavouras observada em 2016 diminuíram a margem do produtor. Esse contexto foi observado não só pela menor participação no preço final, mas, também, por conta dos custos em ascensão. O alerta da Hortifruti Brasil é: muito cuidado com a gestão da tomaticultura!

Fonte: Cepea/Esalq

Conselho de Desenvolvimento Econômico aprova recursos para realizações de feiras agropecuárias

O Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (CDE), presidido pelo secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura, Alexandro de Castro, aprovou nesta terça-feira, 7, durante reunião ordinária dos representantes do órgão colegiado, apoio financeiro da ordem de R$ 1 milhão, para a realização de 22 feiras agropecuárias que acontecerão até ao final deste ano em municípios do Tocantins.

Já tradicionais no Tocantins, os eventos agropecuários são realizados com o propósito de promover e aumentar a produtividade, competitividade, sustentabilidade, perenidade e melhoria nos processos de gestão dos empreendimentos rurais, por meio do fomento a inovação, fortalecimento do empreendedorismo e difusão de tecnologias sociais e de produção. Além disso, as feiras buscam ampliar as oportunidades de negócios, emprego, renda, cultura e cidadania no campo, por meio de ações de mercado e conhecimento gerado e disseminado ao longo das exposições.

Serão contempladas com recurso do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) as feiras e exposições nos municípios de Palmas, Abreulândia, Arapoema, Marianópolis, Tocantinópolis, Araguaçu, Almas, Lagoa da Confusão, Augustinópolis, Fortaleza do Tabocão, Aliança do Tocantins, Dois Irmãos, Colinas do Tocantins, Araguatins, Ponte alta do Bom Jesus, Alvorada, Xambioá, Dueré, Porto Nacional, Figueirópolis, Dianópolis e Pedro Afonso.

O secretário Alexandro de Castro considerou de fundamental importância o apoio à realização dessas feiras por promover o fomento e desenvolvimento do agronegócio no Tocantins. No ano passado, com o apoio financeiro do FDE, o Estado contribuiu para o alcance de resultados positivos com a geração de cerca de R$ 170 mi em negócios realizados.

CDE
O Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico do Tocantins é composto por representantes de algumas pastas do Governo e de instituições de representação de classe, como a Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto), a Federação Comercial do Tocantins (Fecomércio), a Federação das Associações Comerciais e Industriais do Tocantins (Faciet), entre outras.

Bayer traz novo conceito no manejo de plantas daninhas para o Brasil com herbicida Alion®

A infestação de plantas daninhas é uma das principais problemáticas da agricultura moderna. No Brasil, a extensão territorial, a diversidade de solo, os altos índices pluviométricos e a baixa rotação de culturas são fatores que contribuem para a disseminação de plantas de difícil controle, aumentando o custo de produção e reduzindo a produtividade das lavouras. Neste contexto, a Bayer acaba de disponibilizar ao mercado nacional o herbicida Alion®, uma nova tecnologia que chega para revolucionar o manejo de plantas daninhas para os cultivos de café, citros e cana-de-açúcar. 

“Além de impedir a germinação de plantas daninhas resistentes e de difícil controle, por ter um residual prolongado, Alion® contribui para a sustentabilidade do negócio do produtor, pois sua ação permite aplicações otimizadas, contribuindo para a redução do consumo de água, maquinário, CO2 , além da otimização da mão de obra no trato das lavouras”, afirma Mário Lussari, gerente de Portfólio Herbicidas e Reguladores de Crescimento da Bayer. 

O herbicida pré-emergente atua diretamente no solo. Inibi a germinação e emergência de plantas daninhas, porém, com um número reduzido de aplicações. “Dependendo das condições de infestação na lavoura, o produto poderá ser utilizado apenas uma vez no ano”, avalia Lussari. 

A tecnologia, aliada ao manejo correto e às boas práticas agrícolas, é uma ferramenta estratégica para o produtor rural produzir mais e melhor. O novo herbicida vem ao encontro da necessidade do agricultor, que enfrenta plantas daninhas de difícil controle. Pois controlando as plantas que competem por água, espaço e luz com a principal cultura, ele poderá ter uma produção maior por hectare, com custo otimizado e maior qualidade do produto final. 

Atenta a este cenário, a Bayer como uma empresa de ciência e inovação busca cada vez mais apresentar soluções que possam contribuir para o desempenho da agricultura no Brasil. “Temos o compromisso de impulsionar a agricultura moderna, por meio de tecnologias provenientes de pesquisa e desenvolvimento. Assim, apresentar moléculas, por meio de produtos como o Alion®, é fundamental para nós da Bayer, que estamos ao lado do produtor, ouvindo, entendendo suas necessidades para oferecer exatamente o que ele precisa para desenvolver seu negócio de forma sustentável”, finaliza Lussari. 

Para apresentar ao mercado esta inovação, ao longo dos próximos meses, a empresa vai realizar eventos focados nas principais regiões produtoras de café, citros e cana junto aos agricultores e pesquisadores. 

Mosca negra dos citros é discutida na Embrapa

Nesta quinta-feira (16 de junho), a partir das 8h, na sede da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acontece o Seminário Regional sobre Mosca Negra dos Citros, realizado pelo Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf) e pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

O evento visa discutir medidas para minimizar os prejuízos que os citricultores do território do Recôncavo Baiano estão acumulando desde 2012, quando se percebeu a presença da praga. Muitos deles têm se desestimulado com a atividade e abandonado áreas produtoras.

A citricultura constitui-se na base da economia da região, sendo a principal fonte de renda da maioria dos agricultores familiares. Cultivada em quase todos os municípios, ocupa uma área de aproximadamente 10 mil hectares. Em 2014, alcançou uma produção de 169.928 toneladas de frutos, gerando uma receita bruta de R$74,9 milhões, segundo dados do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE) de 2014. Observa-se uma queda de aproximadamente 20% na produção de 2014 em relação a 2011.

Mosca negra

De origem asiática, a mosca negra (Aleurocanthus woglum) causa danos diretos e indiretos aos citros e prejudica o desenvolvimento e a produção das plantas. Pode ser disseminada por transporte de material vegetal, principalmente plantas ornamentais, pelo homem e carregada pelo vento.

As espécies de citros são os hospedeiros primários, mas a praga pode infestar mais de 300 espécies de plantas, incluindo abacateiro, cajueiro, videira, lichiera, goiabeira, mamoeiro, pereira e roseira, plantas ornamentais e daninhas, sendo transportadas facilmente entre regiões.

Programação

O seminário consta de quatro palestras e uma mesa-redonda. No turno matutino, as palestras são: Panorama Socioeconômico da Citricultura, com Ênfase ao Território do Recôncavo (José de Souza, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura), Desafios da Sustentabilidade da Citricultura no Recôncavo (Jorge Raimundo Silva Silveira, engenheiro-agrônomo Fundação Luís Eduardo Magalhães), Ações da Defesa Fitossanitária na Citricultura Baiana (Suely Brito, coordenadora do Programa Fitossanitário dos Citros da Adab), Manejo Integrado da Mosca Negra dos Citros e Experiências de Sucesso com o Uso de Insetos Predadores desta Praga (Wilson Maia, pesquisador e professor da Universidade Federal do Pará.

Pela tarde, a mesa-redonda Discussão do Plano de Ação para o Controle da Mosca Negra dos Citros tem como debatedores Wilson Maia, Suely Brito, Antônio Souza do Nascimento (pesquisador da Embrapa), Marcos Roberto da Silva (professor de Mecanização Agrícola da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB).
O evento conta com o apoio de FrutBahia, Rebouças Citrus, prefeituras municipais de Sapeaçu, Santo Antônio de Jesus, Muritiba e Governador Mangabeira e Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar (Ascoob).

Fonte: Embrapa

BASF apresenta no Senafrut as principais soluções da empresa para o cultivo de maçã

Responsável por um terço da produção brasileira de maçãs, o município de São Joaquim, na serra catarinense, receberá o 12º Senafrut - Seminário Nacional sobre a Fruticultura de Clima Temperado. O evento ocorrerá entre os dias 14 e 16 de junho e terá a participação da BASF.

A empresa, que participa desde a primeira edição do evento, apresentará o seu portfólio de soluções para fruticultura de clima temperado, com foco para o cultivo de maçã. Em 2016, o destaque será o fungicida OrkestraTMSC, que desde o ano passado teve seu registro estendido para mais 21 culturas, entre elas maçã, manga, melão e tomate. 

O produto tem como características amplo espectro de ação e alto desempenho no controle de importantes doenças fúngicas da maçã, como mancha foliar da gala, podridão amarga e sarna da macieira. O fungicida OrkestraTMSC também contribui para o manejo de resistência, pois possui em sua composição um novo ingrediente ativo do grupo das carboxamidas que controla de forma eficiente fungos resistentes a outros fungicidas do mercado.

O OrkestraTMSC é composto pela molécula F500 e por outro ingrediente ativo, fluxapiroxade, pertencente ao grupo das carboxamidas. A molécula F500, desenvolvida pela BASF, traz um grande diferencial: contribui para estimular as defesas naturais das plantas, aumenta a taxa fotossintética, maximiza o aproveitamento do nitrogênio e reduz a síntese de etileno, proporcionando maior qualidade dos frutos, produtividade e consequentemente rentabilidade para os produtores. 

A BASF ainda levará ao evento a solução Cabrio Top®, fungicida que permite um controle efetivo de importantes doenças de verão no cultivo da macieira, como a podridão amarga. O CabrioTop® contribui para que os frutos tenham um maior teor de cálcio, proporcionando um maior período de armazenagem das maçãs.

Também serão discutidos os resultados dos produtos fungicidas Delan®, que atua no controle da mancha foliar da gala e da sarna da macieira e o Collis®, recomendado para controlar o oídio no cultivo de uva.

Além dos fungicidas, a BASF irá explorar o uso e benefícios do uso do regulador de crescimento Dormex®, que é utilizado para a quebra de dormência de frutíferas como maçã e uva e promove uma brotação uniforme e vigorosa das gemas.

Os técnicos da BASF estarão disponíveis durante a 12ª edição do Senafrut para esclarecer as dúvidas dos participantes sobre aplicação e uso correto dos defensivos. 

Curso abordará em Neópolis o ácaro-vermelho-das-palmeiras, a nova praga do coqueiro

Apresentação de nova praga do coqueiro e ações de pesquisa e defesa em andamento. Esse é o tema do Curso de capacitação sobre o ácaro-vermelho-das-palmeiras que acontece em Neópolis, Sergipe, dia 17 de junho próximo, na sede da Ascondir.

Promovido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros e Emdagro, o curso é destinado aos produtores de coco, técnicos e estudantes da região de Neópolis onde o pesquisador entomologista Adenir Teodoro demonstrará como reconhecer e controlar o ácaro-vermelho-das-palmeiras além de mostrar sua biologia. A coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade Nascimento, abordará as ações de defesa fitossanitária empreendidas sobre a praga.

O ácaro-vermelho-das-palmeiras (Raoiella indica), detectado recentemente pelos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ataca coqueiros, bananeiras, dendezeiros e mais de noventa espécies de plantas, principalmente palmeiras, causando amarelecimento severo e necrose das folhas e consequentemente a redução drástica da produtividade, principalmente em plantas novas e mudas em viveiros.

Adenir Teodoro, coordenador do evento, relata que o ácaro-vermelho-das-palmeiras, identificada a olho nu pela sua cor vermelha intensa, tem alto poder reprodutivo, pois uma fêmea pode colocar até 160 ovos.

Fonte: Embrapa

Palestra aborda o manejo da adubação na cultura da videira Visitas: 275

A Emater/RS-Ascar, em parceria com a Embrapa Uva e Vinho, realizou uma palestra sobre o manejo da adubação na cultura da videira, na tarde da última quinta-feira (09/06), na Câmara de Vereadores de Fagundes Farela. O tema foi abordado pelo pesquisador da Embrapa, George Wellington de Melo, e contou com a participação de 20 famílias que atuam na atividade no município. 

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Leandro Ebert, explica que no ano passado a Instituição realizou um diagnóstico da realidade das famílias viticultoras do município, sendo que uma das dificuldades apontadas por elas foi justamente o manejo da adubação. A partir do resultado do diagnóstico, foi buscada parceria para a realização deste evento.

Na abertura, o prefeito Jean Fernando Sotilli parabenizou os agricultores pela participação e também a Emater/RS-Ascar pelo trabalho que vem desenvolvendo no município. Ele lembrou aos agricultores que dedicar um tempo para buscar conhecimento não pode ser visto como um tempo a menos de serviço na propriedade, mas como uma forma de trabalhar e melhorar a atividade realizada em casa. 

Em seguida, o pesquisador da Embrapa abordou o manejo racional da adubação, dando ênfase aos principais problemas enfrentados pelos agricultores em suas propriedades. De acordo com ele, há uma preocupação muito grande com o excesso de fertilizantes que está sendo utilizado e que vem prejudicando a fruticultura. Melo também destacou que é fundamental que seja feito um manejo do solo com cobertura vegetal, visando protegê-lo das perdas por erosão e promover a ciclagem dos nutrientes para favorecer a cultura da videira.

Segundo Ebert, a Emater/RS-Ascar oferece orientação para os viticultores na elaboração de um programa de manejo do solo para seus parreirais, considerando as recomendações da pesquisa agropecuária. "Com a realização da palestra foi possível conscientizar os viticultores da importância de um manejo adequado do solo, além de esclarecer as principais dúvidas das famílias no manejo da adubação na cultura da videira", concluiu. 

Fonte: Emater - RS

Agricultura Urbana será tema de seminário em Canoas/RS

Você sabe o que é agricultura urbana? A sua identidade e autonomia serão discutidas em um seminário regional, que acontece dia 21 de junho, às 13h30, no auditório da Unilasalle Canoas (Av. Victor Barreto, 2288, Canoas). O evento está sendo organizado pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da Prefeitura de Canoas e a Unilasalle Canoas, com o objetivo de esclarecer o tema e suas implicações sobre aproveitamento de espaços urbanos e periurbanos. Participarão do evento beneficiários ligados a associações, Economia Solidária além de técnicos da Emater/RS-Ascar e representantes de prefeituras e entidades que se dedicam ao estudo e configuração de espaços urbanos.

Após a abertura oficial feita pela mesa composta de autoridades, o seminário inicia com um painel, às 14h, com o supervisor regional da Emater/RS-Ascar, Nelson Baldasso, que irá descrever a Agricultura Urbana no Rio Grande do Sul sob a visão da Instituição.

Após, às 14h40, o agrônomo da Emater/RS-Ascar em Canoas Roberto Schenkel, e a vice-presidente da Horta Comunitária Hocouno, Luci Lopes de Oliveira, apresentarão um panorama da Agricultura Urbana de Canoas a partir do relato da prática comunitária de hortas urbanas da associação. 

Já as 15h40 a doutora Tatiana da Silva Duarte, professora adjunta do Departamento de Horticultura e Silvicultura da Faculdade de Agronomia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) irá abordar a realidade da agricultura urbana no Brasil e no mundo, práticas e políticas.

A agricultura urbana levou a Emater/RS-Ascar, há alguns anos, a pensar novas abordagens, metodologias, planejamento, instrumentos de diagnóstico e de acompanhamento para conseguir satisfazer as necessidades de melhoria de qualidade de vida destes públicos e canalizar políticas públicas já disponíveis. O reposicionamento estratégico da Instituição trouxe avanços como a permanência do jovem na atividade e a garantia da sucessão rural, o aumento da produção e da renda dos agricultores devido ao acesso à mercados locais, regionais e institucionais e a valorização destes agricultores e de seus produtos em virtude das peculiaridades dos sistemas de produção na Agricultura Urbana (produção em pequenas áreas, diversidade de culturas e manejo visando o equilíbrio ambiental e econômico).

"Assim encontramos no espaço rural destes municípios uma nova realidade agrária e agrícola, a Agricultura Urbana, que altera a tipologia dos agricultores e desafia um novo modo de pensar para a Aters, o qual se repete noutros municípios urbanizados do Estado do RS", explica o supervisor da Emater/RS-Ascar, Rui Rotava. Segundo ele, por isto o tema envolve diretamente os municípios dos vales dos Sinos e Paranhana e da Região Metropolitana, como Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Campo Bom, Taquara, Igrejinha, Três Coroas, Porto Alegre, Gravataí, Eldorado do Sul e Guaíba, dentre outros.

Fonte: Emater - RS

Jornada do Pessegueiro debate desafios da cadeia na Região Sul

No último dia 09/06, pesquisadores, representantes de indústrias, técnicos e alguns produtores da região Sul se reuniram para a I Jornada Técnica do Pessegueiro, no auditório Ailton Raseira, na Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS). O evento foi uma parceria entre Unidade de pesquisas e a Emater/RS-Ascar e faz parte do parte do programa Embrapa Portas Abertas, iniciativa que busca aproximar a comunidade local das atividades realizadas pelo centro de pesquisa. 

Em forma de exposições, prosseguidas de debate os extensionistas, consultores e produtores expuseram suas experiências durante toda manhã e tarde da quinta-feira. Na abertura, o coordenador do evento e pesquisador, Luis Eduardo Antunes, destacou a importância do evento para região, que possui como intuito atender a cadeia, em busca de troca de experiências para qualificar os pomares. 

As pautas debatidas foram definidas em reuniões que vinham sendo realizadas em conjunto com o Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindocopel) sobre as necessidades da cadeia produtiva. O chefe geral, Clenio Pillon, destacou a importância dos mais de 150 anos da cultura do pêssego na região, que já possui três agroindústrias focadas no setor, e ainda, o dever de aproveitar o momento, para fazer uso dos conhecimentos estocados pelas instituições e trocar experiências. 

Os desafios

Nas diversas exposições foram discutidos vários desafios para produtores, pesquisadores e indústrias. Entre eles, a adaptação das cultivares ao clima temperado e às mudanças bruscas de temperaturas, que vem acontecendo nos últimos anos. "As altas temperaturas no início da floração, prejudicam à obtenção de frutas grandes e de boa forma, o que resulta nessa dificuldade", disse a pesquisadora Maria do Carmo Raseira. 

A área de pesquisa vêm realizando experimentos para melhoramento genético de cultivares durante todos os anos, mas devido ao excesso de chuva nos últimos tempos, as condições de sementes foram um pouco afetadas. Atualmente 80% da produção para indústria da região é feita com com as cultivares Esmeralda, Jade, Granada e Maciel.
Outro ponto levantado pelos participantes é quanto a escassez de mão de obra. O que também tem preocupado o setor, que vem buscando alternativas em novas tecnologias, em especial, em máquinas para poda. Além disso, outra questão enfocada foi quanto a incidência de pragas e doenças, como a podridão parda, a morte precoce do pessegueiro, a antracnose e as moscas-das-frutas que prejudicam os pomares, quando não tratadas. 

A pesquisadora destacou a importância de um manejo correto. Segundo ela, não existe uma cultivar certa para a região. "Os produtores devem conhecer as condições e topologias da sua terra, pensar sobre o destino da produção (indústria ou frutas de mesa), conhecer o mercado da região, para então, decidir a cultivar adequada", expôs Maria do Carmo. Ela ainda destacou algumas dicas necessárias para o manejo da cultura: "para um bom pomar o solo deve ser profundo, bem drenado, com matéria orgânica menor que 1%, exposição norte , protegido de ventos e ph entre 6 e 6,5".

Fonte: Embrapa

Energia elétrica solar chega à agricultura familiar

Disponibilizar o acesso à energia limpa e renovável, proporcionar redução na conta de luz, desenvolver e educar os consumidores sobre o tema de energia elétrica solar. Essa é a missão da Solar Energy do Brasil. Pioneira no mercado, a empresa acaba de vender seu primeiro sistema fotovoltaico para agricultura familiar, um projeto financiado pela linha de crédito incentivada pelo PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) que opera somente com equipamentos com código FINAME. O sistema adquirido deve ser deve ser instalado até o final de julho.
Segundo dados do Censo Agropecuário, realizado pelo IBGE em 2006, a agricultura familiar tem grande representatividade para o setor. Ela é responsável por cerca de 40% da produção agrícola no Brasil, além de gerar 7 em cada 10 empregos no campo. O levantamento revelou que 84,4% do total de propriedades rurais do país pertencem a grupos familiares e existem aproximadamente 4,4 milhões de unidades produtivas em território nacional.

Além de representar grande parte da produção rural, a agricultura familiar favorece o emprego de práticas produtivas ecologicamente mais equilibradas. Por esse e outros motivos, a energia elétrica solar para abastecimento do setor deve ser uma grande aposta para os próximos anos. “A Solar Energy do Brasil é pioneira no mercado de micro e mini geração de energia elétrica solar e, por isso, ficamos extremamente felizes em vender nosso primeiro sistema para agricultura família. Acredito que a geração sustentável de energia seja o futuro da agropecuária no Brasil e, por isso, esse projeto representa um grande avanço para o setor”, argumenta Hewerton Martins, sócio fundador da Solar Energy do Brasil e vice-presidente da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

O sistema será instalado em Santa Maria do Oeste, cidade do interior do Paraná, que fica a 340 km da capital, Curitiba. O proprietário, José Varteni Gomes, desde 1986, cultiva milho, feijão, batata doce, mandioca e arroz, além da criação de gado, galinhas e manejo de 3 mil litros de leite por mês. Para o agricultor, 70% do seu gasto de energia é direcionado para a produção de insumos e manejo dos animais. “A geração de energia elétrica solar vai representar um grande avanço para minha produção, já que vou conseguir gerar energia para abastecer 100% das instalações e gerar uma grande economia na conta de luz. A redução de gastos vai proporcionar uma renda maior, que pode ser revertida em investimento para ampliar a produção”, explica Gomes.

A implantação do sistema só foi possível graças ao financiamento do PRONAF, que destina-se a incentivar projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O programa possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, além das menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do país. “Vi a opção de gerar energia elétrica solar no jornal e meu filho encontrou a Solar Energy do Brasil na internet. Depois de entender como funcionava, fiz o pedido de financiamento ao PRONAF e em 45 dias estava aprovado”, explica o agricultor.

Para o processo funcionar como deve e garantir o abastecimento e a economia na conta de luz, a Solar Energy apresenta um estudo preliminar, considerando a área disponível, a incidência de luz e a média de consumo de energia pelo cliente. Com o orçamento aprovado, a empresa parte para o processo regulatório junto à concessionária local e depois para a instalação dos painéis fotovoltaicos e do inversor, que vai converter a energia gerada pelo sol para uso final.

O sistema é simples. Durante o dia, com a incidência da luminosidade solar, a energia é gerada. Aquilo que não é consumido origina um crédito junto à concessionária. Durante a noite, o usuário utiliza a energia que vem da rede, mas como tinha créditos, não paga por ela. Se produzir mais do que consumir, fica com bônus. Dá até para transferir para outras instalações e terrenos, desde que seja de uma mesma concessionária.

Na prática, o consumidor paga apenas a tarifa mínima. Um ponto importante é que a energia elétrica solar não tem nada a ver com aquecimento solar, que apenas aquece água. “Geramos energia elétrica comum, capaz de abastecer qualquer eletrodoméstico, eletroeletrônico, maquinário industrial ou. como no caso do sr. José, os equipamentos de plantio e manejo das terras. Dessa forma, não há nenhuma limitação para uso. Por isso, é tão vantajosa”, garante Hewerton.

Cabe destacar ainda que a matriz energética brasileira está sobrecarregada. Encontrar e investir em alternativas para produção de energia limpa é uma questão urgente também no meio rural. “A Solar Energy do Brasil apoia e desenvolve o mercado de energia fotovoltaica. Estamos dispostos a incentivar o setor e ficar ao lado dos agricultores para ajudá-los a transformar sua utilização de energia elétrica”, finaliza.