sexta-feira, 27 de maio de 2016

Ex-ministro Furlan quer que Brasil seja referência mundial na indústria de alimentos

O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, será um dos palestrantes da quarta edição do Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos, que será realizada no dia 17 de junho, em Goiânia. O evento, promovido pelo LIDE e pelo LIDE Agronegócios, liderado pelo ex-ministro do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, reunirá mais de 200 lideranças empresariais e políticas da cadeia da alimentação e focará aspectos ligados ao mercado mundial de alimentos industrializados, pauta de grande interesse em razão do Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do Planeta.

Furlan abordará a busca de novos mercados para os produtos alimentícios brasileiros. Segundo ele, o Brasil vem se consolidando como expressivo protagonista na exportação de alimentos para o mundo, e que deverá ampliar suas negociações através dos acordos bilaterais que o governo Temer pretende implementar. Porém, o chairman do LIDE enfatiza que há necessidade de se criar um brand para os produtos brasileiros, a exemplo do café ou das rosas colombianas ou das tulipas da Holanda, dos vinhos franceses, ou do bacalhau da Noruega ou de Portugal.

“Precisamos impor a origem de nossos produtos, como de excelência e com alto valor agregado. Temos que deixar de sermos meros exportadores de commodities. E ao mesmo tempo investir em inovação, em embalagens seguras e atraentes, de tal forma que o consumidor saiba que está comprando um produto brasileiro, confiável e de fácil preparo”, explica Furlan. “Um dos gargalos a serem superados é o da logística, pois nosso país tem muita carência de infraestrutura nessa área, principalmente inúmeras ineficiências portuárias e aeroportuárias, o que inibe a capacidade de nos tornar um real competidor mundial”, acrescenta. 

Na abertura Fórum, já está confirmada a presença do governador Marconi Perillo, além do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Pedro Alves, do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Edmundo Klotz, e de André Rocha, presidente do SIFAEG – Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás.

Dividido em três painéis, o programa de palestras abordará temas de grande atualidade: uma visão atual e tendências da indústria de alimentos; seguido de a busca de novos mercados para exportação; e negociações internacionais.

A programação do Fórum será encerrada com a outorga do 4°PRÊMIO LIDE DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS 2016 para empresas de destaque no mercado nacional da Alimentação, categorias Desenvolvimento de Canais de Distribuição, Eficiência em Comunicação e Marketing, Inovação em Produtos e Indústria Exportadora.

O Fórum tem apoio institucional da ABIA. A F&Q e a Mecânica de Comunicação são fornecedores oficiais. PR NEWSWIRE e TV LIDE são media partners.

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Brasil estudará vespinha para polinizar figo

Foto: Larissa Elias - Embrapa
A produção de figo no Brasil pode ganhar um novo aliado nos próximos anos, a vespinha Blastophaga psenes, conhecida como vespa-do-figo. O inseto utiliza as flores de figo para se reproduzir e, consequentemente, poliniza as centenas de flores que existem dentro de cada figo. A polinização por meio desse inseto gera sementes no interior da fruta.

Atualmente o figo-roxo é a única variedade cultivada no País que não depende de polinização para se desenvolver. Os frutos produzidos sem polinização não apresentam sementes e, por isso, são altamente perecíveis, dificultando a sua exportação. "Os figos com sementes têm maior vida de prateleira e ainda são mais saborosos", afirma o produtor Mauricio Brotto, de Valinhos, no interior de São Paulo. Além disso, novas variedades que dependem dessas vespinhas poderiam ser produzidas no Brasil, como é o caso do figo-turco, denominada Smirna, principal variedade produzida internacionalmente e a mais valorizada pelo mercado mundial.

A introdução do agente polinizador Blastophaga psenes possibilitará produzir frutos com sementes, por meio de um processo conhecido por ‘caprificação', em que as vespas levam pólen de figueiras selvagens (caprifigos) para a cultivar de interesse comercial e mais consumida no mundo do grupo genético Smirna. Essa minúscula vespa utiliza as flores de figo para se reproduzir e consequentemente poliniza centenas de flores que existem dentro de cada figo.

Para discutir a questão, foi realizada uma reunião em abril deste ano em Jaguariúna (SP) entre produtores e especialistas no assunto. Participaram pesquisadores de dois centros de pesquisa da Embrapa: Meio Ambiente (SP) e Amazônia Oriental (PA), acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), representantes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral do Estado de São Paulo (Cati) e dos produtores de figo.

"Caso seja autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a introdução deverá ser feita na Estação Quarentenária "Costa Lima" da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP), atualmente a única credenciada no Brasil para tal finalidade", explica o pesquisador da Embrapa Luiz Alexandre Sá.

"O objetivo desse período no laboratório de quarentena é impedir a introdução de outros organismos não desejáveis que podem estar associados aos organismos benéficos a serem introduzidos no País, e que poderiam entrar como contaminantes", esclarece.

O planejamento inclui trazer as vespas-do-figo de Portugal em estágio imaturo dentro do próprio figo. Elas serão liberadas em uma estufa completamente protegida, onde haverá mudas de figo com flores. As vespinhas que emergirem do figo original irão utilizar essas flores para se reproduzir. Após o estabelecimento natural dessas vespinhas nas flores dentro desse ambiente protegido, serão liberadas em um plantio experimental em campo aberto. Por se tratar de um organismo vivo com biologia reprodutiva bastante complexa, esse processo de estabelecimento poderá demorar vários meses e possivelmente mais de uma introdução será necessária.

Segundo Nogueira de Sá, o processo de introdução do organismo biológico passará por análise técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que exigirá uma carta de aceite da Estação Quarentenária "Costa Lima", a qual irá proceder ao processo de quarentena. Após aprovar o material para pesquisa científica, o Mapa emitirá a Permissão de Importação para a entrada oficial no País desse material solicitado.

Instalações de segurança máxima

Componente das instalações da Embrapa Meio Ambiente, a estação "Costa Lima" conta com os mais sofisticados sistemas de segurança biológica do ramo. Toda estrutura interna da quarentena foi desenhada para manter condições de isolamento e de fácil detecção de organismos que por ventura venham a escapar das salas internas de criação de organismos. Esse sistema de segurança é composto por sinais luminosos e sonoros na entrada e no interior da área quarentenada. A sala de recepção do material introduzido (máxima segurança) é o local utilizado para a abertura do pacote contendo os organismos exóticos que chegam ao País.

"Essa sala possui uma estrutura reforçada composta de janela de vidro duplo, sistema de comunicação por interfone, placa de proteção/vedação em todas as tomadas elétricas, portas com revestimento de borracha e de gaiolas de criação à prova de escape utilizadas no manuseio e na abertura do pacote contendo os organismos recém-chegados", detalha o pesquisador.

Toda a equipe de trabalho é capacitada para cumprir os procedimentos operacionais e de segurança da área quarentenada do Laboratório. Os principais regulamentos exigidos estão fixados na porta dupla de entrada/saída, orientando o usuário durante sua entrada e permanência no local.

O processamento dos organismos em quarentena começa pela separação de contaminantes como microrganismos, hiperparasitos, microácaros alérgicos ao homem, insetos e outros organismos indesejáveis. Depois os organismos são identificados, submetidos a testes, realizados estudos indiretos e posteriormente liberados como pós-quarentenados.

O tempo de permanência do material biológico introduzido em condições de quarentena pode variar de um mês até mais de um ano, dependendo da procedência desse material exótico; se proveniente do campo ou já estabelecido em condições controladas de laboratório no exterior.

É fundamental passar pela estação quarentenária porque os contaminantes podem causar efeitos indesejáveis nos diferentes componentes do ecossistema brasileiro, ou mesmo invalidar todo um programa de importação desses organismos benéficos de interesse. Até 2015, foram introduzidas 773 espécies pelo Quarentenário "Costa Lima", para o controle biológico de pragas e outros fins em diversas culturas e finalidades, atendendo às solicitações de 14 estados brasileiros. Além das espécies introduzidas, a estação colaborou em programas de outros países por meio da exportação de parasitoides, ácaros predadores e microbianos (fungos). Até 2014, também foram exportadas 31 espécies de organismos úteis ao controle biológico de pragas para os Estados Unidos, Holanda, África, Japão, Sri Lanka e Colômbia.

Vespas e figos

Conforme o pesquisador Cristiano Menezes, da Embrapa Amazonia Oriental (PA), as vespas-do-figo são os únicos organismos capazes de realizar a polinização das figueiras, já que apresentam características adequadas para ultrapassar a pequena abertura de acesso ao interior do figo, onde estão localizadas as flores. "Além disso, as vespas são altamente específicas, e na maioria dos casos uma única espécie polinizadora está associada a uma figueira. Existem cerca de 700 espécies de figueiras no mundo, cada qual com sua respectiva vespa polinizadora. No caso do figo-turco, que não é nativo do Brasil, somente a vespa Blastophaga psenes é capaz de adentrar o figo e realizar a polinização, por isso a necessidade da introdução desse agente específico, garantindo a produção de frutos polinizados aqui".

Outro ponto positivo da cultivar Smirna é sua resistência à seca da figueira, doença causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata, que tem provocado morte de plantas nos pomares comerciais do figo Roxo de Valinhos. O produtor Maurício Brotto tem utilizado atualmente a cv. Smirna como porta-enxerto para 'Roxo de Valinhos' visando ao replantio de plantas sintomáticas.

Oportunidade de exportação

Brotto acredita que se o Brasil conseguir produzir o figo-turco, os fruticultores nacionais poderiam aproveitar uma janela em que a produção turca não abastece o mercado europeu. De novembro a junho, somente o Brasil tem atendido o mercado europeu com figos. Brotto acredita que, se a variedade Bursa for produzida por aqui, a exportação aumentaria consideravelmente. "Quando a variedade Bursa entra em produção em meados de agosto na Turquia, domina totalmente o mercado, e os volumes consumidos na Europa são dezenas de vezes maiores que o consumo da fruta do Brasil", afirma.

Ele ainda aposta que a introdução da vespa poderá alavancar no Brasil o consumo de figos que ainda é pequeno, concentrando-se atualmente na região Sudeste. "Abriria também a possibilidade de se produzir os figos Smirna, que têm um teor maior de brix e podem ser comercializados secos. "Essa variedade necessita de ambiente seco para ser produzida, o que abriria uma boa oportunidade de negócio para a fruticultura do Nordeste brasileiro", analisa Brotto.

Fonte: Embrapa

Mantida obrigação de identificar transgênicos no rótulo

Os produtos alimentícios que contém ingredientes transgênicos devem identificar a presença de componentes geneticamente modificados no rótulo da embalagem. A decisão foi tomada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, alegando o direito à informação previsto no Código de Defesa do Consumidor.

A exigência havia sido suspensa em 2012, em decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski que foi reformada para reestabelecer o julgamento do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A Corte havia acolhido pedido do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), e deixou ainda mais restrita a legislação: agora, os rótulos deverão identificar a presença de qualquer quantidade ou concentração de transgênicos.

Isso porque o ministro Edson Fachin tornou sem efeito o artigo 2º do Decreto Federal 4.680/2003, que exigia a rotulagem apenas quando o produto contivesse mais de 1% de transgênicos em sua composição. Ele manteve o entendimento do TRF 1, segundo o qual prevalece o princípio da plena informação ao consumidor, previsto no Código de Defesa do Consumidor.

“Verifica-se, portanto, que o afastamento da incidência do ato normativo se deu com base na sua incompatibilidade com a legislação infraconstitucional (Código de Defesa do Consumidor), de tal forma que a não aplicação da norma não teve como fundamento, explícito ou implícito, a incompatibilidade em relação à Constituição. Esse é o cerne que motiva o afastamento da aplicação do dispositivo legal, ainda que as normas e princípios previstos nessa legislação infraconstitucional também tenham assento constitucional”, explicou Fachin.

Fonte: Agrolink

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Circuito Frutificaminas leva informações e tecnologia para produtores de diversos municípios do Estado

Circuito Frutificaminas 2016 teve início no dia 19 de maio, durante a Semana de Integração
Tecnológica (SIT), no município de Sete Lagoas, região Central do Estado. O circuito é constituído de uma série de eventos, como palestras técnicas, oficinas e dias de campo para debater questões relacionadas à fruticultura no Estado. A iniciativa é da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Ela é realizada desde 2010, em parceria com a Epamig, universidades federais de Lavras e Viçosa, além de instituições privadas. No total, o Frutificaminas pretende percorrer este ano 19 municípios mineiros, seis a mais do que em 2015.

“A fruticultura pode ser conduzida com mão de obra familiar, o que a coloca como uma atividade altamente viável para as pequenas propriedades rurais, gerando mais de 500 mil empregos em Minas Gerais”, explica o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio. Para o coordenador, isso já é motivo suficiente para justificar a realização de um evento como o Frutificaminas, que também valoriza as parceiras. “É necessário o estabelecimento de parcerias com os setores de produção, pesquisa e extensão, comercialização e agroindústrias, envolvendo setores públicos e privados, na busca pela obtenção de frutas de boa qualidade, oferta regular, livre de resíduos de agrotóxicos e a preços competitivos”, argumenta.

Segundo Deny Sanábio, o Circuito permite a socialização de tecnologias, visando a melhoria na quantidade e qualidade das frutas produzidas, além do aumento da renda do produtor, manutenção e geração de empregos. “Nos últimos cinco anos o Circuito Frutificaminas realizou 58 eventos com a participação de 6.993 produtores e caravanas de mais de 362 municípios. Só no ao ano de 2015, tivemos 1.361 participantes em 13 etapas”, infnorma.

Potencial para crescimento

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com 42 milhões de toneladas produzidas, de um total de 340 milhões de toneladas colhidas em todo o mundo. Já Minas Gerais oscila entre o 4º e 5º lugares no ranking nacional de produção de frutas. São cerca de 120 mil hectares de área plantada dos mais variados tipos.

Mas o coordenador técnico da Emater-MG acredita ser maior o potencial de produção do Estado e aponta algumas melhorias que precisam ser implementadas, como o uso de mudas de qualidade, adequação dos veículos de transporte, que devem equipados com ventilação e uso de câmaras frias para conservar as frutas. “O aumento do consumo de frutas in natura e de sucos naturais é uma tendência mundial e que se materializou no Brasil, criando a necessidade do aumento da produção e da qualidade das frutas. Entretanto, apesar das condições favoráveis para produzir frutas tropicais, subtropicais e temperadas, durante o ano, Minas importa várias frutas que poderiam ser produzidas aqui”, argumenta.

Deny Sanábio calcula que as perdas de frutas no mercado interno possam chegar a 30%, em decorrência, principalmente, de tratos culturais, armazenamento e transporte inadequados, além da falta de informação dos integrantes da cadeia produtiva. Por isso, Sanábio destaca a importância de eventos como os do Frutificaminas. “Estas questões são sempre tratadas nos municípios percorridos pelo circuito”, explica.

Próximas etapas do Frutificaminas no mês de maio

-31/05/16 – Delfinópolis.
-31/05/16 – Presidente Olegário

Fonte: Emater - MG

Goiaba do Paraná ganha diferencial com Indicação Geográfica

Foto: Divulgação SEBRAE-PR
Agricultores da região Norte Pioneiro do Paraná conquistaram o mais novo diferencial competitivo: registro de Indicação Geográfica (IG) da goiaba de Carlópolis. A partir de agora, a fruta dessa região também integra o seleto grupo de produtos reconhecidos por sua reputação, valor intrínseco e identidade própria. Ao todo, o estado já coleciona três IG registradas e nove em análise no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A Indicação de Procedência (modalidade de IG) foi concedida pelo INPI à Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis (APC), que abrange os municípios paranaenses de Carlópolis e Ribeirão Claro. De agora em diante, para ter a goiaba reconhecida como IG, os produtores deverão cumprir normas específicas de embalagem, rotulagem, acondicionamento e transporte, processo produtivo e segurança alimentar, além de responsabilidade social e ambiental, entre outros atributos.

“Os produtores que utilizam a IG como instrumento de diferenciação percebem diversos benefícios, como valorização do produto, aumento do turismo local, acesso a novos mercados, além da satisfação em ver seu trabalho reconhecido pelos consumidores e o ‘saber fazer’ sendo preservado”, avalia a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. O Sebrae apoiou os agricultores paranaenses nesse processo que culminou na obtenção do registro de IG junto ao INPI.

O processo para a concessão do registro à APC levou em consideração elementos que confirmam que o nome geográfico tornou-se centro de extração, produção ou fabricação de goiabas; dados que comprovam a existência de uma estrutura de controle sobre os produtores com direito ao uso exclusivo da indicação de procedência; além de evidências de que esses produtores estão estabelecidos na área geográfica demarcada e exercendo a atividade efetivamente.

“Esse registro é uma conquista promissora dos agricultores que buscam valorizar seus produtos e se diferenciar no mercado. Ele vem se somar às Indicações Geográficas de outras regiões do país, que, assim como a goiaba de Carlópolis, foram concedidas para reconhecer a reputação das frutas brasileiras”, afirma Raquel Minas, analista do Sebrae que acompanha esse projeto.

O Que é Indicação Geográfica 

Indicação Geográfica (IG) é o nome geográfico de um país, cidade ou região reconhecida pela qualidade ou tradição de determinado produto ou serviço. No Brasil, ela tem duas modalidades: Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO). Desde 2011, o número de IG brasileiras cresceu 243%. Hoje, há 48 IG reconhecidas no país, sendo 39 IP e 9 DO, cobrindo 853 municípios de 20 estados, num total de 35 mil pequenos negócios.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa Sebrae
(61) 3243-7851
(61) 3243-7852
(61) 2104-2770

Fonte: ASN - Sebrae

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Estudo localiza águas subterrâneas mais vulneráveis no Cerrado

Trabalho realizado por especialistas da Embrapa Gestão Territorial (SP) delineou as áreas do Cerrado que abrigam águas subterrâneas naturalmente mais sujeitas à contaminação por agentes químicos. O levantamento divide o bioma em quatro categorias de vulnerabilidade: alta, média, baixa e muito baixa.

Os lençóis freáticos mais vulneráveis foram localizados no sudeste, centro-oeste e centro-leste de Mato Grosso, oeste da Bahia, sudoeste de Goiás e norte de Mato Grosso do Sul, marcadas no mapa em cor escura.

"Lençóis de água mais próximos da superfície, em regiões de solo poroso e clima chuvoso, por exemplo, são naturalmente mais sujeitos a receber contaminantes em comparação a corpos d'água em grandes profundidades e em locais áridos", exemplifica o engenheiro-agrônomo Rafael Mingoti, analista da Embrapa que participou do trabalho. Ele explica que a equipe levou em conta diversas variáveis como dados climáticos, perfis e tipos de solo, profundidade dos lençóis freáticos e balanço hídrico.

A segunda etapa do projeto vai aumentar o detalhamento dessas áreas, identificar atividades econômicas nelas presentes e avaliar possíveis riscos a que os corpos de água subterrâneos poderão estar expostos. Mingoti revela que o método para estimativa da espessura de perfil de solo é o mesmo utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para estimar a profundidade do lençol freático da floresta Amazônica, que se baseia em dados de relevo.

Metodologia inovadora

Uma importante inovação da pesquisa foi o aprimoramento da metodologia empregada, que permitiu a obtenção dos resultados sem a necessidade de análises em campo. O trabalho foi alimentado com bancos de dados e imagens de satélites analisados e processados por meio de métodos de determinação indireta e sistemas de informação geográfica (SIG).

Entre as vantagens dessa abordagem está a economia de recursos exigidos em levantamentos convencionais que envolvem: deslocamento de especialistas, coleta de amostras, análises laboratoriais, observações em campo e maior tempo empregado. "Esse método otimiza esforços e recursos, o que é especialmente importante em estudos de áreas enormes, como é o caso do bioma Cerrado", afirma o pesquisador Cláudio Spadotto, gerente-geral da Embrapa Gestão Territorial e coordenador da pesquisa.

Chamada de escala exploratória, o grau de detalhamento dos resultados é menor que o comumente obtido em métodos convencionais, por abranger áreas maiores. No entanto, os cientistas frisam que os dados obtidos são confiáveis e servirão de base para indicar as áreas vulneráveis que serão alvo da fase de detalhamento da pesquisa. É na segunda etapa que os pesquisadores visitam as áreas prioritárias, coletando amostras de solo e água, fazendo análises laboratoriais e aumentando a precisão das informações.

Spadotto acredita que os resultados finais do estudo deverão subsidiar diferentes atividades ligadas a gestão territorial, planejamento agrário, práticas conservacionistas, políticas públicas ambientais e uso e ocupação do solo. "Após a fase de detalhamento, será possível embasar decisões para proteção dessas águas subterrâneas localizadas em áreas mais críticas. Assim, haverá embasamento científico para efetuar, por exemplo, restrição de determinadas atividades ou produtos químicos em localidades mais vulneráveis à contaminação", prevê o especialista.

Governos e órgãos de licenciamento ambiental serão os principais usuários desses dados. De acordo com o pesquisador, o ordenamento de uso e ocupação do solo é fundamental para a proteção das águas subterrâneas e pode ser baseado na identificação de áreas mais vulneráveis à contaminação.

A equipe planeja ampliar esse levantamento para o restante do Brasil, contemplando os demais biomas. "Começamos pelo Cerrado por ser uma importante área para a atividade agrícola nacional. Agora pretendemos aplicar a mesma metodologia para todo o País", anuncia Spadotto, ressaltando a importância dos reservatórios subterrâneos de água.

"As atividades humanas, especialmente quando desenvolvidas em áreas onde as águas subterrâneas estão em condições de maior vulnerabilidade à contaminação química e biológica, representam uma ameaça à qualidade e à potabilidade da água, podendo colocar em risco a conservação da biodiversidade, o equilíbrio dos ecossistemas e a saúde humana", alerta.

Há pouco mais de um ano, a mesma equipe desenvolveu um software que avalia riscos de contaminação de corpos hídricos subterrâneos e superficiais por agrotóxicos. Chamado de ARAquá, o sistema é utilizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)

Gestão Territorial

Prestes a completar cinco anos no dia 26 de maio, a Embrapa Gestão Territorial utiliza ferramentas de inteligência territorial para desenvolver soluções para a agropecuária brasileira em nível estratégico. Instalada em Campinas (SP), o centro antecipa desafios futuros e gera conhecimento a respeito do território nacional.

Manejo racional do complexo de pragas mosca-branca/begomovírus em tomateiro

A mosca-branca tem se destacado na última década como uma das principais pragas em diversas culturas de importância econômica para o Brasil. Soja, algodão, feijão e tomate, culturas com extensas áreas de plantio em Goiás, são alguns exemplos de plantas severamente prejudicadas por esse inseto. Em tomateiro, a mosca-branca representa uma ameaça séria por provocar danos diretos (sucção da seiva e injeção de toxinas) e indiretos (transmissão de vírus). Os begomovírus, com ampla dispersão e alta incidência nas principais regiões produtoras, são considerados os vírus mais sérios para a cultura do tomateiro. Os begomovírus destacam-se também em feijoeiro, sendo um dos principais problemas da cultura, especialmente na época seca.

Já em plantas de soja e algodão, os relatos de begomovírus são escassos e inconsistentes. Dentre as principais recomendações para o manejo da begomovirose destacam-se o controle do inseto-vetor e o uso de materiais resistentes. Nas culturas do tomateiro e do feijoeiro, o manejo da mosca-branca é efetuado essencialmente com aplicações frequentes de inseticidas. No entanto, o controle químico é altamente dificultado pela existência de diversas culturas hospedeiras de mosca-branca durante todo o ano que, inclusive, são cultivadas em regiões próximas ao tomateiro. 
Além disso, o problema é agravado pela alta taxa de multiplicação do inseto e crescente surgimento de populações resistentes aos principais produtos utilizados, em razão do manejo equivocado dos inseticidas. Conclui-se que o manejo da mosca-branca não deve ser voltado apenas para a cultura-alvo e em propriedades isoladas, mas realizado de maneira ampla e coordenada, envolvendo a adoção planejada de práticas culturais e manejo racional de inseticidas de forma integrada em várias culturas hospedeiras dentro de uma macrorregião. 

Este projeto tem, portanto, o objetivo de consolidar uma rede de profissionais com o propósito de gerar informações para subsidiar futuras propostas de manejo da praga em ampla área, envolvendo várias culturas hospedeiras, com ações que visem o controle da praga e a redução da incidência da virose, levando-se em conta o manejo da resistência aos inseticidas e táticas que interfiram na interação vetor-patógeno nas principais culturas, em nível regional, voltado primeiramente para o Estado de Goiás e para o Distrito Federal.

Fonte: Embrapa

PIB do agronegócio tem alta de 1,09% em 2016

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 0,6% em fevereiro e acumula alta de 1,09% nos primeiros dois meses de 2016, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Todos os elos que envolvem a cadeia produtiva do setor apresentaram expansão neste ano, com destaque para a indústria, que teve variação de 1,24%, seguida pelos segmentos primário (1,13%), de serviços (1,09%) e insumos (0,68%).

O resultado do PIB foi puxado pela cadeia agrícola, que teve crescimento de 0,9% em fevereiro, chegando a 1,62% no acumulado de 2016 (janeiro/fevereiro). Neste segmento, a produção primária foi a principal responsável por impulsionar o setor na agricultura em 2016, com alta de 2,10% no bimestre. No acumulado do ano, os setores de serviços, indústria e insumos da produção vegetal subiram 1,63%, 1,45% e 1,09%, respectivamente. Já o desempenho da pecuária, de modo geral, foi negativo, com queda de 0,03 em fevereiro e retração de 0,06% nos primeiros dois meses do ano.

A agricultura foi o grande destaque na produção primária (dentro da porteira), em razão da alta dos preços, que variaram de 12,56% na comparação bimestral 2016/2015. Uma das culturas que mais se beneficiou com este cenário foi o algodão, com elevação de 33,27% nos preços nos primeiros dois meses de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, e redução da oferta, principalmente no oeste da Bahia, por conta da queda de produtividade e diminuição de área plantada. Assim, espera-se, para a fibra, alta de 26,23% no faturamento.

Outras culturas que devem ter receita maior este ano no segmento primário são: banana (12,48%), cacau (21,5%), café (10,86%), cana (7,12%), feijão (7,29%), laranja (13,03%), mandioca (11,59%), milho (36,63%), soja (16,88%), tomate (25,92%) e trigo (17,01%). Na pecuária, houve recuo de 0,05% no bimestre no segmento básico. A agricultura impulsionou, também, a agroindústria. A parte de processamento vegetal teve bom desempenho especialmente por conta da elevação de preços, com destaque para celulose e papel, etanol e açúcar.

Confira a análise completa no Boletim PIB:

Notícias Nufarm recebe empresas dos setores citrícola e sucroenergético na unidade Maracanaú (CE)

Cerca de 10 empresas dos setores citrícola e sucroenergético participaram do programa Portas Abertas Nufarm, uma iniciativa da empresa de origem australiana que incentiva a troca de experiências envolvendo diferentes setores do agronegócio. O evento aconteceu na unidade industrial da Nufarm localizada no município de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, no estado do Ceará.

Aberto pelo presidente da Nufarm Brasil, Luciano Daher, o encontro, com dois dias de duração, foi coordenado pelos engenheiros agrônomos Paulo Tiburcio, gerente executivo de trade marketing, José Carlos Grando Júnior, coordenador de marketing da região Sudeste e pelos representantes técnicos de vendas Rafael Natal e Renato Elias Júnior. A agenda contemplou reuniões de caráter institucional, seguidas de visitas aos laboratórios de pesquisas e à área de produção da Nufarm, além de uma programação de entretenimento.

Participaram do evento empresários e executivos como Ângelo Eduardo Bombonatti (Usina Viralcool), Carlos Augusto Colombo (Usina Colombo), Celso Aparecido Curtolo (Usina Santa Lúcia), João Antônio de Souza (Fazenda Cambuhy), José Luiz de Arruda Cervi (Agrícola CFM), Rafael Fernandes de Oliveira (Krauss Citros), Renato da Costa Nêto (Irmãos Nêto) e Rodrigo Guimarães Pereira (Cooperativa Uniceres). 

Com a perspectiva de crescer 5% ao ano em vendas globais até 2018, a Nufarm informou que irá direcionar seus principais investimentos a quatro mercados-chave: América Latina (Brasil e Argentina), América do Norte (Estados Unidos e Canadá), Europa (Alemanha, Polônia e França) e ao bloco Austrália-Nova Zelândia. Nesse cenário, o Brasil deverá absorver parte significativa dos recursos previstos, segundo revela o presidente da empresa para a América Latina, Marcos Gaio.

Nova meta fiscal: Agronegócio é o menos afetado

Na avaliação do analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Carlos Pacheco, não deve haver maiores impactos para o setor produtivo rural em função da nova meta fiscal aprovada pelo Congresso Nacional nesta madrugada. “Acho que, de todos os setores da economia, o agronegócio é o menos afetado, tanto pela crise, como pelos remédios para combatê-la”, aponta.

“Os efeitos podem ocorrer via cotação do dólar, já que a exportação de commodities é toda baseada nesta moeda. Mas, se, por um lado, diminui os preços dos produtos vendidos, também diminui o preço dos insumos comprados, muitos dos quais são importados”, explica o especialista.

Especificamente sobre o setor do trigo, ele diz que “há uma parte do mercado de farinhas (o das farinhas industriais, matéria prima de biscoitos e massas) que foi muito afetado pela crise, porque as donas de casa que sofreram desemprego em casa (dela ou do marido) deixaram de comprar estes produtos, por serem considerados supérfluos. Então uma retomada do emprego revigoraria as vendas do setor. Mas, isto já faz parte do setor industrial e o seu remédio é o mesmo para todos os outros setores do país”, conclui.

Fonte: Agrolink - Autor: Leonardo Gottems

Safra de citros será aberta nesta quarta-feira em Montenegro

Com uma projeção de colheita de 162 mil toneladas de citros, a safra de citros deste ano será aberta nesta quarta-feira (25/05), em Montenegro, na propriedade do produtor Martin Henrique Maurer, que fica na localidade de Santos Reis. A 17ª edição da Abertura da Safra de Citros acontece às 13h30 e marca a abertura da safra na região, com a colheita das bergamotas da variedade Caí.

A expectativa para este ano no Vale do Caí é de que sejam colhidas 162 mil toneladas de citros, sendo 107 mil de bergamotas. A área total de frutos é de 10 mil hectares. Já no Estado, a projeção é de que sejam colhidas mais de 433 mil toneladas de frutas cítricas, produzidas em 27.277 hectares. Além do Vale do Caí, o Norte é uma das maiores regiões produtoras de citros do Estado.

De acordo com o assistente técnico regional em Sistema de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar de Lajeado, engenheiro agrônomo Derli Bonine, essa produção só será obtida caso não haja incidentes climáticos, como geadas ou excesso de chuva. Até o momento, em especial nos períodos de floração e maturação, que iniciaram no final do ano passado, as chuvas foram suficientes, regulares e bem distribuídas, o que fez com que as frutas cresçam com bom tamanho.

O clima, com temperaturas mais amenas e noites frias, faz com que os citros atinjam uma qualidade superior, ?conferindo uma intensa coloração alaranjada para a casca e para o suco e um balanço adequado entre acidez e doçura", enfatiza Bonine.

O evento é realizado pela Prefeitura, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Câmara Regional de Citricultura do Vale do Caí, com o apoio da Emater/RS-Ascar, Grupos Organizados do Lar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), Cooperativa dos Fruticultores da Agricultura Familiar (Coofrutaf) e Associação de Fruticultores de Montenegro.

Fonte: Emater - RS

Pesquisadores da Embrapa e Ceagesp orientam varejo na conservação de frutas e hortaliças

Com a proposta de sensibilizar e orientar o setor varejista, o pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Marcos David Ferreira, e a engenheira de alimentos da Companhia Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Fabiane Mendes da Camara, vão apresentar dicas de como manter a qualidade, diminuir perdas e estimular o consumo de frutas e hortaliças.

O setor é responsável por mais de 60 milhões de toneladas anualmente, o que leva o Brasil a ser um dos maiores produtores mundiais.

Os procedimentos para evitar perdas serão discutidos em palestra, a ser realizada no dia 1º de junho, na Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), com entrada gratuita, mas com vagas limitadas. Os interessados devem fazer a inscrição com Vanessa Ronquim Martins pelo e-mail: vanessa@acisc.com.br

Além das orientações, serão apresentados aparelhos para uso no pós-colheita de frutas e hortaliças, como o wiltmeter, atmômetro e fruta eletrônica.

De acordo com Marcos David, a proposta da palestra é discutir o manuseio utilizado, possibilidades de modificações e inovações no mercado, que possam contribuir para a manutenção da qualidade das frutas e hortaliças no varejo, reduzindo o desperdício, conservando a qualidade e estimulando o consumo.

À frente do evento, Marcos David é um dos pesquisadores da Embrapa Instrumentação que vêm trabalhando na melhoria do processo de pós-colheita, tendo promovido diversas ações, como cursos e palestras e desenvolvido pesquisas na mensuração de danos físicos e qualidade na cadeia produtiva.

De acordo com o pesquisador, o Brasil se destaca como um dos maiores produtores de frutas do mundo, com produção de 43 milhões de toneladas/ano e 18 milhões de toneladas/ano de hortaliças, conforme dados de 2015. "Situações antes inimagináveis se tornaram realidade, como a produção e disponibilização de cenouras, alfaces, maçãs e até morangos para compra durante o ano todo", afirma.

Marcos David lembra que o Brasil possui grande diversidade e cada produto possui uma característica diferente do outro, sendo que alguns estragam mais rápido, outros menos. "Portanto, para cada um existe uma forma diferente de manusear e armazenar. Mas, todos são produtos vivos, nos quais a qualidade está diretamente ligada à forma que lidamos com eles", diz.

O pesquisador afirma que o Brasil têm tecnologias disponíveis, a maioria de baixo custo, mas pouco utilizadas, o que leva o País a atingir perdas de até 40% neste setor. "Dessa forma, é importante a junção de esforços entre instituições como a Embrapa, a Ceagesp e a ACISC para levar informações importantes a fim de contribuir para reverter esse quadro", conclui Marcos David.

Tecnologias

Wiltmeter 

O aparelho mede a turgescência de folhosas, ou seja, a firmeza, a murcha das folhas. A turgescência das folhas é fator primordial de qualidade relacionado ao conteúdo de água e prejudicado pela perda dela. Essa medida, assim como a pressão sanguínea nas pessoas, indica o grau de saúde das plantas e seu comportamento frente às variáveis de clima, solo, temperatura, umidade de ar e disponibilidade de água. É simples, portátil, de fácil uso e rápido.

A tecnologia foi transferida para duas empresas - Marconi Equipamentos e Calibração para Laboratórios, de Piracicaba (SP), e Hidrosense Comércio de Sistemas para irrigação Ltda., localizada em Jundiaí (SP), e tem patente no Brasil e nos Estados Unidos.

Atmômetro

É um instrumento para medir a evaporação do ar, possibilitando medições no interior de embalagens, em armazéns e em ambientes de transporte e distribuição de frutas e hortaliças. É constituído de uma cápsula porosa, a qual se adiciona água antes de fechá-la com uma rolha, de modo a definir uma superfície evaporante cilíndrica e de área conhecida, cuja taxa de evaporação é medida por pesagem.

O Atmômetro possibilita o monitoramento e tomada de decisões relativas à gestão de balcões refrigerados, sistemas de refrigeração e umidificação, embalagens e modais de transporte; auxilia e facilita a comparação da capacidade de armazenamento entre espécies e variedades; possibilita leitura nos mais variados ambientes de manuseio.

Fruta eletrônica

A "fruta eletrônica" é um equipamento que simula uma fruta verdadeira, e é utilizado para mensurar a magnitude do impacto o qual o produto é submetido, ou seja, quando aplicado em situações, como colheita, manuseio em caixas, gondolas de supermercado, pode indicar os pontos mais críticos de frutas, e também de hortaliças, que estão sujeitas a maiores impactos, ocasionando danos significativos ao produto, o que pode causar uma deterioração mais rápida com consequente perda na qualidade. Por meio dessas informações, é possível realizar um diagnóstico da situação e propor modificações, com a melhoria do sistema.

Fonte: Embrapa

Governo estuda “taxar” agronegócio

Se há até bem pouco tempo o governo do Estado negava qualquer intenção de cobrar impostos sobre os produtos de exportação do agronegócio, hoje uma equipe da Secretaria de Fazenda já realiza um estudo para verificar como a taxação influiria na arrecadação do Estado e, claro, afetaria a economia no longo prazo. 

De acordo com o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, o estudo está sendo feito a pedido do governador Pedro Taques. Apesar disso, diz o secretário, “o Governo ainda não cogita aumentar ou criar impostos neste momento". 

“Essa é uma discussão ampla. O governo vem escutando a sociedade civil organizada. O governador me solicitou uma série de estudos, justamente para a gente fazer um melhor juízo de valor sobre essa questão”, disse Brustolin. 

“Nesse momento, é importante salientar, a posição do governo do Estado é de não-taxação do agronegócio – porque nós acreditamos que existe um efeito [positivo] irradiado desse setor sobre toda a economia do Estado”, completou. 

Segundo um estudo feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que é mantido pelos produtores rurais, a cobrança de uma alíquota de 9% de ICMS sobre soja, milho e algodão poderia significar um incremento de R$ 2,1 bilhões aos cofres estaduais em apenas um ano. 

No ano seguinte, porém, metade dos sojicultores de Mato Grosso, com área plantada de até mil hectares, ficaria impedida de continuar no negócio, em razão dos altos custos. “Cada hectare daria um prejuízo médio de R$ 436,90”, diz o estudo. 

Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, hoje o agronegócio já seria o responsável indireto por metade da arrecadação do ICMS do Estado, uma cifra anual de R$ 3,9 bilhões. 

“Não há justificativa para se taxar ainda mais um setor que já contribui tanto com o Estado. Mato Grosso já é o pior lugar para se plantar, em termos de custos e de falta de infraestrutura. Não temos estradas e nem portos. Estamos longe de tudo”, afirmou. 

“Uma taxação agora poderia até melhorar de imediato as finanças do Estado, mas no ano que vem a arrecadação já iria cair drasticamente – e no ano que vem haverá RGA de novo”, disse Endrigo. “O que o governo precisa fazer é a lição de casa e cortar os seus próprios gastos; é preciso colocar o dedo na ferida”. 

Segundo o estudo do Imea, “Mato Grosso é o Estado brasileiro mais dependente do agronegócio: 50% de seu produto interno bruto (PIB) vem desse setor. A cada dois empregos criados numa lavoura de soja, um outro emprego é gerado na economia local – no comércio, na rede de serviços, na indústria... Reduzir a competitividade do agro impacta muito mais do que a agricultura”. 

Dados divulgados nesta segunda-feira (23) mostram que o agronegócio é responsável por 32% dos 791 mil empregos formais de mato-grossenses, ou seja, gera quase 255 mil postos de trabalho. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Laboratório de criação de Tamarixia radiata completa um ano

O laboratório de Controle Biológico do Fundecitrus, no qual é criada a vespinha Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo, completou um ano em março. Até abril de 2016, foram produzidos 445,8 mil insetos e liberados no campo 422,4 mil, atingindo uma área de 1,3 mil hectares. Nesse mesmo mês, a biofábrica chegou à criação de 96,4 mil vespas.

A vespinha é uma ferramenta de combate ao HLB (greening) em locais onde não é feito o controle químico do psilídeo, como pomares abandonados ou áreas com murta ou citros nas zonas rural ou urbana, que servem de criadouros do inseto. Do que é produzido no laboratório, 80% é liberado e o restante dá continuidade à criação.

As liberações são feitas durante todo o ano em áreas identificadas pelo Alerta Fitossanitário, sistema do Fundecitrus que monitora a população de psilídeo. As solturas de Tamarixia radiata são feitas uma vez por semana em cada uma das sete regiões monitoradas pelo sistema. De março de 2015 a abril de 2016, foram liberadas na região de Araraquara 83 mil, em Avaré 36 mil, Bebedouro 63 mil, Casa Branca 78 mil, Frutal 11 mil, Lins 49 mil e Santa Cruz do Rio Pardo 45 mil.
Nesse ano de laboratório, foram feitas adaptações na criação que proporcionaram aumento de produção. "Com base em testes, percebemos que era necessário mudar a forma de coletar a Tamarixia radiata. Aumentamos a proporção de parasitismo que era de uma vespa para 10 psilídeos e agora é uma para 25. Adotamos a criação de psilídeo em casa de vegetação em paralelo com a produção em sala específica", relata a bióloga Ana Carolina Pires Veiga, responsável pelo laboratório.

Inimigo do bem

A Tamarixia radiata deposita seus ovos embaixo de ninfas de psilídeo que servem de alimento para as larvas quando elas nascem. Cada vespinha pode eliminar até 500 psilídeos.

A vespinha não pode ser utilizada como medida isolada no combate ao HLB, nem substitui as pulverizações, mas tem demonstrado ser uma das formas mais sustentáveis de controlar o psilídeo. Em áreas onde foi solta houve redução de 70%, em média, do transmissor do HLB.

A Tamarixia radiata não causa desequilíbrio ambiental, pois a única maneira de se reproduzir é usando o psilídeo. "É uma ferramenta que pode ser usada para o manejo sustentável do HLB e colabora com a preservação do meio ambiente, já que o controle biológico ajuda na queda da população de psilídeo próximo aos pomares comerciais, colaborando com a redução da necessidade do uso de defensivos nas propriedades", afirma Ana Carolina.

Clique aqui para ver o vídeo sobre a criação da Tamarixia radiata

Fonte: Fundecitrus

CitrusBR lança campanha de incentivo ao consumo do suco de laranja na Europa

A CitrusBR (Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos) apresentou nesta terça-feira (24), no Fundecitrus, as primeiras ações da campanha de reposicionamento e incentivo ao consumo do suco de laranja na Europa. O evento contou com a presença de diferentes elos do setor citrícola como produtores, indústria, pesquisadores e governo.

A campanha que será lançada em 16 países como Alemanha, França, Reino Unido e Bélgica, tem o objetivo de reequilibrar o debate em relação ao suco e engajar os consumidores lembrando-os dos benefícios proporcionados pela fruta.

A intenção do projeto é criar um ambiente receptivo para o consumidor, passando mensagens positivas em relação ao suco de laranja com base em informações de especialistas, articulando seus benefícios com governos, instituições internacionais, formadores de opinião e a mídia.

De acordo com o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, o consumo mundial de suco de laranja está estagnado e um dos principais fatores é a redução da demanda, causada pela ampla oferta de bebidas no mercado e pela falta de incentivo de consumo ao suco e da divulgação de seus benefícios. Ele ainda afirmou que este é o maior projeto em andamento do setor citrícola brasileiro com investimento anual de 6 milhões de dólares.

Além do incentivo das indústrias de suco brasileiras Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus, a ação contará com o apoio de mais de 29 empresas entre elas Coca-Cola, PepsiCo e Eckes-Granini.

Fonte: Fundecitrus

Produção de morangos na Colônia Penal Agrícola de Charqueadas tem assessoramento da Emater/RS-Ascar

A Emater/RS Ascar estará à frente da implantação e prestará assessoramento técnico para a produção de morangos semi-hidropônicos na Colônia Penal Agrícola de Charqueadas (CPA). A decisão começou a ser colocada em prática no dia 18 de maio, quando estiveram no local os agrônomos da Emater/RS-Ascar Luís Bohn, Antônio Paganelli e o técnico em agropecuária da Instituição, Marcelo da Silva Fortes, para conhecer o local e acertar detalhes de estruturação do sistema, como o tamanho da estufa, a implantação de irrigação, tipo de cobertura, dentre outros detalhes do cultivo a ser implantado.

A estufa será construída nas dependências da CPA e os responsáveis pela produção serão os apenados, contando com a assistência técnica da Emater/RS Ascar, explica Fortes. O objetivo é de que a produção seja entregue às demais casas penitenciárias. 

Estiveram presentes ainda a ouvidora do Estado, Silvana de Oliveira, e a engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura e Economia Solidária, Raquel Rolim Cardoso.

O Torneio Leiteiro e o curso de derivados de leite foi realizado pela Prefeitura Municipal em parceria com a Empaer e Sindicato Rural e contou com a participação dos extensionistas de Juína, Colniza e de Castanheira.

Fonte: Emater - RS

Embrapa divulga edital para inserção no mercado da cultivar de maracujá silvestre BRS Sertão Forte

Produtores de mudas já podem se tornar parceiros da Embrapa na inserção no mercado da mais nova cultivar de maracujazeiro silvestre BRS Sertão Forte (BRS SF). Sementes da cultivar, que será lançada no início do próximo mês, estão sendo disponibilizadas aos interessados na produção e comercialização de mudas. As empresas e produtores selecionados pela Embrapa, além de receberem as sementes, também obterão a permissão para o uso da marca "Tecnologia Embrapa".

A Embrapa Produtos e Mercado (Brasília, DF) está oferecendo, também, aos interessados, sementes para a produção de mudas da cultivar BRS Pérola do Cerrado (BRS PC). O edital para a busca de parceiros comerciais está publicado na página da Embrapa Produtos e Mercado (embrapa.br/produtos-e-mercado), e os produtores interessados têm até o dia 30 de junho para encaminharem os documentos necessários para participarem do processo de oferta.

Estão sendo oferecidos 20 lotes de sementes da cultivar BRS Sertão Forte (BRS SF), sendo que cada um tem 150 gramas; e 36 lotes, também com 150 gramas cada um, de sementes da cultivar BRS Pérola do Cerrado (BRS PC). As empresas licenciadas firmarão contrato com a Embrapa com vigência de três anos.

Características das cultivares

A BRS Sertão Forte (BRS SF), fruto do melhoramento genético da Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) e Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), foi obtida por meio de seleção massal, que teve como objetivo o aumento de produtividade e do tamanho do fruto, de forma a ter melhor aceitação no mercado. A cultivar foi selecionada a partir de uma população de acessos silvestres de Passiflora cincinnata Mast. de diferentes origens, com indicadores de adaptação em locais de altitudes de 350 a 1100 m, plantio em qualquer época do ano (quando irrigada) e em diferentes tipos de solo. Essa espécie é encontrada nos biomas Caatinga e Cerrado, onde vem se tornando uma alternativa de cultivo para agricultura familiar das áreas de sequeiro.

Os frutos têm coloração verde com polpa amarela clara ou esbranquiçada. Seu peso varia de 109 a 212 gramas, com 8 a 13 ºBrix; rendimento de polpa de 35%, quando extraída manualmente com peneira e de 50% quando extraída em despolpadora rotativa.

Nas condições do Estado de Pernambuco e no Cerrado do Planalto Central tem produzido de 18 a 29 t/ha em polinização aberta e, dependendo das condições de manejo da cultura, pode atingir produtividades acima de 30 t/ha no primeiro ano de produção. É ótima alternativa para o mercado de frutas exóticas, podendo ser consumida in natura ou ser utilizada na indústria de sucos, sorvetes e doces.

A BRS Pérola do Cerrado (BRS PC), desenvolvida pela Embrapa Cerrados, é uma cultivar silvestre vigorosa, com elevada resistência às principais doenças e pragas do maracujazeiro, com possibilidade de cultivo em sistema orgânico. Ela produz de 10 a 25 ton/ha sem o uso de polinização manual, representando de 10 a 15 Kg de fruta por planta por ano, nas condições do Distrito Federal.

A cultivar foi obtida por policruzamento de plantas selecionadas em uma população de acessos silvestres de Passiflora setacea de diferentes origens, com indicadores de adaptação em locais de altitudes de 250 a 1100 m, plantio em qualquer época do ano (quando irrigado) e em diferentes tipos de solo.

Seus frutos, quando maduros, são de coloração da casca verde clara a amarela clara, com seis listras longitudinais verde escuras e polpa amarelo creme; peso médio de 50 a 120 gramas; polpa com qualidades físico-química e funcional, com 15 a 18 ºBrix e rendimento de suco de 35%.

Os lotes da cultivar BRS Sertão Forte (BRS SF) poderão ser retirados, após assinatura do contrato de licenciamento, no Escritório de Petrolina da Embrapa Produtos e Mercado, que fica na Rodovia BR 122, Km 50 – Trecho Petrolina-Izacolândia, CEP 56.320-700, Petrolina, PE. E os lotes da cultivar BRS Pérola do Cerrado (BRS PC) serão retirados no Escritório de Brasília da Embrapa Produtos e Mercado, localizado na Rodovia DF 001, Km 69 – Fazenda Sucupira, Riacho Fundo II, em Brasília, DF.

Para mais informações sobre a cultivar BRS Sertão Forte (BRS SF), entre em contato com o Escritório de Petrolina, por meio do telefone (87) 3866 3750, ou pelo e-mail spm.epnz@embrapa.br.

E para obter informações sobre o BRS Pérola do Cerrado (BRS PC), procure o Escritório de Brasília, no telefone (61) 3333-5161 ou pelo e-mail spm.ebsb@embrapa.br.

O edital de oferta das duas cultivares encontra-se na página: https://www.embrapa.br/documents/1355719/0/Edital+12_2016/962b0f44-7350-46b9-b847-6b081a04a941

Fonte: Embrapa

Evento durante a Semana dos Alimentos Orgânicos destaca avanços e desafios do setor no País

Para comemorar a Semana dos Alimentos Orgânicos, institucionalizada nacionalmente por iniciativa da coordenação de Agroecologia, do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (Coagre/Depros/SDC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), será realizado em 3 de junho, na UFSCar, seminário com o tema institucionalização dos sistemas orgânicos e da agroecologia no Brasil: avanços e desafios.

O evento é uma iniciativa da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), em parceria com a UFscar, pelo programa de pós-graduação em agroecologia e desenvolvimento rural (PPGADR). Coordenado por Lucimar Santiago de Abreu, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e por Janice Borges, professora da UFScar/PPGADR/Araras, é mais uma ação dentro das comemorações a Semana Nacional do Meio Ambiente.

Entre os países mais desenvolvidos em agricultura orgânica, o Brasil encontra-se em posição privilegiada, com atualmente cerca de 750 mil hectares, contando com mais de 10 mil produtores e aproximadamente 13 mil unidades de produção.

No entanto, se for somada à área certificada extrativista, atinge 6,5 milhões de ha, vindo depois de Austrália, Argentina e Itália. Nos últimos anos, o país tem apresentado um desenvolvimento notável, com taxa de crescimento médio de 20-25% ao ano.

Os sistemas orgânicos tornaram- se uma das alternativas de renda segura e estável para os agricultores e empresas familiares; organizados em redes; profissionais; associações; cooperativas e agroindústrias familiares. A produção familiar é diversificada e responsável por 80% da produção orgânica certificada, destacando-se assim a importância social deste segmento, que se caracteriza por apresentar diferentes estilos de agricultura, o que contribui para a manutenção da diversidade da paisagem ecológica do país e a dinamização da economia local dos territórios rurais.

Segundo Lucimar, "o objetivo principal do evento é mostrar a importância da produção dos sistemas orgânicos e da agroecologia para a alimentação e para a saúde humana, destacando a sua relação intrínseca".

Visa também debater e atualizar a situação atual do desenvolvimento dos sistemas orgânicos no Brasil e no Estado de São Paulo. Para tanto, identificou-se os elementos dessa expansão, a diversidade da produção e do mercado, os elementos motivadores e os obstáculos, à luz do contexto atual e do processo recente de institucionalização.

Lucimar afirma que a partir da exposição dos palestrantes e a participação de estudantes, pesquisadores, professores e atores externos (agricultores e representantes de ONGs), os elementos cruciais preponderantes dos avanços e desafios serão identificados e apontados, proporcionando a construção da agenda de prospecção de demandas para a pesquisa. Os resultados deste seminário também devem subsidiar a formulação de políticas públicas no âmbito do desenvolvimento da produção e comercialização de alimentos orgânicos do País. Não é necessário fazer inscrição antecipada.

Programação
9h10 Abertura - Lucimar Santiago de Abreu, pesquisadora e representante da Embrapa Meio Ambiente na CPOrg/SP (Comissão da Produção Orgânica do Estado de São Paulo) e Janice Borges, professora e coordenadora do PPGADR/UFSCar.

9h30 - Balanço do processo de institucionalização dos sistemas orgânicos: avanços, desafios a partir da experiência do Estado de São Paulo - Marcelo Laurino, presidente da CPOrg e representante do Mapa.

10h - Sistemas orgânicos: desafios para a pesquisa agropecuária brasileira - Marcelo Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente.

10h30 - Bem-estar animal na produção de ovos orgânicos no Estado de São Paulo: percepção social e avaliação técnica nas granjas - Fabíola Fernandes Schwartz, consultora da SFS Boas Práticas Agropecuárias Ltda.

11h - Agroecologia como prática, ciência e movimento social - Fernando Silveira Franco, professor da PPGADR/UFSCar.

11h30 – Discussão.

12h30 – Encerramento.

Fonte: Embrapa

Dólar sobe quase 2% e se aproxima de R$3,60 por temores políticos com Jucá

"Ninguém quer pagar para ver se o governo vai lidar bem com isso. Na dúvida, você se protege", disse o superintendente de derivativos da corretora de um banco nacional.

Está previsto que a Comissão Mista do Orçamento (CMO) vote nesta segunda-feira a nova projeção de déficit primário deste ano, no primeiro desafio político no Congresso Nacional do governo interino de Michel Temer.

Na noite de sexta-feira passada, o governo anunciou que pedirá ao Congresso autorização para fechar 2016 com déficit primário recorde de 170,5 bilhões de reais. A proposta inclui o desbloqueio de 21,2 bilhões de reais em contingenciamentos anunciados na gestão da presidente Dilma Rousseff.

Embora o número fosse em certa medida esperado pelo mercado, operadores se decepcionaram com a falta de anúncio de medidas concretas para reduzir o rombo.

"O novo governo Temer precisa alcançar um equilíbrio delicado, anunciando novas medidas e ao mesmo tempo assegurando apoio no Congresso", escreveram analistas do banco JPMorgan em nota a clientes. "O governo precisa demonstrar progresso constante ou corre o risco de frustrar as expectativas".

Apesar do quadro de incertezas políticas, estrategistas da corretora Nomura Securities acreditam que a economia brasileira tende a caminhar para a recuperação no médio prazo, recomendando a investidores que apliquem no país para aproveitar essa tendência.

Especificamente, a Nomura sugeriu que investidores tomem emprestado em euro e apliquem em contratos a termo de real.

O Banco Central não realizou nesta sessão qualquer intervenção cambial, mantendo-se ausente do mercado pela terceira sessão seguida.

Fonte: Reuters

Super tomate "Ravena" chega ao mercado e garante alto desempenho, faça chuva ou faça sol

Pesquisadores da Sakata, empresa de sementes localizada em Bragança Paulista, desenvolveram nova variedade de tomate italiano, melhor adaptada às condições brasileiras, com alta produtividade e qualidade para o consumidor

As chuvas, assim como os grandes períodos de seca, estão entre as maiores preocupações na produção de tomate, já que impactam diretamente na produtividade e qualidade dos frutos, comprometendo os lucros do produtor, além do preço e qualidade na mesa dos brasileiros.

Depois da batata, o tomate é a hortaliça campeã de consumo no Brasil. De acordo com dados da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação, o consumo per capita do tomate no Brasil está em torno 18 kg/ano, o que representa um incremento de consumo acima de 35% nos últimos 10 anos. Se compararmos com países que são altamente consumidores de tomate como a Itália, que é próximo a 70 kg/ano, e a Turquia e Egito, cujo consumo per capita é em média 85 kg/ano, ainda há boas perspectivas para o crescimento. 

O crescente consumo do tomate está relacionado, entre outros fatores, à consolidação de redes de fast food, a presença da mulher no mercado de trabalho, a rapidez no preparo nas refeições, e mais recentemente, a busca por alimentos mais saudáveis, favorecendo tanto o crescimento do consumo do fruto fresco quanto processado. Além do que o tomate está entre os alimentos funcionais devido aos altos teores de vitaminas A e C, sua riqueza em licopeno e sua indicação na prevenção de doenças, como o câncer.

A presença do tomate na mesa do brasileiro se tornou tão importante que as altas nos preços viraram assunto nos jornais, principalmente em épocas de chuva, quando o “santo tomate de cada dia” fica escasso e mais caro nas feiras e supermercados. O interessante é que neste ano, mesmo com o período de chuvas em alguns estados no primeiro trimestre, especialmente na região Sudeste, a produção de tomates com novos híbridos da Sakata se manteve constante, motivo de comemoração para os pesquisadores com as novas variedades desenvolvidas no Brasil, caso do Ravena, recém-lançado pela empresa e que já alcança resultados surpreendentes.

Outro fator é que o tomate vem agregando valor in natura, com maior diversidade de grupos de cultivares que priorizam o sabor e a praticidade, caso do Ravena. Neste assunto, a Sakata é referência, reconhecida pelo pioneirismo em pesquisas e no desenvolvimento de cultivares adaptados às condições climáticas e as características de solo brasileiros. Como parte de seu projeto de melhoramento genético e foco em desenvolver variedades que se encaixem a cada região do Brasil, os pesquisadores têm se empenhado na Estação Experimental, também localizada em Bragança Paulista, em busca de tomates cada vez mais adaptados, resistentes e com maior produtividade.

Além do Ravena, estão entre as novas variedades de tomate no portfólio da Sakata, o Valerin, Santy, Carina (Star e Golden) e Pietra. Dentre tantos destaques, o Ravena se despontou rapidamente como mais uma estrela da casa, com um dos melhores resultados obtidos a campo em épocas de chuva e seca para um tomate muito apreciado pelo brasileiro, o tipo italiano. 

As variedades Valerin, Santy e Ravena foram lançadas no ano passado na Hortitec 2015, sendo as duas primeiras destaques no segmento Salada pela alta produtividade, qualidade de frutos com alto calibre e, principalmente, pelo seu pacote de resistência a Geminivírus e Vira-Cabeça, doenças que atingem a cultura do tomate, com alta pressão na maioria das regiões produtoras. Frutos com estas resistências geram menos perdas aos produtores e minimizam o uso de agrotóxicos, tornando-os mais seguros para os consumidores. Já no segmento italiano (Saladete), o Ravena ganhou relevância na fase de teste, apelidado de “super tomate” pela excelente produção e desempenho, e alto nível de resistência ao vira-cabeça.

Em julho de 2015, o Ravena foi introduzido comercialmente no interior de São Paulo, em especial nas regiões de Ribeirão Branco, Apiaí e Guapiara, no sudoeste paulista. Foram plantadas mais de um milhão de sementes nesta região, com resultados muito além do esperado para praticamente a totalidade dos produtores, que na pesquisa relataram estarem totalmente satisfeitos com a variedade, principalmente nos períodos de chuva. 

De acordo com o produtor Sérgio Vitor Barbosa, de Apiaí, que plantou 3 hectares do Ravena, a colheita está 35% acima da média, com mais de 300 caixas/mil pés de tomate. ”O desempenho deste tomate surpreende muito, com uma planta muito viçosa e sadia, que produz mais e prolonga a colheita depois do ponteiro, com este ganho de até 35% a mais de lucro extra”, explicou Barbosa.

Outro destaque para o produtor é que o Ravena é mais resistente a fungos e bactérias que outros italianos, bem propício às regiões úmidas como Apiaí. “Tem tudo que um tomate precisa. Espessura excelente, sabor equilibrado, que cairá na preferência do consumidor”, contextualizou. 

Assim como o produtor Sérgio, outros produtores da região perceberam no Ravena um grande valor para campo aberto, com potencial produtivo insuperável e características como calibre, vigor e produtividade. O padrão de fruto é outro destaque, pois gera essa percepção de valor pelo consumidor, com ótima coloração e ausência de manchas e rachaduras nos frutos, problemas típicos de épocas chuvosas.

Sem contar que reúne outras importantes características como firmeza, formato de fruto desejado pelo mercado, frutos grandes, alto pegamento da base ao ponteiro e alto nível de resistência a bacterioses.

Pela extensão do país, com características climáticas bem diferentes entre as regiões, a empresa busca sempre as melhores variedades e janelas de cultivo para cada região. Afinal, é necessário estar atento às diferenças regionais para tirar o melhor proveito destas características que influenciam na produção e resultam em melhores frutos.

O tomate Pietra, por exemplo, introduzido comercialmente em julho de 2015, vem se destacando como ótima opção para plantio no sul do país (Serra Gaúcha e Oeste de Santa Catarina, região de Caçador), especialmente na safra de verão. Mais um grande produto do tipo salada, junto com o Gislani, também lançado em 2015, que se destaca com alta resistência à Geminivírus, F3 e chuva, com bons resultados no RJ e ES. 

A variedade Pietra tem alto potencial de rendimento e garante maximização dos lucros para o produtor. Sua genética gera segurança em períodos chuvosos e resiste a manchas, rachaduras e bacterioses, além do alto nível de resistência ao Vira-Cabeça. Apresenta frutos firmes, com elevada durabilidade pós-colheita, padrão e calibres de frutos bastante procurados pelo mercado.

Ainda no segmento salada, destacam-se também o Valerin e Santy, este último com alto desempenho na estação seca, indicado principalmente para a região do Cerrado, Sudoeste e Nordeste do Brasil, com ótimos resultados também na região de Campinas (SP), Triângulo Mineiro e Belo Horizonte (MG), Serra da Ibiapaba (CE) e nos estados do Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Norte.

O Valerin já se tornou uma referência no tipo salada. Possui coloração vermelha intensa, maior produtividade de frutos grandes dentre os resistentes a vírus (Geminivírus e Vira-Cabeça) com 90% de colheita de classificação AA (grande). Pode ser plantado o ano inteiro pela alta resistência a manchas e rachaduras nos períodos de chuvas intensas. Em termos de qualidade, é imbatível, já que suas plantas vigorosas produzem frutos grandes e uniformes da base ao ponteiro, com coloração intensa e alta firmeza. Essa uniformidade é muito apreciada pelos consumidores, o que gera alta atratividade no ponto de venda e valor agregado na comercialização.

No segmento Santa Cruz, mais conhecido nos supermercados como tipo “Débora”, estão entre os lançamentos de 2016 os híbridos novos do tipo Carina, eleito em 2015 como o “Melhor tomate de mesa do Brasil” por suas características físicas, químicas e sensoriais.

O concurso analisou frutos produzidos em todo o país durante o 6º Seminário Nacional de Tomate de Mesa promovido pela Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM). Com o objetivo de identificar os melhores produtos e incentivar a constante a melhoria da qualidade desta hortaliça no Brasil, o concurso destacou o Carina como o mais saboroso tomate brasileiro. O Carina Star e Carina Golden trazem essa qualidade consagrada do Carina TY, somando ainda mais segurança em períodos chuvosos, com alto pegamento de frutos firmes, elevado pós-colheita, coloração vermelha intensa e ótimos formato e padronização. Outra característica é que o Carina Golden possui também alta resistência ao Geminivírus e o Star, maior resistência ao Vira-Cabeça e Fusarium 3.

De acordo com Gustavo Veiga, Gestor de Produto da Sakata e especialista em tomates, as características diferenciadas são percebidas não apenas pelo produtor, mas também pelo consumidor. “Os novos híbridos da Sakata possuem uma qualidade de frutos diferenciada. Chamam a atenção por conta da uniformidade e do tamanho do fruto, além da coloração vermelha intensa interna e externa, excelente firmeza e preenchimento de polpa, características decisórias no momento da compra e que geram maior satisfação quanto à qualidade, textura e ao sabor aos consumidores mais exigentes, sendo diferenciados no momento da comercialização”, explica. 

Juntos os lançamentos já citados, totalizam 7 novos híbridos competitivos disponíveis no mercado e ainda para este ano, a empresa já se prepara para o lançamento comercial de mais dois tomates: Mariaty e Grazianni, no segmento Saladete. Com portfólio completo – que incluem os segmentos Grape, Salada, Saladete e Santa Cruz – a Sakata espera cada vez mais superar as expectativas de produtores e consumidores, com sua genética adaptada e produtos de altíssima qualidade, que garantirão qualidade o ano todo no cardápio dos brasileiros. 

Biomassa da banana pode ser usada para gerar energia

Um grupo de pesquisadores da Universidade Politécnica de Madrid determinaram os potenciais usos da biomassa residual da banana e encontraram na bioenergia um importante foco de utilização. No estudo, eles utilizaram sistemas de informação geográfica para avaliar o potencial de utilização da biomassa residual da banana produzida na província de El Oro, no Equador como fonte de bioenergia. Os resultados mostraram que a utilização destes resíduos pode atender a 55% do consumo eléctrico da região e a 10% da demanda de bioetanol a nível nacional.

Uma das mais importantes culturas do mundo, a produção de banana foi de 106 milhões de toneladas em 2013, sendo que a Ásia responde por 57% da produção mundial e a América com 26%. A planta da banana produz um conjunto de flores muito grande que depois morre. Para derrubá-la, é preciso cortar toda a planta. Desta forma, o caule e folhas transformam-se em biomassa lignocelulósica que fornece matéria orgânica e mantém a umidade do solo, no entanto é um risco para a transmissão de doenças e produz gases de efeito estufa à medida que se decompõem.

Além de biomassa, há um outro resíduo que é o fruto rejeitado que não conseguiu cumprir as normas de qualidade para a sua comercialização. A taxa de rejeição pode variar entre 8 e 20%. Este resíduo é utilizado para a alimentação animal, mas a maioria dos produtores preferem deixar esses resíduos para se decompor ao ar livre por razões econômicas.

Considerando todos esses dados, os pesquisadores avaliaram o estudo de caso do Equador, que é o maior exportador de bananas do mundo, responsável por 29% das exportações em todo o mundo. Com cerca de 224 mil hectares cultivados , quase 60 mil estão concentrados no noroeste da província de El Oro.

Resultados

Os pesquisadores estimaram que o transporte de biomassa é viável até uma distância máxima de 20 km, e, consequentemente, também estimou a área explorável e também determinaram a quantidade de biomassa que pode ser utilizada para fins energéticos, o que sugere que 36% dos resíduos são utilizados para a agricultura. Finalmente, propuseram dois locais para centrais de biomassa lignocelulósica e para a produção de bioetanol a partir de bananas rejeitadas.

Os resultados mostraram que a área explorável seria de 38,6 mil hectares que produziriam 190,1 mil toneladas de banana descartada (matéria fresca) por ano e 198,6 mil hectares de biomassa lignocelulósica (matéria seca). Como resultado, podem ser produzidos 19 milhões de litros de bioetanol e a potência instalada das duas usinas de energia pode chegar a 18 megawatts.

De acordo com os pesquisadores, “se aplicarmos os nossos resultados, a demanda de eletricidade na província de El Oro cobriria 55% do total e 10% da demanda de bioetanol no Equador. Além disso, a aplicação destes resultados pode levar a diversificar a matriz energética do país, criar empregos e impulsionar a economia local e desenvolvimento rural, que são a base da bioenergia e bioeconomia”.