segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Mercado estima mais inflação e queda maior do PIB em 2015 e 2016

As previsões para a inflação e para o nível de atividade da economia brasileira voltaram a piorar para 2015 e também para 2016. Os dados estão no relatório de mercado, conhecido como focus, que é fruto de pesquisa do Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, e que foi divulgado nesta segunda-feira (28).

Para o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, os analistas passaram a estimar, na semana passada, uma retração de 2,8%. Foi a décima primeira queda seguida deste indicador. Até então, a expectativa do mercado era de um recuo de 2,7% para o PIB de 2015. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.

Para 2016, os economistas das instituições financeiras passaram a prever uma contração de 1% na economia do país – na oitava revisão para baixo seguida. Na semana anterior, os analistas haviam estimado uma retração de 0,8% para a economia no próximo ano. Para se ter uma ideia, no início de 2015, a previsão dos economistas era de uma expansão de 1,8% para a economia brasileira no ano que vem.

Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou retração 1,9% no segundo trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores, e o país entrou na chamada "recessão técnica", que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7% (dado revisado).

Inflação
A estimativa dos economistas dos bancos é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano de 2015 em 9,46% – na semana anterior, a taxa esperada era de 9,34%. Mesmo com a queda na previsão, se confirmada, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando somou 12,53%. O BC informou na semana passada que estima um IPCA de 9,5% para este ano.

Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação de 5,70% para 5,87% na última semana. Foi a oitava alta seguida do indicador – que continua se distanciando da meta central de 4,5% fixada para o ano que vem.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.

Taxa de juros
Após o Banco Central ter mantido os juros estáveis em 14,25% ao ano no começo de setembro, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos de juros em 2015. Para o fim de 2016, a estimativa subiu de 12,25% para 12,50% ao ano - o que pressupõe reduções da taxa Selic ao longo do ano que vem.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.

Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 avançou de R$ 3,86 para R$ 3,95 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio permaneceu em R$ 4.

A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 subiu de US$ 10 bilhões para US$ 11 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit avançou de US$ 21,3 bilhões para US$ 23,5 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 65 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte recuou de US$ 63 bilhões para US$ 62,3 bilhões.

Fonte: G1

Preços de frutas e hortaliças apresentam tendência de queda


Após registrarem alta no mês de julho, os preços das principais hortaliças comercializadas no país no atacado apresentam tendência de queda. É o que aponta o 6º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), divulgado nesta quinta-feira (24) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A estabilidade da oferta e a qualidade da alface ofertada impulsionam a diminuição dos preços comercializados no mercado atacadista. Os entrepostos de Belo Horizonte, Goiânia e Rio de Janeiro, no entanto, registraram comportamento diferente dos demais no mês de agosto. Nesses locais a hortaliça registrou alta nos valores devido a problemas pontuais de abastecimento.

Outra hortaliça que oferece boa oferta e qualidade é a cenoura. O produto apresenta queda em todos os entrepostos pesquisados, impulsionada pela produção de inverno principalmente de Minas Gerais. O comportamento de queda também pode ser verificado para a cebola, embora os preços continuem mais altos do que no mesmo período em 2014. Isso se deve a uma menor oferta da safra nacional uma vez que, com os baixos preços registrados no ano passado, os produtores se sentiram desestimulados e reduziram a área plantada.

A batata e o tomate também registraram queda nos preços de agosto. Enquanto a batata apresenta tendência de alta para setembro, o tomate mostra quadro indefinido. A crise hídrica tem afetado os custos de produção e a área de plantio, o que pode pressionar os preços.

Assim como as hortaliças, as frutas também apresentam, em sua maioria, queda nos preços. Diferenciam desta tendência a banana e a melancia. A banana não registrou comportamento uniforme, com baixas registradas nos entrepostos de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Vitório e alta em São Paulo, Goiânia, Brasília e Curitiba. Para setembro, a variedade nanica deverá apresentar boa oferta, no entanto a prata tende a ter problema de qualidade do produto, uma vez que a produção foi afetada pelas condições climáticas.

Já a melancia, mesmo com a alta apresentada, registra valores comercializados menores do que em 2014. A fruta tende a registrar arrefecimento nos preços nos próximos meses, a partir da intensificação da colheita. Maçã, laranja e mamão tiveram comportamento de queda. Destaque para laranja que nos próximos meses deve apresentar aumento na oferta, mas os preços devem ser pressionados pela maior procurar do setor industrial.

O levantamento de preços nos mercados atacadistas é feito por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos localizados no Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.

A íntegra do boletim pode ser acessada no site da Conab ou em www.ceasa.gov.br.

Fonte: Ascom/Conab

Acerolas produzidas no Piauí são objeto de pesquisa na universidade


Nos últimos anos, um modelo de desenvolvimento assentado no tripé Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) tem conquistado espaço no Estado do Piauí.

Os reflexos dessa nova conjuntura são caracterizados, dentre outros pontos, por um maior investimento na qualificação de recursos humanos e em projetos de pesquisa.

O governo estadual, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), tem realizado importantes parcerias com o governo federal, através de ministérios e agências nacionais de fomento à pesquisa, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Uma delas foi a implantação, em 2003, do Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores, também conhecido como Programa Primeiros Projetos (PPP).

De acordo com Eliana Abreu, gerente técnico-científica da Fapepi, para o PPP, considera-se como jovem pesquisador aquele que tenha concluído o curso de doutorado nos últimos cinco anos, a partir do lançamento do edital. “Um dos objetivos do Programa é fixar o jovem pesquisador no Estado e fortalecer o grupo de pesquisa no qual ele está inserido”, fala.

Além disso, o Programa visa apoiar a aquisição, instalação, modernização, ampliação ou recuperação da infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica nas instituições de ensino superior (ou de pesquisa) do Estado.

Em 2004 foi lançado o primeiro edital do Programa. De lá para cá, a Fapepi financiou 161 projetos de pesquisa em várias áreas do conhecimento.

“Desse total, o edital nº 004/2011 aprovou 41 projetos executados na maioria das instituições de ensino e pesquisa do Estado. Na época da concorrência nós tivemos uma média de 100 projetos submetidos e 41 foram selecionados para contratação”, conta Eliana Abreu.

Dentre esses projetos, está o “Pós-colheita de frutos de aceroleiras orgânicas produzidas nos Tabuleiros Litorâneos do Piauí”, coordenado pelo professor-doutor em Fitotecnia, Adriano da Silva Almeida, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), campus de Parnaíba.

“O estudo foi desenvolvido no Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos do Piauí (DITALPI), localizado em Parnaíba, com o apoio dos fruticultores de acerola, que gentilmente abriram as portas das propriedades para a realização dos trabalhos.

Foram realizados estudos com frutos dos dois clones mais plantados no DITALPI, os clones AC 69 e I 13/2, avaliados nas épocas seca e chuvosa”, explica Adriano Almeida.

De acordo com o pesquisador, o trabalho surgiu da necessidade de buscar dados de qualidade referentes à produção da acerola orgânica, focando principalmente no teor de vitamina C dos frutos, já que a principal fonte de renda dos agricultores do DITALPI é a venda da acerola verde a uma multinacional localizada no Estado do Ceará, que realiza a extração dessa vitamina.

“Para os teores de vitamina C, observou-se uma diminuição significativa dessa vitamina na época de colheita chuvosa para a época seca nos clones estudados [AC 69 e I 13/2].

Apesar de existir na época seca, elevadas temperaturas e radiações solares, fatores que influenciam positivamente os teores de vitamina C, foi detectado que os clones apresentaram queda distinta entre si”, comenta Adriano Almeida, coordenador da pesquisa.

O projeto “Pós-colheita de frutos de aceroleiras orgânicas produzidas nos Tabuleiros Litorâneos do Piauí” constatou que a redução do teor de vitamina C foi mais acentuada para o clone AC 69, com percentual de perda de 60,7% na época seca, ao passo que o clone I13/2 apresentou perda de 47,6% para a mesma época.

Segundo Adriano Almeida, as diferenças estatísticas observadas no teor de vitamina C entre as épocas chuvosa e seca podem ser explicadas por fatores diversos, como práticas de manejo, irrigação, adubação, entre outras práticas que são adotadas ao longo das safras de aceroleiras no pomar onde foram coletados os frutos analisados.

“Há que se considerar, ainda, que pode ocorrer um esgotamento excessivo das plantas na época seca em razão do número elevado de safras proporcionadas no decorrer do ano pelas temperaturas consideradas ideais e uso de irrigação”, ressalta.

A acerola é a campeã no ranking da vitamina C

A acerola é a campeã no ranking da vitamina C, ganhando até mesmo da laranja, que ficou conhecida popularmente como uma das melhores fontes dessa vitamina, graças à indústria farmacêutica.

De acordo com a nutricionista Ágatha Crystian Silva de Carvalho, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição (PPGAN) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), além de ter o maior teor de vitamina C, a acerola também é rica em fibras.

"O fruto tem os componentes da pigmentação, que são os carotenoides, que dão a ela aquela coloraçãozinha vermelha da casca e amarelinha da polpa.

Os carotenoides também têm uma ação antioxidante, protegem o organismo contra doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, diabetes e hipertensão", acrescenta. A nutricionista ressalta, ainda, que para obter todos esses benefícios é necessário que haja um consumo frequente do fruto.

Por ser regional, a acerola é encontrada com facilidade nas feiras, supermercados e nos quintais das casas de muitos piauienses. Ela pode ser consumida de inúmeras formas, mas segundo Ágatha Crystian, a melhor delas é o próprio fruto.

"Ao consumir o fruto você está tendo acesso aos nutrientes de uma forma bem melhor do que no suco, porque a gente acaba colocando um pouquinho de açúcar.

Como a acerola é um fruto ácido, a gente precisa adoçar. Isso torna a bebida um pouquinho mais calórica do que consumir a fruta, mas que também é uma opção muito boa", enfatiza.

Potencialidades poderão ser ampliadas

As potencialidades dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí e as atividades dos produtores locais poderão ser ampliadas a partir da aplicabilidade dos resultados do estudo coordenado pelo pesquisador Adriano Almeida, tanto no que se refere às recomendações de clones mais adequados, quanto às regiões de plantios.

"Sabemos que há influência sazonal nos teores de vitamina C e que os fatores climáticos, manejo da cultura, irrigação e disponibilidade de nutrientes podem influenciar positiva ou negativamente a qualidade dos frutos", frisa o pesquisador.

O financiamento do projeto realizado pela Fapepi oportunizou ao grupo de pesquisa produzir seis monografias de graduação, apresentações de trabalhos em Simpósio e Congresso. Além disso, estão sendo elaborados artigos científicos para revistas especializadas.

"Para a Uespi foi ótimo, por ter gerado monografias e ter despertado o interesse de alunos pela área de fruticultura e pós-colheita de frutos, além de equipar o laboratório com vidrarias, equipamentos e reagentes para se trabalhar com outras frutas de interesse regional", conta Adriano Almeida.

Fonte: Jornal Meio Norte

Pitaya é alternativa para agricultura familiar no Sul de Santa Catarina


Foto: SATC
Alternativa na agricultura familiar, a pitaya é nativa das Américas e tem sido cultivada no Vietnã há mais de 100 anos. A fruta vem ganhando popularidade no Sul de Santa Catarina. Os primeiros testes ocorreram no início da década. Atualmente, a cooperativa Coopervalesul, através do grupo Pitayasul, com 21 associados, abastecem parte do mercado regional.

Também conhecida como fruta-do-dragão, a pitaya faz parte da família botânica Cactaceae, que engloba todos os cactos. Segundo Éliton Pires, coordenador geral de extensão do Instituto Federal Catarinense (IFC), campus Santa Rosa do Sul, e também responsável pelo acompanhamento e desenvolvimento do associativismo e cooperativismo entre os produtores, a fruta é uma grande possibilidade de renda para os agricultores da região.

“Estamos começando devagar. Ano passado produzimos 12 toneladas e distribuímos pela cooperativa, tendo em vista que cada agricultor tem uma pequena parcela, ou seja, precisa se unir com outros para conquistar e realizar grandes vendas”, afirmou Éliton.

A expectativa para a safra 2015-2016 é de aproximadamente 70 toneladas, podendo chegar até 100, dependendo das condições climáticas e do manejo na cultura. O valor bruto esperado é de R$ 400 mil entre os produtores da região.

“Como tivemos um inverno muito quente, o florescimento pode acontecer antes. Esses números são para afirmar a pitaya como uma grande opção para as famílias de produtores”, disse o doutor em agronomia, na área de solos e nutrição de plantas do IFC campus Santa Rosa do Sul, Airton Bortoluzzi.

Produtores buscam alternativas

Idarlei Salute Damiani, agricultora de Jacinto Machado, conheceu a pitaya em 2012, quando comprou algumas mudas da planta exótica. Atualmente conta com 5000m² plantados e pretende aumentar a área dedicada para a fruta.

“Eu comecei a cultivar sem conhecer nada, depois, quando vi outros agricultores e o trabalho do IFC campus Santa Rosa do Sul e da cooperativa, consegui aumentar a produtividade”, disse Idarlei.

Toda a produção está concentrada na agricultura familiar, com pequenas áreas e comercialização via cooperativa.

“É um prazer produzir pitaya, pois é uma renda extra e ainda uma fruta com diversos benefícios para saúde. Tem tudo para emplacar no mercado”, acrescentou Idarlei.

Conhecendo a pitaya

A fruta é rica em oligossacarídeos, que auxiliam no bom funcionamento do intestino e melhoram a digestão e a absorção de nutrientes. Segundo estudo da Universidade de Reading, do Reino Unido, as variedades de polpa branca e roxa são fontes de prebióticos, que podem ser usados como ingredientes em alimentos funcionais.

Existem quatro espécies de pitaya cultivadas no Brasil, tendo como maior diferença entre elas a cor da casca, cor da polpa e sabor. As propriedades nutricionais também diferem.

“Uma das características mais importantes da pitaya é ela ser rústica, ou seja, é bem resistente, além de praticamente não ter doenças na região. Sendo uma fruta perene, assim como a uva, ela é plantada uma vez e posteriormente produz anualmente”, disse Éliton.

Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a demanda passou de 155 para 313 toneladas entre 2009 e 2013.

Fonte: Portal Satc

Pesquisa quer usar óleos de plantas nativas de Roraima no controle de fungos

Estudos utilizam óleos extraídos de plantas do lavrado de Roraima. Pesquisa está na primeira fase e deve reduzir o uso de agrotóxico.



Foto: Valéria Oliveira/ G1
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Roraima (UFRR) por professores e alunos dos cursos de Agronomia e Química quer usar óleos essenciais, extraídos de plantas nativas das regiões de lavrado, no controle de fungos causadores de doenças em frutas e hortaliças. A ideia é diminuir o uso de agrotóxico nas plantações e garantir qualidade de vida aos consumidores.

Os teste do uso dos óleos extraídos são feitos no laboratório de fitopalogia da UFRR. Conforme um dos coordenadores da pesquisa, professor Jefferson Fernandes, a pesquisa terá três fases: a de testes em laboratório, nas estufas de plantação e experimentos nas produções agrícolas.

"Os pesquisadores da química extraem os óleos essenciais das plantas nativas da região e nós testamemos em laboratório para verificar se esses óleos possuem alguma ação de inibição desses fungos. Nós cultivamos e multiplicamos esses fungos. Em laboratório, o óleo passa por várias diluições e a partir daí são feitos os testes. Se o óleo tiver alguma inibição de crescimento, ele não vai aumentar", explicou o professor.

Segundo ele, os primeiros resultados da pesquisa apontaram que um dos óleos estudados, o extraído do cipó mil homens, controlou o crescimento do fungo chamado antracnose, que deteriora folhas e frutos de mamão, banana e pupunha.

"Se conseguirmos o resultado no uso desses óleos, ao invés do produtor usar o agrotóxico, ele vai usar o óleo que é biologicamente natural. O que queremos é desenvolver uma tecnologia biologicamente limpa, por se tratar de um resíduo natural, para diminuir o resíduo que consumimos em hortaliças, por exemplo", disse o pesquisador.

O pesquisador destacou ainda que ideia não é susbstituir por completo o uso de agrotóxico nos cultivos mas, pelo menos, reduzir a quantidade utilizada nas plantações.

Os testes no combate aos fungos serão aplicados nas frutas como pupunha, mamão, manga, banana, açaí e bacaba. O projeto inclui o uso do fungicida natural durante e após a colheita. A segunda fase da pesquisa deve se iniciar em fevereiro de 2016.

Extração dos óleos
A extração dos óleos das plantas nativas é feita no laboratório de produtos naturais do curso de mestrado em química da UFRR. Conforme o professor Francisco do Nascimento, todas as substâncias qe contiutem os óleos são estudadas.

"Pegamos a parte da planta a ser estudada, seja ela caule, folha, flor ou raiz, levamos para o laboratório, fazemos a extração e depois a identificação do óleo. Após isto, são feitos os teste biológicos", explicou.

Fonte: G1 RR