sexta-feira, 17 de abril de 2015

Hortifruti é o segmento que mais emprega por hectare no estado de SP

O agronegócio é uma das atividades econômicas mais representativas em todo o país. Segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, o setor é responsável por quase um quarto do PIB brasileiro. Os números continuam expressivos quando migramos para o estado de São Paulo que, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), representa 14% do PIB Estadual e 20% do PIB do agronegócio do Brasil.

O plantio de hortaliças é um dos braços do agronegócio paulista. O estado de São Paulo abriga umas das principais regiões produtoras e fornecedoras desses alimentos para outras cidades, dentro e fora do estado, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, entre outros. O plantio e distribuição de hortifrútis oriundos do estado de São Paulo oferece produtos de qualidade e preços competitivos. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em março do ano passado, a agricultura gerou mais 1.350 novos postos de trabalho no estado. Os produtores de hortaliças é o ramo de atividade que mais emprega por hectare no estado de São Paulo, enquanto geram empregos de três a seis pessoas por ha, na cana-de-açúcar é de 0,5 a 1,0 por ha. Na Associação dos Produtores e Distribuidores de Hortifrútis do Estado de São Paulo (Aphortesp) geramos mais de dois mil empregos diretos e quatro mil indiretos.

Atualmente, mais de 10 milhões de folhosas são produzidas mensalmente pelos associados da Aphortesp, sendo que 40% somente alface entre crespa, lisa e americana. A produção anual de alface no Estado de São Paulo também surpreende. De acordo com o Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em 2010 foram produzidos quase seis milhões de pés de alface e em 2013 chegou a mais de 14 milhões, com aumento crescente a cada ano.

Mesmo representando grande parcela na economia paulista o segmento sofre muitas dificuldades, desde climáticas até econômicas, como a ausência de incentivos para investimento em tecnologia no campo. Desde o final do segundo semestre de 2014, principalmente na questão da crise hídrica, a Associação vem se posicionando quanto aos entraves do setor, mas estamos otimistas – no que tange aos números do setor para os próximos meses. Estamos preparados para o período de alta venda de hortaliças, que é no verão. No mês de novembro de 2014, por exemplo, foram vendidos mais de 143 mil unidades de hortaliças por um dos associados. Temos a expectativa que em 2015 aumente o consumo, tanto no verão como no inverno. A associação não medirá esforços para disseminar a importância desse segmento para o governo para atingirmos a nossa meta, e principalmente queremos disseminar boas práticas agrícolas nas lavouras garantindo que o produto chegue com qualidade para os consumidores.

Fonte: Grupo Cultivar

Estado do Rio de Janeiro incentiva a produção de frutas e flores

Foto: Divulgação
O programa Frutificar visa a correção das desigualdades regionais, o aumento da produção e produtividade de frutas no Estado do Rio de Janeiro, permitindo o acesso a novas variedades e o aporte de modernas tecnologias, através de linha de crédito específica para financiamento de projetos de fruticultura irrigada.

Criado no ano de 2000, o Frutificar foi responsável pela incorporação de 5 mil hectares de lavouras de frutas irrigadas no Estado e pela geração de cerca de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Atualmente o Programa financia a implantação das seguintes culturas: Abacaxi, Banana, Cacau, Caju, Citros (Laranja, Limão e Tangerina), Coco Verde, Goiaba, Manga, Maracujá, Morango, Pêssego e Uva

A floricultura fluminense, responsável por movimentar, em 2014, no Rio de Janeiro cerca de R$ 634 milhões com a produção de flores e folhagens de corte e plantas para paisagismo e jardinagem, também foi incluída na lista de setores que receberam apoio do Governo do Estado. Implementado em 2005, o  programa Florescer oferece linhas de crédito com financiamentos entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.

Até agora, foram destinados R$ 1,6 milhão de recursos estaduais para financiar 42 projetos de floricultores fluminenses. Ao todo, 683 produtores já foram beneficiados pelo programa, incluindo os que receberam capacitação técnica.

Agroindústrias fluminenses

Responsável pela legalização de mais de 200 agroindústrias e concessão de crédito para 128 empreendimentos nos últimos oito anos, o programa  Prosperar financia a ampliação e adequação sanitária das pequenas agroindústrias familiares, além da capacitação de técnicos e produtores.

Empreendimentos nos setores de laticínios, mel e derivados, doces, café, cachaça e água de coco são os mais favorecidos com os recursos do projeto, que já investiu R$ 6,2 milhões.

Fonte: Jornal Campo 24 horas / Governo do Estado do Rio de Janeiro

Produtores de Matão esperam 17% de aumento na exportação de goiaba

Foto: Felipe Lazzaroto/EPTV
Produtores de goiaba de Matão (SP) e região estão otimistas, mesmo após uma safra prejudicada por conta da estiagem em 2014. Além deles, a indústria de doces também prevê um aumento de 17% e um crescimento nas exportações. A situação é devida às chuvas no primeiro trimestre de 2015, que foram duas vezes maiores do que no ano passado, e deixaram as frutas bonitas e graúdas. A região é uma das mais importantes produtores do estado e possui 100 hectares divididos em 35 propriedades.

Durante quase um ano, o calor forte e a seca influenciaram a produtividade. Sem chuva, vieram as pragas. “Estava aparecendo muito psilídeo. Enrolava a folha e a praga ficava no meio. Mesmo com veneno, não conseguíamos controlar”, disse o produtor rural José Jodenir Pinotti.

As doença prejudicaram a goiaba, que é um fruto muito sensível. O sol forte também machucou a fruta e a falta de água influenciou o tamanho, deixando as goiabas pequenas. No entanto, a situação melhorou nos últimos meses. Em um sítio de São Lourenço do Turvo, em Matão, 14 mil pés devem produzir 400 quilos cada um. Antes, para encher uma caixa de 20 quilos eram necessárias 200 frutas. Agora, apenas 70.

No entanto, ainda não é possível falar em aumento no lucro da lavoura, mas apenas em recuperação após um 2014 fraco. “Tem que continuar chovendo, aí da para falar em lucro. Por enquanto é só recuperação”, disse Pinotti.

Muitos sítios e fazendas da região contam com sistema de irrigação para garantir a colheita mesmo em caso de estiagem prolongada. Boa parte vai para uma indústria da qual Antônio Tadiotti é diretor. Em 2014, por conta da pouca qualidade das frutas, a rentabilidade caiu e a situação só não piorou porque a empresa conta com estoques. Já em 2015, os funcionários chegaram a processar 900 toneladas em um único dia por causa da grande oferta. “Tivemos uma rentabilidade agrícola muito melhor, uma safra muito melhor e uma rentabilidade industrial também melhor”, falou.

A indústria representa metade da produção de São Paulo e a exportação é outro ponto forte. As vendas são feitas para 56 países e a expectativa para 2015 é boa, já que além da grande quantidade de goiaba, o preço do açúcar vai ajudar em um crescimento previsto em 17%. “O preço do açúcar, que é preponderante na formação do custo do preço da goiabada, está estável. Ou melhor, abaixou bastante no mercado internacional devido ao aumento do dólar”, comentou Tadiotti.

Fonte: G1

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Vice-presidente de Agronegócios do BB prevê aumento de juros no crédito rural

Em audiência pública nesta quinta-feira (16) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, disse considerar inevitável a elevação dos juros no financiamento da próxima safra. O motivo, explicou, é a elevação da Selic e a redução de depósitos à vista e na caderneta de poupança, principais fontes dos recursos do crédito rural.

No debate, os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO), Waldemir Moka (PMDB-MS), Lasier Martins (PDT-RS), Donizete Nogueira (PT-TO), José Medeiros (PPS-MT) e a presidente da CRA, Ana Amélia (PP-RS), manifestaram preocupação com os impactos do ajuste fiscal no campo, em especial como o corte de recursos e a elevação de juros para financiar as atividades rurais.

Ao relatar dificuldades para custear o crédito, Osmar Dias explicou que sete de cada dez reais emprestados pelo Banco do Brasil aos agricultores são provenientes de depósitos à vista e depósitos em poupança. Para 2014, relatou, o Banco do Brasil estimou em R$ 165 bilhões os depósitos em poupança, mas fechou o ano com R$ 148 bilhões.

— Ali já havia um problema de fuga para outras aplicações ou o cidadão estava retirando o dinheiro da poupança para consumo, ou os dois juntos. Tivemos esse desbaste na poupança, e também no depósito a vista, o que acaba impactando o crédito rural — explicou.

Conforme informou, o banco tem buscado outras fontes, fazendo o que ele chamou de mix de recursos, estratégia que garante o volume para atender a demanda, mas com juros acima dos praticados na safra 2014/2015.

— Tem alguma possibilidade da taxa de juros continuar sendo a mesma praticada hoje? Acho difícil. Até onde ela vai? A resposta não é minha, mas acredito que o produtor [empresarial] ficaria satisfeito se ela não ultrapassasse 8,5% [ao ano] e que o volume de recursos fosse igual ao do ano passado, corrigido apenas pela inflação — disse, ao frisar que a definição dos juros do crédito rural é responsabilidade da equipe econômica do governo federal.

Para a safra em curso, que termina em junho, foram anunciados R$ 156,1 bilhões para financiar a agricultura empresarial, a juros de 6,5%, e R$ 24 bilhões para a agricultura familiar, a juros que variam de 0,5% a 3,5% ao ano. A expectativa no campo, conforme relatos dos senadores, é que não haja retrocesso no crédito rural.

Pronaf

Além do financiamento da próxima safra, Osmar Dias também relatou aos senadores da CRA as providências do Banco do Brasil para apurar denúncias de fraude no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em agências em Santa Cruz do Sul (RS).

Conforme relatou, são investigados cerca de seis mil contratos intermediados pela Associação Santa-Cruzense dos Agricultores Camponeses (Aspac) junto a agricultores familiares da região, que somam R$ 88,8 milhões, de 2006 a 2013.

Após auditoria, disse, o banco já afastou oito funcionários, mas ainda investiga possível envolvimento de 50 servidores. Ao anunciar a conclusão da investigação no fim de maio, o vice-presidente disse tratar-se de um problema pontual.

— Nós atendemos um milhão e duzentos mil pronafianos no país e estamos falando aqui de uma região pequena, com 6.335 mutuários. O banco é maior interessado em que esse assunto seja esclarecido, pois quem está sendo prejudicado é o Banco do Brasil e um programa que não conheço outro no mundo de tamanha importância para a agricultura familiar — disse.

Conforme afirmou, o apoio do banco à agricultura familiar se justifica por ser um setor que responde por 75% do pessoal ocupado no campo e produz 70% do feijão, 58% do leite, 46% do milho e 34% do arroz que abastece a mesa dos brasileiros.

Osmar Dias disse estar trabalhando com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em regras para aumentar a segurança na emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), uma espécie de credencial para que um agricultor possa ter direito a acessar o crédito.

Para evitar novas fraudes ou uso político do programa, Ana Amélia sugeriu que o crédito seja depositado diretamente na conta do agricultor familiar, sem a intermediação de associações ou outras entidades.

Quanto a nova denúncia veiculada na mídia nesta quinta-feira, de desvios de recursos do Pronaf em Campo Novo, em Rondônia, o senador Valdir Raupp (RO) informou que o governo do estado já se adiantou e afastou 30 servidores da Empresa de Extensão Rural (Emater) do estado, suspeitos de participação no esquema.
Genéricos de uso veterinário

No debate, os senadores Benedito de Lira (PP-AL) e Wellington Fagundes (PR-MT) pediram maior agilidade do governo para a regulamentação da Lei 12.689/2012, que trata do registro de produtos genéricos de uso veterinário. Apesar de sancionada, a lei ainda aguarda regulamentação pelo Ministério de Agricultura.

Fonte: Agência Senado
Senado Federal

Conab divulga índice de preços das frutas e hortaliças

O boletim publicado nesta quinta-feira (16) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualiza os preços médios das principais frutas e hortaliças comercializadas nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). O levantamento é feito nos mercados atacadistas por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e será divulgado mensalmente pela Companhia.

De acordo com o estudo, dentre as principais frutas analisadas (banana, laranja, maçã, mamão e melancia), o principal aumento foi verificado no mamão, com elevação do preço médio, no período de fevereiro a março de 2015, entre 12,07% (Ceasa/PR) e 34,43% (Ceagesp/SP), em todos os entrepostos pesquisados. Em relação à melancia, verificou-se redução de preços entre 8,76% (Ceasa/MG) e 23,81% (Ceasa/RJ), exceto no mercado atacadista do estado do Paraná. A laranja também apresentou redução de preços em quase todos os entrepostos, exceto na unidade de Vitória da Ceasa/ES. A banana e a maçã não apresentaram comportamento uniforme nos mercados.

Hortaliças – As cinco principais hortaliças avaliadas foram alface, batata, cebola, cenoura e tomate. Dentre elas, a alface apresentou elevação de preços nos entrepostos de Vitória/ES, São Paulo/SP e Belo Horizonte/MG, onde foram pressionados pela elevação dos custos de produção. Os preços médios da cebola também se elevaram em todos os mercados estudados, chegando a uma alta, em relação ao mês anterior, de aproximadamente 45% no entreposto atacadista paulista. Já a batata, conforme verificado nos últimos anos, continua apresentando queda nos preços médios entre 3% (Ceasa/MG) e 17% (Ceasa/PR) para o período, devido ao término da safra das águas. O tomate, principal hortaliça contabilizada no cálculo do índice de inflação oficial, apresentou aumento de preços em todos os mercados, exceto no mercado de São Paulo/SP.

O boletim considerou, nesta edição, os entrepostos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. Confira o estudo completo no site da Conab. 

www.conab.gov.br/ indicadores Conab/ hortigranjeiros (acessar o prohort)/ publicações)

Fonte: Conab

Estão abertas as inscrições para participar da Feira de Orgânicos em SP

Foto: Albino Oliveira/MDA
Empreendimentos da agricultura familiar que possuem certificação orgânica podem participar do estande do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), na 11° edição da Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia - Bio Brazil Fair/ BioFach América Latina. O evento será realizado entre os dias 10 a 13 de junho de 2015, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Os interessados têm até o dia 4 de maio para fazer a inscrição.
Para participar do processo de seleção, o empreendimento deve preencher o formulário de inscrição e enviá-lo ao e-mail feiras.mda@mda.gov.br com o seguinte título: Inscrição para a Bio Brazil Fair 2015. Os requisitos podem ser conferidos na Chamada Pública.

No estande, os 13 empreendimentos selecionados poderão expor produtos, promover degustações, agendar visitas, encontrar fornecedores e compradores de produtos orgânicos, conhecer novas tecnologias, realizar vendas diretas ao público consumidor e prospectar ou realizar negócios. O destaque do estande será o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Brasil Agroecológico.

Bio Brazil Fair/ BioFach América Latina

Em 2014, os empreendimentos que estiveram presentes no estande do MDA contabilizaram R$ 4 milhões entre vendas diretas, negócios fechados com compradores e negócios prospectados. Será a 10ª vez que o MDA participa da Feira.

A feira é dirigida ao varejo especializado, supermercados, distribuidores, produtores e processadores, restaurantes, entre vários outros. A venda direta de produtos aos visitantes só será permitida nos dias 12 e 13 de junho.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)

Projeto para incluir produtos da agricultura familiar nas escolas é lançado no Pará

Promover a inclusão de produtos alimentares da agricultura familiar local na alimentação escolar da região nordeste paraense. Com este objetivo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar da Universidade Federal do Pará (Cecane – UFPA) realizam, nesta quarta-feira (15), na UFPA em Belém, o lançamento do Projeto Nutre Cecane Mais Gestão.

De acordo com coordenador de Comercialização da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Igor Teixeira, o grande mérito do projeto é o alinhamento da demanda com a oferta. “Por meio das equipes de nutrição do Cecane, busca-se a construção de cardápios mais alinhados com a produção local e sua safra, diversidade e quantidade. O MDA pretende qualificar esse aspecto sem perder de vista a oferta local de produtos da agricultura familiar”, explica.

O Projeto Nutre é uma iniciativa do MDA, desde 2009, que visa aproximar os gestores das secretarias de Educação municipais e estaduais e os agricultores familiares e suas organizações econômicas para vender seus produtos para a alimentação escolar. Esta é a primeira vez que um Cecane participa neste processo.

A Região Norte do Brasil possui especificidades geográficas, como extensão territorial, rios, matas, que tornam o processo de implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) um desafio. Para Teixeira, a parceria com o Cecane é estratégica para o fortalecimento das aquisições da agricultura familiar local. “Conhecer as particularidades da produção local, suas dificuldades e condicionantes, ao mesmo tempo em que se reconhece o potencial latente de transformação da alimentação escolar que essa produção agrícola, extrativa regional e local é capaz de produzir, nos desafiam à institucionalização de parcerias e a geração de estratégias que viabilizam a compra pelo Pnae. A experiência acumulada pelo Cecane é chave para tudo isso”.

Durante o evento, está prevista a realização de oficinas para estimular o debate sobre abastecimento agroalimentar a partir da demanda do mercado institucional do Pnae; orientar e esclarecer dúvidas sobre as atividades a serem implementadas; bem como a seleção dos 12 municípios que serão contemplados no Projeto.

Participam das oficinas, que serão realizadas nesta quarta (15) e quinta-feira (16), toda a equipe técnica do projeto, membros do MDA e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Projeto Nutre Cecane Pará

O Projeto será executado pela UFPA, com financiamento do MDA no valor de R$ 777 mil e terá duração de um ano. Paralelamente, a SAF/MDA atua junto à gestão de cooperativas no Estado do Pará de forma a qualificá-las para atender ao mercado.

O Projeto Nutre Cecane tem como objetivo contribuir com o aumento do percentual de compra dos gêneros alimentícios da agricultura familiar, por parte das entidades executoras do Pnae, visando atingir o percentual mínimo de 30%, previstos no artigo 14 da Lei 11.947/2009.

Serviço

Lançamento do Projeto Cecane/UFPA: promoção da inclusão de produtos alimentares da Agricultura Familiar local na alimentação escolar na região nordeste Paraense

Data: 15 e 16 de abril (quarta e quinta-feira)

Local: Universidade Federal do Pará UFPA – Belém/PA

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA

13ª Festa do Caqui e Cia - Itatiba/SP



Nos dias 17, 18 e 19 de abril, (sexta, sábado e domingo), a Prefeitura de Itatiba realiza a 13ª Festa do Caqui e Cia. no Parque Luís Latorre. O evento integra o calendário turístico do Estado de São Paulo e é uma das grandes atrações do Circuito das Frutas Paulista, no qual Itatiba está inserida.

Com uma programação para toda a família e shows para todos os gostos musicais, a música sertaneja é destaque entre as atrações, com as duplas Hugo & Tiago, Edson & Luís e Adalto e Adalberto. O encerramento da Festa vai contar com o sucesso do funkeiro MC Gui, que promete levar toda a família ao Parque, que também vai receber artistas locais de diversos estilos.

A Festa valoriza o agronegócio, a produção rural e traz muita cultura e entretenimento para as famílias itatibenses e turistas. O grande diferencial da Festa é a valorização dos produtores rurais de Itatiba, que irão expor e comercializar não apenas o caqui, mas diversos produtos cultivados em Itatiba.

A Festa do Caqui contará com espaço para as crianças, praça de alimentação, exposição e venda de frutas e derivados, artesanato, área de show room, aulas de culinária, passeios turísticos e trenzinho. Além de toda a estrutura de uma grandiosa feira de negócios, a Festa do Caqui de Itatiba é sinônimo de solidariedade.

O estacionamento é gratuito, a entrada também, o que inclui o acesso ao Parque e às áreas de shows, ao espaço criança, exposição e outros. No entanto, solicita-se apenas a doação de 1 Kg de alimento não perecível que será entregue ao Fundo Social de Solidariedade. Todo o material arrecadado é encaminhado às entidades assistenciais do município.

A doação de alimentos não é obrigatória, mas quem ajudar as entidades vai concorrer a uma moto, doada pela OdontoClinic, também parceira em mais uma edição da Festa. Além disso, a Prefeitura cede o espaço na praça de alimentação para as entidades venderem suas especialidades gastronômicas.

O Polo Circuito das Frutas e a AEASFI - Associação das Entidades Assistenciais Sociais e Filantrópicas de Itatiba também apoiam a 13º Festa do Caqui e Cia. Como em todos os eventos municipais, equipes de bombeiros, defesa civil, saúde e trânsito também estarão de plantão para segurança dos visitantes.

Segue abaixo a programação:

Fonte: Prefeitura do município de Itatiba

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Dólar em alta pode compensar impactos do ajuste para citricultores

Foto: acervo Ed.Globo
O dólar acima de R$ 3 deve compensar os impactos negativos do ajuste fiscal para os citricultores na safra 2015/2016. Se os produtores já admitem que dificilmente poderão ter atendidas pautas junto ao governo - como desoneração para o suco, renegociação de dívidas e até mesmo subsídios do Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) - a indústria processadora de laranja já sinalizou preços melhores para a fruta para o período. 

Como quase toda a produção de suco de laranja brasileira é exportada, os preços pagos pela caixa da fruta nas poucas negociações feitas para a safra, cuja colheita das variedades precoces começa a partir de maio, foram superiores aos da safra passada.

Duas grandes companhias fecharam contratos entre R$ 14 e R$ 15 a caixa (de 40,8 quilos), ante um preço mínimo estipulado pelo governo de R$ 11,45 a caixa. O preço médio do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou um preço de R$ 11 a caixa para a indústria e de R$ 15,46 para a fruta in natura escoada no mercado interno na sexta-feira (10/4). "O mercado ainda está meio quieto, os preços fechados nos contratos são para poucos, mas a sinalização é boa por conta do câmbio", avaliou o citricultor e presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antonio dos Santos.

Fonte:  Estadão Conteúdo / Globo Rural

Conservação do solo é pré-requisito para agropecuária brasileira

O desenvolvimento sustentável da agricultura no Brasil, em especial, a conservação e a preservação do solo foi tema discutido nesta terça-feira (14), durante a audiência pública em alusão ao Dia Nacional da Conservação do Solo, comemorado nesta quarta-feira (15), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Um dos principais temas abordados foi a implementação de políticas públicas para incentivar o uso consciente deste bem natural e evitar a erosão, o assoreamento e outras degradações do solo.

O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDC/Mapa), Caio Rocha, esteve no evento representando a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e ressaltou a importância do desenvolvimento de um trabalho planejado e conservacionista para o solo, requisito para a continuidade e ampliação da agricultura brasileira. "Temos de ter um monitoramento constante não somente dos trabalhos que a área técnica tem desenvolvido, mas também no âmbito político, para que possamos avançar nas ações de conservação do solo", afirmou.

O uso correto de práticas conservacionistas foi amplamente abordado pelos participantes, que foram unânimes em avaliar que este seria um dos meios mais viáveis e eficientes de alcançar a sustentabilidade do manejo do solo. "Plantio direto, integração Lavoura-Pecuária-Florestas, manejo de infiltração, recuperação de pastagens degradadas, são algumas das tecnologias financiadas pelo Ministério da Agricultura para que as culturas sejam sustentáveis e para que o solo seja utilizado como unidade de planejamento agrícola e atenda a um objetivo comum, que é ampliar nossa agricultura sem agredir o meio ambiente", ressaltou Rocha.

O secretário citou o Plano ABC como o principal programa do Mapa em se tratando de tecnologias de mitigação e ações de adaptação às mudanças climáticas. “Os avanços já são visíveis. Foram cerca de R$ 2,5 bilhões em crédito liberado somente neste Plano Agrícola e Pecuária (PAP 2014/2015) e desde 2011, quando o programa começou a ser implementado, já foram R$ 10 bilhões investidos no campo”, disse.

A audiência foi proposta pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento da Câmara dos Deputados e contou com a participação do presidente da comissão deputado Irajá Abreu (PSD/TO), do presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, Átila Lira (PSB/PI), do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, do secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Cabral, que representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Ano Internacional dos Solos

O ano de 2015 foi instituído pela Organização das Nações Unidas, mediante requerimento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), como o Ano Internacional dos Solos. Com isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a FAO e a Embrapa estabeleceram uma agenda conjunta de trabalho com a finalidade de promover uma maior conscientização dos governos e da sociedade, para consolidar uma atitude conjunta com relação ao uso e manejo do solo.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Agricultura
(61) 3218-3089/2203
Rossana Gasparini

No interior do Acre, família cultiva laranjas gigantes com mais de 2,5 kg

(Foto: Gleilson Miranda/ Secom Acre)
Um pé de laranja que produz frutos gigantes chama a atenção no município acreano de Manoel Urbano, a 215 km da capital Rio Branco. A espécie, conhecida como laranja cidra, é cultivada na propriedade rural do agricultor Geraldo Almeida e pode chegar a pesar mais de 2,5 kg.

De acordo com o funcionário público Cirleif Almeida, filho do agricultor, a família já mantém a árvore há nove anos, depois de conseguir uma muda com um vizinho que já possuía um exemplar da espécie. A árvore permanece também sendo única na propriedade, já que as laranjas geralmente não têm sementes.

Como a fruta não tem semente a gente não pode plantar novos pés. A gente pensa em procurar especialistas para tentar fazer enxertos e conseguir novas mudas. Se aumentar o plantio a gente pode até pensar em comercializar", especula.

Segundo Almeida, a fruta tem um sabor peculiar. "Não sei nem explicar, é um pouco azeda e amarga no final, meio estranha", avalia. 

Frutas podem pesar mais de 2,5 kg

De acordo com o engenheiro agrônomo Mauro Ribeiro, a laranja cidra (Citrus medica L.) não é uma anomalia, embora seu cultivo seja incomum.

"São pouco encontradas nas propriedades, por isso chamam atenção quando são 'identificadas'. Em verdade, não há grandes pomares formados no Brasil para cultivo da cidra, os existentes são constituídos por poucas plantas", explica.

Ainda segundo ele, diferente da laranja e do limão, que são híbridos, ou seja, resultantes de cruzamentos entre espécies, a laranja cidra é uma espécie cítrica verdadeira.

"São plantas de pequeno a médio porte, que atingem no máximo 4 m de altura. Não se adaptam bem a climas extremos – muito quente ou muito frio. A principal característica é a produção de frutos grandes, em diversos formatos, que podem atingir mais de 2,5kg, cuja superfície pode ser lisa ou áspera".

O especialista diz também que no Brasil a espécie possui pouco valor comercial. "Somente é encontrada em propriedades isoladas ou feiras livres, comercializadas diretamente por pequenos produtores", afirma.

Já o cultivo é raramente feito através das sementes. "A espécie se reproduz facilmente por estacas retiradas de ramos de plantas com 2-4 anos. Pode ser reproduzido rapidamente por enxertia, o que pode resultar em frutos de menor tamanho que as das plantas propagadas por estaquia. A propagação por estaquia pode ser feita, mas com porcentagem relativamente pequena de enraizamento", enfatiza.


Fonte: G1

terça-feira, 14 de abril de 2015

Brasil vai frear crescimento da América Latina em 2015, mostra FMI

Enquanto a Europa se recupera da crise, a América Latina e o Caribe devem registrar, em 2015, o quinto ano seguido de desaceleração econômica. Segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco deve crescer só 0,9% neste ano – enquanto a economia mundial deve se expandir em 3,5%. Para o Brasil, a previsão é de queda de 1% no PIB e de inflação em 7,8%.

Parte considerável do resultado fraco da região é responsabilidade do Brasil. Se confirmada a previsão do FMI de "encolhimento" da economia brasileira, será o pior resultado desde a queda de 4,2% registrada em 1990. Em janeiro, o fundo previa um crescimento de 0,3% em 2015.

Entre os países da América do Sul, apenas a Venezuela deve ter um resultado pior que o Brasil, com contração de 7% – mas a economia venezuelana tem menos de um décimo do tamanho da brasileira, em dólares.

A Argentina, que também vive uma crise econômica, deve ter queda de 0,3% no PIB. A América do Sul, como um todo, deve "encolher" 0,2%, tendo Bolívia e Paraguai como destaques positivos, com expansões de 4,3% e 4%, respectivamente.

"A piora nos mercados globais de commodities permanece como o principal freio para a atividade na América do Sul, ainda que os preços mais baixos do petróleo e uma recuperação sólida dos EUA forneçam impulso a partes da região", aponta o texto.

O Brasil

A crise hídrica, que afeta o abastecimento de energia e de água, está entre as causas citadas para o baixo desempenho do Brasil: "A confiança do setor privado se mantém obstinadamente fraca por conta dos desafios de competitividade, pelo risco de racionamento de energia e água no curto prazo e pelas denúncias de corrupção na Petrobras", diz o texto.

De acordo com o FMI, o compromisso do governo brasileiro de controlar o déficit fiscal e de reduzir a inflação vai ajudar a restabelecer a confiança no país, mas deve prejudicar ainda mais a demanda no curto prazo.

O fundo também alerta que a inflação deve ficar acima do teto da meta do governo neste ano, mas mostra mais otimismo que o mercado: a expectativa é que a inflação feche o ano em 7,8%, enquanto o mercado aposta em uma taxa de 8,13%, segundo o boletim Focus do Banco Central, divulgado na segunda-feira.

Crescimento global

O FMI manteve em 3,5% a projeção de crescimento para a economia mundial em 2015 e elevou para 3,8% a estimativa para o próximo ano – 0,1 ponto percentual acima da que constava no relatório de janeiro.

A expectativa é que o Brasil ajude no crescimento mundial do próximo ano: "Uma retomada nos mercados emergentes deve guiar a recuperação em 2016, primariamente refletindo uma diminuição parcial dos contratempos à demanda e produção domésticos em algumas economias, incluindo Brasil e Rússia", diz o fundo.

Outros países

A estimativa do FMI é que as economias avançadas cresçam 2,4% neste ano e no próximo. Mas as previsões para os Estados Unidos foram reduzidas: em janeiro, o fundo estimava uma expansão de 3,6%, que foi revisada agora para 3,1%. Para 2016, a estimativa de crescimento recuou de 3,3% para 3,1%.

Para os países do euro, por outro lado, as estimativas foram revisadas para cima. Para 2015, a previsão passou de 1,2% para 1,5%, e para 2016, de 1,4% para 1,6%.

Entre os países dos Brics, o pior resultado é esperado da Rússia, cuja economia deve se contrair em 3,8% neste ano e mais 1,1% no próximo. As projeções para a China são de desaceleração, com expansão de 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016 – estáveis com relação ao esperado em janeiro.

Já a Índia deve liderar o crescimento global neste ano e no próximo, com duas expansões seguidas de 7,5% – mais de 1 ponto percentual acima das estimativas de janeiro.

Câmbio

As moedas dos grandes exportadores de petróleo com câmbio flutuante se desvalorizaram em fevereiro. A queda foi particularmente forte para o rublo (moeda russa), que recuou 30%, segundo o FMI. Entre as economias avançadas, o dólar canadense e a coroa norueguesa tiveram quedas de 8% e 7%, respectivamente.

No Brasil, a queda foi de 9%, refletindo a piora nas estimativas de crescimento. Na Índia, por outro lado, a moeda local teve valorização de quase 10%.

Fonte: G1

Pesquisa revela preferência do consumidor em relação ao sabor de uvas de mesa

Foto: Freepik
Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Tecnologia Termomecanica – FTT, instituição de ensino gratuita mantida pela Fundação Salvador Arena, em parceria com a Bayer CropScience, revelou os níveis de aceitação, de preferência e de intenção de compra do consumidor em relação ao tempo de maturação de uvas de mesa das variedades Thompson, Crimson e Itália.

O resultado será utilizado nas próximas colheitas por um grupo de cerca de 140 produtores que recebem consultoria agrícola por meio do programa Mais Qualidade da Bayer na região de Petrolina/Juazeiro, no Vale do São Francisco, em Pernambuco/Bahia, com o objetivo de disponibilizar frutas com maior índice de aceitação no mercado.

Cada variedade de uva foi avaliada em três pontos de maturação diferentes, definidos em função do teor de acidez e brix (doçura). O grupo responsável pela avaliação sensorial contou com 350 julgadores consumidores de uva na faixa etária dos 17 aos 53 anos (53% mulheres e 47% homens). O estudo considerou atributos como aparência, firmeza, dulçor, acidez, sabor, suculência e aceitação geral das uvas.

Na avaliação da variedade de uva Itália, aquelas nos pontos de maturação 1 e 2 foram aprovadas pelos consumidores e registraram índices de 78% e 83% de intenção de compra, respectivamente. Entretanto, a amostra no ponto de maturação 3 registrou índice de apenas 40%.

As fases 2 e 3 de maturação da uva Thompson foram as mais aceitas e preferidas pelo consumidor, com intenções de compra de 86% e 76%, respectivamente.

Já o estudo com a variedade de uva Crimson apontou 90% de índice de intenção de compra para a amostra no ponto de maturação 1. Esta amostra foi a melhor avaliada em todos os quesitos e dentre todas as que foram submetidas à análise sensorial. Os demais pontos de maturação desta variedade receberam intenção de compra de, aproximadamente, 74%.

Para as três variedades de uvas, o resultado revelou que houve predileção pelas amostras com maior índice de maturação, em função do dulçor mais acentuado. Segundo Marcia Pulzatto, responsável pelo estudo, os resultados alcançados por esta pesquisa aumentam as possibilidades de faturamento dos produtores e beneficia consumidores que poderão ter acesso a uvas que mais agradam ao seu paladar.

“Em contrapartida, os universitários da Faculdade de Tecnologia Termomecanica, que também contribuíram com a pesquisa, tiveram a oportunidade de vivenciar uma atividade que futuramente fará parte da vida deles”, completa Marcia Pulzatto, que também é coordenadora dos cursos de Tecnologia em Alimentos e de Engenharia de Alimentos da FTT.

Segundo Newton Matsumoto, um dos produtores beneficiados pelo o estudo, a iniciativa define tecnicamente a preferência do consumidor. "Pesquisas de opinião pública não são comuns no mercado de frutas. Na nossa região, cada produtor tem um padrão diferente de uva premium, mas agora, com esse resultado, conseguimos um posicionamento comercial da uva", explica Matusmoto, que espera por um aumento de até 30% na próxima colheita.

Mais Qualidade
O estudo está alinhado com o Programa Mais Qualidade, da Bayer CropScience, criado em 2007 para orientar o agricultor sobre o uso correto dos produtos de proteção de cultivo, com apoio técnico diferenciado. Hoje, o projeto atende produtores de abacaxi, melão, uva, maçã e morango nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Tocantins e Rio Grande do Norte. “Essa parceria faz parte do nosso propósito em estar sempre ao lado dos agricultores e contribuir ainda mais com os alimentos que chegam até a mesa dos consumidores”, explica Elaine Delgado, coordenadora de Serviços Agronômicos da Bayer CropScience.

A Faculdade de Tecnologia Termomecânica foi escolhida para atuar em parceria com a Bayer CropScience pela qualidade da educação oferecida. O Ministério da Educação reconheceu em 2009 o Curso de Tecnologia em Alimentos da FTT como o melhor do Brasil. Em 2012, o curso foi classificado entre os cinco melhores do país e o mais bem avaliado do Estado de São Paulo. No segundo semestre de 2014, a instituição criou o curso de Engenharia de Alimentos, com o objetivo de formar profissionais com visão ainda mais ampla. 

Sobre a Fundação Salvador Arena

A Fundação Salvador Arena completou 50 anos de existência em 2014. A instituição civil e de finalidade filantrópica, de direito privado e sem fins lucrativos foi idealizada e criada em 1964 pelo engenheiro Salvador Arena, empresário do setor metalúrgico e fundador da Termomecanica São Paulo S.A. Há meio século, a entidade mantém atividades de apoio social voltadas à transformação social e, em especial, à educação.

Hoje, a Fundação Salvador Arena é administrada por um Conselho Curador, que manteve os projetos originais e vem ampliando os investimentos sociais e educacionais ao longo dos últimos anos. Além de desenvolver projetos próprios, como o Colégio Termomecanica e a Faculdade de Tecnologia Termomecanica, a Fundação implementa programas que visam ao fortalecimento do terceiro setor por meio do apoio a entidades beneficentes, filantrópicas e ONGs, e da capacitação de dirigentes e técnicos dessas organizações.

Nos últimos 15 anos, a Fundação Salvador Arena investiu aproximadamente R$ 500 milhões em gratuidades. A instituição beneficia anualmente mais de 70 mil pessoas direta e indiretamente. O maior volume de recursos, da ordem de R$ 45 milhões por ano, é destinado à educação. O restante é aplicado nas áreas de assistência social, em iniciativas de desenvolvimento social, comunitário e fortalecimento de organizações do terceiro setor.

A Fundação é reconhecida como a primeira instituição sem fins lucrativos do Brasil a conquistar a Certificação ISO 9001, considerada referência em sistemas de gestão da qualidade no mercado. Em 2014, a Fundação Salvador Arena conquistou medalha de ouro no Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão, premiação concedida às melhores organizações públicas e privadas do Estado de São Paulo, na área de gestão.

Sobre a Bayer CropScience

A Bayer é uma empresa global, com suas principais atividades concentradas nas áreas de saúde, agricultura e materiais de alta tecnologia. A Bayer CropScience, subgrupo da Bayer AG e responsável pelo negócio agrícola, tem vendas anuais de EUR 9.494bilhões (2014), sendo uma das líderes mundiais em ciências agrícolas e inovação nas áreas de sementes, proteção de cultivos e controle de pragas não-agrícolas. Oferece uma excelente gama de produtos, incluindo sementes de alto valor, soluções inovadoras para a proteção de cultivos baseadas em modos de ação químicos e biológicos, bem como extensivos serviços de suporte para o desenvolvimento de uma agricultura moderna e sustentável. Na área de produtos não-agrícolas, a Bayer CropScience tem um amplo portfólio de produtos e serviços para o controle de pragas, que abrange desde aplicações de casa e jardim até para o segmento de reflorestamento. A empresa conta com uma força de trabalho global de mais de 23.100 colaboradores e está presente em mais de 120 países. No Brasil, faz parte do Grupo Bayer, com mais 119 anos de atuação no País e aproximadamente quatro mil colaboradores. A Bayer CropScience, no Brasil, conta com mais de 1,6 mil colaboradores, uma instalação industrial em Belford Roxo (RJ) e um Centro de Pesquisa e Inovação no Estado de São Paulo.

Fonte: Agrolink

Agrishow 2015


Agrishow é a feira que mostra as maiores novidades do agronegócio brasileiro. É uma feira essencialmente de negócios, marcada pelas demonstrações de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas em ação. Neste evento, os visitantes encontram todos os principais lançamentos de máquinas, implementos, sementes, defensivos, fertilizantes, enfim de todas as tecnologias que estão sendo colocadas à disposição do agricultor e do pecuarista brasileiros. 

Idealizada pelas principais entidades ligadas, direta e indiretamente, ao agronegócio brasileiro, como Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos,Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos, Faesp – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e SRB - Sociedade Rural Brasileira, a Agrishow é organizada pela BTS Informa. A Agrishow está entre as 3 maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo!

É a única feira do Brasil que conta com a presença de pequenos, médios e grandes fabricantes expondo. Na Agrishow é possível encontrar uma enorme variedade de produtos e serviços que atende a todos os produtores rurais, não importa o tamanho da sua propriedade e cultura. Um ambiente de atualização profissional, lançamentos, divulgação das próximas tendências do setor e onde grandes tecnologias são de fato demonstradas durante o evento. 

É onde o produtor rural encontra tudo o que precisa!

Em 2014 reuniu, em seus 440.000 m2 de área, 800 marcas em exposição e 160 mil visitantes em busca por novidades e tendências do agronegócio.

Além da exposição, a feira conta com 100 hectares de área para as demonstrações de campo. Nesse espaço, os visitantes têm a oportunidade de visualizarem no campo as grandes máquinas agrícolas em ação, bem como diversas culturas, como café, cana, feijão, milho e muito mais.

A 22ª Agrishow acontece de 27 de abril a 01º de maio de 2015, em Ribeirão Preto - SP, cidade considerada a capital brasileira do agronegócio.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Abacaxis e bananas resistentes são levados para a Tecnoshow

Três variedades de abacaxi e três variedades de banana resistentes às principais doenças das culturas vão ser apresentadas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) durante a Tecnoshow Comigo 2015, que acontece de 13 a 17 de abril em Rio Verde (GO). Outras tecnologias também estarão disponíveis ao público.

Abacaxis resistentes à fusariose – O programa de melhoramento genético criado em 1984 é obter variedades resistentes à fusariose (principal doença da cultura no Brasil) e que produzam frutos de boa qualidade para atender às exigências do mercado, como é o caso da BRS Imperial, BRS Ajubá e BRS Vitória. Os frutos podem ser destinados ao mercado de consumo in natura e para a agroindústria. O plantio dessas cultivares dispensa a utilização de fungicidas, o que possibilita a redução nos custos de produção, e contribui para a redução da poluição ambiental e o aumento da segurança alimentar.

A equipe da Embrapa vai demonstrar o método de seccionamento do caule do abacaxizeiro, que consiste na produção de mudas a partir do desenvolvimento de gemas presentes nas inserções das folhas com o talo (caule) da planta.

Diversificação de porta-enxertos – Um dos principais fatores de fragilidade da citricultura brasileira é a baixa diversificação de variedades de copas e porta-enxertos. A situação dos porta-enxertos é ainda mais grave, em função da elevada concentração dos pomares em uma só variedade, o limoeiro ‘Cravo’, o que torna a atividade vulnerável, especialmente no que diz respeito ao surgimento de novas doenças. Introduzidos da Califórnia e avaliados pelo programa de melhoramento de citros da Embrapa Mandioca e Fruticultura, os citrandarins Índio, Riverside e San Diego são híbridos de tangerineira ‘Sunki’ com ‘Poncirus trifoliata’, que constituem uma nova geração de porta-enxertos, reunindo as vantagens apresentadas pelas tangerinas, como a menor suscetibilidade ao declínio, à tristeza e ao nematoide dos citros. Apresentam, ainda, resistência à gomose (Phytophthora) e induzem a formação de plantas compactas e produtivas. 

Projeto Reniva – A “Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca com qualidade genética e fitossanitária para o estado da Bahia” é uma estratégia para promover efetivo ganho de qualidade e produtividade no sistema de produção da mandioca, ao promover maior sustentabilidade e competitividade para esta cultura e disponibilizar manivas em quantidade suficiente e nos períodos de maiores demandas, em função das melhores épocas de plantio. A ideia nasceu a partir do trabalho da equipe de transferência de tecnologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura em uma iniciativa que visa preencher a importante lacuna relacionada à falta de material propagativo de mandioca (manivas) para o sustento dessa atividade geradora de alimento e renda da agricultura familiar brasileira. 

Bananas resistentes – O público vai conhecer as vantagens de três variedades geradas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura. Há uma demanda nacional por frutos da cultivar Maçã, em escassez no mercado devido à suscetibilidade ao mal-do-Panamá, um dos principais problemas da cultura. A Embrapa disponibiliza ao produtor a BRS Princesa e a BRS Tropical, duas variedades tolerantes ao mal-do-Panamá e resistentes à Sigatoka-amarela, que têm a maioria de suas características, tanto de desenvolvimento quanto de produtividade, semelhantes e/ou superiores à ‘Maçã’. Além de produzir frutos menores (preferência no mercado), as duas variedades são excelentes alternativas de renda para o bananicultor.

Já a BRS Platina, resistente à Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá, apresenta porte médio e características tanto de desenvolvimento quanto de rendimento idênticas às da Prata-Anã. Em grande parte do mercado brasileiro, a Prata-Anã reina absoluta, contudo sua produção está ameaçada em função da elevada incidência do mal-do-Panamá. A BRS Platina foi desenvolvida para fazer frente a essa limitação fitossanitária.

Palestras e degustação – Na Casa da Embrapa, no dia 15, nossa equipe apresenta três palestras abertas ao público: "Mandioca a Raiz do Brasil – uma oportunidade de negócios (Joselito Motta), “Reniva” (Herminio Rocha) e “Microenxertia de citros” (Osvaldo da Paz). No dia seguinte, Joselito Motta ministra oficina de beijus coloridos. No estande haverá degustação de beijus coloridos e dos frutos das variedades de banana e abacaxi divulgados no evento.

Fonte: Embrapa Mandioca e Fruticultura
Léa Cunha (DRT-BA 1633) e Alessandra Vale (Mtb-RJ 21.215)
Telefone: (75) 3312-8076
E-mail: mandioca-e-fruticultura.imprensa@embrapa.br

Estimativa de inflação para 2015 cai para 8,13%, diz boletim Focus

A estimativa da inflação oficial deste ano caiu para 8,13%, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. O boletim traz a análise do mercado financeiro e, na semana anterior, o percentual era de 8,2%. Esta foi a primeira queda após alta durante quatorze semanas seguidas. O índice esperado, porém, está acima do teto superior da meta, que é 6,5%.

Para 2016, a estimativa dos economistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ficou estável em 5,6%. 

Apesar da previsão de queda da inflação, o pessimismo persiste em relação à perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), conjunto de bens e serviços produzidos no país. Na avaliação dos investidores e analistas do mercado, a contração da economia será equivalente a 1,01%. Os números estão no relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. 

Não houve alteração no câmbio: a estimativa é R$3,25 para cada dólar no final deste ano. A estimativa de juros básicos da economia (Selic), de acordo com a projeção do mercado financeiro, é 13,25% (ao ano) no final de 2015. Os preços administrados pelo governo, como luz e gasolina, deverão ter um reajuste de 13%, na expectativa do mercado. A dívida líquida do setor público em proporção do PIB é estimada em 38%.

Nas contas externas, a projeção do mercado é que saldo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo tenha um déficit (em conta corrente) de US$ 77 bilhões. O saldo (positivo) da balança comercial alcançará, no final de ano, US$ 4,3 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos estimados para o mesmo período alcançarão US$ 56 bilhões, em 2015, de acordo com a expectativa do mercado.

Fonte: Jornal do Brasil

CNA pede prorrogação do prazo do Cadastro Ambiental Rural

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu nesta semana sua defesa da prorrogação do prazo de inclusão das propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CRA). Previsto no Código Florestal, o cadastro deve ser feito até o próximo dia 5 de maio, mas o período pode ser estendido por mais um ano.

Em comunicado, a CNA alega que sua posição reflete as preocupações de federações estaduais de agricultura e de produtores rurais. E informa que, na última quinta-feira (9/4), enviou ofícios com a reivindicações de prorrogação foram enviados aos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.

“Apesar de declaratório, o sistema mostrou moderada complexidade de preenchimento, ocasionando dificuldade na exata prestação de informações e consequente atraso nas entregas. Se o CAR ainda não cumpre o seu papel, faz-se necessária a prorrogação do prazo de cadastramento dos imóveis rurais conforme permitido por lei”, diz o comunicado. A CNA argumenta também que o governo deve dar suporte técnico para a inscrição de propriedades com até 4 módulos fiscais e assentamentos da reforma agrária.

De acordo com a Confederação, com base em dados do Ministério do Meio Ambiente, dos 5,4 milhões de propriedades rurais no Brasil, cerca de 700 mil estão no CAR. A partir dessas informações, será estabelecido o Plano de Regularização Ambiental (PRA). E a partir de 28 de maio de 2017, a existência do CAR será obrigatória para a obtenção de crédito rural.

Fonte: Globo Rural

Juros agrícolas terão realinhamento natural, diz Levy


Em momento de ajustes na economia e com o discurso da "realidade fiscal", o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira, 13, que "obviamente" os juros agrícolas serão reajustados. "Os juros vão ter aquele realinhamento natural diante da situação que a gente está vivendo", afirmou. O ministro e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, visitam a Tecnoshow Comigo, feira de agronegócios em Rio Verde, no interior de Goiás.

O ministro ponderou que o governo quer liberar "o mais rápido possível" os recursos para o Plano Safra 2015/2016 e do Pré-custeio, que garante aos produtores a compra de insumos. Ele ressaltou que o ajuste fiscal está sendo feito para que as ações do governo fiquem claras e transparentes para facilitar as decisões das pessoas.

A ministra Kátia Abreu explicou que os juros mais baixos nos últimos anos fizeram com que os produtores rurais se capitalizassem. "Estamos em outra condição fiscal", afirmou. Ela indicou que os juros agrícolas vão acompanhar as taxas de mercado. "Se houver aumentos nas condições do juro no mercado nacional, o juro da agricultura também deverá alterar", disse. "Mas volume de recursos não irá faltar", completou.

Ela informou ainda que as novas taxas não serão incompatíveis com o setor, com as atividades e com a inflação. "Em quanto os juros vão aumentar, será anunciado nas próximas horas pela presidente, junto com o pré-custeio", disse, antes de garantir que o anúncio será feito nesta semana, mas não necessariamente hoje.

Levy afirmou também que a agroindústria é o setor menos afetado pelas medidas de ajuste fiscal, tomadas desde o fim do ano passado. "Estamos vivendo um momento diferente, em que o câmbio ajuda no preço de algumas coisas", afirmou. Para ele, o agronegócio é um dos setores que vão continuar puxando o crescimento econômico do País.

Segundo Levy, a queda no preço das commodities, no caso da agricultura, é mais estável. "É um momento favorável para a agricultura brasileira", afirmou. Ele defendeu o ajuste fiscal, ao dizer que as medidas anticíclicas tomadas para conter a crise estão esgotadas. "Ano passado foi um ano de crescimento fraco, a gente precisa dar uma virada", afirmou.

Classe média rural

Na tentativa de dinamizar a economia no agronegócio, o governo vai ampliar o crédito para a classe média. Os ministros anunciaram que o governo pretende aumentar entre 20% e 25% os recursos disponibilizados pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No ano passado, o volume liberado chegou a R$ 16 bilhões.

Levy defendeu que o incentivo à classe média pode alavancar uma série de atividades. De acordo com a ministra da agricultura, a classe média rural encolheu nos últimos anos, ao contrário da classe média urbana.

Seguro rural

Kátia Abreu afirmou ainda que o governo vai apresentar uma Medida Provisória ao Congresso que garante R$ 300 milhões ao seguro rural. Segundo ela, o valor não tinha sido empenhado no fim do ano passado. "A presidente garantiu que eu usasse R$ 300 milhões do orçamento, será via medida provisória e nós pagaremos todo o seguro agrícola", disse.

De acordo com a ministra, o Ministério da Fazenda está articulando a elaboração do texto com a Casa Civil, mas não disse o prazo para apresentação da MP ao Congresso.

Fonte: Agencia Estado / EM Digital

FMI prevê queda de 1% da economia brasileira em 2015

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma contração de 1% da economia brasileira para 2015, uma redução importante em relação a sua última previsão. Em janeiro, o órgão dava conta de um crescimento de 0,3% para o PIB do país.

A estimativa atual é 2,4 ponto percentual menor que a divulgada no relatório de outubro do ano passado, quando a previsão de crescimento foi rebaixada de 2,0% para 1,4%. Em abril de 2014, o Fundo havia estimado alta de 2,7% para 2015 e, em janeiro do ano passado, de 2,8%.

Em relatório publicado neste sexta-feira (10), o Fundo defende que a retração será puxada por política fiscal e monetária mais rígida e pelos cortes de investimentos na Petrobras, em um momento de queda na atividade visto desde 2014.

Ajuste fiscal

"A implementação bem sucedida do ajuste fiscal e outras medidas devem contribuie para fortalecer a confiança e ajudar a revigorar os investimentos no fim de 2015, proporcionando a base para o retorno de um crescimento positivo em 2016", concluiu o FMI. Para o próximo ano, o órgão projeta um crescimento de 0,9%.

O Fundo destacou que o desenvolvimento do país está condicionado a riscos como um racionamento de energia e água ocasionado pela estiagem e desdobramentos das denúncias de corrupção na Petrobras, além de um ambiente externo mais adverso.

Ainda segundo o relatório, o Brasil foi bem sucedido em reduzir o desemprego, a pobreza e a desigualdade nos últimos anos, embora a alta inflação e a deterioração das contas públicas impõem "desafios difíceis", enquanto riscos externos também pesam no cenário.

Para a cúpula de diretores do órgão, a política monetária deve permanecer rígida e o esforço das autoridades em perseguir a meta de inflação é digno de elogios, assim como a prontidão em tomar novas medidas para não colocar em risco esta meta.

Fonte: G1

Ambientalista preserva espécies com coleção de frutas no nordeste do PA

É em um sítio meio escondido, situado em um trecho da rodovia PA-252, que dá acesso a Abatetetuba, município do nordeste do Pará localizado a 53 quilômetros de Belém, que Ray Cardoso, cabeleireiro de profissão e ambientalista por vocação, mostra seus bens mais preciosos: quatro hectares onde coleciona 160 espécies plantadas ali. E cada uma das árvores tem um significado ainda maior: o de manter viva e preservada a biodiversidade da Amazônia.

"Porque a gente recebeu esse planeta pronto e nós mesmos destruímos. Então, se plantamos uma árvore, plantamos uma vida", leciona.

Cada uma das espécies cultivadas carrega uma história que ele faz questão de contar

"Foi a primeira árvore que ganhei do meu pai. Então eu fiquei entusiasmado quando vi a cor que ela tem, parece uma roupa de veludo né?".

Uma outra espécie, chamada Dão, parece uma roseira, cheia de espinhos, e foi uma das mais difíceis de conseguir trazer para o local. "Ela só tem em Roraima, Rondônia. Então, para conseguir um exemplar foi com muita dificuldade. Eu pedi para uma pessoa que viajou para lá e, com todo respeito que tem pela natureza, foi lá e trouxe: 'Olha aqui teu presente'", revela.

Uma curiosidade é que todas as árvores do sítio são frutíferas, e a maioria delas já é conhecida, mas algumas outras, como o cupuí, mereciam uma prova.

"É primo, irmão do cupuaçu. Posso quebrar?", oferece ele enquanto rompe a grossa casca com a polpa clara.

No local há frutas que nascem até em lugares inusitados, no tronco, como é o caso da apiranga. E tem árvore que veio de tão longe que Seu Ray só conseguiu com doação mesmo, como é o caso do zilo, que veio da África.

Segundo a Embrapa, existem 500 espécies de frutas tropicais no Brasil: 220 delas só na Amazônia. E Ray Cardoso tem o privilégio de ter no quintal de quintal de casa mais de 70% do que é encontrado em toda a floresta.

"Esse trabalho que ele faz é muito importante devido à função educativa para estudantes, para a população, para a comunidade.. e faz com que se valorize a nossa biodiversidade. Infelizmente este papel está desaparecendo", afirma Urano Carvalho, pesquisador do órgão.

A atitude do ambientalista chamou também a atenção de gente que diz que só tem a agradecer.

"Este ano nós festejamos 45 anos de trabalho, eu gostaria muito de deixar um marco que fosse permanecer", declarou a irmã Antonieta Negreto, membro de uma entidade filantrópica.

E ainda despertou o olhar de gente famosa, que quis contribuir, como o cantor Nilson Chaves, a atriz Dira Paes e também o músico e compositor Salomão Habib, que dedicou uma das músicas a elas, as plantas.

Fonte: G1

Pinha, graviola e articum ajudam na pressão arterial, diz nutricionista

Foto: G1
As frutas da família das anonáceas têm grande quantidade de potássio, que ajuda nas contrações musculares e no controle da pressão arterial. A dica é da nutricionista Karin Honorato, que nesta segunda-feira (13) fala sobre os benefícios desse grupo formado pelas frutas araticum, pinha, graviola e atemoia.

Segundo Karin, o articum é a fruta maior que pode ter a polpa rosada ou amarelada com uma casca bem marrom e grossa por fora. Mas, por dentro, a polpa é macia, variando o sabor entre doce e ácido. Além de ser saborosa, essa fruta é cheirosa e fácil de retirar os gomos de sua polpa.

A nutricionista destaca que o articum é o alimento mais rico em vitamina B1 e B2. “Essas vitaminas fazem parte de um equilíbrio do sistema nervoso, ajudam a modular o estresse e a fadiga. E são responsáveis pela concentração e pelo metabolismo de quebra de gordura”, explica.

A fruta do conde ou pinha tem um formato menor, levemente ondulada. “Quando madura, ela é bem mais fácil de abrir com os gomos soltos”, explica Karin. Também é bem saborosa, cheirosa e levemente doce.

A graviola tem a casca lisa, porém com alguns espinhos aparentes. Em relação à pinha, o formato é maior e os gomos são mais difíceis de ser retirados. No gosto, ela é levemente ácida. De acordo com Karin, essa fruta é encontrada, mais facilmente, em forma de polpa.

Karin conta que a graviola, cultivada no Nordeste, tem sido a fruta mais estudada atualmente, pela presença de acetogenina. Essa substância mostrou-se ser eficaz para inibir as células cancerígenas. “Mas muito estudo ainda deve ser feito para que essa resposta seja conclusiva”, comenta.

A graviola também é rica em saponinas, flavonoides e polipoides. Segundo a nutricionista, essas substâncias protegem o organismo tanto de inflamações quanto do envelhecimento precoce. Ela também tem boa indicação para casos de diarreia e para diminuir as acnes e os furúnculos, em razão da ação anti-inflamatória.

Já a atemoia é mais parecida com a fruta do conde. A diferença é que ela tem a casca menos ondulada. Quando madura, seus gomos também saem facilmente. Karin avisa que essa é fruta mais doce da família. “É um açúcar natural, mas é um açúcar que deve ser consumido com moderação, especialmente, pelos diabéticos”, sugere.

Cada fruta dessa família tem o seu sabor e seu cheiro característico. Mas, em comum, todas as frutas anonáceas têm grande quantidade de vitamina C. “E a essa vitamina é fundamental para nossa imunidade, para nos defender das infecções, ajuda na cicatrização e na boa produção de colágeno”, afirma Karin.

As anonáceas também possuem uma boa quantidade de potássio, que ajuda no controle dos impulsos nervosos, na contração muscular, além de evitar câimbras. O consumo delas também é importante, explica Karin, para o controle dos líquidos do organismo e da pressão arterial.

A nutricionista adverte que quem sofre de alguma insuficiência renal deve tomar cuidado no consumo dessas frutas. “Porque a quantidade de potássio é realmente considerável e não é benéfica em excesso para essas pessoas”.

Todas essas frutas também possuem uma boa quantidade de fibras para o organismo e também uma boa quantidade de açúcar natural da fruta. Por isso, devem ser consumidas com um pouco de moderação, sugere Karin.

Fonte: G1

Pitomba é fruto típico do Nordeste e dá nome até a bloco de carnaval

Fruta pertence à mesma família da lichia.
Em Jaboatão dos Guararapes, a fruta batizou até uma festa tradicional.
Foto: Globo Rural
Nas ruas do Recife, os vendedores de frutas oferecem o sabor mais desejado da temporada: pitomba. A árvore, que pode atingir até 12 metros de altura, cresce nos quintais, nas praças e em áreas próximas à Mata Atlântica. A fruta é parente da lichia e os frutos formam cachos que podem ser colhidos de janeiro ao final do mês de abril.

A pitomba é nativa do Brasil, mas é no nordeste que ela é mais consumida. Quando está madura, a fruta é amarela, mas fica marrom com o passar do tempo. A casca é durinha, mas fácil de romper. Dentro estão o caroço e a polpa, que é a parte esbranquiçada. E é a polpa que a gente come. É doce, mas ao mesmo tempo azedinha.

Conhecida e apreciada pelos pernambucanos, ela batizou a mais tradicional festa de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife. A centenária festa dedicada à Nossa Senhora dos Prazeres acontece há 358 anos em um santuário e passou a ser chamada de Festa da Pitomba, porque a safra coincide com as homenagens à santa. A festa vai até a próxima segunda (13).

Os fiéis lotam a igreja durante nove dias. Além da novena em devoção à padroeira do município, do lado fora não falta pitomba: nas barracas e no carrinho de mão, tem muitos cachos para vender.

E a pitomba, quem diria, foi parar no Carnaval, em uma das agremiações mais conhecidas de Olinda, a Pitombeira dos Quatro Cantos. No estandarte, foram bordados dois cachos de pitomba: um em cada lado.

O futuro da pitomba é preocupante. Como toda planta da Floresta Atlântica, tem cultura extrativista e não existe recomposição em determinadas áreas. Por isso, existe o perigo de ela entrar em processo de extinção.

Fonte: G1 - Globo Rural

Família do ES mantém tradição de produzir vinho há mais de 30 anos

Bebida feita de jabuticaba foi legalizada e é vendida para a região.
Com sucesso, produção passou de 200 garrafas para 5 mil por ano.

Foto: Reprodução/TV Gazeta
Uma família de produtores rurais de Conceição do Castelo, no Sul do Espírito Santo, mantém viva há 35 anos a tradição de produzir vinhos de jabuticaba. Com um processo novo e completamente artesanal de fabricação, a família conseguiu aumentar a renda e a quantidade da bebida produzida, que passou de 200 garrafas por ano para uma média de 400 litros por mês.

O produtor Anselmo Dalbó relembrou que essa prática teve início com o pai. "Ele sempre contava que na Itália se fabricava vinho, era costume tomar vinho à tarde, que era bom. Meu pai sempre falava no vinho. E compraram essa propriedade, vieram para cá e plantaram muitas frutas, inclusive bastante jabuticaba. Então o tempo foi se passando e em 1980 resolveram que iam fazer um vinho de jabuticaba. Arrumamos um barril, naquela época de madeira, e resolvemos fazer o vinho de jabuticaba. Fizemos e deu certo", contou.

Os frutos são retirados da propriedade, que fica na localidade de Mata Fria, interior do município, onde 60 árvores estão carregadas. São deles que o produtor retira o sustento. Na linha de produção, atuam os membros de toda a família. O negócio tem dado tão certo que eles decidiram legalizar a produção para vender na região. "Deu certo, graças a Deus e cada vez está crescendo mais", contou Anselmo.

Antes, a família produzia 200 garrafas de vinho de jabuticaba por ano. Atualmente, mais de 5 mil garrafas são produzidas no mesmo período, dando uma média de 400 litros por mês. "É meio cansativo, mas não pensamos em parar porque é uma coisa que acrescentou na renda familiar da gente, porque viver só da lavoura é difícil", concluiu. O produto é vendido para supermercados, lojas de artesanatos e feiras.

Entenda o processo
A princípio, as frutas são retiradas. Com uma marreta, os coletores batem no caule da jabuticabeira e as frutas caem sobre um lona esticada sob a copa da árvore. Após recolhidas, as frutas são jogadas dentro de uma caixa com água, para separas as boas daquelas que não estão boas para a fabricação da bebida.

Em seguida, elas passam por um equipamento criado por Anselmo para barrar as folhas e outras sujeiras. Depois, as jabuticabas são mergulhadas em água com cloreto de sódio, que serve para matar fungos e bactérias; elas passam por outro equipamento criado pelo produtor, quando são esmagadas.

"A gente espreme com a mão essa massa, que é jabuticaba já 'pocada', para poder separar a casca da polpa para fazer o vinho branco. Depois a gente só usa a polpa", contou a produtora Angelica Dalbó. Depois desse processo, o caldo é levado até um barril onde fica de 30 a 40 dias para fermentação. Só então ele é retirado para separar o líquido do bagaço. Depois ele volta para o barril onde fica pelo menos um ano para maturação.
Fonte: G1