quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Projeto da Emater incentiva a diversificação da fruticultura em solo mineiro

Nos últimos anos, a Emater-MG tem investido na diversificação da fruticultura no estado. Em suas unidades demonstrativas espalhadas pelo território mineiro, a instituição testa o cultivo de uma grande variedade de frutos em diferentes tipos de solos e condições climáticas, e os resultados são promissores.

Por meio do Circuito Frutificaminas, que leva capacitação técnica aos produtores rurais, a Emater oferece aos fruticultores as espécies frutíferas que apresentam a melhor adaptação em cada região. Desde a sua implantação, em 2010, o Frutificaminas já capacitou mais de 7 mil agricultores em mais de 350 municípios mineiros.

“Hoje podemos considerar o Frutificaminas como o maior evento da fruticultura mineira. Temos diversas ações, como cursos, capacitações e palestras. Tudo para impulsionar o desenvolvimento da fruticultura”, explica o coordenador técnico de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.

A iniciativa é realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Epamig, universidades federais de Lavras e Viçosa, além de instituições privadas.

As capacitações são voltadas para fruticultores e também não fruticultores interessados a investir no segmento. Os eventos oferecem a oportunidade de conhecer e aprimorar as tecnologias para aumentar a produção e o rendimento da atividade. Até o momento, já foram realizados 70 capacitações, sendo 19 programados para 2016, seis a mais do que em 2015.

Atraente do ponto de vista financeiro e podendo ser conduzida com mão de obra familiar, a fruticultura vem se tornando, cada vez mais, uma boa alternativa de investimento para os pequenos proprietários rurais. Estima-se que no estado existam cerca de 120 ml hectares plantados e que a atividade gere por volta de 500 mil empregos diretos.

Novos frutos

Uma das capacitações realizadas neste ano aconteceu em Curvelo, no Território Central de Minas Gerais. O município apresenta grande potencial para a fruticultura, principalmente para os pequenos produtores, como forma de aumento e melhoria de renda. Curvelo apresenta excelentes características, como boa localização geográfica, condições climáticas e luminosidade.

Na cidade são feitos experimentos com mais de 30 variedades de frutas. Entre elas, pêssego, mamão, banana, abacaxi , uva, maçã e pêra. Os resultados foram apresentados aos produtores rurais da região, que puderam tirar dúvidas sobre culturas não exploradas no município.

“Como exemplo, citamos a produção de maçã, que foi uma demanda dos próprios produtores e que, apesar de estar em estágio inicial, já se vislumbram excelentes resultados. Estimamos que a produção das macieiras nesta região seja mais rápida que no sul do Brasil e de Minas e que em Barbacena, tradicionais produtores”, salienta Deny.

“O sucesso do programa é tamanho que, inicialmente, a intenção era de aprimorar a capacidade técnica dos nossos extensionistas. Hoje, as unidades tornaram-se referência regional em tecnologia aplicada à fruticultura de clima temperado, motivando produtores a diversificar sua produção”, conta o extensionista regional da Emater-MG, Jairo César Lopes de Souza.

O evento na região contou com a participação de 150 produtores de 14 municípios: Augusto de Lima, Buenópolis, Cordisburgo, Corinto, Curvelo, Felixlândia, Inimutaba, Joaquim Felício, Martinho Campos, Paineiras, Paraopeba, Pompéu, Presidente Juscelino e Santo Hipólito.

Frutas no Triângulo

Outra capacitação foi realizada no município de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, que tem no agronegócio (agricultura da soja e milho e pecuária de corte e leite) sua principal fonte de divisas. Por outro lado, a fruticultura vem despontando como uma excelente oportunidade no agronegócio local.

O município, que apresenta excelente clima e topografia, recebeu o Circuito Frutificaminas, que realizou palestra sobre o mercado de frutas, potencialidades e desafios e estratégias para o desenvolvimento da atividade. Dentre as demandas, surgiu interesse pela produção de manga e de maracujá, este último para abastecer a indústria de sucos.

Um dos interessados neste novo mercado na região é Luiz Cremonini, 49 anos. Tradicional produtor de soja e milho, há seis anos passou a cultivar laranja. Mais recentemente, ele também passou a produzir banana e maracujá, frutas raras de serem encontradas nas terras do Triângulo Mineiro.

“Aqui ninguém mexe com banana ou maracujá. Vou com essas duas frutas. Aqui são poucas as variedades frutíferas. Tem mais manga, mas não em muitas áreas. Em Monte Alegre temos um pouco de abacaxi e mamão, e só. Quase ninguém mexe com frutas”, ressalta o produtor.

Para Cremonini, a diversificação da produção ajuda nos negócios. “Hoje também consigo trabalhar com banana e maracujá. Tem que diversificar. Não podemos ficar em uma só cultura. Se eu tiver mais variedades de frutas tenho mais segurança. Se eu não tiver rendimento com uma, vou ter com outra”, conta.

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com 42 milhões de toneladas produzidas, de um total de 340 milhões de toneladas colhidas em todo o mundo. Já Minas Gerais oscila entre o 4º e 5º lugares no ranking nacional de produção de frutas.

Fonte: Emater/MG

Especialistas debatem resistência de pragas a produtos fitossanitários

Foi realizado na primeira semana de setembro o Simpósio de Resistência de Pragas, Plantas Daninhas e Fungos a Produtos Fitossanitários no Sindicato Rural de Rio Verde/Goiás. Reunindo cerca de 160 agricultores, técnicos e estudantes, o evento foi organizado e promovido pelo GELQ (Grupo de Estudos “Luiz de Queiroz” da ESALQ/USP), contando com o apoio do FRAC (Comitê de Ação à Resistência a Fungicida), HRAC (Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas) e IRAC (Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas).

De acordo com Thamires Nitrini, coordenadora do evento, o simpósio teve como objetivo propiciar discussões sobre a importância do desenvolvimento de programas proativos e preventivos para o manejo da resistência de pragas (insetos, plantas daninhas e fungos). Esta é a segunda vez que este simpósio é realizado em Rio Verde, sendo que a primeira edição aconteceu em 2014. “Esta nova edição foi motivada pelo enorme interesse que muitos agricultores têm demonstrado pelo assunto. Neste ano, o evento atraiu a atenção de técnicos de outras partes do país, como Bahia e Rondônia, o que mostra que existe interesse em outras regiões”, relata Thamires.

O painel promovido pelo IRAC-BR foi iniciado pelo Dr. Marcelo Poletti, Diretor Geral da Promip, que abordou a Situação Atual da Resistência a Inseticidas para Mosca Branca, Percevejo Marrom e a Lagarta Falsa Medideira. De acordo com Poletti, a Promip tem colaborado com o IRAC-BR desde 2010, realizando estudos de monitoramento da resistência de pragas-alvo a inseticidas em soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, nas principais regiões produtoras do país.

“Alguns agricultores têm relatado frequentemente a ineficiência de moléculas químicas em campo. No entanto é importante ressaltar que nem sempre as falhas no controle estão associadas à resistência, por isso é importante que a confirmação seja feita por meio de análises laboratoriais específicas para identificar corretamente o problema”, completa Poletti.

O Engenheiro agrônomo e mestre em entomologia, Patrick Marques Dourado, Pesquisador da Monsanto, que representou IRAC-BR neste evento, ressaltou a importância do comitê que, dentre outras atividades, também fomenta pesquisas sobre resistência a inseticidas. Para Dourado, ainda existe dificuldade muito grande para que informações relacionadas com o manejo da resistência cheguem até o produtor de maneira correta.

“O IRAC-BR tem como papel primordial reforçar a importância do monitoramento da resistência de pragas-alvo a táticas de controle e disponibilizar recomendações para que seja feito corretamente, evitando-se a aplicabilidade dedutiva de inseticidas” reforça Patrick.

A Dra. Lúcia Vivan da Fundação MT contribuiu com as discussões sobre aspectos importantes para a implantação do MIP em culturas estabelecidas no Cerrado, dando ênfase às pragas-chave que ocorrem neste bioma.

Além do painel que abordou a resistência de pragas aos inseticidas, outras duas mesas discutiram o manejo da resistência de fungos e plantas daninhas aos fitossanitários. “Eventos como esse são importantes para difusão de novas tecnologias, bem como para o treinamento e conscientização do agricultor para o uso correto das mesmas. Em função da repercussão do evento, a expectativa é que uma nova edição aconteça em breve” finaliza Thamires.

Produtores captam R$ 21,3 bi de crédito para safra 2016/2017

Em dois meses R$ 21,3 bilhões foram contratados em crédito rural da agricultura empresarial pelos produtores brasileiros. O volume equivale a 12% do total de R$ 183,9 bilhões programados pelo Plano Safra. Dos R$ 3,6 bilhões captados em "Investimento" 39% do montante teve a região Centro-Oeste como destino.

O valor liberado pelas instituições financeiras entre julho e agosto, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é 19,76% inferior solicitado no mesmo período na safra 2015/2016. 

A retração do volume captado no período, explica a Secretaria de Política Agrícola (SPA), é decorrente a antecipação de R$ 10 bilhões nos meses de maio e junho no pré-custeio. O Ministério salienta que nos anos anteriores o pré-custeio havia só foi liberado em julho e agosto.

Dos R$ 21,3 bilhões contratados entre julho e agosto foram captados em "Custeio" R$ 13,2 bilhões, sendo 38% pela região Sul, 28% pelo Centro-Oeste e 23% pelo Sudeste.

Para "Comercialização" foram contratados R$ 4,5 bilhões dos quais 51% pelo Sudeste, 35% pelo Sul e 10% pelo Centro-Oeste.

Já para "Investimento" foram R$ 3,6 bilhões, sendo 39% contratados por produtores do Centro-Oeste, 21% do Sudeste e 27% do Sul.

Na agricultura, segundo o balanço divulgado pelo Ministério da agricultura, 45,6% dos recursos contratados são para a soja e 18,1% em recursos para cooperados. No caso da pecuária 75,2% para a bovinocultura.

Fonte: Olhar Direto

Colheita de morangos em Gramado dos Loureiros/RS está a todo vapor

O município de Gramado dos Loureiros é conhecido regionalmente pela expressiva produção e pela qualidade dos seus morangos. O sabor e aroma intensos dos frutos são características que atraem os consumidores. Apenas neste ano, foram plantados no município cerca de 40 mil mudas de morango. O período de produção é estendido de agosto a dezembro, mas nos meses de setembro e outubro a colheita se intensifica, um benefício para as plantas pelo aumento da temperatura e maior período de luminosidade. 

A comercialização dos morangos pelos produtores acontece nos mercados locais e nos municípios vizinhos. O cultivo do morango representa, para a maioria das famílias, uma excelente alternativa de geração de renda e diversificação da propriedade. De acordo com a Emater/RS-Ascar e a Secretaria da Agricultura de Gramado dos Loureiros, a expectativa para este ano é que os agricultores colham em torno de 850 gramas de morango por planta durante todo ciclo da cultura, considerando as boas condições apresentadas até o momento. 

Outra iniciativa no município, estimulada pela Emater/RS-Ascar e entidades locais, é a conscientização para redução do uso de agrotóxicos no cultivo. Essa ação está se viabilizando devido à eficiência dos produtos biológicos utilizados e pela consciência da importância de uma produção mais limpa, com redução do uso de produtos químicos. 

Fonte: Emater - RS

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Breves recebe I Workshop da Cadeia do Açaí

O município de Breves recebe nesta quarta (14) e quinta-feira (15) o I Workshop da Cadeia do Açaí. O evento acontece pela parte da tarde no auditório do Centro de Desenvolvimento e Educação Profissional (Cedep), localizado na Avenida Rio Branco, e pretende reunir cerca de 200 batedores de açaí para transmitir informações sobre os cuidados que devem ser seguidos durante o processamento desse alimento.

O objetivo é incentivar a adoção de boas práticas por parte dos batedores de açaí. E para isso também participam do evento representantes de bancos públicos. Eles vão prestar informações sobre as linhas de crédito oferecidas para pequenos negócios e que podem ser utilizadas para a aquisição de equipamentos e adequações nas instalações dos locais de processamento do fruto.

Também estarão presentes no workshop representantes da Emater-PA e dos serviços de Vigilância Sanitária dos municípios de Breves e de Belém. Desta última, será apresentada a experiência do selo de qualidade instituído na capital paraense pela prefeitura aos batedores de açaí que seguem as boas práticas de manipulação do fruto.

O workshop faz parte das ações do projeto Bem Diverso, uma parceria entre a Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), com recursos de doação do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A iniciativa abrange ações em outros biomas do país e é liderada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O principal objetivo é conservar a biodiversidade brasileira e gerar renda para comunidades tradicionais e agricultores familiares.

Segundo o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Raimundo Nonato Teixeira, que coordena as ações do projeto na região, a adoção de boas práticas no processamento do açaí se enquadra em um dos objetivos do projeto Bem Diverso, que é melhorar o acesso ao mercado dos produtos da biodiversidade.

O evento conta com apoio da Emater-PA, prefeituras municipais de Breves e de Belém, Banco do Brasil e Banco do Estado do Pará.

Burocracia no setor portuário custa até R$ 4,3 bilhões por ano para o Brasil

Estudo mostra também que atrasos nas obras de infraestrutura portuária deixam de gerar mais de R$ 6,3 bilhões aos investidores



O excesso de burocracia na operação dos portos brasileiros custa muito caro para o país. Elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estudo As barreiras da burocracia: o setor portuário stima um gasto adicional de R$ 2,9 bilhões a R$ 4,3 bilhões anuais com a demora na liberação de cargas e custos administrativos. As causas da lentidão nas operações portuárias são o tempo gasto com documentação, a redundância de processos e a sobreposição de competências dos órgãos anuentes. O trabalho mostra também que os constantes atrasos nas obras de infraestrutura portuária deixam de gerar mais de R$ 6,3 bilhões de caixa aos investidores.

De acordo com o levantamento, a redução potencial dos custos financeiros com a burocracia nas operações portuárias equivale, em média, a 10% dos custos totais do modal aquaviário no Brasil. A CNI defende que medidas, como a profissionalização e a modernização da gestão dos portos, sejam adotadas com celeridade para que o produto brasileiro ganhe competitividade frente ao de outros países. “A burocracia desvia esforços para finalidades improdutivas, aumentando os custos de produção e reduzindo a competitividade do país como um todo”, destaca o estudo da CNI.

Para mapear as fontes de ineficiência do processo portuário, que impõem custo adicional ao produto brasileiro, o estudo analisou quatro fatores inerentes à competitividade do sistema portuário: governança, processo portuário, qualidade da infraestrutura dos portos e dos acessos (terrestre e marítimo) e o ambiente regulatório. Em relação à governança, os principais entraves relacionados ao setor portuário se concentram na ineficiência da administração das Companhias Docas e das concessionárias estaduais pelo setor público.

“É como se fosse um shopping, em que o síndico é a administração portuária e as lojas, os terminais portuários. As lojas são privadas e estão com a produtividade alta. Mas a administração é pública e não está preparada para dar o salto de qualidade que os portos brasileiros precisam”, compara o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso. Outros problemas no setor são a dificuldade na efetivação dos projetos de expansão e de melhoria da infraestrutura, em razão da falta de planejamento de longo prazo, de incentivos aos investidores privados e da lentidão do processo de licenciamento ambiental.

Em vigor há três anos, a nova Lei de Portos é considerada, em geral, positiva pelo setor produtivo. Desde a edição da norma, pelo menos 40 novos terminais privados foram autorizados – antes, a média era de apenas uma autorização a cada três anos. No entanto, a CNI sugere uma série de outras ações para a melhoria do segmento. Entre as principais, estão a transferência das administrações portuárias para a iniciativa privada e a conclusão do processo de revisão das poligonais dos portos organizados.

A nova lei estabelece que terminais privados sejam autorizados somente fora da área do porto organizado. Dessa forma, a delimitação das poligonais passou a ser essencial para a construção de novos empreendimentos. Apesar de a lei ter fixado prazo de um ano para o governo adaptar todas as poligonais, até o momento somente 18 portos tiveram publicados decretos com as respectivas definições.

Em relação à administração portuária, o estudo recomenda a adoção de um programa de concessões. O intuito é aumentar a eficiência das operações, com base não só na experiência brasileira na privatização de serviços de infraestrutura, mas também em diversos exemplos internacionais de portos que se beneficiaram do aumento da participação privada em suas administrações. Alguns exemplos positivos são os portos de Roterdã (Holanda), Antuérpia (Bélgica) e Hamburgo (Alemanha), por exemplo.

Avanços – Entre 2001 e 2015, a quantidade de cargas movimentadas nos portos do Brasil dobrou, saltando de 506 milhões de toneladas para 1,008 bilhão de toneladas por ano. Hoje, todos os terminais portuários no Brasil são operados pela iniciativa privada, totalizando 237 áreas arrendadas em portos públicos e 154 terminais de uso privado (TUPs).

Apesar dos avanços observados nos últimos anos no setor, o maior porto brasileiro, o de Santos, aparece apenas na 38ª posição no mundo no quesito movimentação de contêineres. Quanto à qualidade da infraestrutura portuária, o Brasil aparece apenas na 123ª colocação no ranking de infraestrutura geral e portuária do Fórum Econômico Mundial, que avalia 140 países.

Safra da laranja é reestimada em 1,3% a mais, aponta Fundecitrus

O valor representa um aumento de 1,3% em relação à primeira estimativa de maio/2016


A reestimativa da safra de laranja 2016/17 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro é de 249,04 milhões de caixas, de 40,8 kg cada. O valor representa um aumento de 1,3% em relação à primeira estimativa de maio/2016, que era de 245,74 milhões de caixas.

O trabalho é realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus, com a cooperação da Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp. O aumento é em decorrência do crescimento do tamanho dos frutos, causado pela grande incidência de chuvas nos meses de maio a agosto. A pluviometria acumulada nestes quatro meses foi de 279 milímetros, em média, nas regiões produtoras, 102% maior do que a prevista. Ao contrário do período seco esperado, a chuva, nesse início de safra, se manteve acima da média histórica, condição que vem ocorrendo desde a safra passada.

As águas em maior volume, juntamente com o baixo número de frutos na árvore, contribuíram para o crescimento dos frutos acima da expectativa inicial. Devido a esse ganho de peso da laranja, passa-se a demandar menos frutos para atingir o peso equivalente a uma caixa de 40,8 kg, e por consequência um pequeno aumento da produção estimada.

O efeito é maior nas variedades precoces em função da precipitação ter coincidido com o período de colheita dessas variedades, que está quase no fim. Nas variedades Hamlin, Westin e Rubi, o tamanho dos frutos é revisado em 255 frutos/caixa, quando na estimativa de maio/2016 projetavam-se 275 frutos/caixa. As outras laranjas precoces foram reestimadas em 237 frutos/caixa (oito frutos a menos do que na estimativa inicial).

Na variedade Pera Rio, que é de meia estação, também foi observado um aumento de peso, que tem condições de se sustentar nos próximos meses, pois os solos estão úmidos e se aproximam as chuvas da primavera. A partir da pesquisa de monitoramento de talhões, estima-se que apenas 37% da produção dessa variedade tenha sido colhida, portanto, o tamanho reestimado em 245 frutos/caixa poderá ser novamente revisado até o fechamento da safra.

A taxa de queda de frutos foi reestimada em 14,86%, ligeiramente abaixo do previsto inicialmente em 15%. A queda das variedades Hamlin, Westin e Rubi foi revisada em 9,4%, inferior aos 10% projetados na estimativa de maio. Para as outras precoces, a revisão foi para 10,3%, contra 11% previsto. As taxas de queda da Pera Rio e das demais variedades não foram revisadas. Esses valores menores do que o previsto no início da safra ocorrem, principalmente, em função da maior agilidade na colheita, fato que vem sendo observado na safra atual.

O relatório completo da reestimativa pode ser acessado no site do Fundecitus:http://www.fundecitrus.com.br/pdf/pes_relatorios/0916_Reestimativa_da_Safra_de_Laranja_-_set.pdf

Fonte: Fundecitrus

Exportações agropecuárias brasileiras crescem 3,9% em agosto

Entre os destaques, estão a carne suína e o suco de laranja


As vendas externas dos produtores agropecuários brasileiros chegaram a U$ 7,63 bilhões em agosto deste ano, o que representa um aumento de 3,9% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (9), pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A carne suína cresceu 19,8% no valor exportado (US$ 136,89 milhões). A quantidade, 66 mil toneladas, é a maior de agosto de 2006.

Outro destaque foi o suco de laranja, com um aumento em agosto de 111,4% na receita (US$ 99 milhões). O setor sucroalcooleiro também teve bom resultado. O valor atingiu U$ 1,2 bilhão, crescimento de 91,2% sobre agosto do ano passado. O açúcar foi o produto responsável por esse incremento, chegando a US$ 1,13 bilhão (+106,8%).

Entre os produtos que tiveram queda no faturamento em agosto, estão o complexo soja (-17%), carne bovina (-9,7%) e carne de frango (-6,1%).

A China continuou sendo o principal importador, com US$ 1,53 bilhões. Mas, em relação a agosto do ano passado, a receita caiu 20% em virtude de uma redução na quantidade exportada de soja em grão.

O saldo da balança comercial agropecuária teve superávit de US$ 6,39 bilhões. Este valor é praticamente o mesmo de agosto do ano passado e, segundo a SRI, não foi maior por causa de um aumento nos valores das importações de produtos agropecuários, como milho (+2970%), feijão (+539,4%) e arroz (+358,6%).

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Manejo de pragas em uva de mesa é tema de seminário na Embrapa

Na tarde do dia 14 de setembro, os pesquisadores Marcos Botton (Embrapa Uva e Vinho) e David Robert Haviland (University of California/Estados Unidos) irão apresentar as novidades no manejo integrado de insetos e ácaros pragas em uvas de mesa. O Seminário acontece no Auditório da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS), sendo que a palestra do Prof. Haviland será em espanhol, sem tradução instantânea. A inscrição é gratuita e deve ser realizada no endereço http://perguntas.cnpuv.embrapa.br/index.php/293662/lang-pt-BR, até o dia 12 de setembro. Devido ao espaço do auditório, o número de vagas é limitado.

Segundo o pesquisador Marcos Botton, o objetivo é apresentar as recomendações para o ciclo 2016/2017 e debater as inovações da pesquisa visando ao manejo das principais pragas que atacam as videiras. “Além de abordarmos as pragas presentes no Brasil, vamos ter a oportunidade de conhecer como os produtores da Califórnia estão manejando as diferentes espécies praga, incluindo as que não estão presentes no Brasil, como é o caso da Lobesia botrana”, destaca.

Botton antecipa que a Lobesia botrana, também conhecida como traça-da-uva, é uma praga quarentenária no Brasil, mas que está presente e causando grandes prejuízos no Chile e na Argentina. “Os americanos conseguiram erradicá-la das videiras da Califórnia e com certeza a palestra do professor Haviland auxiliará na definição de estratégias para proteger a nossa produção”, antecipa Botton.

O evento é dirigido a viticultores, técnicos, extensionistas, pesquisadores, professores e estudantes interessados no tema. Informações adicionais sobre o seminário nos telefones (54) 3455-8086 ou 3455-8087.

Serviço:
O que: Seminário Técnico sobre Manejo de Pragas em uvas de mesa
Dia: 14 de setembro
Local: Auditório da Embrapa Uva e Vinho – Rua Livramento, 515, Bento Gonçalves – RS

Programa:
13h30 - Credenciamento
13h45 - Abertura - Chefia da Embrapa Uva e Vinho
14h - Estratégias para o Manejo integrado de insetos e ácaros pragas em uvas de mesa (safra 2016/17) - Marcos Botton (Embrapa Uva e Vinho)
15h30 – Intervalo
15h50 - Manejo integrado de pragas em uvas de mesa na California e respostas à introdução de novas espécies fitófagas (palestra em espanhol) - Farm Advisor University of California - Davis / Cooperative Extension Kern County
17h – Encerramento

Inscrições: as inscrições são gratuitas e devem ser feitas antecipadamente, até o dia 12 de setembro, no endereço: http://perguntas.cnpuv.embrapa.br/index.php/293662/lang-pt-BR
Informações: (54) 3455-8086 ou (54) 3455-8087

Fonte: Embrapa

Os gargalos, as travas e as soluções para o agronegócio brasileiro

Com a presença já confirmada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, que tem como chairman o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, promoverá, em 24 de setembro próximo, a quinta edição do Fórum Nacional de Agronegócios, em Campinas/SP. O evento tem como curador o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e presidente do LIDE AGRONEGÓCIOS, Roberto Rodrigues.

Sob a temática “Gargalos, travas e soluções para o Agronegócio” serão apresentados e debatidos assuntos de grande interesse setorial, como a aplicação do código florestal, programa de renda para o campo, proposta de reforma da legislação trabalhista rural, e oportunidades, dentro dos mercados asiático e africano, para o agro brasileiro.

Estão confirmadas notáveis personalidades e autoridades ligadas ao segmento da agropolítica nacional, como Arnaldo Jardim, secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Ricardo Sales, secretário estadual do Meio Ambiente; João Martins, presidente da CNA; e o líder da FPA, do presidente da Comissão de Agricultura da Câmara Federal, deputado Lázaro Botelho.

O ex-ministro da Agricultura Luiz Carlos Guedes Pinto apresentará um programa de renda para o campo, ao lado de ex-ministro Alysson Paolinelli, presidente da ABRAMILHO – Associação Brasileira de Produtores de Milho; e Edson Nassar, CEO do SICREDI.

A proposta de reforma da legislação trabalhista rural será abordada por Mônika Bergamaschi, presidente do IBISA. - Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade do Agronegócio. Francisco de Godoy Bueno, VP da SRB – Sociedade Rural Brasileira; o deputado federal Marcos Montes; e Antonio Alvarenga, presidente da SNA – Sociedade Nacional da Agricultura; contribuirão com os debates.

O secretário Ricardo Sales falará sobre a aplicação do Código Florestal, com a contribuição do deputado Federal Jerônimo Goergen; e de Luiz Carlos Correa Carvalho, presidente da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio.

Valdemar Carneiro Leão, embaixador do Brasil na China; Irene Gala, embaixadora do Brasil em Gana; e Jacyr Costa Filho, presidente da Tereos; apresentam uma visão do agronegócio brasileiro nos mercados asiático e africano.

No encerramento do evento, que conta com o apoio do LIDE Campinas, liderado por Silvia Quirós, serão realizadas premiações a empresas, do campo dos defensivos, fertilizantes, implementos, sementes e crédito, que mais se destacam no setor, no Prêmio LIDE de Agronegócios.