sexta-feira, 17 de julho de 2015

São Paulo quer estimular plantio de variedades de citros para mesa

Estado de São Paulo é o maior produtor mundial de laranja.
Ideia é que sejam disponibilizadas cerca de 60 variedades.

                        Foto: Reprodução/RBS TV
O Estado de São Paulo, maior produtor mundial de laranja, pretende estimular o plantio de citros de mesa. Nesse sentido, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, lança nesta sexta-feira (17), em Cordeirópolis, o Programa Citricultura Nota 10. A ideia é que sejam disponibilizadas cerca de 60 variedades e porta-enxertos de citros de mesa para serem validados pelos citricultores paulistas.

Um conjunto de variedades selecionadas pelo programa de melhoramento genético do IAC será validado em pomares semicomerciais. O IAC disponibilizará aos interessados grupos de cultivares de laranja, laranja para NFC (usada para suco natural), de baixa acidez, de umbigo, de polpa vermelha e sanguínea. Também serão oferecidos materiais de tangerina, tangerina tipo poncã, tipo murcote, mexerica e lima ácida.

O programa permitirá uma validação desses materiais em pomares distribuídos no Estado de São Paulo, etapa necessária e que antecede a liberação para o plantio em grande escala e ao Registro Nacional de Cultivares (RNC) no Ministério da Agricultura, informa a pesquisadora do IAC, Marinês Bastianel, em comunicado.

Segundo a Secretaria de Agricultura, a citricultura para fruto de mesa tem como características intensiva ocupação de mão de obra e maior agregação de valor por unidade de área cultivada e constitui importante atividade para pequenos e médios produtores. "A citricultura de mesa sempre foi relegada a segundo plano, abastecendo o mercado com cultivares também utilizadas na indústria de processamento. O setor de frutas de mesa necessita de melhor tecnologia, organização, marketing e estruturação de mercado com produtos de maior valor agregado", afirma o pesquisador Marcos Machado, também diretor do Centro de Citricultura IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).

Fonte: Estadão Conteúdo e Globo Rural

Vinhos finos da região de Farroupilha agora tem Indicação Geográfica


Os vinhos finos moscatéis produzidos no município de Farroupilha (RS) receberam esta semana a concessão do registro de Indicação Geográfica (IG), publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O pedido de reconhecimento do vinho produzido na região da Serra Gaúcha foi protocolado há cerca de um ano pela Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Embrapa Uva e Vinho, coordenou o projeto que resultou na obtenção de Indicação Geográfica.

A solicitação formal do reconhecimento exigiu um detalhado dossiê com a delimitação geográfica, a caracterização da vitivinicultura (vinhedos e vinícolas), os processos de produção e as características de qualidade química e sensorial dos vinhos, incluindo a comprovação do renome da região como produtora de vinhos moscatéis finos.

Para poder colocar no mercado vinhos com a IG Farroupilha, além de estar na área delimitada, os produtores deverão atender aos criteriosos processos de produção e de elaboração dos vinhos, segundo o estabelecido no Regulamento de Uso desenvolvido especialmente para os vinhos da IG Farroupilha.

O registro de Indicação Geográfica é atribuído a produtos ou serviços que são característicos de um determinado local de origem. São produtos que apresentam uma qualidade única devido a recursos naturais como solo, vegetação, clima e recursos humanos, como o conhecimento para produzi-lo (saber fazer ou know-how).

Afavin

As atividades para busca da indicação geográfica começaram em 2005, com a criação da Afavin. Na sequência, diversas ações foram desenvolvidas, mas a iniciativa ganhou força em 2009, com a aprovação de projeto de Desenvolvimento e Estruturação da Indicação Geográfica, sob a coordenação da Embrapa Uva e Vinho, tendo como instituições parceiras a Embrapa Clima Temperado, a Universidade de Caxias do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em trabalho conjunto com os produtores associados da Afavin.

O projeto também conta com o apoio do Mapa e da Prefeitura Municipal de Farroupilha. O Ministério da Agricultura é uma das instituições de fomento das atividades e ações para Indicação Geográfica de produtos agropecuários.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, a concessão de indicação geográfica traz inúmeros benefícios aos produtores e consumidores: “Por meio da IG, teremos no mercado vinhos moscatéis espumantes e frisantes que expressam a originalidade da produção da região, proporcionando ao consumidor um produto diferenciado.”

Com a IP Farroupilha, o Brasil passa a ter cinco Indicações Geográficas de Vinhos Finos: IP Vale dos Vinhedos (2002) – DO em 2012, IP Pinto Bandeira (2010), IP Altos Montes (2012), IP Monte Belo (2013) e IP Farroupilha (2015). Todas receberam apoio técnico-científico da Embrapa Uva e Vinho para a sua estruturação.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social
           Ministério da Agricultura

Período seco exige mais atenção na citricultura

Em julho começou a safra 2015/16 das culturas cítricas e, a expectativa é de que 278,9 milhões de caixas de laranjas sejam colhidas, de acordo com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). Junto com esta nova etapa de produção, iniciou também o período seco do ano, e a Bayer CropScience orienta os produtores a preservarem seus pomares contra as pragas, com produtos específicos que devem ser utilizados no inverno. 

Segundo Ricardo Baldassari, gerente de Cultura Citrus da Bayer CropScience, em períodos de seca torna-se mais restrita a utilização de inseticidas sistêmicos para o controle do psilideo, inseto vetor do greening. “Neste caso é necessário usar um produto apropriado para o inverno, como o Winner®, inseticida que pode ser aplicado no tronco das árvores deixando o pomar mais resistente à seca e menos vulnerável às pragas, pois ele se transloca por toda a planta fazendo uma proteção completa”, explica Baldassari. 

O cinturão citrícola brasileiro que engloba o estado de São Paulo e o Triângulo Mineiro é o principal responsável pela produção de laranja do mundo, sendo o Brasil o maior produtor e exportador do suco da fruta e, para assegurar esta posição e uma safra sadia, é necessário que o produtor se previna o quanto antes, principalmente em períodos mais críticos, afinal, durante os períodos secos do ano, a utilização de inseticidas sistemicos torna-se imprescindível para o controle do inseto.

Pesquisas realizadas pela Bayer CropScience em parceria com citricultores do estado de São Paulo, mostraram que a utilização de Winner® promove uma série de benefícios para o produtor como aumento na produção e menor erradicação de plantas, bem como a otimização do número de pulverização, redução de CO2 e, principalmente, uma grande economia de água (2 mil litros por hectare), já que o produto não necessita de adição para utilização. 

Winner® é um inseticida produzido especificamente para a citricultura e apropriado para ser usado durante todo o ano, mas nos períodos secos é o único inseticida que atua por todo o sistema da planta com eficiência. Além de controlar o psilídeo, inseto vetor do greening, tem conferido às plantas mais resistência à seca deixando-as também menos vulneráveis ao cancro cítrico.

Fonte: Agrolink

Físico da Embrapa desenvolve equipamento solar para irrigação por gotejamento

Foto: Divulgação Embrapa
O físico Washington Luiz de Barros Melo, pesquisador da Embrapa Instrumentação (SP), criou um irrigador automático que não usa eletricidade e ainda pode ser feito com materiais usados.

A invenção, acionada com luz solar, pode ajudar pequenos produtores e jardineiros amadores a manter seus canteiros irrigados automaticamente pelo método de gotejamento.

O equipamento é baseado em um princípio simples da termodinâmica: o ar se expande quando aquecido. Melo se valeu dessa propriedade para utilizar o ar como uma bomba que pressiona a água para a irrigação.

Uma garrafa de material rígido pintada de preto é emborcada sobre outra garrafa que contém água. Quando o sol incide sobre a garrafa escura, o calor aquece o ar em seu interior que, ao se expandir, empurra a água do recipiente de baixo e a expulsa por uma mangueira fina para gotejar na plantação.

As vantagens do irrigador caseiro são várias, conforme enumera Melo. Trata-se de um sistema automático sem fotocélulas e que não demanda eletricidade, pois depende somente da luz solar, tornando sua operação extremamente econômica. Ele promove igualmente uma economia de água, pois utiliza o método de gotejamento para irrigar, o que evita o desperdício do recurso.

“Além disso, é possível construí-lo com objetos que seriam jogados no lixo, como garrafas e recipientes de plástico, metal ou vidro”, lembra o especialista. Ele explica que o maior desafio para quem for fazer o equipamento em casa é a vedação. Para o funcionamento do sistema é necessário que as três primeiras garrafas estejam fechadas hermeticamente.

A versatilidade do equipamento também é grande. A intensidade do gotejamento pode ser regulada por meio da altura do gotejador e o produtor pode colocar nutrientes ou outros insumos na água do reservatório para otimizar a irrigação.

“Funciona tão bem que se você sombrear a garrafa, o gotejamento para, e, ao deixar o sol bater novamente, a água volta a gotejar”, afirma o pesquisador que apresenta sua invenção na 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 12 a 18 de julho na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo. 

Citros/Cepea: clima aquece vendas de laranja

Foto: freepik
As vendas de laranja in natura aumentaram nesta semana, devido ao ligeiro aquecimento na demanda, como resultado do clima um pouco mais quente no estado de São Paulo.
Contudo, os preços ainda não têm força para subir, já que a oferta ainda é superior. De 13 a 16 de julho, a laranja pera tem média de R$ 11,46/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 0,3% ante a média da semana passada.

Segundo pesquisadores do Cepea, indústrias estão recebendo as variedades precoces de produtores, mas o volume ainda é insuficiente para restringir a disponibilidade destas variedades no segmento de mesa.
Quanto às exportações de suco de laranja, tiveram bom desempenho em 2014/15, atingindo o maior volume exportado dos últimos cinco anos, de 1,19 milhão de toneladas, em equivalente suco concentrado.

A demanda dos principais importadores do produto nacional (União Europeia e Estados Unidos) foi alta, apesar da tendência geral de redução no consumo de suco. 

Fonte: Cepea/Esalq

Safra da uva 2015 é 16% maior em volume em relação ao ano passado

Foram colhidos mais de 700 milhões de quilos (700 mil toneladas) no Rio Grande do Sul. Qualidade da fruta para elaboração de vinhos, sucos e espumantes foi considerada boa


Foto: Silvia Tonon, divulgação IBRAVIN
Na safra 2015, o Rio Grande do Sul, estado que responde por cerca de 90% da produção da fruta para processamento no país, produziu 702,9 milhões de quilos de uva. Deste total, 632,5 milhões de quilos são de variedades americanas e híbridas - usadas na elaboração de vinho de mesa e suco - e 70,4 milhões de quilos de uvas Vitis vinifera, usadas para elaborar vinhos finos e espumantes. Em 2014, a safra registrada foi de pouco mais 606 milhões de quilos, sendo 540 milhões de americanas e híbridas e 66 milhões de quilos de uvas viníferas. O crescimento em relação à safra passada foi de quase 16% em volume. Os números foram apresentados na manhã desta quarta-feira (15), pelo diretor técnico do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Leocir Bottega, durante a XVI Jornada da Viticultura, em Ipê, na Serra Gaúcha.

Do total processado, 55% das uvas foram destinadas para a elaboração de sucos e derivados que resultaram em 190,9 milhões de litros. 45% do total colhido foram usados na elaboração de vinhos e derivados, resultando em 251 milhões de litros. A soma é de 441,8 milhões de litros de derivados da uva e do vinho nesta safra.

Para o secretário da Agricultura e Pecuária do RS, Ernani Polo, a safra deste ano é motivo de comemoração e mostra a força do estado na produção de uva e seus derivados. "É importante reconhecermos o trabalho de toda a cadeia produtiva, desde o viticultor, passando pela indústria, enólogos, entidades setoriais e governo. Juntos, caminhamos para fortalecer ainda mais a viticultura gaúcha", acredita.

O presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Moacir Mazzarollo, cita alguns aspectos que contribuíram para o resultado. Segundo o dirigente, que é viticultor no município de Veranópolis, na Serra Gaúcha, neste ano a brotação foi mais uniforme e os cachos eram maiores e mais cheios, fatores decisivos para o maior volume. Mazzarollo pondera que os períodos de chuva alternados com predominância de tempo seco prejudicaram alguns produtores, mas que a perda acabou sendo pequena. "Tínhamos uma expectativa de que superaríamos em até 10% a safra anterior, mas o resultado foi melhor do que o esperado", comemora.

Quanto à qualidade, Mazzarollo afirma que os relatos que tem colhido junto às cooperativas e demais empresas são de uvas com boa sanidade, cor e graduação dentro da média e até superior aos últimos anos. "Acredito que a redução na espera dos produtores para a entrega nas vinícolas foi fundamental para manter a qualidade da matéria-prima", conclui.

Olir Schiavenin, presidente da Comissão Interestadual da Uva, justifica a safra maior em relação ao ano passado em função do aumento de áreas plantadas, com mudas novas e formas mais adequadas de manejo. "A cada ano observamos um cuidado maior com a uva que resulta em maior produtividade e também reflete na qualidade do produto final", diz. Schiavenin acrescenta que os custos de produção obrigam os produtores a aumentar o volume para viabilizar a atividade. "Continuamos com problemas como da mão-de-obra, cada vez mais escassa e cara, da sucessão rural, entre outros pontos que precisam ser analisados e colocados na balança quando comemoramos um safra como esta, que foi boa em volume e qualidade", propõe.

Números por variedades

* Entre as variedades que mais cresceram na safra 2015, destaque para a branca Chardonnay que passou de 5,8 milhões para 7,1 milhões de quilos, um crescimento de mais de 23%. 
* As tintas mais significativas em volume processado - Merlot e Cabernet Sauvignon - apresentaram resultados distintos, com leve crescimento da primeira, de 7,8 milhões para pouco mais 8 milhões de quilos nesta safra. Já a Cabernet Sauvignon teve redução de 1,1 milhão de quilo (menos 13,4% em relação à safra anterior). 
* Entre as variedades americanas e híbridas, a Isabel, que é utilizada para vinho de mesa e suco de uva, apresentou um crescimento de mais de 12%, passando de 228,5 milhões de quilos para 256,4 milhões nesta safra. Já a Bordô, bastante usada nos sucos, apresentou crescimento de quase 22%, passando de 113 milhões para 137,3 mi lhões de uvas processadas. 
* Outro destaque entre as americanas e híbridas, que juntas cresceram mais de 17% em relação à safra passada, está a Niágara Branca, que saltou de 27,9 para 50,3 milhões de quilos neste ano, um crescimento de quase 80%.

Fonte: Assessoria de Imprensa 
IBRAVIN (Instituto Brasileiro do Vinho)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Startup cria pó de alimentos vencidos para combater fome

O pó está disponível em três sabores diferentes: banana, framboesa e manga
Foto: Exame.com
Uma startup sueca criou uma tecnologia que desidrata frutas vencidas e as transforma em um pó, cujo objetivo é solucionar um terrível paradoxo: enquanto quase um bilhão de pessoas no mundo sofre com a fome, o resto do planeta desperdiça cada vez mais comida.

Segundo a ONU, cerca de 1,76 milhão de toneladas de comida é desperdiçada por ano no mundo, quase 40% de tudo que é produzido, algo que gera um prejuízo de 2,36 trilhões de reais para a economia global.

Segundo o Programa Alimentar Mundial, uma agência ligada às Nações Unidas, 795 milhões de pessoas no planeta não têm comida suficiente para ter uma vida saudável.

A razão mais comum para a larga escala desse desperdício é o consumo desenfreado de alimentos, principalmente nos países mais desenvolvidos.

As pessoas compram ou preparam mais comida do que precisam. Além disso, existe o costume de jogar fora alimentos que ultrapassam a data de vencimento, sem que eles tenham sido consumidos.

Para tentar solucionar esse problema, um grupo de estudantes de pós-graduação na Suécia criou um produto chamado FoPo Food Powder.

A ideia é simples: os alimentos são estragados pelas bactérias, e as bactérias amam água. Ao desidratar a comida, ela irá demorar mais tempo para estragar.

Seco, o alimento é pulverizado e transformado em um pó colorido que aumenta a validade da fruta de duas semanas para dois anos.

As frutas usadas no FoPo são compradas de agricultores e varejistas, normalmente na véspera de sua data de vencimento. Assim, os alimentos podem ser comprados por um valor menor, mas que não irá gerar prejuízo para quem está vendendo.

A startup foi criada por Kent Ngo, engenheiro mecânico, Gerald Marin e Vita Jarolimkova, especialistas em inovação alimentar.

"Não queremos criar um novo produto ou tecnologia, mas criar valor a partir da ineficiência do sistema alimentar", afirmou Marin ao site Mashable.

A ambição da FoPo é alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050, reduzindo 40% do desperdício dos alimentos produzidos no planeta. O pó está disponível em três sabores diferentes: banana, framboesa e manga (o desenvolvimento de uma versão de abacaxi deve terminar nos próximos meses).

O produto final retém entre 30% e 80% do valor nutricional do alimento original e pode ser colocado sobre iogurtes e sorvetes, usado em bolos ou misturado com vitaminas.

A bem sucedida campanha de financiamento da FoPo no Kickstarter superou a meta de arrecadação em quase 50 mil reais e deve começar a entregar os primeiros produtos para os primeiros doadores em agosto.

Os fundos arrecadados serão usados para que a empresa encontre um fabricante confiável para os produtos e teste os alimentos.

Atualmente, a startup participa de um projeto piloto nas Filipinas, onde fazendas locais estão doando mangas e abacaxis para uma primeira carga, que será financiada pelo governo filipino e a Organização das Nações Unidas para Alimento e Agricultura.

Estima-se que cerca de 20% das crianças filipinas tenham problemas de nutrição, agravados pela quantidade de catástrofes que atingem o país todos os anos.

Fonte: Revista Exame

Frente para Agroecologia e Produção Orgânica é instalada na Câmara

Com mais de 200 integrantes, foi lançada nesta terça-feira (14) a Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A iniciativa pretende desenvolver e integrar ações para a promoção e o fortalecimento da agroecologia e a busca da soberania e segurança alimentar e nutricional.

No ato de instalação, o presidente da frente, deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), disse que será um espaço para “discutir as políticas públicas e incentivar a agricultura familiar por meio da agroecologia”. “Para isso, é muito importante a participação de todos os setores do governo, da comunidade”, afirmou.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário esteve representado pelo secretário da Agricultura Familiar, Onaur Ruano. Ele ressaltou a importância da criação da Frente: “Estamos trazendo de volta a consolidação do que para todos nós é muito importante, termos uma institucionalidade que possa ser de fato a base que ancora nossas ações e as demandas dos movimentos sociais. É algo que nos permite que, de forma articulada, continuemos a avançar na produção agroecológica e orgânica de alimentos”, destacou.

Prioridades

Durante o I Seminário Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica foram definidas sete metas que são consideradas prioritárias pela Frente Parlamentar, entre elas, reafirmar a importância do cumprimento da função social da terra e dos recursos hídricos; defender a liberdade de produzir alimentos livres de agrotóxicos e transgênicos; e reproduzir, conservar e estimular todas as formas de diversidades de sementes e mudas.

Ações do MDA

O ministério já desenvolve políticas de incentivo a essas formas de produção como a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo) - instituída em 2012 e o Plano Nacional da Agroecologia (Planapo), que tem o objetivo de articular e implementar programas e ações de incentivo a produção agroecológica, a produção orgânica e de base agroecológica.

Há também a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo), órgão de composição paritária entre governo e sociedade civil organizada, voltado ao diálogo, participação e controle social do Planapo; a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo), no âmbito governamental, com a responsabilidade de elaborar e executar o Planapo, articulando os diferentes órgãos e entidades do Poder Executivo Federal.


Fonte:Ascom/MDA
por Tássia Navarro

Pesquisas com açaí ganham reforço no Acre

Realizar pesquisas e desenvolver tecnologias para a cadeia produtiva do açaí no Acre. Esse é o objetivo do Termo de Cooperação Técnica assinado, este mês, entre a Embrapa e o produtor rural José Augusto Araújo de Faria, da Fazenda Providência, localizada no município de Bujari.

A propriedade, única que cultiva o açaí em grande escala no estado, tem uma área de 200 hectares plantada com cerca de 400 mil pés do cultivar desenvolvida pela Embrapa Amazônia Oriental, BRS Pará, açaí de touceira (E. oleracea), cultivados em sistema de monocultivo irrigado. Em outros 100 hectares, foi feito plantio consorciado de banana e açaí solteiro (E. precatória), espécie que ocorre na região da Amazônia Ocidental, principalmente do Acre.

A produção acreana de açaí é extrativista. Seu consumo faz parte da dieta dos acreanos e já ganhou notoriedade em todo o Brasil, no entanto, a produção local não atende a demanda total do mercado. Para o pesquisador da Embrapa Acre, Romeu Andrade Neto, a parceria irá proporcionar conhecimento científico sobre as duas espécies de açaí plantadas na fazenda. "Com os estudos, poderemos verificar as melhores condições para o plantio do BRS Pará aqui no estado e, se possível, recomendá-lo para ser utilizado pelos produtores da região, uma vez que esse cultivar ainda não foi testado no Acre. Estudos sobre o açaí solteiro ainda são escassos", enfatizou.

Nos cinco anos de vigência do Termo de Cooperação, serão realizados sete experimentos: avaliação de diferentes espaçamentos do açaizeiro em sistema de cultivo irrigado e sequeiro, consorciamento de açaizeiro com espécies frutíferas, adubação de açaí solteiro nas fases de plantio e produção, seleção de genótipos superiores de açaí solteiro, monitoramento da ocorrência e avaliação de métodos de controle do fungo da antracnose, prospecção de pragas em cultivo e forma de controle, levantamento de solos e avaliação dos estoques de carbono do solo.

Eufran Ferreira do Amaral, chefe-geral da Embrapa Acre, diz que vem sendo demandados e articulados projetos de pesquisa para a cultura do açaí. "Todo mundo irá ganhar com essa parceria. A partir do momento em que as pesquisas são iniciadas, ocorre um ganho temporal nas etapas do processo. Nessa relação público-privada, o tempo de geração de novas tecnologias e validações tende a ser reduzidas e, assim, contribuímos em toda a cadeia produtiva de uma determinada cultura", acrescentou.

Para o produtor rural José Augusto, o açaí apresenta potencial para alavancar a economia do estado. "O Estado tem que se voltar para a produção de produtos viáveis economicamente, tanto de fácil plantio quanto para se exportar. Agora, com a excelência e qualidade técnica da Embrapa, temos tudo para efetivamente fazermos um grande trabalho e minimizarmos os riscos", afirma.

O produtor rural conta, ainda, que, recentemente, adquiriu uma propriedade em Porto Acre, onde irá implementar uma agroindústria, com a realização do beneficiamento e processamento da fruta. "O açaí, depois de colhido, oxida em poucas horas. Se quisermos utilizar a polpa e o caroço, é preciso se instalar em uma região com boa estrada e rede de energia elétrica. Nesse local tem tudo isso e supre a questão logística do projeto".

Principais experimentos

Pesquisas sobre o açaí solteiro serão de grande importância para estimular a implantação de áreas de cultivo com essa espécie. Neste sentido, a Embrapa Acre, em parceria com outras Unidades da Embrapa na Amazônia, vêm articulando projetos em rede, principalmente, na área de domesticação e sistema de cultivo dessa espécie e atualização do sistema de cultivo existente para o açaí de touceira.

A área de100 hectares do açaí solteiro consorciado com a cultura da banana comprida, cultivar d'Angola, para sombreamento do açaizal foi implementada em dezembro de 2014. Para controlar a incidência de sigatoka-negra no bananal, será feita a aplicação de pequenas doses de fungicida, tecnologia que está sendo testada pela Embrapa no Acre. A sobrevivência das fruteiras será avaliada a cada mês e, semestralmente, as variáveis de crescimento das plantas de açaizeiro (altura, diâmetro do caule, número de folhas emitidas e vigor).

Cultivar BRS Pará

A BRS Pará é o primeiro cultivar de açaizeiro desenvolvido pela Embrapa, selecionado para produção de frutos em condições de terra firme. Apresenta precocidade de produção, com os primeiros cachos colhidos aos três anos de plantio. No oitavo ano de idade, a produtividade é estimada em 10 toneladas hectares por ano. O rendimento para produção de polpa gira em torno de 15% e 25%. A estatura de planta baixa é um diferencial, que contribui na eficiência operacional no processo de colheita dos frutos. 

Fonte: Embrapa Acre 

Baru e buriti são incluídos na Garantia de Preço Mínimo

Foto: Arquivo MDA
O baru e o buriti também estão contemplados na Política de Garantia de Preço Mínimo para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). A decisão foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a portaria com os valores foi publicada no Diário Oficial da União.

Na mesma portaria, outros 15 produtos extrativos tiveram os preços reajustados. Entre eles, destaca-se a carnaúba, com aumento no preço mínimo de mais de 50%. Com a medida, a cera extraída da palma saiu de R$ 8,12 o quilograma, na safra passada, para R$ 12,36, na safra atual; e seu pó cerífero (tipo B) saiu de R$ 4,97 o quilograma, para R$ 7,56.

A mesma portaria traz ainda a expansão da macaúba para todas as regiões do Brasil, com exceção da região Sul. Este é o segundo ano do fruto na PGPM-Bio, comercializado por R$ 0,45 o quilo, enquanto no mercado comum o valor cai, em muitos estados, para R$ 0,15. O fruto da macaúba é matéria prima para a produção de óleo como o biodiesel, polpa, farinha e carvão, entre outros co-produtos.

Para a coordenadora de Diversificação Econômica da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Maria Duringer, a inserção de novos produtos na pauta da PGPM-Bio reduz a vulnerabilidade dos produtores diante da força do mercado.

“Essa política é uma garantia para os agricultores familiares e suas organizações produtivas porque possibilita a manutenção e ampliação de suas atividades”, explica Duringer.

A PGPM-Bio possibilita ao extrativista receber um bônus na venda do produto coletado nas florestas nas operações em que o preço pago pelo produto for inferior ao mínimo fixado pelo Governo Federal. Atualmente, 14 municípios em 11 estados operam a PGPM-Bio, sendo que desde 2009 já foram aplicados mais de R$ 19 milhões em aproximadamente 58 mil acessos.

Como acessar

Para acessar a PGPM-Bio, o agricultor familiar extrativista ou cooperativa/associação precisa apresentar a documentação exigida na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e comunicar a comercialização.

Os documentos são: cópia da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP); segunda via da nota fiscal de venda (nota avulsa) ou de compra; conta corrente/ordem bancária e cópia do CPF regular (no caso de agricultor individual).

Fonte: Ascom/MDA

FAO apresenta boas expectativas para a agricultura familiar brasileira

Na próxima década, o Brasil será o principal exportador de alimentos do mundo e a agricultura familiar será imprescindível para garantir a segurança alimentar e nutricional do país. É o que prevê o relatório “Perspectivas Agrícolas 2015-2024” lançado nesta quarta-feira (15), pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Brasília. Pela primeira vez, o documento traz um capítulo totalmente dedicado à produção agropecuária brasileira.

Segundo o estudo, os bons resultados já expressados pelo Brasil estão ligados aos investimentos governamentais para o setor, como crédito, assistência técnica e desenvolvimento de pesquisas para o meio rural, que aumentaram a produtividade nos últimos anos. O relatório aponta que, desde 1990, a produção agrícola dobrou e a pecuária triplicou no país. 

Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, a próxima década é de consolidação do papel que a agricultura brasileira tem desenvolvido, dentro e fora do país. “Queremos investir na agregação de valor dos produtos, por meio das nossas agroindústrias; no cooperativismo, que é um importante instrumento de desenvolvimento dos produtores familiares e na comercialização”, destacou.

De acordo com o economista da Diretoria de Comércio e Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Jonathan Brooks, os próximos anos serão favoráveis para os produtores familiares. “A agricultura familiar terá grandes oportunidades na produção de café, frutas tropicais, suínos e aves”, apontou.

O diretor da FAO, José Graziano da Silva, relatou que o crescimento previsto para o Brasil deve ocorrer com foco na preservação ambiental. “O relatório estima que o país continuará, nos próximos anos, fortalecendo a produção. Esse crescimento deverá ocorrer de forma sustentável, uma vez que o Brasil já é referência em iniciativas desse tipo em todo mundo. O documento mostra que estamos no caminho certo”, ressaltou.

Patrus explicou, ainda, a necessidade de se ter produtos em quantidade, mas também de qualidade. Alimentos que, efetivamente, promovam a saúde e a vida das pessoas. “A agricultura familiar cumpre um papel fundamental na segurança alimentar e nutricional do nosso país. O arroz, o feijão, as carnes, as frutas e as verduras que vão para as mesas dos brasileiros têm muito a ver com a agricultura familiar”, realçou.

Segundo o relatório, as propriedades familiares representam mais de 80% das unidades de produção. De forma geral, mais de 12 milhões de pessoas atuam em propriedades familiares.

Saiba mais

O relatório “Perspectivas Agrícolas 2015-2024” é uma publicação conjunta entre a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Diretoria de Comércio e Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento, lançado todos os anos, traz as perspectivas agrícolas mundiais, com projeções para um período de dez anos. Em 2013, o documento trouxe informações sobre a produção agropecuária da China e, no passado, da Índia.

De acordo com o estudo, o Brasil é o segundo maior exportador agrícola mundial e o maior fornecedor de açúcar, suco de laranja e café. É ainda um grande produtor de milho, arroz e carne bovina – cuja maior parte é consumida no mercado interno.


Fonte: Ascom/MDA
por Gabriella Bontempo

Mercado interno de defensivos tem queda de 15% no semestre

As vendas da indústria brasileira de defensivos agrícolas registram queda de 15% no semestre, em comparação com igual período do ano passado. As informações foram divulgadas pelo diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher.

“Se no começo do ano estimávamos um crescimento de 2% a 3%, a perspectiva agora é de andarmos de lado ou vermos uma pequena redução, considerando o faturamento em reais. Isso não necessariamente implica em vendas menores até o final da safra. Haverá concentração da entrega em um período muito curto, o que deve acarretar problemas logísticos”, afirma ele.

O dirigente justifica a retração em função da descapitalização dos produtores, do aumento das taxas de juros para o financiamento agrícola e da forte subido do Dólar em relação ao Real. Daher prevê um faturamento de US$ 11,4 bilhões para a safra 2015/2016. Isso representaria uma baixa de 7% na comparação com a temporada 2014/2015 (quando foram US$ 12,2 bilhões).

Mesmo assim, o dirigente prevê que o produtor “irá atrás do recurso, até para testar se ele está de fato disponível no banco. Talvez a procura por financiamento seja até maior”. “Estamos retornando ao cenário anterior, em que tradings e bancos respondiam por dois terços do custeio da safra”, conclui. 

Fonte: Agrolink

Mapa intensifica combate à praga que ataca cacaueiro

Ações têm objetivo de prevenir introdução da monilíase no Brasil



Foto: Arquivo Mapa
O Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSV/Mapa) vai intensificar as ações de fiscalização e prospecção de fronteiras como parte do Plano de Contingência da Monilíase do Cacaueiro. As medidas têm como objetivo prevenir a introdução da praga no Brasil e evitar perdas ao setor cacaueiro, que podem variar de 50% a 100% da produção.

O plano será conduzido por uma força-tarefa que vai contar com a participação da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Mpa. Parcerias com agências estaduais de defesa agropecuária para o controle e a educação fitossanitária estão entre as ações previstas.

A decisão de criar uma força-tarefa para reforçar as medidas fitossanitárias de combate à monilíase do cacaueiro foi definida na última reunião de avaliação do plano, realizada no fim de junho, em Belém.

De acordo com o diretor do DSV, Luís Rangel, como a praga está presente em países próximos ao Brasil, como Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, ela pode representar risco às lavouras nacionais. “A monilíase pode ser disseminada facilmente pelo transporte de frutos e material vegetativo e também em embalagens contaminadas pelo fungo. O reforço na fiscalização é fundamental para a proteção do setor cacaueiro. ”

Segundo o assessor técnico da Ceplac Manfred Müller, a instituição está trabalhando intensivamente em pesquisas científicas voltadas às áreas de resistência de plantas ao fungo Moniliophthora roreri, causador da monilíase; controle biológico e químico e de produtos alternativos utilizados como indutores de resistência.

O agronegócio do cacau envolve cerca de 50,3 mil famílias e gera 500 mil empregos diretos e indiretos no Brasil, segundo dados da Ceplac.




quarta-feira, 15 de julho de 2015

BRDE libera R$ 852 milhões para investimento no agronegócio do PR

Desse total, R$ 575 milhões foram liberados às cooperativas.
R$ 277 milhões são para cooperados e operações diretas com produtores.



O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou cerca de R$ 852 milhões em crédito para investimentos no setor de agronegócio paranaense, no primeiro semestre deste ano. Desse total, R$ 575 milhões foram liberados às cooperativas e R$ 277 milhões para cooperados e operações diretas com produtores rurais.

Com as operações de janeiro a julho, incluindo todos os setores, o banco fechou o primeiro semestre com R$ 958 milhões em financiamentos, praticamente a totalidade da previsão de contratações em 2015, de R$ 1 bilhão. O desempenho do banco foi detalhado ontem pelo governador Beto Richa, durante cerimônia no Palácio Iguaçu, em Curitiba, quando foram formalizados contratos de financiamento com 15 cooperativas agropecuárias.

O agronegócio representa 60% das operações totais do BRDE, com financiamentos para projetos de investimento, principalmente, em armazenagem, suinocultura, avicultura, produção de leite e agregação de valor à produção no campo.


Fonte: G1- Globo Rural

terça-feira, 14 de julho de 2015

Relatório de inspeção do cancro e greening deve ser entregue até 15 de julho

Citricultor tem até 1º de outubro para fazer o cadastro no sistema Gedave.



Foto: Divulgação SAASP
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), está enviando comunicado aos citricultores do estado, seja ele proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título, informando que a partir de 1º de outubro será necessário o código provisório da Atividade Produtiva (AP) para a entrega do relatório semestral de inspeção do cancro cítrico e greening. 

Para obter o código provisório é preciso fazer o cadastro de pessoa física, pessoa jurídica, propriedade e atividade produtiva (AP) no sistema Gedave, através da internet, no endereço:http://gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br

Para a entrega do relatório do primeiro semestre de 2015, que deve ser informado até o dia 15 de julho, não haverá mudança. Ela continua a ser feita pelo sistema atual, no endereço http://sistemas.cda.sp.gov.br/greening/

Vicente Paulo Martello, diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal informa que “para a entrega do relatório do segundo semestre de 2015 será necessário o código provisório da AP. O Estado tem hoje quase 13 mil propriedades para serem cadastradas. A orientação é para que o citricultor não deixe para a última hora. Caso tenha alguma dúvida com relação ao cadastro e sobre os documentos que devem ser entregues na unidade de Defesa Agropecuária para comprovar as informações cadastradas, deve ser acessado o sistema Gedave e clicar em “Manual do Produtor Citricultor para entrega do Relatório de Cancro Cítrico e Greening", que tem todas as informações”. O manual está disponível no endereço:http://www.defesaagropecuaria.sp.gov.br/www/sistemas/gedave/

Por Teresa Paranhos
Assessoria Imprensa - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo Coordenadoria de Defesa Agropecuária
Telefone: (19) 3045.3350

Exportação de mangas colhidas no sertão de PE deve aumentar este ano

Mudanças na padronização da fruta abrem espaço no mercado americano.
Caixa de quatro quilos é vendida para os Estados Unidos por US$ 4.


Foto: Globo Rural
A exportação de mangas produzidas no sertão de Pernambuco pode aumentar este ano. Uma mudança na padronização da fruta deve criar mais espaço para as vendas no mercado norte-americano.

O Vale do São Francisco concentra o maior pólo de fruticultura irrigada do país. De acordo com a Associação de Produtores e Exportadores do Vale, 90% das mangas exportadas pelo Brasil saem da região. A expectativa é de que, este ano, a cultura movimente cerca de R$ 370 milhões, destes, mais de R$ 93 milhões vêm dos Estados Unidos.

A colheita para o mercado americano só começa em agosto. Este ano, os produtores estão comemorando uma novidade: é que a partir de agora, a manga que vai para os Estados Unidos está bem maior.

Antes só era permitido frutos com até 650 gramas, agora, o produtor pode enviar a manga com até 900 gramas.

“É um ganho porque vamos colocar no mercado americano uns 18% a mais de fruta de calibres maiores, que normalmente não tinham destino comercial. Agora nós vamos vender essa fruta, com ganho adicional para os produtores", explica Altamir Guilherme Martins, produtor e exportador de manga.

A caixa de quatro quilos de manga é vendida hoje para os Estados Unidos por US$ 4, cerca de R$ 12.

Fonte: Globo Rural

Superávit do agronegócio soma US$ 8,067 bilhões em junho, queda de 4%

Valor representa recuo em relação a junho de 2014.
Dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura.

O superávit do agronegócio em junho foi de US$ 8,067 bilhões, queda de 4%, ante os 8,396 bilhões do mesmo mês de 2014. Conforme dados divulgados no último dia 07 de julho pelo Ministério da Agricultura, as exportações do agronegócio somaram no mês US$ 9,13 bilhões, recuo de 5% em relação ao mesmo mês de 2014. Já as importações atingiram US$ 1,06 bilhão, 12,8% abaixo dos US$ 1,21 bilhão de junho do ano passado. Apesar do desempenho, a participação do agronegócio no total das exportações brasileiras alcançou 46,5% no mês, destaca o Ministério.

O complexo soja, com 49,1% de participação; carnes, com 14,6%; produtos florestais, com 9,8%; complexo sucroalcooleiro, com 7,5%; e café, com 4,9%, puxaram o desempenho na exportação. As vendas externas do complexo soja caíram de US$ 4,62 bilhões para US$ 4,48 bilhões (-3,0%), apesar de o volume embarcado de soja ter sido recorde com quase 10 milhões de toneladas. As vendas externas de farelo de soja recuaram 32,5%, para US$ 620 milhões, resultado de embarques 3,5% menores e da queda de 30,0% do preço médio do produto, totalizando US$ 620 milhões. As vendas de óleo de soja recuaram 5,5% em volume, 19,2% em preço médio e a receita passou de US$ 134 milhões em junho de 2014 para US$ 102 milhões agora.

O Ministério informa que as exportações de carnes atingiram US$ 1,33 bilhão no mês que passou, queda de 6,2% ante o ano de 2014. Foram embarcadas 573 mil toneladas (+17,3%), mas como o preço médio caiu 20% - para US$ 2.320 a tonelada - a receita foi de US$ 1,330 bilhão (-6,2%). O principal produto negociado em junho foi a carne de frango, com 389 mil toneladas (+31,4%) e US$ 677 milhões em valor exportado (+9,8%). As vendas externas de carne bovina totalizaram US$ 484 milhões (-16,8%), com queda tanto no volume negociado (-10,0%), quanto no preço médio do produto (-7,6%). O volume embarcado ao exterior de carne suína cresceu 5,4%, mas com a queda no preço médio, que passou de US$ 3.818 por tonelada para US$ 2.566 por tonelada (-32,8%), a receita recuou 29,2%, para US$ 118 milhões em junho.

Ainda conforme o Ministério, as exportações do complexo sucroalcooleiro caíram de US$ 867 milhões em junho de 2014 para US$ 688 milhões em junho de 2015 (-20,7%), apesar do aumento de 4,2% na quantidade comercializada. O preço médio do açúcar passou de US$ 407 para US$ 321 por tonelada (-21,0%), enquanto a quantidade comercializada cresceu 7,7%. A receita com as vendas do produto foi 14,9% maior e alcançou US$ 642 milhões. O preço médio do álcool saiu de US$ 834 por tonelada para US$ 611 por tonelada (-26,7%) em junho deste ano. O volume recuou 45,5% e a receita caiu 60,1%, para US$ 45 milhões.

As exportações de café somaram US$ 450 milhões (-18,5%) e 151 mil toneladas embarcadas (-8,2%). O café verde foi o principal item exportado no mês, com US$ 393 milhões e queda de 21,3% em comparação aos US$ 499 milhões de junho de 2014. As vendas externas de café solúvel aumentaram 11,5% e totalizaram US$ 51 milhões no período.

Na importação, os principais itens foram papel e celulose (US$ 116 milhões e -19,0%); trigo (US$ 101 milhões e -1,4%); pescados (US$ 74 milhões e -22,2%); lácteos (US$ 39 milhões e +2,3%); e borracha natural (US$ 31 milhões e -15,8%).

Acumulado do ano

Considerado o primeiro semestre de 2015, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 43,26 bilhões, queda de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações foram de US$ 7,06 bilhões, 15,3% menores que no mesmo período em 2014. O saldo da balança comercial do setor foi positivo em US$ 36,2 bilhões, mas 12% menor que o observado no primeiro semestre do ano passado, quando foi de US$ 49,112 bilhões. Conforme o Ministério, o agronegócio representou quase metade (45,9%) das vendas externas do Brasil no período.

Fonte: Globo Rural

Aluno ganha medalha por remédio contra gripe à base de acerola e caju

Helyson Lucas criou uma polpa de frutas que previne e combate a gripe.
Estudante ganhou prêmio internacional pela ideia e pretende comercializar

O estudante Helyson Lucas Bezerra apresentando seu projeto na feira de ciências Intel ISEF, em Pittsburgh, nos Estados Unidos,
em maio deste ano   (Foto: Arquivo pessoal)


Um estudante cearense juntou conhecimento popular e científico para desenvolver o projeto de um antiviral à base de frutas que ganhou medalha de bronze em uma feira nos Estados Unidos. Helyson Lucas Bezerra, de 19 anos, misturou extrato de acerola, de goiaba e de caju com óleo de romã e criou uma polpa rica em vitamina C. Ele diz que seus testes comprovaram que ele ajuda na prevenção e no tratamento da gripe.

O projeto batizado de “Ação sinergética de antiviral natural” começou a ser desenvolvido em 2013 por iniciativa do estudante.

“A gripe atinge bastante toda a minha escola e a minha cidade, sem ter bons medicamentos que pudessem combatê-la de forma eficaz e barata”, conta Helyson, que faz o curso técnico em meio ambiente do Instituto Federal do Ceará (IFCE), em Limoeiro do Norte.

Helyson diz que o antiviral criado com a polpa das frutas é capaz de reduzir os sintomas da gripe em pouco tempo, aumentar os leucócitos (glóbulos brancos) no sangue e destruir o vírus de forma mais rápida. Segundo o estudante, quem tomar seu composto “tem uma chance maior de recuperação [da gripe] em relação a outros medicamentos”.

A ideia da combinação de frutas veio da população local. Ele aplicou um questionário como parte da pesquisa. O estudante tirou a fórmula para o composto a partir das frutas mais comuns que as pessoas afirmaram usar para combater os sintomas da gripe.

“Pensei em juntar todas, procurar por novas substâncias e vi que elas trabalham melhor juntas do que separadas, que era como a população usava”, comenta Helyson.

Métodos

Com a polpa feita, Helyson recorreu à comunidade novamente para testar sua criação. Ele elaborou três análises diferentes: uma com pessoas que só utilizavam acerola, goiaba e caju para combater os sintomas da gripe, outra com quem apenas fazia gargarejo com as sementes de romã e uma terceira com pessoas que usavam a combinação dos dois métodos.

“Depois dessas entrevistas, constatei que quem utilizava as frutas com a semente da romã tinha uma resposta superior [do que a dos outros dois métodos]”.

Prêmio nos EUA

Com o projeto do antiviral, Helyson ganhou em maio a medalha de bronze na competição de ciência Intel ISEF, na categoria biomedicina e ciência da saúde, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. A próxima feira que o estudante vai participar é a Genius Olympiad, em Nova York, em julho de 2016.

Os resultados positivos da pesquisa fazem Helyson pensar em comercializar seu composto como alimento, na forma de polpa, ou em forma de medicamento, isolando as substâncias benéficas contra a gripe de cada fruta. Mas, antes, é preciso patentear a ideia. “Como ela já é bastante utilizada de forma autônoma, pretendo divulgar mais e o próximo passo é conseguir mais apoio para a patente”, afirma.

Fonte: G1

Valor da produção brasileira de 2015 é de R$ 463,3 bilhões

Do total, as lavouras representam R$ 295,1 bilhões, e pecuária, R$ 168,1 bilhões



O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2015 é de R$ 463,3 bilhões. As lavouras somam R$ 295,1 bilhões, o que representa uma redução de 1,8% em relação ao VBP de 2014. A pecuária totaliza R$ 168,1 bilhões, aumento de 2,2% em comparação com o ano passado. Os preços agrícolas mais baixos do que em 2014, para produtos importantes na formação do faturamento bruto, como milho, arroz, laranja e cana de açúcar, foram decisivos para o desempenho deste ano. Os dados são estimados pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com base nas informações de junho.

A mamona foi destaque em crescimento no VBP, com 103,2%. Em seguida estão: cebola, 97%; pimenta do reino, 48,3%; trigo, 7,2%; e soja, 3,3 %. Com queda nos preços, a relação dos produtos que tiveram redução no VBP conta com importantes produtos na formação na renda, como algodão, batata inglesa, cacau, cana-de-açúcar, laranja e mandioca, entre outros.

Já na pecuária, a carne bovina lidera a alta do VBP, com 9,4% em relação a 2014. Ovos e suínos também estão com maior faturamento este ano, mas a carne de frango e leite estão com valores abaixo do que ano passado.

Clique aqui para acessar os dados do VBP.

Regiões

Como apontado em relatórios anteriores, o Sul ficou em primeiro lugar no faturamento neste ano, com R$ 135,3 bilhões, seguido pelo Centro-Oeste, com R$ 124,4 bilhões, e Sudeste, com R$ 116,5 bilhões. Em quarto está o Nordeste, com R$ 47,4 bilhões e, em quinto, o Norte, com R$ 27,2 bilhões.

Este também é o segundo ano consecutivo que o valor da produção de Mato Grosso, de R$ 60,07 bilhões, supera o de São Paulo, de R$ 58,07 bilhões.

Clique aqui para acessar a tabela regional.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Agricultura

Governo regula importação de maçã, pera e outras frutas

Requisitos fitossanitários foram estabelecidos e levaram em consideração a erradicação da Cydia pomonella


Foto Ilustrativa - Freepik
Depois de erradicar a Cydia pomonella no ano passado, o Brasil aprovou os requisitos fitossanitários para importar cereja, marmelo, pera, ameixa, damasco, maçã e nectarina – todos hospedeiros da praga – de vários países, como Argentina, Chile, Espanha e Estados Unidos. Para garantir a sanidade vegetal das cargas, as partidas desses produtos deverão ter o Certificado Fitossanitário (CF), emitido pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) do país com a declaração adicional: “O envio se encontra livre de Cydia pomonella”.

De acordo com as normas publicadas no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (13), os produtos serão inspecionados no ponto de ingresso pela inspeção fitossanitária. Se houver indícios da praga, serão coletadas amostras e encaminhadas para análise em laboratórios oficiais ou credenciados.

No caso de interceptação de pragas, a ONPF do Brasil poderá suspender as importações até a revisão dos requisitos fitossanitários que considera a elaboração de sistema de redução do risco na produção. Se o país exportador não cumprir as exigências estabelecidas na norma, o produto não será internalizado.

“Essa instrução normativa estabelece os requisitos fitossanitários para todos os países exportadores desses produtos e reduz o risco de entrada da praga Cydia pomonella, considerando a sua erradicação”, diz o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), Luís Rangel.

Clique aqui para ler a norma na íntegra.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Agricultura

RS: 8º Seminário Brasileiro de Pequenas Frutas acontece em Vacaria

A Embrapa, a Emater/RS-Ascar e a prefeitura de Vacaria promovem, nos dias 22 e 23 de julho, o VIII Seminário Brasileiro de Pequenas Frutas, na Casa do Povo, em Vacaria. O evento tem como objetivo contribuir para a consolidação das pequenas frutas como alternativas viáveis de incremento de renda da agricultura familiar e do médio produtor rural, através da discussão dos principais fatores limitantes da produção destas espécies, além de promover e divulgar tecnologias para o aumento da produtividade e melhoria da qualidade das pequenas frutas.

Os participantes terão a oportunidade de ter contato com profissionais do Brasil e do exterior, aprimorando seus conhecimentos e aprendendo sobre novas alternativas de produção, que também promovam a melhoria da qualidade de vida, como incentivo à fixação do agricultor no campo.

No primeiro dia (22), a programação conta com uma palestra sobre a inovação empresarial na produção de pequenas frutas, às 19h, com a apresentação de uma experiência de Portugal. No dia 23, a partir das 9h, os palestrantes irão abordar a produção integrada de morango, as novas cultivares de morangueiro, o controle e conhecimento da Drosophila suzuki em pequenas frutas, a evolução do mercado, as boas práticas na produção de mudas, a produção de mudas de mirtileiro em hidroponia e a experiência na produção de mirtilo e outras pequenas frutas em Portugal.

Nos dias 21 e 22 de julho, haverá cursos sobre produção de mirtilo, framboesa, amora-preta e morango semi-hidropônico, nos quais serão tratados aspectos como cultivares, pragas, doenças e colheita. Os cursos ocorrem das 8h às 17h, no campus da UCS em Vacaria.

Para mais informações e inscrições acesse o site do evento em http://www.embrapa.br/uva-e-vinho/sbpf.



Fonte: Emater/RS - Página Rural