sexta-feira, 29 de julho de 2016

X Workshop da NMB homenageia principais atores da cadeia de exportação de manga para os EUA

Ao comemorar dez anos de realização, o Workshop da National Mango Board (NMB) deve atrair para o Quality Hotel em Petrolina (PE), nos dias 3 e 4 de agosto, produtores de manga, exportadores, fornecedores, gerentes de packing house e profissionais de segurança alimentar de toda a região do Vale do São Francisco. O evento, que busca melhorar a qualidade e ampliar o consumo da manga exportada, traz um elemento novo para a programação: Uma homenagem aos 18 atores que se destacaram no esforço de exportação do fruto para os Estados Unidos e o mundo.

Só em 2015, o Vale do São Francisco exportou para o país norte-americano cerca de 32 mil toneladas de manga, tendo mais de U$ 33 milhões em receita para o Brasil. O que segundo Caio Coelho, diretor de Marketing da Valexport – Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco – que realiza o evento em parceria com o NMB, é considerado muito positivo. Desempenho maior ainda, vê o executivo em relação a 2016. “Nos últimos anos aumentamos consideravelmente as exportações de manga para os Estados Unidos; este ano esperamos um aumento de 10% nas exportações em relação ao ano passado”, diz.

Ainda de acordo com Caio Coelho, todos os resultados obtidos pela agricultura no Vale, especialmente com a manga, mostram a necessidade de prestar homenagens aos seus principais promotores. “A homenagem é mais do que justa, uma vez que foi com a ajuda desses 18 atores, que nossa região se tornou a maior exportadora de manga do país”, destaca o diretor de Marketing da Valexport. Estão na lista de troféus do X Workshop da NMB, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) – do qual o National Mango Board é vinculado; o Porto de PECEM, no Ceará; e o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A homenagem acontece no primeiro dia do evento, e, além de Caio Coelho, estarão presentes o gerente executivo da Valexport, Tássio Lustoza, o diretor de pesquisa do NMB, Leonardo Ortega, o israelense especialista em irrigação de manga, Adolfo Levin, que vai falar sobre os efeitos da irrigação na produção, quantidade e tamanho do fruto durante as etapas fenológicas da manga, e outros nomes da agroindústria do Brasil e do mundo.

Levin será o primeiro palestrante do Workshop, que começa às 8h da quarta-feira (3). Após o israelense, o engenheiro agrônomo, Diógenes Batista, e o economista, João Ricardo de Lima, ambos da Embrapa Semiárido, devem abordar temas como ‘Bioecologia, danos e desafios’ e ‘Desafios da sustentabilidade da mangicultura no Vale do São Francisco’, respectivamente.

Em 2016, outras novidades ingressam na grade do evento. Além do minicurso sobre análise de solo e recomendação de adubação, que será ministrado por professores da Univasf e do Laboratório de Análises de Solo e Planta (LASP), na quinta-feira (4), uma visita de campo (com foco na identificação de problemas técnicos na produção de manga) fará parte da 10ª edição do Workshop do NMB no Vale do São Francisco.

Inscrições

Os interessados podem se inscrever gratuitamente através do email da Valexport (secretaria@valexport.com.br) a partir desta segunda-feira (25). Mais informações podem ser obtidas com a secretária Beatriz Correia, pelo telefone (87) 3863-6000 ou pela fanpage: www.facebook.com/valexport.

Programa de implementos e disponibiliza mais de R$ 57 milhões para aquisição de tratores

O Governo do Estado de São Paulo ampliou a lista de itens financiáveis pelo Programa Pró-Implemento e garantiu o dinheiro da subvenção dos juros do Programa Pró-Trator, ambos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), executado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento. São mais de R$ 57 milhões para pagar os juros dos tratores adquiridos pelos produtores paulistas pelo Pró-Trator. O secretário Arnaldo Jardim destacou que, neste momento de escassez de crédito, o Governo do Estado de São Paulo faz um trabalho diferenciado ao manter um programa de apoio ao agricultor.

A Resolução SAA nº. 46, de 25 de julho de 2016, que deve ser publicada no Diário Oficial paulista nesta quarta-feira, 27 de julho, estabelece que, dentro do teto de R$ 200 mil de financiamento, o agricultor pode adquirir qualquer tipo de implemento agropecuário por meio do Pró-Implemento. Podem ser comprados - além dos itens acopláveis ao trator, colhedora ou colheitadeira já previstos antes – bens automotrizes, autopropelidos e estacionários, inclusive para preparo, secagem e beneficiamento.

“Antes, o agropecuarista só podia adquirir os itens que eram acopláveis ao trator ou à colhedora. Com essa ampliação, estamos atendendo uma solicitação dos próprios produtores surgida nas Câmaras Setoriais da Secretaria”, explicou Fernando Aluizio Pontes de Oliveira Penteado, secretário-executivo do Feap.

Os juros continuam a ser pagos pelo Governo do Estado, que para o ciclo agrícola 2016/2017 aportou R$ 7.995.719 para essa subvenção. O valor oferecido pelo Banco do Brasil para o financiamento do mesmo período é de R$ 30 milhões.

“Manter um programa de apoio ao agricultor nesta realidade delicada do Brasil, com uma política onde o governo subsidia os juros, é algo absolutamente revelador da prioridade que a agropecuária paulista tem para o governador Geraldo Alckmin”, apontou o secretário Arnaldo Jardim. 

Por meio da Resolução SAA nº. 45, de 25 de julho de 2016, que também será publicada no Diário Oficial paulista neste 27 de julho, o Governo do Estado garantiu a verba de subvenção dos juros do Programa Pró-Trator, disponibilizando R$ 57.185.557 para pagar o prêmio dos veículos adquiridos pelos produtores para o ciclo 2016/2017. Para o financiamento, o Banco do Brasil disponibilizou R$ 130 milhões.

A nova Resolução para o Pró-Trator também atualizou os preços dos veículos, que não eram reajustados desde 2014. O aumento médio foi de 10%. “Antes as máquinas estavam com preços impraticáveis porque não haviam sido reajustados. Colocamos os valores em patamares mais reais”, esclareceu Penteado.

O Pró-Trator entregará seu veículo número 6 mil, no próximo dia 28, em Adamantina. Saiba como acessar os benefícios do Feap clicando aqui ou procurando a Casa da Agricultura de seu município.

Emater/RS-Ascar orienta sobre implantação e manutenção de horta e pomar doméstico

Na última terça-feira (26/07), os extensionistas do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Cambará do Sul repassaram orientações sobre implantação e manutenção de horta e pomar doméstico para 15 pessoas da comunidade de São Gonçalo.

Na ocasião, a equipe da Emater/RS-Ascar lembrou que o desafio assumido por aquela comunidade, durante o Encontro Municipal da Mulher deste ano, foi a manutenção de atividades relacionadas à saúde, sendo que uma boa saúde inicia por uma alimentação de qualidade. 

Foram realizadas demonstrações de métodos de elaboração de caldas usadas no controle alternativo de pragas e doenças, poda e condução de árvores frutíferas, utilização correta do adubo orgânico e adequação da disposição de canteiros em função da orientação solar e declividade do terreno. "Estas famílias têm a oportunidade de produzir parte de seu alimento de forma mais saudável, com uso de tecnologias alternativas, não havendo necessidade de lançar mão de tecnologias convencionais para uma boa produção do pomar e horta doméstica", ressaltou o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Neimar Fonseca e Silva.

Os participantes avaliaram de forma positiva as práticas demonstradas. 

Fonte: Emater - RS

Produção de laranja do Alto Uruguai poderá ser utilizada na fabricação de óleo essencial

A produção de laranjas do Alto Uruguai também poderá se transformar em óleos essenciais. A possibilidade de comercialização de laranjas da região com destino à produção de óleo essenciais da fruta para a Bio Citrus, de Montenegro, e para a empresa suíça Firmenich, pautou os debates do seminário de Intercooperação na cadeia produtiva da citricultura promovido pela Cooperativa Central de Comercialização de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Cecafes), na terça-feira (26/07), em Erechim, no Seminário Nossa Senhora de Fátima. 

O evento reuniu representantes da cadeia produtiva da citricultura e representantes da Bio Citrus e da Firmenich, do Núcleo de Cooperativismo do Alto Uruguai, técnicos da Emater/RS-Ascar e representantes da Sicredi Norte RS/SC e do Banrisul, entre outras lideranças. A ideia é de que a produção seja destinada à Bio Citrus, que ficaria responsável por processar a fruta para suco e da casca produziria o óleo essencial. A produção do derivado seria para a empresa Firmenich. 

O gerente regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Nilton Cipriano Dutra de Souza, apresentou um panorama da citricultura na região do Alto Uruguai, especialmente da laranja, desde 2008. Souza destacou que a região conta com dois viveiros de mudas e um comitê técnico de citricultura, criado em 2013, além do curso básico de citricultura oferecido no Centro de Treinamento de Agricultores de Erechim (Cetre). Segundo ele, a região possui dois mil produtores de laranja, com área cultivada de 2.952,80 hectares, com produção de 59 mil toneladas. A produtividade média na região do Alto Uruguai é de 20 mil quilos por hectare. Os municípios com maior produção são Itatiba do Sul, Aratiba, Mariano Moro, Três Arroios, Severiano de Almeida, Marcelino Ramos, Barra do Rio Azul e Erval Grande. Na região do Alto Uruguai, 80% da produção de laranjas são da variedade Valência. 

O presidente da Sicredi Norte/RS-SC, Adelar Parmeggiani, expôs a estrutura e os objetivos do Núcleo de Cooperativsmo do Alto Uruguai e o presidente da Cecafes, Roberto Balen, a estrutra da central de cooperativas.

O gerente de projetos - Ingredientes naturais na América Latina da empresa suíça Firmenich, Andre Tabanez, e da Bio Citrus, Chirstian Hellfeldt, elogiaram as parcerias. Tabanez disse que um dos motivos que despertou interesse da empresa é a concentração da produção na variedade valência, que á a que mais interessa para a produção do óleo. As tratativas devem iniciar nos próximos dias, com a compra das primeiras toneladas da fruta. "Estamos projetando uma parceria duradoura", reafirmaram.

De acordo com dados apresentados a Firmenich foi fundada em 1895, em Genebra, na Suíça, sendo 100% familiar. Em 1952 iniciou suas operações na cidade de Cotias, em São Paulo, onde conta com 600 colaboradores, com duas divisões de aromas (alimentos) e perfumes. Hoje a organização possui 6.200 colaboradores no mundo todo.

Fonte: Emater - RS

Atendimento do Hortifruti Legal registra R$ 1,36 milhão em vendas por produtores assistidos


O relatório de acompanhamento do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural referente ao primeiro semestre deste ano (janeiro a junho) registrou R$ 1,360 milhão em vendas formalizadas pelos 330 produtores assistidos pelo programa de assistência técnica e gerencial Hortifruti Legal, em 11 municípios do Estado.

Este valor é resultado do trabalho prestado pela assistência técnica e gerencial do Hortifruti Legal - do SENAR/MS em municípios como Ribas do Rio Pardo, que deu início a uma nova etapa profissional para um grupo de produtores da Associação Nossa Senhora das Graças. A partir desta terça-feira (26), os agricultores fornecerão três vezes na semana, vegetais e folhosas para uma das redes de supermercado varejista.

Na primeira entrega foram comercializados os seguintes produtos: batata-doce, abobrinha verde, rúcula, cheiro verde. Além disso, estão em fase de desenvolvimento culturas de tomate, abóbora, chuchu, berinjela, jiló, folhosas diversas e abacaxi.

A empresária Ana Márcia Costa, proprietária do supermercado disposto a formalizar o convênio com os produtores avalia a parceria como um importante passo para o desenvolvimento das famílias. “Eu já conhecia alguns dos produtores e inclusive, era cliente na feira local. Estou satisfeita com o suporte oferecido pelo SENAR/MS ao grupo e acredito que se houver comprometimento e qualidade no fornecimento dos hortifrutigranjeiros, mais empresários terão interesse em adquirir a produção”, destaca.


Organização da produção – A agente comercializadora do Hortifruti Legal, Alana Neto explica que a rede demonstrou interesse desde o primeiro encontro, no qual explicou o objetivo do programa. “Uma das etapas do meu trabalho é promover uma pesquisa de mercado para saber quais os produtos mais demandados pelo comércio. Com esta informação em mãos reunimos os produtores e organizamos a produção para que produzissem vegetais e folhosas no sistema escalonado”, detalha.

Alana lembra que o sindicato rural de Ribas do Rio Pardo teve um papel fundamental na mobilização das primeiras turmas que hoje iniciam a entrega na rede local. “O nosso trabalho envolve todas as etapas do processo produtivo até a comercialização direta entre produtor e comerciante. Aqui no município tivemos apoio do sindicato que intermediou as reuniões e sempre demanda capacitações do SENAR/MS”, reforça.

O presidente do sindicato rural, Robson Velos Ribeiro, acredita que o programa veio contribuir para o desenvolvimento econômico da região, que tem na pecuária de corte e silvicultura, as principais atividades econômicas. “Os produtores familiares daqui sempre trabalharam com cultivo de hortifrutigranjeiros, no entanto em períodos sazonais, o que atrapalhava o fornecimento para o comércio. Desde que começaram a receber orientação técnica, as famílias aperfeiçoaram a técnica e hoje testemunhamos a primeira vitória profissional“, comemora.

Planos para o futuro – Claudinei Antero dos Santos é um dos produtores que iniciou a entrega para o supermercado, além de fazer parte do primeiro grupo de atendimento do ATeG Hortifruti Legal. “Cada um de nós foi influenciado pelo SENAR/MS no sentido de buscar capacitação em nossa atividade. A maior prova é estarmos aqui hoje, entregando cinco opções de produtos produzidos lá na associação. O carro-chefe da minha produção é cheiro verde, mas, tenho na minha propriedade em fase de crescimento brócolis, couve, acelga e alface”, relata.

O vizinho e parceiro na associação, José Veiga, também comemora o começo do fornecimento de abobrinha verde três vezes por semana. “Quando começamos a receber assistência técnica percebemos que desperdiçávamos muito adubo, sementes e não sabíamos manejar o solo com eficiência. Hoje tenho uma produção escalonada de batata-doce, milho, maxixe e abobrinha e para o ano que vem planejo iniciar o cultivo de abacaxi irrigado”, acrescenta.

Trajetória de sucesso - Exemplos eficientes surgem de várias regiões de Mato Grosso do Sul e uma delas, no município de Paranaíba, no assentamento Serra. Depois de participar do curso de Cultivo de Maracujá, 30 produtores se uniram para produzir o fruto com bastante procura no mercado local e começaram a receber a assistência técnica do Hortifruti Legal. O resultado é verificado na comercialização mensal de quase duas toneladas da polpa para uma fábrica em Aparecida do Taboado.

Do outro lado do Estado, em Dourados, 23 produtores estão conquistando novas oportunidades com fornecimento de hortifrutigranjeiros para restaurantes da região. Inicialmente três empresas começaram a comprar a produção de vegetais e leguminosas. Além disso, com apoio do projeto Fazendinha instalado no Sindicato Rural de Dourados, um espaço reservado a fruticultura e horticultura está sendo reformado e servirá como unidade demonstrativa dos cursos do SENAR/MS.








quinta-feira, 28 de julho de 2016

Contra a clandestinidade, produtores de frutas e hortaliças pedem liberação de defensivos

A atual legislação é de 1989 e exige uma autorização específica para pequenas culturas

Produtores de frutas e hortaliças não têm à disposição, pela legislação atual, defensivos químicos com autorização específica para as pequenas culturas. Por esse motivo, o setor espera com expectativa a aprovação de um projeto que permite o uso de produtos já utilizados em outras culturas, o que pode tirar muitos agricultores da ilegalidade.

O projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados autoriza o engenheiro agrônomo receitar um produto que já tem registro para uma determinada cultura para ser usado em outra, a considerada “extensão de uso”.

Segundo o presidente da Comissão Fruticultora da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Tom Prado, tudo é questão de burocracia. “Os produtos são legais e são comercializados no país, autorizados por três ministérios, mas eles não cumprem uma burocracia da legislação de 1989”, disse.

Na opinião de Daniel Salati, diretor do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), a possibilidade de usar um lagarticida registrado para a soja, por exemplo, em alguma fruta ou hortaliça atacada pela mesma praga, não traria problemas. Pelo contrário, essa autorização vai evitar a clandestinidade. “Tudo que é utilizado na clandestinidade não tem o manejo adequado. Primeiro ela coloca em risco as pessoas que aplicam e, depois, se for aplicado erradamente, coloca em risco a comunidade, aqueles que consomem”, analisou.

O consultor em defesa agropecuária Enio Marques ressalta que o Brasil está atrasado em relação aos outros países nesse ponto. Ele considera que a proposta é uma ação mais rápida do que depender da análise e aprovação de novas fórmulas, o que hoje enfrenta a burocracia e cerca de seis anos de espera. Além disso, as indústrias preferem investir em culturas com maior demanda de consumo.

“Quando se preparou um estudo para a aprovação de um produto, a empresa escolheu um segmento de mercado para atuar. Esses estudos, mesmo sendo usados em outra cultura, os impactos são os mesmos. Por isso que nós chamamos de uma extensão do uso sob responsabilidade do produtor, agrônomo e próprio governo pra atender e resolver uma situação especifica de proteção àquela lavoura. É obrigação do estado prover a segurança fitossanitária”, disse Marques.

O Brasil produz 45 milhões de toneladas de frutas por ano e exporta apenas 3%. Conquistar novos mercados e ampliar os negócios que já existem é outra vantagem de atualizar a lei de agrotóxicos de 1989. Enquanto não houver essa autorização, os agricultores vão continuar usando as fórmulas, mesmo ilegalmente e, em uma análise de resíduos, o produto vai aparecer e a carga vai ser devolvida, gerando prejuízo ao produtor.

“Nós poderíamos estar produzindo com mais qualidade e, com certeza, estar exportando mais. Nós temos algumas espécies de frutas que não possuem sequer um produto registrado. Então, se mercados que são extremamente exigentes e fazem analise de resíduos químicos forem analisar uma fruta de qualidade e encontrarem um produto que foi aplicado e não tem registro, a carga tem que ser incinerada”, disse o gerente-técnico da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Jorge Souza.

Fonte: Canal Rural

Agência Fitch prevê recessão menor no Brasil em 2016

A estabilização dos preços das commodities (bens primários com cotação internacional) melhorará a economia dos países emergentes, com diminuição da recessão em países como o Brasil e a Rússia. A conclusão é da agência de classificação de risco Fitch, que divulgou nesta quarta-feira (27) relatório Cenário Econômico Global, com perspectivas para a economia mundial nos próximos meses.

Para o Brasil, a Fitch prevê que a economia terá contração de 3,3% neste ano, contra 3,8% previstos no relatório de março. A agência estima que o país se recuperará em 2017, com crescimento de 0,7% e prevê expansão maior para 2018: 2%.

De acordo com a Fitch, que retirou o grau de investimento (selo de bom pagador) do país em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) brasileiro no primeiro trimestre deve sair com resultados melhores que o esperado. Para a agência, tanto no Brasil como na Rússia, a economia começará a se estabilizar antes do fim do ano.

“A estabilização dos preços globais de commodities está aliviando a pressão sobre os países produtores", diz o documento. No caso brasileiro, a economia começou a ser ajudada pela recuperação das exportações, que compensou parcialmente a fraca demanda doméstica.

A agência manteve em 2,5% a previsão de crescimento para as 20 principais economias do planeta em 2016. Para o próximo ano, a estimativa também ficou em 3%. Apesar da melhora na situação dos países emergentes, a Fitch destacou aumento dos riscos para a economia global após o referendo que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia, com os principais bancos centrais dos países desenvolvidos continuando a injetar dinheiro nos mercados internacionais.

Para a zona do euro, países que adotam o euro como moeda, a agência revisou de 1,5% para 1,6% a estimativa de crescimento este ano. Para o Reino Unido, no entanto, a projeção foi reduzida de 2,1% para 1,9%.

Em relação à China, a expectativa de crescimento em 2016 passou de 6,2% para 6,3%. Segundo a Fitch, a divulgação de dados de produção e de exportação melhores que o esperado justificou a revisão.

Máquina colhedora de açaí é apresentada na Expoacre

Quem passou pelo espaço conhecido como Fazendinha, no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, em Rio Branco, Acre na noite desta terça-feira, 26, pôde conhecer a máquina colhedora de açaí.

Criada há três anos pelo agricultor e mecânico Trajano Alves de Brito, o equipamento é uma inovação tecnológica que acelera a extração do fruto, que é de difícil acesso, já que as árvores do açaí são bastante altas.

A eficiência do maquinário está sendo testada nos plantios de açaí do Acre por engenheiros agrônomos do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac) em parceria com a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).

De acordo com o gestor da Seaprof, Lourival Marques, o equipamento é capaz de dobrar a capacidade de colheita, além de garantir mais segurança e sustentabilidade.

“Com essa máquina não é necessário escalar os pés de açaí, o que é perigoso, além de evitar a entrada de máquinas agrícolas pesadas, que utilizam gruas, para alcançar as árvores mais altas e que acabam destruindo parte da floresta”, explica Lourival.

O empresário Alcindo do Nascimento extrai o açaí da natureza e realiza o beneficiamento do fruto. Ele acompanhou a apresentação da máquina e aprovou a iniciativa.

“Temos uma limitação na colheita do açaí por não ter muitos profissionais capacitados para realizá-la. Com esse equipamento podemos dobrar a produção facilmente” enfatizou Alcindo.

A máquina colhedora pode ser adquirida pela internet e custa em torno, com o valor do frete para o Acre, R$ 1,3 mil.

Fonte: Agencia AC

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Alerta Fitossanitário bate recorde de participação de citricultores

O Alerta Fitossanitário, sistema do Fundecitrus que monitora a incidência de psilídeo Diaphorina citri, inseto transmissor de HLB (huanglongbing/greening), bateu recorde de participação de citricultores na primeira quinzena de julho. De um total de 25,7 mil armadilhas cadastradas no sistema, foram monitoradas e enviadas as informações de 23 mil. Uma inclusão de 89,5%, o maior índice desde que o programa online foi lançado, em setembro de 2013.

De acordo com o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Ivaldo Sala, a percepção dos benefícios do Alerta Fitossanitário para o controle do psilídeo e do HLB é um dos principais motivos para o crescimento do uso do sistema. “Os citricultores estão sentindo o efeito do manejo regional para o controle do HLB dentro e fora de suas propriedades, e o resultado disso é a maior participação no sistema”, diz.

O Alerta Fitossanitário monitora 232 mil hectares de citros, o que corresponde a 48% do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais. Apenas neste ano, a área de cobertura do sistema aumentou em 5 mil hectares, nas sete regionais participantes: Araraquara, Avaré, Bebedouro, Casa Branca, Frutal, Lins e Santa Cruz do Rio Pardo.

O sistema online é abastecido quinzenalmente com informações enviadas pelos citricultores sobre a população de psilídeos encontrados nas armadilhas de suas propriedades e dados de armadilhas do próprio Fundecitrus. São gerados relatórios que mostram a situação de cada região e apontam os locais críticos de incidência do inseto e onde é necessário fazer o controle.

A participação dos citricultores é gratuita. O Alerta Fitossanitário conta com o apoio das empresas Bayer CropScience, FMC, Koppert e Syngenta.

Fonte: Fundecitrus

Citricultor economiza até R$ 27 para cada R$ 1 investido no controle químico da pinta preta


Cálculos realizados pelo Fundecitrus mostram que o ganho para o controle químico da pinta preta pode ser de até R$ 27 para cada R$ 1 investido em aplicações de fungicidas. Esse retorno do investimento está relacionado, principalmente, à redução da queda de frutos doentes, à manutenção da alta produtividade do pomar e ao maior valor agregado das frutas para o mercado in natura.

De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Geraldo José da Silva Junior, os ganhos com o controle químico variam de acordo com o perfil do pomar e sofrem influências de diversos fatores, como a produtividade média do pomar, o número de frutos por árvore, o histórico de pinta preta na propriedade, a queda de frutos e a idade.

Experimentos desenvolvidos nas safras 2011/12 e 2012/13, em pomares de diferentes regiões do estado de São Paulo, mostraram que o controle químico é mais vantajoso nos pomares mais velhos, que são os mais afetados pela pinta preta e por isso os prejuízos com a queda de frutos são maiores. Em pomares de 22 anos, o retorno financeiro durante o estudo variou de R$ 17 a R$ 27 para cada R$ 1 gasto com o controle químico; em árvores com 15 anos, os ganhos variaram de R$ 6 a R$ 8; e nos pomares mais jovens, com idade inferior a nove anos, o retorno financeiro foi de R$ 0,50 a R$ 1.

“O controle químico da pinta preta é necessário em todas as áreas, independentemente da idade do pomar, mas os resultados mostram a tendência de que o retorno financeiro seja proporcional à idade das plantas, já que em áreas mais velhas, evita-se prejuízos maiores”, diz o pesquisador.

Fonte: Fundecitrus

Liderança no agronegócio é um dos temas a ser debatido no 15º Congresso Brasileiro do Agronegócio

Senadora Ana Amélia Lemos abordará o tema ao lado de Carlos Alberto Paulino da Costa, da Cooxupé; Eduardo Leduc, da ANDEF, e do economista, José Roberto Mendonça de Barros, no evento agendado para 8 de agosto, em São Paulo


“O mundo vive uma escassez crônica de líderes, com exemplos positivos e visão de futuro capaz de propor soluções plausíveis e corajosas para problemas concretos e complexos. Parece que perdemos a capacidade de gerar essas lideranças, fator essencial para a evolução da humanidade. No caso específico do agronegócio, o Brasil certamente tem peso decisivo na formatação dessa liderança global”, diz Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG).

A liderança é um dos temas centrais do 15º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), que ocorrerá no dia 8 de agosto, em São Paulo, realizado pela ABAG. A temática será abordada no painel denominado Liderança no Agronegócio, e para falar sobre o assunto foram convidados, como debatedores a Senadora da República (PP/RS), Ana Amélia Lemos, o Presidente da Cooxupé Carlos, Alberto Paulino da Costa, o Presidente do Conselho Diretor da ANDEF, Eduardo Leduc, e o Economista e Sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros. Como moderador do painel, o Colunista de Economia do Estadão Celso Ming.

O tema central deste ano será “Liderança e Protagonismo” e focará nos desafios de manter o Brasil na liderança mundial da produção de alimentos, fibras e energia renovável, ao mesmo tempo em que se consolida a percepção de ser o produtor brasileiro um dos mais sustentáveis do mundo.

Promovido pela ABAG desde 2002, o Congresso Brasileiro do Agronegócio, já faz parte da agenda dos principais lideres e formadores de opinião do País. A edição realizada em 2015 contou com a presença de mais de 800 participantes, entre empresários, lideranças, entidades do setor e da mídia nacional.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo hotsite do evento: www.abag.com.br/cba

Cultivo de oliveiras é alternativa de renda no Rio Grande do Sul

Segundo dados da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (SEAPI), o Brasil importa mais de R$1 bilhão ao ano em azeites e azeitonas. O Estado tem grande potencial para a produção de oliveiras, já que tem solo e clima favoráveis à cultura, segundo o Zoneamento Agroclimático da Embrapa (2009), o cultivo pode ser feito em diversas regiões do RS, em especial a Noroeste e Metade Sul. 

Na Metade Sul é onde se encontra a maior produção de oliveiras Estado, tendo como municípios produtores Canguçu, Pinheiro Machado e Caçapava do Sul, entre outros. De acordo com a Emater/RS-Ascar, para o êxito do olival, a qualidade da muda é de extrema importância. Atualmente as variedades mais cultivadas para azeite são Arbequina, Arbosana, Karoneike, Frantoio e Picual.

O Programa Estadual de Olivicultura (Pró-Oliva) prevê ações em subprogramas como o de Defesa Sanitária e Produção de Mudas de Qualidade e o de Aumento da Produção e Produtividade dos Olivais - Assistência Técnica e Pesquisa. 

Segundo a Emater/RS-Ascar, no último levantamento, feito em 2014, consta 1.700 hectares de oliveiras no Rio Grande do Sul. A expectativa é chegar em 2.200 hectares até o final do ano, a partir das ações da política pública.

O assistente técnico estadual da área de fruticultura da Emater/RS-Ascar, Antônio Conte, destaca que mais de 99% do azeite consumido no Brasil é importado, e a produção de azeite para consumo nacional não alcança nem 1% dessa demanda. Por ver o mercado promissor, o Governo do Estado espera chegar aos três mil hectares plantados até 2018. 

A Zona Sul tem atraído investidores de todo o país. O empresário paulista Luis Eduardo Batalha investiu mais de quatro milhões na Estância Guarda Velha, fazenda localizada no município de Pinheiro Machado, para o cultivo de oliveiras e a fabricação de azeite. Batalha comprou a propriedade há mais de 10 anos, mas foi apenas em 2010 que começou a plantar as oliveiras, segundo ele, um dos principais motivos foi o encantamento pela cultura. "Uni o útil ao agradável. A cultura é muito boa, azeite e azeitona são produtos finos e bons, e o local tem uma excelente condição climática para o desenvolvimento dela", afirma.

O empresário enfatiza ainda que a cultura não concorre com outras que podem vir a existir na propriedade, "Filosoficamente falando da oliveira, ela é pra você ocupar o pior lugar da sua fazenda, onde tem muita pedra, normalmente onde os ovinos ficam, aliás, a ovinocultura combina com a olivicultura", disse o produtor, que mantém ovelhas na estância. 

Na Estância Guarda Velha há uma agroindústria que produz azeites e azeitonas utilizando como matéria-prima os olivais da propriedade. Para o empresário é muito importante que outros produtores rurais comecem a investir na cultura, tanto pequenos quanto médios, já que a indústria precisa crescer. "Essa agroindústria está aqui para receber a azeitona de todo mundo, eu dou garantia para o pequeno e médio produtor que queira investir, que eu vou beneficiar a azeitona deles", garante o empresário. 

Ainda segundo Batalha, "a matemática dos olivais é clara, de 300 pés por hectare, supondo que o dólar esteja com o seu menor preço, esse hectare vai render pelo menos R$ 18 mil reais", calcula.

A Emater/RS-Ascar e a SEAPI estão à disposição dos produtores que quiserem começar a investir na cultura.

Fonte: Emater - RS

terça-feira, 26 de julho de 2016

PIB do agronegócio acumula crescimento de 1,55% de janeiro a abril

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 0,24% em abril e acumula alta de 1,55% nos quatro primeiros meses de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Todos os segmentos da cadeia produtiva do setor tiveram elevação e a maior variação foi da indústria, de 1,95%, seguida por serviços (1,55%), segmento primário (1,52%) e insumos (0,72%).

O desempenho do PIB está atribuído principalmente à agricultura, que subiu 2,37% na comparação com os primeiros quatro meses de 2015, impulsionada pela valorização dos preços verificados especialmente na atividade primária (dentro da porteira) no período de produtos como milho e algodão, que contribuíram para a expansão de 2,78% deste segmento ante o quadrimestre de janeiro a abril do ano passado. Os serviços de distribuição cresceram 2,45%. Agroindústria e insumos tiveram variação positiva de 2,34% e 1,05%, respectivamente.

Por outro lado, a cadeia produtiva da pecuária teve queda de 0,22% no acumulado de quatro meses frente ao mesmo período de 2015, puxada pela retração de três dos quatro elos desta cadeia: indústria (-0,65%), serviços (-0,42%) e primário (-0,14%). Apenas o setor de insumos pecuários cresceu em 2016, por conta do momento favorável da indústria de rações, tanto dos preços quanto do volume produzido. Em abril, a pecuária teve desempenho negativo, na indústria e nos serviços, e leve crescimento nos segmentos primário e de insumos.

A agroindústria foi o segmento de maior destaque na cadeia do agronegócio em 2016 até abril, por conta do desempenho da agricultura. O bom resultado deste setor se deve ao crescimento das indústrias de processamento vegetal, tanto mensal quanto no acumulado do ano. Nas indústrias agrícolas, contribuíram para o desempenho os segmentos de papel e celulose, elementos químicos, café, beneficiamento de produtos vegetais, açúcar, óleos vegetais e outros alimentos. Na parte animal, somente os laticínios tiveram resultado positivo, enquanto as indústrias de abate e de couros apresentaram decréscimo.

Acesse a íntegra do boletim PIB: 


UPL traz soluções eficientes para cana, citros e cereais na Feacoop 2016

Produtos Inovadores como Unizeb Glory, Unimark 700 WG e Microthiol Disperss WG unem qualidade e desempenho no manejo de resistência de doenças, ácaros e plantas daninhas


A UPL Brasil, empresa global de produção, pesquisa e venda de agroquímicos, trará para a Feacoop 2016, que acontece entre os dias 1º e 4 de agosto em Bebedouro, interior de São Paulo, todo o seu portfólio de proteção para a agricultura. Destaque para o Unizeb Glory, primeira mistura de protetor com outros produtos sistêmicos desenvolvidos especialmente para o manejo da ferrugem na soja e na mancha branca no milho. Sua ação multissítio também garante excelente tratamento para manejo de resistência de fungos.

Além do fungicida Unizeb Glory, o destaque será o herbicida Unimark 700 WG e o inseticida Microthiol Disperss WG. O Unimark 700 WG é um produto seletivo, de ação sistêmica, aplicado em pré-emergência ou pós-emergência inicial, para o controle de diversas espécies de plantas infestantes no cultivo da cana-de-açúcar. Já o Microthiol Disperss WG, é um inseticida com grande eficácia na citricultura graças ao fato de ter enxofre de alta qualidade que possui alta eficácia contra ácaros na citricultura.

“Nosso objetivo é ir além e trazer, a cada dia, novas soluções que possam potencializar e proteger melhor as lavouras de todo o País. No estande da UPL do Brasil os produtores poderão conhecer nossos produtos inovadores, além de entender como eles podem auxiliá-los no campo. Nossos Técnicos estarão à disposição para apresentar os resultados de eficácia de todo nosso portfólio”, afirma Fernando Gilioli, Desenvolvedor de Mercado da UPL.

A Feacoop é promovida pela Coopercitrus e Sicoob Credicitrus e cumpre papel importante em mostrar tecnologias e de proporcionar condições diferenciadas em insumos, máquinas e implementos agrícolas. A Feacoop ocorrerá na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro, localizada na Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384, em Bebedouro/SP.

Serviço:

UPL Brasil na Feacoop 2016
Data: Dias 1 a 4 de agosto
Local: Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro, localizada na Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384, em Bebedouro/SP. 

Manejo com nutrientes especiais ajuda agricultor a recuperar produção de cultivos

Há 18 anos o agricultor gaúcho Antonio Rossi investe, junto com sua família, na produção de frutas e legumes orgânicos. Na propriedade agrícola no município de Caxias do Sul, região serrana do Rio Grande do Sul, o excesso de chuvas e as geadas tardias atrapalharam o bom andamento dos cultivos da família, que precisou buscar novas tecnologias para tentar recuperar o prejuízo.

O agricultor explica que foi preciso mudar o tratamento nutricional, reforçando o fornecimento de cobre às plantas. “Estávamos perdendo a nossa produção e a utilização do fertilizante Metalosate® Cobre orgânico superou nossas expectativas. O fertilizante agiu muito rápido ajudando a devolver a resistência das plantas, que conseguiram resistir à ação de fungos e bactérias e continuaram a produzir bem”, comemora o agricultor.

O engenheiro agrônomo Jair Staub, que acompanhou o novo tratamento nos cultivos da família Rossi, afirma que a forma de ação do Metalosate® Cobre orgânico foi fundamental para a recuperação das plantas afetadas pelo clima. “O produto ofereceu uma nutrição muito eficiente, de rápida absorção e metabolização pela. Sua ação foi muito mais rápida do que qualquer outra formulação disponível no mercado, e foi isso que possibilitou que os cultivos fossem recuperados e continuassem a produzir. Planta nutricionalmente equilibrada é uma planta mais forte, resistente e produtiva”, explica.

Jair destaca ainda que se o tratamento tivesse sido realizado desde o início do cultivo, os resultados seriam ainda melhores. “O ideal é que os tratamentos nutricionais sejam preventivos. O sucesso deste tratamento foi uma realidade graças à eficiência da tecnologia Metalosate® no fornecimento do cobre”, destaca o agrônomo.

Seminário leva informações, experiências e novidades para produtores de uva orgânica

Alternativas para a produção de uva orgânica foram apresentadas nesta quinta-feira (21/07), em São Marcos, no 8º Seminário Regional da Uva Orgânica, promovido pela Emater/RS-Ascar, Centro Ecológico de Ipê e Prefeitura de São Marcos. O evento, que contou com a participação de cerca de 450 pessoas, teve palestras, pela manhã, no salão paroquial, e um Dia de Campo, à tarde, na propriedade da família Guzzon, que desde 2011 cultiva uva orgânica para a indústria, com apoio da Emater/RS-Ascar.

Na abertura do evento, junto com o prefeito de São Marcos, Demétrio Lazzaretti, e o coordenador do Centro Ecológico de Ipê, Leandro Venturin, o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, destacou a importância da Extensão Rural e Social e entidades parceiras produzirem e levarem conhecimento para os agricultores e da socialização de experiências entre eles, além da necessidade de se avançar em relação à legislação e pesquisa na área de produção orgânica. "O que faz a diferença para se produzir mais e melhor, com mais qualidade e menor penosidade, é justamente o conhecimento, a inovação, a tecnologia", salientou.

O primeiro assunto abordado no seminário pelo engenheiro agrônomo da Embrapa Uva e Vinho, Daniel Grohs, foi a produção de mudas de qualidade: desafio da viticultura regional. Diante do cenário atual, em que a morte precoce de parreirais é um dos principais problemas fitotécnicos do Sul do Brasil, com áreas com menos de cinco anos entrando em declínio, Grohs falou sobre as estratégias para reverter essa situação, como a renovação de áreas a partir de mudas de qualidade produzidas na propriedade ou adquiridas de viveiristas, e o manejo de implantação. De acordo com ele, é fundamental para reduzir/evitar as doenças de solo, que a muda tenha porta-enxerto. No entanto, 25% dos produtores gaúchos não conhecem o porta-enxerto que estão utilizando, e outros 30% não usam porta-enxerto. 

Grohs deu dicas de como analisar o padrão morfológico e fitossanitário das mudas e lembrou que a Embrapa vem desenvolvendo um trabalho de certificação de viveiros, baseado num padrão da muda. Atualmente, no RS, há cinco viveiristas licenciados. Ele também ressaltou que na produção da muda na propriedade, o produtor deve priorizar a enxertia em verde (herbácea) e usar porta-enxerto enraizado. 

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini, falou sobre o cultivo sucessivo de plantas de cobertura do solo, uma nova prática na viticultura da região. Consiste em ter dois cultivos no ano civil ou agrícola. No primeiro, deve-se utilizar uma espécie de inverno que tolere o calor de final de verão, tenha ciclo curto (precoce) e faça massa verde, sendo recomendado o nabo forrageiro. No segundo plantio, no mês de julho, semeia-se a lanço uma graminínea sobre a vegetação em final de ciclo do nabo, sendo usada principalmente a aveia preta. "Com isso, no período forte de poda (final de julho e agosto) a aveia estará com porte pequeno, não interferindo no fácil trânsito de pessoas na poda", salienta Todeschini. O principal objetivo do cultivo sucessivo é proteger o solo o ano inteiro, evitando a germinação das ervas espontâneas, o que resulta na não necessidade do controle com herbicida. Além da palestra pela manhã, à tarde, na propriedade da família Guzzon, o agrônomo explicou ainda sobre outras espécies para cobertura do solo, dosagem de sementes, época de semeadura e requisitos para a germinação da primeira semeadura, ressaltando que é preciso que penetre luz pela copa para que as plantas germinem e possam se estabelecer.

Após, o coordenador do Centro Ecológico de Ipê, Leandro Venturin, tratou dos compostos biológicos na melhoria da qualidade do solo. Segundo ele, um solo fértil, equilibrado e bem estruturado é o de floresta. Uma forma de reproduzir esse solo de floresta em parreirais, hortas e lavouras, colonizando o solo com microorganismos e devolvendo a vida a áreas compactadas pelo uso do trator ou solos descobertos que ficaram vulneráveis ao sol, é utilizando o fermento crioulo, também chamado de sopão de microorganismos ou composto biológico. À tarde, a campo, a engenheira agrônoma do Centro Ecológico, Alenise Longhi, mostrou como elaborar o fermento crioulo, que leva como ingredientes: serapilheira (material decomposto coletado na terra de mata virgem), leite ou soro de leite, farelo de trigo ou arroz, açúcar mascavo e pó de rocha (opcional). Além de explicar a forma de preparo do produto, que na segunda fase fica líquido, a agrônoma explicou a dosagem a ser aplicada no solo, preferencialmente coberto e em dia nublado, e a armazenagem. A receita e forma de utilização estão disponíveis no site do Centro Ecológico de Ipê. 

O fermento crioulo é uma das ferramentas usadas na agricultura sintrópica, que reorganiza a vida do solo a partir de elementos naturais, promovendo o equilíbrio e melhorando a fertilidade. Conforme Alenise, o fermento crioulo tem fungos benéficos que ajudam as raízes das plantas a se defenderem, por exemplo, do fusarium, aumenta o nível de matéria orgânica no solo e tem microorganismos que aumentam a capacidade de nutrição das plantas. "Ele tem várias funções, pode ser feito em casa com baixo custo e é eficiente", conclui. 

Na sequência, o professor do Instituto Federal do Rio grande do Sul, Marcus Kurtz Almança, abordou o tema do controle biológico em videira, que é o controle de um microorganismo por outro microorganismo, e apresentou os resultados de alguns experimentos realizados.

O uso do controle biológico contribui para tornar o ambiente desfavorável ao surgimento de doenças, podendo atuar como indutor de defesa ou diretamente contra o patógeno. Entre as alternativas de controle biológico estão: Trichoderma, Bacillus e Streptonyces, extratos e óleos essenciais de plantas ou preimunização (vacina).

De acordo com o professor, para pensar em controle, o produtor tem que conhecer as doenças e sua causa. No manejo de uma área de replantio de videira, por exemplo, o Trichoderma deve ser aplicado nas mudas para restringir a chegada do patógeno na raiz e também para regar as plantas ao longo do seu ciclo. Ele destacou ainda a importância de fazer um controle integrado: controle biológico, genético, cultural e físico.

O seminário contou ainda com o depoimento da família Guzzon, que relatou a motivação para o uso de uma tecnologia de produção mais limpa e também as vantagens e as dificuldades enfrentadas. Atualmente, a família conta com aproximadamente 6 ha, ou seja, 100% da área com produção orgânica de uvas das variedades Bordô, Isabel Precoce, Carmen e Niágara Branca. "Além de ser uma grande oportunidade de negócio, um nicho de mercado, a produção orgânica proporciona melhor qualidade de vida para os agricultores e a preservação dos recursos naturais, com a oferta de produtos mais limpos e seguros para os consumidores", destacou o técnico da Emater/RS-Ascar, Fabiano Varela. 

Outro tema abordado no Dia de Campo foi a poda de outono da videira, sua aplicabilidade e resultados. 

O próximo Seminário Regional da Uva Orgânica será realizado em 2018, no município de Antônio Prado.



Fonte: Emater - RS

Inovação solar promete revolucionar mercado do agronegócio

Os agricultores que utilizam esse equipamento conseguem expressiva redução de custo com energia elétrica de até 70%

Uma linha composta por um bomba submersa vibratória para captação de água com o uso de energia solar fotovoltaica chama atenção de agricultores e pecuaristas do Brasil. O sistema que contém uma bomba, um driver e um módulo solar, proporciona redução de até 70% no consumo da energia elétrica. A energia proveniente do módulo solar é fornecida à bomba através do driver de forma eficiente, que, por sua vez, proporciona maiores vazões com baixa potência e um bombeamento independente das flutuações do nível de radiação solar, permitindo que a bomba opere em dias nublados, sem uso de baterias e principalmente em grandes áreas como extensas fazendas, por exemplo.

Os agricultores que utilizam esse equipamento conseguem expressiva redução no uso de potência elétrica e conseguem captar grandes quantidades de água, além de aumentarem sua produtividade, já que podem instalar a bomba em locais afastados. “O sistema anauger solar foi um grande passo, pois pudemos oferecer aos agricultores, um produto que funciona exclusivamente com energia solar e proporciona a eles, economia constante sem agredir ao meio ambiente. Os usuários podem promover desde pequenas irrigações em hortas até grandes extensões de plantações, em fazendas com larga produção, por exemplo. Tudo isso com economia e facilidade”, explica Marco Aurélio Gimenez, Diretor Comercial da Anauger.

O produto que pode ser alimentado exclusivamente por energia solar, é capaz de bombear até 8 mil litros de água ao dia. O diretor de operações da Anauger, Salvador Pugliese, conta que foram realizados diversos estudos de retorno para viabilizar o desenvolvimento desse produto, que auxilia agricultores e empresários, além de promover captação de água doméstica, com baixo custo e manutenção zero. “Quando patenteamos essa inovação, já sabíamos que seria um sucesso. Tanto que é a bomba que mais chama atenção do público nacional e internacional em feiras que a empresa participa”, conclui.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Pesquisa explora potencial biotecnológico de novas enzimas

A Embrapa está investindo em pesquisas com proteínas que revolucionaram o conceito clássico de decomposição da celulose das plantas. Trata-se das monoxigenases de polissacarídeos, enzimas produzidas apenas por fungos e algumas bactérias, que atuam como auxiliares das proteínas já conhecidas por promover a desconstrução da celulose. Um projeto de pesquisa liderado pela Embrapa Agroenergia (Brasília/DF) está estudando não apenas as monoxigenases, mas também outro grupo de proteínas chamadas de expansinas. A expectativa é que a caracterização de novas proteínas desses dois tipos permita, em futuro próximo, aplicá-las para tornar mais eficientes os processos industriais que utilizam biomassa vegetal para obter açúcares e, a partir deles, produzir combustíveis, polímeros e produtos químicos de origem renovável.

Até pouco tempo, acreditava-se que a decomposição da celulose por microrganismos na natureza ficava a cargo de diversas enzimas do tipo celulase, que "quebram" as cadeias de celulose até chegar a simples moléculas de açúcar, por meio de reações químicas que geram água e, por isso, são chamadas de hidrólise. Na última década, contudo, descobriu-se que as celulases não realizam sozinhas aquele trabalho de "quebra". Muitos fungos e algumas bactérias produzem as monoxigenases de polissacarídeos, enzimas que também rompem as cadeias de celulose, porém por meio de reações químicas diferentes, de oxidação. Além delas, também têm papel importante as expansinas, que são tipicamente encontradas em plantas, mas também ocorrem em microrganismos e até mesmo em alguns animais. Essas proteínas são capazes de afrouxar as fibras sem rompê-las, facilitando o acesso de enzimas à celulose.

Para a pesquisadora Léia Fávaro, da Embrapa Agroenergia, há um potencial biotecnológico muito grande a ser explorado com as expansinas e monoxigenases. Enzimas são peças-chave no contexto da Bioeconomia para países que pretendem se tornar menos dependentes do petróleo. Este foi o entendimento de 195 países durante a Conferência das Partes (COP-21), que aconteceu em dezembro de 2015. Produzidas principalmente por microrganismos, elas agem sobre a biomassa (partes de plantas ou resíduos de sua exploração, como o bagaço de cana, por exemplo), promovendo as transformações necessárias para que delas sejam obtidas moléculas de origem renovável para a indústria química, entre outros.

Economia verde

Nessa lógica, um produto em evidência é o etanol de segunda geração (2G), cuja produção está começando em duas usinas no Brasil. Diferente do etanol convencional, o 2G não é obtido do caldo, mas do bagaço e da palha da cana ou de qualquer outro material vegetal que contenha celulose. Só que esses materiais não podem ir diretamente para a fermentação como o caldo de cana, rico em sacarose. Antes é preciso fazer um pré-tratamento para liberar a celulose dos outros componentes da biomassa e, então, promover um processo de hidrólise para gerar açúcar – neste caso, a glicose – que pode ser fermentada a etanol. É durante a hidrólise que a enzima atua, ou melhor, dezenas delas, em verdadeiros coquetéis enzimáticos, para realizar sucessivas quebras nas longas cadeias de moléculas de celulose até transformá-las em simples açúcares.

Aumentar a eficiência e reduzir o custo desses coquetéis é um dos grandes desafios para alavancar a indústria do etanol e outros combustíveis de segunda geração (2G), além da obtenção de diversos produtos químicos e biomateriais a partir dos mesmos processos. Até o momento, o desenvolvimento tecnológico para compor esses insumos esteve muito focado nas celulases. A pesquisa em andamento na Embrapa vai fazer diferente e realizar testes para medir a quantidade de açúcar gerado aumentando ou reduzindo a quantidade de expansinas e monoxigenases de polissacarídeos nos coquetéis.

Léia, da Embrapa Agroenergia, explica que esses produtos já contêm enzimas acessórias ou auxiliares, tais como as expansinas e monoxigenases de polissacarídeos. Afinal, são produzidos por microrganismos que naturalmente geram essas proteínas junto com as celulases. Só que muito pouco se sabe sobre o papel delas na desconstrução da biomassa no ambiente industrial. Para começar, pouco se sabe sobre quem são elas. Por isso, o primeiro e mais significativo trabalho do grupo de cientistas liderado pela Embrapa será a formação de um banco de dados com a caraterização bioquímica de novas expansinas e monoxigenases. Para tanto, estão sendo realizadas buscas em duas fontes principais: bancos de dados públicos que disponibilizam as sequências genômicas completas de microrganismos e as coleções de fungos e bactérias da Embrapa Agroenergia, que contêm estirpes da biodiversidade brasileira. "Há espécies raras e pouco estudadas de diferentes biomas. Boa parte delas consome celulose e, por isso, sabemos que há grande potencial", explica Léia.

Já foi feita a maior parte do trabalho de buscas, que contou com a colaboração da Universidade de Brasília. Agora, o grupo está focado na caracterização bioquímica das enzimas e seleção de candidatos para a etapa posterior, quando investirá na otimização do processo de produção delas em biorreatores. O maior desafio deve ser a quantificação das enzimas produzidas, prevê a pesquisadora Sílvia Belém, da Embrapa Agroenergia.

Testes em biomassa

Com o material obtido nos reatores, serão realizados os testes, adicionando as novas proteínas a coquetéis enzimáticos comerciais e previamente desenvolvidos pela Embrapa e aplicando-os em biomassa de cana-de-açúcar e sorgo. O caldo do sorgo sacarino tem sido utilizado por algumas usinas para produzir etanol na entressafra da cana e o bagaço também poderia ser empregado como matéria-prima para o biocombustível 2G. O que se espera nos testes é obter mais glicose em menos tempo, com a adição das expansinas e das monoxigenases. A pesquisadora Dasciana Rodrigues, da Embrapa Agroenergia, explica que um dos trabalhos será ajustar as condições de pré-tratamento da biomassa, de tal maneira que se possa avaliar o impacto da ação delas. Ajustes da quantidade ideal de proteínas será outro desafio.

Além da Embrapa Agroenergia, serão feitos testes na Embrapa Instrumentação (São Carlos/SP), onde cientistas também buscam formas de otimizar a produção de enzimas. Eles desenvolveram um método de cultivo de microrganismos produtores dessas proteínas chamado fermentação sequencial, uma combinação dos métodos tradicionais. A pesquisadora Cristiane Farinas, do centro de pesquisa no interior paulista, diz que resultados promissores estão sendo obtidos, com produção maior de enzimas, que apresentam características diferenciadas. As monoxigenases e expansinas que serão geradas na Embrapa Agroenergia serão testadas nos coquetéis em desenvolvimento em São Carlos. Cristiane espera que os experimentos com esse material permitam avaliar a eficiência das novas proteínas.

Líder do projeto, a pesquisadora Léia acredita que a exploração do potencial biotecnológico das expansinas e monoxigenases é especialmente importante para o próximo passo a ser dado pelo mercado de produção de enzimas: a customização dos coquetéis para desconstrução da celulose. Até o momento, tem se utilizado produtos genéricos, que consigam o melhor desempenho com diferentes biomassas. A tendência, no entanto, é que sejam desenvolvidos insumos específicos para cada matéria-prima e até para cada condição de processo adotada. "Um aspecto importante da customização provavelmente será o uso de enzimas auxiliares ou acessórias como aditivos", conclui.

Fonte: Embrapa

Agricultores confirmam a viabilidade da produção de morangos orgânicos

Conhecer a viabilidade da produção orgânica de morangos foi o que motivou agricultores de Nova Santa Rita, Portão, Três Coroas, Bom Princípio, Dom Pedro de Alcântara, Sertão Santana, Mariana Pimentel, Osório, Gravataí, Riozinho, Barão do Triunfo, Charqueadas, Tapes, Taquara, Camaquã e Viamão a fazerem uma visita técnica aos municípios de Portão e Nova Santa Rita nesta quarta-feira (20/07). A visita foi organizada pela Emater/RS-Ascar de Portão e de Nova Santa Rita com o objetivo de promover e incentivar a produção de frutas de forma socialmente justa e economicamente sustentável.

A família Mossmann de Portão e a família Vodzik de Nova Santa Rita abriram suas propriedades e mostraram a sua experiência no manejo sustentável das culturas e criações e na produção de morangos em estufa, em túnel, suspensa e no solo, bem como a adubação, irrigação, tratos culturais, manejo de pragas e doenças utilizados por eles. 

O evento contou com 70 participantes, entre produtores e extensionistas da Emater/RS-Ascar, do diretor técnico Lino Moura, do assessor da diretoria, João Wanderlei Pereira, do diretor executivo da Asbraer de Brasília, Lúcio Valadão, e do gerente Regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, Ademir Santin. 

No encontro, Moura ressaltou a importância de eventos que mostrem o uso de tecnologias e a renda que estas duas famílias conquistam com a produção orgânica, permitindo assim a permanência dos agricultores no meio rural, sustento e aumento do lucro nestas propriedades.

Fonte: Emater - RS

Congresso Internacional de Citricultura irá reunir participantes de 20 países em Foz do Iguaçu



Foz do Iguaçu sediará, de 18 a 23 de setembro, o "International Citrus Congress (ICC 2016)", o
mais importante evento de citricultura no mundo. O ICC terá sua programação baseada no tema “Citricultura sustentável: o papel do conhecimento aplicado” e são esperados 1.200 participantes de mais de 20 países.

O Congresso Internacional de Citricultura (ICC 2016) é um evento da Sociedade Internacional de Citricultura (SIC). A organização desta edição será feita por duas instituições tradicionais de pesquisas em agricultura, ciência e tecnologia no Brasil: o Instituto Agronômico (IAC), a partir do seu Centro de Citricultura Sylvio Moreira e pelo Instituto do Agronômico do Paraná (IAPAR).

Estão previstas para a semana do congresso uma série de palestras, mesas redondas e sessões plenárias com assuntos atuais definidos pelo interesse dos participantes dos últimos eventos. Além disso, eventos paralelos e excursões técnicas também estão sendo organizados.

Mais informações sobre o Congresso podem ser obtidas no site http://www.icc2016.com/

Fonte: Fundecitrus

Consumo de suco de laranja despenca

Apesar da queda no consumo o produto sofreu aumento no preço.



O cenário para o suco de laranja é ainda pior do que se previa no início do ano. O mercado mundial encolhe e o Brasil exporta menos. Os preços, no entanto, sobem.

Rendimento industrial menor da laranja no Brasil, o maior produtor mundial, e a queda na safra da Flórida, devido a doenças nos laranjais, fizeram o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduzir a estimativa de produção de suco de laranja para 1,6 milhão de toneladas no período 2015/16.

A nova estimativa indica um volume 11% menor do que as previsões de janeiro último, quando o órgão norte-americano estimava uma produção mundial de 1,8 milhão de toneladas.

A queda no consumo da bebida vem fazendo com que pomares do Brasil e dos Estados Unidos deem espaço a outras culturas ou a construções imobiliárias. Com isso, a oferta mundial do produto cai rapidamente.

Na safra 2011/12, as indústrias colocavam 2,2 milhões de toneladas de suco no mercado, segundo o Usda. As maiores quedas na produção da bebida ocorrem nos líderes: Brasil e Estados Unidos.

Conforme os números dos norte-americanos, a produção brasileira de suco era de 1,3 milhão de toneladas na safra 2011/12; caiu para 1 milhão em 2014/15 e ficará em apenas 885 mil em 2015/16.

Nos Estados Unidos, a queda vem sendo ainda maior. Após terem colocado 629 mil toneladas de suco no mercado em 2011/12, as indústrias norte-americanas reduziram a produção para 438 mil na safra passada e para 383 mil nesta.

O consumo mundial também cai, mas é superior à produção pelo segundo ano consecutivo. Será consumido 1,8 milhão de toneladas nesta safra, abaixo dos 2 milhões de 2014/15. União Europeia e Estados Unidos serão os principais responsáveis por essa redução.

Com o novo deficit entre produção e consumo, os estoques mundiais terminam a safra em apenas 485 mil toneladas, 328 mil delas nos Estados Unidos.

Líder mundial nas exportações, o Brasil colocará 885 mil toneladas no mercado externo, ante 1,13 milhão na safra anterior.

Líder nas importações, a União Europeia comprará apenas 705 mil toneladas, e os Estados Unidos, 280 mil. Ambos importam 15% menos no ano.

O primeiro contrato de suco de laranja negociado nesta quarta feira (20) na Bolsa de commodities de Nova York fechou em US$ 1,80 por libra-peso, 54% mais do que há um ano. 

Plano Safra pode favorecer os pequenos

Desde o último dia primeiro, os bancos que operam com o crédito rural oficial estão aptos a financiar as atividades agropecuárias, referentes à Safra 2016/2017, podendo receber os projetos da agricultura familiar e de outros segmentos rurais. O Plano Safra 2016/2017 vai destinar R$ 185 bilhões em crédito para os produtores rurais do País, com juros variando de 0,5% a 5,5% ao ano para a agricultura familiar (Pronaf) e de 8% a 12,75% ao ano, na agricultura empresarial.

Os recursos são para o financiamento de custeio, investimento e comercialização das ações desenvolvidas nas propriedades rurais. Este ano algumas novidades no Plano Safra podem favorecer os pequenos produtores, mas é preciso ficar atento para aproveitar a oportunidade.

Segundo Marcos Meokarem, coordenador técnico de crédito rural da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), quase todas as linhas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) tiveram seus recursos aumentados. “O reajuste foi em torno de 10%, de uma maneira quase linear em todas as linhas do Pronaf, o que é muito bom, pois significa mais recursos disponíveis para os produtores”, enfatizou.

Outro ganho para o produtor familiar foi a instituição de juros diferenciados para as atividades relacionadas a algumas culturas tradicionais como arroz, feijão, mandioca, trigo, bata inglesa, abacaxi e amendoim, alho e tomate, entre outras e de base agroecológica ou em transição ecológica, além de apicultura, bovinocultura de leite, piscicultura, ovinos e caprinos. “Antes, os juros eram balizados no montante contratado, agora depende da atividade. Então no caso dessas atividades, o limite de custeio foi para R$ 250 mil com 2,5% de juros ao ano”, explica Meokarem.

O coordenador ressalta ainda que, para o custeio do plantio de milho até R$ 20 mil, a taxa de juros vai ficar em 2,5% ao ano. “Se o milho passar de R$ 20 mil, a taxa normal é 5,5% ao ano, assim como para as demais culturas, que não fizerem parte da lista que dispõe sobre os juros diferenciados”, pondera. Segundo o coordenador, as novidades alcançam também a linha Pronaf de investimento na aquisição de animais para recria e engorda. O limite é de R$ 20 mil reais, com juros de 5,5% ao ano.

Mais Alimentos

No Programa Mais Alimentos, de acordo o coordenador técnico da Emater-MG, o limite de até R$ 165 mil tem também a opção de juros de 2,5% para algumas atividades, como práticas conservacionistas, formação de pastagens, capineira, silagem, feno, distribuição de água, cultivo protegido, tanques de resfriamento e ordenhadeiras, entre outras. Nas demais atividades do programa, os juros são de 5,5% por cento ao ano.

Marcos Meokarem lembra que quem já fez o cadastro ambiental rural tem prioridade na liberação do crédito pelos agentes financeiros, de acordo com as regras do Plano Safra 2016/2017. A norma vale tanto para os pequenos produtores, quanto para a agricultura empresarial. “É uma forma de o governo estimular a regularização ambiental nas atividades rurais”, justifica.

Levantamento realizado pela Emater-MG, junto ao Banco Central, mostra que o Pronaf gerou 183.871 contratos (custeio e investimento) no Estado, na safra 2015/2016, no valor total de R$ 2,58 bilhões. O Norte mineiro foi a região que registrou na safra passada o maior volume de contratos, 72.147, mas a fatia maior da linha de crédito, destinada a agricultores familiares, ficou na região Sul, com R$ 704,5 milhões. 

Preço da polpa cítrica subiu 51,0% desde o começo do ano

Os preços da polpa cítrica estão firmes e em alta desde o começo do ano. De janeiro a julho, o aumento acumulado é de 51,0% nos preços em São Paulo.

A demanda pelo insumo é grande, em função do milho valorizado. Do lado da oferta, a disponibilidade melhorou em relação aos meses anteriores, com o avanço da safra de laranja e processamento da fruta, mas continua aquém da procura.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a tonelada da polpa peletizada está cotada, em média, em R$571,00, sem o frete, em São Paulo. A alta foi de 1,2% em julho, em relação a junho.

Na comparação com julho do ano passado, o pecuarista está pagando 50,3% a mais pelo alimento concentrado.

Em curto prazo, a expectativa é de preços firmes para o produto, a exemplo do mercado de milho, porém, os espaços para novas altas são menores, em função do patamar elevado de preço do insumo.

Mudança em regras atrairá avalanche de estrangeiros para comprar terras no Brasil

A iminente liberação da compra de terras por estrangeiros no Brasil deverá provocar um grande fluxo de investimentos no país, principalmente por parte de fundos em busca de rentabilidade segura e de longo prazo, reaquecendo uma fatia do mercado imobiliário que tem sofrido com a estagnação econômica e a crise política.

Desde 2010 esse tipo de investimento está congelado no país, após um parecer da Advocacia Geral da União (AGU), chancelado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, sob a gestão do presidente interino Michel Temer, a compra de terras por estrangeiros é vista como um dos motores que podem ajudar a economia do país a andar novamente.

"A gente sabe, tem consultas aqui na empresa, de muitos investidores com o dedo no gatilho... Alguns meses depois (da mudança nas regras) devem começar a se concretizar esses investimentos", disse o diretor da Informa Economics FNP, empresa que realiza pesquisa periódica sobre mercado de terras agrícolas no país, José Vicente Ferraz.

Nos últimos anos, investidores internacionais com planos de investir em propriedades rurais no país chegaram a encontrar alternativas, como associar-se a empreendimentos de capital brasileiro, mas em posição minoritária. Contudo, a modalidade de investimento direto deve atrair novos recursos.

"Existem fundos e investidores, famílias, etc, que estão interessados e não querem estar amarrados a um sócio brasileiro. Portanto, aguardam a flexibilização dessa legislação para fazer esses investimentos", destacou Ferraz.

Segundo ele, os novos investidores, que teriam nacionalidades diversas, buscariam comprar terras brutas para desenvolvê-las, vendendo-as posteriormente, "já com um negócio estruturado". "A valorização disso é muito maior que a valorização natural do mercado de terras."

O Brasil já é um dos maiores produtores de grãos e proteínas animais do mundo e precisará ampliar sua produção nas próximas décadas para manter a posição de liderança nas exportações de alimentos. Com a certeza da expansão e da solidez do setor agrícola no país, investidores estrangeiros tendem a ver oportunidade de lucros sem grandes volatilidades ou riscos.

"Você tem fundos de pensão, por exemplo, que estão preocupados em garantir valor futuro e procuram investimentos de longo prazo, como terra", disse o diretor-presidente da BrasilAgro, empresa especializada em aquisição e desenvolvimento de terras agrícolas, Julio Piza.

A liberação de aquisição de terras por estrangeiros tem sido motivo de polêmica e controvérsia. A limitação imposta pela AGU em 2010 decorreu de uma nova interpretação para uma lei de 1971.

O argumento do governo na época do parecer da AGU era de que a aquisição direta feria a soberania nacional, em um contexto de temores de que empresas asiáticas poderiam tomar posse de grandes áreas no Brasil para assegurar abastecimento de alimentos.

Com a mudança no Palácio do Planalto, a tendência é de uma reversão da interpretação. Uma fonte do alto escalão disse à Reuters nesta quinta-feira que a liberação para os estrangeiros é uma das medidas do pacote que o governo deve apresentar nos próximos dias para tentar acelerar a retomada do crescimento econômico. Haverá apenas a criação de alguns critérios para evitar especulação imobiliária.

"Compra de terras para segurança alimentar é o tipo de coisa que se ouve falar muito, mas que se vê pouco acontecendo. Os investimentos em tradings (de grãos) faz mais sentido", destacou Piza. "Não consigo entender onde a soberania brasileira vai ser ferida. Ninguém vai comprar uma fazenda, fechar ela e declarar independência."

De fato, companhias asiáticas têm se voltado para aquisição de fatias em empresas de originação, muitas delas com operações no Brasil. Um bom exemplo foi a gigante estatal chinesa Cofco, que recentemente investiu 3 bilhões de dólares para comprar a unidade de agronegócio da Noble, além de uma grande fatia da trading holandesa Nidera.

"A estratégia (dos asiáticos) nunca foi de produzir aqui no Brasil ou em outro país para exportar para lá. O que eles querem é que se aumente a produção, porque daí cai o preço no mercado internacional", analisou Ferraz.

Um dos setores que deve ter fortes investimentos, da ordem de bilhões de dólares e de muitos milhares de hectares, é o plantio de florestas.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que representa as empresas de papel e celulose, grandes grupos estrangeiros --japoneses, norte-americanos e escandinavos, por exemplo-- desistiram de volumosos investimentos no Brasil desde o parecer da AGU em 2010.

"É uma indústria de escala elevada. Você precisa de um mercado livre entre nacionais e internacionais. Temos multinacionais represadas e as nacionais com avaliação distorcida de mercado", disse a presidente-executiva da Ibá, Elizabeth Carvalhaes.

MERCADO REAQUECIDO

Investidores estrangeiros deverão encontrar um ambiente favorável para aquisições.

"Já precisávamos em 2010, e hoje em dia, com esse cenário (de crise econômica), a entrada de capital estrangeiro vai ser fundamental", disse o diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Cornacchioni.

O real desvalorizado ante o dólar, na comparação com o início da década, torna as terras mais baratas para estrangeiros. Investimentos em logística de portos, estradas e ferrovias nos últimos anos também tornam a produção das áreas agrícolas do Brasil um pouco mais competitiva e atrativa.

Além disso, em um cenário de recessão e de crédito apertado, algumas empresas agrícolas encontram-se em situação financeira precária, vendo-se obrigadas a ofertar ativos essenciais, como fazendas, para quitar dívidas, lembraram os analistas.

Segundo a Informa Economics FNP, os negócios envolvendo grandes áreas estão praticamente parados no país, com preços ameaçando um declínio. O maior volume de aquisições é verificado entre pequenos e médios produtores, que compram terras de vizinhos em negócios de ocasião.

"Pode haver bastante transações, aumentando a liquidez do mercado de terras", projetou Piza.

MATOPIBA

As áreas mais propensas a receber interesse de investidores estrangeiros, caso a liberação se confirme, deverão ser o leste de Mato Grosso e a região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia), onde ainda há amplas áreas de vegetação nativa ou de pastagens que podem ser convertidas em terra para plantio de grãos.

"Do ponto de vista estratégico, está desenhado o mapa da mina", disse o sócio-diretor da consultoria MacroSector, Fábio Silveira. "Este é o polo de atração de investimento mais importante do Brasil hoje. Em boa medida esse investimento poderia ser de origem externa."

Ele destacou que nos últimos anos foram inauguradas obras como novos trechos da ferrovia Norte-Sul e novos terminais em São Luís (MA) que viabilizam o escoamento da produção do Matopiba e estimulam o investimento.

Fonte: Reuters