segunda-feira, 25 de julho de 2016

Consumo de suco de laranja despenca

Apesar da queda no consumo o produto sofreu aumento no preço.



O cenário para o suco de laranja é ainda pior do que se previa no início do ano. O mercado mundial encolhe e o Brasil exporta menos. Os preços, no entanto, sobem.

Rendimento industrial menor da laranja no Brasil, o maior produtor mundial, e a queda na safra da Flórida, devido a doenças nos laranjais, fizeram o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduzir a estimativa de produção de suco de laranja para 1,6 milhão de toneladas no período 2015/16.

A nova estimativa indica um volume 11% menor do que as previsões de janeiro último, quando o órgão norte-americano estimava uma produção mundial de 1,8 milhão de toneladas.

A queda no consumo da bebida vem fazendo com que pomares do Brasil e dos Estados Unidos deem espaço a outras culturas ou a construções imobiliárias. Com isso, a oferta mundial do produto cai rapidamente.

Na safra 2011/12, as indústrias colocavam 2,2 milhões de toneladas de suco no mercado, segundo o Usda. As maiores quedas na produção da bebida ocorrem nos líderes: Brasil e Estados Unidos.

Conforme os números dos norte-americanos, a produção brasileira de suco era de 1,3 milhão de toneladas na safra 2011/12; caiu para 1 milhão em 2014/15 e ficará em apenas 885 mil em 2015/16.

Nos Estados Unidos, a queda vem sendo ainda maior. Após terem colocado 629 mil toneladas de suco no mercado em 2011/12, as indústrias norte-americanas reduziram a produção para 438 mil na safra passada e para 383 mil nesta.

O consumo mundial também cai, mas é superior à produção pelo segundo ano consecutivo. Será consumido 1,8 milhão de toneladas nesta safra, abaixo dos 2 milhões de 2014/15. União Europeia e Estados Unidos serão os principais responsáveis por essa redução.

Com o novo deficit entre produção e consumo, os estoques mundiais terminam a safra em apenas 485 mil toneladas, 328 mil delas nos Estados Unidos.

Líder mundial nas exportações, o Brasil colocará 885 mil toneladas no mercado externo, ante 1,13 milhão na safra anterior.

Líder nas importações, a União Europeia comprará apenas 705 mil toneladas, e os Estados Unidos, 280 mil. Ambos importam 15% menos no ano.

O primeiro contrato de suco de laranja negociado nesta quarta feira (20) na Bolsa de commodities de Nova York fechou em US$ 1,80 por libra-peso, 54% mais do que há um ano. 

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