quinta-feira, 17 de março de 2016

Inflação agropecuária no atacado desacelerou em março, diz FGV

Preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram menos: 1,78%.
Em fevereiro, o indicador para este setor apresentou alta de 2,72%.

A inflação agropecuária no atacado desacelerou em março. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 1,78%, no âmbito do IGP-10. Em fevereiro, o indicador para este setor apresentou alta de 2,72%. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A inflação de março medida pelo IGP-10 subiu 0,58% após alta de 1,55% em fevereiro, segundo informou a FGV. O resultado anunciado na manhã desta quarta-feira (16) ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa de 0,39% a 0,65%, com mediana de 0,57%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de março, os preços no atacado representados no IPA-10 tiveram alta de 0,56%, após subirem 1,69% em fevereiro. Por sua vez, os preços ao consumidor medidos no IPC-10 apresentaram avanço de 0,61% em março, após elevação de 1,64% no mês anterior. Já o INCC-10, da construção civil, teve taxa positiva de 0,60%, após o aumento de 0,37% em fevereiro.

Fonte: Globo Rural

Orgânicos desidratados são opção para assegurar renda

Em visita ao Brasil, a embaixadora da República da Nicarágua, Lorena Martínez, visitou nesta quarta-feira (16), juntamente com uma equipe do MDA, a Desifrut - agroindústria familiar de processamento de frutas tropicais desidratadas, localizada na região de Sobradinho dos Melos, próxima a capital federal.

A visita teve o objetivo de proporcionar à embaixadora a oportunidade de conhecer uma pequena estrutura de processamento de frutas, uma vez que em seu país há muita fruta e a maioria é vendida, in natura, em feiras. Segundo Lorena, o não processamento gera uma perda muito grande. “Se nossos agricultores processassem a produção, além de agregar valor, venderiam o produto o ano todo e não apenas nas épocas de colheita”, disse a embaixadora ao salientar que, “no restante do ano, eles chegam a passar necessidades”.

Desifrut

Há cerca de oito anos, o casal Norma Sueli Martins Siqueira e Eurípedes Almeida Costa criou a Desifrut, uma unidade bastante simples e pequena. Os proprietários se dedicam a desidratação de frutas, vegetais e condimentos orgânicos. “Percebemos que os produtos in natura tinham um grande percentual de perda e, para fugir desse desperdício, pensamos na desidratação”, afirma a agricultora familiar.

Atualmente, os produtos da Desifrut são comercializados no galpão da agricultura familiar no Ceasa, na Torre Digital e em diversas feiras do Distrito Federal.

CNI diz que evolução da produção industrial sobe para 42,2 pontos

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou hoje (17) a pesquisa Sondagem Industrial com dados de fevereiro. Eles mostram que a evolução da produção passou de 39,7 pontos para 42,2 pontos. Outro indicador, que mede a evolução do número de empregados, passou de 41,4 pontos para 42,8 pontos. Pelos critérios da CNI, os índices variam de zero a cem pontos e valores abaixo de 50 pontos indicam retração da atividade e do emprego.

Em fevereiro, a indústria operou, em média, com 62% da capacidade instalada e se manteve no piso da série histórica. Na comparação com fevereiro de 2015, o percentual foi 4 pontos a menos, informou a CNI. Os dados indicam, também, que os estoques permaneceram no nível planejado, cujo índice foi de 49,7 pontos, em torno da linha de 50 pontos.

Queda no pessimismo

Houve redução no pessimismo, mas as perspectivas dos empresários em março para os próximos seis meses continuam negativas. O índice de expectativa de demanda subiu de 45,6 pontos para 46,9 pontos no período e o de compras de matérias-primas foi de 43,6 pontos para 45,2 pontos.

As perspectivas para o número de empregados subiram de 42,1 pontos, em janeiro, para 43 pontos, em fevereiro. Como os indicadores estão abaixo de 50 pontos, na análise da CNI, as perspectivas são de queda na demanda, na compra de matérias-primas e no emprego.

Os empresários estão confiantes apenas em relação ao aumento das vendas externas. O índice de expectativa de quantidade exportada continua acima de 50 pontos, ao registrar 52,6 pontos. A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 10 de março com 2.391 empresas, das quais 1.023 são pequenas, 837 são médias e 531 de grande porte.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Presidente do Fundecitrus é nomeado para a presidência da Câmara Setorial da Citricultura

O presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, foi nomeado para a presidência da Câmara Setorial da Citricultura, do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa). A publicação foi feita no Diário Oficial da União (DOU) de 10 de março de 2016. ]

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura foi oficialmente criada em 2005 e reúne representantes de todos os estados produtores de citros, de associações de viveiristas, dos produtores, das indústrias, dos exportadores, dos varejistas e dos órgãos públicos. Tem por finalidade propor, apoiar e acompanhar ações para o desenvolvimento das atividades da cadeia produtiva, além de servir como órgão consultivo do governo. 

A indicação de Monaco foi feita por unanimidade pelos membros da Câmara. Citricultor há mais de 25 anos, é formado em Engenharia Agronômica, mestre e doutor pela Universidade da Califórnia. Atuou no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi pesquisador científico e Diretor-Geral do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Presidente da Academia de Ciências de São Paulo, Secretário da Secretaria de Tecnologia Industrial (STI), do Ministério da Indústria e do Comércio (MIC), Secretário da Comissão Nacional de Energia (CNE), Presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério da Ciência e da Tecnologia e Secretário da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. 

É presidente do Fundecitrus desde 2008, onde utiliza sua experiência profissional para viabilizar a realização de pesquisas que promovem a sanidade da citricultura, a sustentabilidade, as novas tecnologias buscando competitividade e lucratividade do setor e a segurança do trabalhador. Uma das prioridades da nova presidência serão as questões sanitárias que colocam em risco a liderança do Brasil na produção de citros e suco de laranja, como pomares abandonados, doenças quarentenárias e legislação de viveiros. 

“A Câmara Setorial promove a oportunidade de conhecimento mais detalhado dos elos da cadeia produtiva e de identificação de oportunidades e prioridades da citricultura. É um fórum técnico que poderá ajudar muito na evolução e preservação dessa importante cadeia de geração de valores econômicos e oportunidades de trabalho”, destaca Monaco. 

Mapa regulamenta produção, registro e comércio do pó de rocha na agricultura

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) normatizou a produção, o registro e comércio dos remineralizadores, conhecidos popularmente como “pó de rocha”. Trata-se de uma rocha moída e peneirada que tem a função de melhorar a qualidade física e química do solo. A diferença para os fertilizantes comuns está na solubilidade e concentração, mas ambos têm atuação complementar. Com a nova legislação, o consumidor poderá atestar a qualidade desses produtos, que agora passarão a receber registro do Mapa.

As instruções normativas 5 e 6, publicadas na edição dessa segunda-feira (14) do Diário Oficial da União, estabelecem diversas exigências aos fabricantes, a fim de garantir a oferta de produtos de qualidade e seguros. Além disso, definem as regras que serão exigidas pelo ministério na hora do registro.

A regulamentação dos remineralizadores representa mais uma opção para o agricultor brasileiro, que já conta com o calcário e os fertilizantes minerais para recuperar a fertilidade do solo. Essa é uma demanda antiga do setor, especialmente dos produtores de orgânicos, que não utilizam fertilizantes minerais, mas admitem o uso do “pó de rocha”.

A ministra Kátia Abreu destacou que uma das maiores vantagens do pó de rocha é a disponibilidade em abundância e o baixo custo. Uma tonelada de fertilizante mineral tem custo médio de R$ 1,5 mil, enquanto a mesma quantidade de remineralizador custa R$ 200 a 300 (levando-se em conta despesas com taxa de aplicação e frete).

“São minerais naturais abundantes no território nacional, de fácil exploração e logística de distribuição. Podem suprir parte das necessidades nutricionais das plantas e atuar em conjunto com os fertilizantes tradicionais na recuperação da fertilidade da terra”, explicou a ministra.

Exigências técnicas

As instruções normativas do Mapa estabelecem regras para registro dos remineralizadores, definem sanções administrativas e medidas cautelares e aprimoram procedimentos de inspeção e fiscalização da produção e do comércio desses insumos.

Os textos tratam ainda dos substratos das plantas, que já estavam regulamentados por lei como uma categoria de corretivos do solo. Com a nova legislação, deixa de ser uma categoria e passa a ser uma classe de produto.

Clima e agricultura: produção além das adversidades

A força com que os fenômenos meteorológicos têm se manifestado, nos últimos anos, tem surpreendido e afetado a vida de quem tira do campo o seu sustento. A agricultura é a atividade econômica mais sensível a essas alterações climáticas bruscas, sendo os produtores familiares os mais vulneráveis aos revezes do tempo. Para alertar a população para sobre essas descompensações atmosféricas, celebra-se, na data de 16 de março, o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. O objetivo é atentar para a necessidade de ações que reduzam o impacto dessas alterações no meio ambiente.

Conforme o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Fabrício Silva, fenômenos extremos, como seca severa e chuvas intensas, são acontecimentos normais na natureza. No entanto, ele destaca que nos últimos anos as mudanças bruscas no tempo estão mais frequentes.

Muitos são os fatores que têm colaborado para que isso ocorra. Na região Amazônica, o desmatamento é o que mais contribui negativamente para as condições climáticas. De 2005 para cá, segundo Silva, a região intercalou três grandes eventos de seca, seguidos de períodos de muita chuva. “A série histórica do clima aponta que esses fenômenos estão se alternando em um espaço menor de tempo”, explica.

São Paulo é outro exemplo. Entre os anos de 2013 e 2014, o estado passou por uma grande seca, o que levou a uma crise hídrica. Em 2001, o mesmo fenômeno já havia ocorrido, porém com impacto menor para a população, porque não faltou água. De acordo com o meteorologista, estudos apontam que, na década de 60, já tinham ocorrido períodos de seca bem semelhantes no estado. “Tivemos períodos de seca normais em outros momentos, mas não tão intensos como nesses dois últimos episódios, 2001 e 2014. Então, realmente parece que eventos dessa magnitude estão acontecendo em períodos cada vez menores de tempo”, analisa.

Agricultura Familiar

No Nordeste sabe-se que a falta de chuva é comum. Mas o que chama a atenção, segundo Silva, é que a seca severa na região já vai para o seu quinto ano consecutivo. E, justamente no semiárido nordestino estão muitos dos agricultores familiares, os mais vulneráveis às mudanças do clima. São produtores de baixa renda, e muitas vezes a agricultura praticada por eles é de subsistência. Se as chuvas e as temperaturas forem favoráveis, eles conseguem produzir para estocar, se alimentar, comercializar e ter sementes para lavoura do próximo ano. Mas a regra, na região, é a quebra de safra.

“Esses produtores dependem fortemente do clima. Com condições meteorológicas desfavoráveis, eles não conseguem crescer por si, ter uma renda ou recursos para adquirir máquinas modernas. Analisando esses fatores, pode-se dizer que essas alterações climáticas poderão causar ainda mais desigualdade social”, avalia.

Seca castiga o Nordeste

O quinto ano de seca no Nordeste fez com que a plantação de milho do produtor familiar Raimundo Antônio de Oliveira, 57 anos, fosse mais uma vez perdida em 2015. Nos sete hectares de lavoura, ele conseguiu colher apenas 23 sacas de milho, o que deu apenas para alimentar os animais da sua propriedade, localizada no município de Jardim, no Ceará. Em condições normais, Oliveira diz que a perspectiva é colher entre 60 e 80 sacas do grão por hectare. “Retirar apenas 23 sacas, considero perda total da lavoura”, explica.

Oliveira também tem a plantação assegurada pelo Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). Recebeu em 2014 e já solicitou o benefício referente ao ano passado. “Ter uma roça assegurada ajuda muito. Se o tempo é bom, tenho como pagar o empréstimo no banco e dá até para plantar mais”, fala.

Por causa do longo período de seca, Oliveira conta que muitos vizinhos foram trabalhar em outros estados, para terem como sustentar a família que ficou na propriedade. E, a previsão do tempo, para 2016, continua adversa para a agricultura. “A perspectiva é de outro ano de tempo muito seco. Choveu em janeiro, o que surpreendeu a todos. Em fevereiro, caiu uma chuvinha. Até agora, em março, não caiu uma gota. Já começamos a perder as lavouras, o que começou a germinar já está secando”, comenta.

Granizo prejudica lavouras no Sul

Mas o excesso e água também é um problema. Um temporal de granizo e ventos fortes foi suficiente para acabar com os 12 hectares de soja plantadas pelo agricultor familiar Elias Daniel de Oliveira Ferreira, 29 anos, do município gaúcho de Giruá. Ele lembra que o fenômeno, intenso e atípico, arrancou árvores do chão. 

A soja leva cinco meses entre ser semeada e colhida. A lavoura de Ferreira já tinha dois meses de cuidados quando foi atingida pelo temporal. Esse tipo de cultura representa 50% da sua renda, o restante vem da produção de leite. Preocupado com as perdas, o agricultor, que também planta milho para alimentação animal, acessou o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) para amenizar os prejuízos.

Ferreira conta que o custo de uma lavoura de soja é elevado. “Tenho amigos que perderam tudo por causa das condições climáticas. Perderam a produção e tiveram que vender suas propriedades para pagar os empréstimos no banco”, comenta. 

Futuro

Para o futuro, o meteorologista usa como referência o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) - principal organismo internacional para a avaliação da mudança climática, que aponta que esses fenômenos atmosféricos extremos continuarão e serão cada vez mais intensos e frequentes. Com chuvas muito fortes em uma região e períodos de seca prolongados em outras.

Conforme Silva, pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que, caso essas projeções se confirmem, a produtividade de muitas culturas no país poderá ser atingida. As regiões mais vulneráveis seriam o Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, por apresentarem uma distribuição irregular, parcial e temporal da chuva, que é normal para essas áreas, mas que impactaria, principalmente, nas culturas de milho e feijão. “Estima-se que o milho poderia ter uma redução média de 16% na sua produtividade no Brasil. Já o trigo, uma cultura muito praticada no Sul, sofreria uma redução de 30% devido ao aumento das temperaturas”, observa. 

Ele cita ainda outra questão, as doenças e pragas das lavouras. Assim como as mudanças climáticas poderão favorecer determinadas culturas, algumas pragas poderão ganhar força ou surgirem nesse novo cenário. “Não é apenas uma questão de mais chuvas ou elevação das temperaturas, teremos que lidar também com esse outro problema nas lavouras”, adverte.

(Ascom/MDA)


Entrega de fertilizantes no Brasil cresce 18,2% em fevereiro, diz Anda

A entrega de fertilizantes aos produtores rurais brasileiros cresceu 18,2 por cento em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado, para 2,17 milhões de toneladas, disse nesta terça-feira a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em um relatório mensal.

A importação de fertilizantes intermediários pelo Brasil também registrou alta em fevereiro, de 8,7 por cento ante o mesmo mês de 2015, para 1,26 milhão de toneladas.

Relatório completo aqui


Fonte: Reuters

Venda de agrotóxico cai e produtos ilegais já representam 20% das vendas

Dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) confirmam a redução na venda de defensivos agrícolas no ano passado. De acordo com o balanço anual do setor, a queda foi de 21,6% em comparação com 2014, com um total de US$ 9,6 bilhões. A desvalorização do real e a dificuldade para obtenção de linhas de crédito rural são alguns dos motivos para a redução nas vendas.

“A questão do crédito e a inadimplência no campo preocupa o setor significativamente. Por conta dessa condição, a indústria acaba financiando quase 70% das vendas aos agricultores”, comenta Silvia Fagnani, vice-presidente executiva do Sindiveg. A queda do setor no Brasil teve forte impacto no mercado global, que registrou queda de 9,8% em 2015. É o primeiro ano de queda no setor após um período de cinco anos de crescimento.

As vendas por Estado continuam sendo lideradas pelo Mato Grosso com 23% do total de negociações, seguido por São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul com 13%. A soja continua sendo a cultura com maior demanda, representando 52% das vendas, com cana-de-açúcar e milho com 10%.

Contrabando

O contrabando, no entanto, é o grande vilão do setor e já representa até 20% das vendas de defensivos agrícolas no Brasil. Mesmo sendo o produto mais comercializado devido ao número crescente de pragas, os inseticidas registraram queda de 35,2% nas vendas em 2015. “A ilegalidade no mercado é um grande problema do setor, não somente pelas questões econômicas impactadas pela atividade irregular, mas, sobretudo, pela questão de segurança alimentar da população e risco de contaminação do meio ambiente. Desconhecemos a segurança desses produtos no campo, e por consequência, na mesa da população, uma vez que não passam pelo crivo das autoridades regulatórias”, completa Fagnani.

Para se ter uma ideia, em 2014, o Paraguai importou US$ 110 milhões excedentes à necessidade interna de Benzoato de Emamectina, inseticida registrado em caráter emergencial para combate à praga Helicoverpa armígera. Este excedente foi provavelmente todo destinado ao mercado brasileiro informalmente, sem registros de agrotóxico nem regularização das importações.

A indústria, que trabalha com 80% de insumos importados, também teve dificuldades em repassar o aumento de custos aos preços e perdeu em receita. “A desvalorização cambial ocorrida no ano, em torno de 50%, trouxe um forte impacto na rentabilidade das empresas, as quais não conseguiram repassar esta desvalorização para o campo”, comenta a vice-presidente executiva.

O volume total das importações de defensivos agrícolas em 2015 apresentou queda de 6,10% em relação ao ano anterior, atingindo 392.526 toneladas.

Diretor da FAO projeta mais queda nos preços globais de alimentos


Os preços globais de alimentos deverão cair mais neste ano, após já terem caído para perto da mínima de 7 anos, pressionados pela desaceleração do crescimento econômico, disse nesta terça-feira o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O índice de preços globais de alimentos da FAO, que mede variações mensais em uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, caiu em cada um dos últimos quatro anos.

No mês passado, o índice estacionou numa mínima de quase 7 anos, conforme altas em óleos vegetais e carne compensaram quedas em cereais, açúcar e laticínios.

"A desaceleração no crescimento da economia mundial, especialmente na China, está colocando muita pressão nos preços das commodities", disse José Graziano em uma visita a Abu Dhabi.

"Nós esperamos que os preços continuem caindo em termos reais, não necessariamente em termos nominais, portanto vai depender muito da taxa cambial de cada país", disse Graziano.

Produtores rurais em países como o Brasil têm sido protegidos, pelo menos em parte, da fraqueza geral dos preços globais de alimentos pela desvalorização das moedas locais.

Fonte: Reuters