sexta-feira, 8 de maio de 2015

Assentamento em Cujubim/RO se destaca com a produção de abacaxi

Foto: Divulgação/Decom
O mineiro Edson Martins da Silva, de 25 anos, é um dos migrantes descendentes das 45 famílias de produtores rurais assentadas pelo Incra no projeto Américo Ventura, no município de Cujubim. Em 16 anos de dedicação ao cultivo de abacaxi, ele consegue colher 360 mil frutos e faturar cerca de R$ 33,3 mil por mês, aproximadamente R$ 400 mil por ano.
Com a produtividade alcançada no lote de 30 alqueires, que recebeu há 4 anos, depois de chegar à região do Vale do Jamari, na década de 1990, Silva é hoje um dos maiores produtores de abacaxi no município.

Edson Silva lembra que trabalha no cultivo de abacaxi há 16 anos, que classifica como uma grande oportunidade, pois há pouco tempo não sabia nem escrever o nome. Com a produção de abacaxi, ele sustenta a família, construiu a casa própria, comprou um caminhão para transporte da produção, mantendo toda a despesa doméstica e o estudo do filho. ”Hoje meu filho estuda no Instituto Federal de Rondônia (Ifro) e emprego três pessoas na minha terra. Vivo muito bem”, comemora.

O município de Cujubim se destaca, desde 2008, como o maior produtor de abacaxi de Rondônia. A safra anual é estimada em 700 toneladas, e 95% da produção é do Assentamento Américo Ventura.

A previsão para 2015 é um aumento de 20% da safra. Os frutos produzidos na região são considerados de boa qualidade pelo tamanho, com cerca de dois quilos cada; e o sabor adocicado. Parte da produção é consumida in natura e comercializada em outras cidades da região.

Segundo o gerente local da Emater-RO, Elton Messias Lopes Lima, a venda do produto já transpôs os limites da região do Vale do Jamari, e atualmente é comercializado em todo o estado.

O aumento da área de cultivo e dos índices de produtividade, de acordo ainda com o gerente da Emater-RO, se deve principalmente ao maior acesso dos produtores às políticas públicas da Compra Direta, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Há outro grupo de produtores que prefere a venda direta ao consumidor. Alguns deles possuem transporte próprio financiado através do Programa Nacional de Apoio a Agricultura Familiar (Pronaf), por meio do Programa Mais Alimento – projetos elaborados com assistência da Emater e financiamento do Banco da Amazônia e Banco do Brasil.

O presidente da Associação de Produtores do Assentamento Américo Ventura (Aprav), o catarinense Sergio José Bonassi, de 48 anos, também migrou para Rondônia com o sonho de trabalhar na agricultura. Há 16 anos conseguiu realizar o sonho no assentamento do Incra.
Mas ao contrário do amigo Silva, ele escolheu inicialmente o plantio de café no qual permaneceu por seis anos, sem obter sucesso. Foi quando decidiu plantar abacaxi e hoje produz 180 mil frutos ao ano, em cinco alqueires de terra. “Com o cultivo de abacaxi, conquistei minha casa, uma agroindústria de derivados de leite e o carro para transporte da produção. Eu optei em vender a produção na roça. Sai mais barato, mas no momento é o que consigo fazer”, disse Bonassi.

Inês Zahn, de 47 anos, e há 17 morando no Assentamento Américo Ventura tinha o propósito de plantar café, mas na época da seca o cafeeiro “amarelava”. Por orientação de Sérgio Bonassi, ela começou a plantar abacaxi consorciado com o café. “No início a procura pela fruta era pouca, mas deu para se manter junto com outras culturas”, lembra.

Agora com as melhores condições de mercado para o produto, Inês pretende vender o gado e investir no cultivo do abacaxi. “Meus filhos vão deixar a cidade e vir me ajudar, e vamos ampliar a área plantada de um hectare para cinco alqueires”, disse.

Festival

Por iniciativa dos professores, pais e alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves, com o apoio da Aprav, há 8 anos acontece o Festival do Abacaxi em Cujubim. E na 9ª edição, neste ano, terá como atração também o Concurso do Rei e da Rainha do Abacaxi, e ainda serão servidos pratos e doces à base do abacaxi e distribuição gratuita da fruta.

Durante o evento é escolhido e também premiado o maior abacaxi da região, prestigiando e valorizando o produtor.

Ocorre também durante o ano a festa da Associação dos Produtores Rurais do Projeto de Assentamento Américo Ventura, que também divulga a produção.

Fonte: G1 / Governo de Rondonia

Agrotins Brasil 2015 apresenta inovações na produção de frutas para agricultura familiar

A Agrotins é uma realização do governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, suas vinculadas Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins) e Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), secretarias de Estado,

A produção de frutas recebe incentivos do Governo do Estado, principalmente para agricultura familiar e na Agrotins Brasil 2015 – Feira de Tecnologia Agropecuária essa atividade é incentivadas em sistemas de projetos produtivos. Numa área de dois hectares (conhecida como fazendinha), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) implantou diversos projetos de fruticultura para apresentar aos pequenos produtores.

Um dos projetos em destaque é o plantio experimental melancia tutorada que chama atenção pelo sistema de cultivo diferenciado. As ramas da melancia ficam suspensas em uma cerca aramada. Para o técnico agrícola, Valdivino Melo, este sistema é vantajoso pela técnica simples e redução de espaço. "Numa mesma área o produtor consegue dobrar o plantio, num hectare que produz três mil melancias, tem a oportunidade de passar para seis mil", explicou.

Melo disse ainda que o sistema de plantio experimental, a princípio, possui bons indicadores na produção do fruto. "Notamos que as melancias estão de boa qualidade, e ainda, o produtor pode cultivar em qualquer época do ano para produzir, até mesmo no período chuvoso", disse.

Açaí e mamão

O aproveitamento de espaço é caracterizado também no plantio de mamão papaya consorciado com o açaí. De acordo com o coordenador do sistema de plantio, Anibal Pereira, a intenção é mostrar ao produtor as diferentes alternativas de plantio consorciado. "O açaí é uma cultura perene, assim podemos aproveitar o espaço para plantio de frutas como mamão, melancia, banana e grãos", enfatiza.

A Agrotins é uma realização do governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, suas vinculadas Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins) e Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), secretarias de Estado, instituições financeiras e parceiros.

Fonte: O Girassol
Autor: Delfino Miranda

Orçamento do Mapa para 2015 soma R$ 11,7 bi


Do total de R$ 18,3 bilhões destinados para orçamento fiscal e seguridade social da área de agricultura e desenvolvimento sustentável para 2015, R$ 11,7 bilhões foram destinados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) nº 13.115. A LOA apresenta as despesas com o Mapa agrupadas em orçamento fiscal, de seguridade social e de investimento.

Dos R$ 11,7 bilhões, 40,5% são para administração geral (R$ 4,7 bilhões);18,9% para abastecimento (R$ 2,2 bilhões); 13,3% para previdência do regime estatuário (R$ 1,56 bilhão); 14,2% para promoção da produção agropecuária (R$ 1,6 bilhão); 3,7% para desenvolvimento tecnológico e engenharia (R$ 438 milhões) ; 1,7% para proteção e benefícios ao trabalhador (R$ 202 milhões); e 2,8% para defesa agropecuária (R$ 330 milhões).

Já o orçamento de investimento será R$ 42,8 milhões, sendo 88,7% para administração geral (R$ 38 milhões) e 11,3% para tecnologia da informação (R$ 4,8 milhões). Essas verbas são consignadas à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), à Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (CASEMG) e às Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CEASAMINAS).

Sobre a LOA

A LOA para o exercício financeiro 2015 foi aprovada pelo Congresso Nacional em 17 de abril e publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 22 de abril. As estimativas de receitas e a fixação de despesas consideradas na lei foram obtidas a partir dos diagnósticos sobre a conjuntura econômica e perspectivas para 2015.

De acordo com a Constituição, a LOA abrange o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Fundecitrus divulga censo da citricultura e estimativa da safra em 19 de maio

Foto: Divulgação Fundecitrus
O Fundecitrus irá divulgar os resultados de pesquisa inédita do censo do cinturão citrícola e a estimativa de produção para a safra de laranja 2015/16 no próximo 19 de maio, terça-feira, na sua sede em Araraquara/SP.

O trabalho da Pesquisa de Estimativa de Safra - PES foi iniciado no campo em outubro de 2014 com 40 agentes que visitaram 481 municípios de São Paulo e Minas Gerais e com a ajuda de imagens de satélite localizaram todos os pomares de citros. No local, os profissionais do Fundecitrus fizeram medições em todos os talhões, identificaram a variedade e a idade das árvores e verificaram se o pomar tinha ou não irrigação. 

Após a identificação dos pomares, está sendo feita a derriça de 2.500 árvores de laranja para uma estimativa amostral dos frutos, os quais também são contados e pesados. Este trabalho deverá ser concluído em 12 de maio. Os dados coletados no censo e na derriça serão parâmetros para a composição da estimativa da safra de laranja do cinturão citrícola.

A pesquisa está sendo realizada pelo Fundecitrus, com assessoria da Markestrat e do Departamento de Estatística da Faculdade de Agronomia da Unesp de Jaboticabal.

Serviço:

Evento: Divulgação do inventário de árvores e estimativa de produção da safra 2015/16
Data: 19 de maio
Horário: 10 horas 
Local: Auditório Fundecitrus 
Endereço: Av. Dr. Adhemar Pereira de Barros, 201, Vila Melhado - Araraquara/SP

Fonte: Fundecitrus

Bioeconomia é solução para quase todos problemas de proteção na agricultura

Bioeconomia – esta ciência nos brinda com soluções para quase todos os problemas de proteção contra pragas da agricultura. Mas é preciso desenvolver conhecimento para explorar estes recursos que a natureza oferece e protegê-los da ação predatória.” A afirmação é do Doutor em Entomologia pela USP/ESALQ e professor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), Jerson Vanderlei Carús Guedes.

Segundo ele, a proteção convencional das culturas contra as pragas, feita à base de pesticidas químicos, impacta sobre organismos não-alvo, deixa resíduos nos alimentos, na água e no solo, além de apresentar riscos praticamente imensuráveis ao meio ambiente, que podem se manifestar depois de décadas. 

De acordo com Carús Guedes, apesar do uso abusivo de pesticidas e da exploração indiscriminada dos recursos não renováveis e renováveis, com a extinção de muitos ecossistemas e sua biodiversidade, há boas chances de se mudar esta realidade. Segundo ele, a mudança atende pelo nome de “Bioeconomia”, que segue a lógica de conjugar negócios e meio ambiente. 

Esse será o tema da palestra “Tecnologias Inovadoras para o Manejo de Controle Pragas”, que será ministrada pelo especialista no 2º Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, promovido pelo I-UMA (Instituto de Educação no Agronegócio). O evento, que tem o patrocínio da Simbiose, será realizado no dia 12 de maio no Salão Nobre da Unicruz (Cruz Alta/RS).

“Entre as oportunidades destaca-se o controle biológico de pragas agrícolas (insetos, patógenos, nematoides e plantas daninhas), à base de microorganismos disponíveis na natureza. Estes agentes podem ainda, em simbiose com plantas, favorecer o seu desenvolvimento em associações vantajosas para ambos”, explicou o professor. 

Marcelo de Godoy Oliveira, presidente da Simbiose, concorda com o especialista: “A cada ano, as moléculas químicas perdem efeito e as pragas estão mais resistentes, portanto, é necessário mais aplicações de defensivos agrícolas, o que aumenta o custo para o produtor. Com os insumos microbiológicos o resultado é diferenciado, pois se consegue benefícios da questão sustentável à econômica, assim como social”.

Mais informações e inscrições (gratuitas) pelo telefone (51) 3224-6111 com Raquel Bueno ou pelo agrocircuito@i-uma.edu.br.

Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Produtores do Sul de Minas apostam na produção de pitaya

Conhecida como fruta dragão, a pitaya é rica em vitaminas. Produtores recebem assistência da Emater-MG


Foto: Divulgação Emater-MG
Uma fruta exótica está ganhando espaço nas propriedades do Sul de Minas. Há cinco anos, produtores do município de Monsenhor Paulo começaram a plantar a pitaya e apostam nesta novidade como mais uma opção de renda. Estudos indicam que a fruta é originária das Américas, com relatos de produção na região dos Andes e na América Central. Atualmente, Colômbia e México estão estre os principais países que cultivam a pitaya. Ela também é plantada da Ásia, em países como Vietnã e Tailândia. 

A produção de pitaya no Sul de Minas conta com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Os técnicos auxiliam na elaboração de projetos, articulam a comercialização e promovem a mobilização dos agricultores. “Começamos o trabalho com apenas um produtor, plantando quatro mudas. Atualmente já são mais de 10, em uma área de quase dois mil metros quadrados, e produtores de outros municípios estão interessados em conhecer a produção”, explica a extensionista da Emater-MG, Amélia de Cássia Carvalho. A produção de Monsenhor Paulo é comercializada na própria região. O período de safra é entre os meses de novembro e março e o quilo da fruta é vendido, em média, por R$ 15,00.

Da família dos cactos, a pitaya pode ser consumida in natura, em saladas ou utilizada em sucos, geleias, doces, iogurtes e tortas. Também conhecida como fruta dragão, possui três variedades. A variedade produzida em Monsenhor Paulo é chamada de pitaya vermelha, tem a casca rosa e a polpa avermelhada. “É uma fruta exótica e exuberante pelo seu aspecto, de paladar levemente adocicado, semelhante à lichia e ao kiwi”, explica Amélia Carvalho.

Benefícios para a saúde

Rica em vitaminas, minerais, a pitaya apresenta diversos benefícios para a saúde. “A fruta consegue proteger as células do organismo, pois a casca é rica em polifenóis, substâncias antioxidantes. Ajuda na digestão, devido à presença de sementes na polpa, e combate doenças cardiovasculares, pois tem ácidos graxos e ômega 3. Também regula o intestino, porque tem oligossacarídeos (açúcares)”, ressalta Amélia.

A pitaya também é uma alternativa para quem quer controlar o peso. De acordo com estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 100 gramas possuem apenas 50 calorias e a fruta possui propriedades termogênicas (ajudam na queima de gorduras). Outras duas substâncias importantes na dieta também são encontradas: glucagon, que proporciona sensação de saciedade, e tiramina, que inibe o apetite.

Outras regiões produtoras

De acordo com coordenador técnico regional da Emater–MG, Juscelino Eugênio de Rabelo, a pitaya é mais comum no Nordeste do Brasil e no interior de São Paulo. “Em Minas Gerais ainda é pouco conhecida e não existem dados sobre a produção. A Emater–MG também participa de pequenos plantios experimentais nos municípios de Sete Lagoas e Curvelo, na região Central do Estado. É um trabalho inicial que pode gerar bons resultados”, explica.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Emater–MG
Thiago Fernandes - Jornalista
Tel.: (31) 3349-8191







Ceagesp: indicador de preços no atacado recua 1,91% em abril

O índice de preço dos alimentos frescos no atacado da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) registrou a segunda queda consecutiva em 2015. Em abril, o indicador recuou 1,91%, com destaque para o segmento de verduras, que caiu 11,5%.

Segundo a companhia, com a chegada do outono, estação que tem como principais características a redução do volume de chuvas e temperaturas amenas, o volume ofertado e a qualidade da maioria dos produtos não deverão apresentar prejuízos. Além disso, nesta época do ano normalmente ocorre um declínio do consumo. Por isso, espera-se uma retração de preços em todos os setores nos próximos meses. "Somente as geadas nas regiões produtoras poderão inverter esta tendência", estima a Ceagesp.

Em abril, o setor de frutas caiu 2,23%. As principais quedas foram da ameixa estrangeira (-42%), melancia (-27,5%), maracujá azedo (-18,8%), mamão papaia (-17,2%), jaca (-16,3%) e laranja lima (-15%). As principais altas foram do caju (23,3%), manga palmer (19,4%), morango (17,9%) e maçã gala (16,7%).

O setor de legumes registrou elevação de 3,89% no mês passado. As principais altas foram do pimentão amarelo (61,8%), pimentão vermelho (37,8%), tomate (31,6%), pimenta cambuci (36,3%), abóbora japonesa (31,2%) e jiló (18%). As principais quedas foram da ervilha torta (-39,5%), pepino japonês (-39%), pepino comum (-29%), vagem macarrão (-25,2%) e chuchu (-18%).

O setor de verduras caiu 11,50%. As principais quedas foram do agrião (-26,4%), da alface crespa (-28,7%), alface lisa (-25,3%), cebolinha (-23,8%), escarola (-21,7%), coentro (-23,8%), brócolis ninja (-20%) e couve (-17%). As principais altas foram da salsa (49,4%), do repolho (31,3%) e milho verde (24,1%).

O setor de diversos recuou 3%. As principais quedas foram da batata lisa (-24,8%), canjica (-14,7%), ovos vermelhos (-11,5%), ovos brancos (-10,5%), batata comum (-7%) e coco seco (-5,7%). As principais altas foram da cebola (21,7%) e alho (11,6%).

O setor de pescados registrou alta de 0,4%. As principais elevações foram da pescada (28,4%), lula congelada (11,3%), anchovas (9,7%) e robalo (6,9%). As principais quedas foram do sardinha (-36,9%), curimbatá (-19,7%), corvina (-16,2%), cascote (-15,6%) e tainha (-13,1%).

O índice Ceagesp é o primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado. A pesquisa considera 150 itens, escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade.

Plano de Defesa Agropecuária visa desburocratizar e modernizar setor

Durante a ocasião também foi formalizada a fronteira agrícola do Matopiba, o que deve garantir maior acesso da região a políticas públicas

Em cerimônia na manhã desta quarta-feira (6/5), a presidente Dilma Rouseff e o Ministério da Agricultura lançaram o Plano Nacional de Defesa Agropecuária. Entre as propostas da medida estão desburocratizar a fiscalização e regulação da área fitossanitária do país e modernizar laboratórios e centros de pesquisa que focam no combate e prevenção de doenças e pragas nas lavouras e rebanhos brasileiros. A primeira etapa deve ser executada até junho de 2016, e a segunda, até 2020.

Em discurso, a ministra da Agricultura Kátia Abreu reforçou que a defesa agropecuária é prioridade do Mapa, para satisfazer tanto os anseios dos produtores rurais quanto dos consumidores de alimentos. “A defesa agropecuária é muito mais que um simples instrumento de organização do setor, mas o que garante a qualidade e asegurança alimentar do país”, declarou. Ainda segundo a ministra, o Plano deve gerar redução de custos em até 30% para registro de produtos e 70% no tempo entre solicitação de um registro e sua análise final.

Dilma Rousseff afirmou em seu pronunciamento que medida será equilibrada em produção sustentável de alimentos e reforço na qualidade esperada pelos consumidores, sejam eles brasileiros ou de outros países. Conforme destacou a presidente, o Brasil produz quantidade suficiente, e com qualidade, para abastecer o território nacional e também figura como um dos principais responsáveis pelo atendimento das necessidades mundiais por alimentos. "Dispor de um sistema de defesa agropecuária mais moderno e consistente nos permitirá atender melhor às demandas de consumidores".

Para a presidente, a produção de alimentos deve seguir rigidamente a Lei de Defesa do Consumidor, atuando de forma transparente em toda a cadeia. "Sem reduzir um só milímetro nosso compromisso com o direito dos consumidores a alimentos seguros, vamos promover uma verdadeira revolução nos procedimentos de fiscalização e certificação da produção agropecuária brasileira", explicou em seu discurso.

A desburocratização da fiscalização e regulação de produtos de origem vegetal e animal vai facilitar a livre circulação desses produtos pelos 26 Estados e Distrito Federal, e também facilitar a abertura de novos mercados internacionais, superando barreiras sanitárias rígidas de forma mais simples e rápida. "Vamos abrir o Brasil inteiro para os nossos produtores, agroindústria e cooperativas", disse Dilma durante o evento.

Remédios genéricos

O Plano de Defesa Agropecuária também envolve a redução de custos de medicamentos veterinários com a homologação de remédios genéricos do setor. Na pecuária, a medida deve reduzir custos desses produtos em até 70%.

Combate a pragas e doenças

Ainda no Plano de Defesa Agropecuário está a modernização de laboratórios e centros de pesquisa como universidades. Segundo Dilma, é preciso capacitar gestores, consolidando redes de laboratórios, adotar metas para o desempenho e meta de qualidade para o sistema como um todo, incluindo controle de erradição de pragas edoenças. O PDA envolverá instâncias municipais, estaduais e federais, produtores rurais, órgãos da agricultura, o Mapa e todos que integram o sistema de produção vegetal e animal. Para isso, serão criados comitês regionais e canais de comunicação com Fiscais de Defesa Agropecuária.

Matopiba

Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff regulamentou a última fronteira agrícola do país, a Matopiba, que engloba os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia na produção de alimentos. O reconhecimento da região facilitará investimentos em políticas públicas como fornecimento de energia elétrica, desenvolvimento sustentável, melhoras em logística e infraestrutura.

Fonte: Globo Rural

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Pesquisadores internacionais confirmam participação em congresso de banana

O município de Corupá (SC) vai sediar, em agosto, dois importantes eventos internacionais relacionados à bananicultura



O primeiro, que vai acontecer de 18 a 20, será o III Congresso Latino-Americano e do Caribe de Bananas e Plátanos, que tem por tema central “Musáceas no subtrópico: desafios e oportunidades frente à variabilidade climática”. Já nos dias 21 e 22, será a vez da XI Reunião do Comitê Gestor da Musalac. Ambos serão no Seminário Sagrado Coração de Jesus, com capacidade para 450 pessoas. A programação do congresso — voltado para produtores, técnicos, extensionistas, pesquisadores, estudantes e público geral envolvido no setor — abrange, ao todo, 27 palestras, e, pela primeira vez, foram convidados pesquisadores de fora da região da América Latina e Caribe. Sistemas de produção, Ecofisiologia, solo e clima e Estratégias de manejo de pragas e doenças são os principais assuntos em discussão.

“Pelo fato de o tema central ser banana no subtrópico, achamos conveniente contar com pesquisadores de outras regiões que convivem com essa realidade, como é o caso da Austrália. Adicionalmente, o assunto do mal-do-Panamá nos levou a convidar Gert Kema, da Holanda, que, além de ser um grande colaborador da Embrapa, lidera um amplo programa de pesquisa dessa doença, especificamente com a raça 4 tropical, ainda não identificada no Brasil”, conta o pesquisador Miguel Dita, secretário-executivo do evento e da Rede de Pesquisa e Desenvolvimento de Banana e Plátano para América Latina e Caribe (Musalac). Os eventos estão sob a organização da Embrapa Mandioca Fruticultura (Cruz das Almas, BA) — Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento —, Musalac, Bioversity Internacional, Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), Prefeitura Municipal de Corupá e Instituto Agronômico (IAC).

Objetivos

Segundo Miguel, são dois eventos interligados, mas com objetivos bem específicos. “O congresso busca oferecer um espaço de alto nível para apresentar e discutir temas de relevância com o setor produtivo e acadêmico. Já a reunião visa agregar os países membros da rede para discutir temas de interesse regional, como mudanças climáticas, mal-do-Panamá, entre outros, além de revisar as agendas e avanços de pesquisa com bananeira em cada um dos países.” Ele informa ainda que nesta edição houve mudança na forma em que são preparadas as palestras. “Normalmente, um só pesquisador recebe o convite para proferir determinado tema. Agora, convidamos colegas de diferentes países ou instituições a juntar esforços em função de um tema. Dessa maneira, muitos temas serão preparados e, em alguns casos, apresentados por mais de um pesquisador. Acreditamos que, assim, além de sermos mais inclusivos, favorecemos a integração de pessoas e instituições.”

Essa é a primeira vez que o Brasil recebe a reunião da Musalac, criada em 1986. “Ao contrário do congresso, a reunião da Musalac não é aberta ao público em geral, apenas para membros da rede”, acrescenta o pesquisador Edson Amorim, também secretário-executivo do comitê organizador do evento e coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Bananeira da Embrapa.

A escolha da Embrapa Mandioca e Fruticultura para organizar os eventos foi uma consequência natural da presidência e organização bem-sucedidas do Simpósio Internacional ISHS/ProMusa “Bananas e Plátanos – Produção Global Sustentável e Usos Alternativos”, realizado em 2011 em Salvador (BA). Já o município de Corupá foi escolhido porque produz uma banana diferenciada em sabor e baseia-se na agricultura familiar. A banana é a principal fonte de renda da região (aproximadamente 600 famílias dependem diretamente da cultura).

Dia de campo

Para finalizar o congresso, haverá um dia de campo em uma propriedade privada da região. Os participantes serão divididos em três grupos. Cada um vai percorrer três estações localizadas em diferentes lugares da propriedade, onde serão discutidos aspectos práticos sobre murcha por fusariose; pragas e doenças, com ênfase no moleque-da-bananeira e sigatokas; e práticas de manejo do cultivo: solo, nutrição e água. “Os participantes terão a oportunidade de receber informações práticas por equipes altamente conceituadas e prontas para compartilhar conhecimentos”, afirma Miguel. O folder dos eventos está disponível em https://www.embrapa.br/documents/1355135/0/Folder+Musalac/32dd4612-988e-4040-95ea-f883c26656e6

Envio de trabalhos

O prazo para envio de trabalhos termina no dia 14 de junho. Mais detalhes sobre inscrição, envio de resumos e formatos de pôsteres em http://banana-networks.org/musalac/2015/02/16/reunion-musalac-y-congreso/

Fonte: Embrapa 

Ex-ministro sugere cautela ao produtor

Reflexos da crise econômica neste ano devem impactar, com maior força, no desempenho do agronegócio em 2016


Os reflexos da crise econômica vivenciada neste ano devem impactar, com maior força, no desempenho do agronegócio em 2016.

O aumento das taxas de juros, a redução do crédito e o aumento do desemprego são fatores que afetarão o setor.

Até agora, a desvalorização do real frente ao dólar fez com que as negociações com o mercado internacional compensassem, em parte, as perdas provocadas por outros eventos, como por exemplo a seca.

O cenário para o agronegócio foi traçado pelo ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, durante o lançamento do "3º Ciclo do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas" (PDGC), promovido pela Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg).

Segundo Rodrigues, o agronegócio continuará sustentando os resultados da economia brasileira em 2015 e, provavelmente, ainda terá um desempenho favorável.

"O setor tem gerado cerca de um terço dos empregos do País e respondendo por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, mas também será afetado pela crise", avalia.

De acordo com o ex-ministro, este ainda será um ano positivo, por uma razão involuntária: a desvalorização do câmbio.

A queda do real frente a moeda norte-americana fez com que as perdas provocadas por outros agentes fossem compensadas com a comercialização dos produtos no exterior.

"Com isso, haverá um faturamento adequado para os produtores, já que nós plantamos a safra com um dólar em torno de R$ 2,70 e colhemos com a moeda variando entre entre R$ 3,10 e R$ 3,20", observa.

Expectativas - Em relação ao próximo ano, as expectativas são pessimistas, já que ele considera que o cenário será mais complicado. "A crise brasileira vai reduzir a oferta de crédito e aumentar a taxa de juros.

Além disso, a alta dos impostos, das taxas de desemprego e inflação em crescimento perturbarão o agronegócio no próximo ano.

Muito provavelmente as margens de lucro dos produtores serão mais estreitas ou, até mesmo, nulas em algumas regiões onde a infraestrutura e a logística são mais precárias", ressalta.

A orientação do ex-ministro para os produtores é que os mesmos fiquem mais atentos aos rumos da economia e planejem bem as ações para evitar prejuízos maiores.

"O momento é complicado e minha ideia, que tento levar a todos os produtores brasileiros, é que eles coloquem a barba de molho.

O cenário atual pede que ele só invista no que for absolutamente necessário, porque vamos atravessar uma marola grande e difícil, inclusive pela economia do País estar em retração, o que acaba interferindo no desempenho interno do agronegócio também".

Cautela - A cautela será fundamental para que o setor continue em ascensão. Segundo Rodrigues, o agronegócio tem sustentado a economia do País e a tendência é que continue em evolução, já que o Brasil tem potencial para ampliar a produção a ponto de atender a crescente demanda mundial por alimentos, sem abertura de novas áreas, e de agregar valor à produção.

"O agronegócio continuará sendo, por muito tempo, a sustentação da economia brasileira, porque aqui poderemos crescer muito na produção agrícola e pecuária.

Porém, vamos enfrentar um momento complicado em 2016, que precisará ser administrado com muito cuidado. Já estamos percebendo a cautela dos produtores.

Um exemplo disso foram os resultados da última Agrishow, que é uma dos principais eventos do setor, onde as vendas atingiram apenas 70% do valor registrado no ano anterior.

O produtor já percebeu que o momento é difícil e que ele precisa tomar decisões com cautela".

Rodrigues ressalta que para enfrentar a crise econômica é preciso que os produtores invistam na gestão das propriedades, em inovação e em meios que promovam a redução dos custos para favorecer a competitividade.

"A gestão adequada é fundamental para que o produtor tenha sucesso nos negócios. Outra ação que é importante para a sobrevivência é a união em cooperativas.

Essas entidades são o braço econômico e um caminho indiscutível, principalmente para o pequeno produtor, que sozinho não consegue se desenvolver".

Fonte: Diário do Comércio

Exportação de suco de laranja cai 19% em abril, diz MDIC

A receita com exportação de suco de laranja do Brasil atingiu US$ 79,2 milhões em abril de 2015, queda de 19% na comparação com os US$ 97,8 milhões do mesmo mês do ano passado. Em relação a março deste ano, a queda é de 69,11% sobre os US$ 256,4 milhões movimentados com os embarques da bebida. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O volume de suco de laranja exportado no mês passado foi de 79,9 mil toneladas, baixa de 17,54% ante as 96,9 mil toneladas embarcadas em abril de 2014 e de 66,62% na comparação com as 239,4 mil toneladas enviadas ao exterior em março de 2015. O preço médio por tonelada do suco exportado em abril, de US$ 991,40, ficou 7,43% abaixo dos US$ 1.071,00/t de março, e 1,78% menor do que os US$ 1.009,40/t de abril do ano passado.

Com o resultado de abril, as vendas acumuladas de suco no primeiro quadrimestre de 2015 alcançaram 642,5 mil toneladas, alta de 15,85% ante o total embarcado em igual período do ano passado, de 554,6 mil toneladas. A receita em 2015 soma, até o momento, US$ 673,3 milhões, valor 14,43% superior ao total de US$ 588,4 milhões registrado nos primeiros quatro meses de 2014.

Fonte: Estadão Conteúdo/ Globo Rural

Mercosul e Aliança do Pacífico montam grupo de trabalho para harmonizar normas sanitárias


A fim de alavancar o comércio de produtos agropecuários, representantes dos ministérios da Agricultura de países do Mercosul e da Aliança do Pacífico decidiram nesta terça-feira (5) criar um grupo de trabalho para harmonizar normas sanitárias e fitossanitárias entre as nações. O encontro foi promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

A reunião, presidida pela ministra Kátia Abreu, teve presença de representantes da Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Equador e do ministro da Agricultura e Terra da Venezuela, José Luis Berroteran. Os países aceitaram por unanimidade formar o grupo de trabalho, que deverá apresentar seus resultados durante reunião em agosto promovida pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), no México.

Kátia Abreu afirmou durante o encontro que o ministério trabalha para eliminar barreiras não-sanitárias no comércio exterior e destacou a importância de se reduzir a burocracia. “O papelório, os carimbos, não podem ser instrumento para impedir comércio”, disse.

“Temos as nossas diferenças e dificuldades, mas precisamos harmonizá-las. É da maior importância resolvermos os problemas dentro de casa para facilitarmos negociações externas. Hoje no Ministério da Agricultura não temos a menor intenção, a menor motivação de resistir às importações criando barreiras sanitárias. As barreiras sanitárias que nós impusemos são verdadeiras, mas todas podem ser resolvidas com diálogo e harmonizando nossos processos”, afirmou a ministra durante a reunião.

Os participantes decidiram ainda trabalhar para integrar as bases de dados dos países com informações sobre a cadeia produtiva de suas propriedades rurais. A intenção é criar uma ferramenta única - similar à Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), do Mapa – a fim de garantir mais controle, transparência e credibilidade dos sistemas agropecuários.

“Isso gera transparência, e tudo que gera transparência gera confiança para os exportadores e para nossos consumidores”, afirmou Kátia Abreu.

Comércio 

Para a ministra, o Mercosul deve ter “pressa” para alavancar o comércio com os demais blocos. Atualmente, a Aliança do Pacífico tem 48 acordos comerciais em vigor com outros países, a União Europeia, 39, enquanto o Mercosul, apenas 8.

“Nós precisamos nos apressar, estar atentos a essas oportunidades, que podem ser únicas”, disse Kátia Abreu, destacando que o “grande foco” do Mercosul deverá ser a União Europeia.

“Agora que o Brasil preside o bloco, renovam-se as esperanças de enfrentarmos dificuldades externas e internas a fim de que nossos produtos possam chegar a outros continentes”, explicou.
A reunião dos representantes do Mercosul e da Aliança do Pacífico antecede o lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária, para o qual os países foram convidados. O plano, que abrange diversas ações na área de sanidade vegetal e animal, pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, garantir segurança alimentar e acesso a mercados.

O lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuário será nesta quarta-feira (6),  no Palácio do Planalto.

Fonte: Ministério da Agricultura

Fábrica chinesa anuncia unidade na CIC

Uma das maiores fornecedoras de equipamentos e projetos de agronegócios da China, a empresa Zhengchang, irá se instalar na Cidade Industrial de Curitiba no segundo semestre deste ano, em uma área adquirida de 45 mil metros quadrados. Representantes da empresa estiveram ontem na sede da Companhia de Desenvolvimento de Curitiba (Curitiba S.A) para formalizar a instalação da empresa na cidade.

A Zhengchang é uma das maiores fornecedoras de equipamentos e projetos completos para fabricação de ração da China. Fundada em 1918, a empresa tem hoje mais de 1,5 mil funcionários, 20 filiais e 30 escritórios pelo mundo todo. Por ser na Cidade Industrial, a Curitiba S.A é a responsável por fazer a intermediação da compra da área com o proprietário.


Fonte: Bem Paraná

Sedap apresentará oportunidades de negócios na Fipa

As oportunidades de investimento no agronegócio paraense serão apresentadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), durante a XII Feira da Indústria do Pará (Fipa), que começa nesta quarta-feira, 6; e vai até sábado, 9; no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A Sedap estará no estande do governo do Estado para demonstrar o potencial do Pará nos setores agropecuário e pesqueiro.

O Pará é considerado a última fronteira agrícola do Brasil com os 144 municípios distribuídos numa área continental de quase 1,3 bilhão de km2, da qual 73% são de florestas intocadas e 25 mil km de rios navegáveis. A localização privilegiada próxima de portos da Europa e da Ásia reduz o valor do frete e facilita a exportação. É o principal exportador da região Norte, o quinto Estado que mais exporta no Brasil e o segundo maior saldo da balança comercial.

O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) define as áreas onde as atividades podem ser realizadas e promove o desenvolvimento sustentável em todas as regiões. Na pecuária, o Pará possui o quinto maior rebanho bovino do país. São 20 milhões de cabeças com excelente padrão genético e alta produtividade. A certificação internacional de área livre de aftosa com vacinação para todo o Estado é um dos fatores de competitividade para investimento na produção de carne, couro, leite e derivados.

Como maior produtor nacional de pescado, o Pará é responsável por 34,41% da produção brasileira. As oportunidades de negócio nessa área estão no beneficiamento e industrialização do pescado, na produção aquícola (criação de espécies aquáticas), cultivo de peixes ornamentais e pesca esportiva.

Entre as culturas industriais, o Pará possui a maior produção brasileira de dendê, com 350 mil toneladas e uma cadeia produtiva organizada e dinâmica. É uma excelente oportunidade para investir na industrialização de óleos de palma e palmiste, alimentos e biocombustível. O cacau é outra cultura em expansão no Estado que concentra a segunda maior produção brasileira do fruto com crescimento anual de 13% e a maior produtividade do mundo - 916 quilos por hectare. As ofertas de negócio estão na fabricação de chocolate, manteiga, liquor, doces e geleias.

Na agricultura, a produção de frutas tem grande diversidade de espécies e sabores únicos, como cupuaçu, banana, abacaxi e laranja. Mas o destaque vai para o açaí, que ganhou a preferência mundial devido ao grande potencial energético, antioxidante e nutricional do fruto. Além da produção de suco, sorvete, bombons e doces, surgiram novas oportunidades de aproveitamento do açaí na fabricação de adubo, ração, fibras industriais, borra para cosméticos e isolante térmico (xaxim).


Fonte: Agência Pará de Noticias

terça-feira, 5 de maio de 2015

Novo sistema de cultivo recupera produção de morangos em Feliz, RS

Foto: Globo Rural

A Prefeitura financia parte dos custos do sistema. Cultivo em estufa é parecido com a hidroponia.



Morango é uma fruta que quase todo mundo gosta, por isso tem mercado garantido. Mas a produção é um desafio. Em Feliz, RS, os produtores inovaram na forma de cultivo e estão conseguindo recuperar a produção do morango.

No município que é um dos maiores produtores do estado, até cerca de cinco anos atrás, o plantio era feito no solo, sob túneis baixos ou altos. A cultura quase desapareceu, por causa de fungos de solo e outras doenças.

Foi quando chegou a novidade do cultivo de morangos em estufas, em um sistema parecido com a hidroponia, o cultivo sem solo. Só que, nesse caso, as mudas são plantadas em um substrato que fica dentro de bolsas plásticas. Os nutrientes, como na hidroponia, chegam pela água.

O custo de instalação das estufas assustava os produtores: R$ 2 por muda plantada. O produtor Leo Thums começou cauteloso, com duas estufas, e hoje tem 37 com 110 mil mudas. Ele diz que está produzindo duas a três vezes mais do que a planta no solo e que o custo de implantação foi pago antes de completar um ano. Além disso, as mudas não apresentaram fungos.

O agrônomo Joel Pagnoncelli, da Emater, explica que a principal vantagem é que no sistema antigo se perdia muita muda por causa do calor. No novo sistema, nos meses mais quentes se produz menos, mas não se deixa de produzir e a muda pode ser cultivada por dois ou três anos. Os funcionários que trabalham na colheita também ganharam no conforto, pois no novo sistema se trabalha de pé, com maior conforto.

Para ajudar na implantação desse novo sistema de cultivo, a prefeitura de Feliz financia cerca de R$ 1,8 mil por produtor. Isso cobre o custo da madeira e da cobertura plástica de uma estufa de 5 X 40 e o poder público vai ganhar lá na frente: quando o agricultor passa a produzir mais, também recolhe mais imposto para o município.

Fonte: Globo Rural

37ª Semana da Citricultura

O Centro de Citricultura Sylvio Moreira finalizou a programação da 37ª Semana da Citricultura, juntamente com a 41ª Expocitros e o 46° Dia do Citricultor, que ocorrerá no período de 25 a 28 de maio de 2015. 

O mais tradicional evento dedicado exclusivamente à citricultura debaterá os mais avançados temas do agronegócio citros, contando com 26 palestras abrangendo nutrição, HLB ou greening, fitossanidade, inovação tecnológica e economia. 

Essa é a melhor oportunidade para ampliar seus conhecimentos e colher as informações necessárias para tomadas de decisão, instrumentos considerados imprescindíveis para a obtenção de sucesso na atividade. 

A programação do evento já está no site do Centro de Citricultura, podendo ser acessado através do link:


Organização e Informações:

Núcleo de Informação e Transferência do Conhecimento
Centro de Citricultura/IAC
(19) 3546-1399

 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mercado estima inflação em 8,26% e Selic em 13,5% no final de 2015

Economia brasileira deve registrar retração de 1,18% neste ano, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central


Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) ter elevado a Selic em 0,5 ponto percentual na semana passada, analistas e investidores aumentaram a projeção do patamar de encerramento da taxa básica de juros neste ano. De acordo com as previsões, a Selic, hoje em 13,25%, deve chegar a 13,5% ao ano no final de 2015. Para 2016, a projeção dos juros básicos subiu de 11,5% para 12% ao ano.

As previsões estão no boletim Focus, pesquisa junto a instituições financeiras que é divulgada semanalmente pelo Banco Central. O Copom volta a se reunir para deliberar sobre a Selic nos dias 2 e 3 de junho.

Com relação à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado elevou a expectativa de 8,25% para 8,26%. A estimativa de alta dos preços administrados, como o da gasolina e da energia, passou de 13,1% para 13,05%.

O boletim Focus prevê ainda retração na atividade econômica do país. Os analistas aumentaram a projeção de queda do Produto Interno Bruto (soma dos bens e riquezas produzidos em um país), de -1,10% para -1,18%. A estimativa para o câmbio foi mantida em R$ 3,20.

A estimativa da dívida líquida do setor público permaneceu em 38% do PIB. A estimativa do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, passou de US$ 78 bilhões para US$ 78,5 bilhões. O saldo projetado para a balança comercial passou de US$ 4,17 bilhões para US$ 4 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados subiram de US$ 57 bilhões para US$ 57,5 bilhões.

Fonte: Globo Rural

Governo anuncia prorrogação do CAR por mais um ano

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou a prorrogação de um ano do prazo para os agricultores realizarem o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A informação foi dada durante entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (04.05), em Brasília. O prazo anterior iria expirar nesta terça-feira, dia 5 de maio.

A adesão dos produtores ao CAR será uma das primeiras exigências do novo Código Florestal, aprovado em 2012. Se os agricultores não estiveram regularizados até 2017, eles serão impedidos de obter financiamentos, uma vez que as instituições de linhas de crédito vão passar a exigir o comprovante do Cadastro. Até o dia 15 de abril, o CAR havia cadastrado apenas 605 mil imóveis rurais no Brasil, menos de 12% do total de 5,2 milhões de imóveis passíveis de cadastro.

O Rio Grande do Sul, por exemplo, não tinha preenchido nem 1% dos cadastros. No início de abril, o governo gaúcho havia solicitado ao Ministério do Meio Ambiente a prorrogação da data final, assim como os estados do Paraná e Santa Catarina.

O CAR é um registro público eletrônico de âmbito nacional. O cadastro é obrigatório para todos os imóveis rurais do país e tem a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo a base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e o combate ao desmatamento.

Fonte: Agrolink

Simpósio discute vulnerabilidade a pragas quarentenárias na Amazônia Brasileira

A Embrapa Roraima (Boa Vista, RR) realiza o I Simpósio de Pragas Quarentenárias na Amazônia Brasileira de 5 a 7 de maio de 2015 em Boa Vista, com o objetivo discutir a vulnerabilidade dessa região à entrada de pragas quarentenárias.

Conforme os organizadores, nos últimos anos sete pragas quarentenárias entraram no Brasil por esta região: a mosca-da-carambola, a sigatoka-negra-da-bananeira, a mosca-negra-dos-citros, o ácaro-hindustânico-dos-citros, o ácaro-vermelho-das-palmeiras, a cochonilha-rosada e o besouro-da-acerola. Além dessas, há pelo menos 66 pragas quarentenárias ausentes (A1) já estabelecidas nos países pan-amazônicos e algumas apresentam alto risco de entrada.

A importação de inimigos naturais para o controle biológico de pragas será abordado por Luiz Alexandre de Sá, pesquisador Laboratório de Quarentena "Costa Lima" (LQC), da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) em 7 de maio.

Sá esclarece que o laboratório desempenha atividades relativas às introduções de agentes para controle biológico de pragas e outros fins no país. O credenciamento do Laboratório junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se deu desde 1991, sendo a única estação quarentenária de inimigos naturais para controle biológico de pragas no país.

"Os objetivos são eliminar material tido como suspeito ou indesejável, providenciar sua identificação específica e categórica do material recebido, executar em laboratório a criação e estudos biológicos dos organismos a serem liberados, manter em coleção espécimes "voucher" dos organismos quarentenados; e decidir sobre a conveniência em se liberar ou não tal organismo no campo", diz o pesquisador.

Este laboratório funciona como um sistema filtro para evitar a entrada de organismos indesejáveis e contaminantes no país juntamente com o inimigo natural exótico, além de outros estudos biológicos que permitam avaliar a segurança ambiental dos bioagentes exóticos antes de sua liberação no novo ambiente. No período de 1991 a 2013, o Laboratório atuou no âmbito de sua competência, no que se refere ao intercâmbio internacional de organismos benéficos no país, com a introdução de 773 espécies de organismos para o controle biológico de pragas e outros fins, de diversas culturas e finalidades; atendendo às solicitações de 18 estados da Federação.

Outros assuntos abordados: fatores que favorecem a entrada de pragas na Amazônia Brasileira; os impactos econômicos, ambientais e sociais da introdução de novas pragas no Brasil; as principais pragas que entraram e apresentam risco de entrada na região; e as medidas de prevenção, controle e erradicação.

No final do evento, será realizada uma reunião para elaboração de um documento com sugestões de ações a serem tomadas para se minimizar o problema de entrada e dispersão de pragas quarentenárias na Amazônica Brasileira. Também serão propostos projetos de pesquisas em rede para realização de estudos com: métodos de monitoramento e identificação, potencial de distribuição e estabelecimento de novas pragas, impactos econômicos e controle preventivo de pragas quarentenárias.

A programação completa pode ser acessada em

Fonte: Embrapa

Nova realidade de juros golpeia indústria de máquinas agrícolas em 2015

Mudanças e incertezas nas linhas de crédito oficiais afugentam compradores e devem fazer fabricantes fechar 2015 com queda nas vendas


Pela primeira vez em muitos anos, o assunto que dominou totalmente as conversas nos corredores e estandes da Agrishow, maior feira de máquinas agrícolas do Brasil, são as taxas de juros. E os comentários não são muito otimistas.

O megaevento, que trouxe centenas de fabricantes para expor máquinas e implementos em uma área em Ribeirão Preto do tamanho de 44 campos de futebol, ocorreu na esteira de uma série de mudanças e incertezas nas linhas de crédito oficiais que estão afujentando compradores e devem fazer o setor a fechar 2015 com queda nas vendas.

"Já estamos vivendo a nova taxa (de juros), que claramente está tirando um pouco a vontade dos produtores de continuarem investindo em mecanização", disse à Reuters o vice-presidente para a América Latina da New Holland, Alessandro Maritano. A empresa tem um dos maiores estandes de tratores e colheitadeiras na Agrishow deste ano.

Desde o fim de 2014, o panorama do financiamento disponível para produtores rurais mudou bastante no Brasil, com o aperto fiscal do governo desafiando os investimentos e a competitividade da economia do país.

Sob a liderança do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o governo mexeu no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que oferecia até então as melhores linhas de crédito para aquisição de máquinas. Os recursos foram enxugados e os juros, que variavam de 4 a 8 por cento ao ano, subiram para até 11 por cento ao ano, dependendo do tipo de equipamento financiado.

Com isso, as atenções do mercado voltaram-se para o Moderfrota, um instrumento com juros subsidiados criado na virada do século, que também sofreu ajustes, mas ainda assim apresenta juros melhores que o PSI.

Na prática, foi o fim de uma era de juros muito baixos aos quais os compradores ficaram acostumados nos últimos anos.

"Quando você dá uma droga estimulante ao mercado e depois tira essa droga, tem sempre um período em que sente falta", avaliou Maritano, da New Holland, uma empresa do grupo italiano CNH Industrial.

Mais um ano ruim

As novas taxas de juros, junto com outros fatores importantes, como a queda nos preços das commodities e as incertezas sobre o futuro da economia brasileira, deverão fazer a indústria de máquinas agrícolas amargar um segundo ano consecutivo de encolhimento em 2015, segundo importantes executivos.

No primeiro trimestre, as vendas de colheitadeiras no Brasil desabaram 42 por cento na comparação com o mesmo período de 2014. Esse segmento já fechou o ano passado com diminuição de 26 por cento ante 2013.

Já as vendas de tratores de rodas, que recuaram 14,5 por cento em 2014, acumulam percentual semelhante de retração entre janeiro a março, segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (Anfavea).

"Nós prevemos que ficará neste patamar pelo resto do ano", disse o vice-presidente para América do Sul e América do Norte da AGCO, fabricante das marcas Massey Ferguson e Valtra, Robert Crain.

"O ano caminha para ser menor (em vendas) do que 2014", afirmou o presidente da John Deere no Brasil, Paulo Herrmann.

Além da questão dos juros nos financiamentos, produtores estão mais cautelosos em assumir novas dívidas com investimentos pela situação dos preços das commodities e o câmbio.

Produtos como soja, milho, açúcar e café, entre os mais importantes da matriz agrícola brasileira, têm registrado quedas nos valores.

E a compra dos insumos para o plantio 2015/16 --muitos deles importados, como fertilizantes e defensivos-- já está ocorrendo com o novo patamar do câmbio.

"O problema tem sido a volatilidade. O pessoal no campo fica meio maluco para tentar encontrar o melhor ponto para vender o produto e comprar o insumo", avaliou o diretor comercial do banco Itaú BBA Alexandre Figliolino.

Economia brasileira

As menores compras de máquinas agrícolas em 2015 acompanham uma queda nos investimentos em geral no país que ameaçam deprimir ainda mais a economia brasileira no futuro, segundo avaliação da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

A Formação Bruta de Capital Fixo --uma medida dos investimentos no país-- teve baixa de 4,4 por cento em 2014, contra alta de 6,1 por cento no ano anterior.

"O que nós vendemos representa boa parte do que o país investe. Se nós deixamos de vender, o país deixa de investir", disse o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, um dos organizadores da Agrishow.

Os efeitos dos baixos investimentos, segundo ele, são depressão do Produto Interno Bruto (PIB) e uma desindustrialização do país, com maior desemprego.

Plano Safra

Logo na abertura da Agrishow, a ministra da Agricultura Kátia Abreu foi cercada por quase 20 jornalistas. O principal questionamento: como serão os juros e os volumes de recursos disponíveis no Plano Safra 2015/16.

A ministra deu poucos detalhes. Limitou-se a dizer que "o custeio agrícola não deverá ter nenhuma redução" e que "teremos também um juro proximamente de neutro", indicando uma alta.

As dúvidas do setor produtivo, especialmente sobre as linhas para financiar investimentos, continuam grandes.

"Juros e volume de recursos para agricultura empresarial, realmente não sabemos. É uma incógnita", reclamou o diretor da Tatu Marchesan, uma das maiores fabricantes de implementos agrícolas do país, João Carlos Marchesan.

Segundo empresários, não há indicativos claros, por exemplo, sobre os recursos e os termos para o Moderfrota no novo Plano Safra, vigente a partir da metade do ano.

O anúncio do plano para 15/16 está marcado para 19 de maio.

Perspectivas de médio prazo

Um visitante menos atento, ao observar a opulência dos estandes da Agrishow e o grande número de novos lançamentos, nunca diria que o setor vive um período difícil.

De fato, é sólida a confiança das empresas em uma recuperação em breve, impulsionada mais pela fé no agronegócio global do que pela confiança nos rumos da economia brasileira.

"Se você olhar para o histórico da agricultura brasileira, a maior parte deles nunca caiu mais do que dois anos seguidos nos últimos 25 anos. E este é o segundo ano. O próximo ano não será nada maravilhoso, não vai às alturas, mas há possibilidade de ser melhor que este", previu Crain, da AGCO. "Nós vamos continuar investindo."

Segundo os executivos, os fundamentos para um crescimento do setor no médio prazo não deixaram de existir: a demanda global por alimentos continuará crescendo e o Brasil é um dos poucos países que pode ampliar sua produção, tanto com novas áreas quanto com ganhos de eficiência.



Fonte: DCI

Com dólar alto, agricultores do Paraná trocam plantio de fumo pelo kiwi

Mallet é o município com maior área plantada da fruta no Paraná. Estimativa para a colheita do kiwi em 2015 é de boa produção no estado.


Foto: G1
Em Mallet, na região dos Campos Gerais do Paraná, produtores rurais trocaram o plantio de fumo pelo cultivo de kiwi. A região fria abriga mais de 30 fruticultores, que estão em época de colheita da fruta. Com o dólar alto, a procura pela fruta importada perdeu espaço para a produção nacional.

Alfredo Drewnoski é um dos pioneiros. Começou com 30 mudas e hoje produz 40 toneladas por ano. "Esse ano o kiwi deu bom, está com o tamanho certo e o açúcar no ponto exato", diz o agricultor. Outro produtor chega a contratar pelo menos 20 pessoas para ajudar no trabalho, que é manual. "Vale a pena o investimento. É plantar, produzir, que a venda é certa", afirma o produtor Silvestre Gabriel.

Com a safra deste ano, os produtores conseguem receber, em média, um valor considerado bom - R$ 1,50 pelo quilo. " O que está colhido está vendido. O que ainda não foi colhido, também já foi vendido", garante Rafael Klein, secretário de Agricultura de Mallet.

Fonte: G1

Oferta na safra do caqui em Mogi faz preço despencar

Produtores dizem que valor arrecadado não suprirá custo com a produção.Safra está na metade e valor já se igualou ao do ano passado.


Foto: G1
A safra do caqui em Mogi das Cruzes/SP está na metade e isso faz com que aumente a oferta no mercado e consequentemente a diminuição dos preços, segundo os produtores. Mas os agricultores reclamam que neste ano o valor caiu muito e eles podem ter prejuízos.

No sítio do agricultor Armando Saito, a colheita do caqui rama forte está em alta. "Na minha roça, o clima ajudou bastante. Porque na época da floração choveu pouco, então a fruta vingou bastante", diz. Porém, o agricultor reclama que o preço atual da venda da caixa talvez não cubra nem os gastos da produção."O meu custo é de aproximadamente R$ 2 por caixa, fora o custo de produção e tratos culturais. O preço ideal para mim seria ideal se fosse R$ 5", ressalta.

Já para o produtor do caqui fuyu, a produção demanda muito trabalho e o custo é alto. "Das variedades de caqui, o fuyu é o que dá mais trabalho. Tem que saber qual é o galho que vai deixar para podar. É diferente, por exemplo, do rama forte, que todos os galhos que deixar vêm com fruta. E para o fuyu ter uma boa qualidade, é necessário cobrir ele com um saquinho. A gente também tem que polir fruta por fruta, o que dá um trabalho maior", afirma o agricultor Ercílio Hoçoya.

No meio da safra deste ano, o preço já se igualou ao do ano passado e está R$ 6. Mas, segundo os produtores, o custo para o cultivo da fruta subiu muito em relação ao ano passado, como a caixa de papelão utilizada para o manejo da fruta que está R$ 0,14 mais cara.

A difícil situação dos produtores deixa até os funcionários com medo de serem dispensados. Um deles chega a relatar que prefere trabalhar com o trabalho rural. "Não deu certo, eu não me acostumei. Porque o meu negócio, na verdade, é o sítio. Trabalho em um sítio, cresci também no sítio e, além disso, eu também já era acostumado a trabalhar com caqui. Eu não tenho interesse em sair da área", disse o trabalhador rural Elias Araújo.

Em Mogi das Cruzes devem ser colhidas 60 toneladas da fruta, cerca de 30% da produção nacional.

Fonte: G1

Abelhas de aluguel garantem produção de frutas no país

Com a população de abelhas em queda em todo o mundo, o aluguel de colmeias virou uma saída para produtores de fruta brasileiros. Isso porque sem os insetos não há polinização, e sem polinização as flores não dão frutos.

Cada colmeia chega a custar R$ 60, e grandes pomares exigem até 2.000 unidades. Uma única colmeia pode abrigar 120 mil abelhas, resultando em um exército de milhões de operárias em campo na época da floração.

Em Mossoró (RN), a produção de melão depende das abelhas de aluguel. Com elas, a produtividade das lavouras aumentou 30%, segundo Lecy Carlos Gadelha, gestor do projeto Apicultura Potiguar, do Sebrae no Estado do RN.

"Todos os produtores adotam essa prática [alugar colmeias]. Embora 40% deles tenham apiários próprios, a maioria depende do aluguel."

No Estado, as lavouras de melancia também são polinizadas por abelhas de aluguel.

No Sul, os pesquisadores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) introduziram seis colmeias por hectare de pomar de maça tipo fuji, em Bom Retiro (a 95 km de Florianópolis), onde antes havia três. Com isso, a produção aumentou 20%.

Segundo o professor titular de agronomia da UFSC,  Afonso Orth, os produtores investiram R$ 180 a mais por hectare. "E o resultado foi 6.000 quilos extras de fruta."

Orth diz que toda a produção de peras de Santa Catarina se beneficia do trabalho das abelhas alugadas hoje, 90% das frutas comercializadas são importadas.

Para o biólogo da USP,Lionel Gonçalves, no entanto, o empréstimo de colmeias não tem futuro porque muitas unidades são desfalcadas e até eliminadas após o trabalho devido aos agrotóxicos.

Segundo ele, os Estados Unidos, onde a prática é bem mais disseminada, também enfrentam o problema.

No aplicativo Bee Alert, que Gonçalves desenvolveu para apicultores registrarem o desaparecimento de colmeias, há 103 ocorrências em 13 Estados, com 12 mil colônias e cerca de 700 milhões de abelhas eliminadas.

Dono de um apiário em São Gabriel interior do Rio Grande do Sul, Santos teve um prejuízo de R$ 150 mil nos últimos cinco anos. Em 2014, perdeu todas as suas colmeias por intoxicação na lavoura de laranja.

Na lista de espécies em extinção do Ministério do Meio Ambiente, atualizada em 2014, cinco tipos de abelha estão listados. "É um problema sério, porque 70% de tudo o que comemos depende das abelhas", diz Gonçalves.

Fonte: Folha de S. Paulo Online