sexta-feira, 3 de junho de 2016

Coca-Cola e Femsa fecham acordo para comprar AdeS da Unilever

Negócio foi fechado por valor total de US$ 575 milhões. Marca está no Brasil, México, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Colômbia.



A anglo-holandesa Unilever anunciou nesta quarta-feira (1) que fechou acordo para vender o negócio de bebidas de soja AdeS na América Latina para a Coca-Cola Company e a engarrafadora mexicana Femsa pelo valor total de US$ 575 milhões.

A marca AdeS é atualmente comercializada no Brasil, México, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Colômbia.

Fundada em 1988 na Argentina, a AdeS é líder do segmento de bebidas à base de soja na América Latina. A marca está presente no Brasil, no México, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Bolívia, no Chile e na Colômbia. Em 2015, a AdeS vendeu 56,2 milhões de unidades de seus produtos e registrou receita líquida de US$ 284 milhões.

“Esta venda é um passo no alinhamento do nosso portfólio na América Latina para entregar crescimento sustentável, e alinhar globalmente nosso portfólio de produtos e categorias", disse Miguel Kozuszok, porta-voz para a América Latina da Unilever.

A Unilever informou que continuará a fabricar os produtos AdeS por 3 anos no Brasil, 2 na Argentina e 1 no México, "começando imediatamente assim que recebermos todas as aprovações regulatórias e que o acordo for concluído".

Pelo acordo, a Unilever continuará a distribuir as bebidas da marca AdeS até seis meses depois que o acordo for fechado.

No Brasil, a produção de AdeS chegou a ser suspensa em 2013 em algumas das linhas de produção após um recall em um lote do suco de maçã risco de queimadura por presença de soda cáustica.

A bebida é vendida no Brasil desde 1997 e conta atualmente com uma linha de 30 sabores.

Estratégia da Coca-Cola com AdeS
“A AdeS é marca líder em sua categoria, e estamos muito satisfeitos por adicioná-la ao nosso portfólio. É a continuidade de uma bem-sucedida parceria com nossos engarrafadores latino-americanos e traz mais inovação aos nossos mercados”, afirmou Brian Smith, presidente para a América Latina da The Coca-Cola Company.

A Coca-Coca informou também que está comprando no Brasil a Laticínios Verde Campo, de Minas Gerais, dentro da sua estratégia de diversificação e reforço do portfólio de bebidas não-gasosas. Ainda não há prazo para a conclusão do negócio. Com fábrica em Lavras (MG), a Verde Campo é dona da linha de produtos sem lactose Lacfree.

Além dos refrigerantes, fazem parte do portfólio da Coca-Cola as marcas: vitaminwater, POWERADE, Minute Maid, Simply, Georgia, Dasani, FUZE TEA e Del Valle. 

Fonte: G1

Parceria entre CEAGESP e EMBRAPA vai orientar setor varejista a expor alimentos

Medida visa evitar perda dos produtos aumentando a qualidade aos consumidores


Uma parceria entre a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) vai dar dicas ao setor varejista de como manter a qualidade e diminuir perdas nos supermercados e estimular o consumo de frutas e hortaliças pelos consumidores.

As frutas e hortaliças frescas são produtos que ganharam grande importância nos supermercados, conquistando espaços bem localizados nas lojas a fim de criar novos negócios às empresas e dar como alternativa às pessoas o acesso a esses alimentos para além das feiras livres.

A proposta tem como objetivo orientar profissionais de supermercados e redes varejistas – dentre eles, repositores – a expor as frutas e hortaliças frescas da melhor forma, estabelecendo cuidados no manuseio a fim de evitar-se perdas devido ferimentos ou contaminação nos alimentos.

Os procedimentos serão ministrados na Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), no dia 1º de junho, pelo pesquisador da EMBRAPA Instrumentação, Marcos David Ferreira, e a engenheira de alimentos da CEAGESP, Fabiane Mendes da Camara.

A iniciativa é originária do Programa ‘Manuseio Mínimo’ desenvolvido pelos técnicos do Centro de Qualidade Hortigranjeira (CQH) da CEAGESP que apresenta em cartilha impressa 14 regras para a manipulação das frutas e hortaliças frescas nas gôndolas.

“O ‘Manuseio Mínimo’ é o caminho para o crescimento de vendas, economia de tempo e de dinheiro, manutenção de qualidade e perda zero aos supermercados, além de garantia de segurança alimentar aos consumidores”, diz Fabiane.

Além das orientações, serão apresentados aparelhos para uso no pós-colheita de frutas e hortaliças, como o wiltmeter, atmômetro e fruta eletrônica.

Fonte: CEAGESP

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Sancionada lei que facilita concessão do seguro à exportação para produto agrícola

Foi publicada nesta quarta-feira (1º) a Lei 13.292/2015, que facilita a concessão de seguro de crédito à exportação de produtos agrícolas sujeitos a cotas de importação em outros países. A lei tem origem na Medida Provisória (MPV) 701/2015, transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 7/2016, aprovado no Senado em maio.

A nova lei permite o uso de recursos do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para a concessão de seguro de crédito nas exportações de produtos agrícolas que sofrem restrições comerciais fora do Brasil. De acordo com o Ministério da Fazenda, o FGE tem cobertura de US$ 28 bilhões e margem para aprovar outros US$ 7 bilhões. O preço do prêmio do seguro é calculado sobre o valor do principal financiado da operação, considerando variáveis como o país do devedor, tipo, natureza do risco, prazo total do financiamento e capacidade financeira do devedor.

Ampliação

A lei autoriza seguradoras e organismos internacionais, como a Agência Multilateral de Garantia do Investimento (AMGI), a oferecerem o seguro. O objetivo é ampliar o leque de agentes e compartilhar o risco com essas outras instituições, contribuindo para a abertura de mercados.Durante a análise pelo Congresso, os parlamentares acrescentaram à lista as resseguradoras e os fundos de investimento que financiarem a produção de bens destinados à exportação, além de assegurar tratamento diferenciado a micro e pequenas empresas.

Outro caso de garantia de riscos incluído pelo relator do texto que deu origem à lei é para as exportações estrangeiras de bens e serviços, desde que associadas a exportações brasileiras ou que contenham componentes produzidos ou serviços prestados por empresas brasileiras. Para isso, deverá haver o compartilhamento de risco com agências de crédito à exportação estrangeiras, seguradoras, resseguradoras, bancos e organismos internacionais.

Também no Congresso, o texto foi alterado para possibilitar o uso do seguro de crédito no caso de produtos nacionais que não saírem do território brasileiro. Para isso, a venda, efetivada em moeda nacional ou estrangeira, deve ser realizada para empresa com sede no exterior ligada a atividades de pesquisa ou lavra de jazidas de petróleo e de gás natural no país.

Nessa situação e nas exportações estrangeiras associadas às nacionais, o texto aprovado prevê o compartilhamento de risco entre a União e agências de crédito à exportação e outras instituições estrangeiras. O compartilhamento cobre riscos comerciais, políticos e extraordinários no âmbito de uma mesma operação de crédito à exportação, independentemente do país de origem.

A União poderá conceder garantia às exportações brasileiras e às operações de crédito à exportação compostas por exportações nacionais e estrangeiras. Nesse último caso, deverá ser na proporção das exportações estrangeiras com cobertura da União.

Vetos

Foi vetado o trecho que permitia à União oferecer garantia, com recursos do FGE, nas operações de seguro de investimento no exterior contra riscos políticos e extraordinários. O seguro de investimento ocorre para prover indenizações a empresas brasileiras que tenham decidido investir em outros países nos quais o empreendimento não pôde continuar devido a problemas políticos ou extraordinários. O veto ocorreu depois de ouvido o Ministério da Fazenda. De acordo com as razões, a cobertura dos investimentos no exterior elevaria muito o risco potencial do FGE, podendo gerar grande impacto fiscal à União.

Também foi vetado o trecho segundo o qual a União irá integralizar sua cota no fundo por meio de imóveis ou direitos sobre imóveis. Isso porque, segundo a justificativa, o dispositivo apresenta inconstitucionalidade formal, por ser impertinente ao tema da lei.

Finalmente, os Ministérios do Planejamento e da Fazenda recomendaram veto ao trecho que previa pagamento em moeda estrangeira para contratos de financiamento ou de prestação de garantias de exportação, para a Cédula de Produto Rural e alguns certificados de seguro agropecuário. A alegação apresentada é que a possibilidade de emissão em moeda estrangeira desses títulos de crédito poderia elevar o risco cambial. Tal problema seria solucionado por outra medida provisória (MPV 725/2016), que permite a emissão dos títulos com correção cambial.

Economia brasileira tem retração de 0,3% no primeiro trimestre de 2016

O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro trimestre do ano em queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal, somando R$ 1,47 trilhão em valores correntes. O resultado é a quinta queda consecutiva nesta base de comparação.

No ano passado, o PIB havia fechado em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, que começou em 1996. Os dados relativos aos três primeiros meses da economia brasileira foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, na comparação com o mesmo período do ano passado, acumulou queda de 5,4%, a oitava queda consecutiva nesse tipo de comparação.

A queda do PIB no primeiro trimestre reflete retrações em praticamente todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 2,7%, na comparação com o trimestre anterior. Em seguida vem a indústra com -1,2%, a agropecuária com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. Por sua vez, o consumo das famílias fechou com retração de 1,7%. A exceção foi o consumo do governo que fechou positivo em 1,1%.

Setores

A maior contribuição para a queda de 1,2% no setor industrial veio da indústria extrativa mineral, com retração de 1,1%, enquanto a indústria de transformação recuou 0,3% e fechou o período com o sexto resultado trimestral negativo consecutivo. Na construção, houve queda de 1%. Já nas atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana houve crescimento de 1,9%.

Em relação às despesas, o recuo de 2,7% na formação bruta de capital fixo é o décimo consecutivo nesta base de comparação. Já a despesa de consumo das famílias (-1,7%) caiu pelo quinto trimestre seguido.

No setor de serviços, a retração de 0,2% reflete o comportamento negativo do comércio (-1%), de intermediação financeira e seguros (-0,8%) e dos serviços de informação (-0,7%), justamente os que apresentaram as maiores quedas em relação ao trimestre imediatamente anterior.

No que se refere ao setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram expansão de 6,5%, enquanto que as importações de bens e serviços recuaram 5,6%.

CMN muda regras de título do agronegócio e injeta R$ 21 bilhões no crédito rural

Os agricultores e pecuaristas terão à disposição mais R$ 21 bilhões de recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para o crédito rural. O Conselho Monetário Nacional (CMN) mudou as regras de direcionamento dos recursos captados por meio das emissões de LCA, título privado que financia o agronegócio.

A partir de 1º de junho, os bancos terão de destinar 35% do saldo médio das LCA emitidas para o crédito rural, independentemente do lastro do papel. Desses 35%, 40% terão de ser destinados a operações de custeio com taxas controladas, de até 12,75% ao ano. Os 60% restantes deverão ir para operações de crédito com taxas livres.

Segundo José Reynaldo Furlani, chefe de Gabinete da Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações de Crédito Rural do Banco Central (BC), a nova regra destinará R$ 9 bilhões para as operações com juros reduzidos e R$ 12 bilhões com juros livres.

Pela regra anterior, os bancos teriam de destinar 50% do saldo médio das LCA emitidas até 31 de maio do ano passado para o crédito rural, mas a obrigação valia apenas para os papéis que tivessem lastro em empréstimos rurais concedidos com recursos de depósitos à vista ou da poupança rural. “Diminuímos o percentual, mas aumentamos a base de cálculo, o que resultará na liberação de mais recursos”, explicou Furlani.

O técnico do BC informou que a estimativa de R$ 21 bilhões de injeção de recursos no crédito rural é inferior à projeção de R$ 40 bilhões divulgada pela equipe econômica no início do mês. Segundo ele, a nova previsão é mais realista porque leva em conta o volume de recursos captados por meio da LCA nos últimos 12 meses.

Limites para cooperativas

O CMN também alterou os limites de crédito rural para cooperativas de produção agropecuária, com exceção do crédito com recursos controlados pelos fundos constitucionais. De acordo com Furlani, o crédito passa a ter limites ampliados e valores específicos por atividade.

Um exemplo é o limite de R$ 400 mil por cooperado e R$ 210 mil por cooperativa multiplicado pelo número de cooperados ativos, no caso de crédito para comercialização. Para investimento, os limites são R$ 50 mil por cooperado e R$ 20 mil por cooperativa multiplicado pelo número de cooperados.

O Conselho Monetário alterou, ainda, o prazo para as instituições financeiras informarem ao Sistema de Operações de Crédito Rural e Proagro (Sicor), do Banco Central, as coordenadas geodésicas (latitude, longitude e altitude geométrica) de empreendimentos com financiamento do crédito rural. Antes, para operações acima de R$ 40 mil, a exigência começaria a valer em 1° de julho de 2016. Esse prazo permanece para operações acima de R$ 120 mil, mas, no caso de operações entre R$ 40 mil e R$ 120 mil, a obrigação foi transferida para 1° de janeiro de 2017.

Polpa cítrica tem valorização de 32,2% em um ano

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a polpa cítrica está cotada, em média, em R$471,67 por tonelada, sem o frete. Valorização de 0,9% em relação ao mês anterior.

Na comparação com o mesmo período do ano passado a polpa cítrica peletizada teve alta de 32,2%. A oferta que vinha restrita e a alta valorização do milho colaboraram com o cenário.

Porém, o início do aumento da oferta do produto pode limitar a força do mercado, apesar da demanda continuar firme.

Diversificação do pomar doméstico é tema de encontro em Forquetinha

A Emater/RS-Ascar e a Prefeitura de Forquetinha realizaram, nesta terça-feira (31/05), no Parque de Exposições e Eventos Christoph Bauer, o 1º Encontro Diversificando o Pomar Doméstico: Colha Frutas o Ano Todo. O objetivo da atividade, que foi acompanhada por um público de cerca de 40 pessoas, é incentivar a implantação de pomar doméstico nas propriedades do município, apresentar uma proposta de pomar diversificado com produção o ano todo e promover a segurança e a soberania alimentar das famílias por meio de cultivos livres de agrotóxicos.

Na ocasião o assistente técnico regional em Sistema de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar, Derli Bonine, realizou palestra sobre o tema do evento. Em sua manifestação, Bonine ressaltou o fato de ser possível, com o mínimo de organização, dispor de frutas frescas em todas as estações do ano. "E quando somos nós os responsáveis pelo cultivo dos alimentos, temos a certeza de estarmos consumindo produtos livres de qualquer agente que possa ser prejudicial a nossa saúde", enfatizou.

Entre os participantes estava o jovem agricultor Anderson Dinei Bald, da localidade de São Vitor. Interessado em implantar um pomar de cerca de um hectare de figos e peras, o produtor participou do encontro com o objetivo de conhecer mais sobre o tema. "Alguma coisa a gente já sabe pela experiência própria vinda da família", observa. "Ainda assim o aprendizado sempre é constante", completa. 

Na propriedade em que mora com os pais e irmã, a bovinocultura de leite é a principal atividade. Mesmo com a estrutura montada para atender as cerca de 40 vacas em lactação que rendem uma média de 800 litros de leite por dia, Anderson pensa em diversificar os cultivos. Não à toa, o local para o plantio das mudas de frutíferas já está escolhido. "A ideia, no futuro, é colocar uma agroindústria para a produção de schmiers e geleias e assim, aos poucos, ir reduzindo o número de vacas produzindo leite", explica.

Ao final da palestra - que foi prestigiada pelo gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, e pelo supervisor João Caíno - os produtores puderam realizar a encomenda de mudas frutíferas de seu interesse, bem como receber as mudas para o plantio de flores do programa municipal "O Mais Belo Jardim". Na ocasião, Brandoli valorizou a iniciativa local e a parceria com a Prefeitura por possibilitar o debate sobre a importância da diversificação na propriedade. O evento contou ainda com a organização e apoio do extensionista Élder Leitzke.

Fonte: Emater - RS

Instituições discutem potencialidades da fruticultura acreana

O potencial econômico da produção de maracujá, abacaxi, banana e outras culturas estará em discussão nesta quarta-feira (1° de junho), durante o Workshop Fruticultura no Acre. Agricultores familiares, pesquisadores, técnicos da extensão rural e órgãos financiadores debatem aspectos relacionados ao cultivo de fruteiras, gestão do negócio rural e crédito rural, além de compartilhar experiências exitosas no contexto acreano. As atividades acontecem no auditório do Centro de Educação Permanente (CEDUP) do município de Acrelândia, pela manhã, e em áreas de produção de frutas, à tarde.

O objetivo é mostrar novas oportunidades de negócio e incentivar iniciativas voltadas para a produção de frutas no estado, além de orientar sobre procedimentos para acesso ao crédito rural. O evento é realizado pelo Banco da Amazônia e Embrapa, em parceria com a Secretaria de Agricultura e Produção Familiar do Acre (Seaprof) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) entre outras instituições governamentais.

De acordo com José Cordeiro, gerente da Agência do Banco da Amazônia de Plácido de Castro, o evento foi idealizado a partir de uma constatação em torno das demandas por financiamento rural em Plácido de Castro e municípios vizinhos. "Observamos que entre os produtores há uma tendência de concentrar o interesse em empreendimentos com a pecuária. Queremos desmistificar o setor produtivo acreano e mostrar que existem outras possibilidades de produção, entre elas a fruticultura. Temos um leque de opções de linhas de crédito e experiências práticas que mostram que é possível investir também no cultivo de frutas e obter bons resultados", afirma.

Na programação do evento estão previstas palestras, rodadas de debate, assinatura de contratos com o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e visitas a propriedades rurais para conhecer resultados de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Acre, com maracujá e abacaxi. De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre, Romeu Andrade, responsável pelos estudos, serão apresentados os sistemas de cultivos adotados pelos agricultores, técnicas de manejo adequadas e dados relativos à viabilidade econômica destas culturas no estado.

"Para o maracujazeiro, vamos destacar procedimentos como poda, adubação e polinização manual, práticas essenciais para essa cultura. Já em relação ao abacaxi, a ênfase será na produção de mudas, espaçamento e desempenho da cultura em cultivos adubados e sem adubação. É importante mostrar dados científicos, mas também compartilhar a experiência dos agricultores que podem dizer o quanto a cultura satisfaz em termos econômicos", explica Andrade.

Palestras
Além de aspectos gerais da fruticultura no Acre, as palestras versarão sobre temas como irrigação na propriedade rural, acesso ao crédito rural e viabilidade econômica das culturas do maracujá, abacaxi e banana. Neste aspecto, serão apresentados dados de estudos realizados com agricultores de Acrelândia e Senador Guiomard. "As análises indicam que a fruticultura é uma atividade altamente rentável no Acre, especialmente as culturas que oferecem mais de uma safra por ano. A produção de frutas gera ocupação para os diversos membros da família e tem mercado garantido e, quando praticada com base em recomendações técnicas, o retorno financeiro é bastante satisfatório", explica Claudenor Pinho de Sá, pesquisador da Embrapa.

Outro tema a ser abordado é a gestão da propriedade rural, aspecto importante no contexto produtivo, mas que nem sempre é considerado, geralmente por desconhecimento da sua funcionalidade. A palestra tem como objetivo contextualizar as dificuldades vividas por agricultores familiares do Acre em relação à prática de gerir o negócio rural e apresentar ferramentas simples e de fácil adoção que permitem a realização de registros sistemáticos de todas as despesas e investimentos nas atividades produtivas, bem como das receitas provenientes da comercialização da produção agropecuária.

De acordo com o analista Francisco Silva, a gestão da propriedade funciona, inclusive, para facilitar o acesso ao crédito. "A maioria dos agricultores familiares do acre não têm o hábito de fazer esta prática. É importante dispor de informações que possam subsidiar a avaliação por parte de órgãos financiadores e gerenciar diariamente a atividade permite ao agricultor comprovar se aquilo que ele faz é viável", afirma.

O gerenciamento da propriedade rural considera despesas com depreciação de equipamentos e custos de oportunidade do capital investido, além de despesas operacionais do dia-a-dia que normalmente o produtor não leva em conta como a aquisição de combustível e manutenção da estrutura física da propriedade. "O agricultor precisa dispor de ferramentas mínimas, como o registro manual em planilhas, que levem ao cômputo geral de tudo que desembolsa para viabilizar a sua atividade e que permitam mensurar a renda. Sem tais informações não é possível saber se o negócio rural é rentável", destaca.

Atividade promissora
De acordo com diagnóstico realizado pela Embrapa, o Acre apresenta condições de clima e solo propícias para o cultivo de fruteiras nativas e exóticas, o que indica que a fruticultura pode ser uma atividade promissora para o estado. O maracujá, o abacaxi e a banana estão entre as frutíferas mais cultivadas nas diversas regionais. Entretanto, apesar das potencialidades, a produtividade dos cultivos é baixa, com uma produção concentrada principalmente nos municípios de Acrelândia, Porto Acre, Plácido de Castro, Tarauacá e Rio Branco e insuficiente para atender à demanda interna. Estima-se que 50% da fruta consumida no Acre vêm de outros estados. Para Andrade, o uso de tecnologias, aliado ao desenvolvimento de ações de apoio e fomento à produção pode mudar essa situação.

"Existe um mercado crescente e novas tecnologias vêm sendo disponibilizadas para os agricultores. Recentemente foram recomendadas duas novas variedades de maracujá para o Acre, resistentes a doenças e mais produtivas. As pesquisas com essa cultura têm gerado excelentes resultados, o que tem contribuído para despertar o interesse de muitos produtores, que vêm buscado orientações sobre como plantar e cultivar a fruta. Isto é animador, mas os agricultores precisam se unir para consolidar a cultura", diz o pesquisador.

Em 2015 a Embrapa também recomendou um método para controle da Sigatoka-negra em banana comprida, que vem sendo utilizado por agricultores de diversos municípios acreanos. Além disso, existem variedades de bananas dos tipos prata e maçã resistentes a pragas e doenças, recomendadas pela pesquisa e disponíveis no mercado. A empresa também investe em pesquisas para desenvolver variedades de abacaxi mais adaptadas às condições locais.

As pesquisas com fruticultura no Acre visam à definição de sistemas de produção que permitam produzir de forma escalonada, plantando e colhendo durante todo o ano. "Isto possibilita gerar renda de forma contínua, contribuindo para a permanência das famílias no campo. Já chegamos neste patamar com a banana e estamos buscando esse resultado com as culturas do abacaxi e maracujá", afirma Andrade.

A fruticultura é uma importante fonte de alimento, emprego e renda para as famílias no campo e na cidade. No contexto acreano pode ser uma alternativa para o aproveitamento e recuperação ambiental de áreas desmatadas. Outro fator que favorece a atividade, segundo especialistas, é a localização geográfica estratégica do estado, que faz fronteira com o Peru, Bolívia, Amazonas e Rondônia. Essa situação pode favorecer o escoamento da produção tanto para os países vizinhos como para outros estados brasileiros.

Fonte: Embrapa

Embrapa e Emater realizam parceria para facilitar o manejo da mosca-branca em diferentes culturas

Foto: Sebastião Araujo

A mosca-branca (Bemisia tabaci) tem causado prejuízos diretos e indiretos em diversos cultivos importantes para a economia do estado de Goiás e do Brasil.
Com o objetivo de implementar estratégias para o manejo integrado da mosca-branca, Bemisia tabacibiótipo B e os vírus por ela transmitidos nas principais culturas da região, a Embrapa Arroz e Feijão  desenvolveu  um hotsite que abrigará um sistema de alerta onde serão disponibilizadas informações, em tempo real, sobre a dinâmica da mosca-branca (ninfas e adultos) e das plantas infectadas com vírus transmitidos pelo inseto, nos  cultivos de feijão, tomate, soja e algodão em diferentes regiões geográficas do Brasil.
Tais informações auxiliarão aos produtores e extensionistas rurais no manejo da praga que vem afetando as lavouras de soja, feijão, algodão e várias hortaliças em diversas regiões do Brasil, principalmente no Cerrado brasileiro.  
Esta primeira etapa, antes da implementação do sistema de alerta para as diferentes regiões e culturas hospedeiras da praga, o sistema será validado em ação conjunta entre a Embrapa Arroz e Feijão e a Emater Goiás. Para tanto, serão capacitados na Embrapa Arroz e Feijão, seis engenheiros agrônomos da Emater, situados nos escritórios de Planaltina, Goiânia, Buriti Alegre, Itaberaí, Itapaci e também do Campo Experimental de Rio Verde.
Após a validação do sistema de alerta será organizado um canal de comunicação permanente entre pesquisa e assistência técnica, servindo como veículo de captação de demandas e ajuda nas soluções dos problemas causados pela praga. 
Dentre os prejuízos diretos e indiretos que a mosca-branca traz para as lavouras se destacam a redução na produtividade como vetor de diversos vírus, entre eles, o vírus do mosaico dourado e o carlavírus e, os impactos na qualidade dos produtos, pelo desenvolvimento do fungo fumagina na substância açucarada excretada pelas ninfas da mosca-branca.
As viroses  enfraquecem as plantas, causando perdas que podem variar de 40 a 100% dependendo da incidência, da época de plantio ou da cultivar que se está produzindo. Estima-se que no cultivo do feijão, por exemplo, estão inviabilizados pelo menos 200 mil hectares para o cultivo na safra "da seca", nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país.
A parceria interinstitucional entre pesquisa, extensão e o produtor rural busca contribuir para a integração e fortalecimento de ações de transferência de tecnologia para o manejo da mosca-branca, tanto no Cerrado brasileiro quanto em todo o território nacional.

Fonte: Embrapa

terça-feira, 31 de maio de 2016

Plantas com sintomas de HLB são identificadas na Colômbia

Plantas de citros com sintomas de HLB (huanglongbing/greening) foram identificadas na Colômbia, no departamento de Guajira, próximo à fronteira ao norte com a Venezuela, em março.

O psilídeo Diaphorina citri, inseto transmissor de HLB, está presente há anos na Colômbia e um trabalho de prevenção e vigilância sanitária já havia sido iniciado, em 2012, para a detecção do inseto e da doença no país. No final de 2015, foram identificados psilídeos com a bactéria de HLB, mas apenas neste ano foram registradas as primeiras plantas com sintomas da doença em plantações de quintais e pequenas propriedades.

A região onde o HLB foi registado não tem grande representatividade na citricultura e fica a uma distância de mais de 400 quilômetros da principal área produtora do país, localizada na região Centro Ocidente e de planícies, que tem cerca de 80 mil hectares de citros.

Com relação ao controle de HLB, a Colômbia está investindo 10 milhões de dólares para o treinamento de produtores para o reconhecimento da doença e de psilídeo, organização das áreas de manejo regional de HLB, que tem demonstrado ser a melhor estratégia para o controle do inseto e que contribui para a redução do risco de disseminação da doença. Também estão aprimorando os laboratórios de diagnóstico de HLB e o programa de certificação de produção de mudas sadias em ambiente protegido.

De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Renato Beozzo Bassanezi, provavelmente a doença deve ter chegado à Colômbia vinda do Norte para o Sul, da América Central e Caribe, devido à presença em praticamente todos os países.

A Colômbia é o quarto país da América do Sul a relatar a presença de HLB. A doença já havia sido registrada no Brasil, em 2004, primeiramente no estado de São Paulo, seguido por Minas Gerais, em 2005, e Paraná, em 2007. Na Argentina foi identificada em Misiones, em 2012. E, em 2013, no Paraguai, em toda a região Centro-Sul.

Fonte: Fundecitrus

Bayer e Cefetra unem esforços para promover práticas agrícolas sustentáveis na América Latina

A Bayer e a gestora de cadeia de suprimentos agrícolas Cefetra, uma empresa do grupo BayWa, deram início a uma parceria na cadeia de valor para promover o cultivo sustentável de culturas de commodities agrícolas. O objetivo geral da parceria é apoiar agricultores locais na implementação de práticas agrícolas que sejam ambientalmente corretas, socialmente adequadas e economicamente viáveis.

Para alcançar este objetivo, a Bayer apoia os agricultores na obtenção de certificação para a produção responsável de soja por meio de seu programa Valore. A Bayer capacita os produtores a atingirem o nível exigido de certificação, enquanto a Cefetra fornece a certificação que atenda aos requisitos dos fabricantes europeus de rações compostas para a utilização sustentável da soja. O foco inicial da parceria está na produção de soja no Brasil; no entanto, uma abordagem semelhante está sendo planejada para a Argentina.

"Já em 2009, a Cefetra iniciou a certificação da soja de acordo com a norma da Certified Responsible Soy (CRS), hoje uma das principais utilizadas pela indústria de rações na Europa. Em conjunto com a CRS, a Cefetra também utiliza outras normas de certificação, como a RTRS e a ProTerra", explica Daan Vriens, CEO da Cefetra. "A Cefetra sempre focou seu programa de certificação na importação de soja convencional. Por meio desta parceria com a Bayer, conseguimos aumentar ainda mais o volume de soja certificada para atender à crescente demanda de nossos clientes por matérias-primas certificadas", observou o CEO.

"Dentro desta parceria, os especialistas da Bayer compartilharão sua vasta experiência em medidas agronômicas e sustentabilidade, além de prestar apoio aos agricultores. O compromisso da Bayer com a agricultura sustentável é o cerne do nosso negócio. Nosso objetivo é apoiar nossos clientes com soluções integradas de cultivos adaptadas localmente e feitas sob medida para as necessidades individuais", afirmou Stephan Brunner, Gerente Global de Food Chain da divisão Crop Science da Bayer. Além de sementes de alto valor e produtos inovadores de proteção de cultivos, um elemento central das soluções integradas é todo um conjunto de serviços complementares. "Em nossa parceria com a Cefetra, nossa oferta de serviços é voltada especificamente para permitir a certificação dos produtos. Estes serviços abrangem desde consultoria individualizada de culturas, ensaios de demonstração e treinamentos em stewardship de produtos até visitas pré-auditoria para consultas sobre as medidas necessárias para melhorar as operações agrícolas", explica Brunner.

Elaboração de projeto-piloto para colocar a teoria em prática

Já em 2015, a Bayer e a Cefetra elaboraram um projeto-piloto visando elevar os padrões de produção por meio da certificação da soja produzida de forma responsável. Este projeto já permitiu o fornecimento de mais de 120 mil toneladas de soja certificada proveniente do Brasil, com certificação da Cefetra Soja Responsável (CRS) ou da Round Table on Responsible Soy (RTRS).

Como resultado da repercussão positiva deste projeto, as empresas concordaram em reforçar sua cooperação e assinaram um acordo de parceria de três anos de duração. Ambas as partes concordaram em expandir a iniciativa existente de forma a incluir mais produtores no Brasil, bem como novas culturas e outros países. Um projeto-piloto para soja responsável também será iniciado na Argentina este ano.

"A soja é uma cultura muito estratégica para a região e para a Bayer. Queremos avançar a adoção de boas práticas agrícolas e inovação no campo e também ajudar os produtores a melhorarem suas operações agrícolas. A certificação é uma ferramenta importante para isso. Estimulamos os agricultores a buscarem normas de certificação como a RTRS e CRS, pois isso tornará seus negócios ainda mais sustentáveis e também mais rentáveis em longo prazo", resumiu Eduardo Estrada, head da divisão Crop Science da Bayer para a América Latina.

"A Cefetra vê seu papel na cadeia de abastecimento como um de facilitador do processo de transição rumo à produção de soja sustentável certificada. Encontramos na Bayer um parceiro forte que compartilha nosso compromisso e nos ajuda a acelerar o processo", comentou Robert van der Zee, diretor de Operações da Cefetra..

Parcerias na cadeia de valor da Bayer estimulam vínculos mais fortes ao longo da cadeia produtiva e promovem a agricultura sustentável

Em seu modelo de negócio de parcerias na cadeia de valor, a Bayer reúne produtores, comerciantes, processadores e varejistas. Com base no profundo conhecimento que a empresa tem em culturas, o objetivo comum dessas iniciativas de parceria cadeia é melhorar o rendimento e a qualidade da colheita, ajudando a impulsionar o aumento da produtividade e a eficiência com base nos princípios da agricultura sustentável para o benefício de todos os parceiros envolvidos. A Bayer pode tirar proveito de dez anos de experiência em parcerias na cadeia de valor em 30 países, abrangendo mais de 50 culturas, principalmente frutas e vegetais.

Este modelo de sucesso está sendo estendido para culturas de produção em larga escala como soja, canola, trigo e arroz.

Famílias de São Paulo das Missões participam de oficina de extração de polpas de frutas

Foto: Divulgação Emater-RS
A época é favorável para a produção de diversos tipos de frutas, em especial de citros, no Noroeste gaúcho. Foi neste contexto que a Emater/RS-Ascar, em parceria com o Projeto Eco Fort, da ONG Arede, promoveu duas oficinas de extração de polpas no último dia 19 de maio, em São Paulo das Missões. 

Pela manhã, a oficina contemplou 22 famílias da comunidade de Vila Pinheiro Machado participaram da atividade, sendo a maioria integrante da Chamada Pública da Sustentabilidade e do Clube de Mães. Já na parte da tarde, 14 sócias do clube de mães da Linha Lavina também tiveram a oportunidade de participar da oficina. 

A extensionista da Emater/RS-Ascar, Simone Back Thumé, reiterou os benefícios e formas de adoção de boas práticas de fabricação caseira. "As frutas cítricas protegem o corpo devido às propriedades antioxidantes e por fortalecer o sistema imunológico, protegendo contra algumas doenças", comenta.

Já o engenheiro agrônomo do Projeto Eco Fort, André Rocha de Camargo, falou sobre a importância de ter frutas cítricas disponíveis na propriedade, bem como seu aproveitamento para o autoconsumo e também em festas comunitárias, reuniões e outros encontros, além do consumo de um suco natural saudável, sem conservantes. Camargo também ressaltou a importância das frutas silvestres que as propriedades possuem, mas que muitas vezes não são aproveitadas.

Na oficina, os participantes acompanharam o processo de despolpa de frutas como a bergamota, laranja, butiá e maracujá, para posterior embalagem e congelamento. As frutas processadas foram divididas entre as participantes para serem aproveitadas em suas residências, com prazo de validade de até um ano.

Fonte: Emater - RS

Fundecitrus apresenta novo sistema de previsão para podridão floral na Semana da Citricultura

Fundecitrus irá apresentar o novo sistema online de previsão para podridão floral, doença conhecida também como "estrelinha", na 38ª Semana da Citricultura, que ocorre de 6 a 9 de junho, no Centro de Citricultura Sylvio Moreira, em Cordeirópolis.

Um especialista estará no estande da instituição para orientar os citricultores que quiserem conhecer e participar do sistema de previsão. Também estará exposta uma estação climática.

O pesquisador Geraldo José da Silva Junior irá fazer uma palestra sobre o sistema de previsão de podridão floral na quarta-feira, 8 de junho, às 14 horas, no auditório. Profissionais do Fundecitrus também irão palestrar sobre cancro cítrico, HLB e tecnologia de aplicação. Confira todas as palestras do Fundecitrus:

7/06 - Terça-feira

11h10 - Atualização no manejo de Diaphorina citri - Marcelo Pedreira de Miranda

8/06 - Quarta-feira

9h10 - Adequação do volume de calda e estudo de novas tecnologias para o controle de pragas e doenças dos citros - Marcelo Silva Scapin

14h - Novo sistema de previsão online da podridão floral dos citros - Geraldo José da Silva Junior

9/06 - Quinta-feira

16h - Características de lesões de cancro cítrico associadas à queda prematura de frutos de laranja e implicações no controle - Franklin Behlau

16h40 - Perspectivas para a citricultura brasileira frente ao HLB e ao cancro cítrico - Antonio Juliano Ayres

Fonte: Fundecitrus

Instituições financeiras projetam inflação de 7,06% para este ano

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 7,04% para 7,06%. Em relação a 2017, a estimativa se mantém em 5,50% há duas semanas. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) a instituições financeiras.

As estimativas estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, para 2017. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.

Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

A mediana (quando são desconsiderados os extremos nas projeções) das expectativas das instituições financeiras para a Selic passou de 12,75% para 12,88% ao ano, ao final de 2016, e de 11,38% para 11,25% ao ano, no fim de 2017. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

A estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia, este ano, foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,83% para 3,81%. Em relação a 2017, a estimativa de crescimento passou de 0,50% para 0,55%.

A projeção para a cotação do dólar ao final de 2016 caiu de R$ 3,67 para R$ 3,65. A estimativa, para o fim de 2017, passou de R$ 3,88 para R$ 3,85.

Blairo Maggi negociará ampliação de comércio com vários países

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) embarca na noite desta segunda-feira (30) para a China, onde vai participar da reunião de ministros de Agricultura do G20. O encontro, na cidade de Xian, vai tratar de segurança alimentar, nutrição, desenvolvimento rural e inovação em relação à Agenda Sustentável para 2030, incluindo a erradicação da fome e da extrema pobreza.

Os principais interlocutores da agricultura mundial estarão no encontro para lançar as bases da agricultura do futuro, discutindo plataformas de troca de informações e mecanismos ágeis para a segurança alimentar. O G20 é formado pelo Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia. Os países membros respondem por 60% da população mundial e 70% da população rural global.

Paralelamente à reunião do G20, Blairo Maggi vai se reunir os ministros da Agricultura da Argentina, China, Coreia do Sul, México, Rússia e União Europeia. Na pauta bilateral, o comércio de carnes, grãos, lácteos e frutas entre os países, além de acordos com o Mercosul e a União Europeia.

Esta será a primeira visita oficial do ministro ao exterior. Além de Blairo Maggi, a delegação brasileira é formada pelo secretário substituto de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Luiz Ribeiro e Silva, o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, o chefe de gabinete do ministro, Coaraci Castilho, e o senador José Aparecido dos Santos (PR-MT).

Mapa reúne produtores para encontro sobre novo sistema de registro

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Associação Brasileira de Enologia (ABE), promoverá encontros para esclarecer sobre o Sistema Eletrônico Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro).
O Sistema registra e cadastra todos os estabelecimentos e produtos agropecuários do país e permite o acompanhamento processos administrativos de registros de, por exemplo, alimentos e bebidas, apresentados ao MAPA. O Sipeagro também gera relatórios e emite certificados de estabelecimentos e produtos registrados e/ou cadastrados pelo MAPA.
Para atingir o maior número possível de vinícolas, serão realizados dois encontros com o mesmo tema. O primeiro será dia 31 de maio, em Bento Gonçalves (RS) e o segundo será dia 1º de junho, em Flores de Cunha (RS).

O evento é voltado para proprietários e enólogos das empresas vinícolas.

Serviço:
Encontros sobre o novo sistema de registro de estabelecimentos e produtos junto ao Mapa

Data: 31/05/2016 (terça-feira)
Horário: 13h30min
Local: Auditório da Embrapa Uva e Vinho
(Rua Livramento, 515 – Bento Gonçalves - RS)

Data: 01/06/2016 (quarta-feira)
Horário: 08h30min
Local: Sala Vinhedos do Tri Hotel Flores da Cunha
(Rua John Kennedy, 1031 – Flores da Cunha – RS)
Ao chegar no município, pela Av. Vinte e Cinco de Julho, por Caxias do Sul, passando a Igreja Matriz, dobre a direita e siga até a parte mais alta da cidade.

CNA prevê que Valor Bruto da Agropecuária (VBP) deverá crescer 1,3% em 2016

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deverá crescer 1,3% em 2016, faturamento de R$ 546,65 bilhões, com base nos dados do mês de maio, segundo levantamento do Núcleo Econômico da Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Já o valor previsto para a agricultura em 2016, levando-se em conta as 20 principais culturas produzidas no país, está calculado em R$ 343,61 bilhões, aumento de 1,6% em relação ao comportamento verificado no ano passado (R$ 338,18 bilhões).

No estudo da CNA, apenas seis produtos agrícolas devem apresentar crescimento em 2016. São eles: amendoim (18,2%): cacau (3,3%); café (13,6%); feijão (2,2%); trigo (5,3%) e soja (0,7%). Na atividade pecuária cinco produtos terão variação positiva, de acordo com o estudo, sendo destaque a produção de suínos (3,4%), ovos (2,2%), carne bovina (1,9%), leite(1,0%) e frango (1,4%). O VBP mostra a evolução do faturamento do setor agropecuário, em consequência das alterações nas estimativas de produção e nos preços recebidos pelos produtores.

Produção de grãos - Em relação às estimativas para a safra de grãos referentes ao biênio 2015/2016, com base nos números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os números foram revisados para baixo. Sendo assim, a produção de grãos deverá ser de 202,4 milhões de toneladas, uma redução de 2,5% em comparação com a safra de 2014/2015 (207,7 milhões de toneladas). A área plantada está prevista em 58,13 milhões de hectares, crescimento de 0,3% em relação ao período anterior (57,93 milhões de toneladas).

Os dados da Conab mostram que a cultura da soja permanece como principal indutora do crescimento de área plantada e do aumento da produção de grãos, mesmo com a produtividade apresentando queda de 2,3% em comparação com a safra de 2014/2015 (de 3 mil Kg/hectare para 2,9 mil kg/hectare). A produção de soja está estimada em 96,9 milhões de toneladas.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Novo sistema de conservação traz maior tempo de durabilidade de frutas e hortaliças

Em busca de maior tempo de conservação de frutas e hortaliças frescas, a Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS), através da equipe de pesquisa do Núcleo de Alimentos, adquiriu dois sistemas mais avançados de armazenamento desses produtos. Os sistemas são chamados de atmosfera controlada e atmosfera dinâmica, sendo o primeiro já utilizado por algumas empresas e instituições de pesquisa no país, mas aatmosfera dinâmica é muito recente, sendo a primeira unidade da Embrapa a usá-lo. Um técnico vindo da Itália e dois representantes da empresa italiana no Brasil, realizaram a montagem dos equipamentos e o treinamento para um grupo de pesquisadores e doutorandos. A atividade aconteceu entre os dias 2 e 4 de maio, nas dependências da unidade de pesquisas e a aquisição desse avanço tecnológico é resultante da parceria entre a Embrapa e o Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), envolvidas nas ações do projeto Pólo de Inovação Tecnológica em Alimentos da Região Sul, vinculado à Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do RS.

Segundo o pesquisador Rufino Fernando Flores Cantillano os dois sistemas representam um avanço importante na conservação de frutas frescas, pelo fato de estenderem significativamente a sua vida de prateleira ao preservar sua qualidade. "O sistema de atmosfera controlada, no caso com a cultura da maçã, pode estender sua conservação até um ano de duração. Já, o sistema de atmosfera dinâmica, que é um "top de linha", poderá permitir igual período de duração ao da atmosfera controlada, mas a qualidade de componentes conservados na maçã será superior com o sistema de atmosfera dinâmica", explicou. Ele disse que esse sistema mais moderno permite que não se perca os componentes nutricionais do alimento, que se preserve o sabor e a textura e que não ocorram alguns distúrbios fisiológicos na fruta.

Para Cantillano os benefícios com a aquisição desse equipamento são muitas: praticidade de gerenciamento à distância (os softwares podem ser acessados de qualquer lugar do mundo); organização na comercialização de produtos, pois a venda de alguns produtos pode ser prolongada e atender janelas de mercado; aproveitamento de alimentos,com redução nas perdas no pós-colheita; e preservação ambiental, já que se reduzem as perdas de frutos, e não se produz lixo no ambiente. "Hoje as perdas no pós-colheita são importantes, segundo a FAO, está na ordem de 30 a 40% e para os produtores a perda de um produto na etapa final, como a pós-colheita, torna-se muito maior do que se ele perdesse o fruto no campo. Na etapa de pós-colheita, os frutos embutem todo o investimento do produtor como custo da muda, os tratos culturais, os tratos fitossanitários, a colheita, transporte, enfim, todos os cuidados até aquele fruto chegue ao mercado", comentou.

Como são os sistemas 

O armazenamento de frutas e hortaliças em atmosfera controlada (AC) baseia-se no princípio da modificação da concentração de gases na atmosfera natural, ou seja, a concentração de oxigênio é reduzida e a concentração de dióxido de carbono é aumentada, podendo-se ainda eliminar o etileno produzido naturalmente pelas frutas. Na atmosfera natural o teor de oxigênio é de aproximadamente 21% e o dióxido de carbono de 0,03-0,04%. Na atmosfera controlada, no caso da maçã, trabalha-se com valores de 1,3-1,5% de oxigênio e 0,4-1,7% de dióxido de carbono. Esta atmosfera, controlada por um programa de computador, permanece estável durante todo o período de armazenamento da fruta.

O segundo sistema, a atmosfera dinâmica (AD), está baseada na medição do sinal de fluorescência da clorofila contida na casca da fruta. Este sinal apresenta variação quando o teor de oxigênio alcança um nível crítico. No caso da maçã pode-se trabalhar em concentrações muito mais baixas de oxigênio, na ordem de 0,4-0,5%. Além disso, a atmosfera, varia durante o armazenamento e, nesse momento, se adéqua à própria condição fisiológica da fruta( em função de seu estádio de maturação). Atualmente é o sistema mais avançado de conservação de frutas frescas no mundo. 

"O que acontece é que com esse sistema, tanto a fruta ou a hortaliça, respiram de uma forma mais lenta e é isso que traz a maior durabilidade", diz. Na verdade, o pesquisador fala que a câmara fria continua trabalhando com o processo de resfriamento convencional de forma normal, e a escolha desses sistemas de conservação, é algo complementar, mas que melhora consideravelmente o processo de vida de prateleira do produto, sendo que se deve utilizar um sistema ou outros, ou seja, a atmosfera controlada ou a dinâmica, em cada operação de estocagem. 

Os dois sistemas podem ser utilizados na conservação de diversas frutas frescas como maçã, pêssego, pêra, cereja, ameixa, morango etc., mas cada fruta utiliza diferentes concentrações de gases devendo elas serem estudadas, nas condições do Brasil. 

Os softwares, que possibilitam o funcionamento dos sistemas, podem ser monitorados à distância, ou seja de qualquer lugar do mundo pode ser acessada a tela do computador das câmaras frias, em tempo real, verificando o funcionamento do sistema, e ainda, podendo realizar alterações na programação do armazenamento. Isso permite uma grande praticidade e eficiência no acompanhamento das pesquisas.

A empresa Isolcell da Itália é detentora da tecnologia de atmosfera dinâmica. Os técnicos Vittório Tosolini da empresa italiana, e Junio Rubens e Marco Aurélio da empresa Kalfritec, no Brasil, ministraram o treinamento em Pelotas. 

Reunião Latinoamericana debate importância dos microrganismos para uma agricultura sustentável

A XXVII Reunião Latinoamericana de Rizobiologia (Relar) será realizada de 06 a 09 de junho, no Hotel Sumatra, em Londrina (PR), em uma promoção da Associação Latinomaericana de Rizobiologia (Alar), com realização da Embrapa Soja e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Paralelamente será promovida a XVIII Reunião da Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos e Interesse Agrícola (Relare).

Um dos processos microbiológicos que será amplamente discutido durante a Relar é o da fixação biológica do nitrogênio (FBN). A pesquisadora da Embrapa Soja Mariangela Hungria, presidente do evento, explica que no processo de FBN as bactérias conseguem capturar o nitrogênio da atmosfera e transformá-lo em fertilizante nitrogenado para as plantas. As estimativas são de que, no Brasil, somente com a cultura da soja, a economia anual pela ação das bactérias fixadoras de nitrogênio são de aproximadamente 12 bilhões de dólares, que deixam de serem gastos com fertilizantes nitrogenados. "Além da vantagem econômica, existem benefícios ambientais, pois os fertilizantes nitrogenados resultam em poluição de rios, lençóis freáticos, lagos, além de emissão de gases de efeito estufa", explica Hungria.

De acordo com a pesquisadora, considerando o exemplo da soja, o Brasil deixa de emitir 45 milhões de toneladas de equivalentes de CO2 por ano pela FBN. Mas, além da soja, há dezenas de outras leguminosas de importância para o agronegócio brasileiro - como o feijoeiro, o feijão-caupi, forrageiras, arbóreas, adubos verdes - que podem se beneficiar fortemente pela FBN.

Para as gramíneas, como é o caso do milho, trigo, arroz, cana-de-açúcar, outros microrganismos, denominados de bactérias promotoras do crescimento de plantas (BPCP) vêm sendo utilizados de modo exponencial. "Essas bactérias atuam por uma série de mecanismos, sendo um dos principais a produção de hormônios do crescimento de plantas, que resultam em maior produção de raízes, parte aérea e produção de grãos", diz a pesquisadora.

Para Hungria, as pesquisas e os produtos visando maximizar a contribuição dos microrganismos para a nutrição de plantas tornam-se prioritários. "As pesquisas promovem avanços no conhecimento das interações entre microrganismos e plantas de importância econômica, social e ambiental, e também contribuem para a validação do uso de microrganismos e processos microbianos como insumos agrícolas", avalia a pesquisadora. "A América Latina realiza pesquisas avançadas e dispõe de diversas inovações no uso de bactérias fixadoras de nitrogênio e de microrganismos promotores do crescimento de plantas", complementa.

Temática - O tema escolhido para a XXVII RELAR é "Fortalecendo as Parcerias Sul-Sul", considerando-se como Sul-Sul não só as parcerias dentro da América Latina e Caribe, como também as que vêm sendo estabelecidas entre países esses países e a África e Oceania. "A escolha do tema foi definida pela identificação de que as parcerias Sul-Sul podem ser muito mais eficientes no tema de microrganismos destinados à agricultura do que as parcerias Norte-Sul", explica Hungria.

Com base no tema escolhido, o programa da XXVII RELAR contará com 40 palestras, de palestrantes de 14 países da América do Sul, Central, Europa, África e Austrália. O programa inclui nomes da ciência básica e aplicada, com representantes dos setores públicos e privados.

Informações no site do evento: http://www.relar2016.com/pt/

SERVIÇO

Evento: XXVII Reunião Latinoamericana de Rizobiologia (Relar) Data: 06 a 09 de junho

Local: Hotel Sumatra, em Londrina (PR).

Programação da XXVII RELAR

06 de junho – segunda-feira

8h45 – 10h15

Sessão I - Biodiversidade e Taxonomia

Moderador: Lucy Seldin (UFRJ, Brasil)

1) Taxonomia de rizóbios na era genômica

Ernesto Aldo Ormeño-Orrillo (Universidad Nacional Agraria La Molina, Peru)

2) Explorando simbioses tolerantes a estresses ambientais

Graham O´Hara (Murdoch University, Austrália)

3) O novo mundo das burkholderias

Fábio Bueno dos Reis Junior (Embrapa Cerrados, Brasil)

10h15 – 10h45

Intervalo - Coffee break

10h45 – 11h45

Sessão I - Biodiversidade e Taxonomia (Continuação)

4) A riqueza microbiana dos Andes: Explorável e com impacto econômico e ambiental

Doris Elizabeth Zuñiga Dávila (Universidad Nacional Agraria La Molina, Peru)

5) Microrganimos associados com Lotus na implantação de pastagens: Estabilidade das comunidades e uso tecnológico

Ana Bernardino Menéndez (Universidad de Buenos Aires/CONICET, Argentina)

13h30 – 15h

Sessão II - Ciências "Ômicas"

Moderador: Jesiane S. S. Batista (UEPG, Brasil)

1) Análise genética de um modelo rizóbio-plasmídeo-mobiloma em escala megabase: Conteúdo de gene e relações evolucionárias

Antonio Lagares (Universidad Nacional de La Plata/CONICET, Argentina)

2) Organização genômica dos sistemas flagelares em Bradyrhizobium spp.

Aníbal Roberto Lodeiro (Universidad de La Plata, Argentina)

3) EPS, KPS e LPS: Consenso sobre a importância?

Maribel E. Parada Ibañez (Universidad de La Frontera de Temuco, Chile)

15h30 – 17h

Sessão II - Ciências "Ômicas" (Continuação)

4) Quanto avançamos no conhecimento sobre a regulação dos genes nodD?

Manuel Megías (Universidad de Sevilla, Espanha)

5) A luta dos rizóbios por ferro

Elena Fabiano (Instituto de Investigaciones Biológicas "Clemente Estable", Uruguai)

6) Genômica e genômica funcional de rizóbios selvagens e experimentalmente evoluídos, de vida livre e em comunidades bacterianas

Esperanza Martínez-Romero (Centro de Ciencias Genómicas, México)

17h – 19h

Sessão Pôster (português, espanhol, inglês) e Happy hour

07 de junho – terça-feira

8h30 – 10h

Sessão III - FBN em Não-Leguminosas

Moderador: Segundo Sacramento Urquiaga Caballero (Embrapa Agrobiologia, Brasil)

1) O gênero Azospirillum: Da genómica à produção de insumos biológicos

Fabrício Dario Cassán (Universidad Nacional de Rio Cuarto, Argentina)

2) Rizóbios em não leguminosas: Uma nova esperança?

Enilson Saccol de Sá (UFRGS, Brasil)

3) Azospirillum no Uruguai: Grande experiência em um pequeno país

Carlos Alberto Labandera (ex-MGAP, Uruguai)

10h – 10h30

Intervalo - Coffee break

10h30 – 11h30

Sessão IV: Coqueteis de Microrganismos para um Buffet de Plantas e Possibilidades

Moderador: Arnaldo Colozzi-Filho (IAPAR, Brazil)

1) Perspectivas para a cana-de-açúcar

Verônica Massena Reis (Embrapa Agrobiologia, Brasil)

2) Inoculantes microbianos fazendo a diferença em Cuba

Maria Caridad Nápoles (Instituto Nacional de Ciencias Agrícolas, Cuba)

11h30 – 13h

Almoço (livre)

13h – 13h30

Assembleia da ALAR

13h30 – 15h

Sessão V - Estratégias para a Obtenção de Plantas Hospedeiras com Maior Capacidade de FBN

Moderador: Elena Beyhaut (INIA, Uruguai)

1) Eficiência do uso de fósforo na fixação simbiótica do N2 para o acoplamento dos ciclos biogeoquímicos em agroecossistemas com leguminosas

Jean Jacques Drevon (INRA, França)

2) O desafio das mudanças climáticas globais: Seleção para FBN sob déficit hídrico

Marco Antonio Nogueira (Embrapa Soja, Brasil)

3) Interações simbióticas entre feijoeiro e rizóbios nas Américas

Mario O. Aguilar (Universidad de La Plata, Argentina)

15h30 – 17h

Sessão VI - Quantificando e "Qualificando" a FBN

Moderador: Jerri E. Zilli (Embrapa Agrobiologia, Brasil)

1) Benefícios pela rotação de culturas com leguminosas fixadoras de nitrogênio: Universais ou com ressalvas?

David Francis Herridge (University of New England/Primary Industries Innovation Center, Austrália)

2) Quantificação da FBN em não leguminosas

Robert Michael Boddey (Embrapa Agrobiologia, Brasil)

3) FBN em cereais: Uma visão perspectiva e prospectiva

Frans J. de Bruijn (INRA/CNRS, França)

17h – 19h

Sessão Pôster (português, espanhol, inglês) e Happy hour

08 de junho – quarta-feira

8h30 – 10h

Sessão VII - Planejando o Futuro: Difusão e Transferência de Tecnologias e Formação de Recursos Humanos

Moderador: Krisle da Silva (Embrapa Roraima, Brasil)

1) A fixação de nitrogênio a trabalho dos pequenos agricultores na África – N2Africa

Ken E. Giller (University of Wageningen, Holanda)

2) Ações de difusão de tecnologia para incrementar o uso de inoculantes no Brasil: Novas ideias e novas ferramentas

Cristhiane Oliveira da Graça Amâncio (Embrapa Agrobiologia, Brasil)

3) BIOFAG e AGROMICROBIOS: Evolução em redes de pesquisa em biofertilizantes

Juan Sanjuán Pinilla (Estación Experimental de Zaidín, Espanha)

10h30 – 12h

Sessão VII - Planejando o Futuro: Difusão e transferência de Tecnologias e Formação de Recursos Humanos (Continuação)

1) Quanto podemos avançar em transferência de tecnologia em FBN entre países? Experiências na África

Steve K. Boahen (IITA, Moçambique)

2) Construindo capacitação humana em FBN na África: Oportunidades de colaboração Sul-Sul

Felix Dapare Dakora (Tshwane University of Technology, África do Sul)

3) Como formar e motivar uma nova geração de profissionais na microbiologia do solo?

Glaciela Kaschuk (UFPR, Brasil)

13h30 – 15h

Sessão VIII - Soja: o Carro-Chefe da FBN na América do Sul

Moderador: Marco Antonio Nogueira (Embrapa Soja, Brazil)

4) Impacto da inoculação e da FBN em soja na Argentina

Alejandro Perticari (Instituto de Microbiología y Zoología Agrícola-INTA, Argentina)

5) Fixação do nitrogênio em soja: A simbiose perfeita?

Fábio Martins Mercante (Embrapa Agropecuária Oeste, Brasil)

6) FBN com a soja no Uruguai: Contribuição para uma agricultura sustentável em um novo cenário de intensificação

Elena Beyhaut (INIA, Uruguai)

15h30 – 17h

Sessão IX - A FBN em Culturas de Menor Impacto Econômico e Grande Importância Social e Ambiental

Moderador: Luc Felicianus Marie Rouws (Embrapa Agrobiologia, Brasil)

1) Rizóbios para forrageiras, adubos verdes e arbóreas no Brasil: Oportunidades para o sequestro de carbono

Jerri Édson Zilli (Embrapa Agrobiologia, Brasil)

2) Existe esperança para a FBN com o feijoeiro?

Iêda Carvalho Mendes (Embrapa Cerrados, Brasil)

3) Simbiose Phaseolus lunatus x rizóbio: Perspectivas e potencial para produção de grãos para a agricultura familiar

Ademir C. F. Araújo (Universidade Federal do Piauí, Brasil)

17h – 19h

Sessão Pôster (português, espanhol, inglês) e Happy hour

09 de junho – quinta-feira

8h30 – 10h

Sessão X - Indústria e Negócios

Moderador: Enderson Petronio de Brito Ferreira (Embrapa Arroz e Feijão, Brasil)

1) Os inoculantes sobreviverão à nova realidade corporativa das multinacionais?

Solon Cordeiro Araújo (Consultor da ANPII, Brasil)

2) Pré-inoculação da soja: Oportunidades e ameaças

Gustavo Gonzalez Anta (Rizobacter, Argentina)

3) Microalgas: matéria prima de energia renovável para a aplicação em bioenergia e agricultura

Diva de Souza Andrade (IAPAR, Brasil)

10h30 – 11h30

Sessão X - Indústria e Negócios (Continuação)

4) Há espaço para pequenas indústrias de inoculantes na America Latina?

Renato Valenzuela Bedregal (Agroindustrias Lucano SRL, Bolívia)

5) Academia x Indústria: Desafios de adaptação de escala e de obtenção de resultados

Ricardo Silva Araujo (Total Biotecnologia, Brasil)

11h30 – 12h10

Palestra de encerramento

Moderador: Mariangela Hungria

Homenagem a Federico Sánchez Rodríguez

Mais de um século de inoculantes: Da bactéria à molécula

Manuel Megías (Universidad de Sevilla, Espanha)

Fonte: Embrapa

Comunidade científica ganha mais um reforço no Brasil na área da química

No mês de junho, o Brasil será sede de temas relevantes na área de química durante a primeira reunião da American Chemical Society (ACS) no País. Em janeiro deste ano, começou a funcionar no Brasil uma divisão da Sociedade visando estreitar as relações entre as comunidades científicas da área da química brasileira e americana, criando mais oportunidades para colaborações e trabalho de equipe entre grupos de pesquisa dos dois países.

Essa discussão será feita por meio de reuniões anuais itinerantes, sendo a próxima na sede da Embrapa, Brasília/DF, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A reunião será dia 03 de junho e paralelamente ocorrerá o lançamento oficial da ACS Brazil Chapter.

A ACS é a maior sociedade química internacional e tem uma forte colaboração com países do mundo todo. De acordo com o pesquisador da Embrapa Agroenergia e membro fundador da ACS Brazil Chapter, Sílvio Vaz Júnior, devido ao seu destaque político e econômico na América do Sul, o Brasil desperta atenção das sociedades científicas internacionais. Além do que, estamos crescendo a cada dia em termos de aumento e impacto da nossa produção científica mundial.

"Ter um pesquisador da Embrapa na diretoria do Brazil Chapter reflete a excelente inserção internacional da instituição. É natural a aproximação da ACS com a Embrapa, dada a ligação histórica da química com o desenvolvimento da agricultura, especialmente no Brasil", ressalta Silvio. Cabe destacar que a ACS, entre os seus mais de 40 periódicos científicos, publica um de alto impacto voltado para a química na agricultura, que é o Journal of Agricultural and Food Chemistry (http://pubs.acs.org/journal/jafcau).

"Com a ACS Brazil Chapter espera-se aumentar a cooperação científica, criando mais oportunidades para colaborações e trabalhos entre grupos de pesquisa de americanos e brasileiros", explicou o pesquisador da Embrapa. Outro objetivo da entidade é a educação da nova geração de químicos, além de discutir o papel da ciência e da química no desenvolvimento de uma sociedade saudável, sustentável e próspera.

Programação
Durante a programação serão tratados temas como o uso da cana-de-açúcar nas biorrefinarias, pelo pesquisador do CTBE Antonio Bonomi; as potencialidades da química para a biomassa brasileira, pelo pesquisador Antônio Oilveira da CGEE; indústria química brasileira, pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM, Fernando Fernandez, a Embrapa e a sua relevância para a pesquisa agrícola. Também será tema na reunião a química verde e suas aplicações. No que diz respeito à química verde, com destaque para o uso da biomassa pela química, a ACS criou o ACS Green Chemistry Intitute o qual organiza encontros de pesquisa e inovação, educação, indústria e negócios, propiciando um avanço do conhecimento sobre o que é a química verde a as suas aplicações. Cabe ressaltar que a química verde também será um tema a ser tratado na reunião que ocorrerá na Embrapa.

A presidente do capítulo brasileiro da ACS e professora da Unicamp, Cátia Ornelas irá finalizar a reunião. "Como futuros passos espera-se uma inserção do Brazil Chapter na agenda científica brasileira e uma maior divulgação da American Chemical Society junto a estudantes e profissionais no Brasil", ressaltou a Cátia Ornelas.

O evento é aberto ao público e vai acontecer de 9h às 13h30, no auditório Biomas, na sede da Embrapa, localizada no Parque Estação Biológica, Av. W3 Norte (final), Brasília/DF. Mais informações podem ser obtidas no email:agroenergia.eventos@embrapa.br