sábado, 23 de julho de 2016

Maggi se reúne com setor produtivo em Brasília

Objetivo é aumentar de 7% para 10% a participação do Brasil no mercado internacional nos próximos cinco anos

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, reuniu-se nesta quinta-feira, dia 21, com representantes do setor produtivo para discutir o Programa Acesso a Mercados (PAM-Agro), que visa a promover o agronegócio brasileiro no exterior e atrair investidores. O projeto tem por objetivo aumentar de 7% para 10% a participação do Brasil no mercado internacional nos próximos cinco anos. 

"Estamos discutindo uma nova abordagem dos mercados internacionais para mostrar que o governo quer ir numa direção, mas não pode ir sozinho. Só se o empresariado topar", disse o ministro, conforme nota distribuída pela pasta.

O encontro ocorreu em Brasília e reuniu, dentre outras entidades, a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus-Br), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. Juntas, as entidades convidadas representam 40% de todas as exportações do país. 

Fonte: Canal Rural

Inscrições abertas para o 4º Fórum de Agricultura da América do Sul

Evento será no Museu Oscar Niemayer, em Curitiba (PR), nos dias 25 e 26 de agosto


Com o objetivo de debater soluções integradas e de tecnologia na era da agricultura digital, o Fórum de Agricultura da América do Sul 2016 (Agricultural Outlook Forum 2016) traz como tema central “Nova Estratégia para uma Nova Agricultura”. Em sua quarta edição, o fórum se consolida como palco de discussões do bloco em uma iniciativa que estimula, incentiva e contribuí para o desenvolvimento de ações integradas e que posicionem os países sul-americanos como o grande player da oferta mundial de grãos e energia.

“A América do Sul produz cerca de 30% dos grãos e 28% da proteína animal consumida no mundo. Somos um grande fornecedor do mercado global. Mas ainda precisamos debater uma estratégia conjunta de atuação no mercado globalizado e do uso da agricultura digital em prol de maior eficiência e competitividade”, diz Giovani Ferreira, coordenador do evento.

Entre os palestrantes confirmados estão o diretor da esmagadora chinesa Hopefull Group, Tom Lin Tan, que irá participar da conferência “China: a nova era do livre mercado” e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, que participa do painel “Tecnologia da informação aplicada ao agronegócio”. Estão programados 12 painéis e conferências, com 25 nomes, entre palestrantes e debatedores. 

Nesta edição, o evento será novamente realizado no Museu Oscar Niemayer, em Curitiba (PR), nos dias 25 e 26 de agosto, e os interessados já podem se inscrever no site oficial do fórum. O pacote inclui entrada para os dois dias, dois almoços, um jantar e coffee breaks. A programação completa do 4º Fórum de Agricultura da América do Sul e outros detalhes do evento estão disponíveis em www.agrooutlook.com.br

No portal, também é possível fazer o download gratuito do relatório da edição 2015, que contou com a participação de 400 pessoas, de 10 países, representantes de todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio, da iniciativa pública e privada. 

Serviço

4º FÓRUM DE AGRICULTURA DA AMÉRICA DO SUL

Data: 25 e 26 de agosto de 2016

Local: Museu Oscar Niemeyer (MON)

Endereço: Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico – Curitiba (PR)

Informações e Inscrições: www.agrooutlook.com.br

Trepadeira produz frutos parecidos com maracujá e melancia

Eles têm polpa alaranjada ou avermelhada com sementes lisas de cor escura


A semelhança com maracujá e melancia é o motivo dessa planta da família Cucurbitaceae ter como nomes populares melancia-de-cipó, maracujarana e maracujá-melancia. É uma espécie trepadeira, perene, de caule grosso, folhas alternadas e distantes uma da outra e flores masculinas e femininas na mesma planta, com cinco pétalas em tom claro cobertas de pelos. Precisa de uma parreira ou caramanchão para suporte. Os frutos medem de 10 a 15 centímetros, têm polpa alaranjada ou avermelhada, com sementes lisas de cor escura. Por aqui, sua ocorrência predomina no Acre e no norte do Amazonas.

CONSULTOR: DIEGO XAVIER, técnico de pesquisa do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas (SP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tel. (11) 4582-7284, dxavier@iac.sp.gov.br

Fonte: Globo Rural

Citros/Cepea: Preço da pera se mantém firme; tahiti avança

As baixas temperaturas nesta semana reduziram a demanda por laranja pera de mesa, mas a maior liquidez no início do mês fez com que os preços se mantivessem firmes. A média da fruta, na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), foi de R$ 19,71/cx de 40,8 kg, na árvore, leve alta de 1,3% frente à semana anterior.

Os preços da lima ácida tahiti também continuam avançando. Porém, segundo agentes consultados pelo Cepea, uma possível desvalorização pode ocorrer nos próximos dias, influenciada pelo frio e pelas exportações limitadas. Na parcial da semana, a média de comercialização da tahiti foi de R$ 51,30/cx de 27 kg, colhida, nova alta de 19,4% em relação à semana passada.

Fonte: Cepea/Esalq

Contratação de crédito rural chegou a R$ 150 bi na safra 2015/2016

Valor corresponde a 80% do total de recursos programados para o Plano Agrícola e Pecuário da temporada passada


Os médios e grandes produtores rurais tomaram empréstimos de R$ 150 bilhões na safra 2015/2016, que se encerrou no último dia 30. O montante - referente a créditos de custeio, comercialização e investimento – é 2,6% superior ao do ciclo anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Os números mostram que o produtor continua acreditando que o financiamento, com o apoio do governo, é importante para o desenvolvimento da agropecuária”, ressaltou o secretário da SPA, Neri Geller.

Os R$ 150 bilhões correspondem a 80% do total de recursos programados para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da temporada, de R$ 187,7 bilhões.

As operações de custeio e comercialização da agricultura empresarial totalizaram R$ 117,3 bilhões. De acordo com a SPA, o valor equivale a 100% do montante programado para o ciclo. Do total, R$ 97,4 bilhões foram contratados a juros controlados (entre 8,75% e 7,75% ao ano). Já os financiamentos a juros livres chegaram a R$ 19,9 bilhões, sendo 69% provenientes das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA’s).

Os empréstimos para comercialização somaram R$ 26,8 bilhões, sendo a Região Sudeste tomadora de 44% do total, seguida da Região Sul (39%).

Segundo o Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor), do Banco Central, os financiamentos na modalidade de custeio somaram R$ 90,4 bilhões, sendo que os bancos públicos lideraram as aplicações (R$ 59,2 bilhões). Já os bancos privados alcançaram R$ 20 bilhões e as cooperativas de crédito, R$ 11,2 bilhões. Dos R$ 150 milhões contratados no PAP, R$ 5,4 bilhões foram aplicados pelas agroindústrias.

Investimento
O crédito de investimento somou R$ 27 bilhões contra R$ 38,3 bilhões da temporada anterior, com recuo de 29%. A redução nesta modalidade já havia sido prevista no lançamento do PAP 2015/2016, que priorizou o custeio.

De acordo com o Sicor, foram realizadas 151,3 mil operações em investimento e 27,3 mil em comercialização. Mas a maioria das operações foi registrada na modalidade de custeio (464,8 mil).

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Mães que comem frutas na gravidez têm bebês mais inteligentes, sugere pesquisa


Especialistas alertam para o fato de que o consumo, no entanto, deve ser moderado. Saiba qual é a quantidade ideal



A ciência reforçou mais um dos benefícios de incluir frutas na dieta das grávidas. De acordo com um estudo realizado no Canadá, gestantes que incluem esse tipo de alimento no cardápio diário têm bebês com melhor desempenho cognitivo. 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores se basearam nos resultados de um estudo chamado Canadian Healthy Infant Longitudinal Development Study, com dados de mais de 3.500 pares de mães e filhos, além de testes de QI com 688 crianças de um ano da cidade de Edmonton, no Canadá. Em uma publicação no jornal EbioMedicine, Piush Mandhane, autor sênior e professor associado de pediatria na Universidade de Faculdade de Medicina e Odontologia de Alberta, comentou: “Sabemos que quanto mais tempo uma criança fica no útero, mais ela se desenvolve - e os resultados dessa pesquisa mostraram que ter mais de uma porção de fruta por dia na dieta da mãe oferece ao bebê um benefício semelhante ao de ter nascido uma semana mais tarde".

Coma com moderação

Os resultados do estudo apontaram um desvio de seis ou sete pontos a mais na escala de quociente de inteligência (QI) nos bebês cujas mães tinham o costume de consumir frutas durante a gestação. No entanto, o excesso pode trazer riscos. “Não é porque são frutas que podem ser ingeridas de forma indiscriminada e em grandes quantidades. A frutose em excesso pode ser depositada em forma de gordura no fígado; é preciso ter cuidado. Recomendo três porções por dia”, explica Alberto D’Auria, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP). O ideal é elaborar um cardápio em conjunto com um nutricionista e com o obstetra.

Os sucos também merecem atenção – sejam eles naturais ou de caixinha. “O suco não é um substituto da água. Se você está com sede ou quer se hidratar, beba água. Use o suco como um lanche rápido”, explica Andrea Bottoni, coordenador da equipe de nutrologia da rede do São Luiz unidade Anália Franco. O cérebro demora para identificar a frutose em forma líquida e, consequentemente, envia de maneira tardia a mensagem para o centro da fome dizendo que já existe um bom nível de glicemia e que é preciso diminuir a ingestão. "Ou seja, a pessoa acaba consumindo muito mais açúcar”, complementa D'Auria. Sem contar que, para fazer um copo de suco de laranja, você usa no mínimo 3 laranjas – o que já soma a recomendação das três porções diárias.

As frutas e a gestação

Na medida certa, as frutas são alimentos recomendados para as gestantes porque possuem concentração elevada de água, carboidratos, vitaminas e sais minerais. Muitas grávidas relatam uma preferência pelas versões mais ácidas, como abacaxi ou tangerina. “O que acontece é uma mudança da acidez da saliva e um aumento das papilas gustativas, que ficam na língua. O paladar da mulher fica alterado e, em geral, ela busca alimentos que causam o aumento da salivação. Quanto mais saliva ela tiver e quanto mais ácido ela ingerir, mais facilidade ela vai ter para fazer a digestão”, esclarece o obsteatra do Hospital e Maternidade Santa Joana.

O abacaxi, por exemplo, parece bem mais ácido no paladar do que ele verdadeiramente é. Por outro lado, por ter uma boa quantidade de fibras, tem digestão fácil, diminuindo a absorção de gorduras em até 30%.

Frutas ricas em vitamina C, como a laranja, o kiwi e a acerola auxiliam na na absorção do ferro. Por isso, ao comer carne, feijão ou outros alimentos ricos nesse nutriente, combine a refeição com uma fruta que contenha a vitamina. Assim, os benefícios são potencializados.

Já para quem precisa reforçar a hidratação, a melancia é uma ótima opção. A fruta possui vários minerais importantes, mas se destaca pela grande quantidade de água e, por isso, tem baixo teor calórico. O abacate, ao contrário, tem mais calorias, mas isso não significa que ele deve ser banido do cardápio. Quando consumido com moderação, ele pode trazer benefícios – principalmente no final da gestação. “Ele tem um índice grande de magnésio e por isso pode ajudar nas cãibras, na fadiga e no cansaço”, explica Bottini.

Confira aqui a pesquisa 

Frete onera custos com fertilizantes

Se no mercado externo é possível encontrar fertilizantes com preços até 50% mais baixos comparados aos de julho de 2015, aqui, a redução no volume de exportações de milho colabora para elevar o custo do frete para o agricultor do Centro-Oeste que traz insumos de Paranaguá (PR).

Isso acontece porque os caminhões que saem do Mato Grosso carregados de soja e milho rumo ao porto, geralmente, retornam para a cidade de origem com os adubos importados que serão utilizados no próximo plantio. "No ano em que você exporta mais milho na safrinha, há um desconto maior no frete para os insumos que estão chegando. Agora esse desconto será menor", afirma o analista Fábio Rezende.

A diminuição no ritmo de vendas internacionais do grão se deu por conta do desabastecimento da commodity para o consumo doméstico, que gerou, inclusive, o cancelamento de contratos com tradings.

Lá fora, o Mono-Amonio-Fosfato (MAP), um dos produtos mais demandados pelo setor agrícola para fertilização do solo, está cotado a US$ 350 por tonelada, 38% mais barato em relação aos US$ 458 por tonelada praticados há um ano.

Em contrapartida, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta para 2016/2017 despesas 4,72% superiores às da temporada passada com adubos para as lavouras de soja. Ao DCI, a entidade informou que, na média da região, o desembolso do agricultor com o transporte de fertilizantes vindos do porto de Paranaguá está em R$ 145, 7,4% mais caro na variação anual.

O Rabobank destaca que as estimativas positivas para as cotações das commodities agrícolas geram uma relação de troca melhor para o produtor brasileiro e a intensificação nas entregas de adubos, esperada para o terceiro trimestre, também incrementa o valor do frete, com impacto direto nos preços praticados no Brasil.

De acordo com o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, vinculado à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), e presidente da Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística, Edeon Vaz Ferreira, o prejuízo só não é maior porque o transporte de fertilizantes ao Centro-Oeste começa em meados de março, aproveitando a saída da soja.

"Acontece um impacto moderado, mas, de maneira geral, é um cenário desfavorável em relação ao do ano passado", comenta Ferreira.

Balanço e expectativas

Nesta semana, a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) informou que as entregas de fertilizante ao consumidor final encerraram o primeiro semestre em alta de 12,6%, contra os seis primeiros meses de 2015, a 13,18 milhões de toneladas. Para o total do ano, espera-se que este volume atinja 31,87 milhões, diante das 30,2 milhões de toneladas entregues em 2015. Em uma perspectiva ligeiramente mais moderada, o Rabobank, aposta em até 31,5 milhões de toneladas. Para o analista Rezende, o avanço do crédito rural favorece 2016.

Agricultura Racional alia MIP e produtos biológicos ao sistema convencional

Agricultura Racional é um conceito no qual os métodos do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e produtos biológicos são adotados em conjunto com o sistema convencional. O resultado é uma diminuição drástica de uso agroquímicos com aumento de eficiência.

Uma das técnicas é o monitoramento de pragas, que alerta para o momento correto de entrar com o controle – seja ele químico ou biológico. Isso é feito somente quando a praga está no local e em níveis que representem efetivamente um risco, porém muito antes de que venha a ocorrer um dano.

“Produtores de maçã no sul do Brasil usam a feromônio para monitorar as principais pragas da cultura desde 1998. Com o uso de técnicas de MIP, conseguiram diminuir ao menos 10 aplicações de inseticida por safra, diminuindo o dano na fruta de mais de 7% para menos de 1%. Nestes 19 anos acredita-se que deixaram de ser aplicados em torno de 4 milhões de litros de agrotóxicos, com claro benefício econômico para os produtores, para o ambiente natural e para a sociedade”, afirma Leandro Mafra, diretor da empresa Isca Tecnologias.

Segundo ele, além de monitorar, os produtores de maçã no sul do Brasil usam feromônio para controlar as principais pragas da cultura desde 2007. “Com o uso de feromônio conseguiram eliminar o uso de agrotóxico e quebrar barreiras alfandegárias que impediam a exportação para mercados exigentes como Europa e Japão. Hoje produtores de maçã usam o feromônio para chegar na safra sem problemas na colheita”, diz Mafra.

“Com semioquímico, que é a comunicação química entre seres vivos, é possível fazer coisas maravilhosas, já que os insetos e plantas estão naturalmente usando cheiros para se comunicar e se beneficiar da interação. Um destes exemplos é o uso de um feromônio de marcação usado pela abelha para avisar as outras abelhas que encontrou um lugar com plantas com muita seiva e pólen”, explica. 

Ele cita como exemplo o produto Apis Bloom, que é formulado com este feromônio de marcação: “produtores de frutas conseguem que as abelhas visitem as flores e resulte em uma ótima polinização e consequentemente ótima frutificação”.

Fonte: Agrolink

Blairo Maggi e japoneses conversam sobre investimentos

Numa reunião de trabalho de uma hora, nesta terça-feira (19), o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o embaixador do Japão, Kunio Umeda, discutiram questões como a exportação de carne brasileira, investimentos japoneses em infraestrutura de transporte de carga e a terceira edição dos Diálogos Brasil-Japão, que deverá ocorrer no início do ano que vem.

O embaixador Umeda falou do interesse de empresas japonesas em investir em projetos agropecuários, além de hidrovias. Blairo Maggi explicou ao embaixador que, além das hidrovias, também existem boas oportunidades de investimentos no setor ferroviário.

O ministro e o embaixador também avançaram nas negociações para a venda de carne brasileira para o Japão. Por sugestão de Blairo Maggi, técnicos dos dois países devem se reunir em breve. "Vamos acertar os ponteiros", disse o embaixador Umeda.

Barragens subterrâneas e resgate de solo aliviam efeitos da seca no RN

Projetos da Emater ajudam o sertanejo a conviver com estiagem prolongada.

Regiões Oeste e Seridó possuem exemplos de ações bem-sucedidas.



Francisco Gurgel de Freitas quer aumentar a produção
 (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)

O quinto ano seguido de poucas chuvas no Rio Grande do Norte – já considerada a estiagem prolongada mais severa da história do estado – não deixa alternativa para o sertanejo: ou abandona a terra ou aprende a conviver com a seca. No estado, a Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) vem desenvolvendo projetos que estão ajudando o pequeno agricultor a suportar os efeitos da escassez de água. A construção de barragens subterrâneas e o trabalho de recuperação de solos degradados são dois exemplos.

Em Umarizal e Jardim do Seridó, onde a seca também é braba, os projetos da Emater estão fazendo a diferença. "Me ajuda e ajuda muito toda minha família", afirmou o agricultor Francisco Gurgel de Freitas, de 62 anos, ao falar sobre o projeto 'Segunda Água', no qual a Emater constrói barragens subterrâneas nas terras de pequenos produtores rurais.

Conhecido como Chico de Raulino, foi o agricultor quem explicou como funciona este tipo de barragem. "Cavamos uma vala na parte mais baixa do terreno, colocamos uma lona plástica dentro e a prendemos nas pedras que estão no fundo do solo. Quando a chuva cair, a água vai infiltrar na terra, mas não vai escoar pelo fundo por causa das rochas e também não vai escapar pelos lados porque a lona vai segurar. Assim, temos um barramento subterrâneo que segura a água como uma piscina embaixo da terra", disse.

Francisco tem uma pequena propriedade no chamado Sítio Acauã, comunidade rural do município de Umarizal, na região Oeste do estado. A barragem subterrânea foi construída em 2012. "Só é possível fazer a barragem em período de seca mesmo. Agora, é esperar pelas chuvas para que eu possa plantar. E quando isso acontecer, terei água armazenada embaixo da terra, assegurando a fertilidade do solo mesmo durante um longo período de estiagem", ressaltou.

Enquanto a chuva não vem, o agricultor mantém o sustento da família plantando mamão, acerola, banana, romã, pinha, maracujá e algumas hortaliças. E a água? "Vem de um poço que eu também escavei em 2012. A vazão é pequena, de 2 mil litros por hora, mas é o bastante para o sistema de irrigação por gotejamento. Tudo o que é plantado aqui é para consumo próprio. Só vendo o mamão porque a produção é maior. Só vou produzir mais frutas para comercializar quando a barragem subterrânea estiver com água. E quando chover, mesmo que seja pouca água, ela não vai se desperdiçar tão facilmente", acrescentou.

Em Jardim do Seridó, na região Seridó, uma barragem semelhante foi construída no Sítio Recanto, terras do pecuarista José Antão do Nascimento, de 63 anos. Também escavada em 2012, a barragem tem água armazenada porque lá as chuvas que caíram em janeiro foram mais abundantes. "Choveu sim, mas não muito. Só estou colhendo graças à barragem, senão tinha perdido tudo que plantei", justificou.

José de Antão não planta para comer. O que ele tira da terra vira ração para os animais que cria. Além do milho, ele produz sorgo e capim forrageiro. "Isso aqui é minha vida. Plantando e colhendo, não penso em sair daqui nunca", afirmou.

Ainda em Jardim do Seridó, quem também está sorrindo à toa apesar da seca é Delson Diniz da Silva, de 53 anos. Ele é mais um beneficiado com a barragem subterrânea. Além da água da chuva, a construção que ele mantém no Sítio Pedras Pretas também represa a água que vem de um açude. "É um tipo de barramento ainda melhor. Ajuda a segurar a água da chuva, que infiltra na terra, e ainda armazena a água que naturalmente escorre do açude e que fatalmente seria desperdiçada. Aqui, a barragem subterrânea potencializou em dobro as terras dele", ressaltou o técnico da Emater Osenaldo dos Santos, que é assessor regional de Convivência com o Semiárido.

"A barragem foi construída em 2014. E agora estou colhendo os frutos desse projeto. Graças a Deus está dando tudo certo. Aqui plantamos feijão, milho, batata doce e melancia. E também tem capim para os animais", listou Delson.

"O projeto das barragens subterrâneas nasceu em 2008, mas a grande maioria delas foi implantada em 2012, já no primeiro ano dessa estiagem braba pela qual estamos passando. E ainda estamos na fase de implantação. Com a colheita deste ano, é que poderemos fazer uma avaliação do projeto. Até o final do ano teremos uma análise completa dos resultados. Mas, a princípio, já podemos garantir que vem dando muito certo para muitos agricultores, que estão conseguindo conviver som a seca. É a cultura da subsistência sobrevivendo", pontuou Osenaldo. 

Recuperação de solos
A chuva é uma das maiores riquezas, senão a maior preciosidade do sertanejo. No entanto, as águas que caem do céu não trazem apenas alegrias. "Se não cuidarmos bem da terra, a chuva pode degradar o terreno e causar erosões irreversíveis. Isso acontece quando a água escorre sobre o solo desprotegido, sem vegetação, e leva embora todo o material orgânico. O resultado é devastador porque só ficam os sedimentos das rochas, material que é infértil, e a terra que escorre com a força da água ainda assoreia rios e açudes”, explicou Nilton Oliveira, técnico em agropecuária da Emater.

Em Currais Novos, na região Seridó, o órgão vem desenvolvendo um projeto bem sucedido de recuperação de solo, é o chamado ‘Terra Viva’. “É o segundo aqui no estado. Em Apodi, na região Oeste, existe um projeto pioneiro que foi iniciado há 16 anos. Aqui em Currais Novos, faz um ano que lutamos para recuperar uma área que estava se tornando degradada. Hoje, o resultado da nossa intervenção já é bem visível. Não é fácil recuperar um solo degradado. É um trabalho a longo prazo. Por isso a importância da prevenção”, destacou Nilton.

O terreno que está sendo recuperado é um declive de 180 hectares que fica numa comunidade chamada Trangola. No local, residem 11 famílias. “A terra dessas pessoas já estava ficando totalmente degradada, sem serventia alguma. Para iniciarmos a recuperação, retiramos todas as rochas, replantamos espécies nativas de vegetação e começamos a nivelar o solo para que a água da chuva não levasse mais a terra embora. Para isso, construímos barramentos secos em forma de arco romano e renques, que são cordões de pedras em curva de nível”, revelou.

“Tudo o que foi feito evita a desertificação do solo, impede que a matéria orgânica escoe juntamente com a água das chuvas para dentro dos leitos dos rios e açudes e ainda segura a terra sobre o solo. Com a terra firme, a água infiltra e fertiliza o terreno”, acrescentou o técnico da Emater.

Luís José Neto é presidente da Associação dos Agricultores familiares do Sítio Trangola. Satisfeito com o resultado do projeto, ele fez questão de enaltecer o trabalho desenvolvido pela Emater. “O Terra Viva garante a qualidade das nossas terras e também o nosso sustento. Antes, a água da chuva deixava a terra sem serventia. Agora, com o terreno fértil por conta da terra umedecida, nossa lavoura melhorou”, agradeceu.

Maior seca da história
Desde 2011 que o sertanejo potiguar sofre com a falta de boas precipitações. Dos 167 municípios do estado, 153 estão em situação de emergência por causa da escassez de água. É a pior seca da história do Rio Grande do Norte, segundo o próprio governo. Atualmente, 14 cidades estão em colapso e 77 desenvolveram sistemas de rodízio para o abastecimento da população (veja listas completas no final desta matéria).

As chuvas que caíram no início do ano renovaram os ânimos, mas não cerraram as angústias. Mudanças, só na paisagem. A água transformou o cenário acinzentado em um verde exuberante, a chamada 'seca verde'. Comum no semiárido nordestino, o fenômeno caracteriza-se pela abundância da vegetação, apesar de um período longo sem água.

Ao renovar a situação de emergência por mais 180 dias em março deste ano – a sexta vez seguida desde março de 2013 – o governo do estado ressaltou que a pecuária havia perdido mais de 135 mil cabeças de gado de 2012 a 2015, e que entre 2012 e 2014 houve uma redução de 65,79% na produção de grãos (milho, arroz, feijão e sorgo).

Chuvas normais em 2017
O homem do campo pode ficar otimista para 2017? Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), órgão responsável pelas previsões climáticas no estado, a resposta é sim.

Meteorologista da Emparn, Gilmar Bistrot explicou que até o final de 2016 as chuvas continuarão abaixo do normal no litoral. “Em junho, por exemplo, o acumulado foi de 100 milímetros, muito pouco para o período. E isso se repetirá agora em julho, deixando o tempo bastante seco. Já para o interior, cuja seca já está confirmada mesmo, a esperança é mesmo para 2017. O tempo deve começar a melhor ainda em dezembro deste ano, tendo a situação das chuvas normalizada durante todo o ano que vem”, afirmou Bistrot.

O RN possui dois calendários pluviométricos bem distintos. Um deles envolve o litoral Leste, cujo período chuvoso começa em maio e se estende até meados de setembro. Toda a Grande Natalestá nesta área. Já para o semiárido, território que compreende até 97% dos municípios, o período chuvoso é mais curto. Começa ainda no final de dezembro, chega até o início de janeiro e logo é interrompido. Depois, as precipitações voltam no final de fevereiro e seguem até meados de março. É assim todos os anos.

“O problema é quando as chuvas ficam abaixo da média, o que vem acontecendo há cinco anos”, ressalta Mairton França, secretário estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. “Desde que passamos a monitorar as chuvas, há 450 anos, o estado já enfrentou 116 períodos de longas estiagens. Não estamos vivendo a mais longa, mas certamente é a mais severa”, frisou.

Municípios em situação de emergência
Acari, Assu, Afonso Bezerra, Água Nova, Alexandria, Almino Afonso, Alto dos Rodrigues, Angicos, Antônio Martins, Apodi, Areia Branca, Baraúnas, Barcelona, Bento Fernandes, Bodó, Brejinho, Boa Saúde, Bom Jesus, Caiçara do Norte, Caiçara do Rio do Vento, Caicó, Campo Redondo, Caraúbas, Carnaúba dos Dantas, Carnaubais, Ceará-Mirim, Cerro-Corá, Coronel Ezequiel, Campo Grande, Coronel João Pessoa, Cruzeta, Currais Novos, Doutor Severiano, Encanto, Equador, Espírito Santo, Felipe Guerra, Fernando Pedroza, Florânia, Francisco Dantas, Frutuoso Gomes, Galinhos, Governador Dix-Sept Rosado, Grossos, Guamaré, Ielmo Marinho, Ipanguaçu, Ipueira, Itajá, Itaú, Jaçanã, Jandaíra, Janduís, Japi, Jardim de Angicos, Jardim de Piranhas, Jardim do Seridó, João Câmara, João Dias, José da Penha, Jucurutu, Jundiá, Lagoa Nova, Lagoa Salgada, Lagoa D’Anta, Lagoa de Pedras, Lagoa de Velhos, Lajes, Lajes Pintadas, Lucrécia, Luís Gomes, Macaíba, Major Sales, Marcelino Vieira, Martins, Messias Targino, Montanhas, Monte das Gameleiras, Monte Alegre, Mossoró, Macau, Nova Cruz, Olho D’Água do Borges, Ouro Branco, Passagem, Paraná, Paraú, Parazinho, Parelhas, Passa e Fica, Patu, Pau dos Ferros, Pedra Grande, Pedra Preta, Pedro Avelino, Pedro Velho, Pendências, Pilões, Poço Branco, Portalegre, Porto do Mangue, Pureza, Serra Caiada, Rafael Fernandes, Rafael Godeiro, Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Riachuelo, Rodolfo Fernandes, Ruy Barbosa, Santa Cruz, Santa Maria, Santana do Matos, Santana do Seridó, Santo Antônio, São Bento do Norte, São Bento do Trairi, São Fernando, São Francisco do Oeste, São João do Sabugi, São José de Mipibu, São José do Campestre, São José do Seridó, São Miguel do Gostoso, São Miguel, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Rafael, São Tomé, São Vicente, Senador Elói de Souza, Serra Negra do Norte, Serra de São Bento, Serra do Mel, Serrinha dos Pintos, Serrinha, Severiano Melo, Sítio Novo, Taboleiro Grande, Taipu, Tangará, Tenente Ananias, Tenente Laurentino Cruz, Tibau, Timbaúba dos Batistas, Touros, Triunfo Potiguar, Umarizal, Upanema, Várzea, Venha-Ver, Vera Cruz e Viçosa.

Municípios em colapso
Almino Afonso, Antônio Martins, Francisco Dantas, Frutuoso Gomes, João Dias, Luiz Gomes, Marcelino Vieira, Martins, Paraná, Pilões, Rafael Fernandes, São Miguel, Serrinha dos Pintos e Tenente Ananias.

Municípios em rodízio
Já os municípios que enfrentam racionamento e estão em rodízio são: Acari, Afonso Bezerra, Água Nova, Alto do Rodrigues, Angicos, Assu, Barcelona, Bodó, Caiçara do Rio do Vento, Caicó, Campo grande, Carnaúba dos Dantas, Carnaubais, Cerro Corá, Coronel João Pessoa, Cruzeta, Currais Novos, Doutor Severiano, Encanto, Equador, Espírito Santo, Fernando Pedrosa, Florânia, Guamaré, Ielmo Marinho, Ipanguaçu, Ipueira, Itaú, Janduís, Jardim de Angicos, Jardim de Piranhas, Jardim do Seridó, José da Penha, Jucurutu, Lagoa de Velhos, Lagoa Nova, Lajes, Lucrécia, Macau, Messias Targino, Olho D’água do Borges, Ouro Branco, Paraú, Parelhas, Passagem, Pedro Avelino, Pendências, Portalegre, Rafael Godeiro, Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Riachuelo, Rodolfo Fernandes, Ruy Barbosa, Santa Maria, Santana do Matos, Santana do Seridó, São Fernando, São Francisco do Oeste, São João do Sabugi, São José do Seridó, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Rafael, São Tomé, São Vicente, Severiano Melo, Taboleiro Grande, Tenente Laurentino, Timbaúba dos Batistas, Triunfo Potiguar, Umarizal, Venha-Ver e Viçosa.

Fonte: G1 - RN

Macieiras são exigentes para atingir produção

Fique atento com as condições térmicas e técnicas de manejo para boa frutificação


A produção agrícola é determinada por vários fatores, inclusive inerentes à própria espécie. Entre as cultivares de macieira, a maioria possui elevado grau de autoincompatibilidade, o que resulta em dificuldades de frutificação para plantas isoladas. A fertilização de macieira ocorre quando há duas cultivares no ambiente e com coincidência de florada, realizando a polinização cruzada e, consequentemente, a fixação de frutas. Embora muito variável entre as cultivares disponíveis, a macieira também necessita de um acúmulo de horas de frio para produzir, exigência que nem sempre é alcançada se a região do plantio não contar com condições térmicas adequadas para a espécie. Nesse caso, a frutificação dependerá da escolha de cultivares de baixa demanda em frio, além da adoção de técnicas de manejo complementares. Assim, recomenda-se verificar se essas peculiaridades da macieira estão sendo satisfeitas, incluindo ainda outros aspectos, como nutricionais, os quais a presença de um profissional da área agrícola pode ser determinante para sanar o problema.

CONSULTOR: JOSÉ EMÍLIO BETTIOL NETO, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tel. (11) 4582-7284, bettiolneto@iac.sp.gov.br

Fonte: Globo Rural

Grupo de trabalho vai elaborar propostas de ajustes ao seguro rural

A proposta de ajustes do seguro deverá ser apresentada pelo grupo em 90 dias


O Ministério da Agricultura criou um grupo de trabalho, com representantes do setor agropecuário, das instituições financeiras, seguradoras e do governo, para elaborar propostas de ajustes ao atual modelo de seguro rural. A proposta de ajustes do seguro deverá ser apresentada pelo grupo em 90 dias. Portaria que prevê o trabalho foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira (20/7).

Fazem parte do grupo de trabalho Alysson Paulinelli, da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Vitor Ozaki, do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, da BM&FBovespa, Pedro Loyola, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Dilmar Peri, da Organização das Cooperativas Brasileiras, Pedro Arantes, da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, Wady José Cury, da Federação Nacional de Seguros Gerais, Célio Porto, do Instituto PensarAgro, Geraldo Mafra, da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, e Miguel Almeida, da Federação Nacional das Empresas de Resseguros.

Situação da bananicultura é debatida em Dom Pedro de Alcântara

Na última terça-feira (19/07), a Emater/RS-Ascar de Dom Pedro de Alcântara realizou o Encontro Municipal para Organização e Comercialização, dirigido aos bananicultores do município, com o objetivo de promover o debate sobre a atual conjuntura da cultura da banana, principalmente no que tange à comercialização. O encontro foi no Salão de Hilários, gentilmente cedido pela comunidade, e coordenado pelos extensionistas da Instituição, Paulo Dalpiaz e Tatiane Bohrer, com a participação, como palestrantes, de dois assistentes técnicos Regionais da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre. 

A agrônoma da Emater/RS-Ascar, Adriane Benedetti, falou sobre Agricultura Familiar e Mercado Institucional, as possibilidades de comercialização individualmente e em grupos, destacando que o Litoral Norte é a região produtora de banana do RS e que pode fornecer para todo o Estado, bastando a organização e a união dos agricultores. Já o agrônomo da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar, Marcelo Cotrim, explicou o que é associação e o que é cooperativa, principais diferenças e os prós e contras. Cotrim destacou que o objetivo de ambas é desenvolver projetos coletivos, defendendo interesses dos associados, com união, justiça, liberdade, autonomia, participação, autodeterminação, aprendizado e solidariedade. 

Na segunda parte do Encontro, o representante da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafit), Charles Lima, fez uma explanação da situação do cooperativismo e associativismo no Litoral Norte e contou a experiência vivenciada pelos agricultores que são sócios da Coomafit e analisou as dificuldades encontradas e as melhorias alcançadas com a união em busca dos objetivos. 

Ao final, ocorreu debate com a participação dos agricultores, que aproveitaram para tirar dúvidas, questionar e definir como encaminhamento a formação de uma comissão, que contará com a participação de 15 agricultores.

Tatiana salienta que o evento foi encerrado com a certeza de que foi lançado o primeiro desafio de vários que virão, pois uma Cooperativa ou Associação é feita de desafios e de união, que é a forma de desenvolvimento coletivo. 

Fonte: Emater - RS

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Balança comercial brasileira é impulsionada pelo Agronegócio

O agronegócio exportou US$ 45 bilhões no primeiro semestre, puxando a balança comercial brasileira. Com aumento de 4% em relação aos primeiros seis meses de 2015, o setor é responsável por 49,9% de tudo que o país vendeu para o exterior no período, segundo o Ministério da Agricultura. O superávit foi de quase US$ 39 bilhões. Ou seja: as exportações superaram as importações.

"A grande oportunidade que o Brasil tem de arrumar as suas contas e acelerar a saída da crise que nós estamos, economicamente, é pelo agro. Então, nós temos que pegar a mala, viajar pelo mundo e pedir que os países autorizem e ampliem a compra de produtos brasileiros", analisa o ministro da Agricultura Blairo Maggi.

O complexo soja, composto por farelo, grão e óleo, foi o principal responsável por esse crescimento. A quantidade exportada foi recorde para o semestre: 38,5 milhões de toneladas - crescimento de 19% em comparação com o mesmo período de 2015.

As carnes também se destacaram. O principal produto foi a carne de frango. Os embarques chegaram a 2 milhões de toneladas, uma alta de 14,7%.

No setor de cereais, o milho ficou com 85% das vendas. No último semestre, foram US$ 2 bilhões, alta de 104%.

Já o café não teve bom desempenho. As exportações alcançaram a cifra de US$ 2,4 bilhões, o que representa uma queda de 24,4%.

Os principais parceiros comerciais do Brasil no agronegócio estão concentrados na Ásia. A China está comprando mais soja e carne bovina do país. Os chineses ficaram com 30% de tudo que vendemos: compraram US$ 13,5 bilhões no primeiro semestre. Japão, Coréia do Sul e Paquistão também ajudaram a balança comercial a fechar no positivo.

Se não fosse o agronegócio, nossa balança comercial no primeiro semestre estaria no vermelho em mais de US$ 15 bilhões.

Fonte: G1

Jabuticaba e tomate estão mais em conta, diz Ceagesp

Outros preços em baixa são mandioca, laranja, mamão e cebola.
Melancia, uva niágara, morango e pinha estão mais caros.



A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) divulgou a lista de produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta nesta semana. Veja abaixo:

Preços em baixa
Jabuticaba, manga tommy, mamão papaia, mamão formosa, tangerina poncam, melão amarelo, abacate margarida, carambola, laranja pera, laranja lima, jaca, coco verde, tomate carmem, batata doce rosada, beterraba, cenoura, gengibre, inhame, mandioca, abóbora moranga, rúcula, couve manteiga, alho porró, repolho, acelga, nabo, cenoura c/ folha, salsa, cebolinha, milho verde, cebola nacional e canjica.

Preços estáveis
Laranja seleta, manga palmer, banana nanica, atemoia, maracujá azedo, limão taiti, abacate fortuna, caju, lima da pérsia, acerola, graviola, cara, batata doce amarela, tomate pizza d’oro, abóbora japonesa, abóbora paulista, beterraba com folha, alfaces, escarola, coentro, brócolis comum, erva doce, couve-flor, brócolis ninja e batata lavada.

Preços em alta
Melancia, uva niágara, morango, pinha, figo roxo, goiaba vermelha, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, abóbora seca, abobrinhas italiana e brasileira, pimentões vermelho e amarelo, chuchu, ervilha torta, quiabo liso, mandioquinha, vagem macarrão, rabanete, espinafre, alho argentino e ovos.

Fonte: G1 AGRO

Delegação caribenha visita Unidade para Transferencia de Tecnologias em coco

A Embrapa Tabuleiros Costeiros recebe visita técnica internacional de delegação do Caribbean Agricultural Research and Development Institute – CARDI interessada em transferência de tecnologias em pesquisa na cultura do coqueiro. 

A visita ocorre de 18 a 23 de julho e engloba palestras e visita no campo experimental de Itaporanga d´Ajuda como também na empresa especializada em coco Aurantiaca, no município de Conde, Bahia. 

O objetivo é a difusão, troca de experiências, capacitação e transferência de tecnologias através do diálogo e apresentação das ações de pesquisas desenvolvidas pela nossa Unidade sobre a cadeia produtiva do coco.

Fazem parte da delegação Maurice Wilson, do CARDI, pesquisador em agronegócio, líder do grupo, Wayne Myrie, pesquisador da área genética da Jamaica Coconut Industry Board, especialista em germoplasma, Kurt Dougan, agrônomo do Ministério da Agricultura de São Vicente e Granadinas, responsável por programas sobre a cultura do coco, e Soesila Udit-Ramoutar, pesquisadora do Ministério da Agricultura do Suriname, envolvida com germoplasma e melhoria de variedades. 

O chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Marcelo Ferreira Fernandes, coordena a visita com equipe técnico-científica composta dos pesquisadores Francisco Elias, Fernando Cintra, Humberto Rollemberg, Joana Ferreira, Lafayette Sobral, Dulce Warwick, Ronaldo Souza Resende, Semíramis Rabelo, Inácio de Barros, Cleso Pacheco e Emiliano Fernandes. O analista José Guedes está acompanhando a comitiva como intérprete. 


PROGRAMAÇÃO


ATIVIDADE 

COORDENADOR


19/07/2016


8:00 – 17:00 

Aurantiaca – Frisk Farm


José Guedes de Sena Filho;

Dra Joana Ferreira,

Dr. Humberto Rolemberg


20/07/2016


08:00 – 08:30 

Boas-vindas - Chefias Geral e Chefia de P&D 

Dr. Manoel Moacir

Dr. Marcelo Fernandes.


08:30 – 10:00 

Cadeia de valor do coqueiro 

Dr. Humberto Rolemberg


Intervalo(15')


10:15 – 11:45 

Manejo de Pragas 

Dra Joana Ferreira,


14:00 – 15:30 

Manejo de cobertura Vegetal 

Dr. Fernando Cintra


16:00 – 17:00 

Sustentabilidade da Produção 

Dr. Inácio Barros


21/07/2016


08:30 - 10:00 

Recursos Genéticos do Coqueiro 

Dra. Semíramis Ramos 


10:15 – 11:45 

Melhoramento Genético do coqueiro 

Dr. Francisco Elias Ribeiro

Dr. Emiliano Fernandes

Dr. Cleso Pacheco


13:45 – 15:15 

Nutrição do coqueiro (FertOnline) 

Dr. Lafayette Sobral


15:30 – 17:00 

Manejo de Doenças 

Dra. Dulce Warwick


22/07/2016


8:00 – 17:00 

Visita2 ao Campo Experimental de Itaporanga 

Dra. Semíramis Ramos ;

Dr. Francisco Elias ;

Dr. Emiliano Fernandes.


Ivan Marinovic Brscan (MTb/DF 1634/09/58) 

Parceria busca apoiar pesquisas em segurança da informação aplicada à agricultura

A Embrapa Informática Agropecuária e o Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), órgão de direção setorial do Exército Brasileiro, estão discutindo como firmar uma parceria com o objetivo de desenvolver pesquisas conjuntas em segurança da informação e criptografia aplicada ao conhecimento gerado pela pesquisa agropecuária. Para isso, representantes das duas instituições participaram de reuniões em Campinas (SP), nos meses de maio e julho, visando à discussão dos termos de uma cooperação técnico-científica.

O comandante de Defesa Cibernética, general de divisão Paulo Sérgio Melo de Carvalho, acompanhado pelo coordenador da Renasic, coronel Antônio Carlos Menna Barreto Monclaro, visitou a Embrapa Informática Agropecuária, em 13 de julho, para conhecer as pesquisas que estão em andamento e a infraestrutura computacional existente. Durante a visita, a chefe-geral, Silvia Massruhá, com apoio de uma equipe técnica, apresentou os principais resultados obtidos pela Unidade em 30 anos de atuação.

Por meio dessa cooperação, pretende-se criar um Laboratório de Segurança de Informação da Rede Nacional de Segurança da Informação e Criptografia (Renasic) na Embrapa Informática Agropecuária. A parceria buscará, ainda, desenvolver pesquisas e garantir um ambiente seguro aos dados sensíveis armazenados na Unidade, de acordo com o pesquisador Alexandre de Castro, que lidera a iniciativa na Empresa.

Este laboratório funcionará como um polo da Renasic e será responsável por promover a pesquisa e o desenvolvimento de soluções em defesa cibernética, voltadas aos sistemas SIC (Segurança de Informação e Comunicação) e da Segurança Cibernética, baseadas em algoritmos criptográficos proprietários de Estado. As ações de cooperação estão alinhadas à "Estratégia de Segurança da Informação e Comunicações e de Segurança Cibernética da Administração Pública Federal 2015 – 2018".

Outra iniciativa dessa futura cooperação envolve o teste, pelo Núcleo de Tecnologia da Informação da Embrapa Informática Agropecuária, de ferramentas da Renasic e do ComDCiber usando dados existentes na Empresa. Também haverá a participação de empregados da Unidade em capacitações e eventos relacionados ao sistema SIC, como no treinamento do Simulador de Operações Cibernéticas do Exército (Simoc), e em outros cursos promovidos pela Escola Nacional de Defesa Cibernética, em Campinas.

"A ideia é que, no futuro, após esta atividade exploratória de pesquisa, consigamos identificar ferramentas que possam ser utilizadas nas demais Unidades da Embrapa, contribuindo para a melhoria da segurança da informação na Empresa", comenta Silvia Massruhá.

Nadir Rodrigues (MTb/SP 26.948) 

Vem aí o suco expresso?

Gigantes como Coca-Cola e PepsiCo investem no desenvolvimento de máquinas caseiras que fazem sucos de frutas com uso de cápsulas. Uma nova tendência de consumo que promete mexer com o mercado de bebidas


Há pouco mais de 20 anos o lançamento de máquinas que permitiam produzir café em casa, utilizando cápsulas, deu uma nova dinâmica para o mercado dessa bebida. Uma revolução que pode estar chegando aos sucos de frutas. Isso porque algumas das principais empresas engarrafadoras, como PepsiCo e Coca-Cola, estão investindo

no desenvolvimento de máquinas semelhantes às de café expresso, mas que permitam fazer chás, refrigerantes e sucos em casa. Uma nova tendência de consumo que deverá trazer mudanças para esse mercado. No caso do suco de laranja, uma bebida com ocasiões de consumo bem definidas e muito sensível à mudança de comportamento do consumidor, a dúvida é se as máquinas serão um novo canal de vendas ou um concorrente para o produto.

Na briga por esse novo segmento, a Coca-Cola Company deu o primeiro passo ao firmar parceria com a Keurig Green Mountain, fabricante de cafés e chás e concorrente da Nespresso. Juntas, as empresas desenvolveram uma máquina para cápsulas de bebidas frias, incluindo parte do portfólio da Coca. A novidade, batizada de Keurig Kold, foi lançada no mercado norte-americano no ano passado, é capaz de servir água com gás, refrigerantes, sucos e espumantes. Segundo a empresa, a parceria está em linha com a crescente demanda dos consumidores por variedade e funcionalidade, “uma vez que fornece uma forma conveniente para desfrutar as marcas que eles gostam, através da preparação em casa, mantendo um sabor perfeito o tempo todo”.

O troco da PepsiCo veio com a parceria com a SodaStream, empresa especializada no desenvolvimento de máquinas e cápsulas. Depois de uma série de testes de protótipos de máquinas em pequenas redes varejistas da Flórida, a empresa lançou a linha HomeMade, que disponibiliza parte de suas bebidas em cápsulas. 

O anúncio da entrada das duas companhias no mercado de máquinas caseiras acontece em um momento estratégico para ambas, já que o consumo de refrigerantes vem sofrendo leve queda diante do apelo crescente pelo consumo de bebidas mais saudáveis. “Este investimento é uma forma eficiente de a Coca-Cola Company entrar em novas categorias de produtos, diversificar o seu portfolio e angariar novo posicionamento de varejo e de embalagens”, afirmou a companhia por meio de nota.

Essa tendência não se restringe ao mercado americano e europeu. No Brasil, a venda de máquinas para fazer suco já é uma realidade. A primeira máquina do tipo a desembarcar no país foi a B.Blend, fruto de uma joint venture entre as empresas, Whirlpool e Ambev. A máquina prepara bebidas quentes e frias, incluindo refrigerantes, sucos, néctares e cafés. Já a PepsiCo colocou no mercado brasileiro seu kit Drinkfinity, composto por uma garrafa reutilizável e cápsulas que, misturadas a água, viram energéticos, isotônicos e bebidas frias à base de cafeína. Por enquanto, as cápsulas não produzem suco e nem o refrigerante da Pepsi, mas a possibilidade não está descartada. "O Drinkfinity é uma plataforma, e o que temos hoje é apenas a primeira expressão de suas possibilidades", diz Hernan Marina, diretor da marca.

Resta esperar para saber quais reflexos as cápsulas de suco trarão para o mercado internacional de sucos de frutas.

Fonte: CitrusBR

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Mercado distribuidor de insumos agropecuários movimentou cerca de R$34 bilhões, em 2015

O mercado de distribuição de insumos agropecuários movimentou, em 2015, cerca de R$ 34 bilhões, entre fertilizantes, produtos de nutrição vegetal e medicamentos veterinários. Segundo informação da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), que participou na manhã desta segunda-feira (18/07) da reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da qual a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) faz parte.

Segundo a ANDAV, por ano, são realizadas mais de 10 milhões de visitas ao campo pelos distribuidores, oferecendo produtos, serviços, crédito e suporte técnico aos produtores rurais. Porém, observa a associação, as tendências para 2017 mostram que o ano será bastante desafiador, em razão do momento político e econômico. Hoje, a entidade emprega mais de 50 mil profissionais e é responsável por 70% da comercialização de insumos no país.

Também, durante a reunião, o economista Fábio Dutra da BMF fez apresentação da atuação do Mercado de Capitais, informando origens dos recursos de crédito e quais as principais fontes de financiamento. De acordo com o economista, 73,1% dos financiamentos aos produtores rurais foram realizados pelo BNDES.

Agrônomos apostam na internet para difundir tecnologia agrícola

Os técnicos e produtores rurais brasileiros têm um novo canal para se atualizar. Depois de realizarem dias de campo por quatro anos, no interior do Paraná, um grupo de engenheiros agrônomos quer agora ser referência em educação à distância no agronegócio, realizando eventos e cursos online, através de uma plataforma criada especificamente para esta finalidade.

O 1º CBOA - Congresso Brasileiro Online de Agricultura - (www.cboa.com.br), que ocorrerá entre os dias 7 e 13 de agosto, marca a segunda fase do Portal Ciência do Solo. Com 33 palestras gratuitas em vídeo, datas e horários determinados, o CBOA está sendo viabilizado com recursos próprios e de patrocinadores. É totalmente gratuito e conta com a participação de pesquisadores renomados no Brasil. Com o tema “Bem-vindo à agricultura do futuro”, o Congresso vai analisar cenários econômicos e tendências de mercado, logística, inovação e tecnologia no agronegócio, manejo do solo e da adubação, sistemas integrados de produção agropecuários e proteção de cultivos.

Segundo Luis Tadeu Jordão, co-fundador do Portal Ciência do Solo, organizador do CBOA, são muitas as vantagens de um evento online. “Primeiro, não precisa de espaço físico. Isso significa que não tem dificuldade em escolher a cidade para a realização nem ter de se preocupar com deslocamento de palestrantes, por exemplo. Sem contar no conforto e flexibilidade aos participantes que podem assistir ao congresso de onde estiver, via computador, tablet ou smartphone", afirma. Com o investimento realizado na plataforma, milhares de usuários podem assistir às palestras simultaneamente.

Fundado em 2010, inicialmente o Portal Ciência do Solo possuía o formato de site para a divulgação de resultados de pesquisas e de dias de campo realizados em sua área experimental própria, em Maringá (PR). Esses Dias de Campo ganharam apoio de instituições como a Embrapa Soja, ESALQ/USP, UNESP e Fundação MT.

Em 2015, os empreendedores perceberam que poderiam utilizar a plataforma para expandir seu público e criar um negócio. “Tivemos que transferir um Dia de Campo da fazenda para um auditório porque choveu. No auditório, o espaço era limitado, tentamos restringir o público a 200 pessoas, mas no dia do evento apareceram 260 produtores rurais. Ficamos felizes pela valorização do nosso trabalho, mas insatisfeitos por não conseguir acomodar com conforto todo o pessoal. Então notamos que para atingir um público maior, o uso da internet poderia nos dar velocidade e escalabilidade, explica Luiz Tadeu Jordão, fundador da plataforma, que atualmente conclui doutorado em Purdue University, Indiana, EUA.

Inscrição fácil
Para participar do 1º Congresso Brasileiro Online de Agricultura (CBOA), é preciso apenar cadastrar um e-mail válido e aguardar uma mensagem da organização confirmando a inscrição. O e-mail funcionará como login do usuário para assistir as palestras. Em cada dia do Congresso, os participantes receberão mensagens com aviso do horário e tema a ser abordado. O 1º CBOA conta com o patrocínio prata da Fortgreen e bronze da Produquímica.

Serviço
1º Congresso Brasileiro Online de Agricultura é gratuito, mas as vagas são limitadas. O evento será realizado entre os dias 7 e 13 de agosto na plataforma online do Portal Ciência do Solo www.cboa.com.br. A programação se inicia às 15h (Brasília) do dia 7.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Cooperativa do Paraná conquista suíços

Nas prateleiras do supermercado Migros, uma das maiores redes varejistas da Suíça, um suco de laranja brasileiríssimo. O fornecedor, no entanto, não é nenhum gigante da indústria nacional, mas sim uma cooperativa de pequenos e médios citricultores de Paranavaí (PR), a 500 quilômetros de Curitiba. Com o apoio de uma universidade suíça, a Coacipar está exportando sua produção diretamente para a empresa alpina, num movimento crescente chamado de “comércio justo”, que valoriza o pequeno produtor.
Nesta safra, a cooperativa – com 57 membros que juntos plantam 1.200 hectares – vai exportar para a Suíça um total de 2 mil toneladas de suco concentrado de laranja. Lá, o produto é processado pela Bischofszell Nahrungsmittel, fornecedora que faz parte do Grupo Migros, e é transformado em dois tipos de suco: o Gold, considerado premium, e o M-Classic, de qualidade padrão.

“Em 2013, começamos a procurar um parceiro que pudesse entregar suco concentrado de laranja com 100% de rastreabilidade”, afirma Arnold Graf, gerente de produto da Bischofszell. “Estamos muito satisfeitos com a Coacipar, pois nos tornamos realmente parceiros, e não comprador e produtor.”
A ponte da cooperativa com o Grupo Migros, que detém 40% de participação do mercado na Suíça, foi feita por meio da Universidade Saint Gallen, instituição suíça que possui um escritório em São Paulo e organiza intercâmbios com estudantes. O objetivo é que os alunos, que fazem aulas de português antes de vir para o Brasil, não apenas desenvolvam pesquisa, mas criem projetos de gestão com efeitos práticos na comunidade local.

“A gente vem trabalhando com a Coacipar desde 2012, quando ela ainda era um pouco desorganizada e vendia a fruta para o mercado local”, diz Angélica Rotondaro, diretora executiva do escritório da universidade para a América Latina. Na época, a Coacipar, criada como uma associação em 1995, havia acabado de se formalizar como uma cooperativa.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Notícias Secretaria vai aprimorar o programa Mais Alimentos

O secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, José Ricardo Roseno, esteve com as dez entidades nacionais que representam associações e setores industriais de máquinas, veículos, equipamentos e implementos agrícolas, participantes do Mais Alimentos – linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Com oito anos de existência, ela se tornou uma das políticas fundamentais para modernização das propriedades rurais resultando no aumento da produtividade dos empreendimentos familiares. “Temos números bastante significativos que nos respaldam a continuar aprimorando essa linha de financiamento. Estimamos que mais de 80% das operações de crédito sejam voltadas a investimentos na produção rural”, destacou Roseno.

Na safra passada (2015/2016), foram financiados mais de 15 mil tratores por meio do Mais Alimentos. Segundo o secretário, o momento é de fortalecer a ação e as parcerias com as indústrias brasileiras. “Nosso objetivo é normatizar essa relação, regulamentando os procedimentos, os documentos e os critérios de formação e de análise de preços dos produtos disponíveis ao agricultor familiar. Ter uma metodologia de atuação”, afirmou.

Investimento no campo e na cidade

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Affonso Amoretti Bier, a avaliação do Mais Alimentos é extremamente positiva. “Esse programa já foi para nós a ação mais importante no país. Ele surgiu em uma época em que nós, da indústria de máquinas agrícolas, não vendíamos absolutamente nada. A nossa esperança é que o programa recupere a sua vitalidade para que as nossas indústrias continuem produzindo”, ressaltou.

Também participaram do encontro a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás); a Associação Brasileira de Energia Eólica (Aeeólica); a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar); a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo); a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea); e a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

A expectativa é que o grupo se reúna novamente durante a 37ª edição da Expointer, no Rio Grande do Sul, prevista para os dias 27 de agosto a 4 de setembro.

O encontro com o grupo foi na última quinta-feira (15), em Brasília.

/Ascom
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário


Suco de laranja hidrata mais que a água, segundo estudo

Foram analisadas as taxas de hidratação de 13 bebidas, entre elas as bebidas açucaradas do tipo cola, bebidas do tipo cola diet, chá quente, chá gelado, café, cerveja, água com gás e bebidas esportivas, além do suco de laranja, soro, leite desnatado e integral




Leite desnatado, leite integral, suco de laranja e soro ou soluções orais de reidratação foram consideradas as bebidas com uma taxa de hidratação maior que a água. A descoberta veio a partir de um estudo britânico, divulgado pelo Americal Journal of Clinical Nutrition,  a partir da análise de 13 bebidas comuns.

Para medir essa taxa de hidratação, os pesquisadores seguiram o mesmo modelo usado do índice glicêmico, que mede como o organismo responde à quantidade de carboidratos em diferentes alimentos. Da mesma forma, a taxa de hidratação percebe que algumas bebidas permanecem mais tempo no organismo, garantindo uma maior hidratação, do que outras.

A água, mesmo duas horas depois de tomada, ainda permanece no organismo da pessoa, indicando uma taxa de hidratação de 1.0. As demais bebidas foram avaliadas da mesma forma, em comparação 
à água.

Tanto o soro, quanto o leite desnatado, integral e o suco de laranja tiveram uma taxa de hidratação maior que a água. O soro, leite integral e desnatado foram classificados com uma taxa de 1.5, e o suco de laranja de 1.1.
As outras bebidas analisadas não tiveram diferenças significativas da água, como bebidas açucaradas 
do tipo cola, bebidas do tipo cola diet, chá quente, chá gelado, café, cerveja, água com gás e bebidas 
esportivas.

Para conferir os resultados completos do estudo (em inglês) clique aqui.

Brasil terá 1º Congresso Online de Agricultura

Com participação de pesquisadores de instituições públicas e privadas, evento será gratuito e ocorrerá em agosto


Seguindo uma tendência mundial na realização de eventos pela internet, o Brasil terá entre os dias 7 e 13 de agosto o 1º Congresso Brasileiro Online de Agricultura. Organizado pelo Portal Ciência do Solo, plataforma de educação à distância voltado ao setor produtivo, o evento contará com palestras de grandes nomes da agricultura brasileira, entre pesquisadores, consultores e economistas. Com o tema “Bem-vindo à agricultura do futuro”, o congresso vai analisar cenários econômicos, tecnologia, sustentabilidade, manejo, pesquisa e inovação, logística e tendências de mercado.

Ao todo, serão 33 palestras em vídeo, com datas, horários e temas programados. A inscrição é gratuita, mas as vagas são limitadas. Para participar, é preciso apenar cadastrar um e-mail válido e aguardar uma mensagem da organização confirmando a inscrição. O e-mail funcionará como login do usuário para assistir as palestras.

Em cada dia do congresso, os participantes receberão mensagens com aviso do horário e tema a ser abordado. “O participante até pode entrar na plataforma depois do início da palestra, mas terá perdido o conteúdo já transmitido. Esse tipo de evento é tendência aqui nos Estados Unidos e em todas as áreas”, explica Luiz Tadeu Jordão, engenheiro agrônomo e diretor de pesquisa e desenvolvimento do Portal Ciência do Solo, que atualmente conclui doutorado em Purdue University, Indiana, EUA

O 1º Congresso Brasileiro Online de Agricultura conta com o patrocínio prata da Fortgreen e bronze da Produquímica.

Serviço
1º Congresso Brasileiro Online de Agricultura será realizado entre os dias 7 e 13 de agosto na plataforma online do Portal Ciência do Solo www.cboa.com.br .A programação se inicia às 15h (Brasília) do dia 7.

“Brasileiro não gosta da fruta”, mostra pesquisa do Ministério da Saúde

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde aponta que a maior parte dos brasileiros, principalmente adolescentes, não come frutas e hortaliças no dia a dia. Nutricionistas afirmam que deixar de comer frutas pode prejudicar o organismo.



Foto: Arquivo Ibraf


O Ministério da Saúde aponta uma realidade preocupante: na alimentação diária dos brasileiros, principalmente dos adolescentes, não há fruta nem hortaliças. O arroz e o feijão, alimentos considerados saudáveis, estão no topo da lista entre os 20 mais consumidos. As hortaliças aparecem na décima posição. Já as frutas, recomendadas por dez entre dez nutricionistas, não têm lugar na dieta dos brasileiros em fase de crescimento. Depois do arroz e do feijão, aparecem pães, sucos e carnes.

A nutricionista da Unimed de Rio Preto Claudini Sposito, afirma que as frutas são fundamentais e precisam ser consumidas de três a cinco porções diárias de formas variadas. Segundo a especialista, elas fornecem energia, são ricas em carboidratos, minerais, vitaminas e fibras. “A falta destes alimentos pode gerar ganho de peso, falta de vitaminas, causar também insônia, desânimo, fraqueza muscular e até mesmo problemas neurológicos.”

Ainda de acordo com Claudini, é importante inserir as frutas e verduras no cardápio desde criança. “Com certeza as crianças devem ter esse controle em casa e também nas escolas. É importante renovar o cardápio”.

Dados mostram que a obesidade – que atinge 8,4% dos adolescentes – é mais comum entre os meninos (10,8%) do que entre as meninas (7,6%). A nutricionista diz que esta realidade vem mudando. Com essas novas complicações, houve muita procura nos consultórios. “Depois do boom dos produtos industrializados, houve uma atenção maior em relação à boa alimentação. O início de pesquisas sobre o assunto também ajuda nesta melhora.”

A nutricionista Janaína Baptista, também afirma que, mesmo em meio a inúmeras propagandas de alimentos industrializados, os brasileiros estão ficando cada vez mais preocupados e cientes da importância de uma alimentação saudável para manter a saúde, o peso e uma melhor qualidade de vida. Segundo ela, esses alimentos possuem muitos benefícios. Eles são ricos em fibras que aumentam a sensação de saciedade, possuem diversas vitaminas e minerais, auxiliam no funcionamento do intestino, ajudam a hidratar o corpo. “Além disso, ajudam a proteger de diversas doenças como diabetes tipo II, colesterol alto, hipertensão, osteoporose, doenças cardiovasculares e obesidade que infelizmente nos dias de hoje essas doenças acometem não só os adultos, mas também crianças e adolescentes.”

“A falta destes alimentos pode gerar ganho de peso, falta de vitaminas, causar também insônia, desânimo, fraqueza muscular e até mesmo problemas neurológicos”

Fonte: DHoje