quinta-feira, 2 de abril de 2015

Exportações de suco de laranja aumentam no mês de março

Foto: Thinkstock
O Brasil elevou suas exportações de suco de laranja no mês de março, de acordo com relatório divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume embarcado foi de 239,4 mil toneladas com uma receita de US$ 256,4 milhões.

Na comparação com março de 2014 – quando os embarques somaram 109,3 mil toneladas – houve umcrescimento de 119%. A receita com as vendas externas aumentou 109,3%. Um ano atrás, o MDIC tinha registrado faturamento de US$ 122,5 milhões.

Em relação a fevereiro deste ano – quando os embarques somaram 161 mil toneladas – houve um crescimento de 48,69%. A receita com as vendas externas aumentou 58,07%. Em fevereiro, o MDIC tinha registrado faturamento de US$ 162,2 milhões.

Fonte: Globo Rural

Ovos artesanais com frutas secas são nutritivos e custam menos do que se imagina

Confeitaria entra na onda da alimentação saudável e oferece ovo funcional


Foto: Kísie Ainoã
Bonito, gostoso, saudável e custando menos do que se imagina. Ovos de chocolate artesanais fabricados em Campo Grande podem mesmo merecer todos estes adjetivos.

Na Capital, uma pequena fábrica de delícias oferece, inclusive, o chamado ovo funcional – feito à base de chocolate amargo, com menos açúcar e gordura do bem. “Queríamos aproveitar esta onda de procura por coisas mais saudáveis e deu certo”, menciona a proprietária da Swett Confeitaria, a engenheira de alimentos Andressa Sandri. A procura se tornou tão intensa que ela incrementou o produto. Há os ovos que levam frutas secas e um pouco de chocolate ao leite (este considerado um ovo nutritivo). Há ainda a linha diet com pouco teor de açúcar.

O diferencial dos produtos está nos ingredientes. Andressa usa o puro chocolate belga na linha de produção. A clientela aprova. “O sabor é diferente. Além disso, o visual é bonito, parece que foi tudo feito com carinho”, menciona a corretora de imóveis Graziele Mittelstaedt, 29 anos. De fato, o visual caprichado é outro diferencial nos produtos da casa. Há os ovos artísticos, decorados com adesivos comestíveis e ainda o ovo tecido – a novidades deste ano -, embalados em panos coloridos. Quem quiser fazer da entrega de doces um presente permanente, pode optar pelas porcelanas, que a loja encomenda de São Paulo. Na linha de produção, há 14 funcionários fazendo ovos de chocolate, doces, bem casados, cupcakes, bolos decorados e muito mais.

Além da criatividade em cada peça, outra surpresa fica por conta dos preços. Esse tipo de produto chega a custar menos do que o industrializado. O preço dos ovos de chocolate varia de R$ 40,00 a R$ 95,00 (os que tem frutas secas). Os produtos estão disponíveis na loja, localizada na Rua Catumbi, Jardim Bela Vista, e podem ser consultados pela internet através do site ou Facebook da loja.

Fonte: Diário Digital




Tratamento inovador elimina uso de fungicidas e agroquímicos em frutas

Foto: Marcos Vicente
Frutas frescas, livres de resíduos de contaminantes agroquímicos e com maior prazo de validade e comercialização. É o que promove uma nova tecnologia de tratamento pós-colheita desenvolvida pela Embrapa. 

Trata-se de uma combinação nos processos que permite o uso de água quente aspergida em temperaturas mais elevadas que as atuais, seguido do resfriamento em jatos de água fria ozonizada para interromper o processo térmico. 

As frutas também passam por exposição ultravioleta (UV-C) em doses controladas para cada espécie, variedade frutícola, contaminação, e pelo uso de leveduras específicas e extratos vegetais naturais, com efeito residual, para proteção contra a podridão durante armazenagem prolongada. A combinação dos processos ocorre na esteira e garante o eficiente controle de fungos e patógenos que atacam frutas e causam seu apodrecimento.

O novo modelo é considerado opção viável economicamente e segura tecnologicamente para promover a transição de controle da podridão e de microrganismos nocivos à saúde humana, procedimento realizado atualmente à base de fungicidas e agroquímicos, para um sistema que não deixa resíduos nas frutas tratadas.

A tecnologia melhora o padrão de sanidade de todo tipo de frutas, para evitar o apodrecimento causado por fungos e responde às novas exigências do mercado internacional de frutas frescas, abrindo importante filão dedicado à fruticultura brasileira. Ela pode garantir maior penetração da produção brasileira no importante mercado externo de frutas, sobretudo o europeu, destino de aproximadamente 70% das frutas exportadas pelo País. 

O consumidor europeu atual, por exemplo, associa o consumo de frutas a uma vida mais saudável e exige que os alimentos estejam livres de agravantes à saúde e sejam obtidos e processados dentro dos preceitos de sustentabilidade e segurança. Importadores de frutas europeus sinalizam que, em breve, não aceitarão frutas contendo traços de fungicidas ou outros agroquímicos. Até o hipoclorito de sódio, usado para se controlar microrganismos presentes na casca das frutas, está no foco do mercado europeu e pode entrar para a lista de componentes barrados pelo continente. 

O pesquisador Daniel Terao, da Embrapa Meio Ambiente (SP), explica que, comparativamente ao processo de tratamento de frutas em curso, pautado principalmente no uso maciço de fungicidas, o novo sistema é biologicamente mais eficiente e seguro. Verificam-se vantagens consideráveis também no plano qualitativo, por se obter frutas íntegras, sem resíduos químicos, mantendo as melhores características de cor, aroma e sabor.

Sem traços de contaminantes

Segundo Terao, o mercado demanda alternativas mais limpas de controle de doenças causadoras de podridão em frutas. Dessa forma, as pesquisas realizadas na Embrapa buscam estabelecer um padrão de aspectos de sanidade e sustentabilidade diferenciados, o que propicia que as frutas tratadas no novo processo não contenham traços químicos de quaisquer contaminantes. 

O tratamento pode ser aplicado a espécies e variedades de frutas que tenham formato ovalado ou redondo, capazes de rolar pela esteira. 

"O objetivo é viabilizar a parte econômica dos produtores de frutas, em termos de exportação e também para o mercado interno, uma vez que buscam meios de oferecer ao consumidor um produto livre de contaminantes, que pode, eventualmente, causar algum dano à saúde", afirma.

Ainda segundo o pesquisador, o padrão de sustentabilidade se estende também às questões ambientais, já que no tratamento convencional ocorrem descartes, mesmo que involuntários, de resíduos químicos no ambiente, o que não ocorre com a nova tecnologia.

"O que se propõe é disponibilizar uma tecnologia de tratamento de frutas que, embora não promova grandes mudanças e transformações na estrutura da "casa de embalagem" ou pecking house, seja eficiente, amplamente sustentável e com menor demanda energética", explica Terao.

Sanidade diferenciada e maior tempo de comercialização

No processo atual, na maioria das vezes, a água quente de tratamento (por imersão) é usada para tratar toda a colheita do dia, acumula resíduos, esporos de fungos e sujidades. A imersão da fruta a 52ºC, usando a mesma água ao longo do dia, não tem resultado em controle eficiente das doenças pós-colheita de frutas.

No novo modelo, o sistema de imersão das frutas é substituído por jatos de água limpa, reciclada por filtragem. Outra vantagem da aspersão é a possibilidade de se tratar as frutas com temperaturas mais altas, entre 60°C e 70°C, por período curto de tempo, para cada espécie e variedade de fruta, de modo a não alterar suas características, eliminando esporos de fungos.

Os meios físicos, de temperatura e de radiação UV-C, com doses controladas, possuem capacidade de intervir decisivamente no desenvolvimento de fungos causadores de doenças de pós-colheita.

Capaz de atuação direta sobre fitopatógenos ou mesmo na forma de ação indireta, o novo modelo atua sobre a fisiologia da fruta, enquanto retarda os processos bioquímicos de amadurecimento, o que proporciona um aumento significativo na vida útil de comercialização. 

A combinação do uso de leveduras biocontroladoras e de extratos vegetais demonstrou, em testes, controle fitossanitário amplamente satisfatório, o que confirma a tecnologia desenvolvida como alternativa viável aos fungicidas no controle de doenças de pós-colheita de frutas. A tecnologia gerada nas pesquisas traz benefícios diretos aos produtores, exportadores e para todas as atividades ligadas à cadeia de frutas e aos consumidores em geral.

"Obtivemos resultados bastante expressivos com o uso dessa tecnologia, no controle das podridões em diversas frutas, causada por diferentes fungos, nas diversas regiões produtoras, o que nos possibilita sugerir um novo modelo tecnologicamente limpo de tratamento pós-colheita de frutas, excluindo os resíduos tóxicos e os impactos negativos causados pelos fungicidas", explica o pesquisador.

Fonte: Embrapa

Maquinário agrícola não precisará de licenciamento e emplacamento

Proprietários de tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas não estarão mais obrigados a fazer o licenciamento e o emplacamento dos veículos. Esses tratores ficarão sujeitos apenas ao registro único no órgão de trânsito estadual.

Segundo a ministra Kátia Abreu, os principais motivos para a decisão tomada pela presidente Dilma Rousseff são a redução de custos, de procedimentos burocráticos, contribuindo, assim, para a competitividade do agronegócio brasileiro. “A lei deve ser formulada de acordo com a realidade do país. A grande maioria das máquinas agrícola, sequer saem da propriedade”, afirmou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, sobre a medida.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (01), por meio da Medida Provisória nº 673, de 31 de março de 2015, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, que altera o Artigo 115 do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). O documento é assinado pelos ministros Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Gilberto Kassab (Cidades) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

Nova redação do CBT

Segundo a MP, a dispensa de emplacamento e licenciamento vale apenas para o maquinário agrícola que for produzido a partir do dia 1º de janeiro de 2016. A obrigatoriedade do emplacamento para todo o maquinário agrícola, que deveria entrar em vigor em dezembro de 2014, já havia sido adiada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por dois anos – em janeiro de 2017 – a fim de que os proprietários dos veículos pudessem se adequar às novas regras.

De acordo com a nova redação do texto, apenas os aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos de construção ou de pavimentação que transitarem em via pública, estarão sujeitos a registro e licenciamento.

Fonte: Ministério da Agricultura

segunda-feira, 30 de março de 2015

Novos adidos agrícolas são designados pela Presidência da República

Os novos adidos agrícolas, para sete países, foram designados pela Presidência da República. Os decretos estão no Diário Oficial da união desta terça-feira (24). Os escolhidos foram: Márcio Rezende Evaristo Carlos (Bruxelas), Eliana Valéria Covolan Figueiredo (Buenos Aires), Luis Henrique Barbosa da Silva (Genebra-Suiça), Antonio Alberto Rocha Oliveira (Moscou-Rússia), Marcelo de Andrade Mota (Tóquio-Japão), Juliano Vieira (Pretória) e Luiz Cláudio de Santana e Caruso (Washington-EUA). Essa foi a terceira seleção organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para preencher os postos nas embaixadas do Brasil nos respectivos países.

“A designação dos adidos é motivo de comemoração. Eles são essenciais para o desenvolvimento dos negócios do Brasil no exterior”, afirmou a ministra Kátia Abreu.
O adido agrícola é um especialista em agronegócio que assessora o embaixador nas questões que envolvem o comércio bilateral de produtos agrícolas e colhem informações sobre questões econômicas importantes que subsidiam o Mapa.

Entre as atribuições mais importantes dos adidos estão a busca por melhores condições de acesso de produtos do agronegócio brasileiro; estudo de políticas agrícolas e legislações de interesse da agricultura do Brasil; monitoramentos de possíveis modificações nas políticas sanitárias e fitossanitárias de outros países; participação em eventos sobre assuntos de interesse do agronegócio brasileiro e acompanhamento de ações de cooperação na área agrícola, incluindo políticas brasileiras de combate à fome e de desenvolvimento rural. 

Seleção

Os adidos agrícolas são escolhidos por meio de um processo de seleção conjunta, com um Comitê de Seleção designado pelos ministros da Agricultura e das Relações Exteriores. Eles devem ser servidores de carreiras profissionais do Mapa, compatíveis com a função, seja na administração direta ou indireta. O processo envolve avaliação curricular, exame de línguas e entrevistas.

Para a última seleção, mais de 100 candidatos se inscreveram e foram aprovados três candidatos por vaga. A decisão final sobre as indicações foi tomada pelo Ministério da Agricultura e encaminhada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) e à Presidência da República.

O prazo de permanência dos adidos, conforme o Decreto nº 6464, de 27 de maio de 2008, é de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos, após avaliação conjunta do Mapa e MRE. A primeira seleção ocorreu em 2009 para oito países: Bruxelas, Buenos Aires, Genebra, Moscou, Pequim, Pretória, Tóquio, Washington. A segunda seleção foi feita em 2013 apenas para Pequim.

Fonte: Ministério da Agricultura

Frutas exóticas ganham espaço nos sítios de Jundiaí

Foto: Rui Carlos
Cores, aromas, texturas e sabores diferenciados são os atrativos das frutas exóticas, não só para os produtores como para os consumidores. O comércio, ainda não tão explorado, é encarado como nicho de mercado para alguns produtores rurais de Jundiaí que se aventuram em cultivar frutas que não têm ‘tradição‘ na cidade. Com resultados animadores, eles projetam ampliar as áreas cultivadas.

A procura pelas frutas exóticas, segundo Ciomar Meloni, 33 anos, vendedor em uma banca especializada em frutas em Jundiaí, tem relação com a valorização desses produtos no mercado. "As amoras e framboesas, por exemplo, ganharam fama após a chegada das lojas especializadas em bolos, que as utilizam para a cobertura. Outras têm apelo medicinal, por isso se destacam no comércio", explica. Jundiaí já conta com a produção comercial de atemoia, dekopon, pitaya, figo-da-índia, lichia, carambola e maracujá-doce.

A uva niagara deixou de ser a única cultura do sítio de Antonio Roberto Losqui há mais de uma década. Lá, agora, são encontradas uva, goiaba, pêssego e caqui, além de seriguela, carambola e pitaya em produção comercial. As variedades abiu e canistel ainda estão em fase de teste. "As frutas exóticas têm grande potencial econômico. A seriguela, por exemplo, só é encontrada em grande produção no nordeste. Nossa intenção é suprir a demanda com frutas frescas em embalagens de fácil manuseio para o consumidor", comenta. A área plantada da fruta é de aproximadamente 3 mil metros, com 150 pés, que produzem aproximadamente 100 quilos por planta.

Assim como a seriguela, a carambola está em plena produção no sítio. As plantas de abiu e canistel ainda não estão produzindo e a intenção do agricultor é usá-las em áreas de proteção permanente (APP) que precisam de recuperação. "Essas frutas são extremamente doces e como são perenes, são boas opções para ampliar a renda do sítio", argumenta.

Outro fruto exótico que ganha espaço em Jundiaí é o figo-da-índia. Nos estados do semi-árido brasileiro, suas folhas servem de alimento para os animais em época de seca. A planta sempre existiu - de forma tímida - nos sítios jundiaienses, mas não era explorada comercialmente. No bairro da Toca, o agricultor Osvaldo de Almeida, 61 anos, manteve um pé da figueira na propriedade plantado pelos primeiros parentes que moraram nas terras.

"O figo-da-índia estava aqui desde a época dos meus avós, mas até 12 anos atrás, nunca havíamos pensado em vender", conta. Com a implantação de uma banca de frutas da família no terminal da Colônia, a fruta caiu no gosto dos fregueses. "Agora temos 300 pés. É uma cultura que não precisa de tanto cuidado. Só fazemos a roça com maquinário duas vezes ao ano", conta. A colheita é um pouco complicada, exige cuidado, já que as folhas possuem espinhos, mas os ganhos são atrativos. Sem custos, cada fruto foi comercializado por R$ 1, no sítio. 

Já no sítio de Vagner Antonio Marquezin, a exótica que traz bons resultados é a dekopon, uma espécie de poncã sem sementes. Os 500 pés em produção rendem por safra, em média, 8 caixas de (20 quilos cada) de frutas por pé.

"É uma planta que produz bem, mas é delicada", explica, lembrando que a cultura divide espaço com o limão taiti, poncã, murcote, três variedades de pêssego, goiaba, uva e milho. O único entrave que o produtor vê para a fruta é ela ser colhida na mesma época em que a concorrente poncã, mais em conta. "Para driblar é preciso trabalhar diferente o produto, que não tem sementes e tem as frutas maiores, entre 500 gramas a 700 gramas cada", explica.

Produção
Em plena produção, os mais de 200 pés de pitaya que João Brunelli, 60 anos, cultiva agradaram o produtor rural, que conheceu a fruta em uma visita ao Mercado Municipal de São Paulo, há alguns anos.

"Na época o quilo da fruta custava R$ 60. Fiquei interessado, procurei saber mais sobre ela e plantei, em forma de teste. Esse é o terceiro ano. A safra está boa. A intenção é chegar a 1,5 mil pés na propriedade, nos próximos três anos", conta. Apesar de ter classificado a cultura de manejo difícil - já que tem espinhos e não possui defensivos próprios -, as vantagens estão na redução de manejo e no diferencial para o mercado.

Essas qualidades também atraíram Jaime Luiz Pompermaier, 69 anos, só que para o plantio de maracujá-doce, fruta não exótica, mas nova nas terras de Jundiaí. "Conheci a variedade num sítio de Atibaia e me interessei. Consegui 27 mudas e plantei em 2013. Não sei precisar qual é o período de safra porque dá fruto o ano inteiro", conta alegre mostrando os frutos que ainda estão verdes. A rentabilidade da fruta, que custa aproximadamente R$ 10 a caixa com oito frutos, incentivou o agricultor a ampliar a produção.

Agora o sítio está com 600 pés em formação. "O investimento para essa nova fase foi maior, com compra de mudas, estacas, arames, fios e pregos para a construção dos estaleiros onde a fruta cresce", explica. O dimensionamento também foi adequado para que o cultivo possa ser mecanizado e a colheita favorecida.

Planejado
Esses detalhes, segundo o engenheiro agrônomo Sérgio Mesquita Pompermaier, da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Jundiaí, devem ser levados em consideração pelo produtor antes de iniciar um cultivo de variedade diferente das tradicionais para a cidade. "A fruta exótica é uma forma de renda a mais para o produtor rural e vem sendo cultivada em áreas onde haveria necessidade de renovação das culturas ou em não cultivadas", conta.

Segundo o engenheiro, entre 3% a 5% do território cultivado de Jundiaí conta com plantas originárias de outros países. A pasta não tem estatísticas sobre a quantidade produzida.

Fonte: Jornal de Jundiaí
Luciana Muller
lmuller@jj.com.br

Crescimento de 0,1% do PIB em 2014 reafirma fragilidade da economia brasileira, avalia Fecomercio-SP

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia o crescimento ínfimo de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 como uma confirmação do atual quadro de fragilidade da economia brasileira, cujo desempenho está abaixo do observado em economias de dimensões comparáveis – e até mesmo da média de crescimento mundial. Esse foi o pior desempenho do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff e o mais fraco desde 2009, quando o PIB caiu 0,2%.

De acordo com a assessoria econômica da Entidade, o País está pagando uma conta cara pelo excesso de consumo dos últimos anos, sem a contrapartida do aumento da produtividade do produto brasileiro.

A forte queda dos investimentos (-4,4%), a maior desde 1999, foi um dos agravantes para o baixo crescimento do País, que passa por uma conjuntura desfavorável carregada de incertezas quanto à capacidade do governo de fazer os ajustes necessários para reverter o cenário. Outro fator negativo foi o crescimento de 1,3% das despesas do governo. Embora os gastos públicos tenham apresentado queda no último trimestre (0,2%, na comparação com o mesmo período de 2013) a expressiva alta no ano eleitoral evidencia a demora no reconhecimento do desequilíbrio fiscal, o que só agravou o problema.

Ainda sob a ótima da demanda, o consumo das famílias cresceu apenas 0,9% em 2014, o pior resultado desde 2003, quando apresentou queda de 0,7%.

O setor de serviços, em que estão incluídos comércio, transporte e serviços financeiros, pode ser considerado o único ponto positivo do PIB. Após queda de 0,2% no segundo trimestre – na comparação com o mesmo período do ano anterior – voltou a registrar crescimento (0,3%) no trimestre seguinte, e, no último, teve alta de 0,4%. Esse desempenho está atrelado a setores básicos, uma vez que, em tempo de crise econômica, as famílias tendem a realocar os seus recursos para bens e serviços essenciais. O comércio, entretanto, apresentou a terceira queda trimestral consecutiva – na comparação interanual – e encerrou o ano com recuo de 1,8%, o pior desempenho desde 2009, quando a economia brasileira sofria os impactos da crise internacional.

Segundo a Entidade, tais resultados mostram visivelmente a realidade da economia nacional e sinalizam para a continuidade do processo de desaceleração interna da atividade em 2015, já desenhado pelos indicadores de produção e consumo divulgados por várias entidades, que apontam para um primeiro trimestre negativo. O Índice de Consumo das Famílias (ICF) e o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da FecomercioSP, por exemplo, apresentam queda há um ano.

A Federação defende, portanto, que a reforma fiscal seja discutida urgentemente e que o governo sinalize de forma clara um projeto econômico articulado e amplo. A crise hoje é de credibilidade e se não houver transparência e previsibilidade, os empresários não voltarão a investir e o consumidor continuará a restringir os seus gastos.

Sobre a FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 155 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista – aproximadamente 4% do PIB brasileiro – e gera cerca de cinco milhões de empregos.

Fonte: Assessoria de imprensa FecomercioSP