quinta-feira, 19 de março de 2015

PIB pode cair 0,5%

A perda de 2 pontos percentuais na perspectiva de crescimento econômico foi a maior entre as 11 economias analisadas em relatório divulgado ontem pela OCDE. Além disso, o Brasil será o único, nesse grupo de países, a viver uma recessão este ano


A economia brasileira terá uma piora significativa em 2015 e sofrerá retração de 0,5%, segundo estimativa da Organização para Cooperação Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em novembro passado, a entidade previa que o país cresceria 1,5% neste ano, mas fatores como queda do preço das commodities, alta da taxa de juros, o corte de gastos públicos e crise política mudaram radicalmente o cenário.

A perda de 2 pontos percentuais na perspectiva de crescimento econômico foi a maior entre as 11 economias analisadas em relatório divulgado ontem pela OCDE. Além disso, o Brasil será o único, nesse grupo de países, a viver uma recessão este ano.

Entre os demais emergentes, a maior taxa de expansão, de 7,7%, será mostrada pela Índia, superando os 7% previstos para a China, de acordo com a avaliação da entidade. No campo das economias desenvolvidas, o relatório manteve projeção de avanço de 3,1% para os Estados Unidos e ampliou a da Zona do Euro para 1,4%.

A desaceleração da China, maior parceiro comercial brasileiro, aliada à queda no preço internacional de produtos como soja e minério de ferro terá forte impacto na economia do país, frisa a OCDE. As perspectivas vão piorar para muitos países exportadores de commodities, e o Brasil cairá em recessão, destaca o relatório.

Além disso, a crise política e o escândalo de corrupção na Petrobras mantêm fraca a confiança dos empresários. No Brasil, a dificuldade vem da falta de investimentos, e a Petrobras responde por 10% deles, disse a economista-chefe da OCDE, Catherine Mann.

Fonte: Correio Braziliense

Cinco estados somam US$ 3,22 bilhões nas exportações de fevereiro


Sucos somaram US$ 156,67 milhões, com destaque para o suco de laranja, que atingiu US$ 155,4 milhões em fevereiro.
Foto: Freepik


Os cinco estados que mais exportaram em fevereiro de 2015 somaram US$ 3,22 bilhões, o que representa uma participação de quase 66%. De acordo com o Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat), em primeiro lugar está São Paulo, com US$ 971,70 milhões, seguido pelo Paraná, com US$ 626,51 e Mato Grosso, com US$ 573,42 milhões. Em quarto colocado ficou o Rio Grande do Sul, com US$ 540,56 milhões e, em quinto, Minas Gerais, com US$ 506,12 milhões.

O complexo sucroalcooleiro foi o principal setor exportador do estado de São Paulo no mês, somando US$ 254,91 milhões. Deste valor, US$ 210,56 milhões são de açúcar de cana ou beterraba, US$ 41,18 milhões são de álcool e US$ 3,16 milhões de demais açúcares. Em seguida, o destaque é do setor de carnes, com a cifra de US$ 158,42 milhões, sendo US$ 125,27 milhões em carne bovina e US$ 30,78 milhões em carne de frango. Por último, estão os sucos, com US$ 156,67 milhões, com destaque para o suco de laranja, que atingiu US$ 155,4 milhões em fevereiro.

No Paraná, o setor de carnes foi o maior exportador do mês passado, com a soma de US$ 194,48 milhões, sendo US$ 172,22 milhões em carne de frango, US$ 8,92 milhões em carne de peru, US$ 6,82 milhões em carne suína e US$ 4,38 milhões em carne bovina. Em seguida, ficou o complexo soja, que alcançou o montante de US$ 172,27 milhões. No setor, a soja em grãos ficou em primeiro, com US$ 82,45 milhões, seguida pelo farelo de soja, com US$ 59,27 milhões e óleo de soja, com US$ 30,55 milhões.

O complexo soja ficou em primeiro lugar nas exportações do Mato Grosso, com o valor de US$ 288,04 milhões. O destaque foi a soja em grão, que somou US$ 146,10 milhões, seguida pelo farelo de soja, com US$ 117,82 milhões e óleo de soja, US$ 24,12 milhões. Em segundo lugar, ficaram os cereais, com US$ 131,81 milhões, seguidos pelas carnes, com US$ 94,31 milhões.

Ocupando o primeiro lugar nas exportações do Rio Grande do Sul, o setor de carnes atingiu US$ 120,62 milhões. Deste valor, US$ 78,33 milhões são de carne de frango, US$ 21,27 milhões de carne suína e US$ 12,58 milhões de carne bovina. Em segundo lugar, o fumo e seus produtos, com US$ 109,19 milhões, seguidos pelos cereais e farinhas, com US$ 108,86 milhões.

Em Minas Gerais, o destaque é do setor cafeeiro, que exportou, em fevereiro de 2015, US$ 333,75 milhões. Em segundo, as carnes, com US$ 58,69 milhões, sendo US$ 26,63 milhões de carne bovina, US$ 21,88 de carne de frango, US$ 5,12 de carne suína. Em terceiro, estão os produtos florestais, setor que alcançou US$ 49,44 milhões.

Fonte: Ministério da Agricultura

16º dia do Limão Tahiti




16º Dia do Limão Tahiti
Data: 09/04/2015
Horário: 13h às 17h
Local: APTA Regional Centro Norte, Rod. Washington Luiz, km 372, Pindorama (SP)
Vagas: 100
Investimento: gratuito

Público-alvo: 

Citricultores, pesquisadores, agrônomos, estudantes e profissionais de agricultura

Coordenadores:

Fernando Alves de Azevedo e Maria Teresa Vilela Nogueira Abdo

Contato:

(17) 3572-1592 / 3572-2208 | eventos@centrodecitricultura.br; diadolimao@gmail.com

Organização e Apoio
Núcleo de Informação e Transferência do Conhecimento
Centro de Citricultura/IAC
(19) 3546-1399

quarta-feira, 18 de março de 2015

Uberlândia terá a 4ª edição da maior feira de agronegócios de Minas Gerais

A Femec 2015 será de 24 a 27 de março, com entrada e estacionamento gratuitos, no Parque de Exposições Camaru


O Sindicato Rural de Uberlândia realizará, de 24 a 27 de março, das 8 às 20 horas, com patrocínio do Sebrae, a 4ª edição da Femec – Feira do Agronegócio do Estado de Minas Gerais. Considerada a maior iniciativa do segmento no estado, a Femec 2015 reunirá representantes da indústria de máquinas, equipamentos, implementos, insumos agrícolas e veículos utilitários em uma área de 300 mil metros quadrados, com entrada franca e estacionamento gratuitos.

As oportunidades de negócios da Femec atrairão produtores rurais de vários estados brasileiros. O evento colocará à disposição uma feira para comercialização de touros PO e fêmeas registradas por meio de programas de financiamentos, feirão de equinos de várias raças, campos para demonstração de sementes e insumos, mostra de piscicultura, além de amplo programa com mais de 60 apresentações gratuitas entre cursos, palestras e clínicas tecnológicas. O Feirão Mais Alimentos, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, também estará no parque.

A expectativa do Sindicato este ano é receber público superior a 30 mil visitantes entre agricultores familiares e produtores rurais de médio e grande porte. De acordo com o presidente da instituição, Thiago Soares Fonseca, a Femec 2015 apresentará as principais tecnologias lançadas recentemente pelo setor. “Teremos a presença das empresas e entidades públicas e privadas de maior expressão no agronegócio do país”, afirmou. “Nesses quatro dias vamos mostrar para nosso associado e para o produtor rural brasileiro o que há de mais avançado em recursos destinados à agricultura, pecuária e outras atividades ligadas ao campo”, afirmou Fonseca. “Sem dúvida esta será a grande oportunidade para que possamos planejar nossos investimentos para este ano”, disse o presidente.

Em 2014, a Femec recebeu 23 mil visitantes e gerou negócios superiores a R$ 200 milhões.
O planejamento para atrair ainda mais produtores rurais para esta edição inclui ações de instituições relacionadas ao desenvolvimento da produção agrícola nacional. “Estamos trabalhando junto com nossos parceiros para superar os números do ano passado, tanto em público, quanto em movimentação econômica”, concluiu Thiago Fonseca.
Produtores rurais visitarão a feira para fazer negócios. Para João Semenzini, coordenador geral do evento e diretor do Sindicato, eles se beneficiarão da possibilidade de investir em tecnologia avançada em condições iguais as encontradas nas demais feiras do Brasil. ”O agricultor brasileiro fará na Femec a sua melhor compra do ano”, conclui.

A presença de instituições financeiras públicas e privadas garantirá ao visitante, orientações sobre crédito rural e acesso a financiamentos adequados para cada perfil de investidor.

Acesse o site e saiba mais sobre o evento.

Fonte: G1

Show Safra BR 163 apresenta tecnologia para a agricultura familiar

O objetivo do evento é trazer aos produtores rurais, oportunidades de atualização técnica, tendências produtivas, econômicas e eficiência no planejamento da atividade agropecuária.

De 24 a 27 de março será realizado o Show Safra 2015, no município de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), no Centro Tecnológico Fundação Rio Verde (Rodovia MT 449, km 8). Empresas de vários setores do agronegócio estarão participando como expositoras e o enfoque será na tecnologia para o campo e apresentação do potencial econômico da região. O objetivo do evento é trazer aos produtores rurais, oportunidades de atualização técnica, tendências produtivas, econômicas e eficiência no planejamento da atividade agropecuária. 

O Show Safra também vai atender aos demais setores da cadeia produtiva como a Agricultura Familiar e a Agricultura Sustentável através dos sistemas integrados de produção apresentados no campo. O extensionista rural da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Esmeraldo de Almeida, fala sobre a Unidade de Referência Tecnológica (URT), instalada numa área acima de um hectare, contendo estufa com o plantio de hortaliças (alface, tomate, pepino, pimentão e outros) e no solo, plantas medicinais, frutíferas, criação de galinha caipira e peixe. 

Segundo Esmeraldo, foi também montado o sistema agrícola em forma de mandala que é uma plantação sustentável com formato em círculo. Cada anel é destinado a um determinado tipo de cultivo. Ele comenta que a URT e o plantio em forma de mandala mostra uma vitrine tecnológica e alternativa para os pequenos produtores rurais. O trabalho foi montado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Empresa Brasileira de Pesquisa, Agropecuária (Embrapa) e Empaer. “Queremos mostrar na prática para o produtor rural o aproveitamento da área desde que implante tecnologias compatíveis e recomendadas”, destaca Almeida. 

Almeida fala que no município de Lucas do Rio Verde possui aproximadamente 200 famílias de agricultores familiares que ocupam uma área de 5.500 hectares. Os participantes vão receber informações sobre o cultivo protegido, preparo de canteiros, tratos culturais e outros. O Show Safra vai disponibilizar aos visitantes, tecnologias de produção, máquinas, equipamentos, serviços, palestras, cursos e seminários. Os portões estarão abertos das 8 horas às 18 horas. 

Fonte MT Agora - Assessoria

Colheita da maçã surpreende no RS, e produtores comemoram safra positiva

Foto: RBS TV
A colheita da maçã deste ano surpreendeu produtores da Serra do Rio Grande do Sul, região de onde sai boa parte da produção consumida em todo país. A expectativa é de que as vendas aumentem.

Somente em Vacaria, maior produtor da fruta entre os municípios gaúchos, a previsão é que 300 mil toneladas sejam colhidas. Em Caxias do Sul, a safra deve chegar a 75 mil toneladas.

O clima favoreceu a produção. Nos pomares, o resultado é visível: maçãs maiores, com uma coloração vermelha mais uniforme e mais bonita. Tudo isso deve colaborar para o aumento do consumo da fruta. Alguns produtores projetam alta de 10% nas vendas.

Os comerciantes afirmam que o preço está igual ao do ano passado, na faixa dos R$ 3,99 por quilo. A boa notícia é que, com mais maçãs à venda, o valor pode até cair para o consumidor. "Quem sabe baixa um pouco. Mas por enquanto está o mesmo preço. Está saindo bem. A fruta está bonita, tem bastante procura", diz o comerciante Paulo Magnus.

Fonte: RBS TV/G1

Bananas produzidas pela agricultura familiar passam a fazer parte da alimentação escolar da grande São Paulo.



Foto: Acom/MDA

Semanalmente, cerca de 25 toneladas da fruta são fornecidas por cinco empreendimentos familiares. As frutas fazem parte de dois milhões de refeições servidas em 674 escolas municipais de quatro Diretorias Regionais de Ensino: Butantã, Campo Limpo, Guaianases e São Mateus.

O contrato entre prefeitura de São Paulo e agricultores familiares, no valor de R$ 1,6 milhão, beneficia 86 famílias de agricultores familiares. Ao todo, serão entregues, no decorrer deste ano, 512 toneladas de banana nanica e 194,6 toneladas de banana prata.

Essa é a primeira compra de produto in natura da agricultura familiar da região do Vale do Ribeira. De acordo com a diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Secretaria Municipal de Educação, Erika Fischer, a dimensão de São Paulo torna necessário muita atenção à logística de distribuição de produtos in natura, exigindo que o fornecedor realize as entregas ponto a ponto, de forma rápida e efetiva. “Para tanto, os esforços de agricultores familiares e da entidade executora são fundamentais para garantir a entrega do produto da melhor forma”, destaca Fischer.

Para Gilberto Ohta, coordenador de comercialização da Coopafasb - uma das cooperativas fornecedoras - o contrato só foi possível graças à união das cooperativas. “A aliança entre cooperativas da agricultura familiar tem sido fundamental para superarmos dificuldades como a entrega de produtos, pois a soma de experiências possibilitou formarmos escalas para atendimento em todas as regionais”.

Ainda segundo Ohta, as cooperativas têm a preocupação com o ganho imediato para a sustentabilidade da produção e contratos como este é uma grande oportunidade de estabelecer capital de giro. “Com este capital, temos como garantir o pagamento dos produtos, o que aumenta a confiança dos próprios agricultores familiares na organização. Estamos aproveitando as oportunidades proporcionadas pelas políticas públicas, para nos estruturar e inovar”, afirma Ohta.

Das cinco organizações que firmaram contrato, três são assistidas pelo Programa Mais Gestão do MDA. Para Mariana Carrara, coordenadora substituta de Cooperativismo do MDA, a atuação do Mais Gestão possibilitou a articulação entre a Secretaria de Educação de São Paulo, a Delegacia Federal do MDA, as entidades estaduais de Ater e as organizações da agricultura familiar, para a construção de uma estratégia de aproximação entre a oferta de produtos da agricultura familiar e a demanda da alimentação escolar. “Essa articulação, com o objetivo de ampliar a comercialização, é um dos focos do programa que pretende, também, fortalecer a gestão das cooperativas participantes”, conclui Carrara.

De acordo com Ohta, as cooperativas de agricultores familiares do Vale do Ribeira têm aproveitado as oportunidades proporcionadas pelas políticas públicas para estruturar e inovar. “Programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (Pnae) salvaram as cooperativas. Agora é preciso melhorar a gestão das cooperativas e o Mais Gestão tem feito isso”, observa Ohta ao adiantar que, junto as outras cinco cooperativas, tem articulado a criação de uma Central de Cooperativas da Agricultura Familiar no Vale do Ribeira.

As organizações responsáveis pelo fornecimento de bananas são: Associação dos Bananicultores de Miracatu – ABAM, Cooperativa dos Produtores Rurais e da Agricultura Familiar do Município de Juquiá – COOPAFARGA, Cooperativa da Agricultura Familiar de Sete Barra – COOPAFASB, Cooperativa Agroecologia dos Agricultores Familiares do Vale do Ribeira e Litoral Sul - Família do Vale, e Cooperativa dos Bananicultores de Miracatu - COOBAM.

Balanço

No ano de 2014, foram firmados contratos com agricultores familiares para aquisição de 552 mil litros de suco de uva integral, 5 milhões de sachês de 200 ml de suco de laranja integral congelado, mil toneladas de arroz orgânico, 360 toneladas de arroz parboilizado, 520 toneladas de feijão carioca e 700 toneladas de banana. Estão previstas, para até final de abril, a abertura de novas chamadas para a agricultura familiar para aquisição de arroz, feijão, farinha de mandioca, óleo de soja, iogurte e sucos integrais de laranja, de uva e de frutas cítricas in natura, num total de aproximadamente R$ 24 milhões em recursos para a agricultura familiar.

O Programa Mais Gestão

O Programa Mais Gestão promove o fortalecimento de cooperativas da agricultura familiar por meio da qualificação de seus sistemas de gestão (organização, produção e comercialização).

O objetivo é qualificá-las e garantir o acesso a mercados, especialmente ao aberto pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

PNAE

O objetivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) é levar alimentos saudáveis para a merenda escolar dos alunos da rede pública e valorizar a produção regional sustentável.

Criado em 2009, a partir da Lei nº 11.947/2009, a política determina que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo FNDE para alimentação escolar devem ser usados para a compra de produtos da agricultura familiar. Assentados da reforma agrária, indígenas e comunidades quilombolas têm prioridade no processo de seleção dos fornecedores.

Fonte: MDA

Mulheres do campo usam a agroecologia para preservar água no DF

Foto: Naiara Pontes/ MDA
Maria do Socorro de Lima e Fátima Cabral são mulheres que fazem a diferença no campo. Em tempos de crise hídrica em alguns estados do País, as agricultoras familiares de Planaltina (DF) participam de um projeto do Governo Federal para melhorar a qualidade da água, reduzindo a erosão e o assoreamento de mananciais no meio rural.

As duas agricultoras estão entre as famílias que adotaram práticas e manejos sustentáveis para conservar o solo e a água. 

Maria do Socorro tem 56 anos e uma vida toda dedicada à agricultura familiar. Filha de agricultores e nascida em Pernambuco, estado localizado no Semiárido brasileiro, ela aprendeu desde cedo a preservar a água. “Eu venho fazendo isso há mais de 15 anos. Eu já tinha essa consciência há muito tempo. Já pensava ‘isso está errado, vai acabar a água, vai acabar o córrego’. Aprendi o que sei sozinha, porque amo a natureza e gosto de preservar”, declara a agricultora. 

Há dois anos, Maria do Socorro participa do Programa Produtor de Água, que tem adesão voluntária por parte dos agricultores. Ele prevê apoio técnico e financeiro para ações como construção de terraços e bacias de infiltração, recuperação e proteção de nascentes, reflorestamento de áreas de proteção permanente, dentre outros. A agricultora fez terraceamento (técnica agrícola e geográfica de conservação do solo, destinada ao controle de erosão hídrica, utilizada em terrenos muito inclinados) e reflorestamento, em sua propriedade de 18 hectares. 

“O córrego que passa aqui é o Pipiripau, que abastece duas cidades. Preservo esse córrego há muito tempo. Estou aqui desde 1986 e desde essa época que a gente vem plantando. Hoje, na beira do córrego, está tudo florido, tem abelhas lá, os macacos aparecem para comer frutas, é a coisa mais linda”, orgulha-se Maria, que ainda cuida de 50 cabeças de gado leiteiro. 

A Bacia Hidrográfica do Ribeirão Pipiripau é uma área com atividade agropecuária intensiva e também principal responsável pelo abastecimento de água das cidades de Planaltina e Sobradinho. 

Transição
 
Fátima Cabral, 55 anos, é nova no campo. A agricultura familiar entrou na vida dela e da família há 14 anos por necessidade. “Nós éramos da cidade, eu tinha um trabalho administrativo, burocrático. Nós fizemos essa migração pensando justamente nos filhos mais novos, que, na época, estavam entrando na adolescência, naquele grupo de risco, de drogas e álcool. Aí, eu e o meu esposo tivemos a iniciativa de trocar tudo na cidade e vir pra área rural”, justifica. 

A propriedade da família Cabral tem 40 hectares e lá eles produzem cenoura, repolho, abobrinha e mandioca na forma convencional e banana no sistema agroecológico. O objetivo da família é adotar a forma agroecológica em toda a produção. 

“A gente trabalha todo dia, acorda e levanta com esse propósito. Começamos essa transição há dois anos, a partir desse Programa Produtor de Água, que nos ajudou nessa transição. Meus filhos já vinham se negando a trabalhar com veneno, por isso se afastaram da produção. Eu estava vendo que eles iam desistir da terra, que iam embora. Eu mesma cheguei a pensar em vender a terra. Mas tivemos essa ideia de fazer a transição agroecológica e, a partir daí, tudo começou a acontecer, os caminhos começaram a se abrir”, explica Fátima. 

A agricultora conta, ainda, que vai tentar acessar a linha de crédito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) voltada para a agroecologia, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf Agroecologia. “Já estou me movimentando para acessar o Pronaf. Fizemos a transição para assegurar nossa permanência no campo, eu já estava desistindo. No modelo convencional não dá mais”, comenta. 

Ater 
O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/ DF), Argileu Martins, ressalta que esse trabalho de preservação já vem sendo feito pelos técnicos de Ater. “A Ater já faz isso há muito tempo, quando ela organiza manejo de solo. A Emater identifica as formas de utilização da água, verifica se a propriedade tem áreas degradadas, se tem nascentes expostas, matas ciliares não cobertas, e organiza a recuperação das áreas de preservação permanente”, destaca. Foi esse o trabalho feito com as agricultoras Maria do Socorro e Fátima. 

Iniciativa 

O Produtor de Água é uma iniciativa da Agência Nacional de Águas (ANA) que tem como objetivo a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais. O programa, de adesão voluntária, prevê o apoio técnico e financeiro à execução de ações de conservação da água e do solo, como, por exemplo, a construção de terraços e bacias de infiltração, a readequação de estradas vicinais, a recuperação e proteção de nascentes, o reflorestamento de áreas de proteção permanente e reserva legal, o saneamento ambiental, etc. Prevê também o pagamento de incentivos (ou uma espécie de compensação financeira) aos produtores rurais que, comprovadamente contribuem para a proteção e recuperação de mananciais, gerando benefícios para a bacia e a população.

A concessão dos incentivos ocorre somente após a implantação, parcial ou total, das ações e práticas conservacionistas previamente contratadas e os valores a serem pagos são calculados de acordo com os resultados: abatimento da erosão e da sedimentação, redução da poluição difusa e aumento da infiltração de água no solo.


Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
por Jalila Arabi -Ascom/ MDA 

terça-feira, 17 de março de 2015

Produção de maçã cai a taxas de até 8% ao ano

No Brasil, a área de produção permanece estável desde 2008, em torno de 39 mil hectares, segundo o IBGE. Mas a produção brasileira de maçã vem caindo. Em 2012, foram colhidas 1,33 milhão de toneladas da fruta. Em 2013, ocorreu queda de 8%, para 1,23 milhão de toneladas. E, em 2014, conforme a ABPM, a safra foi de 1,16 milhão toneladas, queda de 5% em relação ao ano anterior.

O principal vilão são os problemas climáticos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os principais produtores da fruta. As geadas, chuvas de granizo ou em excesso ou mesmo o frio durante a florada dos pomares prejudicaram as safras dos dois últimos anos.

A Região Sul produz 99% do total nacional segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2013, foram produzidas 1,23 milhão de toneladas da fruta no país, 1,22 milhão de toneladas pela Região Sul. Apenas 4% deste total foram produzidos pelo Paraná (49 mil toneladas).

Atualmente, o Rio Grande do Sul tem área de 17,4 mil hectares e produção de 690,4 mil toneladas (50,1%); Santa Catarina produz 633,2 mil toneladas (46%), em 17,7 mil hectares.

Para a safra atual é esperada leve queda em relação à anterior. No início de fevereiro, houve granizo no Sul, e as cidades mais afetadas foram Vacaria (RS) e Bom Jesus (SC).

No Paraná, a produção vem caindo dede 2009. “Estamos agora com produção semelhante à de 2005. Somos o terceiro maior produtor, mas passamos por uma adequação de mercado nos últimos anos”, explica Paulo Andrade, da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A área para o cultivo da maçã no estado passou de 1.084 para 630 hectares entre as safras 2004/05 e 2009/10 em Palmas, principal região produtora do estado. A produção caiu 42% só em 2010, de 26 mil para 15 mil toneladas, período em que o fenômeno El Niño agravou a crise.

“Enfrentamos forte concorrência com os outros estados produtores. Tivemos também problemas com alguns clones de maçã não adequados ao clima do estado. Os produtores se envolveram em dívidas, e isso reduziu significativamente nossa área de produção”, comenta o agrônomo.

Para a safra atual no estado, é esperada produção semelhante à do ano anterior, de 48,6 mil toneladas, com área de cerca de 1.772 hectares, segundo o Deral/Seab. “Quanto ao clima, o verão está sendo bom, só haverá interferência nos resultados se ocorrer granizo nos pomares”.

Consumo crescente

Entre 2002 e 2008, houve aumento médio no consumo de 4,38 quilos de frutas por pessoa no Brasil, segundo estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Esalq/USP, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2009 – a mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O consumo de frutas pela população brasileira aumenta um pouco todo ano”, confirma o presidente da ABPM. “Mas a população vem crescendo também”, pondera.

As frutas mais consumidas pelos brasileiros são a banana, maçã, laranja, mamão e abacaxi. A banana é a fruta mais consumida, presente em 90% dos lares brasileiros, seguida pela maçã, presente em 74%.

O principal mercado para frutas é a classe média. O consumo diário de frutas, legumes e verduras, de mais de 90% da população do país, está abaixo dos níveis recomendados pelo Ministério da Saúde – que é de 400g per capita.

Fonte: Gazeta do Povo

Produtor faz fama com plantas e frutas exóticas


Localizada a cerca de 105 quilômetros de Sorocaba (e a 230 km de São Paulo), Campina do Monte Alegre se destaca na agricultura, em especial pelos sabores e aromas exóticos das árvores cultivadas num pomar que ultrapassa 1.300 espécies de frutas. A iniciativa foi do agricultor Helton Josué Teodoro Muniz, de 34 anos. Além de contribuir para a preservação de espécies nativas e raras, o hobby que começou por simples curiosidade e maneira de superar uma deficiência se tornou em negócio para a família Muniz. Atualmente, seus familiares não apenas abrem as portas do pomar para divulgar as centenas de espécies vindas de várias partes do Brasil e do mundo como mantêm um viveiro com mudas de mais de trezentas espécies para comercialização. Os valores das mudas variam de R$ 15 a R$ 70, dependendo da espécie, no entanto, a maior parte das mudas custam em torno de R$ 20, calcula Helton Muniz.

Aos 15 anos de idade, quando mudou-se com a família, de Angatuba para uma fazenda no município de Campininha, onde moravam seus avós, Helton passou a se interessar mais pela natureza, em especial pelas plantas raras e exóticas. A palavra que o despertou para esse curioso mundo novo, na época, soava de certa forma estranha. "Saputá" chegou aos seus ouvidos por meio de pescadores locais. O fruto que na realidade se tratava de um cipó que crescia às margens do rio era usado como isca para a pesca do pacu (espécie de peixe), no rio Paranapanema. Também alimentava os pescadores, pois o cipó produzia frutos amarelos e adocicados do tamanho de um limão galego, compara. "A partir dessa minha curiosidade passei a perceber o infinito mundo das frutas nativas brasileiras", revela.

As consultas a dicionários, revistas e catálogos sobre o assunto se tornaram constantes, desde então. "Ia procurar para ver se existia mesmo aquela espécie." A partir disso começou a se interessar e a se familiarizar cada vez mais com a extensa lista de nomes científicos e origem das plantas e frutas. "Passei a me empenhar na busca dessas frutas silvestres desconhecidas." Helton explica que boa parte das árvores exóticas e raras conseguiu através de outros colecionadores, enquanto as nativas identifica em florestas, matas e cerrados do Brasil, em visitas que faz. Ele atribui esse recorde alcançado em 18 anos de cultivo ao um dom e à sabedoria que adquiriu ao longo dos anos.

Ainda existem espécies não identificados ou denominados pela ciência, mesmo em regiões do próprio Estado de São Paulo. "É dado (dom) por Deus. Ele também me abençoou muito e continua me ajudando a resgatar, juntar e preservar as frutas que são maravilhosas obras criativas suas", ressalta o agricultor.

País tropical

A variedade de frutas no Brasil chama a atenção, mas o que a maioria não sabe é que a boa parte das espécies consumidas são originárias de outras localidades. Entre as frutas mais procuradas está a banana e o limão, ambos do Sudeste Asiático; abacate, da América Central; laranja, caqui, manga, maçã, pêssego e tangerina da Ásia; e abacaxi, goiaba e maracujá, do Brasil. No pomar e viveiro Saputá, de Campininha, o nosso abacaxi pode ser encontrado em cinco diferentes variedades. Mas o destaque são as raras e exóticas como a árvore de azeitona do Ceilão. Parece um abacateiro, com fruto gigante, no entanto, sem parentesco com a azeitona. É originária da Ásia, de países como a Malásia, Índia e Sri Lanka, que é uma ilha antes chamada Ceilão. Seu nome científico: Elaeocarpus serratus.

Tamarindo doce (Índia), tomatilho (Venezuela), maçã (Ilha de Madagascar), Vinagreira (África), Umê (Japão e Coreia), quatro variedades de uvas (Israel e Ásia), Pinha (Caribe), Nóz Pecãn (Estados Unidos), Noní (Haiti) e Nêspera Européia (Espanha e Alemanha). A lista é extensa. O trabalho no pomar e viveiro envolve não apenas a descrição e histórico de cada fruta, mas a classificação: que atraem pássaros, nativas do Brasil, exóticas vindas de outros países, de cipó, para vasos, melíferas e as mais saborosas.

Parente da jaca

Em foto cedida à reportagem, Helton carrega uma fruta de 24 quilos, que seria uma parente da jaca. Seu nome científico é Treculia africana. É popularmente conhecida como árvore do feijão ou feijão africano. Ainda ukuwa, zilo ou breadfruit africana. É originária da Nigéria e Madagascar. depois de nove anos de espera, conta, teve a alegria de conferir essa raridade frutificar no sítio, pela primeira vez, em abril de 2010, porém, até 2013 o fruto não produziu as valiosas sementes comestíveis, mas em fevereiro de 2014 foi surpreendido com a gigantesca fruta de 24 quilos. A fruta produziu 1,6 quilos de sementes.

Helton explica que a árvore da Treculia atinge de 8 a 15 metros de altura e pode ser cultivada em clima subtropical, resiste à geadas de 3º C, e aprecia qualquer tipo de solo bem drenado e profundo. Frutifica no fim do verão. O fruto precisa entrar em decomposição para facilitar a remoção das sementes. As sementes são comestíveis. Podem ser torradas, cozidas em sopas ou da mesma forma de feijão. Também é possível se fazer doces e farinha para ser utilizada em diversas receitas.

Conhecendo as frutas

Para ajudar as pessoas a conhecerem melhor as frutas, seus nomes científicos e para que servem, Helton criou o site http://www. colecionandofrutas.org/. Basta enviar fotos da flor, fruto ou das sementes pelo e-mail hnjosue@ig.com.br. Ele promete pesquisar e identificar a espécie sem qualquer custo. A única coisa que pede é o plantio das sementes da fruta, e se a pessoa desejar cultivar outras frutas raras poderão receber as sementes (mais de cem espécies para escolher), produzidas em seu pomar em troca da descoberta interessante. É só conferir no site a lista de sementes para troca ou venda.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

Um sistema de plantação que promove a produção de frutas

Parreiral (foto Nordeste Rural)
Uma repetição que vale a pena ser muito bem entendida pelo produtor rural. O sistema de produção integrada é um conjunto de boas práticas que vai desde a compra dos insumos para a lavoura até a oferta do produto ao consumidor. Para adotá-lo é preciso seguir normas elaboradas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Um dos elementos fundamentais desse sistema é a rastreabilidade, procedimento que permite ao produtor registrar e assim ter controle sobre cada etapa do processo de produção.

Os registros começam antes mesmo do plantio e seguem na pós-colheita e incluem informações sobre o tipo de adubo empregado, se houve aplicação de agroquímicos, em quais quantidades e períodos, por exemplo. O pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Eduardo Borges Carvalho, explica a diferença entre o sistema de produção integrada e a produção orgânica: “O sistema de produção integrada é parte do caminho entre o sistema convencional e a produção orgânica, estando mais próximo deste último. A principal diferença é que na produção orgânica não é permitido o uso do agrotóxico e na produção integranda, sim”.

O pesquisador ressalta que a rastreabilidade é apenas um dos elementos do sistema integrado. O produtor interessado em adotá-lo deve contar com mão-de-obra capacitada, preocupar-se com os danos que podem ser causados ao meio ambiente e também com a segurança dos trabalhadores. Depois, para ser reconhecido como produtor do sistema integrado ainda é preciso obter a certificação, documento emitido por uma empresa especializada, uma certificadora acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – o Inmetro.

Entre as vantagens da produção integrada estão a diminuição do custo de produção, o aumento da receita pela agregação de valor à fruta e acesso a mercados mais exigentes, tanto em território nacional quanto em outros países. E, para o consumidor, o sistema traz a garantia de um produto seguro, mais saudável e sem contaminação química ou microbiológica.

Fonte: Nordeste Rural

Citricultores paulistas conseguem US$ 5 pela caixa de laranja

Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo

Enquanto se arrastam as negociações para a criação de uma fórmula de precificação da laranja dentro do Conselho dos Produtores de Laranja e da Indústria de Suco de Laranja (Consecitrus), citricultores paulistas conseguiram fechar contratos de venda da fruta a US$ 5 a caixa (de 40,8 quilos). Com o dólar acima dos R$ 3, o valor da caixa ficaria acima dos R$ 15, ante um preço mínimo do governo para a safra 2014/2015 de R$ 11,45 a caixa.

Segundo o presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antonio dos Santos, produtores das cidades paulistas de Taquaritinga, Pirassununga e Novo Horizonte fecharam contratos por dois anos nesse nível de preço com a Citrosuco. "É um valor bom com o dólar nesse cenário de alta, afirmou. "Como quase todo o suco produzido é exportado, as empresas também ganham com o dólar alto", completou Santos.

As outras duas grandes compradoras de laranja - Cutrale e Louis Dreyfus Commodities (LDC) - ainda não iniciaram a contratação da fruta para a safra 2015/16. Curiosamente, fontes do mercado apontam que as duas companhias são as que têm menos fruta garantida em contratos antigos para o fornecimento na atual safra, ou seja, seriam as mais dependentes da compra no mercado spot.

Fonte: Globo Rural

Florada antecipada nos pomares pode favorecer os citricultores de Aguaí, SP

Foto: G1
Com as chuvas de 2015, os pomares de laranja e pêra de Aguaí (SP) floresceram mais do que o esperado e a safra pode render quase 284 mil toneladas. O município tem 228 produtores de laranja. Toda a região de São João da Boa Vista (SP), que tem 10 municípios, deve produzir mais de 10 milhões de toneladas. Como as frutas vão ficar maduras fora de época, os produtores podem conseguir preços melhores. É uma esperança para recuperar as perdas causadas pela estiagem no ano de 2014.

As pulverizações aumentaram de uma para duas vezes no mês para evitar doenças que atingem a casca da laranja e fazem o fruto perder o valor de mercado. As chuvas no último mês foram 30% acima do esperado e favoreceram o surgimento de novas flores. A expectativa é de mais frutos, já que na florada principal, entre setembro e novembro, os pomares sofreram por causa da baixa umidade e das altas temperaturas.

Essa será a terceira florada, considerada fora de época. Na fazenda de 290 hectares, 30 mil pés vão produzir novamente. “A variedade de pêra está florescendo novamente. Essa fruta vai sair fora de época e esperamos que no mercado in natura tenha um valor agregado bom”, disse o produtor de laranja João Ricardo Ivers.

Para o agrônomo Weber Marti, a nova florada vai ser boa para os produtores. “Na florada principal da primavera houve seca que causou o abortamento de frutos do tamanho das azeitonas. Então o pomar fica debilitado e sem frutos. Essa florada em variedade de peras e algumas limas, ela é comum, só que não tão intenso como nesse ano devido às chuvas. Vai proporcionar maior renda porque sempre pega um valor melhor de mercado do que os frutos da florada principal”, disse.

Antonio Carlos Simoneti possui uma fazenda de 400 hectares com 150 mil pés de laranja que vão florescer novamente. Os botões ainda estão se abrindo e outras duas floradas já renderam frutos. “A quebra foi muito grande na primeira florada, em torno de 30% aqui na região. Depois houve a segunda, mas mesmo assim faltou chuva, derrubou toda a segunda florada, ficou um pouco, mas agora está florescendo de novo e compensando a carga”, falou.

Apesar dos problemas no início da safra, o produtor está confiante. A expectativa, que era de 16 mil toneladas, subiu para quase 20 mil em toda a fazenda. “Espero que saia essas frutas, as chuvas corram normalmente e a produção seja boa”, finalizou.

Fonte: G1

Pesquisa aponta frutas brasileiras com maior potencial antioxidante

Foto: Acerola (freepik)
Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Química, da Universidade Federal do Ceará, avaliaram as propriedades da polpa de oito frutas tropicais. O estudo constatou que a acerola é a campeã em relação às propriedades antioxidantes, importantes na proteção contra doenças cardiovasculares e contra certos tipos de câncer.

A pesquisa, desenvolvida pelo doutorando Mário Sérgio de Oliveira Paz em colaboração com pesquisadores do Instituto Politécnico do Porto e do Centro para Bioquímica e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa, foi publicada na revista internacional Food Chemistry e destaque na revista da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

No trabalho, o pesquisador avaliou as propriedades antioxidantes e antimicrobianas da polpa de oito frutas tropicais: açaí, acerola, cajá, goiaba, graviola, manga, abacaxi e tamarindo. A partir de quatro protocolos distintos, o estudo constatou que a acerola tem altas concentrações de material antioxidante. Açaí, cajá, goiaba, graviola e manga têm índices médios de polifenóis, ao passo que o abacaxi e o tamarindo foram as frutas com menor potencial antioxidante.

Por outro lado, o tamarindo apresentou ação positiva contra todas as bactérias testadas, inclusive alguns dos agentes mais comuns em infecções alimentares, Salmonella e Escherichia coli. O açaí teve uma ação bastante fraca nesse tipo de proteção.

O trabalho chama a atenção para o fato de que a maioria dos estudos que se dedica à análise das duas características atribui a atividade antimicrobiana à presença de compostos fenólicos (um componente antioxidante). Os resultados com o tamarindo e o açaí, no entanto, apontam uma relação inversa entre as duas propriedades, sugerindo que a atividade antimicrobiana não pode ser atribuída apenas à presença de compostos fenólicos.

A pesquisa está disponível para download pelo link.

Fonte: UFC - Universidade Federal do Ceará

segunda-feira, 16 de março de 2015

Fruticultura no Vale do São Francisco é uma das prioridades da Adab


Com objetivo de discutir ações voltadas para o combate das pragas que atingem a fruticultura da região, a exemplo da mosca-das-frutas (Ceratitis capitata), na região do Vale do são Francisco, o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Oziel Oliveira, esteve reunido com o deputado estadual, Roberto Carlos, nesta primeira semana de março, na sede da Agência, em Salvador. A fruticultura é a principal atividade econômica da região e se a praga não for combatida, o resultado será a depreciação do produto, o aumento dos custos da produção, a perda de milhares de empregos diretos, e dos mercados interno e externo.

“Precisamos dar sequência e dedicar-se mais ao plano emergencial contra a infestação de mosca-das-frutas, que vem causando prejuízos às culturas de manga, uva, acerola e goiaba - principais hospedeiros das moscas. O governo de Pernambuco já injetou recursos financeiros para as atividades de Defesa. É preciso unir esforços acelerar neste processo de combate da praga e defender os pomares do território baiano”, disse o deputado.

O diretor-geral da Agência, órgão vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), garantiu que já conversou com a equipe técnica, que vai agir veementemente para resolver o problema no norte da Bahia. Desde setembro do ano passado, os engenheiros agrônomos da Agência estão mobilizados com o objetivo de monitorar e fiscalizar os produtores sobre as medidas fitossanitárias do Plano Emergencial de combate à praga. “Garanto que a Adab vai continuar dando prioridade ao Plano que envolve controle biológico e monitoramento em áreas de produtores de base familiar, situados nos perímetros irrigados do Vale do São Francisco, através de um sistema de controle integrado”, completou Oziel.

A diretoria da Adab deixa claro que é o momento de buscar soluções, por meio de políticas públicas para a região que é o primeiro pólo de produção de frutas do Estado, com 45 mil hectares cultivados, responsável por 98% das exportações de uva e 92% das exportações de manga do país.

Fonte: Seagri/BA

Agricultores de Portel/PA investem no beneficiamento de frutas

Vinte e cinco famílias que trabalham com a fruticultura, na comunidade Santo Ezequiel Moreno, na Gleba Acutipereira, em Portel, na Ilha do Marajó, estão sendo beneficiadas diretamente com a instalação de uma miniagroindústria de frutos, resultado do esforço conjunto entre o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão rural do Estado do Pará (Emater), o Instituto de Educação do Brasil (IEB), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Sede), a Secretaria Municipal de Agricultura (Sema) e o Banco do Brasil.

Na miniagroindústria serão beneficiadas polpas de açaí, cupuaçu, bacuri, manga, caju, acerola e goiaba, sendo que a produção está destinada aos programas Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA). De acordo com o engenheiro florestal da Emater, Milton Costa, a base econômica da comunidade é o manejo de açaí. “Em parceria com a Sede, elaboramos e aprovamos junto ao Banco do Brasil, um projeto na linha agroindústria orçado em pouco mais de R$ 40 mil, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), destinado à aquisição de equipamentos”, disse Costa.

A miniagroindústria é coordenada pela Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Acutipereira (ATAA). Indiretamente outras 250 famílias que moram ao longo do Rio Acutipereira deverão ser beneficiadas com o empreendimento. “Nossa estimativa é de que com a miniagroindústria, as famílias produtoras tenham um acréscimo de pelo menos 50% no orçamento doméstico”, ressalta o engenheiro florestal da Emater.

Fonte: EMATER/PA

Exportações de frutas cearenses sofrem queda em virtude da seca

(Foto: Virginia rm/Flicker/Creative Commons)
As exportações de frutas cearenses sofreram uma queda sutil de 2,2% no comparativo do ano passado com 2013. O pior desempenho foi da cultura do coco, principalmente do Vale do Curu, que caiu 100%. Mesmo assim, segundo o diretor técnico do Instituto Frutal, Erildo Pontes, a situação é confortável, mas pode mudar dependendo da quantidade de chuvas deste ano.

Os produtores de caju também foram prejudicados com a seca. As exportações da castanha caíram 18,3%. Desta forma, segundo o presidente do Sindicaju, Paulo Tarso, o produto que em 2013 foi o 3º mais vendido para fora do país, ficou na 5ª colocação no ano passado.

O Ceará possui 350 mil hectares destinados à produção de caju. Para reverter o cenário, Tarso revela que o setor espera a liberação de recursos federais de R$ 30 milhões para a substituição dos cajueiros antigos pelo anão precoce.

O impacto da seca também refletiu nas exportações de produtos industrializados, apesar do crescimento de 3,6% que ficou abaixo do esperado. Já a quantidade de produtos exportados do Ceará reduziu 11,7%. Em 2014, o óleo combustível ficou em 1º lugar nos itens de exportações, com mais de US$ 352 milhões. O crescimento em relação ao ano anterior foi de 47,4%. O setor de calçados permaneceu em 2º lugar, com valor exportado em US$ 223 milhões, que também cresceu 18,8%.

Fonte: Tribuna do Ceará

Aumento da produção de nozes é objetivo de parceria entre Embrapa e Colégio Politécnico de Santa Maria/RS

foto: Cultura Mix
Na sexta-feira (13), o Colégio Politécnico da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria/RS) recebeu a visita de três pesquisadores do centro de pesquisa sobre Clima Temperado da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Fez parte da comitiva o chefe de pesquisa deste centro, Jair Nachtigal, que estava acompanhado dos pesquisadores Márcia Vizotto e Carlos Roberto Martins. A Embrapa pretende firmar parceria com o Colégio Politécnico, com o objetivo de realizar pesquisas conjuntas em prol do desenvolvimento da cultura da nogueira-pecã.

Os pesquisadores da Embrapa foram recebidos pelo professor Diniz Fronza. Ele atua no setor de fruticultura do Colégio Politécnico, que já treinou mais de 1.700 pessoas para o manejo da nogueira. Além disso, o setor tem três áreas de pesquisa onde a cultura tem sido estudada nos últimos 14 anos, tornando o colégio referência nacional neste tipo de cultivo. Atualmente há no Brasil aproximadamente 10 mil produtores de nogueira, cuja área plantada aumenta 2 mil hectares a cada ano no país.

Fonte: UFSM  

Maçãs que não apodrecem chegarão aos mercados dos EUA em 2016

Foto: InfoAbril
As maçãs modificadas geneticamente que não se oxidam chegarão ao mercado americano em 2016, com a esperança de que diminua o desperdício desta fruta e que o mercado seja ampliado, mas com a desconfiança de algumas organizações com relação aos alimentos alterados.

O Departamento de Agricultura (USDA) dos Estados Unidos concluiu, uma vez finalizada uma "rigorosa revisão científica", que "é pouco provável" que as variedades desenvolvidas pela companhia canadense Okanagan Specialty Frutis "representem um risco" para outros cultivos, motivo pelo qual autorizou seu cultivo no país.

As variedades "Arctic Granny" e "Arctic Golden" serão as primeiras maçãs alteradas em laboratório que entrarão no mercado americano, afirmou em declarações à Agência Efe o presidente da companhia canadense, Neal Carter.

A empresa enviou seu pedido ao Departamento de Agricultura em maio de 2010, mas "estivemos recolhendo dados para que fossem revisados muitos anos antes", disse Carter, que explicou que as "Arctic" são plantadas em campos de teste desde 2003.

As maçãs foram modificadas para evitar que, uma vez cortadas, se oxidem ao estar em contato com o oxigênio, uma reação natural que faz com que escureçam e causem rejeição nos consumidores, segundo a companhia.

"Nossas pesquisas de mercado mostraram que a maioria dos que consomem maçãs estão interessados que elas não fiquem marrons, portanto estamos convencidos de que haverá uma grande demanda uma vez que cheguem às lojas", comentou Carter.

A ideia surgiu ao detectar-se uma estagnação no consumo de maçãs enquanto outros produtos, como as mini cenouras, se impunham como uma alternativa saudável para comer entre as refeições.

Um êxito que procura igualar impulsionando a distribuição de maçãs já picadas, que representam apenas 2% do mercado, indicou.

As maçãs são um dos alimentos mais desperdiçados no planeta, em "grande parte" por conta do aspecto marrom que adquire depois de cortada, motivo pelo qual estas duas variedades "podem ajudar que mais gente coma maçãs, enquanto reduzimos o desperdício de alimentos", segundo Carter.

Mas nem todos elogiam este produto, que gera também desconfiança.

O Centro para a Segurança de Alimentos, uma ONG dedicada à proteção da saúde humana e do meio ambiente, considera que "este produto é totalmente desnecessário e representa numerosos riscos para os cultivadores de maçãs, a indústria alimentícia e os consumidores", disse seu diretor-executivo, Andre Kimbrell, em comunicado.

A companhia conseguiu "silenciar" um gene da fruta manipulando as moléculas do ácido ribonucleico para evitar que as enzimas (polifenol oxidasa) que produzem esta reação se manifestem.

A organização indica que a engenharia genética, como uma forma habitual de cultivar, pode contaminar outras plantações e questiona o impacto da alteração nos genes das maçãs.

As autoridades agrícolas americanas indicaram que, apesar de recolherem as preocupações sobre a segurança destas maçãs para o consumo humano, seu campo de ação se baseia no potencial perigo para outros cultivos.

As frutas serão etiquetadas com um adesivo que especifica que se trata de maçãs "Arctic" para diferenciá-las do resto.

"Isto permitirá que os que busquem nossas maçãs, possam encontrá-las e, os consumidores que prefiram evitar produtos biotecnológicos, distingui-los", indicou Carter, que defendeu que se trata de um produto totalmente confiável.

"São as maçãs que mais passaram por testes no mundo" afirmou, ao mesmo tempo em que assegurou que "nós e nossas famílias comemos muitas 'Arctic'".

As maçãs já foram provadas em campos dos estados de Washington e Nova York, embora não devam estar no mercado pelo menos até o final do ano que vem.

Depois, Carter calcula que sua introdução no mercado aumentará progressivamente e, apesar de reconhecer que será lenta, espera que se mantenha sustentada, embora a última palavra será do consumidor.

Fonte: Agencia EFE/Info Abril