sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Preços do cacau atingem máxima de 4 anos e meio por preocupação com Costa do Marfim

Fonte: Divulgação Agrolink
Os contratos futuros do cacau atingiram uma nova máxima de quatro anos e meio nesta quinta-feira na bolsa de Londres com preocupações com o clima seco durante o verão na Costa do Marfim, maior produtor global, e com sinais técnicos após um mês de altas.

Operadores disseram que o mercado está observando atentamente o fluxo de cacau que sai da Costa do Marfim, com alguns estimando que os embarques podem começar a cair em breve.

"As chegadas de cacau nos portos esta semana devem ficar mais perto de 50 mil toneladas do que de 60 mil toneladas, o que é um passo certo na direção de preços mais elevados", disse um analista.

O Commerzbank disse, em uma nota, que "agentes do mercado acreditam que a alta de preços deve-se aos temores de que o tempo seco que prevaleceu nas áreas cultivo da Costa do Marfim em agosto e setembro pode ter prejudicado a safra principal que está atualmente sendo colhida."

O contrato futuro do cacau com vencimento em março tocou 2.245 libras por tonelada, maior valor para o segundo contrato desde março de 2011.

Os preços acumulam alta de cerca de 8 por cento desde meados de outubro.

Citros/Cepea: vendas de laranjas diminuem, mas preço segue firme



Fonte: Divulgação CEPEA
As vendas de laranja diminuíram nesta semana no mercado paulista in natura. Segundo colaboradores do Cepea, a paralisação de caminhoneiros foi o principal motivo. Apesar de os impactos da greve não serem observados em todos os estados, o temor de que as cargas ficassem paradas nas estradas, podendo haver perdas ou redução na qualidade, fez com que compradores reduzissem os pedidos.

Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a pera tem média de R$ 15,97/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 1,3% ante a semana passada. Quanto ao mercado de lima ácida tahiti, os preços recuaram novamente com força. A elevada disponibilidade de frutas de baixo calibre é o principal motivo da retração, já que produtores tentam aproveitar o período de preços altos para escoar pelo menos parte da produção.

Na parcial da semana, a tahiti tem média de R$ 61,31/cx de 27 kg, colhida, queda de 20,2% em relação à anterior. Na próxima semana, os valores devem continuar em baixa, por conta da crescente oferta de frutos miúdos.

Fonte: Cepea/Esalq

RJ: cultivares de maracujá com alta produtividade e resistência a doenças atraem público nacional e estrangeiro


Um grupo de quinze colombianos dentre empresários, produtores, técnicos, cientistas e membros do Governo estiveram no Brasil na última semana para discutir estratégias para preservação, conservação, uso de recursos genéticos e desenvolvimento de novas cultivares de maracujá. Eles realizaram, com produtores e técnicos brasileiros, visitas ao Banco de Germoplasma &39;Flor da Paixão&39; da Embrapa Cerrados e a fruticultores altamente tecnificados da região de Planaltina (DF).

Também participaram do Dia de Campo APL Maracujá e do Seminário sobre Aproveitamento dos Resíduos das Indústrias de Suco e Polpa de Maracujá, em Bom Jesus de Itabapoana (RJ), promovido pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, em conjunto com a Embrapa Cerrados, Embrapa Agrobiologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF- Bom Jesus do Itabapoana-RJ), Universidade Estadual Norte Fluminense (Uenf), Empresa Extrair Óleos Naturais e outros parceiros.

As Redes de Pesquisas em Melhoramento Genético e Desenvolvimento Tecnológico das Passifloras, liderada pela Embrapa Cerrados, e o Projeto Arranjo Produtivo Local (APL) do Maracujá, liderado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, conquistaram significativos resultados nos últimos anos no Brasil; o que atraiu o interesse do Corporación Centro de Desarrollo Tecnológico de las Pasifloras de Colombia-Cepass. O Programa de Melhoramento Genético de Passiflora da Embrapa Cerrados trabalha com mais de 80 espécies nativas de maracujá e muitas delas produzem frutos comestíveis de grande valor comercial.

Entretanto, apenas a espécie Passiflora edulis Sims (maracujá azedo) possui cadeia produtiva totalmente estruturada no Brasil. Recentemente, foi lançada a cultivar de Passiflora setacea D.C. BRS Pérola do Cerrado (www.cpac.embrapa.br/lancamentoperola) que tem sido muito bem aceita pelos produtores e consumidores, de modo que a cadeia produtiva está sendo fortalecida e estruturada a cada dia. "Os colombianos trabalham com seis espécies de passiflora, e boa parte da produção vai para exportação com alto valor agregado. Temos muito o que aprender com eles em relação ao uso da biodiversidade nativa e ao desenvolvimento de estratégias de comercialização", afirma Fábio Faleiro, pesquisador da Embrapa Cerrados.

Já os colombianos foram atraídos ao Brasil pelo sistema produtivo do maracujá com frutos geneticamente melhorados e pelo processo de aproveitamento de resíduos resultantes da produção de sucos e polpas. Produtores brasileiros chegam a produzir mais de 50 toneladas de maracujá por hectare por ano utilizando cultivares melhoradas geneticamente e tecnologias no sistema de produção com as podas, adubações, irrigação e polinização manual.

Dia de Campo APL Maracujá
Com o grupo de colombianos, mais de cento e sessenta pessoas participaram do Dia de Campo do Projeto APL Maracujá, realizado no IFF-Bom Jesus de Itabapoana – RJ e na Unidade Demonstrativa de São José de Ubá (RJ) no dia 5 de novembro. A abertura contou com presença do Secretário Municipal de Agricultura, Sebastião Vieira, da Pró-Reitora de Extensão do IFF, Paula Bastos e do Presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura e Professor da Universidade do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Almy Carvalho. "Na cultura do maracujá são os pequenos produtores rurais que demandam mais tecnologia e inovação. Por isso, é preciso fortalecer a rede de pesquisa e extensão, conectar os elos da cadeia produtiva e dialogar mais para ter comprometimento para superar os desafios ainda presentes aqui no Estado do Rio de Janeiro", afirmou o líder do projeto APL Maracujá e pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Sergio Cenci.

Na parte da manhã foram realizadas seis palestras, com destaque para os avanços no sistema produtivo e novas cultivares resistentes às pragas e doenças, desenvolvidas pela Embrapa e Uenf, e novos produtos dos resíduos da indústria de suco e polpa de maracujá. "Isso deve atrair novos produtores para a cultura do maracujá nessa região", ressaltou Clinimar Amaral, responsável pela Unidade Demonstrativa do projeto APL Maracujá de Bom Jesus do Itabapoana (RJ).

Na visita à Unidade Demonstrativa de São José de Ubá (RJ), no Sítio Boa Mente, de propriedade do Sr. José Roberto, os participantes puderam ver o uso da tecnologia de porta-enxertos em variedades desenvolvidas pela Embrapa, como o BRS Sol do Cerrado, BRS Gigante Amarelo e o BRS Rubi do Cerrado, como solução para o problema de morte prematura das plantas do maracujá. O plantio de pouco mais de 400 pés de maracujá consorciado com citrus (laranja) garante uma boa renda para a família. "Cheguei a colher onze toneladas na primeira colheita e a vender o quilo de maracujá a cinco reais. Além disso, o custo de produção de maracujá é baixo, comparado a outras culturas", conta o produtor rural, José Roberto.

Inovação tecnológica para aproveitamento dos resíduos da indústria de maracujá
Das 900 mil toneladas de colheita anual de maracujá no Brasil, cerca de 40% vai para a indústria, especialmente para produção de sucos e polpas. O fruto do maracujá é constituído de casca (50%), polpa (35%), sementes e arilo (15%); ou seja, cerca de dois terços da fruta ainda são descartados pela indústria. Um estudo prévio realizado pela Uenf indica que um valioso tesouro está indo para o lixo. "O suco não é o produto de maior valor agregado, e sim os coprodutos resultantes do aproveitamento dos resíduos", afirmou o Professor Éder Dutra, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf).

O adequado tratamento e purificação das cascas, do arilo e das sementes do maracujá, resultantes do processamento para produção industrial de sucos e polpas podem gerar produtos com alto valor comercial para a indústria alimentícia e cosmética. Duas patentes relativas a esses processos já foram depositadas pela Uenf e Embrapa no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Um equipamento que segue esses processos também está em vias de produção pela empresa Zontainox, parceira do projeto.

Assim, os coprodutos do processamento do maracujá poderão ser mais facilmente obtidos com esse equipamento acoplado à linha de produção, que deve multiplicar o ganho para as indústrias alimentícias. "Faltava tecnologia aqui no Brasil, mas estamos trabalhando para lançar esse equipamento inovador. A previsão é que chegue ao mercado em 2016", contou Sandro Reis, da Indústria Extrair Óleos Naturais.

Durante o Seminário sobre Aproveitamento dos Resíduos das Indústrias de Suco e Polpa de Maracujá realizado, foram apresentados estudos e tecnologias para utilização culinária do óleo de maracujá, para produção de farinha rica em pectina a partir do arilo seco da polpa e do albedo da casca, além do uso da semente desidratada diretamente pela indústria de alimentos. "Estamos montando um cluster industrial para pequenos produtores de passiflora, por isso viemos aprender com a experiência do Brasil com produção industrial e aproveitamento de resíduos", disse a Diretora do Cepass-Hiula da Colômbia, Marisol Parra.

O processamento do fruto de maracujá também atraiu os empresários da Bionergia Orgânicos, Osvaldo Araújo e Evanilson Montenegro, da cidade de Lençóis na Bahia. Em uma área de cerca de 3.500 hectares, eles trabalham em um dos maiores projetos agroindustriais de fruticultura orgânica do país, em parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA). Lá, já estão sendo cultivados com sucesso, diferentes variedades de maracujá no sistema orgânico, além de inúmeras outras frutas como acerola, manga, goiaba, umbu e abacaxi.

O projeto prevê a formação de parcerias produtivas com incentivo à agricultura familiar. "Em até dois anos, pretendemos estar com a indústria de polpas de frutas em operação. Como trabalhamos em um sistema de produção com tecnologias limpas e sustentáveis, interessa-nos utilizar o processo de reaproveitamento de resíduos", disse o empresário Osvaldo Araújo, da Bioenergia Orgânicos. O evento também atraiu os empresários da Doce Vida Alimentos de Anápolis (GO), interessados na tecnologia de produção de óleo da semente e da farinha da casca do maracujá.

Curso de Especialização em Produção Integrada de Frutas

LOCAL DO CURSO: CAMPUS DE BAURU - UNESP (FUNDEB)


É um sistema de produção sustentável, mais eficiente na aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, utilizando instrumentos adequados de monitoramento dos procedimentos e a Rastreabilidade de todo o processo, tornando-o economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. As boas práticas agrícolas propostas pela Certificação em Produção Integrada permite a oferta de frutos com segurança alimentar.

A Certificação na Produção de Frutas conhecida por Globalgap é uma exigência obrigatória no processo de Exportação, sendo que suas normas envolvendo os aspectos tecnológicos, sociais e ambientais, representam uma crescente demanda de mercado por parte das empresas produtoras de frutas e certificadoras, que muitas vezes, possuem dificuldades em encontrar profissionais habilitados neste segmento. Além disso, observa-se claramente uma valorização crescente por frutos com rastreabilidade e segurança alimentar pelos consumidores no mercado interno, onde as boas práticas agrícolas envolvidas no processo de produção são indispensáveis. Apesar de não ser aceita pelo mercado internacional equivalência entre as Certificações Globalgap e Produção Integrada (PI) na exportação de frutas, ambas possuem a mesma filosofia, sendo que a PI é mais específica, pois foi elaborada com a participação efetiva do setor produtivo, ensino, pesquisa e extensão, focada em cada frutífera. Atualmente as fruteiras de maior expressão econômica já possuem estabelecidas as normas técnicas para adesão voluntária a Certificação e encontram-se publicadas no MAPA. Pelo exposto, o Curso de Especialização envolvendo 22 docentes de 05 Campus da UNESP, APTA, ESALQ/USP, WQS Certificadora e Consultores privados, pretende aprimorar a formação de graduados em Ciências Agrárias, Biológicas e de Administração, visando contribuir com material humano qualificado nos processos de Certificação e Produção Sustentável de Frutas.

Docentes da UNESP envolvidos: Bauru, Botucatu, Jaboticabal, Ilha Solteira e Registro;

Entidades parceiras: APTA, ESALQ/USP, CATI, HOLANTEC, WQS Certificadora.

Neste sentido, o Departamento de Ciências Biológicas (DCB) da Faculdade de Ciências da UNESP – Campus de Bauru, com o objetivo de atender a esta demanda de mercado e necessidade de formação e atualização continuada destes profissionais, criou o o Curso de Especialização em Produção Integrada de Frutas – CEPIF.

O curso é regido pela Regulamentação dos Cursos de Especialização da UNESP (Resolução UNESP n.36/2015) e será ministrado por um corpo docente altamente qualificado e com larga experiência profissional em sua área de atuação, tendo uma carga horária total de 498 horas.


PÚBLICO ALVO: Profissionais das áreas afins às Ciências Agrárias, Biológicas e Administração.

PROCESSO SELETIVO 2016

Período de Inscrição: 04/01/2016 a 29/01/2016

Período de Seleção: 01/02/2016 a 05/02/2016

Resultado do Processo Seletivo: 10/02/2016

Prazo para recurso: 11 e 12/02/2016

Análise do recurso: 18/02/2016

Período de Matrícula: 22/02/2016 a 26/02/2016

Período de aulas do Curso: 04/03/2016 a 24/06/2017 – acesse aqui o cronograma completo

Entrega da versão da monografia para defesa: 15/07/2017

Horário das aulas: Sábados das 8 h às 18 horas – semanalmente com férias entre os 03 módulos.

Número mínimo de vagas: 20 vagas

Número máximo de vagas: 28 vagas

Edital: em breve

MAIS INFORMAÇÕES

Seção Técnica de Pós-graduação da Faculdade de Ciências de Bauru

Telefone: (14) 3103-6077 ou (14) 3103-6174


FUNDEB – Fundação para o Desenvolvimento de Bauru

Secretaria dos Cursos de Especialização

Telefone: (14) 3281-6038 – ramal 6946

Fortalecimento da economia no bloco sul-americano depende de acordos multilaterais


Acordos comerciais multilaterais têm impacto concreto e contribuem para o desenvolvimento da economia de seus signatários. O Tratado de Livre Comércio Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), assinado em outubro após longos anos de negociações, busca eliminar todas as barreiras tarifárias e não tarifárias de exportação entre seus membros. A dinâmica das negociações internacionais entre governos com o apoio da iniciativa privada, pautou o último dia do 3º Fórum de Agricultura da América do Sul em Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer (MON).

O TPP foi assinado por 12 países que controlam 40% da economia mundial, 40% dos investimentos e 25% do comércio internacional. Na América do Sul, apenas Chile e Peru compõem o acordo. Segundo a adida agrícola do Chile no Brasil, Maria José Campos Herrera, a adesão ao tratado só foi possível porque o grupo de negociações conseguiu ouvir as reivindicações do governo, da iniciativa privada e das organizações civis. “E trabalhávamos sempre com informações atualizadas, para conseguirmos identificar onde estavam as áreas sensíveis e os pontos de interesse.”

O sócio do escritório de advocacia Porter Wright Morris & Arthur dos Estados Unidos, Leslie Glick, também participou da conferência “Negociações internacionais sob a perspectiva do comércio agrícola”, que foi moderada pelo consultor da Legex, Fabio Carneiro Cunha.

Os entraves internos e custos que diminuem a competitividade do bloco em relação a outros continentes também foram destrinchados durante o Outlook Forum. Na sexta-feira (13), o déficit energético enfrentado por países como o Brasil foi tema da conferência “O custo e a economia da energia renovável”, que contou com a presença de Julio Minelli, diretor superintendente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (APROBIO), Maurício Pellegrino, diretor da EnergiCiti, Ricardo Blady, vice-presidente da Nexsteppe na América do Sul.

Segundo os especialistas, as alternativas ao impacto do aumento da tarifa elétrica no agronegócio estão nas próprias propriedades, como as gorduras animais e os óleos recuperados, e atividades do setor. “Muito daquilo que não se presta atenção dentro na propriedade pode ser insumo para se resolver o problema de um outro insumo – energia elétrica – de modo a transformar esse repentino momento de custos em oportunidade”, afirma Maurício Pellegrino.

Encerramento

A conferência de encerramento “A responsabilidade e os desafios da América do Sul rural” apontou a necessidade de se derrubar fronteiras entre a cidade e o campo. De acordo com a representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura do Chile (IICA) e secretária técnica do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), Maria Alejandra Sarquis, o público urbano precisa ser comunicado sobre os benefícios gerados pelo agronegócio. Em sua opinião, tem muita coisa no dia a dia das pessoas que vem da agricultura que ainda é desconhecido.

O diretor do departamento de economia agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Wilson Vaz de Araújo, salientou a importância de se aumentar o subsídio à atividade agrícola para o crescimento da competitividade no agronegócio mundial.

Enxertia e poda verde em videiras são temas de Dia de Campo em Dois Lajeados


A Emater/RS-Ascar e a Embrapa Uva e Vinho realizaram, na quinta-feira (12/11), um Dia de Campo sobre enxertia e poda verde em videiras. A atividade, acompanhada por cerca de 70 agricultores dos municípios de Dois Lajeados e Muçum, foi realizada na propriedade do agricultor Azis Ferrari, da localidade de Linha Emília, em Dois Lajeados. Na ocasião, foram disponibilizadas duas estações com os temas "Enxertia verde na videira", ministrada pelo analista da Embrapa Uva e Vinho, Daniel Grohs, e "Manejo da copa e poda verde", apresentada pelo técnico Roque Zílio, da mesma entidade.

Manejo integrado das doenças da videira, qualidade de mudas e opções de cultivares desenvolvidas pela Embrapa também foram tratados por meio de materiais entregues aos agricultores. Para o anfitrião, foi uma grande satisfação poder receber um grupo grande de produtores para trocas de experiências e aquisição de conhecimentos. Ainda que já esteja na atividade desde 1992, Ferrari garante sempre ter o que aprender e melhorar. "O manejo da uva tem algumas exigências que obrigam o produtor a se qualificar para não ficar pra trás", analisa.

Com cinco hectares de área em produção, Ferrari colhe por safra cerca de 150 toneladas de frutos, que são vendidos para três cantinas da Serra Gaúcha. Além de uvas, o agricultor possui cinco hectares de milho para silagem, também comercializados, na propriedade que divide com a esposa, filha e mãe. "Posso dizer que estou satisfeito, apesar das dificuldades enfrentadas nesse ano em razão do clima", salienta o agricultor, que antes de retornar à propriedade dos pais trabalhava como "peão", como ele mesmo define, para outro produtor.

O agricultor Cláudio Zanotelli, da Linha 20 de Setembro, em Muçum, também se queixa das condições climáticas desse ano - com períodos de muita chuva, intercalados com dias frios e de calor. Ainda assim, não desanima. Na última safra colheu cerca de 15 toneladas de uvas Bordô e Francesa, variedades que cultiva em uma área de um hectare. "Para este ano plantei mais meio hectare e penso que posso ir crescendo daqui para frente", projeta o produtor, que recebe uma média de R$ 0,90 por quilo da fruta.

Ainda que os produtores estejam animados com a manutenção de suas videiras, um levantamento recente feito com o apoio da Emater/RS-Ascar constatou a redução da área plantada e do número de agricultores envolvidos com a atividade nos últimos anos. "Em 2009, tínhamos 225 viticultores e uma área plantada de 800 hectares", recorda o técnico agrícola da Instituição, Jorge Capellaro. Hoje, são 500 hectares e em torno de 180 produtores envolvidos com a atividade. "Muitos investiram na bovinocultura leiteira, que tem se fortalecido nos últimos anos como alternativa de renda permanente e mais segura", ressalta.

A explicação de acordo com o supervisor regional da Emater/RS-Ascar, Cezar Burille, está nos problemas enfrentados pelos agricultores, que podem ter influenciado nessa redução. O surgimento de doenças de solo em muitas áreas, a falta de mão de obra, o atraso no pagamento das entregas pelas empresas compradores e a remuneração reduzida são apontados como fatores determinantes para essa mudança de cenário. "Dificilmente esses números voltarão a aumentar, sendo importante, por isso, qualificar os agricultores que permanecem na atividade, por meio de ações como a de hoje", finaliza Burille.

Fonte: Emater - RS

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Feira de agronegócios discute produção de abacaxi em Frutal

Evento será realizado nos dias 20, 21 e 22 de novembro.
Produção no município chegou a 82,8 mil toneladas na safra 2014/2015.


Foto: Eliete Marques/G1
Com o objetivo de fechar novos negócios e trocar informações técnicas, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) promove nos dias 20, 21 e 22 de novembro, no distrito de Aparecida de Minas, em Frutal, a Feira Regional do Agronegócio do Abacaxi. Além dos agricultores locais, o evento reunirá ainda, produtores da fruta de toda a região.

Segundo a Emater, o distrito de Aparecida de Minas concentra o maior número de produtores de abacaxi de Frutal. Dos cerca de 200 agricultores que se dedicam à abacaxicultura no município, cerca de 160 são da comunidade. Só na safra 2014/2015, a produção no município chegou a 82,8 mil toneladas da fruta.

“O objetivo é compartilhar conhecimentos sobre a cultura do abacaxi, trocar experiências e ainda ter a oportunidade de fechar negócios”, explicou o gerente regional da Emater-MG, Gustavo Laterza, sobre o evento. Segundo o gerente, a empresa vai manter um plantão técnico à disposição dos participantes da Feira, para eventuais dúvidas e informações.

No sábado (21), a Feira de Agronegócio do Abacaxi realizará uma mesa redonda para debater a implantação de um programa interinstitucional de modo a fomentar o plantio da fruta e sua qualidade.

Ainda durante o evento, a Emater será responsável por ministrar uma oficina e ensinar preparo de pratos que levam o abacaxi com ingrediente. Segundo a técnica em bem-estar social da empresa, Regina Célia Martins, será uma oficina que atuará como um estímulo aos participantes. “Vamos preparar três receitas, mas esse trabalho será apenas o início de muitos. Para o ano que vem pensamos em um curso”, argumentou Martins.

A oficina será também no sábado, das 8h às 12h, na Escola Municipal Rural, local onde também ocorrerão as palestras do evento.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (34) 3423-6002 ou no e-mail: agricultura@frutal.mg.gov.

Fonte: G1

Pesquisa utiliza ácaros no controle biológico de produção de morangos

Pesquisa da Univates evita que produtores utilizem pesticidas
 (Foto: Tuane Eggers / Univates)

Os ácaros são seres tão pequenos que, muitas vezes, nossos olhos não são capazes de vê-los. Eles estão em todos os lugares e são, inclusive, causadores de doenças – tanto em espécies animais quanto em vegetais. Mas o que poucos imaginavam é que os próprios ácaros poderiam ser utilizados no controle biológico de plantações de alimentos. É nesse contexto que atua a equipe do Laboratório de Acarologia, coordenada pelo professor doutor Noeli Juarez Ferla, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Univates (PPGBiotec).

Há cerca de dez anos, os pesquisadores envolvidos com o local desenvolvem trabalho conjunto com produtores de morango de municípios dos Vales do Taquari e Caí, bem como os da Serra Gaúcha. Os produtores buscam na Univates aquilo que evita que utilizem pesticidas em suas plantações: ácaros predadores que se alimentam de outros ácaros que estão prejudicando suas plantas.

Conforme explica o professor Ferla, existem dois grupos de ácaros: aqueles que se alimentam de plantas (herbívoros) e aqueles que se alimentam de suas presas (predadores). "Os ácaros predadores são orientados por odores e reconhecem suas presas. Então, os predadores só comem aquilo que reconhecem como presa. No ambiente controlado do laboratório são testadas como essas relações acontecem, para que possam ser aplicadas no ambiente natural", conta.

De acordo com Ferla, trata-se de produção de tecnologia de conhecimento prático. A equipe coleta os ácaros e os leva ao laboratório para observá-los em nível microscópico. Em seguida, os pesquisadores aumentam as populações dos predadores e os devolvem para fazer o controle nas plantações. "A gente faz com que determinados problemas resolvam-se mais rapidamente", ressalta.

Outro fato destacado por Ferla é que o sabor produzido pelas plantas está diretamente ligado à reação a determinados organismos. "O morango produzido pelo controle biológico, por exemplo, tem um sabor mais doce ou natural. É no momento em que a planta se defende de alguns organismos que ela produz o sabor (substâncias secundárias) e, com a utilização de ácaros, podemos controlar a quantidade de organismos que queremos manter. Isso não acontece com o uso de pesticidas, pois eles acabam com todos os seres e, assim, as plantas perdem a possibilidade de produzir seu odor e, por consequência, o seu sabor", comenta.

São fornecidos, atualmente, ácaros predadores que sobram das pesquisas para produtores que possuem desde 200 plantas até 35 mil plantas de morango. Segundo o professor Ferla, outro benefício do controle biológico é a diminuição dos custos de produção, já que não é necessária a compra de pesticidas e outras substâncias químicas.

O processo de controle biológico com ácaros é lento. No primeiro ano, devido ao ambiente estar muito desequilibrado, ou seja, intoxicado, os ácaros herbívoros não diminuem tanto. O resultado é melhor percebido depois de dois ou três anos. "O aparecimento de ácaros praga (herbívoros) em altas populações é um indicador de ausência de qualidade ambiental, sendo assim definidos como indicadores ambientais. O que estamos fazendo é reestabelecer o ambiente e, por isso, os estudos em laboratório precisam entender como estaria o ambiente em situação natural", acrescenta o pesquisador.

Fonte: Univates 


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mercado de defensivo biológico pode crescer até 20% ao ano no Brasil


O mercado de defensivos agrícolas biológicos no Brasil deve registrar crescimento entre 15% a 20% nas vendas dos próximos anos. A projeção foi divulgada nesta terça-feira (10.11) em São Paulo pela Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), entidade que reúne os principais produtores dessa indústria no País, como Simbiose, Biocontrole, Agri Haus, Bug, Bayer, Ihara, Basf, Arysta e FMC, entre outras.

A indústria de defensivos agrícolas biológicos no Brasil conta com 51 empresas detentoras de registros no País. Há 118 produtos comerciais liberados (incluindo 36 emergenciais). Destes, 83 são “microbiológicos” (fungos, bactérias e vírus) e 35 “macrobiológicos” (parasitas, predadores e parasitóides). Apenas em 2015 foram registrados 20 novos produtos, um crescimento até agora de mais de 135% sobre a média dos últimos seis anos (8,5).

“O rápido crescimento do mercado de defensivos biológicos se deve ao elevado custo para o desenvolvimento de um novo defensivo químico, em torno de US$ 250 milhões, à maior demanda da sociedade e também dos órgãos reguladores pela produção de alimentos sem resíduos e também ao fato de o defensivo biológico, quando utilizado em alternância com os produtos químicos, permitir um prolongamento da vida útil dos defensivos químicos”, explicou Pedro Faria Jr., presidente da ABCBio. 

Faria Jr. aponta ainda outros fatores para esse expressivo crescimento: foco maior em uma agricultura sustentável; maior resistência das pragas aos defensivos químicos; oferta limitada de novas moléculas pelos produtores de defensivos químicos; expressivo avanço tecnológico verificado na área de defensivos biológicos, com o desenvolvimento de formulações mais eficientes e com maior vida de prateleira. 

De acordo com o dirigente, o segmento foi favorecido ainda pelos recentes e graves problemas fitossanitários surgidos em algumas culturas no Brasil. “O exemplo mais marcante dessa situação foi o aparecimento da Helicoverpa armigera, uma nova praga que já causou enormes prejuízos aos agricultores brasileiros e cujo controle, economicamente viável, só foi conseguido graças à introdução de inseticidas microbiológicos e de insetos parasitoides no plano de manejo de pragas”, explicou Faria Jr.

Integrante do Conselho da ABCBio, Ari Gitz acrescenta que há casos em que a prática do manejo integrado de pragas (MIP) tem gerado economia de até 26% em comparação com o tradicional. “A principal tendência no mercado é de que os biodefensivos acabem tendo uma convivência harmoniosa com os defensivos químicos”, comentou ele. 

Dirigentes da ABCBio ressaltaram também a decisão tomada pelos organismos certificadores de permitir que os defensivos biológicos fossem registrados por alvo. Isso permitiu que pudessem ser utilizados em todas as culturas.

Em função de todos esses fatores, as maiores empresas mundiais de defensivos biológicos escolheram o Brasil para ser a sede do Congresso Internacional de Biocontrole. Coordenado pela pela ABCBio, o evento está programado para os dias 15 a 17 do mês de novembro de 2016 em Campinas (SP).

Por: Agrolink

Brasil levará ao G20 proposta para países contra subsídios agrícolas

Subsecretário, no entanto, diz não ter 'grande expectativa'. Reunião de cúpula do G20 ocorre nos dias 15 e 16 de novembro.

O Brasil vai apresentar ao G20 uma proposta para que os países do grupo se comprometam a não aumentar os subsídios domésticos e de exportação a produtos agrícolas em face na queda nos preços internacionais das commodities, mesmo sem esperanças de obter a aprovação dos países da União Europeia e dos Estados Unidos.

"Na situação atual de queda dos preços agrícolas é um compromisso que deveria ser feito, mas é polêmico com os países desenvolvidos”, afirmou subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey.

“Não tenho grande expectativa de que vamos ter um bom resultado, mas é importante levantar essa questão. Nossa proposta é que o G20 deveria fazer um compromisso para evitar aumentar esses subsídios. Não é um compromisso legalmente vinculante, mas representa um compromisso moral", disse.

A reunião de cúpula do G20 ocorre nos dias 15 e 16 de novembro, na cidade de Antália, na Turquia.

A proposta brasileira foi levada à reunião de negociadores do G20 e não foi recebida com muito entusiasmo por parte da União Europeia, que preferiu alegar que o grupo não seria o fórum adequado para discutir os subsídios e que um debate já estava acontecendo na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Os países europeus eliminaram os subsídios à exportação em 2013, mas os transformaram em pagamento direto aos produtores. De acordo com dados da Comissão Europeia, o programa teve em 2014 60 bilhões de euros em 2014, distribuídos para os 28 países membros da UE.

O Brasil recebeu apoio, até agora, apenas de Argentina e Rússia, dois países que também têm boa parte das suas pautas de exportação apoiado nas commodities.

A alegação do Brasil é que, se os países mais ricos elevarem os subsídios para seus produtores e mantiverem os preços locais em um patamar mais alto, prejudicarão justamente a economia dos mais pobres, que já sofrem com a queda dos preços internacionais.

“É um compromisso moral que acreditamos que os países podem assumir, como já fizeram em outras questões, como na dos subsídios aos combustíveis fósseis”, afirmou o embaixador.

A proposta brasileira é mais uma forma de pressão do que algo que efetivamente pode se concretizar. Um dos pontos centrais da diplomacia comercial brasileira é tentar reduzir os subsídios agrícolas, que ferem diretamente as exportações do país.

O governo brasileiro alega que, quando os preços das commodities subiram demais, prejudicando os países mais ricos, a discussão foi levada ao G20 e se debateu uma forma de controlar a alta, mesmo que o assunto não tenha sido levado adiante. Agora, que os mais pobres seriam mais prejudicados, seria necessário também debater o tema.

Uma outra discussão, dessa vez vinculante, ocorre na OMC. O Brasil e outros países exportadores advogam por uma proibição nos subsídios à exportação de commodities.

“Esperamos que se consiga um acordo para a reunião de Nairóbi”, afirmou Cozendey, referindo-se ao encontro anual da OMC em dezembro, no Quênia.

Fonte: Globo Rural

Laranja Mombuca é rica em licopeno potente agente antioxidante natural que ajuda prevenir o câncer


Foto: Divulgação IAC
A laranja Sanguínea de Mombuca, desenvolvida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, variedade de laranja de polpa vermelha, é rica em licopeno, carotenoide existente nos tomates e um dos mais potentes agentes antioxidantes naturais, pode ajudar na prevenção do câncer em razão da capacidade do carotenoide de proteger moléculas, incluindo o DNA, da ação de radicais livres. O IAC já desenvolveu 130 materiais, incluindo variedades-copa e porta-enxertos, todos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Apesar do nome, a Sanguínea de Mombuca não faz parte da família das laranjas sanguíneas. Ela compõe o grupo das laranjas de polpa vermelha. Enquanto as sanguíneas contam com polpa e suco de coloração parecida com a da beterraba, devido à presença da antocianina, as laranjas de polpa vermelha são de coloração intensa graças ao licopeno e de maiores teores de betacaroteno. “A variedade contém entre 0,5 e 3,1 mg de licopeno por litro de suco, enquanto no suco da laranja Pêra, não há este carotenoide”, afirma o pesquisador do IAC, Rodrigo Rocha Latado.

Estudos realizados no exterior (Agarwal, 2000; Michaud 2000) demonstraram que o licopeno, presente nos frutos da Sanguínea de Mombuca, pode ajudar na prevenção do câncer em razão da capacidade do carotenoide de proteger moléculas, incluindo o DNA, da ação de radicais livres.

De acordo com Latado, quanto mais intensa a coloração, maior valor de mercado pode ser agregado à fruta e ao suco. “O custo de produção é o mesmo, mas o consumidor prefere o suco de cor intensa. É possível agregar valor à produção de laranjas e de suco no Brasil com o uso de laranjas de polpa vermelha”, diz o pesquisador do IAC.

O citricultor que optar pela Sanguínea de Mombuca não terá qualquer custo adicional nas lavouras. A variedade é precoce e tão produtiva quanto às laranjas chamadas claras, como a Pêra ou Valência. As técnicas de manejo usadas são as mesmas. Além disso, o fruto também é doce, de boa qualidade para o mercado consumidor e pode ser cultivado em qualquer região do Estado de São Paulo.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, ressalta que a pesquisa que gera novas variedades como esta são de fundamental importância não somente para o produtor, mas também para a população em geral. “Produzir alimento saudáveis e que podem gerar mais renda ao produtor é de fundamental importância e está dentro da linha de trabalho estabelecida pelo governador Geraldo Alckimin para a Secretaria de Agricultura”, destaca Arnaldo Jardim.

A laranja Sanguínea de Mombuca está sendo cultivada em plantios semi-comerciais e comerciais, ainda em pequenas áreas. Caso seja aprovada nos testes de processamento industrial de suco, possivelmente terá a área de plantio ampliada. “Uma vez que se tenham grandes plantações dessa variedade, possivelmente um excesso de produção anual deverá resultar na destinação de frutos ao mercado de frutos de mesa”, explica Latado.

Fonte: Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Aberta a temporada do abacaxi de Turiaçu, um dos mais doces do país

Cultivo do item é uma das principais atividades de Turiaçu, no oeste do MA.
Fruta tem sabor extremamente doce e quase não possui acidez.


(Foto: Reprodução/TV Mirante)
Ele viaja mais de 470 km para chegar a São Luís e é uma das frutas mais procuradas nas bancas espalhadas pela cidade. O abacaxi de sabor inconfundível, motivo de orgulho para os maranhenses, é cultivado no município de Turiaçu, no oeste do Maranhão.

O abacaxi tem sabor extremamente doce e quase sem acidez, sendo considerado um dos mais doces do país. Pesquisas afirmam que é a qualidade do solo, rico em potássio e magnésio, que faz com que o abacaxi de Turiaçu seja maior, mais amarelado e mais doce que os outros. Mas é mais caro também.

Na banca do Seu Ferreira, a unidade custa R$ 7,00, quase o dobro mais caro do que o abacaxi normal vendido no supermercado. Na promoção, sai três por R$ 10,00 e aceita até cartão de crédito. Tem consumidor que não se importa em pagar mais caro.

O comerciante Renê Jorge e conta que enxergou na fruta uma oportunidade de ganhar dinheiro. Hoje, ele tem dois funcionários e vende mais de 300 abacaxis por dia.

Na cidade onde é produzido, a plantação de abacaxi é uma das principais atividades econômicas. A fruta demora mais de um ano para ficar madura. Os mais doces são colhidos entre agosto e novembro. Um restaurante da cidade serve a fruta típica como sobremesa no cardápio.

Dicas
A cor do abacaxi indica a hora de comê-lo. Quando está verde, é garantia de que ainda dura uma semana em casa. Metade amarelo, metade verde, pode ser guardado por até três dias, mas fora da geladeira. E todo amarelo, está pronto para ser devorado. Uma das formas mais comuns de servir é descascar o abacaxi, cortar em rodelas e arrumar em um prato com raspas de limão e gelo.]

Fonte: G1 Maranhão

Fundecitrus promove evento de manejo regional do greening em Bebedouro


O Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus realiza um encontro com citricultores da região de Bebedouro/SP para falar sobre o manejo regional do psilídeo, inseto transmissor do greening (huanglongbing/HLB), nesta quinta-feira (12), às 18h, no Restaurante O Tropeiro.

O evento é gratuito e direcionado a citricultores, engenheiros agrônomos e administradores de propriedades de citros. As palestras irão mostrar como funciona o sistema de Alerta Fitossanitário – Psilídeo, desenvolvido pelo Fundecitrus, o controle regional do HLB, a tecnologia de aplicação e adequação do volume de calda que podem ajudar a combater a praga e a controlar a doença.

As vagas são limitadas. As inscrições devem ser feitas pelo site do Fundecitrus no endereço www.fundecitrus.com.br/cursos/inscricao ou pelo telefone 0800 112155.

O manejo conjunto do HLB é a melhor forma de combater a doença e minimizar seus prejuízos. Para isso é necessário a união de vários produtores de uma região para fazer o monitoramento e controle do psilídeo ao mesmo tempo e também eliminar as plantas doentes.

“O intuito do encontro é mobilizar os produtores para que identifiquem os momentos críticos de combate ao psilídeo e façam o controle conjunto. Esse passo é importantíssimo para manter a incidência do HLB em baixa”, afirma o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Luis Henrique Scandelai.

No evento será apresentado o novo sistema do Alerta Fitossanitário, ferramenta que incentiva e facilita o manejo regional, seu funcionamento, os benefícios para a citricultura da região e o monitoramento do inseto.

O Alerta Fitossanitário monitora a população de psilídeo em mais de 138 mil hectares de citros do estado de São Paulo, por meio de 18 mil armadilhas georreferenciadas. O projeto tem o apoio da Bayer Cropscience, FMC, Ihara, Syngenta e Koppert.

Na região de Bebedouro são monitorados 33,3 mil hectares de citros, o que corresponde a 72% do total de árvores da região, em 18 municípios: Altair, Barretos, Bebedouro, Cajobi, Colina, Colômbia, Guapiaçu, Guaraci, Ícem, Monte Azul Paulista, Nova Granada, Olímpia, Onda Verde, Palestina, Severínia, Tabapuã, Taquaral e Viradouro.

O último levantamento de doenças feito pelo Fundecitrus, divulgado em agosto, mostrou que essa região do parque citrícola é a terceira mais afetada pelo HLB, com 6,81% das plantas doentes.

Rio São Francisco vive seca histórica, afetando produtores de frutas e vinhos

A crise hídrica que levou o rio São Francisco a uma das piores secas da história gerou duplo impacto na produção de frutas e vinhos no semiárido da Bahia e Pernambuco.

Produtores temem a possível falta de água no próximo mês para as culturas irrigadas no Vale do São Francisco. Entre as cidades afetadas estão Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), que, em plena crise econômica, estão no topo do ranking de geração de empregos formais este ano.

Além da apreensão com o mais baixo nível da história do reservatório de Sobradinho (3,6%), o principal do rio, o aumento das tarifas de energia elétrica elevou o gasto dos produtores da região.

Segundo agricultores, o sistema de bandeiras tarifárias -instituído pelo governo federal para diminuir o consumo de energia e preservar os reservatórios de hidrelétricas- fez o custo de produção de frutas irrigadas no semiárido nordestino aumentar em até 30%.

Segundo o diretor presidente da Upa Agrícola Limitada, Caio Coelho, o baixo volume de água faz com que as bombas consumam mais energia para levar a água aos pontos de irrigação.

"Para produzir normalmente, precisa irrigar de forma abundante", disse ele que tem 500 hectares de frutas irrigadas e 1.200 funcionários.

Reservatório de Sobradinho, na região de Casa Nova (BA), tem nível baixo por causa da estiagem
Foto: Jornal Floripa
Manga, Uva, Goiaba
O cultivo em perímetros irrigados existe desde a década de 1980 na região. Ela concentra 120 mil hectares de culturas de manga, uva, goiaba, coco verde e acerola.

Cerca de 70% da produção é destinada à exportação para os Estados Unidos, Canadá e países da Europa e Ásia. A alta do dólar seria comemorada caso os custos de produção não tivessem aumentado quase na mesma proporção.

A agricultura é o carro-chefe da economia do semiárido nordestino. Petrolina foi a cidade que mais gerou vagas formais no país entre janeiro a setembro, segundo o Caged: 4.836 novos postos. Juazeiro, com 2.205 novas vagas, ficou na sexta posição.

O Vale abriga seis vinícolas que formam o segundo maior polo produtor de vinhos do país, atrás do Rio Grande do Sul. Também nesse segmento os efeitos da seca são sentidos.

José Gualberto, sócio da Vinícola do Vale do São Francisco, que produz vinhos da marca Botticelli, se queixa do fim do desconto para consumo entre 21h30 e 6h, horário de maior volume de irrigação.
"Gastava cerca de R$ 20 mil por mês com energia. Hoje gasto R$ 45 mil", disse.

A empresa de vinhos Miolo, por exemplo, utiliza água da barragem de Sobradinho para irrigar sua vinícola em Casa Nova (BA), onde desde 2001 são envasados 2,5 milhões de garrafas de vinho e espumantes por ano.
Segundo o gerente da unidade, Flávio Durante, a empresa teve que gastar R$ 30 mil na aquisição de uma bomba e tubulações para captar rio mais acima.

Volume Morto
Caso Sobradinho chegue ao volume morto, o que é previsto para dezembro, o nível da água estará abaixo do ponto de captação.

Resultaria na interrupção de fornecimento e perda de produção do maior perímetro irrigado de Petrolina, chamado Senador Nilo Coelho, com 23 mil hectares de frutas (área equivalente a cerca da metade da baía de Guanabara).

Segundo Edis Matsumoto, sócio proprietário da Fazenda Área Nova, que tem 74 hectares de uvas e mangas no local, um mês sem água resultará na morte das plantas frutíferas, que levam de dois a quatro anos para começar a produzir em escala industrial.

O Ministério da Integração Nacional promete concluir em dezembro a instalação de balsas flutuantes que permitiriam a captação em volume morto no lago de Sobradinho.

Produtores enfrentam o desafio de dobrar a produção sem desmatar

Meta é fazer a recuperação dos solos arenosos e aumentar a produção.
Objetivo deve ser atingido nos próximos dez anos.




Foto: Divulgação Globo Rural
Na segunda parte da reportagem sobre as três décadas do sistema lavoura-pecuária-floresta, o Globo Rural traz o desafio que a agricultura brasileira tem pela frente: dobrar a produção de grãos e de carne, sem desmatar, nos próximos dez anos.

A conquista do cerrado com a correção do solo e a criação de plantas adaptadas ao clima do Brasil, principalmente a soja, fez a explosão da agricultura brasileira para tornar o país um dos maiores produtores de carne e grãos do mundo.

Calcula-se em 30 milhões de hectares os pastos que precisam ser renovados só no cerrado. A área equivalente ao espaço hoje ocupado por toda a agricultura nacional. Recuperar essas terras seria como criar um novo Brasil agrícola ao lado do atual. Esse é um dos grandes objetivos da integração lavoura-pecuária-floresta.

Em cerca de três milhões de hectares já se usa o sistema de integração lavoura-pecuária no Brasil. Uma área difícil está sendo enfrentada agora: a recuperação de solos arenosos.

Em Paraguaçu Paulista, em São Paulo, 70% de toda área da região é formada por um solo de baixa fertilidade e com estrutura frágil, como dizem os técnicos. A falta tratamento adequado pode causar muito estrago na propriedade.

O estado de São Paulo tem nove milhões de hectares com pastagens degradadas. Quase a metade da área está na região Oeste, segundo o agrônomo Edmar Moro, do Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista.

“O pecuarista é muito tradicional. Ele sempre explorou extensivamente a pastagem. Ele não olha para a pastagem como uma cultura. Ele só tira os nutrientes ano a ano, explorando com pecuária, e não repõe o que vai sendo levado embora do sistema através da carne”, diz Moro.

Mas, no meio dessa realidade, algumas propriedades chamando atenção por causa do vigor dos pastos depois que incorporaram o sistema lavoura-pecuária. A chave dessa mudança é a gestão, para produzir de forma intensa, o ano todo. Isso não depende nem de ser dono da terra. Há três anos, o agricultor Pedro Filippini arrendou 20 hectares em Paraguaçu Paulista para iniciar a integração. Hoje, ele já conta com cem hectares.

“Em uma área que antes eram produzidas 3,3 arrobas por hectare, hoje, no mesmo período, num ano, a gente produz 6,5 arrobas. Além disso, mais uma safra de soja com aproximadamente três mil quilos de grãos”, calcula o agrônomo.

O rodízio adotado na área respeita um determinado calendário. Em outubro, ocorre o plantio da soja. A colheita é feita em março do ano seguinte. Daí, o capim, entra em abril. Em junho, vem o gado, que permanece na área até setembro. Em outubro, o ciclo recomeça.

“Tem dinheiro para o agricultor financiar. Tem dinheiro para o pequeno produtor, médio produtor e grande produtor. Os juros oscilam entre 2,5% ao ano até 8% ao ano, dependendo do enquadramento do produtor”, diz Luiz Macedo, superintendente do Banco do Brasil em Presidente Prudente.

A Fazenda Campina, no município de Caiuá, já é bastante conhecida dos criadores de nelore por conta do avançado trabalho que faz com os animais sem chifre da raça, o chamado nelore mocho.

As pastagens do pecuarista Carlos Viacava, formadas há quase 30 anos, estão, aos poucos, sendo renovadas com a integração lavoura-pecuária. Anos passados, nessa época do ano, era tudo marrom. Aquela palha, o capim seco, sem comida para o gado. Agora, estamos cheios de pasto. É o progresso da integração”, diz.

Segundo o zootecnista da fazenda, Juliano Roberto da Silva, a estrutura dessas terras pode chegar a 95% de areia e apenas 5%. “Então, se plantar numa areia sem cobertura a planta morre degolada. Para tirar essa condição desfavorável para a planta tem que ter a palhada”, explica.

Depois de três anos intercalando lavoura e pecuária, o piquete da propriedade está pronto para mais uma etapa da integração. Ele ficará dois anos seguidos só com pasto.

O favorecimento ao meio ambiente é um ponto que anima os aplicadores da integração lavoura-pecuária. “O solo está vegetado o ano todo. Um solo vegetado é um solo que absorve carbono e não emite. Quem emite são os solos degradados. Outro detalhe também importante é que quando nós temos a árvores, a árvore de fato sequestra o carbono porque ela pega o carbono, tira do ar. Quando nós vamos para a indústria madeireira, nós estamos sequestrando definitivamente”, diz o agrônomo João K.

A integração lavoura-pecuária-floresta ganhou tamanha importância que foi criada uma Embrapa só para tratar do assunto. No, instalado em Sinop, no Mato Grosso, tem 72 hectares de pesquisas divididas em dez sistemas de produção. Os 25 pesquisadores trabalham em diversas áreas, mas o foco é o desenvolvimento da tecnologia da integração. Eles intensificam as pesquisas no campo e também nos laboratórios, alguns móveis.

Um trailer, por exemplo, é um equipamento usado para medir a emissão de gases que causam o efeito estufa. Ele abre e fecha automaticamente para capturar esses gases.

O eucalipto, que entra na integração lavoura-pecuária para render madeira, também contribui para o conforto animal e para o meio ambiente. O eucalipto é menos adensado no sistema para permitir a circulação do gado.

Outro aparelho foi instalado no pasto para medir a emissão de metano pelos animais, gás 32 vezes mais nocivo para o efeito estufa em relação ao gás carbônico. Sem contato com o pesquisador, o boi é atraído para o cocho com alimentação. Basta que ele permaneça na área por, no mínimo, dois minutos para fazer a medição.

Segundo a Embrapa, em uma pastagem de boa qualidade um boi produz 47 gramas de metano por quilo de animal vivo. Na pastagem degradada, a quantidade de gás metano sobe para 76 gramas.

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, considera a integração lavoura–pecuária–floresta, muito mais do que uma simples tecnologia.

"O Brasil está aqui produzindo a próxima revolução da agropecuária. Quando a gente imagina um futuro em 2050, que o mundo terá que produzir uma quantidade muito maior de alimentos porque a população segue crescendo, não dá para fechar a conta sem uma revolução agrícola no cinturão tropical do globo e nós estamos construindo a base dessa revolução no brasil", diz.

A integração lavoura-pecuária-floresta é um conceito mais próximo de quem faz agricultura e um pouco distante de quem só cria gado. Mesmo assim, essa tecnologia que inova no plantio e integra os setores do campo, está presente em todas as regiões do país. Para João K, já é hoje a fazenda do futuro do Brasil.

“Eu defino esse sistema como o mais perfeito de todos os sistemas. Ele é agronomicamente eficiente, socialmente justo, ambientalmente preservador e economicamente rentável. Esses atributos são os atributos necessários para um processo de produção agrícola, que não só privilegia o produtor, mas a sociedade e o ambiente de modo geral”, conclui João K.

Fonte: Globo Rural

Estiagem castiga plantações de caju em propriedades do Ceará

Agricultores registram perdas de mais da metade da safra.
Sindicato dos produtores calcula que a safra deve ser de 40 mil toneladas.



Foto: Divulgação Globo Rural
A produção de caju cai ano após ano no Ceará. Um dos maiores problemas é a estiagem que castiga os pomares.

São 470 hectares de cajueiros nas terras do agricultor Evilázio Dantas em Cascavel, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Mas, praticamente não há cajus. Os pés estão todos secos. Este ano, ele perdeu 70% da safra.

“Em épocas boas nós colhemos 205 toneladas. Esse ano, não vamos colher nem 30”, calcula Dantas.

O agricultor Almir Gomes, que mora em Caucaia, perdeu 90% da produção. “Era uma média de 50 caixas naquela época. Agora, diminuiu para cerca de 20 a 30”, diz.

O sindicato dos produtores calcula que a safra deste ano deve ser de 40 mil toneladas, com redução de 11 mil em relação à safra anterior.

Há alguns anos, o estado produzia 170 mil toneladas. A seca, as pragas, os ventos fortes e a grande quantidade de cajueiros antigos contribuíram para a queda. Hoje, dos 350 mil hectares que a cultura ocupa no estado, em 300 mil os pés são velhos e dão menos frutos, segundo o sindicato dos produtores de caju.

“Tem que se pensar em cajueiros mais resistentes, mais adaptados a essa região. A única solução que tem seria a renovação dessas áreas”, diz Walter Gadelha, agrônomo do Sincaju.

A previsão do IBGE para a safra de caju é de mais que o triplo. Mas, segundo os organismos locais do estado, a estimativa está desatualizada.

Fonte: Globo Rural

Vinícolas paranaenses driblam crise econômica

Foto: Divulgação Folha Web

As vinícolas da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) ainda não foram tão afetadas pela crise econômica do País e esperam fechar o ano, ao menos, com estabilidade na produção. Esses pequenos produtores também têm buscado alternativas para driblar o mau momento que vive a economia brasileira. A maior concentração das vinícolas na RMC está nos municípios de Colombo e São José dos Pinhais, que totalizam 21 estabelecimentos.

A Vinícola Franco Italiano de Colombo, com 50 anos de atividades, é um dos estabelecimentos da região. Produz 100 mil litros de vinho e espumante por ano. Também fabrica grappa (bebida feita da casca da uva), suco de uva e limoncello (bebida à base de limão siciliano). Da produção total, 80% são vinhos coloniais e 20% vinhos finos. De acordo com a gestora operacional e sommelière da marca, Tháys Ferrão, a produção teve um crescimento de 15% a 20% entre 2009 e 2014. Para este ano, é esperado um crescimento de 6% a 7%.

Uma forma encontrada para atrair mais clientes foi a abertura de um restaurante de gastronomia italiana e francesa na vinícola em setembro. "Abrimos o restaurante e muita gente está vindo para conhecer. Ainda não percebemos a crise."

Além disso, a vinícola tem outras ações para atrair os consumidores como visita guiada e minicursos de vinhos. A marca tem desde vinhos coloniais a R$ 10,50 a garrafa até um vinho fino com uva shiraz tinto seco que custa R$ 98.

Para as festas de final de ano, a expectativa é de crescimento nas vendas ou, ao menos, empatar com o mesmo período de 2014. Segundo ela, o consumidor da vinícola faz parte das classes A, B e C e tem faixa etária entre 30 e 60 anos.

As uvas usadas na produção são principalmente do Rio Grande do Sul, mas também são utilizadas as do Paraná e Santa Catarina. Do cultivo paranaense vem uvas de Porto Amazonas e de Bateias, em Campo Largo. "Hoje, 90% da produção de uvas do Brasil está no Rio Grande do Sul", informou Tháys.

Os produtos são vendidos apenas na vinícola, que já tem como administradores a quarta geração da família. A marca também lançou, em setembro, a linha de vinhos finos Paradigma Rotto, com três rótulos, o espumante Viognier envelhecido por 48 meses, o vinho tinto da uva Shiraz pacificada e envelhecida por 24 meses em barricas de carvalho, e a união entre três regiões do Brasil, em que a uva Teroldego representa a divisa com o Uruguai, a Tannat da Serra Gaúcha e a Cabernet Sauvignon da Serra Catarinense, envelhecidas por 24 meses. As garrafas foram numeradas em uma edição limitada.

A Vinícola Fardo de Quatro Barras produziu o primeiro vinho em 2009 e iniciou a comercialização em maio de 2014. A sócia Justina Fardo comentou que, com a crise econômica, as pessoas estão indo menos a restaurantes e comprando vinho para beber em casa durante o jantar. Para o Natal, ela também prevê um aumento de cerca de 20% nas vendas.

A Fardo produz vinhos, espumantes, suco de uva e grappa. A uva vem do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina nas variedades cabernet sauvignon, tannat, merlot, malbec e malvasia. São produzidas 30 mil garrafas por ano de vinho e 3 mil de espumante. "A criação da vinícola é um sonho do meu marido Ambrosio", contou. Os preços dos vinhos variam de R$ 17, com uva bordô colonial, a R$ 51 com uva tannat.

A vinícola conta com seis rótulos e tem 1,6 mil metros quadrados de construção erguida em pedra basalto e estilo arquitetônico que lembra o medieval. Os proprietários do espaço são o casal gaúcho Ambrosio e Justina Fardo, radicado na região de Curitiba desde 1975. Justina explicou que o sonho de Ambrosio em consumir um vinho de qualidade, feito por ele mesmo, é que deu vida ao projeto. "Somos descendentes de famílias italianas que trabalharam muito com vinho. Mas foi a própria tradição a nossa fonte inspiradora no momento de criar a Família Fardo Vinícola", explicou Ambrosio.

Fonte: Folha Web

Seca no ES causa prejuízo de R$ 1,2 bilhão na agropecuária

Um levantamento divulgado pelo governo do Espírito Santo na manhã desta segunda-feira (9) aponta que a seca já causou um prejuízo de aproximadamente R$ 1,2 bilhão para a agropecuária capixaba. Os números são referentes às culturas do café, fruticultura, olericultura, cana-de-açúcar, leite, feijão, milho e mandioca. Os dados levam em consideração a produção e o rendimento médio esperados para este ano. “Desde 2009 não tínhamos uma perda tão significativa”, disse o secretário de Agricultura, Octaciano Neto.

De acordo com o governo, as perdas podem ser ainda maiores, chegando a R$ 1,5 bilhão, já que o levantamento não incluiu a produção dos setores de avicultura, suinocultura, pecuária de corte, silvicultura e pimenta-do-reino, que ainda precisam ter seus dados consolidados.

O levantamento mostra uma previsão de queda de 12,8% na produção agrícola em relação ao que era esperado para 2015. Quanto ao rendimento médio, a previsão é de redução de 12,7%. Cafeicultura, olericultura, fruticultura e produção de leite amargam as piores perdas.

Na cafeicultura, a previsão de queda é de 22,6% na produção, com menos 2,8 milhões de sacas colhidas, e de 20,9% no rendimento médio, totalizando um prejuízo de R$ 824 milhões. Com relação à pecuária de leite a expectativa é que as perdas cheguem a R$ 33 milhões.

Para a fruticultura, a previsão é de redução de 10% na produção e queda de 10,8% no rendimento médio, o que representa uma perda de R$ 101 milhões. Para a olericultura a previsão é de redução de 8% na produção e queda de 18,2% no rendimento médio, totalizando um prejuízo de R$ 255 milhões.

Com relação à cana-de-açúcar a previsão é de redução de 12,5% na produção e queda de 12,7% no rendimento médio – perdas que chegam a R$ 19 milhões. No que se refere ao milho, a estimativa é de redução de 41,9% na área colhida e queda de 51,2% na produção. Para a mandioca a previsão é de redução de 51,9% na área colhida e queda de 51,2% na produção.

Rio Doce seca em região do Espírito Santo
 (Foto: Luciane Ventura/ A Gazeta)
Perda bilionária
A estimativa de valor da produção para os produtos avaliados é de R$ 5,4 bilhões. Comparando esse número com o valor da produção desses mesmos produtos no ano passado, houve um decréscimo de 15,4%.
O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, ressaltou que as perdas são muito significativas. Desde 2009, quando o estado também sofreu com os impactos de uma estiagem, a agropecuária capixaba não amarga um prejuízo tão expressivo.

“No ano passado tivemos uma produção agropecuária de quase R$ 8,5 bilhões e este ano devemos fechar com uma produção em torno de R$ 7 bilhões. Desde 2009 não tínhamos uma perda tão significativa como estamos tendo este ano. É só imaginar que cada produtor do Espírito Santo vai receber, na média, de 15 a 20% a menos este ano e isso impacta e muito a vida dessas famílias”, afirmou.
Octaciano Neto destacou que o governo trabalha em duas frentes principais para minimizar os impactos da estiagem na vida dos produtores e garantir o aumento da reservação hídrica nos próximos anos.
“Uma delas é o programa de reflorestamento e de proteção e recuperação de nascentes. Na outra frente estamos trabalhando para a construção de barragens e caixas secas que vão ajudar a diminuir os impactos futuros causados pelas adversidades climáticas. Também estamos estudando formas de implantar um mecanismo de seguro agrícola no Estado para que os produtores possam ter uma alternativa para minimizar seus prejuízos em decorrência de eventos climáticos adversos”, pontuou.

Construção de barragens
O Governo do Estado anunciou, recentemente, a construção de 32 barragens para o armazenamento de água no interior do Estado, com capacidade de armazenamento de 19,5 bilhões de litros de água e potencial de abastecimento de até 360 mil pessoas por ano.

Os editais de licitação pública para construção das barragens começam a ser lançados em novembro e representam um investimento da ordem de R$ 20 milhões. As obras começam já no início do próximo ano.

Dentre as barragens anunciadas, cinco delas tiveram projetos elaborados pela Sedurb, sendo as seguintes: Barragem de Santa Júlia, na localidade de Agrovila, em São Roque do Canaã; Barragem de Floresta, localizada em Lajinha de Pancas, município de Pancas; Barragem Graça Aranha, em Colatina; Barragem Liberdade, localizada no município de Marilândia; e a Barragem de Cupido, na cidade de Sooretama. Os locais foram definidos pois já registram conflitos entre usuários pelo uso da água, além de já contarem com projetos prontos.

Além destas, outra barragem de grande porte anunciada é a de Pinheiros. A obra, que inicialmente era tocada pela prefeitura de Pinheiros em parceria com o Governo Federal, teve início em 2003 e sofreu com inúmeras paralisações. Como forma de dar agilidade ao processo de conclusão da barragem, o Governo do Estado assumiu a responsabilidade pela conclusão da obra. Trata-se da maior barragem do estado.

Com o fechamento dessa barragem, que tem 12 quilômetros de comprimento, serão 268 hectares de área inundada, com um acúmulo de 17 bilhões de litros de água armazenada, sendo que o entorno do barramento terá 31 quilômetros de extensão. A barragem atenderá à população dos municípios de Pinheiros e Boa Esperança, garantindo maior segurança hídrica para as atividades produtivas, além de representar um atrativo turístico para a região.

Também serão construídas 26 barragens de uso coletivo localizadas em assentamentos estaduais de trabalhadores rurais capixabas no Norte do Estado, com projetos contratados pela Seag. Serão construídas nos municípios de Ecoporanga, Montanha, Nova Venécia, São Mateus e Conceição da Barra.

Além das barragens anunciadas, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), irá construir, até 2018, outras 32 barragens de pequeno e médio porte no interior capixaba, totalizando investimentos da ordem de R$ 60 milhões. Todas essas barragens são classificadas como de uso múltiplo, ou seja, poderão ser usadas para várias finalidades, como abastecimento humano e animal, irrigação e uso industrial.

Foto: G1

MG: Frutifica Minas em Maria da Fé destaca o cultivo de oliveiras


Produtores, interessados no cultivo de frutas como nova opção de renda, técnicos e extensionistas, participaram da etapa de Maria da Fé do Circuito Frutifica Minas, realizada no dia 5 de novembro no Campo Experimental da Epamig. A programação, proposta por pesquisadores da Epamig, buscou, em cinco estações de campo, apresentar alternativas para a fruticultura de montanha.

Os pesquisadores Luiz Fernando de Oliveira e Pedro Moura falaram sobre o cultivo da oliveira na região, com foco na escolha da área; plantio, condução e manejo; colheita e processamento de azeitonas para produção de azeite; mercado e custos. “A oliveira é uma opção a mais para pequenos produtores de frutíferas. É uma cultura que demanda poucos tratos e que tem um produto final, azeite, com alto valor agregado”, destacou Luiz Fernando.

O casal de produtores João Paulo Ramalho e Gisele Stuchi iniciou no começo de 2015, o cultivo de oliveiras, em um sítio em Alagoa-Sul de Minas. Junto com o sócio Cláudio Alberto Juarez, eles adquiriram 500 mudas de oliveira e agora estão interessados na produção de pequenas frutas. “Gostei muito da palestra sobre o tema, o Rodrigo mostrou várias visões para comercializar e agregar valor”, disse João Paulo, referindo-se a apresentação do engenheiro agrônomo Rodrigo Veraldi, proprietário do viveiro Frutopia, na região de Campos do Jordão (SP).

O evento abordou ainda Manejo Integrado de Pragas (MIP) e de Doenças (MID) e aspectos técnicos para o cultivo da atemoia na região da Serra da Mantiqueira. “O Frutifica Minas busca levar conhecimento aos produtores e assim aumentar os números e a qualidade da produção de frutas no Estado. Como fizemos aqui em Maria da Fé em parceria com a Epamig”, afirmou o gerente regional da Emater de Pouso Alegre, Alexandre Augusto Kurachi. A Emater-MG é a responsável pela criação e realização do Circuito Frutifica Minas.

Próxima edição
No próximo dia 19 de novembro, será realizada no município de Lavras, mais uma etapa do Frutifica Minas. Na oportunidade o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio e o pesquisador da Epamig Sul José Clélio de Andrade apresentarão o tema “Mercado Estadual e local de frutas”, e os pesquisadores Júlio César de Souza e Rogério Antônio Silva, também da Epamig Sul, falarão sobre “Controle de Mosca das Frutas”.

O evento acontece a partir das 12h30, no pomar da Universidade Federal de Lavras (Ufla). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local do evento. Mais informações: (35) 3821-0020.

Fonte: Epamig