segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Tempo seco favorece a produção de uvas no noroeste de São Paulo

Com a estiagem, as pragas atacam menos e as frutas ficam mais docinhas.
O quilo está sendo vendido por R$ 3,50.


Boa safra de uva na região noroeste de São Paulo. Com o tempo seco, as pragas atacam menos e a produção aumenta.

Os cachos graúdos de uva itália comprovam o bom desenvolvimento da fruta em Jales, na região noroeste de São Paulo. Na propriedade de Marcos Fação, a fruta ocupa dois, dos três hectares e a produção este ano deve ser bem maior que a da safra passada.

Água é só no pé das plantas, não pode faltar, e a irrigação é ligada todos os dias.

A região de Jales é a maior produtora de uvas na entressafra do país. São 700 produtores e 900 hectares cultivados com uvas de mesa. Neste ano, a produção total deve chegar a 26 mil toneladas, enquanto em 2014 não chegou a 24 mil toneladas.

A qualidade da uva também está melhor. O clima refletiu em dois fatores importantes, a cor e o sabor. As uvas produzidas na região estão mais doces.

“O inverno passado não foi tão frio, mas teve temperaturas noturnas mais baixas e esse frio noturno ajuda muito na coloração, no teor de açúcar e no sabor, então o clima ajudou bastante”, explica João Dimas Maia, pesquisador da Embrapa.

O quilo da uva italia é vendido a R$ 3,50, o mesmo preço da safra passada.

Fonte: Globo Rural

Crédito rural da safra volta a fluir, diz secretário de Política Agrícola

Instituições financeiras registraram redução no número de contrato, mas valores aumentaram


O secretário de Política Agrícola, André Nassar, do Ministério da Agricultura, afirmou nesta segunda-feira, 26, em evento em São Paulo que as reclamações a respeito dos recursos do Plano Safra 2015/16 "caíram muito", o que é um sinal de que os valores estão sendo liberados pelas instituições financeiras. Nassar também pontuou que dados preliminares dos três primeiros meses do novo plano (julho a setembro) indicam que o perfil dos produtores que captaram o créditmudou. Segundo o secretário, há um volume maior de recursos destinado à agricultura, enquanto a pecuária reduziu sua participação.

"Diminuiu o número de contratos e aumentou o valor deles, o que é um sinal de maior seletividade dos bancos. Eles estão operando dessa forma este ano", afirmou Nassar. Diante do contexto de aperto monetário no Brasil, instituições financeiras estão exigindo mais demandas aos interessados em captar recursos, com o objetivo de melhorar o perfil de suas carteiras e evitar a inadimplência.

Nassar também se defendeu de críticas feitas ao Plano Safra durante o evento. Outros participantes haviam dito que o programa não contemplava as especificidades de todas as safras no País, focando em um cronograma baseado nas maiores culturas. "Há vários aprimoramentos que precisamos fazer, mas a dinâmica com a agricultura já corre bem", disse.

O secretário também indicou que a maior das reivindicações dos produtores nacionais é mais crédito, mas afirmou que o crédito rural "não deve crescer mais que a produção", caso contrário medidas de captação no setor privado, como os Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), seriam prejudicadas.

Lei Plurianual Agrícola

André Nassar afirmou que o projeto da Lei Plurianual Agrícola (LPA) está em andamento e que a pasta tem "muita clareza" sobre que direção seguir para a legislação proposta. Em palestra no Exame Fórum Agronegócio, em São Paulo, Nassar disse que a LPA será "muito mais orientada para reduzir riscos por meio de diversos instrumentos, que vão atender a diferentes regiões do Brasil".

A proposta do ministério é apresentar os instrumentos adequados às especificidades de regiões produtoras do Brasil. "Há regiões em que o seguro não é tão importante, por exemplo, mas a garantia de preços mínimos é", exemplifica. Segundo ele, a proposta é "empacotar" soluções do tipo em um horizonte orçamentário entre quatro e cinco anos. "Isso dará muita segurança do lado da política agrícola". "Critica-se a oferta de crédito, mas o lado que precisa melhorar principalmente é a gestão de risco, para mitigar riscos de mercado ao produtor", justifica.

Parceria Transpacífica

O secretário de Política Agrícola afirmou que a pasta ainda não fez uma avaliação que quantifique impactos da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês) para o Brasil. "Mas não conseguimos negar que há questões de desvio de comércio (em potencial)", afirmou. "É um motivo de preocupação no ministério", acrescentou.

Nassar disse que o País não pode "em hipótese alguma" perder inserção nas cadeias globais de comércio, mas que não espera efeitos negativos de curto prazo vindos da TPP. "Não vou dizer que o desvio no comércio vai começar amanhã, mas precisamos nos mexer", completou.

Fonte: Estadão Conteúdo

Chuvas: setor vitivinícola prevê queda de 30% na produção de uva no RS

Foto: Divulgação Agrolink
O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) estima queda superior a 30% na safra de uva em 2015 no Rio Grande do Sul, em função dos vendavais registrados nos últimos dias no estado gaúcho. Na região da Serra, principal área produtora da fruta, diversas cidades decretaram situação de emergência em decorrência de danos causados pelas enchentes e chuvas de granizo. Em 2015, a safra gaúcha de uva foi estimada em 702 milhões de quilos.

No entanto, devido às adversidades climáticas, a produção colhida entre janeiro e março de 2016, deve ser de aproximadamente 491 milhões de quilos, adverte o diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani. “Como as geadas, granizo e as fortes chuvas impedem a floração das videiras, diminuindo volume de cachos, algumas lideranças sindicais já estimam perdas de 30% a 40%”, lamenta.

Paviani espera, porém que a qualidade desta safra seja superior a do ciclo passado para compensar os prejuízos nos parreirais gaúchos. Em 2014, foram colhidos 606 milhões de quilos de uva no Rio Grande do Sul.

No entanto, o diretor executivo garantiu que os danos contabilizados pelo setor vitivinícola não vão impactar nos preços de produtos como vinhos e sucos, pois as vinícolas gaúchas ainda contam com elevados estoques.

Entre as variedades de uva cultivadas no Rio Grande do Sul estão: Isabel, Bordô e Niágara para fabricação de sucos e vinhos de mesa. Já a produção de Chardonnay, Merlot, Moscato e Cabernet são direcionadas para vinhos finos e espumantes.

Fonte: Agrolink
Autor: Lucas Rivas

Mercado de agroquímicos deve crescer 68% em 7 anos

O mercado mundial de defensivos químicos agrícolas deve atingir um faturamento de US$ 90,1 bilhões até 2022, de acordo com relatório publicado no Portal Agropages.com. O resultado representa um crescimento de nada menos que 68% nos próximos sete anos, a partir do atual patamar de US$ 53,6 bilhões registrados em 2014.

De acordo com o estudo, o mercado está “altamente consolidado, com as nove principais empresas do setor representando mais de 80% do mercado global em 2014”. A crescente demanda tem incentivado também o surgimento de novos produtos e empresas regionais em escala menor, que deverão ganhar penetração no mercado a um custo significativamente menor.

Os herbicidas são os produtos mais utilizados (31,7%), principalmente devido à sua preponderância na América do Norte e Europa. A demanda global por esses produtos foi avaliada em US$ 17 bilhões em 2014. Os fungicidas aparecem logo em seguida, com 22,7% do volume global da indústria em no ano passado (US$ 12 bilhões).

Os maiores players dessa indústria de produtos químicos de protecção das culturas seguem sendo (por ordem alfabética): Arysta LifeScience, American Vanguard, Bayer CropScience, BioWorks, BASF SE, Chemtura Corp, Cheminova, Chr Hansen, Dow AgroSciences, DuPont, FMC Corp, Ishihara Sangyo Kaisha, Isagro SpA, Makhteshim Agan, Monsanto, Marrone Bio Innovations, Nufarm Ltd, Novozymes A/S, a Syngenta AG, Sumitomo Chemical e Valent Biosciences.

Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems