sexta-feira, 20 de maio de 2016

Citros/Cepea: Rendimento industrial deve superar 260 cxs/t de suco concentrado

Pela segunda safra consecutiva, o rendimento industrial da temporada 2016/17 deve ser baixo, mas ainda melhor que o observado na 2015/16 (o pior da história). Agentes consultados pelo Cepea comentam que o rendimento deve superar 260 caixas para produção de uma tonelada de suco concentrado – alguns acreditam que o rendimento atinja 290 cx/t.

Segundo pesquisadores do Cepea, além da influência do clima, o rendimento médio da safra também pode ser prejudicado pelo fato de muitas indústrias estarem recebendo frutas antes do estágio ideal de maturação. Nesse cenário, é possível que indústrias aumentem a disputa por laranjas que seriam destinadas ao mercado de mesa e que reduzam o volume de suco exportado na temporada 2016/17.

Fonte: Cepea/Esalq

Safra de citros toma impulso no Vale do Caí

Com o encerramento da colheita da Satsuma, bergamota de origem japonesa e sem sementes, inicia a safra da bergamota Caí, do grupo das comuns, já com 5% das frutas colhidas. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, a comercialização de frutas cítricas provenientes do Vale do Caí toma impulso e a caixa de 25 quilos é vendida ao preço médio de R$ 25,00, considerado muito bom pelos citricultores. Com o aumento do volume colhido, a tendência é de redução do preço. A abertura oficial da safra de citros do Rio Grande do Sul acontece na próxima quarta-feira (25/05) em Montenegro, tradicional município produtor de citros do Estado.

As chuvas ocorridas na primavera e verão, fase de crescimento das frutas, resultaram na disseminação da pinta preta, doença fúngica que afeta as bergamotas Caí e Montenegrina, mais tardia, que está com as frutas em desenvolvimento. Já a Ponkan recém iniciou a colheita, com 1% das frutas colhidas, com os citricultores recebendo R$ 29,00 a caixa.

Entre as laranjas, começou a colheita do Umbigo Bahia e da Shamouti. A laranja Céu Precoce, em colheita desde a segunda quinzena de abril, é uma fruta cítrica com pouca acidez; a laranja de umbigo Bahia é a laranja para consumo ao natural por excelência, e a Shamouti tem duplo propósito, para suco e para o consumo ao natural. A Shamouti, de origem israelense, apresenta alto percentual de suco e é muito saborosa, além de ser resistente ao cancro cítrico. Por essas características, a área de cultivo no Vale do Caí tem aumentado. 

GRÃOS
Inicia o plantio das primeiras áreas de trigo na região das Missões e Fronteira Noroeste, fato que irá se intensificar assim que as condições de umidade adequada do solo permitirem. A disponibilidade de semente no comércio é bastante limitada devido aos problemas climáticos enfrentados na safra passada, que prejudicaram a qualidade do grão. O número de produtores tem diminuído, permanecendo os mais estruturados com equipamentos e máquinas para plantio de áreas de médio e grande porte.

Na soja, a colheita foi finalizada inclusive nos Campos de Cima da Serra, região que tradicionalmente encerra a colheita no Estado. Nas áreas arrendadas, os produtores fazem a semeadura de pastagens para pecuária de corte no inverno, prática comum em contratos de arrendamento.

A colheita do milho também está praticamente finalizada, com altas produtividades e boa qualidade. As áreas de safrinha, semeadas após a colheita de silagem do cedo, estão sendo colhidas novamente para silagem de planta inteira.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
No outono, o campo nativo tem aspecto mais fibroso, pois a queda das temperaturas provoca o crestamento das pastagens. A partir desta época, é importante o fornecimento de sal proteinado para suprir a deficiência de proteína aos animais. Em várias regiões, os produtores concluíram a implantação das pastagens cultivadas de inverno, principalmente de aveia e azevém, e também de trevo e cornichão em alguns locais. Nas áreas implantadas, o retorno de tempo mais seco e com radiação solar deverá proporcionar um melhor desempenho das pastagens.

Os produtores que realizam a integração lavoura-pecuária já estão com aveia e azevém em desenvolvimento. Algumas áreas semeadas mais no cedo deverão proporcionar início de pastoreio em breve. No entanto, a maioria das pastagens anuais de inverno está no início de desenvolvimento vegetativo, favorecido pelo tempo frio e prejudicado pela reduzida radiação solar da semana. Em vários municípios, as pastagens de braquiárias ainda apresentam bom aporte de massa verde.

No rebanho bovino, o estado sanitário é bom e a fase, de diagnóstico de gestação. Até o momento, há bons índices de prenhez, variando de 60 até 85%. Realizam-se práticas de desmame e final de castração, visando à comercialização nas feiras especializadas de terneiros de corte.

Apicultura ? Na região de Bagé, os produtores começam a entrar no período de entressafra e a expectativa é de que esta safra será melhor do que a anterior. Há registros de apicultores que estão colhendo mel proveniente das floradas de primavera e verão, e que o produto é de excelente qualidade, límpido, translúcido e sabor marcante pela presença das flores do Pampa. Vários apicultores relatam mortandade das abelhas, redução dos enxames e consequente diminuição na produção, que irá se refletir nos preços do produto.

Na região de Erechim, as condições climáticas (temperaturas amenas, alta umidade, pouca insolação) foram desfavoráveis ao trabalho das abelhas. Nesta época do ano, há pouca oferta de floradas. Os produtores continuam realizando o manejo das colmeias. Estima-se produção de seis quilos de mel por colmeia, tendo por base as informações dos apicultores que participaram de seminários sobre apicultura realizados na região. Na venda direta ao consumidor, o mel é comercializado de R$ 15,00 a R$ 20,00/kg, com pequena disponibilidade do produto.

Fonte: Emater - RS

Green Rio: evento de economia verde e orgânicos incentiva negócios sustentáveis

A Marina da Glória, no Rio de Janeiro, vai receber, de 2 a 4 de junho, a 5ª edição do Green Rio, evento que reúne representantes da economia verde e do setor orgânico, e que é reconhecido como plataforma para negócios sustentáveis. São esperados para a ocasião mais de mil visitantes e cerca de 50 expositores comprometidos com alimentação, produção sustentável e bioeconomia.

Os participantes também terão acesso à Conferência Green Rio, com palestrantes nacionais e internacionais que falarão sobre temas de interesse, entre eles, a relação da bioeconomia com a biodiversidade, o cenário global pós-COP 21, alimentação saudável e sustentável dentro e fora das escolas e cosméticos amazônicos.

FORNECEDORES E COMPRADORES

A rodada de negócios da edição 2016 contará com a parceria do programa Sebrae no Pódio e da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA) e servirá de ponte entre fornecedores – restaurantes, caterings, redes de supermercados, hotéis, pousadas e lojas – e compradores.

De acordo com Maria Beatriz Martins Costa, idealizadora do Green Rio, “a expectativa é que sejam gerados mais de R$ 6 milhões em negócios, ou seja, o dobro do volume alcançado em 2015”.

“A rodada de negócios vai contribuir também para a cadeia de suprimentos dos Jogos Olímpicos, já que o objetivo do programa do Sebrae é capacitar micro e pequenas empresas para serem fornecedoras em megaeventos esportivos”, salienta a diretora do Planeta Orgânico, que organiza o evento, em parceria com a 2A2.

AGRICULTURA FAMILIAR NOS MEGAEVENTOS

Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), afirma que as pequenas e médias empresas têm capacidade para oferecer alimentos em espaços menores ou nichos nos megaeventos.

“Por exemplo, produtores de alimentos orgânicos podem organizar um bufê de saladas ou um café da manhã para a sala de imprensa. Nozes e castanhas do Pará ou de caju, que são produzidas por cooperativas ou agricultores familiares, podem ser servidas em mesas preparadas, acompanhando sessões de degustação de queijos brasileiros, tapiocas, geleias, sucos de fruta, pães, ovos, etc. para grupos de jornalistas, chefes de delegações, entre outros”, sugere a coordenadora da SNA.

Ela ressalta que “é complicado para as pequenas e médias empresas atender a demandas que envolvam grandes quantidades conforme os megaeventos costumam exigir”.

DEBATES E PROJETOS

Participando de mais uma edição do Green Rio, Sylvia Wachsner foi convidada a integrar o painel de debates “Parceria Orgânicos & Consumidor” , ao lado de Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que estará promovendo à ocasião, com o apoio do Rio Orgânico – espaço dedicado ao setor – a Semana do Alimento Orgânico.

Já a Sociedade Nacional de Agricultura comparece ao evento com um estande institucional para divulgar suas atividades e projetos, entre eles, as revistas A Lavoura e Animal Business Brazil.

CONSCIENTIZAÇÃO

“RIO 2016: Legado e Inovação” será o tema de um dos painéis da Conferência Green Rio , do qual participará o embaixador Laudemar Aguiar, coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura do Rio, que apoia institucionalmente o evento. “Ao apresentar o tema da economia verde, o Green Rio contribuirá para sensibilizar os cariocas sobre o meio ambiente e a sustentabilidade, além de promover educação ambiental e consumo consciente”, reconhece a Prefeitura do Rio.

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Após lançamento em 2015, o Green Rio apresenta este ano o prêmio Alimentação Escolar Saudável. O projeto tem como objetivo contribuir para a saúde das crianças e jovens nos municípios do Estado do Rio de Janeiro por meio da promoção do desenvolvimento local e regional e da alimentação escolar saudável, beneficiando assim os pequenos negócios envolvidos na cadeia produtiva de alimentos e bebidas.

Participaram ativamente desta iniciativa 5 municípios com 91 escolas, 400 merendeiras e 30.271 alunos.

INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS

Este ano, a Amazônia divulga o projeto “Cosméticos de Base Florestal da Amazônia”, do qual fazem parte sete estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. No estande da Amazônia, o público poderá conhecer cosméticos locais, e um painel da conferência apresentará os resultados da iniciativa.

Outros destaques do Green Rio ficam por conta do Centro Sebrae de Sustentabilidade, um espaço onde serão apresentados projetos que promovem o desenvolvimento sustentável local e regional, e o programa Cultivando Água Boa, da Itaipu Binacional, que promoverá a relação água, energia e clima, divulgada pela ONU como NEXUS.

A entrada para o evento é gratuita. Mais informações, programação e inscrições no site do Green Rio.


Por equipe SNA/RJ

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Indústrias de suco de laranja de SP têm perda de R$ 1,1 bi com safra ruim

Rendimento industrial teve queda de quase 26%, segundo a CitrusBR.
Condições climáticas adversas prejudicaram a safra.


As indústrias de suco de laranja do Estado de São Paulo tiveram um prejuízo de 1,1 bilhão de reais na temporada 2015/16 devido a uma queda de quase 26% no rendimento industrial, afetado por condições climáticas adversas para as plantações, disse nesta segunda-feira (16) a entidade que representa as grandes empresas exportadoras.

O cálculo tomou como base a necessidade de mais caixas de laranja para produzir o mesmo volume de suco e também a variação dos preços do produto na bolsa de Nova York.

O rendimento industrial médio na safra 2015/16 ficou em 302,2 caixas para a produção de uma tonelada de suco de laranja concentrado 66º Brix (FCOJ equivalente), ante 240,5 caixas registradas na safra 2014/15, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, (CitrusBR).

"Em vez de processar suco, as empresas processaram água. E essa é uma alta de custo totalmente absorvida pela indústria", disse em nota o diretor-executivo da associação, Ibiapaba Netto.

A entidade disse que suas associadas – Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus – processaram 240,4 milhões de caixas de laranja de 40,8 quilos na última safra, ante 250 milhões de caixas em 2014/15.

Se a produtividade industrial de 2014/15 tivesse sido mantida, os 240,4 milhões de caixas de 2015/16 teriam rendido 223 mil toneladas de suco (FCOJ) a mais, destacou a CitrusBR.

Na semana passada, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) estimou que a safra de laranja da região produtora de suco do Brasil deve atingir 245,8 milhões de caixas (40,8 kg cada) na temporada 2016/17, 18% abaixo do total colhido no ciclo anterior, com altas temperaturas reduzindo a produtividade dos pomares.

Em sua primeira estimativa para a nova safra brasileira, o órgão de pesquisa do setor viu ainda uma redução de 6% na área de cultivo em comparação ao ano passado, para 416 mil hectares em 2016/17, com produtores erradicando pomares velhos, em benefício de outras culturas.

Fonte: Globo Rural

Circuito Frutificaminas leva informações e tecnologia para produtores de diversos municípios do Estado

O Circuito Frutificaminas 2016 tem início hoje, 19 de maio, durante a Semana de Integração Tecnológica (SIT), no município de Sete Lagoas, região Central do Estado. O circuito é constituído de uma série de eventos, como palestras técnicas, oficinas e dias de campo para debater questões relacionadas à fruticultura no Estado. A iniciativa é da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Ela é realizada desde 2010, em parceria com a Epamig, universidades federais de Lavras e Viçosa, além de instituições privadas. No total, o Frutificaminas pretende percorrer este ano 19 municípios mineiros, seis a mais do que em 2015.

“A fruticultura pode ser conduzida com mão de obra familiar, o que a coloca como uma atividade altamente viável para as pequenas propriedades rurais, gerando mais de 500 mil empregos em Minas Gerais”, explica o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio. Para o coordenador, isso já é motivo suficiente para justificar a realização de um evento como o Frutificaminas, que também valoriza as parceiras. “É necessário o estabelecimento de parcerias com os setores de produção, pesquisa e extensão, comercialização e agroindústrias, envolvendo setores públicos e privados, na busca pela obtenção de frutas de boa qualidade, oferta regular, livre de resíduos de agrotóxicos e a preços competitivos”, argumenta.

Segundo Deny Sanábio, o Circuito permite a socialização de tecnologias, visando a melhoria na quantidade e qualidade das frutas produzidas, além do aumento da renda do produtor, manutenção e geração de empregos. “Nos últimos cinco anos o Circuito Frutificaminas realizou 58 eventos com a participação de 6.993 produtores e caravanas de mais de 362 municípios. Só no ao ano de 2015, tivemos  1.361 participantes em 13 etapas”, infnorma.

Potencial para crescimento

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com 42 milhões de toneladas produzidas, de um total de 340 milhões de toneladas colhidas em todo o mundo. Já Minas Gerais oscila entre o 4º e 5º lugares no ranking nacional de produção de frutas. São cerca de 120 mil hectares de área plantada dos mais variados tipos.

Mas o coordenador técnico da Emater-MG acredita ser maior o potencial de produção do Estado e aponta algumas melhorias que precisam ser implementadas, como o uso de mudas de qualidade, adequação dos veículos de transporte, que devem equipados com ventilação e uso de câmaras frias para conservar as frutas. “O aumento do consumo de frutas in natura e de sucos naturais é uma tendência mundial e que se materializou no Brasil, criando a necessidade do aumento da produção e da qualidade das frutas. Entretanto, apesar das condições favoráveis para produzir frutas tropicais, subtropicais e temperadas, durante o ano, Minas importa várias frutas que poderiam ser produzidas aqui”, argumenta.

Deny Sanábio calcula que as perdas de frutas no mercado interno possam chegar a 30%, em decorrência, principalmente, de tratos culturais, armazenamento e transporte inadequados, além da falta de informação dos integrantes da cadeia produtiva. Por isso, Sanábio destaca a importância de eventos como os do Frutificaminas. “Estas questões são sempre tratadas nos municípios percorridos pelo circuito”, explica.
 
Próximas etapas do Frutificaminas no mês de maio

-19/05/16 – Semana  de Integração Tecnológica (SIT), Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas.
-24/05/16 – Frei Inocêncio.
-31/05/16 – Delfinópolis.
-31/05/16 – Presidente Olegário


Fonte: Emater/MG

CitrusBR apresenta ações para incentivar o consumo de suco de laranja na Europa

No próximo 24 de maio, às 9 horas, no Fundecitrus, em Araraquara, a CitrusBR apresentará as primeiras ações da campanha de reposicionamento do suco de laranja na Europa. O evento é aberto a todos os elos da cadeia produtiva citrícola. Nos últimos 10 anos o mundo deixou de consumir 450 milhões de caixas de laranja na forma de suco.

De acordo com a CitrusBR, esse é o maior projeto setorial em andamento no agronegócio brasileiro. Serão investidos, em 2016, mais de US$ 7 milhões em ações para levar informações científicas sobre nutrição e benefícios do suco de laranja a médicos, nutricionistas e profissionais de saúde em geral nos principais países consumidores da Europa, principalmente Alemanha, França e Reino Unido.

Além das indústrias de suco associadas à CitrusBR, a ação contará com a participação também da Coca-Cola, PepsiCo, Eckes Granini, WeserGold, entre outros gigantes europeus que somam ao todo 29 empresas participantes do projeto.

Fonte: Fundecitrus

SENAR Brasil será parceiro da FAO e do Mapa em projeto no bioma Amazônia

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) será parceiro de mais uma entidade internacional em uma iniciativa de agricultura sustentável. Dessa vez será a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, sigla em inglês) no Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da Amazônia (Pradam), realizado em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também. A novidade foi apresentada durante uma videoconferência nesta quarta-feira (18/5).

O Pradam vai disseminar princípios e tecnologias de produção sustentável, bem como a capacitar técnicos multiplicadores, extensionistas e produtores em seis estados: Amazônia, Acre, Rondônia, Maranhão, Pará e Mato Grosso. Para isso, serão organizados 10 eventos de sensibilização, oito seminários e dois dias de campo, além de um curso de capacitação para profissionais de assistência técnica e de extensão rural pública e privada que atuem no bioma amazônico.

Os seminários e dias de campo ocorrerão em municípios pré-definidos nos seis estados. O treinamento acontecerá na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT) e será dividido em dois módulos: um tecnológico, que será coordenado pela Embrapa, e outro metodológico e gerencial, baseado na metodologia do SENAR. A carga horária é de 160 horas/aula.

As metas são sensibilizar 1.000 pessoas - entre técnicos, produtores rurais, membros da administração pública e sociedade civil - e capacitar 60 técnicos do bioma amazônico. Quatro tecnologias serão contempladas: sistema plantio direto; florestas plantadas e sistemas agroflorestais; integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e recuperação de pastagens. O encerramento do projeto está previsto para o dia 31 de agosto.

“Para nós essa parceria é extremamente estratégica pois é a primeira carta de acordo que assinamos com a FAO. É muito importante a mobilização de todos os envolvidos e o cumprimento dos prazos para que possamos abrir portas e fechar novos convênios futuramente”, ressalta o coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR, Matheus Ferreira.
O Mapa vai financiar o projeto e também será responsável pela intermediação com a Embrapa e pelo apoio através dos Comitês Gestores ABC. Para o representante da pasta no Pradam, Jefé Leão Ribeiro, a importância da iniciativa está em conscientizar o produtor de que é possível alcançar uma boa produtividade recuperando áreas degradadas.
“Utilizando as práticas adequadas, ele poderá avaliar que é mais negócio recuperar do que abrir novas áreas. Vamos levar essas tecnologias para que o produtor conhecendo, preserve a floresta em pé”, declara Ribeiro.

As datas dos eventos ainda serão definidas em videoconferência, mas as localidades seguirão a lista abaixo:

Rio Branco (AC) - Seminário
Manaus (AM) - Dia de Campo
Gaúcha do Norte (MT) - Seminário
São Felix do Araguaia (MT) - Seminário
Confresa (MT) - Seminário
Porto dos Gaúchos (MT) - Seminário
Santa Inês (MA) - Seminário
Marabá (PA) - Seminário
Vilhena (RO) - Seminário
Porto Velho (RO) - Dia de Campo

Medidas para renegociação de dívidas rurais seguem para sansão presidencial

O Plenário do Senado Federal aprovou na tarde desta terça-feira (17/05) o projeto de Lei de Conversão (PLC) Medida Provisória (MP) 707/15, que reabre prazos e estimula a liquidação ou renegociação de dívidas rurais. As medidas beneficiam os produtores situados na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), incluindo todos os estados do Nordeste, o Norte do Espírito Santo e de Minas Gerais, contemplando os vales do Jequitinhonha e do Mucuri.

A MP amplia o prazo até 31/12/2017 para os produtores rurais optarem pela liquidação ou pela renegociação de suas dívidas, incluindo aquelas acima de R$ 100 mil, independentemente da fonte de recursos, desde que tenham sido contratadas até 31/12/2010. As medidas abrangem toda área de atuação da Sudene (semiárido e fora dele), incluindo o estado do Maranhão, o Norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais e os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. A nova legislação suspende, durante esse período, o encaminhamento e a continuidade de execuções fiscais, a suspensão dos prazos processuais e as inscrições em Dívida Ativa da União (DAU). Independentemente da data de formalização da renegociação, haverá carência até 2020, fixando o vencimento da 1ª parcela para 2021 e da última para 30/11/2030, com encargos financeiros variando entre 0,5% (Pronaf) a 3,5% ao ano.

A MP contempla também a prorrogação do prazo de adesão dos produtores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) até 31 de dezembro de 2017.

No documento, foi aprovado também uma Emenda de Redação que aperfeiçoa a operacionalização das medidas aprovadas por parte das instituições financeiras. A proposta contou com o apoio e participação da bancada do Nordeste no Congresso Nacional, sob a coordenação do deputado Júlio Cesar (PSD/PI), e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A matéria segue agora para sanção presidencial.

Para o presidente da CNA, João Martins, é urgente a adoção de solução definitiva para essa questão, que permitirá a reinserção produtiva e econômica de milhares produtores rurais na área de atuação da Sudene. Isso porque muitos deles não estão tendo condições de quitar financiamentos bancários contratados em anos anteriores em função das sucessivas frustrações de safras, perda de rebanhos, escassez hídrica e da problemática do abastecimento do milho na região (principalmente pelo aumento de preços) para fornecimento aos animais.

O esforço da CNA em busca de uma solução definitiva da questão do endividamento independe do tamanho da propriedade. Para a entidade, a seca atinge indistintamente pequenos, médios e grandes produtores rurais e todos devem ser contemplados com medidas de estímulo à liquidação e repactuação das operações de crédito rural.

Mapa e setor privado querem simplificar licenciamento ambiental para aquicultura

A simplificação do licenciamento ambiental da aquicultura foi o principal assunto em debate da segunda reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aquicultura, nesta terça-feira (18), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Durante o encontro, representantes do setor privado sugeriram desburocratizar o processo de licenciamento, utilizando um sistema online similar ao da autodeclaração de imposto de renda, feita por meio da internet. Atualmente, o processo é feito por analistas ambientais.

“Estamos buscando fazer uma mobilização nacional para convencer os estados a aderirem a essa nova forma de obter o licenciamento”, disse o coordenador de Planejamento da Aquicultura do Mapa, Jackson Pinelli. 


Unitfour lança demarcador geográfico online de terrenos para facilitar concessão de crédito rural

Ferramenta Forlocation delimita com precisão latitude, longitude e altitude das áreas de plantio


De acordo com resolução 4.427 do Banco Central, a demarcação do território da plantação ou é obrigatória para concessão de crédito a empresas do setor agrícola. Desde que entrou em vigor, em julho de 2015, os latifundiários demandam por soluções que delimitem latitude, longitude e altitude das terras com precisão.

O Forlocation, da UnitFour, empresa fornecedora de dados para bancos, varejo, call-centers e empresas de crédito e cobrança, é uma ferramenta que realiza as demarcações geográficas de empreendimentos rurais totalmente online, de forma prática e ágil para áreas de plantio. 

A solução traz benefícios às duas partes: o fazendeiro recebe o investimento mais rapidamente e se previne de eventuais multas por irregularidades, enquanto as instituições podem controlar todo o processo da concessão do crédito também verificando se a área solicitada já recebeu financiamento anteriormente.

“A resolução autoriza o sensoriamento remoto para fins de fiscalização de operações de crédito rural. Com os dados levantados pela ferramenta de forma instantânea, o banco passa a contar com uma base de dados mais completa e o empresário consegue agilizar a análise e regularização do seu crédito”, ressalta Rafael Albuquerque, diretor comercial da UnitFour.

Mais informações no site: www.unitfour.com.br

Guatambu é a primeira vinícola da América Latina a ser 100% movida a energia solar

Desde a última segunda-feira, dia 16 de maio, a Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito, RS, está funcionando através de energia solar. A segunda edição do vinho Épico iniciou seu envase com 100% de energia limpa. O parque solar com 600 painéis foto-voltaicos que servem para suprir 100% da demanda energética do empreendimento, tornou a Guatambu a primeira vinícola da América Latina a ser movida a energia solar. O projeto esteve em período de teste a partir de 2013, com 18 painéis instalados fornecendo parte da energia para as instalações.

A radiação solar na região da Campanha Gaúcha é 40% maior do que na região mais ensolarada da Alemanha, por exemplo, que é um dos líderes no uso da energia fotovoltaica. Apesar dessas condições favoráveis, o uso de energia solar para geração elétrica ainda é pouco considerado como uma opção para alimentar indústrias e residências. “Na região da Campanha, temos em média 3.200 horas de sol durante o ano, uma energia que chega de forma gratuita, limpa, silenciosa e inesgotável”, conta o sócio-proprietário da Guatambu, Valter José Pötter. “Para se ter uma ideia, uma hora de sol na superfície da Terra contém mais energia do que o planeta utiliza em um ano”, revela.

O principal objetivo do projeto de energia solar é fazer que o empreendimento seja gerador da sua própria energia, aproveitando a nova resolução normativa da ANEEL, a qual estabelece o sistema de compensação de energia elétrica no Brasil, possibilitando que os consumidores possam reduzir custos de eletricidade construindo seus próprios geradores com até 1MW de potência instalada, realizando uma compensação do que foi produzido e trocado com a rede de distribuição, abatendo mensalmente os valores na fatura de energia.

O investimento de R$ 1,5 milhões tem previsão de retorno em oito anos. Além de economia de energia elétrica, o sistema registra a redução na emissão de CO2 e devolverá à rede de energia a produção sobressalente que não for utilizada. “Nosso consumo no pico é de 20 mil quilowatts por mês. Com a instalação do sistema fotovoltaico, vamos garantir uma economia financeira, de energia e ganhos ecológicos”, afirma Pötter. “Nossa trajetória empresarial sempre foi norteada pela inovação e sustentabilidade econômica, social e ambiental dos empreendimentos. No caso da vinícola não poderia ser diferente”. As placas também servirão como cobertura do estacionamento, na entrada da propriedade. Todos equipamentos foram importados de empresas da Itália e Alemanha.

O próximo passo é tornar o negócio vitivinícola pioneiro na utilização do Selo Solar. “É muito importante destacar nossa preocupação com o meio ambiente aos nossos clientes. Com o selo, ele terá a informação de que está consumindo um produto fabricado utilizando a energia limpa”, revela.

A sustentabilidade também é encontrada no fornecimento de água do local. Reservatórios foram construídos para captar água da chuva, que é utilizada para PPCI e irrigação dos jardins. Outra parte segue para estação de tratamento, construída dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde, produzindo 500 litros de água potável por hora, que é utilizada para no complexo industrial e enoturístico. Nos vinhedos, também não poderia ser diferente: em 2014 a sócia-proprietária e enóloga da Guatambu, Gabriela Hermann Pötter implementou um projeto-piloto com uma técnica sustentável e ecológica no controle de doenças fúngicas, com a utilização de micro-organismos que combatem naturalmente os fungos sem o uso de químicos.

Saiba Mais

Vantagens da energia solar

-Redução de perdas por transmissão e distribuição de energia, já que a eletricidade é consumida onde é produzida;
-Baixo impacto ambiental ;
-Fornecimento de maiores quantidades de eletricidade nos momentos de maior demanda (ex.: o uso de condicionadores de ar e dos sistemas de refrigeração dos tanques e câmaras frias é maior no verão, quando há maior incidência solar e, consequentemente, maior geração elétrica solar);
-Rápida instalação, devido à sua grande modularidade e curtos prazos de instalação
-Energia limpa, sem resíduos
-Sem ruídos
-Inesgotável
-Ilimitada

Desvantagens

-Investimento alto – em média R$7.500,00/Kwp
-Retorno a médio prazo
-Variações de produção conforme luminosidade


Adama estreia série de vídeos com dicas de economia e finanças

Para compartilhar orientações sobre economia doméstica e empresarial, a página da Adama (leia-se Adamá) no LinkedIn disponibiliza a série “Minuto Finanças”. Os vídeos apresentados por Alexandre Toledo, tesoureiro da empresa de agroquímicos, têm duração de aproximadamente um minuto e são divulgados quinzenalmente como um serviço para o internauta administrar melhor suas finanças.

“Neste momento econômico que o Brasil enfrenta, dicas de economia podem ser muito úteis. O intuito desta série é levar informações de forma simples, com foco em controle de dívidas e escolha do melhor investimento ou aplicação financeira, para que o espectador passe pela crise de forma mais organizada, minimizando impactos negativos”, disse Alexandre Toledo, tesoureiro da Adama.

Alexandre Toledo é economista, mestre em Administração de empresas e pós-graduado em Direito de Mercado de Capitais, com experiência de mais de 10 anos em instituições financeiras como JP Morgan, Banco Espírito Santo, Lloyds e BNPParibas, já atuou como tesoureiro em empresas como Cosan e Abengoa e é tesoureiro na Adama Brasil desde 2013.

Para assistir aos vídeos do canal Minuto Finanças, acesse a página da companhia no LinkedIn:www.linkedin.com/adama-brasil

Estudantes visitam laboratório de quarentena da Embrapa para conhecer atividades de controle biológico de pragas

As pragas exóticas, seu controle biológico clássico e as atividades de controle biológico de pragas, cada vez mais usadas no Brasil, serão apresentados a alunos da disciplina de controle biológico da Unifesp por Luiz Alexandre Nogueira de Sá e Jeanne Prado, pesquisadores do Laboratório de Quarentena "Costa Lima" (LQC), da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) em 18 de maio.

O Laboratório "Costa Lima" foi credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 1991, para avaliar tecnicamente a conveniência de introduções de inimigos naturais exóticos no Brasil, atendendo a solicitações de instituições de pesquisa do país e do exterior. Foi construído especialmente para fornecer condições físicas seguras à realização de estudos em condições de máxima segurança, impedindo assim o escape dos organismos introduzidos e de seus possíveis contaminantes. Também vem atuando no sentido de fomentar, orientar e conduzir projetos de pesquisa em controle biológico clássico de pragas.

Conforme o pesquisador, "a maioria dos agentes introduzidos são insetos-parasitóides e predadores, nematóides entomopatogênicos, ácaros predadores, antagônicos a doenças de plantas e os microbianos (bactérias, fungos e vírus) para controle dos insetos-pragas e doenças de plantas. Pouca ou quase nenhuma introdução de inimigos naturais para o controle de plantas invasoras tem sido solicitada, apesar da enorme importância para o agropecuária nacional", avalia Sá.

No período de 1991 a 2013, o Laboratório atuou no âmbito de sua competência, no que se refere ao intercâmbio internacional de organismos benéficos no país, com a introdução de mais 770 espécies de organismos para o controle biológico de pragas e outros fins científicos, de diversas culturas e finalidades; atendendo às solicitações de 18 estados brasileiros. Muitas dessas espécies foram introduzidas e avaliadas no LQC, em casos de uma a três remessas por espécie, totalizando a avaliação, controle e manutenção em área de segurança de, em média, 996 remessas de indivíduos vivos.

Os dados analisados para o período de 1991 a 2013 refletem que 52,17% das demandas de registros de introduções do LQC partiram de empresas públicas (unidades da Embrapa e institutos de pesquisa), 24,63% de universidades, 5,80% de cooperativas e 17,40% de empresas privadas, em atendimento às demandas de pesquisa nacional e às solicitações de introduções de organismos provenientes de 27 países: Alemanha, África do Sul, Austrália, Argentina, Benin, Canadá, Costa Rica, Chile Cuba, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Inglaterra, Japão, Holanda, Peru, Paraguai, Malásia, México, Nova Zelândia, Quênia, Suíça, Uruguai, Tailândia e Trinidad. Esses registros atenderam às solicitações de introduções de insetos/ácaros/nematoides (38%) e de microrganismos (62 %), sendo observado que todas as empresas privadas solicitaram introduções de microrganismos.

Para Sá, "o controle biológico de pragas é de vital importância no país tendo o Laboratório "Costa Lima" contribuído com a introdução de bioagentes de controle de pragas nas culturas de cana de açúcar, citros, milho, soja, palma forrageira, algodão, feijão, café, mandioca, fruteiras (maçã, coco, banana), hortaliças (tomate), entre outras finalidades.








Fonte: Embrapa

Liberado defensivo biológico Rizotec para controle de nematoides

A Rizoflora Biotecnologia obteve na última semana a aprovação de registro no Brasil para uso comercial do Rizotec – produto elaborado a partir de um fungo para o controle de nematoides. Essa é a primeira liberação de um bionematicida à base do fungo Pochonia chlamydosporia, e será comercializado no País para uso em soja, milho, algodão, olerícolas e fruteiras.

Ele explica que o fungo Pochonia chlamydosporia mata ovos e fêmeas de nematoides e é considerado um agente muito eficiente para controle biológico desses patógenos. Além disso, faz uma associação benéfica com a raiz da planta, promovendo o aumento da produção e melhorando a resistência à seca. 

A criação do Rizotec demandou R$ 3 milhões em investimentos e foi testado para agir especificamente sobre nematoides, permanecendo ecologicamente sustentável. De acordo com a fabricante, foi possível elevar a produtividade em torno de 10%.

“Esse é um grande marco na história da Rizoflora, sobretudo porque buscávamos o registro do Rizotec desde 2010. O produto é inovador e 100% orgânico. É preciso ressaltar que a conquista do registro só foi possível graças ao intenso trabalho colaborativo no seu desenvolvimento com a UFV, por meio do Instituto de Biotecnologia Aplicada à Agropecuária (Bioagro). Por fim, foram fundamentais a Comissão Permanente de Propriedade Intelectual (CPPI) da Universidade e a liderança das pesquisas em nematologia do professor Leandro Grassi de Freitas, do Departamento de Fitopatologia da UFV”, ressalta Gustavo Moreira Mamão, diretor da Rizoflora. 

Fonte: Agrolink

Colheita da citricultura movimenta municípios do Norte do RS

A colheita da safra da citricultura teve início este mês nos municípios do Norte do RS. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, a fruticultura é produzida em uma área de sete mil hectares, com predominância de citros e viticultura, envolvendo mais de quatro mil agricultores produzindo de forma comercial. A citricultura está presente em 38 municípios, um total de 4,4 mil hectares de laranja e 400 hectares de bergamota. A produção é predominante em três municípios, Planalto, Alpestre e Liberato Salzano. A estimativa de produção para este ano gira em torno de 90 mil toneladas de frutas.

O trabalho da Emater/RS-Ascar com a atividade da citricultura visa agregar renda e valor às frutas regionais, através da industrialização e classificação, e fomentar a produção de qualidade, por meio do emprego das recomendações técnicas que potencializam o retorno dos recursos utilizados nas atividades frutícolas.

De acordo com o assistente técnico regional de sistemas de produção vegetal da Emater/RS-Ascar, Edison Dornelles, com as ações realizadas com a atividade da citricultura são esperados resultados como diversificação de espécies e variedades, qualificação do processamento e industrialização, mecanização e equipamentos adequados, recuperação e renovação de pomares, cultivo em ambiente protegido, entre outros.

21º Ciclo de Palestras sobre Citricultura do RS
Visando o desenvolvimento da cadeia da citricultura, inicia na quarta-feira (17/05) a 21ª edição do Ciclo de Palestras sobre Citricultura do RS. Este ano, o município de Liberato Salzano sediará o evento, promovido pela Emater/RS-Ascar, Universidade Federal do RS (Ufrgs), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e Prefeitura de Liberato Salzano.

A programação do Ciclo de Palestras inicia às 8h30, com inscrições no Salão Paroquial, e às 9h será realizada visita técnica a pomares do Distrito Pinhalzinho, interior do município. Após o almoço, acontece a abertura oficial e terão inícios as palestras. O evento encerra na quinta-feira (19/05).

Diferentes temáticas envolvendo a atividade da citricultura serão abordados durante o Ciclo, como a evolução da atividade em Liberato Salzano e região, a organização dos citricultores, ações da Câmara Setorial da Citricultura do RS, manejo de plantas de cobertura, nutrição e controle de doenças e ampliação do período de colheita de laranjas. Os temas serão abordados por representantes de entidades promotoras do evento inseridas na atividade da citricultura.

Para encerrar o evento, na quinta-feira (19/05) à tarde, serão premiados os vencedores do concurso de qualidade e produtividade de citros no município de Liberato Salzano.








Fonte: Emater - RS

65% dos psilídeos de São Paulo carregam a bactéria do HLB

Uma análise feita pelo Fundecitrus em psilídeos capturados nas armadilhas do Alerta Fitossanitário, entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, mostra que 65% desses insetos carregavam a bactéria do HLB (greening). O número é alto e preocupante na opinião do pesquisador Nelson Arno Wulff, orientador do projeto, que fez parte da dissertação do engenheiro agrônomo Rodrigo Sassi, no mestrado profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros - MasterCitrus.

"Pesquisas anteriores feitas na região de Mogi Guaçu, no ano de 2011, encontraram apenas 17% de psilídeos com a bactéria do HLB. O salto ocorrido em poucos anos, mostra o quanto a bactéria se espalhou. Muito em decorrência da menor erradicação de árvores doentes", analisa o pesquisador.

Por um ano foram avaliados 50 psilídeos por quinzena, capturados nas regiões de Araraquara, Avaré, Bebedouro e Santa Cruz do Rio Pardo, chegando a um total de 400 amostras por mês. Os insetos eram retirados ao acaso das armadilhas adesivas amarelas, totalizando no máximo dois por cada cartão.

Durante a pesquisa quase 4 mil psilídeos foram analisados. Wulff conta que desde a descoberta da doença em São Paulo havia o interesse em fazer esse tipo de monitoramento, mas os altos custos das análises de PCR, método que verifica a presença da bactéria, na época inviabilizavam o projeto. "Esses dados são de grande importância porque dão ideia do risco causado por estes psilídeos com a bactéria", diz o pesquisador.

Entre as regiões monitoradas pelo Alerta Fitossanitário, Santa Cruz do Rio Pardo é a que registrou mais psilídeos com a bactéria do HLB, chegando ao pico de 73%. Também foi a que manteve a maior média ao longo de todo o ano, sempre superior a 50%.

Em seguida, a região de Avaré teve pico de 69% de insetos com a bactéria e a de Araraquara, com 65%. A região de Bebedouro registrou 54%. Também teve os menores índices de psilídeos com bactéria, com quatro quinzenas abaixo dos 30%, sendo que entre novembro e dezembro chegou a 20%.

Para Wulff, a diferença regional pode ser causada por fatores climáticos e pelo engajamento dos citricultores no manejo regional do HLB. "Santa Cruz do Rio Pardo é a região que tem menos participação no Alerta Fitossanitário (somente 54% da área são cobertos pelas armadilhas que ajudam no monitoramento da população de psilídeo). Também está próxima a região de Duartina onde, segundo levantamento do Fundecitrus, 3% da área citrícola está abandonada", diz. "Por outro lado, Bebedouro, além de ter uma grande aderência no Alerta Fitossanitário (63%), fica em uma região mais quente e pesquisas já comprovaram que essa condição climá- tica inibe a proliferação da bactéria do HLB", completa.

Outra observação da pesquisa é que na região de Araraquara, embora a infectividade dos insetos esteja em um nível intermediário, a população de psilídeos na época de pico chega a ser dez vezes superior as de outras regiões. Uma das hipóteses para o fenômeno é que o clima da região favorece as brotações e, consequentemente, a multiplicação do inseto.

Essa característica fica clara quando se compara o pico populacional de psilídeos nas regiões monitoradas. Em 2014, em Avaré e Santa Cruz a maior população foi nos meses de outubro e novembro de 2014, enquanto em Araraquara foi de novembro de 2014 a janeiro de 2015 e na região de Bebedouro, em fevereiro de 2015. 
A porcentagem de psilídeos com a bactéria é 9% maior nas áreas sem manejo do que nos insetos capturados em áreas com o mínimo de cuidado, ou seja, com algumas pulverizações ao longo do ano. "Esses dados apontam o potencial de risco dos pomares sem cuidado porque os psilídeos que saem dessas áreas são capazes de infectar árvores sadias", afirma Wulff.


Clique aqui para ter acesso à dissertação completa

Fonte: Fundecitrus

Portal reúne tudo sobre boas práticas agrícolas

Lançado pela ABAG junto com diversas entidades, além de empresas do agronegócio, site propagará informações tanto sobre os melhores procedimentos no manuseio agrícola, quantoem relação aos sabores que tornaram a cozinha brasileira tão admirável


Acaba de entrar no ar um portal dedicado a boas práticas na área de alimentação. Denominado “Boas Práticas Agrícolas, Boa Comida”, o projeto tem como meta principal levar informações sobre adequados procedimentos relativos aos alimentos desde o campo até a mesa do consumidor. A intenção é despertar o interesse de agricultores, nutricionistas, chefs de restaurantes, agentes ligados ao mercado de alimentos e público urbano em geral interessado em comida, de forma a difundir as inovações científicas para a produção sustentável, assim como se adotar hábitos alimentares balanceados e diversificados. 

O projeto é coordenado pela Associação Brasileira do Agronegócio - ABAG e conta com apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal - ANDEF; Associação Brasileira de Marketing Rural - ABMRA; Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados - ABRAFRUTAS; Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos - CitrusBR; Instituto Brasileiro de Frutas - IBRAF; Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal - SINDIVEG; entre outras entidades da cadeia produtiva do setor alimentício.

A motivação dos organizadores do portal é estimular a manutenção da agricultura brasileira no patamar de respeitabilidade que ela alcançou no mundo. “Graças ao trabalho de milhões de produtores brasileiros e da dedicação de vários pesquisadores, o Brasil passou, nos últimos 40 anos, de importador de alimentos, a um dos principais líderes globais no fornecimento de grãos e proteínas do planeta”, diz Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag.

Para garantir a qualidade dessa produção, as fazendas precisam atender a uma série de requisitos, inclusive ambientais e trabalhistas, conhecidas como Boas Práticas Agrícolas, que asseguram alimentos saudáveis e seguros para o consumo. Alimento seguro é aquele obtido, conservado, transportado, transformado, exposto, vendido e preparado em condições que garantam o controle para o consumidor.

O portal está dividido em duas áreas distintas. Uma destinada a Boas Práticas Agrícolas, que mostrará os exemplos positivos que vêm do campo e a importância do manejo correto nas fazendas. Depoimentos em vídeos, sugestões, cursos básicos e cases de agricultores serão destacados. A outra área envolve a de Boa Comida, que apresentará as principais informações comprovadas cientificamente sobre alimentação saudável e segura no Brasil e no mundo, desfazendo mitos.

O principal slogan do projeto é “As boas práticas produzem boa comida” e outras ações, como seminários, cursos e promoção de eventos ligados à alimentação, estão sendo programadas para os próximos meses.

Para saber mais sobre o projeto, acesse o site: http://boaspraticas.org/ ou as redes sociais: https://www.facebook.com/boaspraticasorg/




Fonte: Agrolink com informações de assessoria