quinta-feira, 30 de abril de 2015

Prazo para preenchimento do CAR é prorrogado por mais um ano


O produtor rural brasileiro terá mais um ano para preencher o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O prazo, que se encerraria na próxima terça-feira (5/05), acaba de ser prorrogado por decisão da presidente Dilma Rousseff. A prorrogação foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (30).


Fonte: Noticias Agricolas

Congresso Mundial do Vinho será sediado pelo Brasil no próximo ano

O Brasil sediará, em 2016, o Congresso Mundial do Vinho, que ocorrerá em Bento Gonçalves (RS), no período de 24 a 28 de outubro. A decisão deve ser anunciada oficialmente em julho, na Alemanha, durante o evento deste ano. O evento é conhecido por definir as diretrizes para o setor, como as recomendações para boas práticas de produção de uva e vinho até condições adequadas para a conservação da bebida.

O Congresso é realizado pela Organização Mundial da Vinha e do Vinho (OIV) e no ano passado aconteceu na Argentina, com a presença de mais de cem brasileiros, entre representantes do setor e de órgãos federais, como a Embrapa Uva e Vinho e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). 

Para Helder Borges, chefe da delegação brasileira e da Coordenação-Geral de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a realização do evento no país possibilitará maior participação do setor nacional e da área científica brasileira nas discussões internacionais. “É um encontro que induz o desenvolvimento de novos projetos científicos e serve para mostrar ao mundo vitivinícola a nossa realidade”. 

Sommeliers 

No ano passado, a OIV recebeu mais de 500 trabalhos científicos e aprovou dez resoluções durante o Congresso, como a definição das atribuições do sommelier e o código de boas práticas vinícolas para evitar ou limitar a contaminação da bebida por brettanomyces – um gênero de leveduras que interfere no sabor do vinho.

Fonte: Ministério da Agricultura
Assessoria de Comunicação Social
Maycon Fidalgo
(61) 3218-3085



Prefeitura de Mallet, no Paraná, realiza festa para comemorar safra do kiwi

Foto: Divulgação/Prefeitura
A Prefeitura de Mallet, na região sul do Paraná, realiza a 19ª Kiwi Fest para comemorar a safra da fruta. A programação começa na quinta-feira (30) e segue até domingo (3), no Centro de Eventos, localizado no trevo principal de acesso à cidade. A entrada é gratuita.

A programação começa às 8h com o Encontro Regional de Fruticultura. Às 19h, haverá show gospel com o conjunto Campeiros de Cristo. Na sexta (1º), feriado do Dia do Trabalho, a principal atração é a costelada fogo de chão, com início às 20h.

Já no sábado (2), será servido um café colonial, às 15h. No domingo (3), será realizado o concurso para a escolha da melhor fruta e do melhor vinho feito à base de kiwi. O encerramento será a partir das 20h, com show da dupla Giba e Nando. A programação completa está no site da prefeitura.

O município de Mallet é considerado um dos maiores produtores de kiwi do estado. Anualmente, a cidade produz 600 toneladas de kiwi. Segundo o técnico em agropecuária da Secretaria Municipal de Agricultura, Ernani José Wolell, são 31 produtores que têm seus pomares em uma área de 32,5 hectares.

A produção é vendida para o Paraná e outros estados. Segundo Wolell, durante a festa, o quilo da fruta será comercializado a R$ 2,50. “Os produtores estão selecionando as melhores frutas para a festa”, comenta. Também serão vendidos doces, geleias, bolos e até vinho de kiwi.

Mais informações acessem o site da prefeitura de Mallet: http://www.mallet.pr.gov.br/


Fonte: G1

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cacau da Bahia reconquista status de produto de qualidade


Foto Cacau - Revista Época
Um grupo de 2.300 produtores de 83 municípios do sul da Bahia está prestes a receber autorização do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) para utilizar o selo de Identidade Geográfica 'Cacau Sul da Bahia'. O selo é resultado de reuniões realizados nos últimos sete anos e da criação da Associação Cacau Sul da Bahia e deve permitir que as amêndoas da região reconquistem o status de cacau superior com direito a cotação especial na Bolsa de Valores de Nova York.

A notícia que será confirmada pela associação no dia 24 de maio próximo, chega como uma lufada de ar fresco na região. Principalmente para os produtores que, apesar de nos últimos 26 anos sofrerem as consequências da crise fitossanitária causada pela Vassoura-de-Bruxa (VB), produzem 60% do cacau brasileiro. Sustentabilidade, incubadora de empresas e capacitação são termos que estão agora na ordem do dia.

Presidente da associação, o produtor Rodrigo Barreto diz que a documentação foi encaminhada para a unidade do INPI, no Rio de Janeiro, no final de 2014. De acordo com as exigências do órgão existe um prazo de cerca de seis meses para que o pedido seja deferido.

Rodrigo Barreto explica que a entidade foi montada em 2013, com o objetivo de gerir e proteger as amêndoas e o chocolate superior produzido na Bahia. Para tanto foi organizado um regulamento de uso com todos os critérios para obtenção de produção do cacau seco.

Entre estes, ensina, um mínimo de 65% de amêndoas fermentadas por lote, com coloração marron predominante (ardósia é aceitável) e, principalmente, sem qualquer traço de fumaça (usado equivocadamente na secagem), já que o aroma é um das qualidades mais apreciadas pelos especialistas.

Inovação tecnológica

A partir de 2007, o trabalho desenvolvido por técnicos da Ceplac contribuiu para a aproximação entre chocolateiros europeus e empreendedores locais que se destacavam pela capacidade de inovação tecnológica. Desde então passou a ser frequente a visita de chocolateiros europeus ao Brasil.

Com o envio de amostras do cacau brasileiro para a Europa, se iniciou um grande interesse do mercado europeu pelo cacau brasileiro para a produção de cacau fino, caracterizado pelo aroma e gosto (flavour) especiais, utilizados na produção do chocolate gourmet.

O cacau fino e o chocolate produzido por empresas da região sul da Bahia vêm se destacando nas principais feiras, festivais e salões do gênero no Brasil, a exemplo do Festival do Chocolate de Ilhéus, Festival do Chocolate de Belém, Salão do Chocolate de Salvador, bem como em eventos internacionais, como no Salão do Chocolate de Paris e o International Chocolate Awards, realizado em Londres, onde produtores brasileiros têm sido premiados.

Incubação de empresas

Desde 2002, a Ceplac instalou uma planta piloto visando à formulação de chocolate com elevada proporção de massa de cacau, estimulando o desenvolvimento da agroindústria regional. Os produtos concentram de 56,6 % a 70 % de massa de cacau.

Segundo a Ceplac, no processo de incubação de empresas, os produtores são orientados a produzir cacau de qualidade, que é classificado e destinado ao mercado como cacau fino, orgânico ou chocolate.

Os produtores são orientados a empreender seu próprio negócio, alugando plantas industriais para processarem o chocolate e promoverem o crescimento de seu negócio.

Ainda de acordo com a Ceplac, "a iniciativa estimulou o desenvolvimento de equipamentos para a industrialização do cacau e serviu de base para a implantação de diversas plantas industriais de empreendedores individuais e de cooperativas de produtores".

Apenas a Cachaça de Abaíra já possui o certificado

Segundo dados do INPI e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Bahia possuía até março último apenas um produto com o certificado de Identificação Geográfica (IG) do tipo Indicação de Procedência. Trata-se da Cachaça de Abaíra, da Cooperativa dos Produtores Associados de Cana e seus Derivados da Microrregião de Abaíra (Coopama) que produz a bebida em sua sede desde 1998.

O município fica a 592 km de Salvador e possui população de 8 324 habitantes (IBGE, 2010). O produto tem origem na agricultura familiar e é fabricado em alambiques de cobre numa tradição de quase 200 anos.

As uvas de mesa e a manga produzida no Vale do Submédio do São Francisco estão em fase de avaliação. Mas, de acordo com o Mapa, o estado possui outros produtos com potencial para obter o IG: farinha, fumo, cacau, café, mandioca e derivados, mel de abelhas.

O potencial da IG para valorizar produtos regionais de reconhecida qualidade e tradição vem se difundindo no Brasil. Mas, pode demorar o tempo entre o selo ser conhecido e aceito nos mercados interno e externo.

Origem geográfica

As IG podem ser se de Indicação de Procedência (IP) ou Denominação de Origem (D.O.) e ser referem a produtos ou serviços que tenham uma origem geográfica. Seu registro reconhece reputação, qualidades e características vinculadas ao local. Informam ao mercado que uma cidade ou região é especializada em fornecer um artigo diferenciado e de excelência.

A IP define o nome geográfico de um país, cidade ou região que se tornou conhecido como centro de produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço.

A D.O. traz detalhes de qualidade, estilo e sabor, e se relaciona também à terra, às pessoas e à história da região. As normas e controles são muito específicos sobre as quantidades máximas que podem ser colhidas e o processo de elaboração.


Fonte: Seagri-BA
por Marjorie Moura

MDIC alerta para diversificação de exportações e menos dependência do Mercosul

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, afirmou nesta segunda-feira, que o Brasil precisa diversificar a sua pauta de exportações e "ser menos dependente do Mercosul". "A indústria ainda é muito dependente do Mercosul, por isso defendo um esforço de promoção para diversificarmos a pauta e sermos menos dependentes do Mercosul do que somos hoje", afirmou Ramalho, em uma palestra para empresários em São Paulo, na qual representa o ministro Armando Monteiro, que está de licença médica.

Segundo Ramalho, mesmo na América do Sul, fora do bloco, há outros países que o Brasil tem potencial para ampliar suas exportações. O secretário disse ainda que espera que avancem os acordos entre o Mercosul e a União Europeia. "Estamos aguardando a União Europeia concluir suas consultas internas para marcarmos uma reunião de troca de ofertas", afirmou. "Espero que isso possa acontecer ainda neste semestre."
Ramalho disse que a pasta está ciente da necessidade de ajustes pelo qual o País precisa passar, mas ressaltou que o momento de crise econômica pode ser de oportunidades para o setor exportador. "O setor exportador oferece alternativa importante para atenuar problemas da economia", afirmou.

Para Ramalho, um dos principais focos deve ser a relação com os Estados Unidos. "Há uma retomada da economia americana. Os EUA são um grande parceiro comercial do Brasil e este ano temos possibilidade de retomar as exportações para os EUA", afirmou, citando a visita que a presidente Dilma Rousseff fará no meio do ano e a visita já realizada por Monteiro ao país como demonstrações de que o governo está empenhado nessa relação bilateral.

Ele destacou, sem firmar data, que o Plano Nacional de Apoio à Exportação é uma "prioridade absoluta do ministro Monteiro. "O plano é prioridade e já estamos em um processo bastante avançado", disse. Segundo Ramalho, com o cenário de "câmbio mais amigável", a expectativa é que "possamos já neste ano de 2015 voltarmos a exportar e registrar superávit na balança", disse.

O Plano Nacional de apoios às exportações foi prometido inicialmente pelo ministro em fevereiro e agora a expectativa é que ele seja apresentando em maio. Segundo Ramalho, o ministério "está trabalhando intensamente" para entregar o plano em breve. "Faltam alguns ajustes de pontos específicos", disse.

Reintegra

O secretario disse ainda que o Reintegra (programa de crédito para exportadores) também foi uma bandeira que o ministro Monteiro "defendeu muito" e que mesmo com o ajuste ela não foi extinta. "Em função do ajuste fiscal foi feita essa redução - de 3% para 1% - , mas o Reintegra foi mantido e retornará aos 3% gradualmente", afirmou. "Não é o ideal", disse. Segundo ele, o pedido dos empresários agora é que o sistema do Reintegra seja "operacionalizado" para que eles possam se programar melhor. "Eles pedem estabilidade", disse.

Fonte: Agência Estado

Antigos barracões de aves viram estufas para cultivo de morango

Depois da falência do Grupo Diplomata, agricultores dão a volta por cima.
Cultivo de frutas e cogumelos são alternativas que estão dando certo.



Foto: Reprodução/RPC
Mais de dois anos após a falência do Grupo Diplomata, no Paraná, agricultores de Mandirituba, no oeste do estado, resolveram investir em novas produções. Em 2012, mais de 200 produtores tiveram que fechar suas granjas, por causa do fechamento do frigorífico. Agora, eles aproveitam os antigos barracões de aves para plantar morangos.

A escolha em apostar no morango foi feita junto com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Estudos mostram que o cultivo de morangos em ambientes protegidos é rentável e mais seguro. As mudas usadas são trazidas do Chile porque são de uma variedade que dá o ano inteiro.

A técnica de cultivo já é bem comum no Rio Grande do Sul, e no Paraná está atraindo a atenção de agricultores. A plantação é feita em cavaletes. Cada coluna tem um sistema de irrigação independente.

"É uma tecnologia de ponta onde o pequeno agricultor, em pouco espaço consegue uma renda
razoável", explica Silvio Galvan, técnico do Emater.

Produtor é exemplo para os vizinhos

Um dos produtores que apostou nessa mudança é Ademir César Moleta. Ele chegou a ter 20 mil frangos, mas de repente a situação mudou. "Agora essa nova fase está sendo boa, estamos alegres, apostando", diz.

Ademir precisou trocar as telhas da antiga granja por lonas brancas, construir a estutura da plantação e instalar telas para proteção. Até as galinhas, que eram a única fonte de renda até pouco tempo, são aliadas nessa nova fase. Com os negócios indo bem dá até para pensar em aumentar a produção. De olho nos resultados Ademir já está montando mais duas estufas.

A propriedade de Ademir Moleta virou modelo na região. Atualmente vinte produtores estão passando por esse processo. "Hoje em dia não dá para viver só de uma alternativa na propriedade, já aprendi a lição", fala o produtor.

Cogumelos

Outros agricultores resolveram investir na produção cogumelos, como é o caso de Francisco Carlos Dubiela. Com os barracões vazios por mais de um ano, ele viveu de bicos nas propriedades vizinhas, até resolver buscar o novo cultivo.

No barracão, a temperatura é controlada, e Dubiela comercializa a produção com um distribuidor de Curitiba. "Tem que procurar recurso para não ficar com tudo perdido. Está dando para viver", comenta. No outro barracão, que também era usado pra criação de frangos, ele quer investir nos morangos, igual ao vizinho, Ademir Moleta.

Quem sabe em pouco tempo cresça o número de produtores cultivando mais frutas e legumes para aumentar a renda.

Fonte: G1

Modernização do controle de cancro cítrico gera economia de 5 bilhões de litros de água

Pesquisa do Fundecitrus mostra que é possível reduzir volume de calda, beneficiando o meio ambiente e o bolso dos citricultores




foto: Divulgação Fundecitrus
Estudo do Fundecitrus propõe reduzir em 70% o volume de calda (água com produto) e em 50% a dose de cobre em pulverizações para cancro cítrico, mantendo a mesma eficiência de controle. Essa economia colabora com a redução dos impactos ambientais no campo e dá alívio ao bolso dos citricultores.

De acordo com a pesquisa, os volumes de calda de 70ml/m³ de copa com 36,8 mg de cobre metálico por metro cúbico de copa e 40 ml/m³ com 52,5 mg de cobre podem ser utilizados com segurança nos pomares. Os testes foram realizados em campos experimentais do Fundecitrus no Paraná.

Para se ter uma ideia, se essa redução fosse aplicada em todo cinturão citrícola paulista, que hoje está estimado em 400 mil hectares, fazendo seis aplicações por safra, a economia seria de 5,3 bilhões de litros de água, o suficiente para abastecer toda a cidade de São Paulo por quatro dias, ou o equivalente a 48 milhões de pessoas por um dia. "Esses números são muito relevantes devido ao momento enfrentado em relação à água, e a necessidade de conscientização no seu uso com a adoção de práticas sustentáveis", afirma o pesquisador do Fundecitrus Marcelo da Silva Scapin, responsável pelo estudo. 
Além disso, com a adequação indicada pela pesquisa os produtores conseguem reduzir até 40% dos custos com o controle da doença. Em uma área de 100 hectares, por exemplo, os citricultores deixam de gastar R$ 5 mil em uma aplicação. A economia em todo o parque chegaria a R$ 120 milhões em redução de gastos com máquina, produto e mão de obra.

"A adequação dos volumes de aplicação possibilita economia e redução do impacto ambiental, além de aumentar o rendimento operacional dos equipamentos. Lembrando que as pulverizações cúpricas não podem ser feitas isoladamente, mas em conjunto com inspeções periódicas e outras medidas preventivas contra o cancro cítrico", afirma Scapin.

Entretanto, não é só para cancro cítrico que a redução pode ser feita. Nos últimos 10 anos, os estudos do Fundecitrus avançaram e mostraram que é possível diminuir a quantidade de água nas pulverizações para controle de psilídeo Diaphorina citri com redução de 70%, para podridão floral (estrelinha) de 60%, para leprose até 30% e para pinta preta que pode ser entre 40 e 50%.


Fonte: Fundecitrus

11° Encontro de Fruticultura de Caroço de Jarinu e Região


A Associação Hortifrutiflores de Jarinu, nosso associado, convida a todos a participar do 11° Encontro de Fruticultura de Caroço de Jarinu e Região em 29 de Maio de 2015 (sexta-feira) que este ano estará cheio de novidades, com um formato mais dinâmico e interativo, com praticas de poda, manejo e controle de pragas no campo.

Informações e inscrições através do email:
Deyse Santos Soranz.
(11) 4016-5833
Associação Hortifrutiflores de Jarinu


terça-feira, 28 de abril de 2015

Governo do Estado de São Paulo anuncia investimentos de R$ 207 mi para agricultura

O governador Geraldo Alckmin anunciou, em entrevista coletiva na Agrishow 2015, nesta segunda-feira (27), em Ribeirão Preto/SP, recursos da ordem de R$ 207 milhões para investimentos na agricultura paulista. A entrevista foi concedida logo após a solenidade oficial de abertura da 22ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que contou com a presença do vice-presidente, Michel Temer; da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu; ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, entre outras lideranças políticas.

Segundo Alckmin, o Programa Pró-Trator, que alcançou a marca de 5.000 tratores financiados nesta segunda-feira, será ampliado. Serão liberados R$ 85 milhões para novos financiamentos e R$ 35 milhões para o Pró-Implemento. “O prazo de financiamento passará de seis para oito anos, com carência de até três anos, juros zero e correção monetária zero para pequenos e médios produtores”, afirmou.

Em seu discurso de abertura, o presidente da Agrishow 2015, Fábio Meirelles, salientou que “o cenário macroeconômico não é favorável em curto prazo, mas há espaço considerável para investimentos qualitativos, baseados na automação de processos, na sustentabilidade na racionalização do uso de recursos estratégicos como solo e água”.

Apesar de ressaltar que o setor privado está fazendo sua parte, Meirelles ressaltou que é necessário maior apoio de Política de Governo. “Precisamos endereçar políticas consistentes e de longo e médio prazos para equacionar as distorções do setor sucroenergético, avançar em acordos sanitários e comerciais bilaterais, acessar novos mercados, reduzir a precariedade de nossa infraestrutura logística, reduzir a burocracia, simplificar o sistema tributário e reduzir o Custo-Brasil”.

Juro preocupa o produtor rural

A agricultura brasileira, que tem sido responsável pela manutenção de equilíbrio econômico do país, não pode correr riscos. A mensagem foi passada por Meirelles, durante entrevista coletiva antes da abertura da Agrishow 2015. “O governo tem de estar atento aos pleitos do produtor, sobretudo no que diz respeito a taxas de juros”, afirmou.

Para Francisco Matturro vice-presidente da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, uma das realizadoras da Agrishow, a questão dos juros é essencial, sobretudo para a renovação dos equipamentos. “O produtor rural não troca de máquinas só porque saiu uma nova, mas sim para ter ganhos de produtividade”, disse Matturro. “O processo de modernização da frota é muito importante para o aumento de renda do agricultor”, complementou Meirelles.

Também presente na entrevista, Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas, ressaltou a importância da Agrishow para o produtor brasileiro. “Sem sombra de dúvidas, promovemos hoje uma das três maiores feiras de agronegócios do mundo e que é realizada de forma ininterrupta há 22 anos”, afirmou.

Outro tema abordado durante a coletiva foi o da crise hídrica. Todos os dirigentes foram unânimes em destacar que o produtor agrícola não é o vilão do uso inadequado da água. “O agricultor brasileiro sempre teve grande preocupação com a sustentabilidade, inclusive com o uso correto e consciente da água”, afirmou Gustavo Diniz Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira. Também participaram da coletiva: Luiz Cornacchioni, diretor-executivo da Abag; David Roquetti Filho, diretor-executivo da Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos; e José Dagnhesi, diretor da BTS Informa, organizadora da feira.

PRÊMIO BRASIL AGROCIÊNCIA É ENTREGUE PARA PESQUISADOR BRASILEIRO

Durante a solenidade de abertura, foi entregue o Prêmio Brasil Agrociência, criado para estimular a pesquisa em diversas áreas do agronegócio. O homenageado foi Alfredo Scheid Lopes, professor emérito da Universidade Federal de Lavras, por sua contribuição para a construção e o desenvolvimento do agronegócio. O prêmio foi entregue pelo vice-presidente Michel Temer e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

A premiação foi lançada na Agrishow 2014 e visa incentivar cientistas e pesquisadores, profissionais que já demonstraram competência para a construção de uma inovadora base científica e tecnológica de produção agropecuária no mundo tropical e subtropical. O professor Scheid Lopes possui uma carreira e trajetória profissional de destaque no segmento agrícola mundial, sendo reconhecido nacional e internacionalmente como uma das maiores autoridades na área de fertilidade e manejo de solos na região tropical.

A Agrishow 2015 vai até o dia 1º de maio, é uma idealização das principais entidades do agronegócio no país: Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos, Faesp – Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo e SRB - Sociedade Rural Brasileira e é organizada pela BTS Informa, integrante do Grupo Informa, maior promotor de feiras, conferências e treinamento do mundo com capital aberto.

Fonte: Agência IN

Pernambuco avalia qualidade das uvas exportadas para a Europa


Foto: Silvia Tonon

As frutas brasileiras que chegaram aos Países Baixos de setembro do ano passado a janeiro deste ano tiveram um nível de aceitabilidade de 71%, de acordo com análises realizadas pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) em 351 contêineres de uva exportados para a Europa na safra de 2014. 

Ao todo, foram feitas 1.026 inspeções por empresas holandesa parceiras do Programa Qualifruit.com, projeto do governo de Pernambuco junto a exportadores do Vale do São Francisco e ao Itep. O objetivo do programa é garantir que as frutas exportadas para Europa estejam dentro do padrão de qualidade exigido pelos consumidores locais.

Segundo o instituto, os índices da safra de 2014 apresentam melhora em comparação com 2013, especialmente no aumento dos resultados de inspeção aceitável e bom. Na avaliação passada foram realizadas 1.465 inspeções em 407 contêineres. Os números apontaram que 1.014 estavam aceitáveis, 69% do total.

As atividades do Itep de supervisão das condições e da qualidade de frutas se iniciaram em 2010, a partir da demanda dos produtores-exportadores Vale do São Francisco. A região localizada no semi-árido brasileio é responsável por 90% das exportações brasileiras de manga do país e grande polo produtor de uvas finas e de mesa.

Fonte: Globo Rural

Embrapa Rondônia realiza 1º Dia de Campo de Fruticultura em Porto Velho dia 15 de maio

Fruticultura será tema de Dia de Campo a ser realizado pela Embrapa Rondônia e Energia Sustentável do Brasil no dia 15 de maio. O evento acontecerá no Projeto Piloto da Usina Hidrelétrica Jirau, na BR 364 a 6,5 km de Nova Mutum Paraná, sentido Acre, a partir das 8h. Durante o evento serão apresentados resultados de testes realizados pela Embrapa com abacaxi, banana, açaí e pupunha.

A região do entorno da usina Jirau – Jaci Paraná, Nova Mutum Paraná, Rio Pardo, União Bandeirantes, entre outras – caracteriza-se pela expansão da agricultura familiar, onde a bananicultura e a abacaxicultura têm grande potencial de desenvolvimento, além de ter mercado local aberto a estes produtos. Também são frutas tradicionalmente cultivadas para consumo próprio pelos produtores e com a venda do excedente de produção eles conseguem gerar mais renda para suas famílias.

Em Rondônia são cultivadas cerca de 8,3 mil hectares de banana, com uma produção de 71 mil toneladas, sendo Porto Velho o maior produtor, com 18,7 mil toneladas. Apesar de não ter grande impacto na produção nacional (6,9 milhões de toneladas – IBGE, 2015) a banana exerce papel importante na economia local. Sendo assim, a Embrapa está testando 27 genótipos de banana em comparação com variedades tradicionais. O objetivo é identificar e validar os mais adaptados às condições de Porto Velho para recomendá-los ao setor produtivo (profissionais e produtores). Os materiais testados se destacam pela resistência à sigatoka negra e ao mal do Panamá, duas das principais doenças que acometem a cultura, inviabilizando a produção em muitas áreas.

Porto Velho também se destaca no Estado pela produção de abacaxi, com 1,8 milhões de frutos por ano (IBGE, 2015). No estado são 450 hectares cultivados com o fruto. Para fortalecer esta cultura no estado, a Embrapa Rondônia está testando cinco variedades de abacaxi (Pérola, Vitória, IAC Fantástica, Gomo de mel e Imperial) em diferentes espaçamentos com fileiras simples e duplas. Além de outros experimentos que estão sendo feitos para oferecer ao produtor um sistema de produção que possa ser recomendado para o estado.

O experimento com açaí também será apresentado no dia de campo. A Embrapa Rondônia está avaliando o desempenho da cultivar de açaí de touceira (Euterpe oleracea) BRS Pará, para verificar se esse material mantém sua elevada produção, observada em outras regiões. Além disso, está sendo avaliado o desempenho do açaí solteiro (Euterpe precatoria), nativo de Rondônia, para verificar a viabilidade de seu cultivo. Por fim, os trabalhos realizados com a pupunha em plantio de sequeiro, avaliando o efeito de diferentes doses de adubação nitrogenada e potássica sobre seu desenvolvimento e produção de palmito.

Realização e parcerias

O Dia de Campo em Fruticultura faz parte do Projeto Piloto de Uso da Faixa Deplecionável do reservatório da Usina Hidrelétrica Jirau (RO) e das Áreas de terra Firme de seu Entorno, por meio de parceria entre a Embrapa e a Energia Sustentável do Brasil. O evento também conta com o apoio da Emater Rondônia, Prefeitura de Porto Velho e a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Porto Velho.



Fonte: Embrapa Rondônia 
Renata Silva (MTb 12361/MG) 
rondonia.imprensa@embrapa.br 
Telefone: (69)3901-2511

Mais da metade da população rural no mundo não tem acesso a serviços de saúde

Mais da metade da população rural no mundo - mais do que o dobro do número observado em áreas urbanas - não tem acesso a serviços de saúde, revela relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta segunda-feira (27/4).

“Os resultados são chocantes”, disse a coordenadora da política de saúde na OIT, Xenia Scheil-Adlung, durante a apresentação do relatório, que cobre 174 países. “A ausência de cobertura legal, número insuficiente de profissionais de saúde e o financiamento inadequado criaram desigualdades que podem colocar vidas em perigo”, afirmou ela.

O relatório é o primeiro de gênero a ser publicado pela OIT e revela grandes disparidades no acesso aos cuidados de saúde entre as áreas rurais e urbanas em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento.

O documento mostra que 56% das pessoas que vivem nas áreas rurais estão excluídas dos cuidados essenciais de saúde, contra 22% das que residem em áreas urbanas.

No continente africano, 83% dos que vivem nas zonas rurais nunca tiveram acesso aos serviços básicos de saúde, de acordo com o estudo da OIT, que assinala que na África existem os mais altos níveis de pobreza.

As maiores diferenças entre as zonas urbanas e rurais, no entanto, são vistas igualmente na Ásia, como na Indonésia, onde a porcentagem de pessoas não abrangidas por estes serviços é duas vezes maior nas áreas rurais do que nas cidades, destaca a agência da Organização das Nações Unidas (ONU). Na Europa, as pessoas que residem em áreas rurais com menos acesso aos cuidados de saúde encontram-se na Itália, Grécia, Andorra e Chipre, acrescenta.

O estudo da OIT mostra que, embora o acesso à saúde seja garantido por lei em muitos países, as pessoas em áreas rurais muitas vezes são excluídas da assistência à saúde, porque a lei não é aplicada nestas regiões. Esta situação é agravada pela falta de profissionais de saúde que atinge o mundo rural, pois, apesar de metade da população mundial viver naquelas áreas, apenas 23% do pessoal de saúde trabalha lá.

A OIT estima que, em nível mundial, 10,3 milhões de trabalhadores estão sem assistência no setor da saúde. A OIT assinala que a África e América Latina são as duas regiões do mundo onde a falta de profissionais de saúde é maior.

Como exemplo, a agência da ONU aponta a Nigéria, onde mais de 82% da população rural é excluída de serviços de saúde devido ao número insuficiente de profissionais, contra 37% dos que vivem nas cidades daquele país africano, o mais populoso de África, com 176 milhões de habitantes.

Fonte: Globo Rural

Produtor de banana de Cacoal, RO, comemora os lucros da produção

Foto: Rogério Aderbal/G1
Depois de quatro anos investindo no melhoramento da lavoura, Jorge Eller, de 53 anos, produtor de banana de região de Cacoal (RO), começa colher os frutos de seus investimentos, com uma produção de cerca de duas toneladas da fruta, por semana, que são comercializadas, segundo o ele, em vários municípios de Rondônia. Feliz com a produção, Eller já planeja novos investimentos para o setor.

A propriedade de Jorge Eller, de 53 anos, está localizada na divisa dos municípios de Cacoal e Ministro Andreazza, aonde em sete alqueires de terra, cultiva mais de 15 mil pés de banana, divididos entres as espécies nanica, prata e de fritar (do grupo terra). Para fazer toda essa produção chegar ao mercado, ele conta com a ajuda de dois filhos e de mais três pessoas que trabalham como diaristas.

“Sem ajuda de meus filhos não consigo fazer nada nesta propriedade. Eles são meus braços e pernas”, relata. Além da banana, o agricultor também trabalha com a produção de mel, cítrico (laranja e limão) e mamão. Porém, o carro chefe da propriedade é a banana. “Hoje é com a banana que pago minhas contas e garanto o sustento e o conforto de minha família”, conta.

Mas, não sempre assim, antes de investir na produção de banana, Jorge trabalhava com café, até que um dia resolveu apostar na troca do cultivo do café pela banana. A tentativa deu tão certo que ele acabou com a plantação de café, e não pretende mais voltar trabalhar com a cultura.

“Café dá muito trabalho e gasto. A banana também dá trabalho, mas o lucro dela aparece mais rápido”, explica. Feliz com a produção está Magno Eller, de 22 anos, filho de Jorge, e braço direito do pai na propriedade.

“Estou muito satisfeito com os lucros de nossa produção. Dá pra manter bem” diz. No entanto, de acordo com Magno, para manter a lavoura em bom ritmo de produção, 30% dos lucros são investidos de volta na lavoura. Porém, a maior dificuldade enfrentada pelos produtores são as pragas que afetam a fruta, as mais conhecidas são: sigatoka negra e amarela, que começa atacando as folhas e vai se alastrando para toda a planta, destruindo pelo menos 50% da produção.

“Para combater a praga é preciso cortar as folhas atacadas pulverizar pé por pé da fruta, utilizando controle químico e biológico”, explica. Magno explica ainda que, além do controle das pragas, são utilizadas plantas melhoradas geneticamente, o que os tornam mais resistentes. Ele diz que novos investimentos devem ser realizados em breve, com objetivo de melhorar a qualidade do produto. “As mudas vieram de Minas Gerais. Trouxemos para teste e elas se adaptaram bem. Com isso, vamos renovar grande parte de nossa plantação com elas”, comemora.

Fonte: G1

Seguro rural deverá ser o pilar da lei agrícola brasileira, diz ministra

Após participar da solenidade de abertura da 22ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que o seguro rural será o pilar mais importante da lei agrícola brasileira, que está sendo formatada pelo ministério. 

A ministra afirmou que o Mapa, com a ajuda das entidades de classe, do Congresso Nacional e de pesquisadores acadêmicos, vai elaborar uma lei agrícola a exemplo da Farm Bill, dos Estados Unidos, e da Política Agrícola Comum (PAC), da União Europeia. A legislação, que poderá ser revista a cada quatro ou cinco anos, visa a dar mais previsibilidade aos produtores e ao mercado. 

“Não queremos mais viver no improviso de ano a ano ter um plano safra. A presidente Dilma Rousseff entendeu essa situação e estamos conversando com especialistas, pessoas de renome nacional para desenhar os princípios dessa lei para que o Congresso Nacional possa apreciar, fazer as modificações necessárias”, explicou Kátia Abreu. 

“O Brasil poderá ter uma lei agrícola para quatro ou cinco anos, cujos pilares mais importantes serão o seguro para intempéries climáticas e o seguro agrícola de renda. O que nós queremos com isso é planejamento estratégico para o produtor do Brasil, como nossos concorrentes americanos e europeus têm”, completou a ministra. 

A ministra destacou ainda que o Plano Agrícola e Pecuário será lançado em 19 de maio pela presidente Dilma Rousseff, com cerca de um mês de antecedência em relação aos últimos anos. 

“Esse ano nós queremos inovar e lançar o plano safra em maio, mas, com a nova lei agrícola, o ideal é que possamos dar os detalhes dos planos a cada mês de março. A lei vai impor as regras e se houver alguma modificação de regulamentação, será anunciada a cada mês de março”, afirmou.

A ministra participou da abertura da Agrishow ao lado do vice-presidente, Michel Temer, do ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, além de outras autoridades.

Fonte:  Assessoria de Comunicação Social do MAPA

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Saída para economia brasileira é reativar exportações, diz ex-ministro

O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan afirmou nesta segunda-feira, durante evento com empresários promovido pelo grupo Lide, na capital paulista, que "a saída para a economia brasileira é reativar com toda a força a exportação". "O mercado interno está dormente, a massa salarial não vai reagir tão cedo", explicou.

Apesar de ter sido ministro por quatro anos durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Furlan afirmou que "não é filiado" a nenhum partido e disse que os empresários precisam parar de reclamar e de criticar o País no exterior. "Quero reafirmar a minha confiança no Brasil. As coisas podem dar certo se nós fizermos dar certo", afirmou. "Brasileiro que vai para o exterior criticar e não defender (o país e os produtos brasileiros) não é da minha turma", afirmou.

O ex-ministro disse ainda que é raro não ouvir reclamações em eventos com o empresariado, mas afirmou que sua experiência mostrou que o governo não tem "varinha de condão". Segundo ele, os empresários precisam aproveitar melhor as oportunidades. "Na minha percepção, chegamos a um patamar baixo na economia, no qual a possibilidade de piora é muito menor que a possibilidade de melhora", disse. "Essa é a hora do espírito empreendedor."

Fonte: Agencia Estado

Técnicos do Inpa desenvolvem ferramentas para coleta de cachos de 20 espécies de palmeiras arbóreas difíceis de serem coletadas


Foto: INPA - (A) Detalhe das coletas de cachos de coco; (B) corte dos cachos  e (C) detalhe
dos cachos e frutos coletados
Técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) desenvolveram uma tecnologia para a coleta de cachos de 20 espécies de palmeiras arbóreas, com e sem espinhos, difíceis de serem coletadas, mas que possuem alto valor econômico na Amazônia, sem a necessidade dos coletores escalarem as árvores. As ferramentas podem proporcionar a coleta de grande quantidade de frutos, possibilitando economia de tempo e redução do custo de transporte.

Há dois anos, os técnicos do Inpa, vinculados à Coordenação de Biodiversidade (CBIO), o engenheiro florestal Afonso Rabelo e os ilustradores botânicos Felipe França e Glaucio da Silva, vêm desenvolvendo e aperfeiçoando as ferramentas com o intuito de que os coletores que escalam as palmeiras não sofram desgaste físico e acidentes graves. 

“Com as ferramentas será possível, dentre outros resultados, estimular o extrativismo sustentável e gerar novas atividades produtivas dentro das comunidades rurais”, explica Rabelo, acrescentando que o uso da mão de obra ociosa ou desqualificada também poderá ser aproveitado nas coletas dos cachos com vista à ocupação, bem como a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais da Amazônia, sobretudo, as mais carentes.

De acordo com Rabelo, as ferramentas desenvolvidas possuem tecnologia simples de fácil manuseio e foram confeccionadas com materiais facilmente encontrados no mercado. Para permitir coletas de palmeiras de porte alto foram desenvolvidos mecanismos para sustentação, estabilidade e equilíbrio da haste.

A vara para coleta dos cachos é constituída por seis pares de tubos interligados por roscas que podem ser usados eventualmente na graduação da altura final da vara, podendo atingir de 2,75 metros até 18,5 metros de altura. As ferramentas usadas para o corte dos cachos são formadas por um serrote de poda e por uma foice tipo roçadeira.

Rabelo explica que para sustentação, estabilidade e equilíbrio da vara no estipe (caule) das palmeiras sem espinhos foram feitos dois orifícios transversais no tubo terminal para fixação de uma corda de 3,5 metros de comprimento. Já para a subida da haste, sustentação e equilíbrio nas palmeiras com espinhos foi necessário o uso de uma corda de 4,5 metros de comprimento, introduzida nos orifícios abertos em 0º e 270º das extremidades de um tubo de conexão de esgoto, tipo PVC, com 48 centímetros de comprimento por 10 centímetros de diâmetro e 45º de inclinação.

Os testes foram realizados com sucesso junto aos coletores de palmeiras nas comunidades Morena, na Vila de Balbina (município de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus); Nova Vida (em Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus); Ramal do Pau Rosa (no Km 21 da BR-174), além das comunidades dos lagos do Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) e Paru (em Manacapuru, a 68 quilômetros da capital), e na Reserva de Fruticultura Tropical do Inpa (situada no Km 35 da BR-174).  
O técnico comenta que as palmeiras que não possuem espinhos são coletadas com a escalada de pessoas nas árvores, porém, esse trabalho é considerado árduo e perigoso. Segundo ele, as plantas com caules cobertos por espinhos são coletadas com o auxílio de instrumentos caseiros, como varas de madeiras ou de bambus, adaptadas com ganchos ou foices na extremidade superior. “Isto faz com que 

As invenções foram testadas com eficiência nas coletas dos cachos de 14 palmeiras sem espinhos: açaí-do-Pará (Euterpe oleracea Martius), açaí-solteiro (Euterpe precatoria Martius), babaçu (Orbignya phalerataMartius), bacaba (Oenocarpus bacaba Martius), bacabí (Oenocarpus mapora Karsten), bacabinha (Oenocarpus minor Martius), bacaba-de-leque (Oenocarpus distichus Martius), buriti (Mauritia flexuosa L. f.), caranâ (Mauritia carana Wallace), coco (Cocos nucifera L.), jaci (Attalea butyracea (Mutis ex L. f.) Wess. Bôer), inajá (Maximiliana maripa (Aubl.) Drude), patauá (Oenocarpus bataua Martius) e urucuri (Attalea phalerata Mart. ex. Spreng ).

Também foram testadas com sucesso em seis palmeiras com espinhos: macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.), duas espécies de murumuru (Astrocaryum murumuru Martius e Astrocaryum ulei Burret), pupunha (Bactris gasipaes Kunth), tucumã-do-Amazonas (Astrocaryum aculeatum Meyer) e tucumã-do-Pará (Astrocaryum vulgare Martius).

Segundo Rabelo, as ferramentas desenvolvidas podem ser indicadas como um novo instrumento para planos de desenvolvimento regional sustentável e nas prevenções de acidentes com coletores de frutos. Segundo ele, o uso dos equipamentos poderá promover melhoria na renda familiar. “Pelo menos 15 espécies frutíferas de palmeiras têm mercado estabelecido na Amazônia com crescimento nas regiões Sudeste e Sul do Brasil e ganhando expansão nos mercados internacionais”, considera o técnico.

Para ele, é necessário que os governos municipais, estaduais e federais valorizem e fomentem ações que possam possibilitar maior extração dos recursos naturais da floresta. “Por exemplo, os frutos dos quais os subprodutos extraídos podem servir de matéria-prima para as agroindústrias, indústrias de cosméticos, farmacêuticas, entre outras”, finaliza.

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA


Aprovado Projeto de Lei que obriga indústrias processadoras de laranja in natura a adotarem percentual mínimo de matéria-prima

Foi aprovado dia 15 de abril, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, projeto de lei do deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) que obriga as indústrias processadoras de laranja in natura a adquirirem percentual mínimo de 40% de matéria-prima junto aos produtores rurais, quando tiverem recebido financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 

A propositura de Thame prevê que as indústrias processadoras de laranja in natura mantenham a obrigação de adquirirem percentual mínimo de matéria-prima até a liquidação do financiamento. 

O deputado lembrou que, há algum tempo, os citricultores queixam-se do tratamento dispensado pelas indústrias processadoras de laranja in natura, que, por conta do poder de mercado, depreciam os preços. “Reconhecendo a crescente assimetria de forças existente no relacionamento entre produtores rurais e agroindústria e na tentativa de contribuir para a reversão da tendência de verticalização de certos segmentos agroindustriais é que apresentei essa proposta”, afirmou Thame. 

O parlamentar destacou que a aprovação do projeto é garantia de continuidade das atividades econômicas de grande número de agricultores que, no passado, incentivados pelas indústrias processadoras, planejaram e investiram seus recursos no plantio e na produção de matérias-primas para abastecê-las. 

O PL Nº 3.541/2012, aprovado na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, segue para análise na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.

Fonte: José Henrique- Assessor de Imprensa
Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus)

Custos mais caros: produtores rurais sentem impactos dos aumentos das tarifas de energia elétrica no País

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os 15 primeiros do mês de abril, variou 1,07% em abril, ficando 0,17 pontos percentuais (p.p.) abaixo da taxa de março (1,24%). Mesmo assim, foi a taxa mais elevada registrada nos meses de abril desde 2003, quando atingiu 1,14%.

Mais uma vez a energia elétrica liderou o ranking dos principais impactos na inflação do País. Segundo o IBGE, a forte elevação de 13,02% nas contas é reflexo dos reajustes que passaram a vigorar desde o dia 2 de março passado, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) – que aumentou 83,33%, ao passar de R$ 3,00 para R$5,50 – quanto nas tarifas com a ocorrência de reajustes extraordinários.

Se o aumento impacta diretamente no bolso do consumidor não poderia ser diferente para quem vive e trabalha no campo. “Em meio a um momento de desaceleração econômica, os aumentos de custos influenciam negativamente a capacidade competitiva do agronegócio”, critica Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo ele, no caso da produção intensiva de aves, por exemplo, há a necessidade da ambiência, que nada mais é que a garantia de conforto térmico para maximização dos resultados.

“Esta manutenção da temperatura depende de equipamentos que consomem energia elétrica proveniente, basicamente, do sistema elétrico nacional. Com o aumento dos valores das tarifas, aumenta também o custo de produção”, aponta Turra.

Outros especialistas entrevistados pela Sociedade Nacional de Agricultura também reclamam do atual cenário. “O fornecimento de energia elétrica no Pará já é um problema para o agronegócio. Em Santa Maria das Barreiras, por exemplo, foram aplicados R$ 25 milhões e não tem energia; igualmente não tem embaixo da Hidrelétrica de Tucuruí”, ressalta Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

“Energia é o insumo básico para o nosso setor e vai impactar no aumento dos custos e no produto final. Infelizmente, precisamos conviver com o mesmo cenário há décadas: nascemos para servir o Brasil, mas o País não nos serve”, observa.

Segundo Xavier, a energia que deixa o Estado do Pará, indo alimentar o sistema interligado nacional por meio das linhas de transmissão da Eletrobras, “sai sem deixar um único centavo de imposto e só vai gerar receita no Estado aonde vier a ser comercializada”.

“Para citar um exemplo: um lote de energia produzida em Tucuruí, que sair daqui para ser comercializada no Estado do Paraná, por exemplo, só vai proporcionar receita tributária para os cofres do governo paranaense. O Pará, mesmo tendo arcado com os impactos sociais e ambientais, que invariavelmente ocorrem nas fases de implantação e operação dos grandes projetos, não tem direito a receber o imposto incidente sobre a energia por ele produzida”, comenta.

BANDEIRAS TARIFÁRIAS

Consultor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem do Estado de Goiás, Cristiano Palavro afirma que os impactos são bastante elevados, principalmente nos segmentos com maior consumo, como as atividades de irrigação, armazenagem, produção leiteira e de aves, por exemplo.

“Aqui, em Goiás, a situação fica agravada pelos longos impasses entre o governo estadual e federal, que culminou na venda de 51% das ações da concessionária local para o a Eletrobras. Estes impasses deixaram a empresa com uma longa defasagem de reajustes tarifários, os quais foram todos implementados nos primeiros meses de 2015, elevando drasticamente o custo e de forma abrupta”, informa.

De acordo com Palavro, outro fator negativo foi a implementação das bandeiras tarifárias. “Em março deste ano, após dois meses de bandeira vermelha em funcionamento, foi realizado um reajuste no valor delas (de R$ 3,00 para R$5,50 a cada 100 kW porhora consumido).

“Além deste aumento, foi publicada portaria que define que sobre os valores de bandeira tarifária não incidem os benefícios que a classe rural tem direito, como a tarifa verde e o desconto da madrugada para os irrigantes e aquicultores. Desta forma, o valor adicional da bandeira vermelha incide de forma integral, gerando elevações de 55% na conta final, em média”, destaca o consultor do Senar-GO.

As bandeiras tarifárias verde, amarela e vermelha indicam se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade.

Na opinião de Aline Veloso, coordenadora da Assessoria Técnica da Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg), o ano de 2015 tem sido bastante preocupante, especialmente para o produtor rural, devido ao aumento no custo da energia, pela influência do dólar nos preços dos fertilizantes e de outros insumos importados e necessários à produção, além de outros fatores, como o clima adverso (seca prolongada e restrição da disponibilidade de água para irrigação em alguns casos), aumento no preço do frete e falta de logística adequada, segurança, dentre outros.

“Somente neste ano, todos os consumidores de energia elétrica já verificaram aumento por conta de três fatores: a revisão tarifária extraordinária (em vigor desde fevereiro deste ano), as entradas das bandeiras tarifárias (desde janeiro e por conta da utilização de termoelétricas) e o reajuste tarifário anual (a partir de 7 de abril para a área de concessão da Cemig-D)”, informa.

De acordo com Aline, especificamente para o consumidor rural, por conta da incidência da bandeira tarifária – no caso a vermelha -, “benefícios aos produtores rurais, aquicultores e irrigantes deixaram de existir e o produtor viu suas faturas crescerem substancialmente”.

“Estimativas da distribuidora mineira (Cemig-D) apontam para aumento médio para o consumidor rural de 45,49%, somente por conta da bandeira vermelha. Mas o impacto tem sido sentido principalmente pelos irrigantes na área da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), chegando a ultrapassar os 130% de aumento na fatura de energia elétrica”, aponta a coordenadora da Faemg.

QUEM PAGA A CONTA

Segundo o presidente da ABPA, Francisco Turra, “toda a cadeia paga a conta, afinal o aumento vem para todos”. “Obviamente, o consumidor recebe o impacto deste problema. Também as exportações são impactadas, frente a um cenário internacional altamente competitivo”, salienta.

Na opinião do consultor do Senar Cristiano Palavro, toda elevação de custos de produção gera uma pressão de elevação dos preços dos produtos, mas a intensidade destes repasses ao consumidor final é bem menor em relação aos aumentos nos custos de produção.

“Além disso, a maioria dos produtos do campo, em especial as commodities, tem sua precificação definida pelo mercado interno e externo, com baixa influência do setor produtivo na formação destes preços e cotações. Sem dúvida, o impacto (da energia mais cara) fica com o produtor rural e os aumentos, em sua maior parte, saem das margens de lucratividade já apertadas do setor”, destaca Palavro.

Para a consultora da Faemg, Aline Veloso, o IPCA-15 (correspondente aos 15 primeiros dias do mês de abril), divulgado pelo IBGE no dia 17 de abril, traz dados de alerta sobre a inflação no País e isto, como vem ocorrendo nos últimos meses, impacta diretamente o setor produtivo.

“A energia elétrica é um fator de produção e qualquer variação neste insumo está estritamente ligada ao custo de produção das atividades, sejam agropecuárias, industriais, no comércio. Pelo IPCA-15 de abril, somente a energia elétrica residencial subiu, em relação ao mês anterior, 13,02%; no ano, acumula alta de 38,51%; e nos últimos 12 meses a taxa atingiu 62,49%. Todavia, o impacto que é sentido pelo consumidor pode ser muito maior”, alerta Aline.

Conforme a consultora da Faemg, os preços dos produtos agropecuários são ditados pelo mercado, ou seja, o produtor, por si só, não consegue colocar preço em seu produto.

“Por outro lado, também não consegue influenciar muito nos preços que ele paga pelos insumos utilizados para produzir. Assim, de modo bastante sucinto, verificamos que ele trabalha com uma margem mais apertada cada vez que os custos de produção sobem. Isto tem ocorrido nos últimos anos, principalmente com a mão de obra, energia elétrica, frete, dentre outros, e os preços que ele recebe pelo que vende não têm subido na mesma proporção. Portanto, o produtor rural vem absorvendo esses aumentos”, comenta Aline.

A consultora da Faemg também destaca que, de acordo com a ciência econômica, aumentos de custo de produção desestimulam o produtor a investir na atividade e isto, consequentemente, influencia da oferta de produtos.

“Por sua vez, os preços dos produtos tendem a subir para o consumidor. É a lei da oferta e da demanda. De modo geral, o consumidor também acaba pagando mais, ainda que em proporções diferentes.”

MOBILIZAÇÃO DAS ENTIDADES

Para dialogar sobre o atual de cenário de aumento dos custos da energia elétrica para o produtor rural, algumas entidades têm se mobilizado.

“Além da atuação direta junto aos ministérios de interesse, a Aneel e o Congresso Nacional, as federações e entidades representativas de classe têm unido seus interesses referentes ao fornecimento de energia elétrica nos Conselhos de Consumidores de Energia que, no caso de Goiás é o Concelg (Conselho de Consumidores da Companhia de Energia Elétrica de Goiás). Nesta entidade, conselheiros de cada segmento, indicados por suas entidades (rural, industrial, comércio e serviços, residencial e poder público), debatem e atuam em todas as demandas recebidas”, informa o consultor técnico Cristiano Palavro, do Senar Goiás.

“Questões de reajustes tarifários, definição de descontos e regulamentação são mediados junto à Aneel, responsável por todas estas definições. Já no sentido da qualidade de serviços, expansão de linhas de transmissão e projetos de melhoria no sistema, a mediação se dá diretamente junto à concessionária local, a Celg. Mesmo com certa dificuldade no atendimento destas demandas, em muitos casos o Concelg obteve sucesso, e o acompanhamento constante e preventivo tem se mostrado eficaz na melhoria da prestação de serviço”, salienta Palavro.

A ABPA também tem se posicionado sobre o aumento dos custos da energia para os produtores de proteína animal. “Temos buscado preservar a competitividade por outros meios, como a manutenção das alíquotas da desoneração da folha de pagamento e do Reintegra (iniciativa que devolve, aos exportadores, parte de impostos pagos). Neste sentido, estamos trabalhando fortemente junto às representações do Executivo e do Legislativo para que sejam preservadas as alíquotas atuais, em prol da manutenção dos empregos e da capacidade competitiva da cadeia produtiva”, comenta o presidente da entidade, Francisco Turra.

Segundo a consultora Aline Veloso, o problema do aumento de custo de produção por conta da energia elétrica já foi detectado e está na pauta de ações do Sistema Faemg.

“Produtores e seus sindicatos já nos notificaram e, após estudos sobre o impacto das revisões tarifárias e da incidência da bandeira vermelha nas atividades produtivas, levamos o assunto à Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Em nível federal, a instituição está tomando providências no âmbito administrativo e, se for o caso, seguirá para o Poder Judiciá


Fonte: SNA - Sociedade Nacional de Agricultura