sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Seguro rural não cobre “nem 10% da área cultivada no País”

O novo Plano Trienal do Programa de Seguro Rural (PSR) divulgado este mês pelo governo Dilma destina R$ 400 milhões para o próximo ano. O número significa uma redução de nada menos que 43% em relação aos R$ 700 milhões oferecidos em 2015. O projeto prevê ainda R$ 425 milhões em 2017 e R$ 455 milhões para 2018.

“Não é suficiente para cobrir nem 10% do total da área cultivada no País, mas pelo menos retoma o processo de subvenção e deixa o setor de seguro rural ainda operativo. A quantia volta a oferecer o que ocorreu mais ou menos em 2013”, avalia o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) Fernando Pimentel.

Para o dirigente, “a redução dos níveis de subvenção prejudica os produtores, que terão de fazer um aporte maior com recursos próprios, o que pode fazer com que diminua o interesse na hora de pensar em fechar contratos”.

Houve ainda redução do limite por produtor (CPF ou CNPJ) de R$ 184 mil/ano para R$ 144 mil/ano, numa média de todas as culturas. Foi diminuído também o percentual de subvenção, com a criação de uma tabela entre 30% a 45% que varia conforme o nível de cobertura oferecido pelas seguradoras. Neste ano a subvenção atingia até 60%.

“Na minha visão não deveriam existir microrregiões prioritárias, culturas ou perfis diferenciados de produtores, porque este tipo de ‘calibragem’ favorece as distorções e a manutenção de áreas e culturas que são, eventualmente, inviáveis tecnicamente. Talvez o caminho fosse buscar alternativas viáveis e não criar exceções”, sugere o diretor da SNA.

Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

Coletânea sobre cultivo da melancia é lançada durante evento em Manaus


A 61ª Reunião Anual da Sociedade Interamericana de Horticultura Tropical (SIHT), realizada no período de 23 a 26 de novembro em Manaus, AM, foi o espaço escolhido para o lançamento do livro "Cultura de Melancia", título que norteia os 13 capítulos que tratam da cultura a partir das diversas áreas de pesquisa trabalhadas pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF).

Editora técnica do livro, a pesquisadora Mirtes Lima, da área de Virologia, informa que a escolha do tema teve como base, por exemplo, as suas atividades relacionadas às pesquisas sobre os vírus que infectam as cucurbitáceas e o pouco enfoque existente sobre a atuação desses agentes patogênicos sobre a melancia.

"A oportunidade de organizar a coletânea "Cultura da Melancia" surgiu em decorrência dos meus trabalhos de pesquisa com vírus que infectam cucurbitáceas, que incluem a melancia, da carência de literatura com a abordagem dos diversos aspectos da cultura e também em atenção ao convite da chefia da área de Transferência de Tecnologia para tratar do assunto", registra Mirtes.

Ainda dentro desse contexto, ela também aponta alguns aspectos que considera relevantes para dimensionar o valor da cultura, como o fato de "estar o Brasil entre os cinco maiores produtores mundiais e a crescente expansão do consumo da melancia no País, situações que pontuam a sua importância para a economia brasileira".

Na mesma linha de raciocínio, o pesquisador e chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia Warley Nascimento, que apresentou o novo título no evento da SIHT, após palestra que versou sobre a atuação da Embrapa na horticultura tropical, avalia que "a posição do Brasil entre os cinco maiores produtores mundiais de melancia e a expressividade de seu cultivo nas cinco regiões brasileiras constituem fortes razões para a edição de um livro sobre a cultura". "A ideia é contribuir com informações técnicas para a cadeia produtiva da melancia, tendo em vista o importante papel que ela desempenha no segmento do agronegócio envolvendo a produção de hortaliças", sublinha.

Os 13 capítulos da publicação tratam de socioeconomia, fitotecnia (estabelecimento da cultura e produção de sementes), cultivares, irrigação, solo e adubação, clima, problemas fitossanitários (pragas, doenças, plantas daninhas) e pós-colheita. "Considerando a importância da cultura para a agricultura brasileira, contamos nessa coletânea com a expertise de pesquisadores da Embrapa Hortaliças e de universidades para disponibilizar informações técnicas sobre a melancia", assinala a pesquisadora.

CIRCULAR TÉCNICA

A cultura da melancia está sujeita ao ataque de mais de 30 doenças, que podem ter como causas agentes como bactérias, fungos, nematoides e vírus. Além desses, a melancia também está sujeita a doenças de origem fisiológica provocadas por condições desfavoráveis ao desenvolvimento das plantas, como deficiência ou excesso de nutrientes, temperaturas muito altas ou baixas, luminosidade inadequada, falta ou excesso de água, entre outros.

SERVIÇO - O livro "Cultura da Melancia" pode ser adquirido na Embrapa Informação Tecnológica (SCT) -www.embrapa.br/livraria ou pelo e-mail livraria@embrapa.br, ao preço de R$40,00. Informações pelo telefone (61)3448-4236.

Fonte: Embrapa / Agrolink

Perspectivas das exportações brasileiras de frutas é tema de palestra na CEAGESP-SP



Foto: Freepik
Os fruticultores podem festejar 2015. As perspectivas são positivas, pois o ano vai acabar com aumento em valor e volume nas exportações de frutas frescas e processadas. Essa é a perspectiva da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A situação atual e expectativas das exportações brasileiras do setor foram temas de palestra durante o Seminário de Certificação e Mercado de Goiaba de Mesa, realizado pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), no dia 24/11.

Segundo o assessor técnico da Comissão da CNA, Eduardo Brandão, responsável por ministrar a palestra, hoje o Brasil é o 3º maior produtor mundial de frutas, com 43,6 milhões de toneladas na safra de 2013/14 e mais de 20 bilhões de reais de valor agrícola bruto; com uma exportação de aproximadamente 3% de sua produção. “O cenário mostra boas perspectivas para o fechamento deste ano, com um número maior de exportações de frutas frescas e processadas”, afirmou. O técnico da CNA ressaltou que dados da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, (SECEX/MDIC), mostram que às exportações do setor de goiaba têm uma previsão de crescimento de 18,1% para 2015, em valor e volume exportado.

Brandão observou também que, em 2014, a balança comercial das exportações de frutas frescas obteve saldo positivo de 152 milhões de dólares. “Isso devido ao Brasil exportar o produto com qualidade, pois o mercado externo é exigente”, frisou. O assessor acrescentou que 79% dessa produção é exportada para União Europeia. As frutas que mais saem do país são: melão, manga, banana, maçã, limão, uva, melancia, mamão, laranja e abacate. “Apesar dos bons números, ainda há entraves para o crescimento da produção, uma vez que apenas pequena parte dos produtores consegue atender as exigências do mercado externo; além da oscilação cambial, barreiras tarifárias e sanitárias”.

Apesar da grande produção no Brasil, ainda é considerável o número de importações de algumas frutas. Segundo estimativas do sistema de análise AliceWeb do MDIC, as importações de 2015 terão um aumento de 5%, em relação a 2014. Os produtos mais importados são: pera, uva, maçã, pêssego, kiwis, ameixa, cereja e coco. Para reverter esse quadro, é preciso enfrentar alguns entraves, observou o assessor técnico: qualificar a mão de obra, realizar um manejo correto, melhorar os créditos para investimento de custeio nas lavouras e investir na logística dos transportes.

Eduardo Brandão finalizou sua palestra falando dos desafios que o setor precisa enfrentar para melhorar ainda mais sua competitividade. De acordo com ele, é preciso conquistar novas fronteiras, investir em propagandas e promoção de produtos, planejar a produção, reduzir os custos de produção e pesquisar as preferências e cultura dos países o qual a fruta será exportada. “Também não se pode esquecer que hoje a tendência mundial é investir em sustentabilidade, cuidando do meio ambiente, segurança alimentar e responsabilidade social”, descreveu.

Exposição apresenta resultados do incentivo à fruticultura em Alagoas


As inovações técnicas e as melhores práticas voltadas para o incremento da fruticultura alagoana serão os destaques da Expo Fruta de Alagoas e do II Festival do Abacaxi, que acontecem simultaneamente neste domingo (29), no povoado Sítio Poção, em Arapiraca. Os eventos são promovidos pelo Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), conduzido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e Sebrae/AL, com apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri).

De acordo com a gestora do APL Fruticultura do Agreste, Rosete Alves, o Festival do Abacaxi terá a participação de 150 famílias de agricultores familiares dedicadas à cultura nos municípios de Taquarana, Limoeiro de Anadia, Coité do Noia e Arapiraca. Com a realização da Expo Fruta, que derivou do sucesso da primeira edição do Festival do Abacaxi, em 2014, outras 750 famílias ligadas ao APL também poderão apresentar seus produtos.

“Teremos produtores de graviola, pinha, acerola, maracujá, banana e goiaba dos municípios de Igaci, Palmeira dos Índios e Estrela de Alagoas, além dos quatro onde a produção de abacaxi é predominante. Também convidamos o APL Fruticultura do Vale do Mundaú para participar do evento, e eles vão trazer as cooperativas produtoras de laranja lima da região”, explicou Rosete Alves.

O secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, lembra que o evento oferece ainda aoportunidade para que produtores e empresários firmem relações comerciais. “O encontro entre esses elos da cadeia produtiva da fruticultura é essencial para garantir o escoamento e a comercialização da produção, trazendo o sustento dessas famílias. Cada associação e cada cooperativa presente aos dois eventos vai promover a degustação de seus produtos, dando a oportunidade para que os empresários e consumidores possam comprovar a qualidade das frutas produzidas em Alagoas”, disse Vasconcelos.

“O Governo do Estado tem dado todo o incentivo necessário ao aumento da produção de frutas em Alagoas com a realização das feiras orgânicas na capital e no interior, com o acompanhamento e a assistência técnica aos agricultores familiares e com o apoio na busca por financiamentos. Na Expo Fruta, poderemos trocar informações sobre o que ainda precisa ser feito e ver de perto os avanços que obtivemos em 2015”, avaliou o secretário. 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Seagri estrutura cadeia do coco para gerar mais empregos e renda

Fonte: Freepik
Ampliar a produção dos derivados do coco, gerar mais empregos e intensificar o desenvolvimento econômico e social do município de Conde e região. Esses foram os objetivos do encontro que o superintendente de Política do Agronegócio da Seagri (SPA), Guilherme Bonfim, manteve com o grupo holandês Aurantiaca, na última quarta-feira (18). A Bahia é o maior produtor de coco do Brasil, com área plantada de 75,8 mil hectares e produção estimada em 554 milhões de frutos/ano, estado estratégico para acolher as fazendas Arantiaca Agrícola e a Frysk Industrial. 

Esses empreendimentos têm significativa expressão para economia da região, gerando cerca de 500 empregos diretos e três mil indiretos, formada por 96% de mão de obra local, capacitada pela empresa. “Essa atividade tem grande potencial de crescimento e aproveitamento, além de importante representatividade na economia do Estado”, ressaltou Bonfim. Segundo ele, através do Plano Estadual do Coco, a Seagri trabalha para estruturar a cadeia do coco, visando a ampliação da agroindustrialização e consequente geração de mais empregos e renda. “A agroindustrialização potencializa a agropecuária baiana, que ocupa primeiro lugar no ranking de produção de diversas culturas agrícolas como o coco, manga, sisal, cacau, guaraná, mamona, mamão e maracujá. Além de gerar emprego e renda para a população, e incrementar a economia local”, destaca Guilherme Bonfim.

Incentivado pela política de atração de agroinvestimentos do governo do Estado desenvolvida pela Seagri, a Aurantiaca iniciou sua instalação na Bahia em 2006, com aquisição das fazendas de plantação de coco Bú e São Bento da Barra, que margeiam a BA-099, na divisa dos municípios de Esplanada e Conde. O superintendente visitou as instalações do grupo acompanhado dos diretores de Política e Economia Agrícola, Rejane Cerqueira, e de Pecuária da Superintendência de Desenvolvimento Agropecuário (SDA), Fábio Cedraz. As fazendas da Aurantiaca desenvolvem um sistema único de irrigação computadorizado por planta, respeitando a necessidade hídrica de cada uma, com equipamentos modernos, trazidos de Israel, de fertirrigação (aplicação de fertilizantes através da água de irrigação). A fazenda também possui pequeno laboratório de análises de solos e monitoramento fitossanitário. As fazendas são divididas em 77 glebas (porções de terras), com sistema de produção arista.

Além de fabricar água de coco e sucos saborizados à base da bebida em embalagens tetra park, a indústria produz, através da fibra do coco seco, biomantas utilizadas na recuperação ambiental. Atualmente, 50% do coco verde e seco utilizado pela indústria é produzido nas fazendas Obrigado 1 e 2, e a outra metade comprada dos produtores de Conde e região. A terceira Fazenda do grupo, a Obrigado 3, está em fase de reimplantação. São 1.700 ha de área plantada, nas duas fazendas, totalizando 2.200 ha, quando a terceira estiver em pleno funcionamento. A indústria possui as unidades de bebidas e de fibras em funcionamento, e as de leite e óleo de coco em fase de término de implantação. “A nossa filosofia é fazer o aproveitamento de 100% do coco, tanto do verde quanto do seco, e transformar seus componentes em produtos de alto valor agregado. Nossa água de coco não possui qualquer tipo de aditivos ou açucares, e passa por processo de pasteurização e esterilização a vácuo, o que preserva ao máximo as vitaminas e outras propriedades dessa bebida tão rica”, explicou o diretor industrial da Frysk, Fausto Ferraz. 

Fonte:  Ascom Seagri 

Sistema de plantio desenvolvido pelo IAC aumenta a produtividade e reduz a ocorrência de pragas e doenças em videiras

Foto: Arquivo Ibraf
Aumento de 100% na produtividade e redução de até 70% na aplicação de agrotóxicos. Esses são alguns dos resultados do uso do cultivo protegido em “Y” com cobertura impermeável para videiras. A técnica, introduzida e adaptada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, para as condições paulistas, poderá substituir, ainda que gradativamente, a condução em espaldeira a céu aberto para cultivo da uva Niagara Rosada, sistema muito utilizado pelos produtores no Estado.

A cobertura impermeável funciona como guarda-chuva sobre a videira, evitando o acúmulo de água, reduzindo o período de molhamento das folhas e, consequentemente, a instalação de fungos causadores de doenças. A técnica também protege a videira de chuvas de granizo e ataque de pássaros. Essa proteção reflete na melhor qualidade dos frutos, que alcançam bagas e cachos de uva maiores.
“Em ensaios realizados sem nenhuma pulverização para controle de antracnose, míldio, mancha das folhas e podridão, que são as principais doenças da uva Niagara Rosada, constatou-se a redução de 60% da ocorrência de enfermidades”, afirma o pesquisador da Secretaria, que atua no IAC, José Luiz Hernandes.
Os custos anuais de produção são de, aproximadamente, R$ 12 mil, por hectare. Metade desse valor vai para o controle fitossanitário. Com a tecnologia do IAC é possível reduzir os custos de produção em R$ 3.600, em média, por hectare, considerando todos os gastos com as aplicações de defensivos. “Além do benefício financeiro, essa redução no controle químico poupa mão de obra, combustível e equipamentos. A tecnologia gera ainda um retorno que, em geral, não é capitalizado, que é a proteção do ambiente e também um ganho para a saúde dos aplicadores e dos consumidores”, explica Hernandes. 

Entenda o sistema

Os produtores da uva Niagara Rosada, em geral, utilizam o sistema de condução em espaldeira a céu aberto (semelhante a uma cerca com três fios de arame). Neste método, as parreiras ficam a uma altura de 0,80 a 1,60 m do solo e são distribuídas pelas ruas da plantação de maneira uniforme. Os ramos anuais são conduzidos na vertical e amarrados aos fios de arame para não sofrerem quedas ou quebras, causadas por vento ou peso da uva.
No sistema em “Y”, os ramos ficam quase na horizontal e deitam-se naturalmente sobre os arames, posição que reduz a necessidade de amarrio e desestimula a brotação. “Esse efeito diminui a necessidade de fazer a desbrota das plantas, operação que demanda muitas horas de trabalho no vinhedo”, diz o pesquisador do IAC.
O cultivo protegido em “Y” já está sendo implantado em alguns municípios paulistas, como Louveira, Jundiaí, Indaiatuba e Itupeva. O custo inicial para implantação da tecnologia pode chegar a R$ 70 mil, por hectare.
São R$ 40 mil a mais que no método de espaldeira a céu aberto. Em razão do investimento elevado, o pesquisador recomenda ao viticultor fazer a conversão aos poucos, ao longo dos anos. Hernandes ressalta que o investimento é recuperado em pouco tempo por conta da maior produtividade e dos menores gastos com defensivos e mão de obra.
“Reunir melhorias para o sistema de produção, com redução de custo e menor impacto ambiental é a meta dos trabalhos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e atende à orientação do governador Geraldo Alckmin”, ressalta Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento.

O Estado de São Paulo é o maior produtor e maior consumidor de uvas de mesa no Brasil. A Niagara Rosada, destinada ao consumo in natura, é a mais cultivada. São cerca de cinco mil hectares plantados, principalmente na Região Leste paulista. O cultivo tem se expandido também para o Sudeste e Noroeste, tradicionais regiões produtoras de uvas finas para mesa.

Fonte: IAC

Produtores sofrem com prejuízos provocados pela lama em Mariana

Tragédia de Mariana é uma das maiores catástrofes ambientais do Brasil.
Agricultores de Minas Gerais e do Espírito Santo lamentam as perdas.


A tragédia de Mariana tomou a proporção de uma das maiores catástrofes ambientais do Brasil. Além de devastar distritos inteiros, também provocou prejuízos aos produtores rurais de Minas Gerais e está levando apreensão ao Espírito Santo.

A lama destruiu mais de mil pés de pimenta biquinho da associação do distrito Bento Rodrigues, formada principalmente por mulheres. Na propriedade de um hectare elas plantavam, colhiam a pimenta e faziam a geleia. Eram produzidos duzentos e cinquenta potes por dia que eram vendidos para sacolões e supermercados da região. Nove famílias viviam da produção.

A fábrica ficou de pé, não foi atingida pela lama. O problema é o risco do rompimento de outras duas barragens. Por segurança, o pessoal da associação nem pode ir à sede. “A gente não sabe o que vai ser daqui pra frente da associação. A gente espera que seja construída outra como a gente tinha”, diz Keila Vardela Fialho, presidente da Associação de Produtores de Bento Rodrigues.

Camargos é outro distrito que também foi atingido pelo mar de lama. Ele fica a seis quilômetros de Bento Rodrigues. Para chegar até a casa do produtor Geraldo Marcos da Silva o acesso é difícil. Trilha estreita, com muita lama. É preciso se segurar nas árvores e galhos.

Geraldo vai até a propriedade pelo menos uma vez por dia, para dar comida à criação. Ele perdeu vacas, galinhas e as ferramentas usadas na roça, que estão enterradas na lama.

Cerca de 2.700 hectares foram atingidos em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura. Mais de 200 propriedades rurais foram afetadas no estado. Ainda não dá para calcular o prejuízo. “É difícil falar, é difícil falar, porque acabou minha vida. Era pouquinho, mas eu não dependida de ninguém. Eu tinha minha sobrevivência. Agora eu não sei como é que vai ficar”, lamenta Geraldo Marcos da Silva, agricultor.

A lama desceu das encostas e percorreu cerca de 500 quilômetros em Minas Gerais até chega ao Espírito Santo, em direção ao mar.

A água barrenta chegou silenciosa em Aimorés, divisa de Minas Gerais com Espírito Santo. Os sedimentos se deslocaram por debaixo do lago, sem sujar a lâmina d’água da barragem do município. Por volta das 8 horas da manhã da última segunda-feira, as comportas do vertedouro passaram a jorrar o barro que tingiu o rio Doce dali para baixo.

Do alto, a cena estava assim: uma cor no lago, outra já barrenta no curso natural do rio. Imagens mostram o momento que a lama se misturou à água.

A lama chegou ao Espírito Santo antes do previsto. “Ela veio de surpresa, surpreendeu todos, até os biólogos. Foi até mesmo um pânico, porque a gente estava com os barcos no rio, resgatando os peixes. Não sabia se parava ou se continuava. A gente espera que não morram todos os peixes, que consigam sobreviver, mas é aguardar agora para saber qual é o tamanho do impacto ambiental”, lamenta Normilda Soares, agende da Defesa Civil de Aimorés.

A cena foi registrada pelo celular do seu Ideraldo Luiz de Souza, o administrador de uma fazenda com sete mil cabeças de gado, que dependem exclusivamente da água do rio Doce. Os animais continuam bebendo a água do rio, porque não há alternativa.

Diante das incertezas que vieram junto com a lama, o presidente do Sindicato Rural de Aimorés, Antônio Pedro Serrano, diz que o agricultor não teve tempo, nem orientação, para tomar qualquer medida preventiva. “O produtor está igual cachorro que caiu do caminhão da mudança. Ele não sabe o que fazer nem o que vai acontecer”.

Na quarta-feira, a lama cortava a cidade de Colatina, no Espírito Santo. A sensação era a do encontro de dois rios, o mais claro e o mais escuro. A diferença é que um está matando o outro.

Em nota, a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP, informou que está prestando assistência às propriedades rurais, com atendimento médico veterinário, alimentação e estrutura para resgate de animais. E que trabalha em parceria com órgãos públicos para recuperar as áreas atingidas.

Fonte: Globo Rural

Inundações e secas provocaram 83% de perdas agrícolas mundiais, diz FAO

Foram analisados 140 desastres em 67 países.
América Latina e Caribe perderam US$ 11 bilhões em produção agrícola.


As inundações e as secas provocaram 83% das perdas nas plantações e rebanhos entre 2003 e 2013, o que evidência o impacto severo que os desastres associados ao clima têm sobre o setor agrícola, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (26) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

A FAO, com sede em Roma, chegou a essa conclusão após analisar 140 desastres registrados em 67 países nesse período, e que afetaram pelo menos 250 miCerca de US$ 80 bilhões anuais foram perdidos nesses países, como resultado da redução da produção, sendo maiores os danos nos locais mais dependentes da agricultura, segundo o relatório publicado às vésperas da Cúpula do Clima de Paris.

O prejuízo econômico global – incluindo outros setores além da agricultura e todo o tipo de desastres naturais – foi calculado em US$ 1,5 trilhão. Já a média anual de desastres duplicou desde 1980.

A América Latina e o Caribe perderam US$ 11 bilhões em termos de produção agrícola, em 55% dos casos por causa de inundações e em menor medida por secas e tempestades.

Segundo o estudo, o país mais afetado da região foi o Brasil, após as inundações de 2009 no Nordeste e da seca de 2007 nas áreas de produção de café, que reduziram a safra em 10% e afetaram os preços internacionais do produto. Outros prejuízos significativos também foram registrados na Colômbia, México e Paraguai.

A Ásia concentrou cerca de 60% das perdas totais estimadas nessa década nos países em desenvolvimento – US$ 48 bilhões –, sobretudo pelo efeito das inundações em países como Índia, Filipinas e Paquistão.

Na África, os prejuízos foram de US$ 14 bilhões, principalmente provocados pelas secas, ameaçando a disponibilidade de alimentos e as economias em geral dos países subsaarianos.

Apenas três grandes desastres ocorreram no Oriente Médio nesse período, embora a região tenha sido a mais afetada em termos relativos ao registrar uma perda global de US$ 7 bilhões, concentrada em sua maioria após a seca de 2008 na Síria.

A FAO explicou que, em termos de produção, foram perdidos 333 milhões de toneladas de cereais, leguminosas, carne, leite e outros produtos básicos devido aos desastres naturais. A queda da produção agrícola após os fenômenos climáticos provocou um aumento das importações de alimentos no valor de US$ 33 bilhões, segundo o relatório.

Para combater esses fenômenos, a FAO pediu melhorias nos sistemas de informação sobre o impacto dos desastres na agricultura e avanços na capacidade de adaptação e mitigação dos efeitos com um maior investimento no setor.l pessoas.

Fonte: Globo Rural

Tecnovitis apresentará tecnologias para a vitivinicultura

Nos dias 02, 03 e 04 de Dezembro será realizada, no Salão da Linha 8 da Graciema, no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves-RS a Tecnovitis 2015. A Feira tem como objetivo apresentar as principais novidades em tecnologia para o setor vitícola da região. Um dos destaques desse ano é a apresentação da primeira máquina desenvolvida totalmente no Brasil para a colheita de uvas no sistema latada. Na programação do evento estão incluídas visitas técnicas à Embrapa Uva e Vinho; visitas monitoradas ao parreiral demonstrativo do Hotel Vila Michelon onde serão desenvolvidas atividades em conjunto pela Embrapa, Emater, IFRS - Bento Gonçalves e Fepagro; demonstração de experimentos desenvolvidos por empresas fabricantes de insumos agrícolas além da demonstração de diversas máquinas, produtos e tecnologias ligadas a todo o processo de produção vitícola.

Mais informações pelo e-mail tecnovitis2015@gmail.com

Fonte: Embrapa

Agricultores terão correspondente bancário para o Crédito Fundiário


Santa Catarina será o primeiro estado do Brasil a ter o Correspondente Bancário do Banco do Brasil (BB) para o Programa Nacional de Crédito Fundiário (Coban /PNCF). A ação, além de agilizar as contratações do programa, vai aproximar os agricultores do agente financeiro, facilitando o processo de abertura de contas, atualização de cadastro, entrega de documentação e demais atividades bancárias. 

O Coban vai funcionar nas Federações de Trabalhadores Rurais e da Agricultura Familiar e nos sindicatos ligados a elas. O lançamento do projeto piloto e a capacitação dos agentes que irão atuar no Coban foram realizados nesta quarta-feira (25), na Superintendência do Banco do Brasil, em Florianópolis (SC). A previsão da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SC (Fetaesc) é que o correspondente bancário comece a funcionar já no próximo mês.

“O Coban vai facilitar muito a vida dos agricultores que desejam acessar o PNCF, uma vez que estes poderão resolver as pendências contratuais nos seus sindicatos e federações, sem precisar ir até a agência bancária. Por outro lado, fortalece bastante o sistema sindical, aumentando a confiança dos associados nas entidades”, comentou o diretor do Departamento de Crédito Fundiário do MDA, Francisco Ribeiro.

A ação é parte de um conjunto de estratégias, acordada entre Divisão de Crédito Fundiário da Diretoria de Agronegócio do BB (Dirag) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para otimizar as ações do BB no PNCF. A Criação do Coban foi uma das necessidades detectadas nas avaliações realizadas entre o Banco e o Departamento de Crédito Fundiário (DCF), do MDA.

Melhorando sempre

Para o assessor da Divisão de Canais BB da Dirag, Glenio Fontenele Viana, com o Coban o fluxo das contratações ficará mais ágil e menos burocrático. “Um ganho para o banco e para os agricultores”, assegurou.

De acordo com o representante da Fetaesc, Ivis Lopes, o corresponde bancário vai viabilizar um maior número de contratações do PNCF porque, além de diminuir a circulação de documentos, agiliza o atendimento às pendências, permitindo que as contratações ocorram num menor prazo de tempo. 

“Entendemos como um imenso ganho para os agricultores. Tínhamos dificuldade no diálogo com o Banco do Brasil, e isso acaba com a implantação do correspondente bancário. O Coban vai permitir atender prontamente as pendências e acompanhar todo o andamento das propostas”, disse, satisfeito, o diretor de Finanças da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de SC (Fetraf/ Brasil), Marcos Rosar.

Também participaram do lançamento: o gerente de Mercado Agronegócio da Superintendência do BB em SC, Isael Kremer; o diretor de Políticas da Agricultura Familiar e da Pesca de SC; Hilario Gottselig; e representantes do BB e da Unidade Técnica Estadual de SC.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Engenheiro investe R$ 30 mil e cria máquina descascadora de abacaxi

Hoje vende em média 6 unidades por mês, por R$ 18 mil cada.
Empresário teve ajuda do Sebrae para fazer o empreendimento dar certo.



O francês François Fernandes é engenheiro industrial e dono de uma fábrica de metrologia em Aparecida de Goiânia (GO). Há 3 anos ele viu uma oportunidade de diversificar a produção: não havia no Brasil uma máquina para calibrar a pressão de garrafas pet. No mercado, só tinha o equipamento importado.


François foi ao Sebrae e participou do Sebraetec, um programa que promove negócios na área de inovação tecnológica. O protótipo foi feito com ajuda do engenheiro mecânico Nelson Malavassi.

O custo do produto para o mercado é de R$ 100 mil - bem menos do que o modelo importado, que custa R$ 500 mil.

Em seguida, o empresário inventou também o descascador de abacaxis. Para fabricar esse utensílio, ele investiu R$ 30 mil. Hoje vende em média 6 unidades por mês, por R$ 18 mil cada.

O equipamento foi testado em uma fábrica de polpas, em Aparecida de Goiânia. Em 3 dias, o invento descascou 500 abacaxis. Este mesmo serviço feito à mão gastaria 15 dias.

CONTATOS:

SEBRAE
Central de relacionamento: 0800-570-0800
Site: www.sebrae.com.br

PRECISO METROLOGIA E QUALIDADE
Rua Maringá, Quadra 20A , Lote 25 – Vila Brasília
Aparecida de Goiânia – GO
Telefone: (62) 3280.3013
Site: www.precisometrologia.com.br
Email: preciso@precisometrologia.com.br

AKI TEM POLPAS
Av. Raposo Tavares, Quadra 15, Lote 16 – Vila João Vaz
Goiânia/GO – CEP: 7445-210
Telefone: (62) 9953-8324
Site: www.akitempolpas.com.br
Email: akitempolpas@hotmail.com

Fonte: G1 
Assista ao video da materia em http://goo.gl/G71Zwy


Embrapa organiza seminário sobre intensificação ecológica em fruticultura



A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – organiza, em Aracaju, o IV Seminário sobre Intensificação Ecológica da Fruticultura Tropical, de 2 a 4 de dezembro de 2015, com o propósito de divulgar esse conceito entre pesquisadores, professores, produtores e estudantes e apresentar perspectivas de aplicação nos sistemas de produção de coqueiro e citros.

O evento, organizado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros com colaboração da Embrapa Mandioca e Fruticultura, faz parte das atividades do projeto "Sistemas de Produção Ecologicamente Intensivos de Coco e de Citros no Norte e Nordeste do Brasil" - SEIFRUT, que tem como finalidade gerar, desenvolver e adaptar conhecimentos e tecnologias para a intensificação ecológica dos pomares, além de propor sistemas de produção de coco e citros que favoreçam práticas e manejos que assegurem bons níveis de produtividade.

O Seminário pretende promover a discussão sobre o denominado SEI (Sistemas Ecologicamente Intensivos de produção). "Os SEI buscam maximizar as funcionalidades ecológicas e as regulações biológicas nos agroecossistemas com o propósito de assegurar elevados níveis de produtividade sem prejuízo para o meio ambiente", afirma o pesquisador Inácio de Barros da Embrapa Tabuleiros Costeiros que abre o ciclo de palestras abordando o conceito do sistema.

"O seminário contribuirá para fomentar a discussão sobre o uso de tecnologias que sejam, ao mesmo tempo, factíveis ao produtor, economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis", complementa o pesquisador. Nesse sistema, busca-se criar condições para que os mecanismos naturais sejam intensificados em vez de se subsidiar diretamente a produção com fertilizantes e pesticidas entre outros insumos. Os insumos são utilizados de forma racional, sempre associados às práticas agroecológicas, buscando-se com isso garantir ganhos na lucratividade sem comprometer o meio ambiente.

"Tendo em vista as características e a perspectivas de evolução das culturas do coco e dos citros nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, os SEIs apresentam-se como uma opção de primeira escolha como forma de promover o desenvolvimento sustentável dessas culturas nas referidas regiões", disse Inácio Barros.

Coordenado pelo pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Fernando Luis Dultra Cintra, o evento compreende também dois Dias de Campo, no dia 4 de dezembro, sendo um em Umbaúba (SE) e outro no Platô de Neópolis (SE).

As inscrições estão abertas, com público estimado de 100 participantes.

SERVIÇO:
IV SEIFRUT - Seminário de Intensificação Ecológica da Fruticultura Tropical
De 02 a 04 de dezembro de 2015
Publico estimado: 100 participantes
Local:
Embrapa Tabuleiros Costeiros
Auditório principal
Avenida Beira-mar, 3250 – Aracaju, Sergipe

Inscrições gratuitas em http://bit.ly/1NNKeSZ

Mais informações:
Av. Beira Mar, 3250 - Jardins, Aracaju - SE, 49025-040
Contatos: (79) 4009-1316



PROGRAMAÇÃO

02 / 12 /2015 

MANHà

08:00 às 09:30 

Cadastramento

09:30 às 10:00 

Abertura: Chefe da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Gestor do Macroprograma 2 da EMBRAPA - Competitividade e Sustentabilidade Setorial, Chefes de P & D da Embrapa Tabuleiros Costeiros e Embrapa Mandioca e Fruticultura

10:00 às 10:30 

Intervalo

10:30 às 11:30 

Palestra: Intensificação ecológica: uma nova ideia para os sistemas de produção de coco e citros e o projeto de pesquisa desenvolvido na Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Palestrantes: Inácio de Barros (Embrapa Tabuleiros Costeiros), Carlos Roberto Martins (Embrapa Clima Temperado).

Moderador: Geraldo Stachetti Rodrigues (Embrapa Monitoramento Ambiental).

11:30 às 12:00 

Debates

TARDE 

14:00 às 15:20

(20 min cada participação) 

Painel 1: Manejo cultural para intensificação ecológica das culturas do coco e citros

Participantes:

Carlos Roberto Martins - Desempenho econômico e ambiental de sistemas consorciados à base de citros e/ou coqueiros

Humberto Rollemberg Fontes - Influência da gliricídia consorciada com coqueiro, no fornecimento de nitrogênio

Cláudio Leone – Efeito do adensamento dos plantios de citros na eficiência do uso da terra.

Edson Eduardo Melo Passos - Desenvolvimento do coqueiro anão verde em cultivo consorciado com fruteiras perenes

Moderador: Francisco Alisson da Silva Xavier

15:20 às 15:40 

Debates

15:40 às 16:00 

Intervalo

16:00 às 17:20

(20 min cada participação) 

Continuação do Painel 1

Mauricio Kadooka Shimizu - Aumento da eficiência do uso da terra através do uso de SAFs nas culturas do coqueiro e citros

Fernando Luis Dultra Cintra - Utilização de resíduos oriundos do coqueiral como estratégia para redução do volume da água de irrigação

Painel 2 - Manejo ecologicamente intensivo do solo e da água nas culturas do coco e citros

Participantes:

Francisco Alisson da Silva Xavier - Estoques de C e fixação de N em pomares de Laranjeira a partir do uso de coberturas vegetais.

Anderson Carlos Marafon - Utilização de gesso como estratégia para redução da expressão do adensamento e melhoria do ambiente radicular do coqueiro cultivado em solos coesos.

Moderador: Humberto Rollemberg Fontes

17:20 às 17:40 

Debates

03 / 12 / 2015 

MANHà

08: 00 às 09:20

(20 min cada apresentação) 

Painel 3 - Alternativas de manejo de pragas e doenças para a intensificação ecológica do sistema de produção de citros

Participantes: Antônio Souza do Nascimento - Levantamento de cigarrinhas de xilema vetoras do CVC e prospecção de fungos entomopatogênicos.

Antônio Souza do Nascimento - Flutuação e dinâmica populacional do vetor do HLB - D. citri em áreas com diferentes manejos culturais

Hermes Peixoto Santos Filho - Integração de métodos de controle químico e biológico da Podridão Floral dos Citros.

Hermes Peixoto Santos Filho - Avaliação da incidência e severidade de insetos-praga e doenças em combinações copa x porta-enxerto.

Moderador: Viviani Talamini

09:20 às 9:40 

Debates

09:40 às 10:00 

Intervalo

10:00 às 11:30

(30 min cada apresentação) 

Painel 4 - Alternativas ecológicas para manejo de pragas e doenças coqueiro

Participantes:

Aldomário Santos Negrisoli Júnior - Controle alternativo do ácaro da necrose Aceria guerreronis e da broca do estipe Rhinostomus barbirostris.

Dulce Regina Nunes Warwick - Uso de fungos hiperparasitas no controle do complexo lixas-queima do coqueiro nos Tabuleiros Costeiros.

Viviane Talamini - Prospecção e eficiência de antagonistas à resinose do coqueiro nos Tabuleiros Costeiros e Amazônia Oriental.

Moderador: Antônio Souza do Nascimento

11:30 às 12:00 

Debates


TARDE

14:00 às 15:30

(30 min cada apresentação) 

Painel 5 - Caracterização e sustentabilidade de sistemas de produção de coco em escala comercial

Participantes:

Carlos Roberto Martins - Caracterização técnica e econômica de diferentes sistemas de produção de coco e citros no Norte e Nordeste.

Inácio de Barros - Contabilidade Ambiental de diferentes sistemas de produção de coco e citros no Norte e Nordeste.

Geraldo Stachetti Rodrigues - Análise da sustentabilidade de diferentes sistemas de produção de coco no Norte e Nordeste.

Moderador: Marcelo Ferreira Fernandes


15:30 às 16:00 

Debates

16:00 às 16:30 

Intervalo

16:30 às 18:00 

Reunião Interna com equipe do projeto

Moderador: Fernando Luis Dultra Cintra

04/12/2015 

MANHà

7:30 às 14:00 

Dia de campo Coqueiro

Local: Empresa H DANTAS, Platô de Neópolis

Estratégias de cobertura do solo na zona do coroamento de coqueiro anão para redução do volume da água de irrigação, melhoria do solo e aumento de produtividade. Fernando L D Cintra e Ronaldo S Resende

Discussão sobre complexo lixa-queima e Resinose. Dulce R Warwick e Viviane Talamini.

Dia de Campo Citros

Local: Campo Experimental da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Umbaúba, SE

Adensamento de plantios de citros: resultados de estudo, discussão sobre vantagens e desvantagens da prática. Cláudio Leone

Controle de pragas e doenças que ocorrem na citricultura do Norte da Bahia e Centro Sul Sergipano. Antônio S Nascimento e Hermes Peixoto

Gliricidia sepium em consórcio com citros. Antônio Carlos Barreto


Ivan Marinovic Brscan (1634/09/58/DF) 
Embrapa Tabuleiros Costeiros 
tabuleiros-costeiros.imprensa@embrapa.br 
Telefone: 79 4009-1381

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Melhoramento genético faz ressurgir variedade de laranja típica do Ceará

A laranja de Russas, uma variedade típica do Ceará, está renascendo.
Melhoramento genético ajuda produtor a evitar doença causada por fungo

Foto: Divulgação Globo Rural

A laranja de Russas, uma variedade típica do Ceará, está renascendo. Depois de correr o risco de desaparecer, recuperou-se graças ao melhoramento genético.

Russas, na região do Jaguaribe, é conhecida também como terra da laranja. A cidade dá nome a uma variedade da fruta, que já foi a principal fonte de renda dos produtores. Hoje os pés estão carregados e é difícil até acreditar que durante muitos anos o plantio enfrentou uma crise.

O técnico agrícola Joãozito Paz lembra que duas grandes enchentes, a última em 1985, afetaram os pomares e destruíram 90% dos laranjais da região.

As inundações ajudaram a propagar a gomose, doença causada por um fungo, que não atinge diretamente a laranja, mas compromete a árvore da raiz aos galhos. “Os produtores não tinham conhecimento dessa doença, que é através de um fungo. Começam a perder a produção e começou a desistência dos agricultores”, conta o técnico agrícola.

A gomose começa como se fosse uma pequena ferida no tronco da árvore. Ela vai crescendo e comprometendo a produtividade. Se a doença avançar, uma fenda surge na raiz da árvore. O dano é profundo.

Preocupados com a situação, pesquisadores da Embrapa de Cruz das Almas, na Bahia, foram para o Ceará em 2012, colheram mudas que ainda não tinham sido afetadas pela doença e levaram para análise. Elas foram melhoradas com enxertos e deram início a novos pomares.

Os laranjais deixaram de ser plantados com sementes. "A ideia é que a gente possa aumentar novamente a oferta no mercado para que o consumidor possa novamente reapreciar essa fruta que foi, por muito tempo, muito apreciada na região", explica Leandro Loureiro, estudante de agronomia.

Hoje a região tem 30 pomares implantados. Cada um tem de 200 a 400 pés de laranja. Como a produção com as mudas melhoradas ainda está na fase inicial, a previsão é colher apenas 2.500 laranjas no primeiro semestre do ano que vem.

Fonte: Globo Rural

Citros/Cepea: demanda se desaquece, mas preço ainda está firme


Houve leve retração na procura por laranja no mercado in natura paulista nesta semana, mas os preços ainda estão firmes, por conta da baixa oferta de laranjas de qualidade e da maior demanda da indústria. Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera tem média de R$ 16,33/caixa de 40,8 kg, na árvore, alta de 2% em relação à média da semana anterior.

Quanto às exportações brasileiras de suco de laranja, na parcial desta safra (julho a outubro/15), estão bem inferiores às do mesmo período da anterior. Esses dados sinalizam que os Estados Unidos ainda não aumentaram a demanda pelo suco brasileiro, apesar de a Flórida colher uma safra bastante reduzida – de apenas 74 milhões de caixas, segundo o USDA, praticamente metade do produzido há cinco anos.

A previsão é que a demanda pelo suco brasileiro se aqueça nos próximos meses, à medida que os estoques norte-americanos forem baixando.

Fonte: Cepea/Esalq

RJ: Rio Rural leva produtores para conhecerem fruticultura irrigada

Excursão com agricultores de Itaocara mostra na prática que plantio diversificado de frutas é opção mais rentável


Oito produtores rurais de Itaocara participaram na última semana de uma excursão promovida pelo Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, e pela Emater-Rio, com o objetivo de divulgar novas técnicas de plantio e incentivar a diversificação de culturas. Os locais visitados foram o Sítio Providência, da microbacia Córrego Liberdade, em Carabuçu, e a Fazenda Califórnia, da microbacia Córrego de Santo Eduardo, em Mutum de Cima, ambos distritos de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste do estado.

- Todos esses produtores são olericultores, plantam hortaliças como quiabo, tomate e jiló e estão tendo a oportunidade de ver de perto plantações de frutas como goiaba e uva. Eles, que já recebem incentivos do Rio Rural, têm agora o apoio necessário para essa diversificação de plantio. A fruticultura irrigada é incomum em Itaocara, mas já está sendo incorporada pelos agricultores e, por meio do programa, alguns já plantam coco, graviola e banana - informou o extensionista da Emater-Rio e técnico executor do Rio Rural, Evanildo Rangel Junior, que participou da excursão.

A demanda por frutas é crescente no mercado e a fruticultura irrigada é a atividade agrícola que mais vem se expandindo nos últimos anos. Por utilizar uma irrigação de baixa pressão, o sistema proporciona economia de água, gera aumento na produção e oferece frutos de melhor qualidade. A inovação, segundo Evanildo, fica por conta da fertirrigação, uma técnica de adubação que utiliza a água para levar nutrientes ao solo cultivado.

- Dependendo do tipo de plantação é feita a escolha do sistema de irrigação mais conveniente, podendo-se utilizar técnicas como microirrigação (por gotejamento) ou por microaspersão (com intervalo de irrigação), diminuindo também a mão de obra - destacou.

Com os incentivos do Rio Rural, os agricultores se sentem motivados a melhorar suas atividades, aumentando seus ganhos e fortalecendo as cadeias produtivas. Foi pensando assim que o produtor Luciano Figueira Faria, da microbacia Valão do Barro Preto, de Itaocara, resolveu expandir seus negócios.

- Estou participando dessa excursão para aprender mais sobre as práticas do cultivo de frutas e os tipos de irrigação. Além das hortaliças, já estou com uma lavoura de graviola e, com o incentivo do Rio Rural, venho melhorando a irrigação do meu pomar. Estou agora vendo outras culturas para investir mais. Pretendo cultivar também banana prata - disse.

Quem já expandiu suas atividades, de olho no mercado consumidor, dá o exemplo. É o caso dos produtores Paulo Couto de Almeida, proprietário do Sítio Providência, da microbacia Córrego Liberdade, um dos lugares visitados pela excursão, e Sandro José de Souza Abreu, seu sócio.

- Trabalhamos com goiabas cortibel e paluma e também na agroindústria, com a fabricação de goiabada e outros doces. Por meio do Frutificar e do Rio Rural estamos implantando novas tecnologias; inclusive já temos uma bomba melhor para irrigação do pomar - explicou Paulo Almeida.

Nas plantações de goiaba de Bom Jesus do Itabapoana, os produtores de Itaocara puderam observar os cuidados e as práticas adotadas para um cultivo rentável. O produtor José Alberto Muniz Monteiro, da microbacia Valão do Pati, em Itaocara, foi um dos mais interessados.

- Já estou produzindo goiaba e limão e com os recursos do Rio Rural vou adquirir novas mudas. Também quero plantar coco e investir na apicultura - frisou.

O amigo dele, Gerson Fagundes Moreira, da microbacia Valão do Papagaio, trabalha com hortaliças, mas quer começar a diversificar com o plantio de frutas.

- Acho muito importante os incentivos que temos do programa para investir em nossas lavouras. Quero adquirir uma bomba para irrigação e estou aqui hoje para ver e depois poder aplicar essas técnicas de plantio na minha propriedade - contou o produtor.

Na Fazenda Califórnia, da microbacia Córrego de Santo Eduardo, em Mutum de Cima, os agricultores visitaram plantações de uvas Niagara Vermelha e Isabel. Lá puderam verificar novas técnicas de plantio que vêm dando ótimos resultados.

O produtor rural Jari Alexandre de Souza, da microbacia Valão do Pati, que cultiva apenas tomates, pensa também em diversificar sua lavoura.

- Quero investir em outro tipo de plantio, como o de frutas. Com os incentivos, pretendo adquirir uma bomba para irrigação. Essa ajuda é essencial - acrescentou.

O mesmo relatou o produtor Cristiano de Barcelos Silva, da microbacia Valão do Pati.

- Com o Rio Rural vou adquirir uma boa roçadeira para minha propriedade - mencionou.

A visita a Bom Jesus do Itabapoana teve a participação de produtores de três microbacias de Itaocara: Valão do Pati; Valão do Barro Preto e Valão do Papagaio.

Sustentabilidade dos sistemas produtivos
O Rio Rural investe na orientação técnica e oferece incentivos financeiros para a melhoria da qualidade da produção, integrando práticas de preservação ambiental nas propriedades. Extensionista da Emater-Rio, Evaldo Gonçalves Júnior diz que todos os agricultores recebem recursos do Rio Rural para projetos como conservação do solo, preservação de áreas de recarga e proteção de nascentes. Ele explica que os investimentos são complementados por atividades como excursões, reuniões técnicas, demonstração de métodos e fomento à aquisição de plantas de melhor qualidade.

- No processo de diversificação de culturas e introdução de novas tecnologias, boas práticas ambientais fazem toda a diferença. Oferecer aos produtores noções agroecológicas desperta neles um maior interesse em investir no campo - concluiu.

Busca de qualidade de vida vai “mudar agronegócio brasileiro”


“Somos o que comemos, diz uma velha filosofia. E quanto mais recebemos informações da qualidade de cada alimento e quanto mais a tecnologia nos permite saber o que não sabíamos, mais isso vai mudar o agronegócio”. A projeção é do professor José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS).

Segundo ele, “em apenas um ano o consumo de frutas e hortaliças cresceu no Brasil 60%. Agronegócio tem a ver com a busca de qualidade de vida. Mesmo com esse consumo crescente, apenas 24% dos brasileiros comem a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de hortifrutícolas”.

“Batata doce é um caso interessante que virou produto preferido dos atletas, depois de notícias veiculadas na mídia sobre as virtudes da querida e deliciosa batata doce. Muitos nichos existem e serão explorados por um novo empreendedorismo, reunido ao cooperativismo”, explica o especialista.

De acordo com Tejon, “setores como os orgânicos, hidropônicos, biodinâmicos, minimamente processados e agroindustrializados e, mesmo não vamos mais jogar fora produtos bons, apenas por não serem belos. Os produtos feios são tão bons quanto os bonitinhos. Nesse sentido os novos feirantes não vendem mais apenas frutas e hortaliças, fazem discursos dando aulas nas feiras sobre as virtudes de cada produto”.

Fonte: Agrolink