sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Saiba os efeitos benéficos do consumo de laranja para o organismo

O consumo de laranja é extremamente benéfico para a saúde, devido ao alto teor de vitamina C, fibras e sais minerais. De acordo com a nutricionista Paula Torcato, a laranja tem valor nutricional, alto com grande quantidade de fibras e de vitamina C. “O consumo de apenas uma laranja por dia fornece ao organismo a quantidade exata de vitamina C de que ele necessita”, diz.

A laranja também oferece ácido fólico, cálcio, potássio, magnésio, fósforo e ferro, contém pectina e flavonóides, que aumentam seu valor nutritivo. Além disso possui propriedades antioxidantes, nela existem mais de 170 diferentes tipos de fotoquímicos, incluindo mais de 60 flavonóides que apresentam propriedades anti-inflamatórias, antitumor e inibem a formação de coágulos no sangue.

Chupar a laranja também garante 3,42 gramas de fibra alimentar. Esses são os componentes mais sensíveis da laranja e que se perdem no suco. “Um simples corte feito com a faca, compromete a oferta desses compostos”, afirma a nutricionista.

Uma laranja tem, em média, 93 calorias, e 21 gramas de carboidratos, 1,5 gramas de proteína e 0,22 gramas de gordura.

Se ao invés de chupar a laranja, preferir tomar o suco a dica da nutricionista é consumi-lo sem demora. “Depois de 30 minutos, a bebida começa a oxidar, perdendo o valor nutricional. Guardar na geladeira nem sempre é a solução. A temperatura pode conservar sabor e aroma, mas não preserva as vitaminas”, explica Paula.

Fonte: Fundecitrus

Brasil tem meta de triplicar produção de biocombustíveis até 2030, diz fonte

O Brasil trabalha em um plano que deverá traçar uma meta inicial de triplicar a produção de biocombustíveis do país até 2030, afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto nesta quinta-feira. A expectativa é que a iniciativa, que vem sendo chamada de RenovaBio, ajude o país a chegar a 2030 com uma produção de aproximadamente 100 bilhões de litros de biocombustíveis por ano, adiantou a fonte, sob a condição de anonimato porque o plano ainda não é público.

A meta é válida para etanol, biodiesel e biocombustíveis em geral. Em 2030 os números já consideram o país produzindo maior volume também de biogás e bioquerosene para aviação, cuja oferta local é hoje praticamente nula. "Será uma revolução no setor", disse a fonte, que adiantou que o plano deverá focar principalmente uma agenda microeconômica para alavancar investimentos e emprego na área de biocombustíveis.

Na última segunda-feira, (28/11), autoridades do Ministério de Minas e Energia afirmaram que o plano RenovaBio será apresentado aos agentes do setor de biocombustíveis em uma reunião agendada para 13 de dezembro na sede da pasta. O cronograma do governo prevê a abertura de uma audiência pública sobre o plano em 2017. A ideia é que após esse processo de consulta o RenovaBio seja submetido a apreciação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que reúne autoridades federais do setor de energia, em meados do ano que vem.

Fonte: Reuters

Comissão do Mapa reavalia fungicidas contra ferrugem

A ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) é uma doença que atinge a sojicultura e impõe inúmeras perdas às lavouras. Em doze anos, desde que foi descoberta, já causou mais de US$ 10 bilhões de prejuízos. Para combatê-la, os agricultores devem fazer uso de fungicidas com diferentes modos de ação e princípios ativos.

“Para o produtor, é muito importante ter confiança no produto que está usando, não usar defensivos ineficientes ou de baixa eficiência”, diz Roseli Giachini, 2ª vice-presidente Norte e coordenadora da comissão de Defesa Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT).

O diretor técnico da associação, Nery Ribas, acrescenta que muitos produtos têm perdido a eficiência com o passar do tempo devido ao aumento de resistência criada pelos fungos.

A diretora participa da Comissão Técnica de Reavaliação Agronômica de Produtos Formulados de Agrotóxicos e Afins Registrados para o Controle de Phakopsora pachyrhizi na Cultura da Soja, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que se reuniu no último dia 28 e 29 em Brasília. “Fizemos um trabalho importante neste ano com a avaliação de 126 produtos para o combate da ferrugem asiática. Alguns terão seus registros de alvo suspensos, outros serão mantidos, tudo com base nos laudos de eficiência e pareceres técnicos enviados pelas empresas fabricantes”, explica Roseli. Ela informa ainda que neste processo foram avaliados produtos com apenas um ingrediente ativo e que, no ano que vem, serão avaliadas as misturas. “As empresas precisam defender seus produtos, que são avaliados dentro dos critérios da Comissão, formada por pesquisadores da Embrapa, Sociedade Brasileira de Fitopatologia, Ibama, Anvisa, Aprosoja Brasil, entre outros”.

Seminário discute a defesa agropecuária diante das ameaças de pragas e doenças

Apesar do alto padrão tecnológico praticado pelos produtores brasileiros, nos últimos dez anos a agricultura no país sofreu perdas econômicas consideráveis em razão do ataque de pelo menos 35 novas pragas. Além disso, cerca de 500 espécies de pragas quarentenárias ainda apresentam potencial para causar danos significativos às nossas lavouras e outras 150 ausentes do Brasil já estão em países da América do Sul, próximos de nossas fronteiras.

Para discutir essas e outras importantes questões relacionadas às principais pragas e doenças que ameaçam a estabilidade da produção nacional, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) promove, nos dias 7 e 8 dezembro, o seminário Ciência e tecnologia para a defesa agropecuária, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no auditório da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília.

No evento pretende-se abordar a situação atual, os desafios e os avanços científicos, tendo como foco as revisões e artigos científicos publicados no número temático Pesquisa, Desenvolvimento e Inovações Frente a Ameaças Sanitárias para a Agropecuária, da revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB).

Entre os temas, inovação em quarentena vegetal, erradicação de fungos em germoplasma, zoonoses emergentes e reemergentes, pragas florestais, perda de colônias de abelhas, ameaças sanitárias em suínos, febre aftosa e vigilância sanitária animal em fronteiras, fazem parte da programação, que irá tratar também de Helicoverpa armigera e ferrugem-asiática da soja. 

A realização do seminário foi proposta pela Revista PAB e faz parte das comemorações de 50 anos de criação do periódico e de 25 anos da Embrapa Informação Tecnológica, unidade responsável pela coordenação da revista. 

Emilson França de Queiroz, pesquisador e editor-chefe da revista destaca que "o evento é uma oportunidade de atualizar conhecimentos, fortalecer a comunicação e a rede de relacionamentos entre pesquisadores, técnicos da defesa sanitária e da extensão rural, professores e agentes do setor produtivo, e com isso possibilitar a abertura de novas perspectivas no âmbito da defesa agropecuária brasileira".

A gerente-geral da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília-DF), Selma Lúcia Lira Beltrão, reforça a importância de se promover o diálogo em torno da defesa agropecuária envolvendo diferentes segmentos da sociedade. Para ela, "os prejuízos econômicos e ambientais causados por doenças e pragas na agricultura têm mostrado números assustadores e cada vez mais exigem medidas de controle eficazes. Por isso, pesquisas, políticas públicas, tecnologias e ações de vigilância sanitária precisam estar juntas no combate a essas ameaças".

Para conhecer a programação do seminário acesse aqui

Revista PAB

A Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) é editada mensalmente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e há 50 anos vem se dedicando à divulgação de trabalhos técnico-científicos resultantes de pesquisas em agropecuária, com destaque para Fisiologia Vegetal, Fitossanidade, Fitotecnia, Genética, Solos, Tecnologia de Alimentos e Zootecnia, bem como aquacultura e geotecnologias.

Destinada a professores, pesquisadores e estudantes, principalmente, desde 2008, a PAB passou a ter seu conteúdo publicado em acesso aberto, permitindo maior visibilidade às informações também a outros públicos.

Além disso, a adoção de novas tecnologias, a contratação de uma equipe especializada e investimentos nos fluxos de produção e divulgação foram importantes conquistas ao longo desses anos e fundamentais para o periódico estar hoje entre as cinco revistas mais conceituadas da área de Ciências Agrárias e ser uma das quatro com periodicidade mensal em toda a base de dados da Scielo.

Saiba mais sobre a revista e seu acervo no endereço www.embrapa.br/pab.

Fonte: Embrapa

Nova metodologia para medição de resíduos de defensivos é positiva para o consumidor


Na avaliação do diretor financeiro do CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável), José Otavio Menten, é positiva para o consumidor a atualização da metodologia para medição de resíduos de defensivos nos alimentos. “O procedimento atual representa a realidade. Avalia a quantidade de resíduo de produto fitossanitário presente nos alimentos que pode ser ingerida durante um período de até 24 horas sem causar efeito(s) adverso(s) a saúde”, aponta. 

“Antes, as cifras apresentadas eram baseadas na porcentagem de amostras com traços de produtos não autorizados para a cultura ou com valores acima do LMR (Limite Máximo de Resíduos). Estes valores têm grande importância para o aprimoramento das práticas agrícolas e pouco significado para o consumidor”, explica o Pós-Doutor em Manejo de Pragas e Biotecnologia e Professor Associado da ESALQ/USP.

De acordo com o especialista, é importante que as notícias do agro cheguem de maneira correta aos moradores dos grandes centros urbanos. “Um dos exemplos clássicos era a maneira que o monitoramento de resíduos de produtos fitossanitários em alimentos era entregue a população. Eram apresentados dados muito técnicos que pouco esclareciam a população. O destaque era para as inconformidades como se elas fossem importantes para o consumidor. O que o consumidor quer é saber se o alimento que adquire apresenta risco a sua saúde”, afirma.

Menten ressalta que, pela primeira vez, a Anvisa divulgou os resultados da qualidade dos alimentos de maneira “sóbria, com base na avaliação do risco em conformidade com padrões internacionais, demonstrando que as frutas e hortaliças à disposição das pessoas são de qualidade aceitável quanto aos riscos de intoxicação aguda. Apenas 1% das amostras analisadas estavam com algum problema. Nas edições anteriores, citavam-se cifras preocupantes, como 70-80% das amostras com problemas. Essas notícias, sem base científica, desestimulavam o consumo de frutas e hortaliças, prejudicando a saúde das pessoas e os agricultores”.

O PARA (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), da Anvisa/Ministério da Saúde apontou que 99% dos alimentos que os agricultores brasileiros entregam a população estão livres de resíduos que representam risco agudo para a saúde. Com isso, acredita o especialista, é possível que haja o aumento desejado do consumo de frutas e hortaliças, fundamental para a nutrição adequada das pessoas e prevenção de certos tipos de câncer e outras doenças crônicas.

Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems


Caminhoneiros ameaçam cruzar braços caso tabela de preço mínimo do frete não seja votada na próxima semana

Os caminhoneiros de Mato Grosso e do Brasil estão em estado de greve e podem cruzar os braços de vez caso o Projeto de Lei 528/2015, que institui a criação de uma tabela de preço mínimo para o frete, não seja votada na próxima quarta-feira, 07 de dezembro. O projeto deveria ter sido votado ontem, 30 de novembro, porém após 1h40 de atraso para a reunião da Comissão de Viação e Transporte na Câmara Federal o deputado federal de Santa Catarina Edinho Bez (PMDB-SC) pediu vistas do projeto.

O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, onde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas.

O projeto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

Uma nova reunião da Comissão de Viação e Transporte está marcada para o dia 07 de dezembro. A expectativa dos transportadores frotistas e autônomos é que o projeto seja votado nesta data, segundo informações obtidas pelo Agro Olhar. O setor não descarta uma nova paralisação caso o projeto não seja votado ou venha não seja aprovado.

Como o Agro Olhar comentou, nos últimos dois dias caminhoneiros de diversos Estados estiveram em Brasília (DF) reunidos como forma de manifesto pela aprovação do projeto de lei 528/2015. Uma carreata chegou a ser realizada na terça-feira, 29 de novembro.

Em Mato Grosso, bloqueios nas rodovias federais chegaram a ser realizados nos municípios de Diamantino, Nova Mutum, Sinop e Alto Araguaia.

Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que consta em seu site, mostra que o frete de Sorriso para o Porto de Santos hoje está na casa dos R$ 200. O valor é 34,4% inferior aos R$ 305 pagos pela tonelada em março, mês este considerado o pico da safra de soja. Ao se comparar com novembro de 2015 o recuo é de 33,3% diante os 300 pagos na época pela tonelada de Sorriso para o Porto de Santos.

Ao se comparar o chamado frete curto, ou seja, dentro do próprio Estado há um recuo de 34,5% entre março e novembro no trajeto de Sorriso para Rondonópolis. Em março a tonelada saia em média a R$ 110 e hoje a R$ 72. Em novembro de 2015 R$ 104.

Crise

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .

Em 2015, como acompanhado pelo Agro Olhar, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

Nos últimos anos o setor viu o preço do óleo diesel disparar, além de custos com manutenção do veículos, como pneus e oficinas, encargos e tributos. Somente em 2015 a Petrobras anunciou ao menos cinco reajustes de preço do litro do óleo diesel. Nas distribuidoras a alta chegou a cerca de 14,17% naquele ano.

Fonte: Olhar Direto

IPC-S desacelera alta a 0,17% em novembro com alívio em Habitação e queda de alimentos, diz FGV

O resultado apontou ainda que a alta do IPC-S desacelerou na comparação com a terceira quadrissemana do mês

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou novembro com alta de 0,17 por cento, sobre avanço de 0,34 por cento no mês anterior, em meio à queda de alimentos e ao alívio dos preços de habitação.

Os dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram que os preços de alimentos registraram recuo de 0,12 por cento em novembro, após variação negativa de 0,05 por cento no mês anterior. O resultado apontou ainda que a alta do IPC-S desacelerou na comparação com a terceira quadrissemana do mês, quando o indicador subiu 0,24 por cento.

Segundo a FGV, o destaque na comparação com a terceira quadrissema ficou para o grupo Habitação, que desacelerou a alta a 0,17 por cento, ante 0,25 por cento, com alívio do item tarifa de eletricidade residencial.

Fonte: Reuters

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Citricultores poderão adotar sistema de mitigação de risco para controlar do cancro cítrico

As mudanças na legislação para o manejo da praga foram destacadas pelo secretário de Agricultura e Abastecimento 

Os produtores rurais das regionais de Bauru, Jaboticabal, Bragança Paulista, Franca, Limeira, Mogi Mirim, Orlândia, Ribeirão Preto e São João da Boa Vista receberão orientações para adotar o Sistema de Mitigação de Risco para controlar a incidência do cancro cítrico nos pomares paulistas, em evento realizado na manhã desta terça-feira, 29 de novembro de 2016, em Araraquara. As mudanças na legislação para o manejo da praga foram destacadas pelo secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, pois permitirão que os citricultores utilizem novas estratégias além da erradicação da planta doente.

O seminário “A Mudança da Legislação para Controle do Cancro Cítrico”, realizado pela Secretaria em parceria com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), reuniu mais de 200 participantes entre produtores rurais, engenheiros agrônomos, técnicos das Coordenadorias de Assistência Técnica Integral (Cati) e de Defesa Agropecuária (CDA), pesquisadores dos institutos mantidos pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e representantes da indústria para entender e criar medidas estabelecidas pela Instrução Normativa (IN) nº 37, publicada no dia 6 de setembro de 2016, pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A nova legislação estabelece medidas para o controle do cancro cítrico em todo o Brasil, abrindo a possibilidade para Estados com a incidência da praga, como São Paulo, fazerem a mitigação de risco, e adotar novas estratégias de controle. “Com a adoção desse sistema, os produtores poderão comercializar suas frutas in natura para outros mercados que reconheçam este sistema como medida fitossanitária. Quem não o fizer, poderá continuar produzindo, mas estará colocando em risco a saudabilidade da sua produção e também a de propriedades vizinhas”, afirmou Arnaldo Jardim. 

Na prática, os produtores localizados em áreas afetadas poderão comercializar frutas in natura, tanto no mercado interno como no mercado internacional, desde que adotem as medidas previstas pela legislação, devidamente atestadas em um certificado fitossanitário de origem. 

A mudança na legislação atendeu à reivindicação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da CDA, juntamente com a Comissão Técnica de Citricultura e a Câmara Setorial da Pasta, resultando na Instrução Normativa.

O secretário Arnaldo Jardim ressaltou que o Governo do Estado já vem colocando em prática uma série de ações para reforçar o controle de doenças como o cancro cítrico, principalmente envolvendo a questão legal, além de discutir pesquisas nas áreas de fitossanidade e medidas preventivas voltadas à educação sanitária e comunicação com a cadeia produtiva. “Somente com essas medidas teremos sucesso em relação ao novo sistema”, disse.

De acordo com gerente geral do Fundecitrus, Antônio Juliano Ayres, a mudança já vinha sendo pleiteada pelo setor há cinco anos. “Graças aos esforços do secretário Arnaldo Jardim e à sensibilidade do ministro Blairo Maggi, este importante marco legal foi finalmente promulgado, após exaustivas discussões técnicas e na Câmara Setorial. Isso possibilitará que o setor agregue valor à produção e irá gerar renda", destacou.

Atualmente, a conduta estabelecida pela CDA é a eliminação da planta contaminada e pulverização com cobre das plantas no raio de 30 metros – procedimento que deve ser repetido a cada brotação. O citricultor deve realizar, no mínimo, uma vistoria trimestral em todas as plantas de citros da propriedade, com o objetivo de identificar e eliminar aquelas que apresentem sintomas da doença. Estas inspeções deverão ser informadas à Pasta, por meio de relatórios semestrais, assim como já é feito para o greening (HLB).

O titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), Fernando Gomes Buchala, ressaltou que a mudança exigirá uma atenção maior de todos os elos da cadeia produtiva para as questões fitossanitárias, independente do sistema a ser utilizado. “A Defesa Agropecuária deixará de ser um agente fiscalizador para ser parceiro do produtor, dividindo a responsabilidade de controlar a praga. Para isso, é preciso monitorar cada etapa, desde a produção, passando pelo Packing House, a certificação da produção por profissionais credenciados, até chegar nas auditorias da CDA e do Mapa”, acrescentou.

Para o administrador de fazendas, Marcos Pereira do Nascimento, a realização desse seminário é fundamental para ampliar o conhecimento da cadeia produtiva. “Muitos que estão neste seminário não tiveram contato com a nova legislação. E apesar da nossa experiência no campo, participar desse encontro é fundamental para atualização das informações e colocá-las em prática, com o objetivo de fomentar a citricultura”, afirmou. 

O primeiro registro de cancro cítrico em São Paulo foi em 1957. A doença é causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis e ataca todas as variedades e espécies de citros, provocando lesões em folhas, frutos e ramos, e quando em altas severidades pode provocar a queda de frutos e folhas com sintomas. As lesões podem ter variações nas suas características, podendo ser confundidas com outras doenças e pragas.

 

Fundecitrus lança aplicativo para ajudar a calcular pulverizações

O Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura criou um aplicativo para ajudar o citricultor a fazer uma pulverização eficiente e econômica. O Sistema de Pulverização Integrado do Fundecitrus (SPIF) permite calcular o volume de aplicação e dose do produto de acordo com o tamanho das plantas. Além disso orienta sobre o ajuste dos equipamentos utilizados na pulverização.

Para realizar os cálculos, o SPIF foi baseado nos resultados de pesquisa sobre Tecnologia de Aplicação que são realizadas no Fundecitrus há mais de dez anos para leprose, pinta preta, cancro cítrico, podridão floral (estrelinha) e psilídeo. O objetivo do sistema é disponibilizar esses resultados de maneira prática para serem aplicados no campo e ajudar no dimensionamento correto das pulverizações.

De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Marcelo Scapin, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do sistema, as informações permitem que o citricultor faça o controle de doenças e pragas sem desperdício. Além disso, a regulagem adequada dos pulverizadores contribui com a redução das perdas e com o aumento da capacidade operacional dos equipamentos. “Os citricultores conseguirão adequar os volumes e doses de aplicação, regular os equipamentos de forma correta, além de proporcionar economia para aqueles que fazem pulverizações com volumes acima da média”, afirma.

Com o aplicativo é possível reduzir o volume de água em até 70% para o controle de psilídeo, em 60% para podridão floral, 30% para leprose e entre 40 e 50% para pinta preta. “O SPIF é uma maneira de levar aos citricultores os conhecimentos gerados pela pesquisa de maneira prática e acessível”, diz Scapin.

O SPIF está disponível gratuitamente nas versões desktop (off-line) e também pode ser acessado no site do Fundecitrus. Em breve será lançada uma versão mobile, disponível para Android, iOS e Windows.

Fonte: Fundecitrus

Conselho do Agro debate reforma trabalhista e novos recursos para financiar o setor

Marcio Portocarrero informou ao conselho que a proposta de uma nova regulação do assunto também recebeu o apoio da Casa Civil


O Conselho do Agro, entidade que reúne diversos representantes do setor, realizou seu segundo encontro em Brasília, no dia 17 de novembro, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Na ocasião, os participantes debateram os novos meios de financiamento da agropecuária e as mudanças na legislação trabalhista.

O consultor da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Pedro Marcílio, apresentou uma nova opção para financiar a agropecuária do país. A proposta, segundo ele, é “encontrar mecanismos capazes de amenizar a situação atual de escassez na oferta de recursos financeiros para a produção agrícola”.

De acordo com Marcílio, um dos caminhos é dar visibilidade a um mecanismo já utilizado pelos produtores de algodão: o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), sistema que a entidade colocou em prática a partir do Instituto Brasileiro do Algodão. Com os certificados de recebíveis, seria possível colocar “dinheiro novo para financiar o setor agrícola, já que o modelo oficial em vigor dá sinais de exaustão”, explicou o consultor.

O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, informou ao conselho que a proposta de uma nova regulação do assunto também recebeu o apoio da Casa Civil da Presidência da República, em um encontro organizado na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com o ministro chefe, Eliseu Padilha. “O momento é propício para levar um projeto bem formatado para o governo e a Abrapa vai trabalhar junto com a CNA e as outras associações para isso”, garantiu Portocarrero.

MODERNIZAÇÃO

Participando da reunião, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira apresentou um resumo das mudanças que o governo pretende implementar nas leis que regem a área trabalhista. De acordo com o ministro, a iniciativa tem por objetivo “obter consenso mínimo para a modernização das leis do setor, a partir de um amplo diálogo com as lideranças empresariais e as centrais sindicais”.

Nogueira mencionou que o governo federal constituiu um grupo de trabalho para propor mudanças na área, e provocou uma reação positiva por parte das lideranças presentes, diante da expectativa de poderem contar com uma lei condizente com a realidade do campo.

No âmbito desta iniciativa, dois pontos básicos estão sendo debatidos com as partes interessadas: a consolidação dos direitos dos trabalhadores e a segurança jurídica necessária para que o setor privado possa, na opinião do ministro, “ter tranquilidade para investir e produzir”.

Ao final do encontro, o superintendente de Comunicação e Marketing da CNA, jornalista Álvaro Pereira, apresentou o mais novo instrumento de divulgação do Sistema CNA/SENAR: o Canal do Produtor TV.

Ainda durante a reunião, o presidente da CNA, João Martins, ressaltou que o Conselho do Agro é um órgão “que já está consolidado e que será estratégico para propor e avaliar as políticas oficiais destinadas ao setor agrícola, sempre no sentido de modernizá-las e garantir segurança jurídica ao produtor”.

 

Falta de marco regulatório é entrave para economia verde, diz especialista

Um ponto positivo, na opinião de Mendonça de Barros, são as possibilidades na área de novos materiais e os avanços tecnológicos


O agronegócio e os setores energético, de biomateriais e de reflorestamento são fundamentais no processo de transição para a economia verde no Brasil, especialmente porque seu financiamento depende de riscos e retornos adequados dos investimentos. Mas para oferecer mais segurança a investidor, é necessário diversificar os negócios e investigar as melhores formas de incentivo.

“O Brasil ainda não tem um programa regulatório de incentivos econômicos bem definidos para o desenvolvimento dessas ações. O grande entrave da transição para a economia verde é a falta de um esquema regulatório no país”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, durante o Fórum Desenvolvimento e Economia de Baixo Carbono, realizado na última semana, em São Paulo, capital, iniciativa do jornal Folha de São Paulo em parceria com o Instituto Escolhas e o Insper: Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia

Barroso participou do painel “O desenvolvimento de novos setores industriais e inserção do Brasil nas cadeias globais de produção”, para discutir os caminhos da implementação de uma economia de baixo carbono no Brasil. “O país precisa criar alguns tipos de mecanismos e incentivos, além de um plano de ação coordenado para viabilizar o crescimento de usinas de energia renovável com a participação das hidrelétricas na matriz energética”, observou Barroso.

Ainda de acordo com o presidente da EPE, a participação de todos os setores na elaboração de uma estratégia conjunta é fundamental. “Ações pulverizadas como as que têm sido feitas até agora não geram soluções. Temos que colocar em discussão medidas como precificação do carbono e certificado de emissões”, ponderou e enfatizou que no setor de transportes é possível conseguir, com pequenos investimentos e envolvimentos, resultados significativos nesse sentido, citando como exemplo a renovação de frota.

DIFICULDADES

Economista, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e ex-secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior da Presidência da República, José Roberto Mendonça de Barros disse que essas medidas conjuntas geram valor às cadeias globais de produção, porém, ele acredita ser muito difícil a inserção do Brasil nessas cadeias.

“Sou um tanto quanto cético em relação às possibilidades de redirecionar o crescimento dos setores industriais, com exceção do agronegócio”, disse Mendonça de Barros, lembrando que um dos passos dados para trás, nesse sentido, foi o país ter deixado o projeto do etanol de lado após a descoberta do pré-sal, principalmente pelo fato de o Brasil ser o único país a utilizar carros de motor flex. Porém, segundo o economista, o país tem possibilidades de voltar a crescer no fim de 2017. “O Brasil só se move quando está com o pé no abismo, então, acho que teremos mudanças”, previu.

Outro ponto positivo, na opinião de Mendonça de Barros, são as possibilidades na área de novos materiais e os avanços tecnológicos que têm permitido a transformação de matéria-prima em produtos capazes de transmitir energia, como filmes transparentes, por exemplo. “É preciso salientar também que o Brasil está próximo das fronteiras das rotas da nanocelulose e temos que aproveitar essas oportunidades”, disse o economista.

“Produtividade é solução de baixo custo, pois tão ou mais importante do que priorizar setores é criar um ambiente de negócios mais estável, com marcos regulatórios e segurança institucional, garantir investimentos e melhorar as técnicas de gestão”, argumentou o diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, afirmando que as possibilidades de desenvolvimento desse setor estão diretamente relacionadas às oportunidades existentes na indústria de baixo carbono.

PRESERVAÇÃO DE FLORESTAS

“A preservação das florestas, além de ser crucial para enfrentar as consequências das mudanças climáticas, é também uma opção de crescimento econômico” destacou outra palestrante do painel, Celina Carpi, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos sobre a inserção do país nessas cadeias globais de produção.

Celina ressaltou os avanços rumo ao desenvolvimento sustentável proporcionado, dentre outros fatores, pelo novo Código Florestal, e mencionou novas oportunidades de negócios no reflorestamento. “Junto a isso, temos, ainda, a nosso favor, o bioma amazônico que, com os devidos cuidados em relação à sua manutenção, aparece como um grande ativo ambiental do Brasil nas negociações multilaterais”, acrescentou.

“Os caminhos tecnológicos que o Brasil deve seguir, que façam sentido para a economia de baixo carbono, definitivamente, estão ligados ao que temos de melhor, que é o agronegócio”, enfatizou Celina.



Seca contribuiu para redução do PIB Agropecuário

Desempenho do trimestre foi divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE

A seca que atingiu a região de cerrado do país, afetando especialmente a segunda safra de milho do ano colhida no Mato Grosso, contribuiu para a retração de 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto) da Agropecuária no terceiro trimestre. O PIB do país, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (30), foi de -0,8%, em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2015, o PIB recuou 2,9% e o da Agropecuária 6%.
As taxas negativas da Agropecuária devem-se ao desempenho da produção e dos rendimentos de lavouras, cuja safras correspondem aproximadamente ao período considerado pelo IBGE, explica José Gasques, coordenador de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Mapa. Algumas culturas tiveram retração nas estimativas de produção anual e perdas de produtividade, destacou.

O milho de segunda safra teve reduções acentuadas na produção (-30,8%) e na produtividade (-32,8%), o algodão teve perdas de -16,9%, na produção, e de -10,7%, na produtividade. O mesmo ocorre com outros produtos, como o café, que têm peso expressivo na formação do PIB agropecuário.

Desempenho da Produção e Produtividade de Lavouras

Fonte: IBGE


















Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Emater e Mapa buscam parceria para implantação de Selo IG da banana

Com o objetivo de buscar parceria para a implantação do Selo de Indicação Geográfica (Selo IG) da Banana da região de Buriti Alegre, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram reunidos com a equipe da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). O encontro foi realizado nesta sexta-feira (25/11), na sede da Emater. 

Na ocasião, foram discutidos os termos para a viabilização da parceria por meio da execução de ações que estão inclusas em um plano de trabalho. O objetivo é que o Mapa repasse cerca de R$ 100 mil para a aplicação em ações que visam a implantação do Selo IG da Banana de Buriti Alegre. 

Segundo o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater, Antelmo Teixeira Alves, a Agência irá analisar todos os termos sugeridos pela entidade. “Foram 4 metas propostas e cada uma delas inclui ações que deverão ser executadas pela entidade, caso a Emater aceite as sugestões”, explicou o diretor.

Implantação

De acordo com o auditor fiscal do Mapa Rodrigo Batista de Paula a parceria com a Emater representa um passo significativo para a implantação do Selo IG. “Nós buscamos a Emater porque ela desenvolve um trabalho ativo na área de assistência técnica e extensão rural e conhece bem a região”, contou o auditor.

Para a implantação do Selo IG da Banana de Buriti Alegre é necessário seguir todos os critérios exigidos pelo Mapa e para isso, a Emater contaria com a opção de outras empresas e seus profissionais. Entre as ações que deverão ser executadas estão o estudo da parte histórica da produção de bananas na região, o diagnóstico com informações sobre as atividades, o georreferenciamento, o regulamento de uso do selo e a difusão de tecnologia, com cursos, seminários, visitas técnicas e dia de campo.

Vantagens

Ainda de acordo com o auditor fiscal, o selo proporcionará inúmeras vantagens aos produtores de banana da região. “O produtor estará selecionado para o mercado além de apresentar um produto mais qualificado para o consumidor’, explicou Rodrigo. 

Outro ponto ressaltado por Rodrigo Batista é que para a utilização do Selo IG, os produtores terão que estar aptos, seguindo normas prescritas no termo de regulamentação. Entre elas estão o manejo adequado e o armazenamento correto dos produtos, elementos que agregam valor no mercado. 

Fonte: Emater/GO

Curso orienta sobre uso racional de água na irrigação

A Embrapa Semiárido realiza, de 30 de novembro a 3 de dezembro, o XV Curso de Manejo de Irrigação, que oferece orientações sobre o uso racional da água, especialmente no que diz respeito a quando e quanto irrigar. O evento acontece no Escritório de Apoio da Embrapa, no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, em Petrolina (PE), às 19h nos dias de semana, com aula prática no sábado (3), a partir das 7 horas.

Como um dos principais fatores de desenvolvimento da região do Vale do Submédio São Francisco, a agricultura irrigada necessita de informações sobre o uso racional da água nos programas de produção integrada, principalmente neste momento de crise hídrica, para ter melhor conhecimento sobre as quantidades adequadas ao crescimento das culturas e como suprir as suas necessidades de forma que possam expressar seu potencial genético produtivo sem restrições hídricas. Entre as vantagens do manejo da irrigação estão a diminuição do controle da contaminação do lençol freático e controle de salinidade do solo.

O Curso de Manejo de Irrigação é voltado para empresários do ramo agropecuário, engenheiros, técnicos e produtores. Além de oferecer suporte para a tomada de decisão na irrigação, o evento também visa capacita os participantes na tomada de amostras indeformadas de solo e manejo de equipamentos para monitoramento de teor de água no solo.

As inscrições para o curso podem ser feitas no Escritório de Apoio da Embrapa, ao custo de R$ 100,00 (Cem Reais). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (87) 3861-4442 e 3861-4947.

Governo do Brasil ouvirá setor de biocombustíveis para lançar plano, diz ministro

O governo federal pretende lançar um plano de longo prazo para o desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil, principalmente o etanol e o biodiesel, o que será discutido em uma reunião com os agentes do setor agendada para 13 de dezembro no Ministério de Minas e Energia, disse a jornalistas nesta segunda-feira o ministro da pasta, Fernando Coelho Filho.

O ministro disse que o objetivo do plano RenovaBio -Biocombustíveis 2030, atualmente em estudo no governo, é dar "tranquilidade, estabilidade e previsibilidade" para os investidores do setor.

Ele afirmou ainda que os planos do governo para os biocombustíveis visam tirar o país da atual situação de "interrogação" sobre o futuro do segmento para um papel de protagonista. Isso seria feito, segundo ele, com ações para assegurar condições de investimento para o setor privado, sem grande intervencionismo estatal nas políticas setoriais.

"Que o Brasil possa sair dessa interrogação, se vai para a frente, se não vai, e possa ocupar de fato seu lugar de destaque na liderança, não só no volume mas na detenção da tecnologia dos combustíveis verdes", afirmou Coelho Filho, que falou com jornalistas durante evento da União da Indústria da Cana-de-Açúcar em São Paulo.

Fonte: Reuters

PIB do agronegócio cresceu 3,43% nos primeiros oito meses de 2016

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 3,43% nos primeiros oito meses de 2016, em comparação com o mesmo período do ano passado. A avaliação é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. 

No levantamento, tanto o setor agrícola quanto o pecuário tiveram valorização real dos preços, fator que tem sido fundamental para o desempenho positivo do agronegócio este ano. 

No mês de agosto, especificamente, o setor agrícola cresceu 0,69% e o pecuário 0,72%, fazendo com que o agronegócio tivesse crescimento de 0,7% no período.

De janeiro a agosto de 2016, em comparação ao mesmo período do ano passado, o desempenho foi positivo em todas as áreas avaliadas pelo estudo. No caso da pecuária, o setor de insumos cresceu 1,03%, o primário 0,83%, serviços 0,55% e a indústria 0,37%.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Trabalho de pesquisa promove agregação de valor às fruteiras da Caatinga

Para atender um crescente mercado voltado para alimentos naturais, orgânicos e socialmente responsáveis, uma equipe de pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) desenvolveu três novos produtos com frutas da Caatinga: geleia mista de umbu, cajá e mamão; fruta laminada de umbu e manga; chutney de maracujá do mato e manga. O trabalho contou com a parceria da Embrapa Semiárido (PE) e da Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), com sede no município de Uauá, no sertão da Bahia. As tecnologias incluem tanto o processamento para a produção em agroindústrias familiares, quanto ações de manejo dos pomares das fruteiras nativas ameaçadas de extinção.

O umbu e o maracujá do mato são fruteiras nativas que se destacam no bioma Caatinga, pois são utilizadas tradicionalmente na alimentação da população do semiárido brasileiro. O desafio enfrentado pela equipe de pesquisa foi o desenvolvimento de novos produtos agroindustriais com redução de açúcar e sem o uso de aditivos químicos, para produção em pequena escala pelos agricultores familiares. "Testamos as frutas da Caatinga, avaliamos cada uma delas, e percebemos que o maracujá do mato, por exemplo, é uma fruta muito ácida, então identificamos um potencial para a elaboração de um produto com característica de um produto salgado, o molho chutney, que já existe no mercado, principalmente no mercado internacional, porém sem adição de sal", conta a pesquisadora Renata Torrezan.

Originário da Índia, o chutney leva gengibre e pimenta dedo de moça em sua formulação e costuma ser consumido com carnes e alimentos salgados. Apesar de pouco conhecido e consumido pelo público nacional, a avaliação da aceitação do chutney de maracujá do mato e manga realizada em um supermercado da cidade do Rio de Janeiro reforçou seu potencial de mercado. No teste efetuado com 80 consumidores, cerca de 73% disseram que utilizariam o molho desenvolvido pela Embrapa em suas refeições.

Além do molho chutney, foram elaboradas, pela equipe de pesquisa, a fruta laminada de umbu e manga e a geleia mista de umbu, cajá e mamão. A fruta laminada é um produto inédito no mercado nacional, que foi aprovada por 89% dos 100 provadores em análise sensorial realizada na Embrapa Agroindústria de Alimentos. "É um produto saboroso, prático, leve, fácil de transportar, que fornece energia e nutrientes provenientes das frutas, que pode ser consumido como lanches por pessoas de todas as faixas etárias, substituindo outros potenciais lanches menos saudáveis", conta a pesquisadora da Embrapa Virgínia da Matta.

Já a geleia mista de umbu, cajá e mamão possui redução de 30% de açúcar, sendo, portanto um produto que pode ser denominado como light. A geleia também foi submetida à avaliação de aceitação com 100 consumidores. Destes, 83% disseram ter gostado do produto. "O mercado consumidor potencial desses produtos é daquelas pessoas que buscam alimentos sem edulcorantes ou quaisquer outros aditivos, com pouco açúcar adicionado, que sejam provenientes de produções sustentáveis, ou seja, o chamado consumo consciente", afirma a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, líder do projeto.

Estratégias de agregação de valor às frutas da caatinga
O desenvolvimento desses novos produtos foi precedido de um diagnóstico participativo do sistema agroalimentar de produtos processados a partir de fruteiras nativas da Caatinga, realizado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos em conjunto com a Embrapa Semiárido. A equipe de pesquisadores visitou a estrutura central da Coopercuc e seis mini fábricas de processamento de alimentos, onde se produzem geleias, compotas, sucos e polpas de frutas nativas. Mesmo com as dificuldades relacionadas ao longo período de seca, que diminuiu a produção de matéria-prima, foi possível fazer o levantamento. "Realizamos um estudo exploratório sobre as condições de beneficiamento das frutas nas pequenas agroindústrias, incluindo boas práticas de fabricação, necessidade de melhorias e treinamentos, além de demanda por novos produtos", conta Rodrigo Paranhos, pesquisador da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), responsável pela ação.

Os dados obtidos pelo diagnóstico subsidiaram atividades de pesquisa, transferência de tecnologia e de capacitação para os agricultores familiares da cooperativa. "Há um grande potencial de agregação de valor aos frutos nativos da Caatinga, que se encontram disponíveis na região. A aceitação dos novos produtos desenvolvidos na Embrapa foi ótima entre os agricultores familiares. Começamos a abrir um canal e a fortalecer a parceria entre a área de pesquisa e o setor produtivo", destaca Rodrigo.

A estratégia de agregação de valor a frutos da Caatinga para o fortalecimento das bases econômicas da agricultura familiar no semiárido nordestino envolveu também práticas de manejo do polo extrativista de umbu na região de Uauá (BA). O diagnóstico realizado levantou informações sobre as práticas adotadas pelas comunidades locais, relacionadas ao manejo das plantas, tratamento e destinação dos frutos do umbuzeiro.

A partir desse diagnóstico e buscando a estabilidade ou aumento da capacidade produtiva do umbu em sistemas de produção de base familiar, a equipe de pesquisa da Embrapa propôs duas formas de manejo que foram implantadas na região como Unidades Práticas de Aprendizagem Tecnológica (Upat). Em primeiro lugar, recomendou-se fazer a utilização do umbuzeiro como porta-enxerto associado ao maracujá do mato em áreas em processo de degradação e desprovidas de vegetação; em seguida, o enriquecimento da Caatinga, pelo aumento da densidade de plantas de umbu gigante enxertadas e cultivadas em trilhas em meio à vegetação nativa e em áreas cercadas. "Os modelos propostos corresponderam às expectativas das comunidades, uma vez que diversos agricultores se mostraram dispostos a replicá-los em suas propriedades em função do reconhecimento das vantagens observadas nas Unidades experimentais implantadas", informa o pesquisador Francisco Araújo, da Embrapa Semiárido.

A publicação recém-lançada pela Embrapa Extrativismo do Umbu e Alternativas para a Manutenção de Áreas Preservadas por Agricultores Familiares em Uauá, BA detalha as formas de manejo validadas.

Vale do São Francisco vai exportar mangas para a Coréia do Sul

O Brasil vai começar a exportar manga para a Coreia do Sul, um dos mercados mais exigentes do mundo em relação à sanidade e à qualidade dos alimentos. O anúncio foi feito pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante viagem, nesta semana, a Pernambuco, à Bahia, ao Ceará e ao Rio Grande do Norte. Maggi esteve em áreas de produção de frutas e de camarão, onde se reuniu com produtores locais. A contrapartida do país será importar peras frescas da Coréia.

A abertura do mercado sul-coreano à manga nacional é fruto de uma longa negociação nos últimos anos e ficou mais próxima depois de recente viagem do ministro à Ásia. A exportação deve beneficiar principalmente a região de fruticultura irrigada do Vale do São Francisco. A expectativa é de que os embarques iniciem em cerca de 30 dias.

Apesar da crise hídrica que tem afetado o Nordeste, o futuro da região passa pela agricultura, acredita Maggi. O ministro disse ter ficado impressionado durante visita a Petrolina (PE) e a Juazeiro (BA), “onde se produz vinho de muita qualidade e também espumantes”. A produção de frutas nos estados que ele percorreu também foi encorajadora para o esforço do governo de aumentar as exportações. “A gente percebe o quanto esses produtores estão entusiasmados com o cultivo de frutas. E o que nos dá segurança é o conhecimento que eles já adquiriram no dia a dia ou com as pesquisas da Embrapa e de outra empresas.”

Maggi visitou áreas de cultivo irrigado de melão, manga, mamão, melancia e limão. O Vale do São Francisco concentra o maior polo de fruticultura irrigada do país. De acordo com a Associação de Produtores e Exportadores do Vale, 85% das mangas exportadas pelo Brasil saem da região.

Produção de camarão

O ministro também conheceu a produção de camarão do Ceará. “É uma indústria muito grande que tem um potencial imenso.” Maggi explicou que é preciso ajustar um pouco a legislação e combater as doenças que estão sendo registradas nos camarões. Em Aracati (CE), ele determinou que a Secretaria de Defesa Agropecuária tome medidas para prevenir a entrada de doenças do crustáceo no Brasil, amparada em princípios da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Maggi reconheceu que a região passa por uma escassez de água muito grande, que tem dificultado a vida dos irrigantes e levado os agricultores a fazer investimentos para aumentar o bombeamento de água. 

O ministro conheceu na quinta-feira (24) a Fazenda Agrícola Famosa, que emprega 9 mil trabalhadores envolvidos no cultivo de melão, melancia e mamão. No local, ele se reuniu com os governadores do Rio Grande do Norte, Robson Farias, e do Ceará, Camilo Santana. Maggi viajou acompanhado do secretário-executivo Eumar Novacki e dos secretários de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo, José Dória.

Uva: mais doce e mais produtiva

Com o objetivo de melhorar a produtividade e otimizar os custos, a Codevasf e a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco fecharam parceria e, após quatro anos de pesquisa, testaram variedades de uva para plantio em escala comercial no Submédio São Francisco, em Petrolina.

A quantidade de cultivar saltou de três para 11. Ou seja, agora, eles terão mais variedades para produzir uvas de qualidade. Pouco mais de 70 cultivares de todo o mundo foram testadas a partir de um investimento de R$ 3 mi.

O plantio dessas variedades já causa impactos positivos aos fruticultores da Região. Na prática, elas têm sabor diferenciado, alta produtividade, maior resistência às pragas, menor necessidade de manejo e boa resistência no pós-colheita. Conciliar essa equação, em tempos de arrocho financeiro, passou a ser também estratégia de mercado.

Ano passado, os perímetros irrigados foram os responsáveis pelas exportações de uva no Brasil, contribuindo com aproximadamente 99,87% do volume vendido para o exterior.

“Do total, onze variedades foram selecionadas para plantio em escala comercial, sendo que, deste montante, apenas uma contém semente”, explica o engenheiro da Codevasf em Petrolina e responsável projeto, Osnan Soares Ferreira.

Os tipos foram trazidos de todas as partes do mundo, e a principal característica observada foi a boa adaptação ao clima local. Apesar de ser do tipo exportação, a uva abastece, por enquanto, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, porque ainda é desenvolvida em média escala a partir de 400 hectares. A produção chega a 1,250 milhão de toneladas por ano.

“Essa uva é mais crocante e doce. Resistente à chuva e com maior produtividade, o uso de insumos é reduzido, o que barateia o processo produtivo”, detalha Ferreira, destacando que resultados apontam para um aumento de produção de 10% a 15%, e redução nos custos de manejo estimada em 10%.

Quanto ao valor agregado, o engenheiro afirma que os produtores podem obter uma lucratividade média de 20% a 25% no plantio das novas variedades. Apesar dos órgãos terem testado, a patente pertence às empresas americanas. “O produtor que desejar plantar deve procurar por essas empresas”, recomenda.

As variedades selecionadas foram Cotton Candy, Jacks Salute, Sugar Crisp, Sweet Celebration, Sweet Globe, Sweet Jubillee, Sweet Mayabelle, Sweet Sapphire, Sweet Sunshine, Sweet Surprise e Timco. A uva de mesa é o foco principal da viticultura do Vale, reunindo pequenos, médios e grandes produtores. A região se firmou como o polo produtor e exportador de uvas de mesa de alta qualidade, por meio do cultivo da uva ‘Itália’, que tem elevado padrão tecnológico.

Antes do projeto, os produtores contavam apenas com as variedades comerciais sem semente, como Crimson Seedless, Thompson Seedless e Sugraone. “A mudança possibilitou também a produção de duas safras ao ano”, disse Ferreira.

A aposta é que essas uvas conquistem, além da Europa e América do Norte, a Ásia. Esta semana, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, autorizou a venda da uva para a Coreia do Sul.

Cultivo de morango e pepinos aumenta renda familiar e melhora a qualidade de vida

A partir de 2008, o cultivo do fumo parou principalmente pela falta de mão-de-obra e desvalorização do produto


No município de Novo Cabrais, na região Central, uma propriedade rural que há 25 anos era tradicionalmente utilizada para o plantio de tabaco, mudou sua matriz produtiva e conseguiu melhorar a qualidade de vida e aumentar a renda da família. A propriedade, que fica na localidade de Sanga Funga, tem três hectares e pertence ao casal Iria e Aldomir Machado. Na área são cultivados cerca de 10 mil pés de morango em ambiente protegido e 14 mil pés de pepino a campo, além de feijão, milho e outras culturas de subsistência. ?No início, quando a propriedade foi adquirida, somava uma área de 5,5 hectares, toda ocupada com tabaco. A partir de 2008, o cultivo do fumo parou principalmente pela falta de mão-de-obra e desvalorização do produto?, lembra Aldomir Machado. 

Para prosseguir na mudança, foi preciso contar com a mão-de-obra familiar e trabalhar em sistema de parceria. Hoje, a propriedade da família Machado envolve o trabalho de oito pessoas. ?As atividades e o sistema de parceria que foram adotados são favorecidos pela forma com a qual seu Aldomir e a dona Iria trabalham com os filhos, dando autonomia e permitindo que interajam na propriedade participando das decisões, impulsionando sua permanência na propriedade e favorecendo a sucessão familiar?, avalia a supervisora microrregional do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Auria Schroder.

A mudança feita pela família foi tão importante que na propriedade foi feito um Dia de Campo, no dia 18 de novembro, promovido pela Emater/RS-Ascar, com a participação de produtores cadastrados no Programa de ATER para agricultores familiares inseridos em municípios com produção de tabaco para promoção da diversificação da produção e renda. Também participaram famílias do Programa Socioassistencial e também outros agricultores de Novo Cabrais e municípios vizinhos como Cerro Branco, Paraíso do Sul Candelária e Cachoeira do Sul, além de alunos da Escola Municipal Teófilo Teodoro Streck e da Faculdade América do Sul.

Além de tratar sobre o cultivo de morango e pepino, o Dia de Campo abordou ainda o cultivo de plantas bioativas, irrigação e a conservação de solos. 

Na estação sobre o cultivo de pepino foram abordados os aspectos relacionados à cultura, as variedades mais utilizadas, a produção de mudas de qualidade, adubação e fertirrigação, estrutura produtiva, tratos culturais e manejo. ?Foi destacada a inclusão social e produtiva, uma vez que a atividade está relacionada à organização rural, cooperativismo, possibilidade de agregação de valor através de agroindustrialização e alternativa de renda ao fumo?, disse o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar de Novo Cabrais, Edson Antonio Sobroza.

Conforme Sobroza, os participantes da atividade técnica construíram uma tabela durante essa estação, comparando o pepino com o tabaco, cultura com a qual estão mais acostumados. ?Na oportunidade, colocou-se lado a lado a capacidade produtiva em função da mão-de-obra disponível, a renda bruta gerada, custos de produção, renda líquida e transformação desta renda em salário para as duas culturas. Com isso, os agricultores puderam visualizar a renda gerada por área e per capita e a demanda de trabalho para ambas as culturas, dando ferramentas para a tomada de decisão, na possibilidade de iniciarem no cultivo do pepino?, avaliou o técnico.

Na estação sobre morango foram tratados os assuntos referentes à estrutura de produção, ambiente protegido, bancadas e irrigação, escolha de cultivares e obtenção de mudas, plantio e manejo inicial, manejo de irrigação, adubação e fitossanitário, colheita e comercialização. ?Ainda, ressaltou-se o fato da estrutura ser planejada com acessibilidade para cadeirantes, o que permite que um dos filhos do casal, que tem limitações físicas, realize todas as atividades do manejo das plantas?, destacou Sobroza.

Na estação sobre Solos e Irrigação foram dadas orientações sobre o uso adequado do solo, infiltração de água com a adoção de práticas como terraceamento, cobertura de solo, plantio direto e rotação de culturas para evitar perda de água e erosão. ?Na irrigação foi abordado o sistema por gotejamento e aspersão, onde são irrigadas as lavouras de pepino e uma lavoura de feijão, esta com área de 0,4 hectares. Além de visualizar a estrutura dos sistemas, os participantes receberam explicações quanto ao manejo da irrigação, custos de implantação e as vantagens que há na lavoura irrigada?, disse Edson Sobroza.

Na estação das plantas bioativas, os agricultores conheceram o horto medicinal e o relógio do corpo humano. ?É uma metodologia que relaciona as funções dos órgãos do corpo humano, dentro de um período de tempo em que este órgão atinge seu pico energético, com plantas medicinais que atuam diretamente sobre ele. Além disso, objetivou o resgate, a identificação e uso das plantas bioativas?, concluiu Sobroza.

Fonte: Emater - RS

Engenheiros agrônomos são fundamentais para o desenvolvimento do agronegócio paulista

O encontro seguirá até o dia 26 de novembro debatendo ações e medidas para a categoria enfrentar a crise econômica do País


O engenheiro agrônomo tem o dever de desenvolver e implantar projetos para fomentar e orientar a execução de trabalhos relacionados ao agronegócio, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social. Esse foi o destaque do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, durante a abertura do Encontro da Engenharia Unida, realizado em Barra Bonita, no dia 24 de novembro de 2016.

O titular da Pasta ressaltou que a Agronomia, como segmento da engenharia tem uma função primordial para a retomada do crescimento econômico. Em um País de economia fortemente agropecuária como o Brasil, o engenheiro agrônomo é peça-chave para esse desenvolvimento”, afirmou.

Na Secretaria de Agricultura e Abastecimento, existem cerca de 830 engenheiros agrônomos, de um universo de 25.709 profissionais registrados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), que atuam na extensão rural, orientando o produtor para executar trabalhos relacionados à produção agropecuária, que pesquisam e aplicam conhecimentos científicos e técnicos de manejo e práticas para aumentar a produtividade no campo, e que atuam para garantir a sanidade agropecuária em todo o território paulista.

“O agrônomo está presente em todos os processos de produção de alimentos de origem vegetal e animal, visando diminuir o custo de produção, melhorar a qualidade e incrementar a produtividade, atendendo às diretrizes do governador Geraldo Alckmin de diminuir a distância entre o conhecimento e o campo; garantir a saudabilidade dos alimentos; e apoiar o pequeno e médio produtor”, disse Arnaldo Jardim.

Para o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Celso de Campos Pinheiro, a qualificação do engenheiro agrônomo é muito ampla, pois ele trabalha com a interação de todos os elos da cadeia produtiva, sendo capaz de planejar e executar serviços relativos à produção e exploração dos recursos naturais, pesquisas e inovações tecnológicas que contribuem diretamente para o nosso propósito que é unir os setores da categoria para impulsionar a retomada do crescimento do Brasil”, afirmou.

Na opinião do engenheiro agrônomo, João André Miranda de Almeida Prado, a engenharia é o “motor do desenvolvimento da sociedade, e a agronomia participa ativamente dessa etapa, pois cuida dos recursos primordiais para o crescimento da sociedade, como o alimento e a preservação do meio ambiente”, destacou.

Cultivo do mamão é opção para garantir mais uma fonte de renda aos produtores do Estado

No Tocantins a produção de mamão tem se destacado entre as boas opções para produtores rurais que querem diversificar garantindo mais uma fonte de renda. Com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) os pomares de mamão (formosa e papaya), cultivados no Perímetro Irrigado do Polo de Fruticultura São João, município de Porto Nacional, vêm dando bons resultados. Lá alguns agricultores estão aumentando seus pomares incentivados pelos bons resultados alcançados e pela possibilidade de bons preços no mercado local. 

A Seagro e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), este último responsável pela extensão rural, acompanham e orientam os produtores do Projeto São João na condução mais adequada de seus plantios. A produção de mamão está crescendo e já abastece boa parte do mercado da capital, segundo o engenheiro agrônomo da Seagro, Antônio Cassio Oliveira Filho. Entre as tecnologias utilizadas estão o sistema de irrigação, o monitoramento de pragas e doenças e os cuidados no pós-colheita garantindo melhor qualidade da fruta.

De acordo com o último levantamento realizado pela Secretaria da Agricultura, em agosto deste ano a área cultivada com mamão no projeto era de 68 hectares e previsão de colheita acima de 800 toneladas. “Novas áreas estão sendo plantadas e a expectativa é que alcance uma área de 80 hectares”, afirma o engenheiro Agrônomo. Atualmente a comercialização é feita, principalmente, por atacadistas (supermercados, comércio varejista e feiras).

Dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no Tocantins a área plantada com mamão é de 48 hectares e a produção é de 353 toneladas. No Tocantins a área de maior plantio do mamão é projeto São João. Há plantios também em Araguatins e Gurupi, e em pequenas propriedades de outros municípios do estado. “As variedades plantadas são formosa e papaya, por se adaptarem melhor ao clima e solo”, afirma o engenheiro agrônomo. 

O gerente de produção Cícero Gomes de Sá que administra uma propriedade no São João cultiva uma área de 40 hectares só com o plantio de mamão. Ele conta que o proprietário pretende aumentar a produção plantando em mais 15 hectares. “Fazemos escala de plantio e programamos a colheita para atender a demanda. Fazemos o manejo da irrigação, monitoramento de pragas e doenças e cuidados no pós-colheita, para garantir boa produção e frutas no padrão de qualidade exigido pelo mercado”, conta.