sábado, 16 de julho de 2016

Citros/Cepea: cotações da pera se estabilizam; tahiti segue em alta

Os preços da laranja pera estão praticamente estáveis no mercado brasileiro nesta semana. Conforme agentes consultados pelo Cepea, as temperaturas mais altas elevaram as vendas da fruta. Mesmo assim, a maior disponibilidade da laranja no mercado de mesa limita altas nos valores.

A média de comercialização da pera, na parcial da semana (segunda a quinta-feira), foi de R$ 19,43/cx de 40,8 kg, na árvore, leve queda de 0,4% frente à da semana anterior. Já os preços da lima ácida tahiti, depois do forte recuo em junho, estão em alta neste mês, impulsionados pela baixa produção da fruta (que teve a colheita interrompida há duas semanas) e pelo clima mais quente, que aquece a demanda.

Na parcial da semana, o preço da tahiti é de R$ 43,77/cx de 27 kg, colhida, expressivo aumento de 30,1%.

Fonte: Cepea/Esalq

Greve bloqueia portos argentinos e prejudica exportações

Uma greve de caminhoneiros argentinos marcada para a próxima terça-feira (19.07) deve impactar nos mercados de soja, milho e trigo nos próximos dias. A Confederação Argentina de Transporte Automotivo de Carga (CATAC) promete bloquear grandes portos como os de Buenos Aires e Santa Fe. Se não forem atendidos em suas reivindicações, anunciam que vão comprometer ainda os maiores portos de saída de grãos para exportações, como os de Rosario, Bahía Blanca e Necochea.

A entidade de classe dos caminhoneiros diz que “existe uma grande necessidade de aumentar as tarifas de frete”, mas há uma “grande resistência dos grandes empresários do campo”. O presidente da CATAC, Ramón Jatip, anunciou que fez reuniões para evitar conflitos, mas “não se chegou a um acordo”, informa reportagem de Luis Vieira para o Agriculture.com

A gasolina já subiu 31% neste ano, além de um aumento de nada menos que 400% nos valores dos pedágios. Neste momento, a colheita de soja na Argentina está muito próxima do fim. Mas as vendas vêm sendo mais aceleradas do que o esperado e geram atrasos nos embarques de trigo de quatro a 12 dias nos portos de Santa Fé, Rosario, Bahía Blanca e Necochea.

Para Guillermo Rossi, Diretor de Informação e Estudos Econômicos da Bolsa de Comércio de Rosario, a greve poderia impactar mais sobre o milho do que sobre o óleo de soja ou farelo. A colheita do cereal alcançou 60% da superfície, com vendas de 24 milhões de toneladas da safra atual. Destas, 13 milhões de toneladas já foram exportadas e outras quatro milhões ainda devem ser embarcadas. Outras seis milhões de toneladas ainda não foram vendidas.

“Dependendo de como a colheita de milho avance, nós poderíamos ter ainda algumas complicações. Temos que ver ainda o tamanho real da greve”, resumiu Rossi. 

Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

Retorno da chuva beneficia culturas de inverno no RS

A chuva, que voltou ao Rio Grande do Sul na última semana, beneficiou os produtores de trigo, canola, cevada e linhaça, alguns dos cultivos típicos do inverno no Estado. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (14/07), as lavouras de trigo, principal grão da estação, já estão em fase final de implantação, restando poucas áreas para serem semeadas no Sul e nos Campos de Cima da Serra. Com a regularização da umidade do solo, devido ao retorno das precipitações, os produtores intensificaram os trabalhos de plantio, cobrindo 88% da área projetada para este ano. 

"A umidade do solo vem propiciando também a retomada de um desenvolvimento vegetativo mais vigoroso da cultura do trigo, que estava paralisado pela falta de umidade no solo", comenta o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura. Com as condições propícias, os produtores retomaram a aplicação de fertilizante nitrogenado em cobertura e de herbicidas, para o controle de ervas. 

Os extensionistas da Instituição registraram uma boa emergência nas áreas que continham sementes de trigo no solo, esperando por melhores condições de germinação. Entretanto, algumas lavouras apresentam stand variável de plantas, fruto das condições inadequadas de umidade no solo quando da semeadura, mas a situação segue sendo considerado satisfatória na média para o Estado, podendo ser totalmente recuperado, caso as precipitações ocorram de maneira regular e com baixa intensidade. 

A chuva que ocorreu na semana que passou ativou o crescimento das plantas e favoreceu o controle de invasoras nas plantações que canola, que estão majoritariamente na fase de desenvolvimento vegetativo. Segundo a Emater/RS-Ascar, também favoreceu a intensificação da aplicação de nitrogênio em cobertura nas áreas semeadas no início de maio.

A cultura da cevada, que sofreu com a falta de umidade do mês de junho, principalmente nas áreas mais arenosas, apresentando plantas descoloridas e de pequeno porte, encontra-se na fase de desenvolvimento e em estágio vegetativo, com boa sanidade. 

Nas áreas cultivadas com linhaça na região das Missões, após as chuvas ocorridas, percebe-se boa reação da cultura, já que a semeadura muito próxima da superfície do solo propiciou a retomada do desenvolvimento das sementes que não haviam germinado. Logo após a primeira chuva, os técnicos da Emater/RS-Ascar e produtores conseguiram verificar a formação das linhas e a possibilidade de um estande satisfatório de plantas. A estimativa de produtividade está entre 900 e 1.200 kg/ha.

Fonte: Emater - RS

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Embrapa promove curso sobre ácaro-vermelho-das-palmeiras em Conde, Bahia

A Embrapa Tabuleiros Costeiros promove nesta sexta-feira (15/07) curso de capacitação sobre o ácaro-vermelho-das-palmeiras, uma nova praga que atinge os coqueiros no Brasil. O evento acontece no na Câmara de Vereadores do município de Conde (Bahia) com visita em propriedades rurais e demonstração de técnica de amostragem simples e eficiente.

O curso, ministrado pela pesquisadora Joana Maria Santos Ferreira, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, realizado em parceria com a prefeitura e a Secretaria do Municipal do Meio Ambiente de Conde, tem início às 8h e abordará o reconhecimento, introdução e distribuição do ácaro em território nacional, biologia, danos e ações de monitoramento visando a detecção e mapeamento da praga no estado da Bahia. 

O ácaro-vermelho-das-palmeiras Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae) é uma praga quarentenária já presente no Brasil, nos estados de Roraima, Amazonas, Pará, Ceará, Alagoas, Sergipe e São Paulo.

"Ainda foi não relatada a presença do ácaro-vermelho-das-palmeiras no estado da Bahia talvez pelo desconhecimento da existência da praga", acredita a pesquisadora. 

Segundo ela, nos países onde ocorre, é considerada uma das principais pragas de palmeiras (91 espécies) entre as quais, o coqueiro, além de plantas ornamentais e da bananeira, pelo seu alto potencial de dispersão e reprodução. Essa praga, em geral, forma grandes colônias na face inferior das folhas/folíolos provocando provocando amarelamento e secamento das folhas, definhamento da planta e perdas na produção.

Fazem parte da equipe organizadora, os pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros Joana Maria Santos Ferreira, Humberto Rollemberg Fontes e Edson Eduardo Melo Passos e Cláudio Teles, secretário do Meio Ambiente.

Serviço:
Curso de capacitação sobre o ácaro-vermelho-das-palmeiras: nova praga de coqueiro no Brasil
Data: 15/07/2016
Local: Câmara de Vereadores do município de Conde (Bahia), de manhã e visita às propriedades à tarde.

PROGRAMAÇÃO

8:00 às 9:00 hs Credenciamento e abertura 

9:00 às 10:20 hs Nova praga do coqueiro: Reconhecimento, introdução e distribuição em território nacional, biologia e danos do ácaro-vermelho-das-palmeiras Raoiella indica. 

10:20 às 10:40 hs Intervalo 

10:40 às 12:00 hs Ações necessárias de monitoramento para detecção e mapeamento da praga no município e ações preliminares de controle. Importância do envolvimento do Órgão de Defesa Fitossanitária Estadual no mapeamento da praga nas zonas produtoras de coco do Estado da Bahia. 

12:00 às 14:00h – intervalo do almoço

14:00 às 18:00h – Amostragem da presença do ácaro em propriedades do município e demonstração de uma técnica de amostragem simples e eficiente.

Fonte: Embrapa

Fabricação de banana passa é destaque no Estado do Espírito Santo

O sonho de autonomia e geração de renda virou realidade para um grupo de mulheres da comunidade de Cachoeirinha, em Cariacica. O grupo 7M organizou-se para a produção da banana passa e destaca-se com sua produção de cerca de 2,5 toneladas por ano. A produção atende mercados variados, desde o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) até à empresa de chocolates Le Chocolatier.

De acordo com uma das integrantes do grupo, Vera Lúcia Monteiro Barcelos, o interesse pelo processamento da banana vem da década de 1990. “Muitas mulheres da comunidade trabalhavam na roça, onde tinha muito banana. Porém, como não se consumia nem vendia tudo, muita banana era perdida, pois estragava. Então, pensamos em fazer o aproveitamento dessa fruta”, contou Vera.

Ela explicou que nesse período foi criada a Associação de Mulheres Rurais das Comunidades de Cachoeirinha e Sabão, incentivada pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), à época, Emater. “Na Associação, reunimos o grupo das mulheres que queriam trabalhar com banana passa e nos organizamos. Éramos sete mulheres, por isso o nome Grupo 7M”, disse a produtora.

Agroindústria: autonomia e geração de renda
Após a participação em cursos de processamento de banana, elas começaram a produzir banana passa de maneira caseira. Em 2006, as mulheres de Cachoeirinha financiaram, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a aquisição de uma estufa. Já em 2013, a agroindústria foi legalizada, recebendo o Selo de Inspeção Municipal (SIM).

Atualmente, o Grupo 7M produz, além da banana passa, banana chips, bombom de banana e farinha de banana. Os nichos de mercado são feiras e eventos sazonais, algumas lojas na Grande Vitória, o espaço de economia solidária organizado pela Prefeitura Municipal de Cariacica, além dos mercados institucionais e da empresa Le Chocolatier, para quem comercializam a banana passa.

Além disso, elas atendem mercados institucionais. Elas comercializam em torno de 216 kg de banana passa para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o que gera uma renda em torno de R$ 6.492 por ano. Já a comercialização para o PNAE gera R$ 13.302 anuais para o grupo. Ao todo, o grupo comercializa 2.400 quilos de banana passa ao ano.

O Grupo 7M compra cerca de 12 toneladas de banana dos produtores do município de Cariacica, anualmente, sendo um importante foco de movimentação da economia local. A renda mensal para o Grupo é de, aproximadamente, R$ 1.500.

“Depois da organização do grupo, nossa vida melhorou bastante. É muito bom ver uma atividade nossa crescer. Somos mulheres mais valorizadas, pois comprovamos que temos a capacidade de fazer. Hoje somos reconhecidas e isso é gratificante”, afirmou Vera.

Produção de banana em Cariacica
De acordo com o chefe do escritório local do Incaper em Cariacica, Rodgers Barros, existem, aproximadamente, 441 produtores de banana no município, sendo 40 produtores orgânicos. A área plantada de banana é de 740 hectares e a estimativa de produção é de 4.745 toneladas.

“Buscamos incentivar a produção de banana no município de Cariacica por meio de diversas ações, entre elas estão a distribuição de mudas de outras variedades, além da Prata, o apoio na organização da Festa da Banana, nas comunidades de Cachoeirinha e Roda D’água, com premiação dos cachos com o maior peso e melhor qualidade, e a introdução de variedades de banana resistentes à Sigatoka Negra”, explicou.

Também são realizados dias de campo, dia especial, encontros, visitas técnicas, excursão e cursos em outros municípios. “A produção de banana orgânica também é incentivada, bem como a inclusão dos produtores nos Programas de Aquisição de Alimentos e Alimentação Escolar”, disse Rodgers.

Maggi reafirma importância das câmaras setoriais e temáticas

O ministro Blairo Maggi coordenou nesta quarta-feira (13) reunião com 19 câmaras setoriais e temáticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em uma semana, este foi o segundo encontro do ministro com os representes do setor produtivo – o primeiro ocorreu no último dia 7. O objetivo foi o de ouvir as reivindicações das diferentes cadeias do agronegócio e informá-las sobre as prioridades da gestão Maggi: ampliação do mercado internacional para os produtos agropecuários brasileiros, desburocratização do Mapa e diálogo permanente com o setor agrícola.

“Os representantes das câmaras têm muito a contribuir para a agropecuária brasileira”, disse o ministro, ao destacar a importância do setor na formulação de políticas públicas. Maggi reforçou ainda que é fundamental ter um relacionamento transparente com a cadeia produtiva do agronegócio: “Vamos dizer o que podemos fazer [em relação às demandas] e o que não podemos fazer.”

De acordo com Maggi, as câmaras setoriais e temáticas também são essenciais para colaborar com a organização do setor agropecuário. “A organização vai nos ajudar a superar as dificuldades”, ressaltou.

Importação de fertilizantes aumenta 20% em junho

O Brasil importou 1,95 milhão de toneladas no último mês de junho, o que representa um aumento de 20% em relação ao mês anterior (1,63 milhão de toneladas). De acordo com o Portal GlobalFert, os insumos intermediários fosfatados apresentaram queda de 1%, enquanto os nitrogenados tiveram alta de 14% e os potássicos subiram 37%.

Em relação a junho de 2015, o aumento foi de 9% nas compras externas. No acumulado de 2016 foram movimentadas nos portos do país 8,81 milhões de toneladas, aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo o GlobalFert, o principal porto de entrada em junho foi Paranaguá, com 49% das importações de fertilizantes, seguido pelo Porto de Santos, com 11% do volume, e pelo Porto de Rio Grande, com 11%.

Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Embrapa realiza evento de negócios sobre o aproveitamento sustentável da biodiversidade brasileira

O aproveitamento racional e sustentável das diferentes espécies nativas do Brasil é uma preocupação constante do governo, das indústrias que utilizam matérias-primas da biodiversidade brasileira e da sociedade em geral. Alimentos, cosméticos, perfumaria, medicamentos, inoculantes, fibras e resinas são alguns dos produtos do nosso dia-a-dia que utilizam estas matérias-primas.

Para conhecer melhor e refletir sobre os aspectos que envolvem o mercado de espécies nativas brasileiras, a Embrapa promove, em setembro de 2016, o Workshop Nichos de mercado para o setor agroindustrial com o tema "Espécies nativas do Brasil: conhecimentos, tecnologias e negócios", organizado pela Embrapa Produtos e Mercado, em parceria com a Unicamp.

O objetivo é proporcionar a articulação e discussão entre os participantes, identificar as oportunidades de negócios relacionados às cadeias produtivas de nichos, com enfoque em produtos advindos de espécies nativas, além de promover a cooperação entre os participantes e a Embrapa, criando alternativas de ampliação desse mercado e a inserção de novos empreendedores no segmento.

Na dinâmica do workshop, serão apresentadas palestras, estudos de caso e debates sobre oportunidades de mercado para produtos da biodiversidade brasileira, políticas públicas para o aproveitamento responsável destes produtos, bem como o conhecimento sobre o uso de matérias-primas de espécies nativas como frutas, castanhas, palmito, peixes e recursos florestais não madeireiros nativos e sua aplicação na indústria de alimentos, incluindo o setor de sorvetes e nas indústrias de cosméticos e fragrâncias.

Dentro do contexto do evento estão programados espaços e intervalos para a articulação de empresas públicas e privadas envolvendo negócios com espécies nativas, seus processos, tecnologias e conhecimentos. Na programação estarão presentes profissionais da indústria, da produção rural, dos setores de alimentos, recursos florestais e cosméticos, pesquisadores e técnicos de centros de pesquisa da Embrapa e representantes do Governo.

Os públicos-alvo do Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial são empresários e industriais do setor agrícola e afins, distribuidores varejistas e atacadistas, produtores rurais, representantes do setor de produção de sementes e mudas, profissionais da área de gastronomia, empreendedores, agentes de instituições de fomento, agentes de órgãos reguladores, formadores de opinião e estudantes universitários.

O evento conta com o apoio institucional da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Essenciais, Produtos Químicos Aromáticos e Afins (ABIFRA), Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS).

As inscrições para o Workshop e informações detalhadas estão disponíveis no site: 

Serviço:

Evento: Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial

Tema do Evento: Espécies nativas do Brasil: conhecimentos, tecnologias e negócios

Data: 21 e 22 de setembro de 2016.

Horário: 8h00 às 18h00.

Local: Auditório 5 FCM/Unicamp

Endereço: Rua Albert Sabin. s/nº – Cidade Universitária "Zeferino Vaz"

Distrito de Barão Geraldo - Campinas, SP


Projeto de EMATER-MG e UFLA pode inserir novas variedades de marmelo em Minas Gerais

Uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Universidade Federal de Lavras (UFLA) pode garantir a inserção de novas variedades de marmelo em Minas Gerais. Tudo vai depender do resultado de um trabalho conjunto entre as instituições em seis municípios mineiros.

A experiência vai envolver a implantação e o acompanhamento de unidades de demonstração e observação da cultura a partir de sete tipos da frutífera, que serão plantadas inicialmente, em áreas rurais do Sul, Campo das Vertentes e Norte do Estado. O primeiro passo foi dado. A Ufla já distribuiu cultivares de mudas de marmelo a produtores dos municípios de Cambuí, Arantina, Marmelópolis, São João do Paraíso, Santo Antônio do Retiro e Montezuma.

Cada um dos produtores selecionados por extensionistas da Emater-MG, receberam em média um kit de 14 mudas de marmelo das variedades Portugal, Smyrna, Mendoza, Provence, Fuller, Pera e Alongada. “Alguns produtores receberam mais, pois têm áreas de plantio maiores”, ponderou o coordenador técnico regional de Fruticultura da Emater-MG, o engenheiro agrônomo Deny Sanábio.

Segundo o coordenador, toda a marmelocultura do estado mineiro está concentrada na produção da variedade Portugal, o que justifica o interesse em desenvolver novas cultivares da fruta. “Contar só com uma variedade traz risco para a atividade. Então de posse do desenvolvimento de novas variedades, a universidade nos procurou para testar o comportamento de outros tipos, em diferentes condições de clima, solo, e região”, explicou.

De acordo o coordenador, os produtores já estão preparando as covas para o plantio que deverá ocorrer até o final de julho ou começo de agosto. “Depois de preparadas, as covas devem ficar pelo menos um mês para curtir o adubo e esterco que foram colocados”, ressalta, acrescentando que “a produção de frutos deve ocorrer a partir do terceiro ano pós plantio, por se tratar de uma muda de desenvolvimento mais lento”.

Ainda segundo o engenheiro agrônomo, durante o período de crescimento das mudas, os tratos culturais serão mantidos pelos agricultores, sob a supervisão dos extensionistas. Os técnicos vão usar as unidades para promover dias de campo e outros eventos. “As propriedades deverão estar com a porteira aberta para fazermos visitas, acompanhamentos, anotações e levar outros produtores. As observações e demonstrações serão repassadas aos professores para análises e posterior envolvimento deles no processo. Vamos avaliar peso, rendimento e produtividade. Testar qual fruto tem o ponto e liga melhor para a fabricação de doce, uma vez que o marmelo tem, prioritariamente, essa finalidade”, informou.

Para o coordenador da Emater-MG, as unidades demonstrativas e de observação vão beneficiar todos os participantes da pesquisa. “O produtor vai receber as mudas, cuidar delas e a produção vai ser dele para comercializar. A universidade vai ganhar com a extensão, já que vamos testar em campo as variedades. E para o extensionista da Emater também vai ser bom, pois ele vai ter o respaldo dos resultados do experimento e assim poderá indicar o que for melhor para a formação de pomares na região.

Produção em Minas

Apesar do ponto de estagnação em que se encontra, a cultura do marmeleiro antecedeu em importância econômica à do café, constituindo o primeiro produto de exportação paulista, ainda nos tempos coloniais. Dados da Emater-MG, tendo por base a safra agrícola estimada para 2016, apontam que Minas Gerais tem uma produção anual de 339 toneladas de marmelo, ocupando uma área total de 47,5 hectares. A fruta tem como centro de origem o Oriente Médio, de clima temperado, e bastante exigente em tratos culturais. O plantio é feito por estacas enraizadas dos cultivares eleitos para exploração.

Os frutos raramente são consumidos in natura, sendo industrializados para a produção de marmelada, mas podendo ser usados em geleias, sopas, licores, xaropes e em pratos salgados finos. Um dos seus componentes do marmelo, a pectina, pode ser empregada em produtos farmacêutico e de perfumaria.

Outras frutas

Deny Sanábio explica ainda que o trabalho da Emater-MG e Ufla não vai ficar restrito ao cultivo do marmelo, mas também a outras frutas de clima temperado. “Iniciamos com o marmelo, mas nossa intenção é pesquisar outras cultivares. Já está combinado que os mesmos sete produtores que receberam as mudas de marmelo vão receber em novembro, mudas de pera. À medida que for tendo interesse dos pesquisadores e professores das universidades, a gente vai estendendo para outras culturas”, revela o coordenador da empresa mineira de extensão rural.

Fonte: Emater - RS

Fundecitrus e Fapesp fazem evento para celebrar queda do índice de CVC

O Fundecitrus realizou evento em conjunto com a Fapesp, na sede da fundação, nesta quarta-feira (13), em São Paulo, para celebrar a queda da incidência da Clorose Variegada dos Citros (CVC) e a influência dos projetos apoiados pelas duas instituições para o controle da doença.

O gerente geral do Fundecitrus Juliano Ayres falou sobre os impactos das pesquisas para conter o avanço das pragas e doenças que afetam a citricultura. E também apresentou os resultados do levantamento 2016 da CVC que mostraram que a doença se tornou secundária, com apenas 3,02% de plantas contaminadas no parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais, o que representa uma queda de mais de 50%, em relação ao ano passado.

“Esse resultado é fruto da eficiência dos nossos pesquisadores e do apoio da Fapesp que possibilitaram que uma doença, que já causou mais de 1 bilhão de prejuízos para o setor citrícola, se tornasse praticamente inexistente”, afirmou Ayres.

O diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, falou sobre a importância das parcerias entre os setores público e privado para que casos de sucesso, assim como o da CVC, sejam alcançados. “É de grande importância que as instituições privadas e públicas caminhem lado a lado no desenvolvimento de pesquisas. Um sinal desse sucesso é o resultado do levantamento que aponta a queda da doença e que mostra que a ciência pode fazer a diferença no mundo real”, disse Cruz.

O encontro também contou com a presença dos pesquisadores atuantes em projetos sobre a doença: Silvio Aparecido Lopes (Fundecitrus), Jesus Aparecido Ferro (FCAV/Unesp), João Roberto Spotti Lopes (Esalq/USP) e Bergamin Filho (Esalq/USP), que fizeram apresentações sobre os avanços no conhecimento para o controle da CVC.

Fonte: Fundecitrus

CVC atinge apenas 3% da citricultura


A doença Clorose Variegada dos Citros (CVC), também conhecida como “amarelinho”, considerada a maior ameaça da citricultura na década de 1990 está praticamente extinta dos pomares de laranja do maior parque citrícola do Brasil, que engloba 349 municípios de São Paulo e Minas Gerais. Segundo o Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura, a doença afeta apenas 3,02% das laranjeiras, o menor índice desde que o levantamento começou, em 1996.

A macrorregião Sul é a mais afetada, com 6,26% das plantas doentes, seguida da Noroeste com 5,04%. As regiões Centro e Norte têm, em média 2% de árvores com CVC e a região Sudoeste, a mais nova produtora do parque citrícola, tem apenas 0,16% de incidência. Esse e um caso emblemático de sucesso da parceria do setor público e privado que serve de exemplo para o controle de outras doenças de citros.

A CVC foi identificada pela primeira vez no mundo em pomares paulistas, em 1987, e chegou a atingir 43,8% das laranjeiras, em 2004. O total desconhecimento sobre a doença levou a erradicação de mais de 100 milhões de laranjeiras, desde o seu primeiro relato, e perdas de produção de mais 20% no período de 2000 e 2005, momento de pico da CVC, sendo responsável por mais de R$ 1 bilhão de prejuízos para a cadeia citrícola.

Muitos citricultores desistiram da atividade e pararam de plantar pelo medo de serem vencidos pela doença e muitos acreditaram no fim da competitividade da citricultura paulista. Todavia uma rede de pesquisa que agregou institutos nacionais e estrangeiros, apoiada pela Fapesp e Fundecitrus, resultou em um salto no conhecimento e o aprimoramento do manejo da CVC, o qual está fundamentado na adoção de mudas sadias, controle das cigarrinhas transmissoras da doença e na eliminação das plantas com sintomas. A incorporação desse novo modelo de controle pela maioria dos citricultores fez com que a intensidade da doença e sua importância caísse drasticamente nos últimos anos.

Prova disso está nos dados sobre a incidência da CVC nas diversas faixas etárias do pomar. Nos últimos anos, a doença vem regredindo em todas as idades de plantas, se tornando um problema secundário, mas ainda forte nos pomares mais velhos, acima de 10 anos, remanescentes da época do surgimento da doença. Foi nesta faixa etária que se observou a maior queda da taxa da doença, o que impactou no índice geral. A causa foi a erradicação das plantas doentes que já estavam velhas e com baixa produtividade e a substituição por pomares sadios plantados dentro de um novo modelo tecnológico de prevenção e manejo da doença.


Fonte: Fundecitrus

Presidente da Câmara Setorial fala sobre mudanças de lei para a citricultura em reunião com Ministro da Agricultura

Em reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, realizada na última quinta-feira (7), em Brasília, o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura, Lourival Carmo Monaco, também presidente do Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura, levou as principais demandas do setor citrícola ao Governo Federal. Todas estão relacionadas ao cancro cítrico e ao HLB (greening), as duas principais doenças da citricultura no Brasil.

Considerada a doença mais devastadora para a citricultura em todo mundo, o HLB é responsável pelo aumento do custo de produção e pela erradicação de 42,5 milhões de pés de citros em São Paulo (CDA, 2015) e pelo encolhimento do parque citrícola que no último ano perdeu 6% de sua área plantada. Atualmente, a doença está presente em 17% das plantas do estado.

As infecções de HLB praticamente dobraram no Paraná entre 2015 e 2016. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), nas regiões onde o índice de plantas contaminadas era de 5% em 2015, hoje é de 10%. Onde era de 9%, saltou para mais de 15%. A Adapar registrou nos cinco primeiros meses de 2016 mais notificações do que todo o ano de 2015. Desde 2007, o Paraná arrancou 1,75 milhões de árvores por causa da doença.

Em Minas Gerais, outro importante produtor de citros, sobretudo tangerinas, a doença foi identificada em 2005 e vem se espalhando por todas as regiões do Estado.

Em decorrência da importância da doença, o setor citrícola solicita ao Ministério da Agricultura atenção aos pomares abandonados, focos do inseto que transmite a bactéria causadora do HLB e uma legislação nacional que preconize ações de prevenção e controle em todo País.

Outra preocupação do setor é com o cancro cítrico, doença presente nos pomares da região Sul do País, e que tem avançado por São Paulo e Minas Gerais. Também já houve relatos no Mato Grosso do Sul, Roraima, Ceará, Maranhão e Goiás. É solicitado desde meados dos anos 2000, uma mudança na legislação, que permita aos citricultores cuidar melhor dos seus pomares.

A citricultura é uma das mais importantes cadeias agrícolas do Brasil, está presente em mais de 3 mil municípios e ocupa quase 800 mil hectares (IBGE, 2014).

Movimenta R$ 47,5 bilhões por ano e gera R$ 613 milhões em impostos para o País e gera exportações na ordem de US$ 2 bilhões. Além disso, tem uma importante contribuição social, sendo uma das culturas que mais emprega. Para se ter uma ideia, para cada pessoa necessária em um hectare de cana, são precisos quatro para a citricultura. Atualmente, a cadeia é responsável por 150 mil empregos diretos e indiretos.

São Paulo é o principal produtor de citros do País. O estado tem 460 mil hectares plantados, em 11 mil propriedades, espalhadas por 399 municípios. Somente de laranjeiras são 192 milhões de pés que este ano gerarão uma produção estimada em 245,8 milhões de caixas ou 11 mil toneladas da fruta. É responsável por 77% da produção nacional.

A cultura tem se espalhado por outras regiões do País e se tornado importante no Paraná, Rio Grande do Sul e crescido na Bahia, Sergipe e Minas Gerais.

Fonte: Fundecitrus

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Incidência do greening se mantém estável nos pomares, diz Fundecitrus

Levantamento aponta que 16,92% das laranjeiras estão contaminadas.
Na região de Descalvado (SP), ao menos 32% das plantas estão infectadas

A incidência de greening ou amarelão nos laranjais se manteve estável no último ano. Levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) aponta que 16,92% das laranjeiras (332,5 milhões de árvores) estão contaminadas, índice praticamente igual ao do ano passado (17,89%). Em cidades da região, como Descalvado, Porto Ferreira, Casa Branca e Limeira 32% das plantas estão infectadas. O trabalho de prevenção tem ajudado no controle.

Este é o primeiro ano que a doença se mostra estável desde que o levantamento foi iniciado, em 2008, nos pomares do parque citrícola, que englobam 349 municípios dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Para o gerente do Fundecitrus, Juliano Ayres, o citricultor está aperfeiçoando o controle, uma vez que conhecimento é incorporado aos poucos. “Outro fator importante é que neste último ano houve uma taxa de erradicação muito elevada, cerca de 22 mil hectares foram erradicados, próximo de 5% da área. Em grande parte, os lotes de plantas que tinham mais doenças, onde a incidência era maior”, explicou.

Folhas amarelas
O mosquito psilídeo transmite a bactéria que deixa as folhas amarelas e afeta o desenvolvimento dos pomares. “Ele vai reduzir o tamanho dos frutos. À medida que a doença se espalha pela copa da planta, em 3 anos essa planta vai produzir 75% a menos do que ela produziria se estivesse sadia”, disse o pesquisador Renato Bassanezi.

O pomar do citricultor Roberto Jank está carregado, mas os frutos não estão tão bonitos assim. A fazenda de 600 hectares em Descalvado tem 300 mil pés de laranja, entretanto, metade da plantação foi erradicada por causa do greening. “Esse é um pomar que poderia estar produzindo 1 milhão de caixas, mas a gente produz aproximadamente 700 mil caixas”, disse.

Para os citricultores, manter a doença estável é uma conquista, mas o desafio é reduzir os casos de amarelão. “Nós não temos cura para a doença e sim a única maneira é prevenir que a planta se infecte, para isso é preciso fazer um controle em toda a região”, disse o gerente do Fundecitrus.

Fonte: G1 

Melão e cenoura estão mais em conta, diz Ceagesp

Outros preços em baixa são laranja, gengibre, mamão e mandioca.
Melancia, uva niágara, goiaba vermelha e maçã estão mais caros.



A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) divulgou a lista de produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta nesta semana. Veja abaixo:

Preços em baixa
Manga tommy, mamão papaia, mamão formosa, tangerina poncam, melão amarelo, abacate margarida, carambola, laranja pera, laranja lima, jaca, coco verde, tomate carmem, batata doce rosada, beterraba, cenoura, gengibre, inhame, mandioca, abóbora moranga, repolho, acelga, nabo, cenoura com folha, salsa, cebolinha, milho verde, cebola nacional e canjica.

Preços estáveis
Laranja seleta, morango, banana nanica, atemoia, maracujá azedo, limão taiti, abacate fortuna, caju, lima da pérsia, acerola, graviola, cara, batata doce amarela, tomate pizzadoro, abóbora japonesa, abóbora paulista, pimenta americana, couve manteiga, beterraba com folha, coentro, brócolos comum, erva doce, alho porró, couve-flor, brócolis ninja, rúcula e batata lavada.

Preços em alta
Melancia, uva niágara, goiaba vermelha, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, abóbora seca, abobrinhas italiana e brasileira, pimentões vermelho e amarelo, chuchu, ervilha torta, quiabo liso, mandioquinha, vagem macarrão, alface crespa, alface lisa, alface americana, rabanete, espinafre, escarola, alho argentino e ovos.

Fonte: Globo Rural

Maracujás BRS avançam no mercado

Foto: Gustavo Porpino
De 2008 a 2015, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) disponibilizou ao mercado, diretamente ou por meio de seus licenciados, mais de 220 kg de sementes das cultivares BRS Gigante Amarelo (BRS GA1), BRS Sol do Cerrado (BRS SC1) e BRS Rubi do Cerrado (BRS RC). "Considerando que, em espaçamento convencional, 25 gramas de sementes com boa germinação são suficientes para plantio de 1 hectare, o volume de sementes das cultivares de maracujazeiro azedo da Embrapa comercializados são suficientes para plantar mais de 8.000 ha, cerca de 15% da área nacional cultivada com maracujá", destaca a pesquisadora Keize Pereira Junqueira, da Embrapa Produtos e Mercados (Brasília, DF).

Segundo Keize Junqueira, esses valores são significativamente altos no cenário brasileiro de produção de maracujás, dado que a maior parte das sementes utilizadas nos plantios ainda é de origem genética desconhecida ou proveniente de populações geradas a partir de pomares instalados com as cultivares da Embrapa e de outros obtentores.
O reaproveitamento de sementes de cultivos anteriores é uma das razões apontadas pelo pesquisador Fábio Faleiro, da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), para a queda de produção do maracujá, cultura com grande amplitude nos níveis de produtividade. Enquanto a média de produtividade nacional é de 14 toneladas por hectare/ano, alguns produtores conseguem colher 50 toneladas por hectare com utilização de cultivares BRS, manejo e controle fitossanitário adequados.

"Temos produtores de maracujá BRS tanto em Roraima quanto no Rio Grande do Sul", salienta Faleiro. Para a tecnologia alcançar tamanha abrangência geográfica, o trabalho começa antes mesmo das cultivares serem lançadas no mercado. O programa de melhoramento genético dos maracujás da Embrapa tem unidades de validação em todas as regiões do País. Já na etapa de comercialização do BRS GA1 e BRS SC1, os licenciados têm pontos de venda em Brasília (DF), Araguari (MG) e Monte Mor (SP), mas o escritório paulista tem revendas em diversos estados.

"O envolvimento do licenciado aumenta a capilaridade da tecnologia", destaca Faleiro. A capacidade da tecnologia se propagar é incrementada também pela logística de baixa complexidade para envio das sementes e por ser uma tecnologia capaz de viabilizar economicamente a produção em pequenas áreas.

Cultivo orgânico do BRS Pérola do Cerrado incrementa renda

Para pequenos produtores, como o casal Pedro Malaquias, 64, e Dorvalina Teresa Soares, 57, do Assentamento Oziel Alves III (Núcleo Rural Pipiripau – DF), o cultivo do maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado incrementou a renda e resgatou a esperança de seguir a vida como produtores rurais.

"Com dinheiro do maracujá, já pago a prestação do trator e da rotativa", comenta Malaquias, mineiro de Paracatu que chegou a Brasília (DF) em 1971 para trabalhar na construção civil. A vida no campo teve início em 1974, como tratorista na Fazenda São Miguel, em Cabeceira de Goiás (GO). Naquela época, possuir o próprio trator e ter um pedaço de terra era sonho distante.

"Em 1983, comecei a plantar feijão, quiabo e milho numa chácara em Padre Bernardo (GO), mas faltava assistência técnica e tinha dificuldades de comercialização", lembra. Malaquias ainda permaneceu na Chácara até 2011, quando resolveu mudar-se para o Assentamento, que agrega 170 propriedades em área total de 2200 hectares.

Com apoio da Emater-DF e da ONG WWF-Brasil, via projeto Água Brasil, fez capacitação em agroecologia e hoje a produção do maracujá é orgânica. "Começamos com 100 mudas do Pérola do Cerrado no final de 2014, uns oito meses depois começamos a colher e hoje já temos 200 mudas", conta Dorvalina. "Nunca fiz aplicação de defensivos no pomar", ressalta.

O pequeno pomar do casal rende 5 caixas de 20 kg por semana. A produção é integralmente comercializada a distribuidores de produtos orgânicos. A rusticidade do maracujá silvestre facilita o cultivo orgânico e, além da elevada resistência a pragas e doenças, o fruto é valorizado pelo mercado para consumo in natura. "Está bem procurado, às vezes até falta pra vender. Quero plantar mais 400 pés e chegar a 1000", planeja Malaquias.

Para o zootecnista Maximiliano Cardoso, extensionista da Emater-DF, a organização dos produtores do Assentamento e dos Núcleos Rurais Pipiripau e Taquara na Associação de Orgânicos resultou em diversos impactos positivos nas propriedades. Todas as quartas-feiras uma parcela do Assentamento recebe o grupo de 28 associados para trocas de experiências e tomadas de iniciativa conjuntas.

Como resultado do associativismo, os produtores compartilham boas práticas como o uso do gotejamento para economizar água, produção de bokashi e cama de frango para adubação orgânica, e maior interação com extensionistas da Emater. "Eles (produtores) não são acomodados e essa organização melhora a condição de vida de todos", ressalta a economista doméstica Vera Oni, técnica da Emater-DF.

Os extensionistas e pesquisadores concordam que casos de sucesso, como o do casal Malaquias, são resultado da junção da vocação e trabalho dos produtores com a extensão rural e a pesquisa. "A interação produtor, extensão rural e pesquisa resulta em ganhos de produtividade e benefícios sociais", destaca Faleiro.

Aquisição de terra própria

A produtora Lucilia Neres Evangelista, de Planaltina de Goiás (GO), uma das pioneiras na validação das cultivares de maracujá BRS, deixou de ser meeira há 5 anos. A base da renda familiar é o pomar com 15 mil pés de maracujá com cultivares BRS. 

"Quando comecei, não tinha nada. Meu primeiro pomar tinha 10 mil pés, mas como meeira. Mesmo vendendo barato, fui crescendo e juntei dinheiro para comprar terra própria", conta Lucilia.

Para aumentar a margem de lucro com a produção dos maracujás, a família Evangelista articula com a prefeitura a instalação de uma pequena agroindústria. "Pretendo vender polpa de maracujá. Meu sonho agora é ter minha agroindústria", comenta.

Onde encontrar sementes e mudas

As cultivares híbridas de maracujazeiro azedo da Embrapa já foram comercializadas em todos os estados do Brasil. De 2008 a 2015, o material mais vendido foi o BRS Gigante Amarelo, cultivar obtida pela Embrapa em parceria com a Universidade de Brasília. "A Bahia, estado com a maior produção de maracujá, foi uma das unidades da federação que mais adquiriram sementes da Embrapa e de seus licenciados", comenta Keize Junqueira.

A listagem dos produtores licenciados pela Embrapa para a produção de sementes e mudas das cultivares de maracujazeiro desenvolvidas pela Embrapa e parceiros está disponível em https://www.embrapa.br/produtos-e-mercado/maracuja.

Fonte: Embrapa

Embrapa vai desenvolver tecnologias em drones para uso no campo

A agricultura de precisão deve dar contribuições cada vez mais valiosas aos produtores para aumentar o rendimento das lavouras e reduzir o impacto ambiental. A avaliação foi feita pelo chefe do Serviço de Agricultura de Precisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fabrício Juntolli, ao destacar o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no desenvolvimento de tecnologias capazes de impulsionar ainda mais a atividade agrícola brasileira. Isso, acrescenta, vai tornar mais acessível, por exemplo, o uso de drones por pequenos e médios agricultores.

Uma das últimas iniciativas da Embrapa para apoiar a agricultura de precisão foi anunciada no fim do mês passado. Segundo Juntolli, a Embrapa Instrumentação, a Qualcomm Incorporated, por meio da iniciativa Qualcomm® Wireless Reach™, e o Instituto de Socioeconomia Solidária (ISES) vão colaborar para desenvolver tecnologias para drones destinados à agricultura. A parceria será executada por intermédio do Programa de Desenvolvimento de Tecnologias para o Uso de Drones em Agricultura de Precisão, coordenador na Unidade é o pesquisador Lúcio Jorge.

“Essa cooperação importante e deverá ter resultados significativos para o avanço do setor”, destaca Juntolli, que também é secretário da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão do Mapa. Segundo ele, o programa tem o objetivo demonstrar como essas soluções podem ser aplicadas para reduzir o impacto ambiental e aumentar a produtividade das culturas. “Essa parceria vai colaborar para a sustentabilidade e a competitividade da agropecuária brasileira.”

De acordo com a Embrapa Instrumentação, os sistemas de bordo desenvolvidos para os drones - que combinarão a expertise da Embrapa em agricultura, algoritmos de processamento de imagem ao processador Qualcomm® Snapdragon™ e avançadas tecnologias móveis - têm como missão coletar, processar, analisar e transmitir informações das lavouras em tempo real para os agricultores e agentes ambientais de todo o Brasil.

Os dados de inteligência serão usados para detectar com precisão as deficiências das culturas, ocorrência de pragas, escassez hídrica, déficit de nutrientes e danos ambientais. Estas funcionalidades permitirão que os agricultores tomem medidas precisas para, por exemplo, evitar o uso demasiado de defensivos agrícolas, excesso de fertilização, além de possibilitar a irrigação de campos secos, a fim de reduzir o impacto ambiental e ampliar a produtividade.

Após o desenvolvimento de sistemas de bordo para drones, o programa terá testes de campo com os dispositivos e uma avaliação para medir o seu impacto econômico e social. Com isso, ainda será possível comprovar que os drones podem permitir a adoção de medidas imediatas em favor do meio ambiente e negócios, reduzindo ainda a consequência negativa das mudanças climáticas.

*Com informações da Embrapa Instrumentação.

Abertas inscrições para reunião brasileira sobre controle biológico

A XII Reunião Brasileira sobre Controle Biológico de Doenças de Plantas e XVI Simpósio de Manejo de Doenças de Plantas têm como tema integrando técnicas para entregar resultados. Será de 18 a 20 de outubro de 2016, na Universidade Federal de Lavras (UFLA) , Lavras, MG, com palestrantes nacionais e internacionais que apresentarão diversos temas relacionados aos avanços no controle biológico de doenças de plantas. O coordenador do evento é o Professor Flávio Medeiros, do Departamento de Fitopatologia da UFLA.

Um dos organizadores, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) Wagner Bettiol, fará a palestra de abertura, sobre controle biológico na América Latina.

Conforme Bettiol, o evento é o mais importante na área realizado no Brasil e na América Latina, portanto, uma excelente oportunidade todos os envolvidos no agronegócio se inteirarem do enorme crescimento do setor no Brasil.

Outros temas irão abordar os desafios do controle biológico de doenças de plantas, registro e controle de qualidade de produtos à base de fungos, formulação de agentes de biocontrole, rizobactérias para promover o crescimento de plantas e controlar fitopatógenos, uso em larga escala de Pasteuria para controle de nematoides, controle biológico de patógenos de espécies florestais e de doenças pós colheita de frutíferas, estudos em microbiomas e ômicas de Trichoderma e seus frutos, modos de ação dos biocontroladores, além da apresentação dos estudos desenvolvidos no Brasil e no exterior, em diversos sessões de posteres.

No dia 21 de outubro, serão realizados cursos sobre controle de qualidade de produtos biológicos, tecnologias de aplicação de defensivos biológicos e macrofotografia.

Fonte: Embrapa

Setor agropecuário exportou US$ 45 bilhões no primeiro semestre, alta de 4%

Setor foi responsável por quase metade de todas as vendas externas brasileiras


As exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 45 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2015. É o terceiro melhor resultado da série histórica, que começou em 1997. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Outro destaque no levantamento da SRI é que o setor foi responsável por quase metade (49,9%) de todas as vendas externas brasileiras no período. Além disso, as exportações ultrapassaram as importações em US$ 38,91 bilhões, ou seja, houve superávit na balança comercial. “O agronegócio brasileiro demonstra mais uma vez a sua contribuição para a economia nacional”, diz o secretário da SRI, Odilson Silva.

O complexo soja continua liderando as exportações da temporada com US$ 17,23 bilhões, seguido de carnes (US$ 6,98 bilhões), produtos florestais (US$ 5 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 4,46 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (US$ 2,4 bilhões).
Os cinco principais setores somaram US$ 36 bilhões nas vendas externas. Este valor representa 80% do total exportado pelo agronegócio no primeiro semestre deste ano.

A China se manteve como principal destino dos produtos agropecuários brasileiros, alcançando US$ 13,56 bilhões no primeiro semestre de 2016. Outros países que contribuíram para o crescimento das exportações no período foram Japão, Coreia do Sul, Paquistão, Irã e Índia.

Resultado de junho

As exportações do agronegócio atingiram US$ 8,31 bilhões no mês passado. Este valor representou uma queda de 8,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os cinco principais setores foram complexo soja (44,1% de participação); carnes (15,7%); complexo sucroalcooleiro (12,3%); produtos florestais (10,2%); e café (4,3%), que somaram US$ 7,20 bilhões, 

A Ásia respondeu por 50,2% do valor total exportado pelo Brasil em junho de 2016 (US$ 4,18 bilhões.) A China foi responsável por um terço das vendas totais do agronegócio brasileiro no mês.

A SRI também divulgou resultado do acumulado dos últimos 12 meses (julho de 2015 a junho de 2016).

Veja aqui e aqui os dados completos.


Região Sul articula iniciativa para defesa fitossanitária das minor crops

A Faep (Federação da Agricultura do PR) encabeça uma iniciativa que visa levantar as reais demandas das chamadas “minor crops”, ou “Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente” (CSFI). Para isso, a entidade reuniu no Paraná representantes de empresas de frutas e hortaliças, órgãos de governo, institutos de pesquisa e federações da agricultura dos três estados da Região Sul do Brasil.

O principal problema verificado é a falta de registro de produtos para controle de pragas e doenças nas minor crops. “O papel do setor produtivo e dos profissionais da assistência técnica é identificar as demandas necessárias para o campo validadas pela pesquisa e encaminhar para a análise de registro pelas empresas”, explica a engenheira agrônoma Elisangeles de Souza, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da Faep.

“Essa é uma iniciativa pioneira. A ideia é utilizar o modelo do Paraná para levantar os dados de outros Estados. Precisamos saber quais são as prioridades do setor. O melhor é fazer a coisa conjunta, já que as culturas são semelhantes no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, observa o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura, Flores e Hortaliças da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) José Eduardo Costa. 

O modelo proposto foi desenvolvido pela Faep, que busca as demandas para pequenas culturas no Paraná e apresenta a realidade e a urgência de soluções aos órgãos registrantes, empresas fabricantes e instituições de pesquisa. O trabalho é realizado em parceria com a Emater, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Agência de Defesa Sanitária do Paraná (Adapar), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-PR), Frutipar, Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (Feap), Ocepar e Embrapa, além de diversas associações de produtores. “O sucesso dessa empreitada está baseada nas boas parcerias que construímos”, observa Elisangeles.

A falta de defensivos (ou mesmo as poucas opções registradas) para as CSFI ocasionam o uso irregular de outros agroquímicos. Em 2014 foi publicada uma Instrução Normativa Conjunta (INC nº1/2014) permitindo usar produtos de culturas representativas (como o tomate, por exemplo, que possui produtos registrados) para as demais culturas que apresentam as mesmas características botânicas, alimentares e fitotécnicas. 

No entanto, para que isso aconteça, “é necessário que a empresa fabricante apresente primeiramente ao Mapa o requerimento de solicitação dessa extrapolação. A empresa nesse momento assina um termo de ajuste para realização de estudos de resíduos durante um prazo de 24 meses para o estabelecimento do LMR (Limite Máximo de Resíduos)”, explica a Faep.

“Esse é um trabalho dos mais importantes, pois está tirando os produtores da ilegalidade”, observa Moisés Lopes de Albuquerque, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM).

Fonte:Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

Recadastro vitícola deve ser realizado até outubro


Viticultores do RS devem informar os dados da produção via internet ou em entidades como sindicatos e Emater, no prazo estipulado, ou poderão ser autuados



Os viticultores do Rio Grande do Sul têm até o mês de outubro para fazer o recadastramento vitícola. Realizado anualmente, o preenchimento dos dados do Cadastro Vitícola é obrigatório para todos os produtores de uva gaúchos. A atualização dos dados pode ser feita via internet, solicitando uma senha por e-mail para cnpuv.cadastroviticola@embrapa.br, ou em entidades parceiras, como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicatos Patronais, Emater, entre outras. Para o recadastro, assim como nos anos anteriores, são necessários os seguintes dados: CPF, inscrição estadual de todos os compradores de uva da propriedade e o formulário dos parreirais, que foi repassado ao produtor em 2015, para ser preenchido durante a colheita, com as informações de produção de uva de cada vinhedo.

"Nenhuma empresa produtora de vinhos e derivados da uva do Rio Grande do Sul poderá comprar matéria-prima de produtores que não declararam a safra do ano anterior da colheita. Assim, para vender a produção em 2017, o viticultor deverá ter prestado as informações da safra de 2016", reforça Loiva Maria Ribeiro de Mello, coordenadora do Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul e pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho. Ela aponta que, apesar dessa obrigatoriedade, cerca de 1.600 produtores não se recadastraram em 2015, o equivalente a mais de 10% das propriedades vitícolas do estado. "Nesse universo há produtores que deixaram de produzir mas também há produtores que venderam uvas para processamento na safra de 2016. Tanto os viticultores quanto as empresas compradoras poderão ser autuados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul", alerta Loiva.

Aos viticultores que pararam de produzir uva, Loiva recomenda que desativem o cadastro comparecendo aos locais de recadastramento ou solicitando a baixa por e-mail (cnpuv.cadastroviticola@embrapa.br). "O cadastro vitícola é importante para a fiscalização, políticas públicas e desenvolvimento da vitivinicultura. Seu benefício cresce à medida em que todos os viticultores prestarem as informações corretas", acredita.

Após prestar as informações, o produtor receberá o comprovante do recadastramento, útil para diversas finalidades, e um formulário com detalhamento dos parreirais, para ser preenchido pelo próprio viticultor na próxima colheita. Para mais detalhes, o usuário pode acessar o manual do cadastro vitícola e o manual de utilização de polígonos, disponíveis em http://cadastro.cnpuv.embrapa.br ou ligar para (54) 3455-8076.

O Cadastro Vitícola, coordenado pela Embrapa Uva e Vinho, é um instrumento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que envolve a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), entidades de classe, Emater e produtores de uva.

Fonte: Embrapa Uva e Vinho

terça-feira, 12 de julho de 2016

Setor agropecuário exportou US$ 45 bilhões no primeiro semestre, alta de 4%

As exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 45 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2015. É o terceiro melhor resultado da série histórica, que começou em 1997. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Outro destaque no levantamento da SRI é que o setor foi responsável por quase metade (49,9%) de todas as vendas externas brasileiras no período. Além disso, as exportações ultrapassaram as importações em US$ 38,91 bilhões, ou seja, houve superávit na balança comercial. “O agronegócio brasileiro demonstra mais uma vez a sua contribuição para a economia nacional”, diz o secretário da SRI, Odilson Silva.

O complexo soja continua liderando as exportações da temporada com US$ 17,23 bilhões, seguido de carnes (US$ 6,98 bilhões), produtos florestais (US$ 5 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 4,46 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (US$ 2,4 bilhões).
Os cinco principais setores somaram US$ 36 bilhões nas vendas externas. Este valor representa 80% do total exportado pelo agronegócio no primeiro semestre deste ano.

A China se manteve como principal destino dos produtos agropecuários brasileiros, alcançando US$ 13,56 bilhões no primeiro semestre de 2016. Outros países que contribuíram para o crescimento das exportações no período foram Japão, Coreia do Sul, Paquistão, Irã e Índia.

Resultado de junho

As exportações do agronegócio atingiram US$ 8,31 bilhões no mês passado. Este valor representou uma queda de 8,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os cinco principais setores foram complexo soja (44,1% de participação); carnes (15,7%); complexo sucroalcooleiro (12,3%); produtos florestais (10,2%); e café (4,3%), que somaram US$ 7,20 bilhões,

A Ásia respondeu por 50,2% do valor total exportado pelo Brasil em junho de 2016 (US$ 4,18 bilhões.) A China foi responsável por um terço das vendas totais do agronegócio brasileiro no mês.

A SRI também divulgou resultado do acumulado dos últimos 12 meses (julho de 2015 a junho de 2016).

Veja aqui e aqui os dados completos.

FAPESP e Fundecitrus debatem resultados de pesquisas na citricultura

A trajetória das pesquisas que levaram à ampliação do conhecimento sobre a Clorose Variegada dos Citros (CVC), conhecida como praga do amarelinho, e seu efetivo controle nas plantações de laranjas do Estado de São Paulo serão tema de um encontro promovido pela FAPESP em parceira com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) na quarta-feira, 13/07, na sede da Fundação, em São Paulo.

No evento, pesquisadores vão debater o papel das pesquisas no controle biológico da praga nos laranjais, desde o projeto Genoma FAPESP, que decodificou a Xylella fastidiosa, bactéria causadora da CVC, até a aplicação do conhecimento produzido nessas e em outras pesquisas, que resultou no controle da doença.

Os resultados do projeto Genoma FAPESP, concluído em 2000 com a participação de aproximadamente 200 pesquisadores de diferentes universidades e centros de pesquisa, estarão na pauta do encontro, assim como a sequência de pesquisas realizadas nos últimos 15 anos, em instituições públicas e privadas, algumas em parceria com outros países, também farão parte das apresentações.

Durante o evento serão divulgados números atualizados da incidência da CVC em São Paulo – responsável no passado por afetar quase a metade dos pomares e colocar em risco a produção da citricultura paulista, uma das mais importantes do agronegócio brasileiro – obtidos a partir das pesquisas relacionados ao controle da doença, bem como suas implicações econômicas sobre a produção nos últimos anos.

Os participantes vão traçar ainda um panorama dos mecanismos de financiamento de pesquisas relacionadas a diferentes temas na citricultura, dos conhecimentos obtidos por essas pesquisas e sua aplicação no campo, que levaram a uma radical mudança nas técnicas de produção de mudas, por meio da difusão de tecnologia adequada, além de influenciar a legislação reguladora do setor.

Seu alcance em políticas públicas, sobre o controle dos vetores e o tratamento de doenças nas plantas, bem como sua abrangência ao padrão de produtividade dos laranjais também serão discutidos, assim como o intercâmbio de informações entre diferentes grupos de pesquisa, incluindo o acesso ao conhecimento produzido.

A abertura do evento será feita por José Goldemberg, presidente da FAPESP, e Lourival Monaco, presidente do Fundecitrus. A programação completa pode ser vista em www.fapesp.br/10338. Para se inscrever no evento, gratuito, basta acessar o endereço www.fapesp.br/eventos/citrus/inscricao.

O impacto da pesquisa apoiada pela FAPESP e Fundecitrus no controle da Clorose Variegada dos Citros na citricultura paulista

Data e horário: 13 de julho, das 10h00 às 12h00

Local: FAPESP - Rua Pio XI, 1500 - Alto da Lapa - São Paulo

Inscrições para o evento: www.fapesp.br/eventos/citrus/inscricao

Programação: www.fapesp.br/10338

MG: Aumentou a participação do agronegócio nas exportações

As exportações do agronegócio de Minas Gerais somaram US$ 3,49 bilhões no primeiro semestre de 2016, resultando em uma queda de 4,8% no período. Em volume, foi verificada alta de 28,9%, com o embarque de 4,79 milhões de toneladas de produto oriundo da atividade agropecuária.

Apesar da redução no faturamento, a participação do agronegócio nas exportações totais do Estado cresceu, passando de uma representatividade de 33,3%, no primeiro semestre de 2015, para 34,8%. O setor também é responsável por 48,76% do saldo da balança comercial de Minas. Os dados são da Seapa (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Entre janeiro e junho, as importações do setor agropecuário cresceram 2,14% em faturamento e 14,29% em volume, que ficaram em US$ 234,4 milhões e 196,4 mil toneladas, respectivamente. Com o resultado, a balança comercial do agronegócio de Minas Gerais gerou um superávit de US$ 3,2 bilhões, valor 5,24% inferior ao obtido em igual período do ano anterior. O saldo em volume foi de 4,57 milhões de toneladas, alta de 26,63%.

O superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, destaca que o saldo gerado pelo agronegócio é significativo para o Estado, respondendo por 48,76% do superávit total, que ficou em US$ 6,67 bilhões.

“O que podemos destacar de positivo é o aumento da participação dos produtos do agronegócio na pauta exportadora do Estado, que atingiu 34,8% das exportações totais. Outro fator é que estamos com um saldo positivo na balança do setor de US$ 3,2 bilhões. Se olharmos o saldo total das exportações de Minas, metade do valor é proveniente do agronegócio. Isto mostrando a importância do setor no atual momento econômico”.

De acordo com o levantamento da Seapa, as exportações de café, principal produto da pauta exportadora do agronegócio, recuaram expressivos 19% no faturamento, encerrando o primeiro semestre com US$ 1,5 bilhão, ante o valor de US$ 1,86 bilhão.

A retração no faturamento ocorreu devido ao menor preço pago pela tonelada do grão. Enquanto o preço médio praticado ao longo dos primeiros seis meses de 2015 foi de US$ 3,32 mil, neste ano, o valor recuou para US$ 2,49, valor 25% menor. Em volume, as exportações de café cresceram 6,9%, com a destinação de 604 mil toneladas do produto ao mercado internacional.

Segundo Albanez, com a queda no faturamento, a participação do café na pauta exportadora do agronegócio ficou abaixo de 50%. Entre janeiro e junho o produto foi responsável por 43,2% dos embarques do setor.

“Observamos a redução da participação do café ao longo do primeiro semestre. Em contrapartida, houve crescimento do complexo soja”, disse Albanez.

As exportações do complexo soja responderam por 20,1% dos embarques totais do agronegócio mineiro. Antes a representatividade ficava em torno de 15%. O faturamento, US$ 703 milhões, cresceu 22,6%. O volume destinado ao mercado internacional foi ampliado em 36,2%, somando 1,9 milhão de toneladas comercializadas.

“A valorização do dólar fez com que os embarques ficassem mais atraentes. Além disso, houve queda na produção americana e argentina de soja, fazendo com que a China entrasse no mercado, abrindo oportunidade de ampliação das exportações de Minas Gerais”, comentou o representante da Seapa.

Somente a soja em grão movimentou US$ 663 milhões com a exportação de 1,85 milhão de toneladas, variação positiva de 29,2% e 41%, respectivamente.

Carnes

As exportações do grupo das carnes cresceram 6,7% em valor e 16,1% em volume, movimentando US$ 407,9 milhões com a exportação de 192,5 mil toneladas.

O volume de carne bovina exportada aumentou 18,6% sendo destinadas ao mercado internacional 52,6 mil toneladas. O faturamento ficou em US$ 198,8, alta de 11,5%.

O desempenho da carne suína também foi positivo. Foram exportadas 11 mil toneladas do produto, o que gerou receita de US$ 18,8 milhões, alta de 73,5% e 36,2%, respectivamente.

Destaque também para as negociações de carne de peru. Os dados mostram um avanço de 4,3% em faturamento, US$ 22,6 milhões, e de 1,3% em volume, 9 mil toneladas.

Já o faturamento dos embarques de carne de frango recuaram 0,9% com a movimentação de US$ 158,3 milhões. Ao todo foram 115,8 mil toneladas de carne de frango exportada, variação positiva de 12,7%.

Preço das hortaliças caiu 9,1% e, das frutas, 12,4%

O preço médio das hortaliças (legumes e verduras) caiu 9,1% em junho no comparativo com maio, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Já a redução do preço das frutas foi de 12,4%. Os preços menores foram influenciados, em geral, pela queda na demanda de alguns produtos, em razão de temperaturas mais baixas. Na trajetória inversa, o preço de ovos ficou 13,2% maior, como resultado, entre outros fatores, do consumo mais elevado.

Os produtos que mais contribuíram para a redução do preço médio do grupo das hortaliças foram a cebola, com queda de 40,8%; cenoura (-34,9%); moranga (-22,6%); couve-flor (-22%) e repolho (-4,6%). A queda expressiva do preço da cebola foi influencia pela menor participação da variedade importada, principalmente da Argentina, o que foi acompanhado pelo aumento da oferta nacional.

Entre as hortaliças com altas de preços, estão a abobrinha italiana (36,8%); pepino (10,6%); milho verde (8,2%); berinjela (7,1%) e chuchu (3,1%). Os aumentos, de forma geral, estão ligados ao desenvolvimento mais lento desses produtos na lavoura, por causa das temperaturas mais baixas, o que acabou reduzindo a oferta no entreposto. A maior procura de compradores de estados como São Paulo e os da Região Sul do País também acabou pressionando o preço dessas hortaliças.

Frutas

Entre as frutas, os produtos que mais contribuíram para a redução geral do grupo foram os mamões formosa, que ficou 43,2% mais barato, e o havaí (-42,7%). Também caíram de preço a banana prata (-28,8%); a tangerina ponkan (-16,3%); o melão (-15,3%); e a melancia (-3,8%).

Das frutas que apresentam altas de preços, os destaques foram o abacate (24,8%); banana nanica (22,6%); goiaba (14,1%) e maçã (6,2%).

O consumidor pode ficar atento à situação da banana nanica, pois, apesar de a fruta ter ficado com o preço maior que em maio, sendo cotada a R$ 1,14/kg no atacado, ainda é uma boa alternativa à variedade prata (R$ 1,66/kg).

Também servem como dicas de consumo com bons preços para o consumidor em julho as verduras em geral, além de beterraba, mandioca, tomate, abacaxi, laranja e limão tahiti. 

Receita do setor de milho cresceu 1.141%

O milho foi outro produto que manteve o desempenho favorável no semestre.O cereal acumula alta de 1.141% em faturamento, US$ 21,48 milhões, e de 1.242% em volume, com a exportação de 120,21 mil toneladas.

Segundo Albanez, com a quebra de safra e os preços atraentes no mercado interno, as exportações de milho perderam ritmo em maio e junho, o que favorece os produtores de proteína animal que dependem do cereal para manter a produção e estavam trabalhando a custos muito elevados em função da escassez do cereal.

“O milho apresentou um crescimento expressivo de volume até abril, mas em maio e junho as exportações ocorreram de forma pouco significativa em Minas Gerais. O interessante é que o País também não exportou em maio e junho. Isto devido aos preços no mercado interno, que estão mais atrativos, e à demanda aquecida”.

De acordo com os dados do Mdic (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), em junho, Minas Gerais não exportou milho. O último mês que registrou negócios com o mercado internacional foi maio, quando foram embarcados 120 quilos do produto. Em abril foram feitas as últimas exportações de volumes significativos. No mês foram movimentados US$ 1,4 milhão, com o embarque de 4,23 mil toneladas do cereal.

Exportações do agronegócio atingem 75% do total comercializado pelo RS

O mês de junho fechou como sendo o de maior participação do agronegócio nas exportações gaúchas. O US$ 1,353 bilhão proveniente do setor representa 75% do total comercializado pelo Rio Grande do Sul. No total foram exportadas 2,550 milhões de toneladas, com um saldo na Balança Comercial de US$ 1,280 bilhão. As informações estão no Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio do RS, divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, há um incremento de 10,8% no valor exportado. Este é o segundo mês consecutivo com registro de resultado positivo na relação entre 2015 e 2016. Os principais responsáveis pelo crescimento foram os grupos Complexo Soja, com aumento de 9,4% no valor e 6,5% no volume exportado e Produtos Florestais, com aumento de 199% no valor e 277% no volume exportado.

O bom momento das exportações do agronegócio gaúcho pode ser conferido no crescimento de 1,65% no valor comercializado na comparação entre maio e junho de 2016. Ele vem na sequência de um aumento de 46,6% na relação entre abril e maio. O resultado positivo no final do primeiro semestre ajudou a amenizar a queda nas vendas, que fecharam os seis primeiros meses do ano em -2,2%, em relação ao mesmo período de 2015. No mês de abril essa diferença era de -14,8%

A China mantém a posição de grande comprador do agronegócio gaúcho, com 36,2% do total comercializado. A soja é o principal produto exportado para o país asiático. Na sequência vem os Estados Unidos, com 4,9%, e a Coréia do Sul, com 3,4%. Nas importações a Argentina é o principal fornecedor, com 36%, seguido pelo Uruguai, com 25%. O Chile, com 8,2% de participação, ultrapassou o Paraguai e é o terceiro maior vendedor para o estado.