quarta-feira, 13 de julho de 2016

Incidência do greening se mantém estável nos pomares, diz Fundecitrus

Levantamento aponta que 16,92% das laranjeiras estão contaminadas.
Na região de Descalvado (SP), ao menos 32% das plantas estão infectadas

A incidência de greening ou amarelão nos laranjais se manteve estável no último ano. Levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) aponta que 16,92% das laranjeiras (332,5 milhões de árvores) estão contaminadas, índice praticamente igual ao do ano passado (17,89%). Em cidades da região, como Descalvado, Porto Ferreira, Casa Branca e Limeira 32% das plantas estão infectadas. O trabalho de prevenção tem ajudado no controle.

Este é o primeiro ano que a doença se mostra estável desde que o levantamento foi iniciado, em 2008, nos pomares do parque citrícola, que englobam 349 municípios dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Para o gerente do Fundecitrus, Juliano Ayres, o citricultor está aperfeiçoando o controle, uma vez que conhecimento é incorporado aos poucos. “Outro fator importante é que neste último ano houve uma taxa de erradicação muito elevada, cerca de 22 mil hectares foram erradicados, próximo de 5% da área. Em grande parte, os lotes de plantas que tinham mais doenças, onde a incidência era maior”, explicou.

Folhas amarelas
O mosquito psilídeo transmite a bactéria que deixa as folhas amarelas e afeta o desenvolvimento dos pomares. “Ele vai reduzir o tamanho dos frutos. À medida que a doença se espalha pela copa da planta, em 3 anos essa planta vai produzir 75% a menos do que ela produziria se estivesse sadia”, disse o pesquisador Renato Bassanezi.

O pomar do citricultor Roberto Jank está carregado, mas os frutos não estão tão bonitos assim. A fazenda de 600 hectares em Descalvado tem 300 mil pés de laranja, entretanto, metade da plantação foi erradicada por causa do greening. “Esse é um pomar que poderia estar produzindo 1 milhão de caixas, mas a gente produz aproximadamente 700 mil caixas”, disse.

Para os citricultores, manter a doença estável é uma conquista, mas o desafio é reduzir os casos de amarelão. “Nós não temos cura para a doença e sim a única maneira é prevenir que a planta se infecte, para isso é preciso fazer um controle em toda a região”, disse o gerente do Fundecitrus.

Fonte: G1 

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