quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Pesquisadores criam jujuba saudável em laboratório pernambucano, a partir de frutas



Guloseima “daquele jeito”: doce, colorida, com textura “de tudo que não presta” e, de quebra, saudável. Não parece fazer sentido? Pois esse foi o desafio de uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que não apenas desenvolveu uma espécie de jujuba saudável – claro, sem aquela cobertura de açúcares – como atingiu o feito aplicando sabor às “balas” a partir de frutas do semiárido nordestino.

O alimento foi desenvolvido no laboratório do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, do Departamento de Ciências Domésticas da UFRPE.

A chamada “fruta estruturada” é produzida (e tem sabor) da seriguela, do cajá e da acerola, frutas-base que emprestam cor, aroma e sabor ao alimento. Rica em nutrientes e vitaminas, em especial a C, a guloseima passa longe de ser comparada às balas industrializadas, mas podem ser produzidas em larga escala.

“Aproveitamos as frutas presentes no semiárido para a produção dessas balas. É uma forma de utilizar o potencial de nossa região. Aquelas feitas do cajá e da seriguela ainda recebem um reforço de ácido ascórbico (vitamina C)”, ressalta a professora Maria Inês Sucupira Maciel, que também já produziu as jujubas nos sabores uva, goiaba e manga – todas sem conservantes artificiais e com baixo teor de açúcares.


Foto: Divulgação 

“Nossa preocupação é em pesquisar as frutas da região, entender o valor nutritivo delas e tentar repassar para a população em forma de educação alimentar. O que estamos desenvolvendo é um tipo de produto à base de frutas regionais, nutritivo e saudável, porém não sei se vai ser aceito pela maioria das pessoas. Acaba sendo procurado por um nicho, que se preocupa com a dieta e o consumo consciente”, avalia a pesquisadora.

Aminoagro apresenta tecnologias para uma uva com mais sabor e aroma na 1ª Tecnovitis



Foto: Divulgação Agrolink
A Aminoagro, indústria de fertilizantes, participa da 1ª Tecnovitis, que acontece em Bento Gonçalves no período de 2 a 4 dezembro. A empresa vai apresentar aos vinicultores que visitarem o evento como a tecnologia aplicada no momento certo pode resultar em uvas de melhor qualidade para a fabricação do vinho. Os visitantes poderão verificar os resultados em um canteiro dentro do evento, observando as videiras que foram tratadas em um campo experimental e com isso se desenvolveram melhor.

Esses resultados são possíveis graças ao Programa Construindo Plantas (PCP), no qual são feitas recomendações para melhor desenvolvimento da cultura e nutrição correta da planta em todas as etapas. "Uma planta bem nutrida terá mais qualidade e poderá imprimir maior sabor, aroma e outras características importantes à uva para produção do vinho", afirma o presidente da Aminoagro, José Ovídio Bessa.

A cidade de Bento Gonçalves está no maior centro produtor de vinhos do país, com tradição de mais de um século e variedade de vinícolas, com volumes de produção que vão de menos de 10 mil a até 5 milhões de garrafas por ano e vinhedos de cinco a quase 600 hectares. As espécies que melhor se adaptaram ao clima e solo foram as tintas cabernet sauvignon, cabernet franc, merlot e tannat, e as brancas gewurtzraminer e chardonnay.

A 1ª Tecnovitis é uma iniciativa do Sindicato Rural da Serra Gaúcha para demonstração de técnicas, equipamentos e produtos, reunindo produtores, fornecedores e profissionais. Durante três dias os produtores de uvas para vinho, sucos, uvas para mesa e espumantes, poderão ter contato com novas tecnologias, equipamentos e produtos da viticultura, através de palestras, demonstrações técnicas a campo, exposição e feira.

Agenda

Aminoagro na Tecnovitis 2015
Data: 2 a 4 de dezembro de 2015
Local: Sede da Comunidade do 8 da Graciema, Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves (RS)

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Inovação biotecnológica reduz custos de produção no campo

Para minimizar os custos e o uso de agroquímicos, engenheiro agrônomo produz e vende vespas que agem como defensoras da lavoura


(Foto: Divulgação/BUG)
Os defensivos agrícolas representam um importante componente nos custos dos produtores rurais no Brasil.Para se ter uma ideia, só nos últimos dez anos, o preço de químicos usados para combater doenças na lavoura aumentou cerca 70%. Buscando alternativas para driblar esta despesa, o engenheiro agrônomo Diogo Rodrigues Carvalho, fundador da BUG Agentes Biológicos, criou uma tecnologia eficiente, baseada no controle biológico, para minimizar a incidência de pragas na lavoura.

A empresa, que fica em Piracicaba, no interior de São Paulo, produz e comercializa vespas habituadas a ingerir parasitas que afetam as principais culturas do país. “No cultivo da cana-de-açúcar, o produto consegue reduzir os índices de infestação da praga em até 1%”, afirma Carvalho.

“Nosso controle não substitui totalmente a aplicação do inseticida, mas vai diminuindo sua força com o tempo e permite que o produtor controle o tamanho da população de lagartas”, diz ele. A empresa conseguiu reduzir em 60% o uso de agrotóxicos em duas áreas de teste em campos de soja na região de Balsas, no interior do Maranhão.

Hoje, a BUG trata cerca de 6 000 hectares por dia. A tecnologia desenvolvida pela empresa é aplicada nas principais culturas do país, como cana-de-açúcar, soja, milho e feijão. Também é utilizada em lavouras de tomate, melão, maracujá e abacate. “Por causa da mecanização e da automatização de algumas etapas, conseguimos produzir em larga escala e fazer com que o produto chegue com custo acessível para nossos clientes”, afirma Carvalho.

A BUG desenvolveu um sistema de controle de qualidade na produção dos insetos. “Avaliamos características como capacidade de voo, eclosão, peso de pupas e porcentagem de deformação”, diz Carvalho. Também são introduzidos periodicamente indivíduos selvagens na criação de laboratório, com o objetivo de aumentar a variabilidade genética das populações.

Com uma produção de 91 bilhões de insetos por ano, a BUG foi eleita a mais inovadora do Brasil pela revista americana Fast Company em 2012. “Com o produto, a produtividade no campo tem um grande crescimento e os custos com controle de pragas caem consideravelmente”, diz Carvalho.

Fonte: Globo Rural

Empresa cria apólice para grandes fazendeiros que produzem insumos

Produto foca quem menos precisa de subvenção, com a intenção de reduzir efeitos do corte no subsídio para a receita da empresa

A empresa de seguros Allianz espera contabilizar pelo menos R$ 50 milhões em contratos no primeiro ano de negociações de sua nova apólice, que se completa no final de 2016. O produto é voltado para grandes propriedades rurais e empresas como avícolas, desde que tenham produção própria de insumos agrícolas para a ração. 

Desenvolvido pela equipe internacional, o produto éexclusivo para o mercado brasileiro, onde a empresa espera fortalecer as relações em um mercado que “acaba não sendo bem atendido”, explica o diretor de Negócios Corporativos, Igor Di Beo.

Na prática, o que a companhia está lançando é um seguro de custeio de safra, a modalidade mais comum. A diferença, diz Di Beo, é que a referência de cálculo de risco e custo da apólice leva em conta o histórico de produtividade da propriedade e não os índices oficiais, feitos por região. “Há uma base de dados consistentes. Há propriedades com até 30 anos de registros”, afirma.

Outra particularidade é que, se um agricultor ou empresa tiver propriedades em regiões diferentes, pode ser feita uma única apólice que inclua todas. Segundo ele, as condições diversas de rendimento no campo são ponderadas, com as de maior produtividade “compensando” as de menor. “Quando mais estável for a produção, melhor o nível de risco e de custo porque a gente consegue correlacionar”, explica.

Quando foca na grande produção, a intenção da seguradora é ganhar espaço em uma clientela que, de acordo com o diretor de Negócios Corporativos, é menos dependente de subvenção do seguro rural. E, desta forma, reduzir os efeitos de cortes no orçamento do governo para o apoio à proteção de risco na receita da seguradora. “Vai ser um ano difícil em termos de subvenção. Por isso a gente que diversificar o nosso portfólio”, ressalta.

Em todo o mundo, a carteira de seguros da multinacional é de 300 milhões de euros, que equivalem a aproximadamente R$ 1,23 bilhão. Os principais mercados são Alemanha e países da região central da Europa. No Brasil, a participação no total da companhia ainda é pequena. A expectativa de faturamento para este ano é de R$ 50 milhões no total. Mas a perspectiva é de fortalecer a atuação no segmento, especialmente na grande produção.

Fonte: Globo Rural

Embrapa promove o 19º Curso de Controle Biológico de Pragas

Objetivo é capacitar estudantes de pós-graduação e profissionais em técnicas sustentáveis que atendem a um mercado crescente no Brasil.


Foto: Claudio Bezerra
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, promove no período de 07 a 18 de dezembro de 2015, em Brasília, DF, o 19º Curso de Controle Biológico de Pragas. O Curso é voltado a estudantes de pós-graduação e profissionais das áreas de agronomia, biologia e outras afins e tem como objetivo capacitar os participantes no conhecimento de agentes de controle biológico e sua aplicação contra pragas agrícolas e insetos vetores de doenças tropicais. Estão sendo oferecidas 20 vagas e as inscrições podem ser feitas na página da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (https://www.embrapa.br/recursos-geneticos-e-biotecnologia/curso-de-controle-biologico-de-pragas) até o dia 21 de novembro de 2015.

O controle biológico tem como objetivo controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais. É um método de controle racional e sadio, pois se baseia no estudo da relação entre os seres vivos no meio ambiente, que é reproduzida pelos cientistas em condições experimentais.

Esses inimigos naturais podem ser outros insetos benéficos, predadores, parasitóides, e microrganismos, como fungos, vírus e bactérias, específicos para controlar os insetos-alvo. O objetivo final das pesquisas é usá-los no desenvolvimento de produtos biológicos que não deixam resíduos nos alimentos e são inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população.

O conteúdo programático do 19º Curso de Controle Biológico de Pragas inclui conhecimentos teóricos, como: bases ecológicas do controle biológico; criação e variabilidade genética de insetos; ecologia molecular como uma ferramenta para o controle de pragas; legislação de acesso a agentes de controle biológico; além de segurança e regulamentação de agentes microbiológicos para controle de pragas, entre muitos outros.

Como práticas demonstrativas, destacam-se: técnicas de isolamento, preservação e identificação morfológica de agentes de controle biológico; análises sobre aspectos biológicos e comportamentais, entre outras.

Curso será ministrado por instrutores da Embrapa, universidades e empresas

O corpo docente do Curso é formado por pesquisadores e professores de três unidades de pesquisa da Embrapa no Distrito Federal - Recursos Genéticos e Biotecnologia, Hortaliças e Cerrados -, Instituto Matogrossense do Algodão (IMAmt), Universidade de Brasília (UnB), Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a coordenadora do curso, a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Rose Monnerat, o desenvolvimento e uso de produtos biológicos para controle de pragas e doenças vêm aumentando muito no Brasil, especialmente para atender às demandas da sociedade atual, que é cada vez mais exigente em relação à utilização de produtos saudáveis e alimentos livres de resíduos de agrotóxicos. "Por isso, é importante que os profissionais e estudantes que atuam nesse campo conheçam os aspectos teóricos e práticos envolvidos na formulação e utilização de produtos biológicos", destaca a pesquisadora.

Para se inscrever no 19º Curso de Controle Biológico de Pragas clique aqui Mais informações pelo e-mail: cenargen.cursos@embrapa.br


Fonte: Fernanda Diniz (DRT/DF 4685/89) 
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia 
fernanda.diniz@embrapa.br 
Telefone: 61 3448-4768

Ceará deverá exportar US$ 100 milhões em frutas durante este ano

“A exportação de frutas do Ceará, em 2014, chegou a US$ 117 milhões e este ano, se chegar a US$ 100 milhões, estará de bom tamanho”. A expectativa é secretário adjunto da Pesca, Aquicultura e Agricultura, Euvaldo Bringel, que viajou a Brasília onde foi participar de reunião no Ministério da Integração Nacional. Ele observou que esse valor de US$ 100 milhões, se chegar a acontecer, é devido ao valor do dólar – quase R$ 4,00 – porque, do contrário, pode ser menor ainda. Bringel informou que, no ano passado, o Ceará teve R$ 1,6 bilhão de agricultura irrigada, mas este ano vai haver uma queda muito grande, que preferiu não avaliar.

Conforme ele, alguns projetos de produção de frutas irrigadas no Ceará tiveram uma queda de cerca de 60%. No geral, segundo ele, esse percentual é menor, mas ainda assim, significa uma queda considerável. Ele prevê uma subida na produção de frutas no Ceará, através de perímetros irrigados, mas somente quando houver um inverno normal. “Esse plano de recuperação da área passa, também, pela recuperação econômica dos produtores, que no momento estão em situação difícil, devido à estiagem que reduziu, e muito, em algumas áreas, a produção de frutas”, ressaltou.

O secretário observou, ainda, que no perímetro irrigado Curu-Paraipaba a perda na produção de frutas chegou à faixa de 60%, enquanto que na região do sistema Arara-Norte foi em torno de 50%. Bringel ressaltou que a seca mata algumas plantas devido à falta de irrigação e, se isso acontecer, será preciso um período de cinco ou seis anos para que os plantios possam ser recuperados. (Com informações de Tarcísio Colares).

Fonte: O Estado do Ceará

Workshop Moscas-das-frutas no Brasil - "Construção de uma visão de futuro"



Nos dias 8 e 9 de dezembro de 2015, fiscais agropecuários federais e estaduais, pesquisadores e entidades de representação dos produtores se reunira o em Brasília para discutir as estratégias para implementação do Programa Nacional de Combate a s Moscas-das-frutas (PNMF), instituí do pela Instrução Normativa Nº 20, de 8 de setembro de 2015.

O objetivo do PNMF e melhorar o status sanita rio das cadeias de produça o de frutas no Brasil, através do enfrentamento de uma das principais pragas da fruticultura mundial, que sa o as moscas-das-frutas da família Tephritidae. Além de causarem perdas diretas, essas pragas sa o motivo para o estabelecimento de medidas fitossanitárias pelos países que importam frutas frescas. O workshop e uma realizaça o do Departamento de Sanidade Vegetal do MAPA e sua programaçã0 inclui palestras e mesas-redondas, além da apresentaça o e discussa o do projeto do PNMF.

Palestrantes brasileiros e estrangeiros já confirmaram sua presença. 

Luís Eduardo Pacifici Rangel, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e coordenador do PNMF comenta que o workshop será um momento fundamental para a validação do projeto elaborado pelo DSV. “O PNMF prevê ações em pelo menos 10 Unidades da Federaça o e sua execução dependerá do alinhamento de esforços entre MAPA, órgãos estaduais de Defesa Sanitária Vegetal e setor privado, contando com o suporte estratégico da pesquisa e da extensão”, comenta Rangel.

A fruticultura brasileira e a terceira maior do mundo e a atividade gera milhões de empregos diretos e indiretos.

O evento acontece no Auditório da Embrpa Recursos Genéticos (CENARGEN) em Brasília. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www. moscasdasfrutas.net. As vagas sa o limitadas. 

Fonte: Jornal Da Fruta

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Reunião técnica discute com latinoamericanos dificuldades na produção da cultura do pêssego

Foto: Paulo Lanzetta
Uma reunião técnica para discutir os principais problemas na cultura do pessegueiro, com representantes latinoamericanos, para apontar direções para pesquisas futuras é o foco de trabalho no VI Encuentro Latinoamericano Prunus sin Fronteras, que acontece em Pelotas,RS, desta terça-feira (dia 17), até quinta-feira (dia 19). Embora seja um evento de caráter técnico-científico, produtores de pêssego e representantes da indústria estarão acompanhando a programação, que se realiza nas dependência da Embrapa Clima Temperado, na BR 392, Km 78. Durante os dias de encontro haverão visitas a propriedades produtoras de pêssego no interior do município e apresentação de trabalho científicos, de forma oral e em posteres.

Segundo o presidente do Prunus sin Fronteras, o pesquisador Rodrigo Frazon, a intenção é apresentar a situação atual de produção de cada país participante e debater os aspectos de entrave no sistema de produção da cultura, seja na manifestação de doenças, na falta de cultivares ou ainda na condução da comercialização dos frutos. "A expectativa nessa edição está na possibilidade de contarmos com palestrantes no evento. Temos três palestras com convidados, o que vai proporcionar um momento de reflexão e enriquecer ainda mais o Encontro, já que seu objetivo é promover a discussão e reflexão dos pontos fortes e fracos na cultura do pessegueiro", falou Rodrigo.

Estão confirmadas as palestras Produção de pêssegos na Califórnia e o Programa de melhoramento genético na UCDavis,com o professor da Universidade da Califórinia, Davis, Thomas Gradziel; A Produção de pêssegos sob condicções subtropicais brasileiras, com Lourenço Nyssen, Holambra, de Paranapanema, SP e A cultura do pessegueiro na Europa: tendências de mercado e manejo com o consultor autonômo em fruticultura da Espanha, Juan Negueroles. 

Até o momento irão participar da rodada de apresentações sobre a cultura e a pesquisa representantes oriundos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai. Do Brasil, estão previstos a presença também de pesquisadores e técnicos vindos de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os estados brasileiros com a presença da cultura.

Os trabalhos técnicos a serem apresentados vão abordar estudos de avanço do conhecimento nas áreas de melhoramento genético, fisiologia, fitotecnia, fitossanidade e mercado e comercialização. "Temos inscritos cerca de 42 trabalhos técnico-científicos, sendo que destes, 17 serão apresentados na forma oral, os demais, serão apresentados em posteres, e eles representam as mais diversas instituições de pesquisa, de ensino e de extensão rural do Brasil", chamou a atenção Rodrigo.

As visitas às propriedades rurais acontecem no dia 17/11 e 19/11, respectivamente no pomar de pêssegos de Dari Bosembecker (produção para indústria) e no pomar de Joâo Bender (produção in natura). As visitações acontecem das 13h30 às 17h30.

A programação completa do evento pode ser acessada em http://www.cpact.embrapa.br/eventos/2015/novembro/prunus-sin-fronteras/arquivos/programa.pdf

O Sindocopel, a Associação de Produtores de Pêssego de Pelotas e a Prefeitura Municipal de Pelotas são apoiadores deste evento.

Fonte: Embrapa

Brasil e Índia devem ser parceiros e combater isolamento, diz ministra

Brasil e Índia devem ser parceiros e não competidores, disse a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nesta segunda-feira (16), durante encontro empresarial que reuniu investidores brasileiros e indianos, em Nova Deli. Ela destacou que o isolamento comercial deve ser combatido em prol dos produtores e da população dos dois países.

Na abertura do encontro empresarial “Índia – Brasil: Oportunidades de Parcerias em Agricultura”, Kátia Abreu afirmou que cabe aos líderes governamentais mostrar aos produtores agrícolas que o “isolamento não é bom para ninguém”. A ministra enfatizou ainda a necessidade de ampliar o comércio bilateral entre os dois países.

“Como já fui presidente da maior entidade de produtores agrícolas do país, sei o quanto os agricultores gostam de exportar, mas não gostam de abrir o mercado nacional aos itens importados”, observou a ministra, referindo-se ao período em que comandou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“Cabe a nós mostrar que o fluxo de comércio nos tira do isolamento. Vamos produzir juntos, dividir emprego e trazer tranquilidade para os produtores do Brasil e da Índia, porque ninguém veio para tirar ninguém dos seus negócios, apenas para fortalecer nossos países”, acrescentou Kátia Abreu.

Os dois países, segundo a ministra, têm desafios semelhantes. Por isso, assinalou, devem se unir para dinamizar o comércio e ampliar as cooperações agrícolas, em áreas como a produção de lentilhas, insumos agrícolas, leite e derivados e processamento e comercialização de carnes.

“A decisão é nossa. Se não nos unirmos para produzir alimentos mutuamente, alguém fará isso no nosso lugar, como as traders internacionais. Temos a opção de eliminarmos os intermediários e deixarmos nossas empresas crescerem”, destacou.

Desafios e oportunidades

Kátia Abreu disse que Brasil e Índia experimentaram desenvolvimento extraordinário nos últimos anos e ainda têm diversos desafios a enfrentar, como garantia de segurança alimentar, especialmente diante de uma classe média crescente. 

“Desafios significam oportunidades. E é em busca de oportunidades que estamos aqui reunidos. Em busca de oportunidades de negócios que ajudem nossos países a crescer e superar a pobreza que ainda atinge parcela significativa de nossas populações. Nada melhor do que darmos as mãos para aproveitarmos essas oportunidades”, pontuou a ministra.

A ida de Kátia Abreu à capital indiana faz parte da missão do Mapa à Ásia, a fim de ampliar a exportação de produtos agropecuários e atrair investimentos estrangeiros para o Brasil. A delegação já passou pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes e ainda visitará a China.

Mapa divulga relação dos 337 municípios que vão integrar o plano do Matopiba


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou os 337 municípios selecionados para o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba – região formada por partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia. A relação completa consta de publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (13). Uma das prioridades da ministra Kátia Abreu, o plano prevê investimentos em políticas públicas de infraestrutura, inovação e tecnologia e ascensão de agricultores à classe média rural.

Dos 337 municípios selecionados, 139 são do Tocantins, 135 do Maranhão, 33 do Piauí e 30 da Bahia. Nessas localidades, existem 324 mil estabelecimentos agrícolas. A região cultiva grãos –soja, milho e arroz –, algodão e frutas, além de desenvolver a atividade pecuária. Na safra 2013/2014, o Matopiba produziu 8,7 milhões de toneladas de soja. 

Em visita esta semana aos Emirados Árabes, a ministra Kátia Abreu apresentou à holding Aldahra as oportunidades de investimentos no agronegócio brasileiro e citou o potencial do Matobipa, destacando sua produção de grãos, frutas e peixes. A holding atua na comercialização de alimentos e é grande re-exportadora para mais de 20 países árabes. 

Seleção
A seleção dos municípios que vão integrar o Plano de Desenvolvimento do Matopiba foi realizada por meio de procedimentos numéricos e cartográficos, com o uso de satélite para integrar os dados agroecológicos e socioeconômicos. 

“Essa foi uma decisão técnica baseada no que é considerado Cerrado nos quatro estados”, disse o diretor substituto do Departamento de Cooperativismo e Associativismo do Mapa, Rodrigo Mazzoleni. Segundo ele, o Grupo de Inteligência Territorial e Estratégica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fez um estudo para dar suporte à seleção dos municípios. 

Confira na Portaria nº 244, deste sexta-feira, a relação completa dos municípios selecionados para o Plano de Desenvolvimento do Matopiba. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

G-20: Dilma mostra preocupação com nova onda de subsídios agrícolas

Dilma alertou que a atua desaceleração de algumas economias importantes e os preços mais baixos das commodities, pode levar alguns países a adotarem medidas protecionistas


A preocupação com o aumento dos subsídios agrícolas fez parte do discurso da presidente Dilma Rousseff no almoço de abertura da reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20. A presidente brasileira também cobrou dos países responsabilidades diferenciadas nas metas para o clima. Dilma sugere que economias ricas tenham maiores responsabilidades e apoiem nações em desenvolvimento.

Durante o discurso, Dilma alertou que o atual cenário econômico - desaceleração de algumas economias importantes e os preços mais baixos das commodities - pode levar alguns países a adotarem medidas protecionistas. Como negociadores brasileiros têm sinalizado nas últimas semanas, Dilma demonstrou preocupação com a possibilidade de que a queda do preço das matérias-primas aumente a concessão de subsídios, especialmente os agrícolas.

Apesar da preocupação com subsídios a alguns setores do campo, Dilma ressaltou a importância de se proteger pequenos produtores nos países mais pobres. A presidente lembrou que são esses produtores que respondem pela maior da oferta de alimentos no mundo.

Fora da economia, Dilma expressou o desejo do Brasil de que o mundo alcance um acordo justo e, ao mesmo tempo, ambicioso e duradouro na conferência sobre o clima, a COP, que será realizada nos próximos dias em Paris. Ao lembrar que o Brasil tem avanços nesse tema, a presidente defendeu que países devem ter responsabilidades comuns nas metas para redução da emissão de carbono, mas defendeu que haja referências "diferenciadas".

Fonte: Estadão Conteúdo /DCI