sexta-feira, 10 de abril de 2015

Recursos para custear a safra agrícola podem aumentar

O secretário de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Nassar, afirmou que “estamos trabalhando para manter ou até mesmo elevar os recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2015/2016)”. O montante pode chegar a cerca de R$ 176 bilhões.

O secretário participou na tarde dessa terça-feira (7) da audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária. Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

Nassar disse ainda que a prioridade é manter os R$ R$ 88,9 bilhões de crédito de custeio a juros controlados. Também poderão ser canalizados outros R$ 20 bilhões de recursos provenientes da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

Outro ponto tratado foram as alterações dos juros para financiar a agricultura empresarial. O secretário adiantou na audiência que o aumento seria de um ou dois pontos percentuais. E complementou que os produtores rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural poderiam receber um abono de 0,5% na contratação de financiamento rural.

Entre os programas de financiamento do PAP, Nassar citou como prioritários a manutenção do Moderfrota, o Programa ABC, de Armazenagem, Prorenova, Inovagro e aqueles voltados para pecuária.

Fonte: Ministério da Agricultura


Inscrições abertas para participação de agricultores familiares em feira na África do Sul



O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) convida empreendimentos da agricultura familiar e reforma agrária para participar da feira internacional Saitex (Southern African International Trade Exhibition) que será realizada de 21 a 23 de junho de 2015, em Joanesburgo, na África do Sul. O MDA vai selecionar até seis empreendimentos para expor produtos de produção própria. Os interessados podem fazer a inscrição até o dia 19 de abril.

O empreendimento que desejar participar deve verificar os requisitos da Chamada Pública, preencher um formulário e enviá-lo para feiras.mda@mda.gov.br. É o terceiro ano seguido que o MDA apoia a participação dos empreendimentos da agricultura familiar nessa feira, sendo o primeiro ano com estande próprio.

O estande do Brasil – Agricultura Familiar contará com um espaço de 63 m² que será compartilhado entre os expositores brasileiros selecionados. O objetivo é promover a imagem e os produtos da agricultura familiar brasileira e ampliar mercados, oferecendo oportunidade de negócios às cooperativas e associações com compradores de todas as partes do mundo.

No evento, os expositores poderão divulgar os produtos, promover degustações, agendar visitas, encontrar fornecedores e compradores, conhecer novas tecnologias e prospectar ou realizar negócios. Não será permitida a venda direta de produtos aos visitantes e compradores.

A Organização da Missão Comercial à África do Sul, por ocasião da participação do Brasil na feira Saitex 2015, é uma iniciativa do MDA, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Para mais informações sobre o evento acesse o portal da Saitex



Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)

Neste mês de abril, agricultores familiares recebem desconto em 20 produtos

Foto: Andrea Farias - MDA
Açaí, banana, laranja, trigo e uva são algumas das culturas com bônus do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) neste mês de abril. O desconto é concedido, ao agricultor familiar, para pagamento de financiamentos de custeio e de investimento feitos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

A dedução vale para o período de 10 de abril a 9 de maio, com referências nos preços praticados no mercado em março. 

As 20 culturas com desconto são: açaí, babaçu (amêndoa), banana, borracha natural cultivada, borracha natural extrativa, cacau (amêndoa), cana de açúcar, laranja, leite, mamona, manga, mangaba, maracujá, pequi, piaçava (fibra), raiz de mandioca, sorgo, trigo, triticale e uva.

O babaçu (amêndoa) tem desconto em quatro estados. Com 58,23% no Ceará e 53,82% no Tocantins, por exemplo. A uva terá benefício de 17,14% em Santa Catarina. A borracha natural extrativa, produto da sociobiodiversidade brasileira, tem desconto em seis estados, sendo 69,39% no Acre, Amazonas e Maranhão. 

Confira a portaria com a lista completa dos descontos. Os produtores estão amparados quando esses produtos estiverem com valor de mercado abaixo do preço de garantia do programa (definido com base no custo de produção).

Cesta de produtos

Agricultores familiares que têm parcelas de operações de investimento do Pronaf terão desconto correspondente à média dos bônus do feijão, leite, mandioca e milho (cesta de produtos), concedidos mensalmente pelo PGPAF. 

Neste mês de abril, nove estados terão bônus com base na cesta de produtos. São eles: Alagoas (3,72%), Bahia (2,50%), Ceará (2,50%), Pernambuco (4,20%), Rondônia (0,69%), Mato Grosso do Sul (3,66%), Espírito Santo (11,16%), São Paulo (3,64%) e Santa Catarina (0,61%). 

Cálculo mensal

O bônus do PGPAF é calculado todo mês pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA). A Conab faz um levantamento nas principais praças de comercialização dos produtos da agricultura familiar e que integram o PGPAF.

Fonte: Ministério de Desenvolvimento Agrário - MDA

IBGE estima safra de 199,7 milhões de toneladas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas será de 199,7 milhões de toneladas neste ano. O cálculo está no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) referente ao mês de março, divulgado nesta sexta-feira (10/4).

O número sinaliza uma leve revisão para cima em relação ao divulgado no relatório anterior, divulgado no mês passado (199,6 milhões de toneladas). E representa um aumento de 3,6% em relação ao de 2014 (192,8 milhões de toneladas).

A área a ser colhida deve ser de 57,3 milhões de hectares, um crescimento de 1,7% em relação à de 2014, que foi de 56,3 milhões de hectares. Em comparação com o relatório anterior, a estimativa ficou praticamente estável (+0,2%).

“Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 4,3% na área da soja e redução 3,2% na área de arroz e de 0,4% na área do milho. No que se refere à produção, houve acréscimos de 0,9% para o arroz, 9,7% para Ao todo, 12 produtos devem ter produção maior que no ano passado: amendoim 1ª safra (0,7%), amendoim 2ª safra (3,9%), arroz em casca (0,9%), aveia (23,6%), cevada (23,1%), feijão 1ª safra (7,0%), feijão 2ª safra (4,9%), mamona (138,1%), mandioca (5,1%), milho 1ª safra (1,1%), soja (9,7%) e trigo (24,9%)

Outros 14 devem registrar queda: algodão herbáceo em caroço (10,5%), batata-inglesa 1ª safra (0,8%), batata-inglesa 2ª safra (2,4%), batata-inglesa 3ª safra (19,4%), cacau (7,4%), café arábica (1,9%), café robusta (15,2%), cana-de-açúcar (2,5%), cebola (7,2%), feijão 3ª safra (11,4%), laranja (7,5%), milho 2ª safra (6,7%), sorgo (10,2%) e triticale (10,5%).

“O incremento de produção mais significativo, superando a 2,0 milhões de toneladas, na comparação com a safra 2014, ocorreu para a soja. Nesta comparação, as maiores variações negativas foram observadas para a cana-de-açúcar (-16.953.509 t) e milho (-2.879.451 t)”, informa o IBGE.a soja e diminuição de 3,7% para o milho.”, informa o instituto.

Fonte: Globo Rural

Consecitrus tem até setembro para divulgar novo estatuto

Elaboração do documento é parte das exigências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica


Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo
A procuradoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou no final de março a primeira etapa de formação do Conselho dos Produtores de Laranja e da Indústria de Suco de Laranja (Consecitrus), que consistia apenas na filiação institucional das entidades integrantes, com direito a voto e dos membros apenas participantes. A decisão, no entanto, obriga os membros da entidade a elaborarem um novo estatuto até o final de setembro, quando obrigatoriamente termina a segunda de uma série de etapas a serem cumpridas por determinação do Cade para que o Consecitrus seja efetivado.

No entanto, quase um ano e dois meses após ser aprovado pelo próprio Cade, o Consecitrus se resumiu a encontros formais entre os membros integrantes, a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), que representa a indústria, e os representantes dos produtores - Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e a Sociedade Rural Brasileira (SRB). Desde outubro do ano passado os representantes de citricultores tentam elaborar uma proposta de estatuto, mas nem sequer encaminharam o documento para a avaliação da indústria.

Se a elaboração do estatuto ainda é uma incógnita, ao menos já há um substituto interino para o diretor executivo e um dos idealizadores do Consecitrus, o ex-secretário de Agricultura de São Paulo João Sampaio, que renunciou ao cargo no ano passado. O presidente da SRB, Gustavo Junqueira, informou aos membros do conselho que assumirá o posto, em caráter provisório, condicionado à elaboração do estatuto, que deve apontar um nome de um novo executivo.

Fontes: Estadão Conteúdo e Globo Rural

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Produtores paranaenses são capacitados pela Emater para produção de morangos sem uso do solo

Foto: Divulgação Emater PR
Produtores da região de Mandiritiba participaram nesta semana de um curso sobre a produção de morangos no sistema semi-hidropônico. O treinamento foi feito pela Emater, com o apoio da Prefeitura de Manditituba e atendeu 60 produtores. 

O coordenador técnico regional da Emater, João Ribeiro dos Reis Júnior, explica que esse trabalho com os produtores faz parte de uma estratégia de levar novas alternativas de geração de renda para famílias atendidas pelo projeto Sustentabilidade, com contrato pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, através de chamada pública, e executado pelo serviço oficial de assistência técnica e extensão rural paranaense. 

"A maioria dessas famílias produzia frangos para uma indústria que fechou as portas recentemente. A tecnologia e a cultura que estamos divulgando permite aproveitar a estrutura dos aviários já instalados, exigindo apenas a substituição da cobertura de telhas por filme plástico transparente", disse o coordenador.

NA PRÁTICA – O treinamento teve como instrutores os técnicos Ênio Ângelo Todeschini e Alexandre Meneguzzo, da Emater do Rio Grande do Sul. A parte prática aconteceu na propriedade do agricultor Ademir Moleta, que há um ano se dedica à produção de morangos em Mandirituba.

O cultivo do morango nos sistema semi-hidropônico dispensa o uso do solo, é feito em bancadas e utiliza apenas um substrato especial para o desenvolvimento das raízes. Segundo o engenheiro agrônomo Ênio Tedeschini, é uma alternativa que traz inúmeras vantagens para o produtor e também o consumidor. 

Ele destaca que o sistema permite a colheita de um fruto mais limpo. Como é realizado em ambiente protegido, reduz o uso de agroquímicos, racionaliza o uso da água, minimiza os impactos ambientais e possibilita ganho de até 100% produtividade. 

“O mais importante é que o sistema semi-hidropônico torna mais fácil o trabalho do produtor. Isto acontece porque o trabalhador não precisa curvar o corpo para fazer os tratos culturais ou a colheita dos frutos, situação que ocorre no cultivo no solo", destaca o engenheiro agrônomo.

Antônio Lunardcz, coordenador do projeto Fruticultura da Emater para a região Sul do Estado, explica que na região de Curitiba cerca de 12% da produção de morango já saem de propriedades rurais que utilizam o sistema semi-hidropônico ou também chamado cultivo em substrato ou cultivo em sacolas. 

"Com o plantio no solo, o produtor enfrenta muitos problemas fitossanitários, tem dificuldade de fazer a rotação de culturas e sofre ao ter que trabalhar agachado, forçando a coluna. A tecnologia que estamos divulgando resolve tudo isso, dando, inclusive, maior bem estar ao agricultor e sua família em sua lida com a plantação", explica.

O Paraná tem cerca de 600 hectares ocupados com a cultura do morangueiro e uma produção de 17,5 mil toneladas anuais. A renda obtida com está atividade representa 7,5% do valor bruto de produção da fruticultura. "A cultura é desenvolvida por cerca de 400 agricultores familiares, que com o plantio de apenas 5 mil plantas podem obter uma renda média mensal de R$ 1,9 mil", enfatiza Antônio Lunardecz.


Fonte: Agencia de Noticias do Paraná
           http://www.aen.pr.gov.br/

Embrapa orienta Boas Práticas de Fabricação para amassadeiras de açaí

Foto: Fabio Martins
A Embrapa participa da Audiência Pública da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá, na manhã desta quinta-feira, 9/4, em Macapá (AP), que tem a proposta de discutir questões referentes à ocorrência de casos de Doença de Chagas associados ao consumo de açaí beneficiado nas amassadeiras instaladas no estado do Amapá. A Doença de Chagas é transmitida pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que pode ser encontrado no inseto conhecido como "barbeiro". A Audiência Pública é proposta pelos deputados estaduais Dr. Furlan (PTB) e Jaci Amanajás (PROS).

Nas cidades da região Norte, as amassadeiras de açaí – ou batedeiras – têm destaque no comércio, mas nem sempre seguem as Boas Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF). Essas práticas contribuem para a prevenção de doenças como cólera, Doença de Chagas, hepatite, giardíase e amebíase. "As regras das Boas Práticas de Fabricação servem tanto para as pequenas indústrias de polpa de açaí, quanto para as batedeiras de açaí, porque essas também são consideradas unidades de fabricação de alimentos", explica a pesquisadora da Embrapa Amapá, Valeria Saldanha Bezerra, autora da cartilha ""Planejando batedeiras de açaí". A publicação será distribuída aos participantes da Audiência Pública. 

O objetivo das regras das Boas Práticas de Fabricação é auxiliar as pessoas que trabalham com o processamento de alimentos, para que possam eliminar quase na totalidade os riscos de contaminação do alimento que produzem. "O batedor de açaí deve se preocupar desde a compra da matéria-prima, ou seja, verificar sempre a procedência do fruto de açaí, como é feita a coleta, o transporte, até o local de beneficiamento do produto final, sem esquecer da qualidade da água", reforça a pesquisadora. O batedor deve seguir as regras das Boas Práticas de Fabricação para garantir um açaí seguro à saúde.

A cartilha da Embrapa traz dicas desde a escolha do local para instalar uma amassadeira, estrutura, paredes e pisos e instalações sanitárias, até a localização do ambiente do lixo e outros materiais descartados. Hábitos relacionados ao pessoal que trabalha nas amassadeiras também constam na cartilha. "Os funcionários devem lavar sempre as mãos, higienizar com álcool em gel, usar uniforme, roupas claras, rede no cabelo e botas de borrachas", acrescenta a pesquisadora da Embrapa.

Outra recomendação da Embrapa é sobre o armazenamento dos frutos de açaí, a qualidade da água utilizada na amassadeira, as ações de controle de pragas e animais, a limpeza e higienização dos equipamentos e utensílios. Para prevenir contaminação é importante remover pedaços de insetos, folhas e paus, e o peneiramento. Em seguida, fazer a pré-lavagem dos caroços de açaí e uma desinfecção com água clorada (150ppm/litro de água) e o enxague. Logo depois, vem a fase do branqueamento dos frutos. "O branqueamento é feito mergulhando o cesto com os frutos de açaí em água quente a 80°C durante 10 segundos. Depois desse tempo de 10 segundos, mergulha os frutos em um recipiente com água em temperatura ambiente. A diferença de temperatura inativa o protozoário causador da Doença de Chagas", explica a pesquisadora. A cartilha da Embrapa contém a planta baixa de uma amassadeira dentro das normas das Boas Práticas de Fabricação (BPF).

A Audiência Pública contará com representantes do Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (IEPA), da Vigilância Sanitária, do Sindicato dos Batedores de Açaí do Amapá, do Instituto Evandro Chagas (Pará) e de outras instituições que atuam em questões relacionadas ao tema. De acordo com o deputado Dr Furlan, a Audiência será um espaço para abordar o processo de preparo do açaí e os mecanismos de eliminação do protozoário Trypanosoma cruzi, para que seja evitado o surgimento de novos casos da doença. Em novembro do ano passado, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) do Amapá informou à imprensa que intensificaria as fiscalizações em batedeiras de açaí e em locais onde ocorrem o manejo do fruto. A medida foi tomada após a confirmação de oito casos de Doença de Chagas no Amapá só em 2014.

Fonte: Embrapa

A cartilha "Planejando batedeiras de açaí" está disponível na íntegra, por meio do link: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br. Escreva o título da publicação no espaço de busca. 

Dulcivânia Freitas (DRT/PB 1063-96) 
Embrapa Amapá 
amapa.nco@embrapa.br 
Telefone: + 55 (96) 4009-9587

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)

ExpoLondrina deve movimentar mais de R$ 400 milhões em negócios


A 55ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina) deve movimentar mais de R$ 400 milhões em negócios. A feira começa nessa quinta-feira (9) e segue até o dia 19 de abril, no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina, no norte do Paraná.

Apesar das incertezas na economia atual, a estimativa da Sociedade Rural do Paraná (SRP) é de manter pelo menos os R$ 424 milhões comercializados na edição de 2014. "Estamos trabalhando em manter o número de faturamento do ano passado, quando fizemos R$ 424 milhões. Se nós alcançarmos isso, vamos considerar uma vitória. Mas é óbvio que estamos trabalhando para ultrapassar", explica Nivaldo Benvenho, diretor comercial da SRP.

Os bons sinais nos negócios já começam antes mesmo da abertura da ExpoLondrina. Mais de 1 mil estandes foram alugados, o que representa um aumento de 5% na área disponibilizada para vendas.

Outro motivo do otimismo dos organizadores é a alta do dólar. “No agronegócio o dólar tem favorecido bastante. Eles estão acabando a safra de soja, e terão aqui ótimas oportunidades de fazer negócios, como renovar a frota, seu veículo, os móveis da sua casa. Tem tudo para caminhar bem”, diz Benvenho.

O bom momento da pecuária também motiva os organizadores. Para esta edição estão previstos cerca de 20 leilões de todas as raças de animais. O preço excelente da arroba bovina, aumento de consumo interno e das exportações de carne e animais sustentam as boas perspectivas de alta liquidez e bons preços nos leilões agendados para a ExpoLondrina.

“Podemos ter uma queda no número de leilões em relação ao ano passado, porém isso não significa uma redução no número de animais”, explica o presidente da SRP, Moacir Sgarioni.

Para Sgarioni, as vendas na ExpoLondrina vão além das realizadas na área de agronegócios. Há oportunidades para todos os tipos de público e compradores. “As montadoras de veículos recebem um plano de financiamento especial para a exposição. Então, as pessoas podem adquirir um carro em uma condição especial, que não encontra na cidade durante o ano. Temos até pacotes de viagens, empresas de construção civil, varejo. Temos um pavilhão apenas com varejo, com produtos de R$ 20 até R$ 100, R$ 200, dos mais variados segmentos”, indica Sgarioni.

Em alguns setores, a expectativa é que a ExpoLondrina ajude a afastar a crise econômica. Uma rede de móveis e eletroeletrônicos quer aproveitar o espaço para melhorar as vendas. “A venda que tivermos aqui vai recompor a venda do mês todo em abril”, confia o diretor comercial, Fernando Moraes.

A ExpoLondrina 2015 espera receber cerca de 500 mil pessoas no parque de exposições nos 11 dias de evento. A previsão é que a exposição gere em torno de 9 mil empregos diretos e indiretos.

Para quem deseja apenas visitar a feira, sem assistir os shows, a entrada custa R$ 10,00, de segunda a sexta-feira e R$ 12,00 aos fins de semana. Em ambos os casos, há opção de meia-entrada.

Mais informações vocês encontram no site do evento.

Fonte: G1

quarta-feira, 8 de abril de 2015

II Workshop Brasileiro FLV IV Gama – A Solução para Uma Alimentação Saudável

São Paulo sediará o maior e mais importante evento sobre o mercado de FLV IV Gama (Frutas, Legumes e Verduras Minimamente Processados) do Brasil, que acontece de 4 a 6 de agosto no WZ Hotel Jardins


Realizado pela Veg Quality, empresa de consultoria brasileira com filial na Austrália, pioneira no Brasil é especializada em todos os elos da cadeia produtiva IV Gama, única empresa brasileira focada no desenvolvimento e consultoria técnica para o segmento de FLV IV Gama, ou seja, de Frutas, Legumes e Verduras Minimamente Processados e prontos para o consumo, o evento pretende reunir autoridades, entidades de governo, organizações não governamentais, profissionais e empresários para debater os gargalos que impedem o avanço do setor no país, propor soluções para a cadeia produtiva da terra à mesa, bem como buscar a regulamentação do setor que irá oferecer maior segurança alimentar aos consumidores e proporcionar ambientes de negócios mais claros e seguros para ampliar os investimentos no mercado de FLV brasileiro. 

De acordo com a Nutricionista Dra. Roseane Bob, Diretora da Veg Quality e presidente do II Workshop, a edição de 2015 que tem como tema central: “FLV IV Gama A Solução para Uma Alimentação Saudável” é uma expansão das discussões iniciadas na primeira edição realizada em de 2014.” A nossa expectativa, eu diria objetivo geral do evento é dar prosseguimento as discussões sensibilizando, despertando e gerando “insights” a todos os elos da cadeia produtiva FLV IV Gama. A novidade deste ano é que abordaremos com destaque o diagnóstico nutricional da população brasileira e apresentaremos os FLV IV Gama como a solução para uma alimentação saudável, diz”. 

O primeiro dia do evento será dedicado a debates sobre a grave situação da obesidade, hipertensão e dislipidemias no país. O Brasil já é o quinto país com mais obesos no mundo. “De acordo com Roseane Bob, o inédito desta chamada é apresentar as frutas, verduras e legumes higienizados, minimamente processados, prontos para o consumo, os FLV IV GAMA disponível a população e competindo diretamente com o “junk food” termo em inglês que refere-se a comida de pouco valor nutritivo e, muitas vezes rica em gordura, açúcar, sal e calorias”. 

O FLV em supermercados, feiras livres e sacolões 

Durante o evento será debatido também as condições atuais do processamento de FLV em sacolões, supermercados e feiras livres, uma realidade que demanda atenção e também regulamentação, principalmente por serem locais de grande circulação e frequência de consumidores em busca destes produtos, e que portanto se fazem necessárias as adequações para assegurar a qualidade do produto final e segurança alimentar. 

Entendendo a classificação dos alimentos por GAMA 

A origem é na França, e refere-se a tecnologia empregada, visando aumento do shelf life, dos in natura e melhor conservação dos coccionados. 

1º GAMA - são os alimentos naturais tais como os conhecemos (hortifrutícolas, carne, peixe, etc.), sem qualquer tipo de processamento. 

2º GAMA - são os alimentos congelados, que têm a vantagem de se poder conservar durante períodos longos, mantendo as suas características originais. 

3º GAMA - são os produtos enlatados, que são produtos cozidos e esterilizados na própria embalagem, prontos para o consumo e conservados a temperatura ambiente por períodos de tempo longos. (superiores a um ano). 

4º GAMA - surgiram a partir dos produtos 1º Gama. No caso dos hortifrutícolas, são frutos e hortaliças “in natura” selecionados, higienizados e embalados, permanecendo em seu estado fresco, fato que se justifica a denominação no idioma inglês “Fresh Cut” (frescos) 

5º GAMA- são os alimentos pré-cozidos, submetidos a calor por meio da cozedura, pasteurização, ou esterilização e que, a partir de diferentes ingredientes, constituem um prato pronto a ser servido. 

Os principais diferencias dos FLV IV Gama quando comparados com os seus similares “in natura” são: 
  • Praticidade e rapidez para o consumo. 
  • Aproveitamento de 100% do produto 
  • Contribuem para a diversificação das agroindústrias rurais e regionais. 
  • Permitem maior aproveitamento da produção e agrega valor às frutas e hortaliças. 
  • No canal “institucional” proporciona economia de espaço, diminuição significativa do uso de água e redução dos custos. 
  • Reduzem desperdícios da terra à mesa 
FLV IV GAMA e os números no mundo 

As hortaliças e frutos IV Gama são largamente utilizados nos EUA, Europa e Oceania. 

Em 2008 o consumo de “Fresh Cut” na Espanha foi de 62.681 toneladas, sendo 61.593 toneladas de hortaliças e 1.088 toneladas de frutas, sendo 79% destinada ao consumidor final e 21% destinada ao mercado institucional (fast food, restaurantes, hotéis, dentre outros). O Reino Unido é o maior mercado consumidor desses produtos, na sequência estão França e Itália. Os Estados Unidos são o maior consumidor de frutas minimamente processadas, com venda anual destes itens na faixa de US$ 8 milhões a US$ 10 milhões, segundo a International Fresh-Cut Produce Association. 

A distribuição do FLV no mundo por categoria, de acordo com dados de 2014 do IBRAF – Instituto Brasileiro de Frutas: 

1) Vegetais folhosos e saladas minimamente processados representam 50%. 

2) Outros vegetais minimamente processados, 39% 

3) Frutas minimamente processados 11% 

FLV IV Gama no Brasil 

O segmento IV GAMA tem experimentado significativa expansão nos últimos anos em face do aumento das mulheres trabalhando fora, melhoria do poder aquisitivo da população aliada à crescente veiculação dos conceitos de alimentação equilibrada pela mídia e profissionais de saúde resultando em evolutiva conscientização e exigência da sociedade por alimentos mais saudáveis, tanto no sentido de seu valor nutricional quanto em relação a sua segurança, particularmente sanitária. 

O Brasil ainda não dispõe de regulamentações harmonizadas, fator que gera interpretações variadas. Seguindo uma tendência mundial a consolidação da cadeia produtiva IV Gama no Brasil é irreversível e nos últimos anos tem apresentado crescimento anual de 15 a 20%, condição que traduz o seu potencial econômico. 

Para resolver os graves gargalos do segmento no país, faz-se necessário a estruturação e profissionalização do setor, estabelecimentos dos Protocolos de Qualidade (PiQs) em todas as etapas do processamento com Legislação específica que padronize e norteie a cadeia produtiva, investigação científica do setor, visando obtenção de avanços tecnológicos que permitam principalmente a adequação da matéria prima, maquinários para processamento, embalagens e cadeia de frio.Fonte: *Dra. Roseane Bob 

Percepção dos consumidores sobre hortaliças minimamente processadas, qualidade e evolução do mercado 

Em pesquisa de mestrado realizada em 2013, na UnB - Universidade de Brasília detectou-se uma maior frequência de hortaliças já lavadas, higienizadas e embaladas, prontas para o consumo em sacolões, quitandas e supermercados brasileiros. São as hortaliças minimamente processadas, que aliam conveniência, praticidade e higiene, sem perder-se de vista o frescor e a qualidade do produto. 

A pesquisa observou que as hortaliças minimamente processadas têm ocupado, de forma vertiginosa, cada vez mais espaço nas gôndolas destes pdvs. Há algum tempo estas empresas perceberam que o segmento de frutas, legumes e verduras (os chamados "FLV") eram não somente um chamariz para o consumidor, mas sim, e de maneira significativa, uma verdadeira fonte de renda. Foi com esta mudança de paradigma que os produtos minimamente processados começaram a apresentar aumento significativo no volume de vendas. 

A pesquisa também detectou outros fatores que contribuíram para o aumento de demanda por produtos minimamente processados. Assim como em outros lugares no mundo, a população brasileira está envelhecendo e, segundo pesquisa recente feita pelo IBGE, a população com mais de 65 anos triplicará em 10 anos. A maior participação da mulher no mercado de trabalho também é um ponto significativo relacionado com o aumento do consumo de minimamente processados. Segundo o mesmo instituto de pesquisa, a percentagem da participação feminina na população economicamente ativa do país cresceu de 23% em 1971 para 40% em 1998. Isso quer dizer que cada vez mais a mulher tem menos tempo para se dedicar às tarefas domésticas, necessitando de alimentos semi-prontos. O aparecimento de novos produtos como o microondas e o freezer doméstico também contribuíram para que, em 60 anos, o tempo de preparo de uma refeição diminuísse de 150 para 15 minutos. Outros fatores como o aumento do número de pessoas morando sozinhas e a preferência por comida pronta por quase 50% dos membros das classes sociais A e B também tem contribuído de maneira decisiva para o aumento de consumo por produtos minimamente processados, de acordo com dados da pesquisa da UnB. 

Aspectos tecnológicos 

Do ponto de vista técnico, produtos minimamente processados podem ser definidos como qualquer fruta ou hortaliça, ou combinação destas, que tenha sido fisicamente alterada, mas que permaneça no estado fresco. Isto é, são produtos que passam por etapas de transformação física (cortar, ralar, picar, tornear) sem alterar, entretanto, o frescor do produto acabado, e o mais importante preserva o conteúdo nutricional. A ideia central é assegurar ao consumidor conveniência, praticidade e segurança alimentar sem perda de qualidade nutricional. 

O processamento mínimo de hortaliças inclui as atividades de seleção e classificação da matéria prima, pré-lavagem, processamento (corte, fatiamento, descasque), sanitização, enxágue, centrifugação e embalagem. Grande esforço tem sido concentrado nas atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos minimamente processados. 

A comissão científica: 

Integram a comissão científica do evento, especialistas renomados. 

Dra. Roseane Bob, nutricionista, especialista em Segurança dos Alimentos e Vigilância Sanitária pela Universidade de São Paulo (USP) e Consultora do Programa Alimentos Seguros do SESI/SESC/SENAC/SEBRAE/ SENAI/ ANVISA. Especialista em frutos e vegetais processados pela Universidade Federal de Lavras e Auditora do Selo ABERC de Qualidade Empresarial. 

Diretoria Técnica da Veg Quality identifica, abre espaço para discussões, propõe e traz soluções para os desafios e gargalos do segmento no Brasil. A ação mais recente foi encaminhar as autoridades e instituições representativas do segmento o pleito para elaboração da Legislação IV Gama e promover com grande Sucesso e Assertividade o I Workshop Brasileiro FLV IV Gama, no ano de 2014. 

Dr. Eneo Alves da Silva Jr, Biomédico, Microbiologista, Mestre e PhD em Controle Higiênico Sanitário de Alimentos, Consultor do PAS, do Programa Mesa Brasil, da Sabesp, Coordenador Técnico-Operacional da ABERC e Diretor do Laboratório CDL, Consultor da ANVISA para a Copa 2014 e integrante do Conselho Editorial da Revista Higiene Alimentar. 

Prof. Dr. José Cezar Panetta. Professor Titular aposentado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Santo Amaro, nas disciplinas de Tecnologia e Inspeção Sanitária de Alimentos de Origem Animal; 

Professor Titular dos cursos de pós-graduação, em nível de lato sensu, mestrado e doutorado, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP; da Faculdade de Saúde Pública da USP; da Universidade São Judas Tadeu; da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense; da Pró-Alimento; Instituto Racine e Qualittas; Editor da Revista Higiene Alimentar, periódico técnico-científico indexado e classificado no sistema Qualis, da CAPES, como de circulação nacional, letra B; Diretor do Colégio Brasileiro de Médicos Veterinários Higienistas de Alimentos; 

Consultor técnico had hoc da FAPESP, CNPq, CAPES, FINEP, FAPERJ e ABERC (Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas); Vice-Presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado de São Paulo; 

Trabalhos publicados 

Pesquisas: 45; Artigos técnicos: 85; Comentários: 68; Editoriais: 142; Artigos de divulgação científica: 169; Monografias, 14; Teses: 04; Capítulos em livros: 7; Livros: 5. 

Programação Científica do II Workshop FLV IV Gama: 

Dia 04 /08 


Guia Alimentar para a População Brasileira 

Diagnóstico da Alimentação do Brasileiro e Alimentação Saudável 

Doenças veiculadas pela má alimentação 

Desafio 2050|FAO – Unidos para Alimentar o Planeta 

Programas para Reduzir o Desperdício 

FLV IV gama – A Solução para Uma Alimentação Saudável 


Oficinas: 


FLV 

Alimentação Saudável 

Avaliação e Orientação Nutricional 

Oportunidade/ Novos Negócios 


Dia 05/08 

Desafios e Gargalos na produção de FLV IV no Brasil 

Processamento de FLV em cadeias de Supermercados e Sacolões no Brasil - Segurança do Alimento X Implicações para Saúde Pública. 

FLV IV Gama e os Impactos na Produtividade (Como os alimentos prontos para o consumo podem assegurar maior praticidade, produtividade, economia e segurança na produção de refeições. 

Rastreabilidade do Campo a Mesa & Segurança Alimentar. 

Dia 6/08 


Minor Crops 

FLV Orgânicos X FLV Convencionais 

Processamento de FLV com Uso Racional da água e energia elétrica X Segurança do Alimento. 

Oportunidades de Capacitação Tecnológica na Austrália no Segmento de Nutrição e Cadeia Produtiva IV Gama (Campo ao Consumidor final) 


Praça de Expositores 

O II Workshop de FLV IV abre espaço para empresas de produtos, equipamentos, pesquisas e serviços do segmento de FLV IV Gama. O espaço trará os lançamentos do setor, as inovações tecnológicas, entre outras ações. É a oportunidade que os congressistas e convidados terão para conhecerem as últimas novidades e presenciarem a expansão e desenvolvimento deste segmento no Brasil e realizarem negócios. 

Apoio Institucional 

A organização do II workshop FLV IV Gama encaminhou ofício para várias Instituições governamentais e não governamentais solicitando apoio institucional ao evento. 

As Instituições que confirmaram apoios até o presente momento são: 


ABCSEM- Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas www.abcsem.com.br 

IBRAF - Instituto Brasileiro de Frutas www.ibraf.org.br 

APAN- Associação Paulista de Nutrição www.apanutri.com.br 

Instituto Biológico www.institutobiologico.sp.gov.br 

Revista Higiene Alimentar www.higienealimentar.com.br 

São Paulo Convention & Visitors Bureau www.visitesaopaulo.com 


Serviço: 

II Workshop FLV IV Gama: “A Solução para uma Alimentação Saudável” 

Período: 4 a 6 de agosto de 2015 

Horário: das 9:30 às 18hs 

Local: WZ Hotel Jardins-SP 

Endereço: Av.Rebouças 900, São Paulo 

Organização e Gestão: Conexão Marketing e Eventos 

Contato: Margarida Santana 

contato@flvsolucao.com.br 

Tel.: (11) 4561-3746 

Cel.: (11) 98744.8340(TIM) ou 96793-5633 (OI) 

Inscrições: inscricoes@flvsolucao.com.br 

Visite o site do II workshop FLV IV Gama: www.flvsolucao.com.br 

Realização: Veg Quality 

www.vegquality.com.br 

Imprensa: JM- Assessoria de Imprensa & Comunicação 


Mais informações para Imprensa, solicitação de credenciamento para cobertura do evento, entrevistas e imagens podem ser obtidas pelos canais abaixo. 

JM-Assessoria de Imprensa & Comunicação 

José Maria Filho: Jornalista MT: 19.852 

j.maria.filho@uol.com.br 

josemaria.jornalista@ig.com.br 

imprensa@flvsolucao.com.br 

(11) 2866.2346 /99804.1112 


Embrapa e instituições de pesquisa reúnem informações para conservação e manejo de polinizadores no Brasil

Instituições de pesquisa de diversas partes do mundo já detectaram que há uma perda sensível de polinizadores a nível mundial. Responsáveis pela transferência de pólen das anteras de uma flor masculina para o estigma de flores femininas, permitindo que aconteça a fecundação, os polinizadores (aves, morcegos, besouros, borboletas, mariposas e abelhas) atuam diretamente na polinização de 75% das variedades de cultivos para alimentação humana, já que 87,5% das espécies de angiospermas não são capazes de se autofecundar.

Nos dias 30 e 31/03/2015, a Embrapa e outras instituições de pesquisa participaram da reunião final do Projeto Global GEF/PNUMA/FAO "Conservação e Manejo de Polinizadores para uma Agricultura Sustentável, através da Abordagem Ecossistêmica", coordenado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e implementado em sete países: Brasil, África do Sul, Índia, Paquistão, Nepal, Gana e Quênia. O objetivo foi compartilhar dados quantitativos sistematizados sobre as perdas populacionais de polinizadores para a elaboração de uma política pública nacional sobre polinizadores. 

Durante a reunião, pesquisadores da Embrapa e de mais de 10 instituições brasileiras de pesquisa e ensino apresentaram os principais resultados do projeto. No Brasil, o destaque foram os estudos em áreas de cultivo de algodão, caju, canola, castanha-do-brasil, maçã, melão e tomate. A Embrapa realizou pesquisas com os polinizadores da castanha-do-Brasil (Márcia Maués, Embrapa Amazônia Oriental), com os polinizadores do meloeiro (Lúcia Kiill, Embrapa Semiárido) e com os polinizadores do algodão (Carmen Pires, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia).

A pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Carmen Pires traçou um panorama completo sobre o projeto Polinizadores do Algodoeiro no Brasil, pesquisando as abelhas do algodoeiro (Gossypium hirsutum – Malvaceae) em três biomas nos quais essa cultura tem grande expressão econômica e/ou social: o Cerrado, o sul da região Amazônica e a Caatinga. O projeto foi executado pela Embrapa em parceria com a Embrapa Algodão, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB).

Segundo a pesquisadora, os estudos foram realizados em dois tipos de áreas agrícolas: duas fazendas de grande extensão de cultivo tradicional com alto grau de mecanização e uso intensivo de insumos agrícolas (Sinop, MT e Cristalina, GO) e duas pequenas propriedades de cultivo convencional com baixo nível tecnológico e sem aplicação de inseticidas (Mundo Novo e Campinaçu, GO). Também foram realizados estudos numa região de Caatinga onde o algodoeiro é cultivado juntamente com outras culturas e em sistema agroecológico (Remígio, Sumé e Prata, PB).

Os objetivos do projeto eram quatro: estabelecer quem eram os visitantes florais do algodoeiro cultivado em diversas regiões do Brasil, sob diferentes sistemas culturais; identificar os potenciais polinizadores dos algodoeiros em cada região; estimar o impacto da cotonicultura sobre os visitantes florais dos algodoeiros nos campos cultivados e em suas imediações e sugerir práticas alternativas para a melhor conservação desses agentes.

Uma alta riqueza de espécies de abelhas foi encontrada durante a pesquisa, que capturou um total de 10.260 indivíduos na Paraíba, 765 no Mato Grosso e 5.981 em Goiás. A espécie de abelha Apis mellifera(abelha do mel) foi a mais abundante, seguida por Trigona spinipes (irapuá), Gaesischia sp., Ptilothrix plumata e Diadasina sp.. Foram aproximadamente 100 espécies na Paraíba, 18 espécies no Mato Grosso e 44 espécies em Goiás.

Os resultados também mostraram que, tanto no plantio convencional quanto no orgânico, as abelhas aumentam a produção do algodoeiro. Embora a produção de algodão não dependa inteiramente da polinização promovida pelos insetos, a pesquisa verificou que ela pode ser aumentada quando as abelhas visitam as flores do algodoeiro. Os estudos realizados em Sinop (MT), entre 2011 e 2012, mostraram que os plantios que ficavam próximos a matas secundárias de floresta nativa, que apresentavam maior riqueza de abelhas, tiveram maior porcentagem de fibra, mais sementes por fruto e maior produtividade comparados com plantios localizados a 2 km de distância das matas. Os experimentos realizados no Nordeste comprovaram o que foi observado no Mato Grosso. "A produtividade foi incrementada em 27% em relação à média produzida na safra 2011/2012 com a presença de somente quatro espécies de abelhas (Appis mellifera e mais três espécies silvestres) na área. De maneira que é possível dizer que o benefício da visitação das abelhas para a produção dos algodoeiros é real", afirma Carmen Pires.

Por esse motivo, uma das recomendações do projeto é preservação das áreas cobertas por vegetação nativa nas proximidades dos campos cultivados e a inserção, no manejo das culturas agrícolas, de práticas que favoreçam os polinizadores, como a redução do uso de defensivos agrícolas – principal causa de mortalidade de abelhas. "Nossos dados mostraram que nas áreas de algodoeiro agroecológico foram observadas aproximadamente três vezes mais espécies de abelhas visitando os algodoeiros do que nas áreas de produção convencional", explica a pesquisadora.

Outras recomendações feitas pela pesquisa é a diversificação dos cultivos para garantir fonte de alimento (pólen e néctar) para as abelhas durante maior período do ano, além de atrair maior diversidade de espécies; e a utilização do sistema de Plantio Direto (sem revolvimento do solo) para favorecer as abelhas que constroem ninhos no solo. A pesquisadora complementa: "Para garantir a presença das abelhas nos cultivos agrícolas, é fundamental que os agricultores minimizem os impactos ambientais, procurando mudanças progressivas que os levem a sistemas de produção mais amigáveis para o ambiente. Em longo prazo, os próprios agricultores serão os principais beneficiados por um ambiente saudável".

Fonte: Embrapa

Produtores de manga de Petrolina estão otimistas com exportação

Mangas do Vale do São Francisco
(Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Produtores de manga de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, estão otimistas com a exportação da fruta na região. Com os pomares carregados e o dólar em alta, a expectativa é de fechar 2015 atingindo mais do que a meta do ano passado, quando foram exportadas quase 42 mil toneladas de manga, movimentando mais de 51 milhões de dólares.

Com o aquecimento do mercado, os produtores pretendem conseguir dobrar os lucros. Para aproveitar a valorização da moeda americana de quase 40% em um ano, o empresário Fernando Nogueira, que está no mercado de exportação há vinte anos, aumentou os investimentos no setor. “Questão de pôda e adubação para que as plantas produzam mais. E que a gente aumente esse volume que é bem possível”, argumenta.

Por ano, o produtor envia três mil toneladas de manga para os Estados Unidos e a boa parte da Europa. Cada caixa com 4kg da fruta, é vendida em média por sete dólares. Cada dólar vale hoje mais de R$3. “Eu já estou pensando, vamos ter um aumento de 30% da nossa exportação em relação ao ano passado”, destaca.

A valorização da manga para exportação estimula também a comercialização de mudas no município. Em um viveiro da cidade, 30 mil mudas estão prontas para o plantio e 80% delas já foram vendidas. “O pessoal está plantando mais principalmente o produtor pequeno, o colono, que não estava plantando. O empresário está procurando bastante também e estamos vendendo graças a Deus”, garante Silvio da Costa.

As mudas até dezembro de 2014 custavam R$2,50, mas com a grande procura da fruta no mercado externo agora são comercializadas por R$3 reais. O negócio ficou lucrativo, que Sílvio duplicou a área do viveiro. “A gente está sobrevivendo com isso aí, dá para levar”, afirma Costa.

As mudas passam pelo processo de enxertia para a mangueira ficar mais resistente e produzir manga no padrão de exportação em pouco tempo. “Existe algumas doenças de solo que afetam a produção diretamente que se chama seca da mangueira. E quando você enxerta a variedade de manga. Ela se torna resistente a doença na parte de solo no processo, ele seleciona um cavalo que seja resistente a doença que é a manga espada e em cima, ele enxerta a variedade que vai ser exportada ou vai ser vendida para o mercado interno que seria no caso a manga Palmer ou a Tommy”, explica o agrônomo Pedro Paulo Ximenes.

Fonte: G1 Petrolina

Assentamento do Brejo paraibano ganha Unidade Demonstrativa de beneficiamento de frutas

O assentamento da reforma agrária Emanoel Joaquim, localizado no município de Areia, a 122 quilômetros de João Pessoa, na região do Brejo paraibano, ganhou uma Unidade Demonstrativa (UD) de beneficiamento de frutas que deverá entrar em pleno funcionamento nos próximos três meses. Um grupo de dez agricultores e agricultoras está sendo capacitado, através de cursos, para gerenciar a UD que produzirá polpas de frutas.

A produção inicial utilizará como matéria-prima as frutas cultivadas no próprio assentamento, a exemplo de acerola, caju, manga, cajá e laranja. As polpas serão vendidas inicialmente nas feiras da região. Mas, o projeto dos assentados prevê a organização completa da UD para que eles também possam participar de processos de licitação para fornecimento de alimentos para a merenda escolar em municípios próximos.

A implantação da estrutura da UD foi coordenada pela Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (Coonap), entidade contratada pelo Incra/PB para prestar assistência técnica a vários assentamentos da região. Através da cooperativa, que fez parceria com o Sebrae, os assentados já participaram de duas oficinas e de um curso de beneficiamento de frutas.

A unidade foi construída em dois meses. Além da estrutura física, os agricultores receberam uma despolpadeira de frutas e uma balança de precisão. O investimento foi de quase R$ 16 mil, com recursos do Incra.

A assentada Maria de Lourdes Souza, 64 anos, disse que está otimista com a implantação da UD. “Antes tínhamos dificuldade para trabalhar coletivamente, mas quando a equipe da Coonap começou a nos acompanhar isto nos favoreceu muito”, afirmou.

Ela ressaltou que a UD será uma importante fonte de renda para os assentados, principalmente para os mais jovens. “Agora vamos nos dedicar ainda mais nesta atividade para que possamos crescer juntos”, afirmou.

As UDs são implantadas pelas entidades prestadoras de assistência técnica e funcionam como locais para teste de novas experiências, de intercâmbio entre técnicos e assentados, e de troca de ideias.

Fonte: Brejo.com / Assessoria - Incra-PB

Ministro cita importância de reformar ICMS para gerar investimentos

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu no ultimo dia 31/03, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que os parlamentares se empenhem em reformar as regras do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Atualmente, há 27 legislações deste tributo estadual, o que representa, segundo analistas, um dos principais entraves aos investimentos no país. Vários governos já tentaram no passado emplacar uma reforma tributária para mudar essa legislação, mas acabaram não conseguindo o apoio necessário no Congresso Nacional. Disputas regionais e o receio em perder autonomia para fixar as alíquotas do ICMS por parte dos estados têm travado o processo.

Sinalização para investidores
De acordo com o ministro Levy, o importante, neste momento, seria a reforma do ICMS em si, e não em quanto tempo a aplicação da alíquota unificada do tributo seria implementada pelos estados. Ele observou que uma resolução do Senado Federal poderia disciplinar o assunto.

"O importante não é nem quanto tempo irá demorar, mas quando será decidido. O importante é que a decisão seja feita. Oito anos, ou até dez anos para se chegar a 4% [de alíquota do ICMS]. Se o investidor puder, ele vai tomar as decisões corretas, e sabendo das capacidades de crescimento. O importante, assim como no ajuste fiscal, é decidir e dar a sinalização para que os empresários possam se mexer", declarou Levy no Congresso Nacional.

Segundo ele, seria importante para os investidores e empresários saberem, neste momento, quão "sólida" é a plataforma proporcionada pelo ajuste fiscal e pela novo desenho das alíquotas do ICMS. Levy acrescentou que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz, que reúne o governo e secretários de Fazenda dos estados) não se furtará, no futuro, após a reforma do ICMS, a "convalidar" os benefícios fiscais (descontos no ICMS concedidos para algumas empresas) já existentes.

"Tenho certeza que o Confaz não vai se furtar a convalidar os benefícios. Aí serão consagrados. A decisão vai acelerar o investimento e o eixo de crsecimnto será respeitosa com as especificidades de cada estado. Há estados ricos que não se encontrem amanhã em situação de insuficiência. Erosão da base tributária é um risco forte para todos. A ajuda será importante", declarou o ministro da Fazenda.

Questionado se o governo manteria os recursos para os fundos de compensação, Joaquim Levy afirmou que é importante o governo não se precipitar neste assunto.

"As perdas têm que ser bem medidas e [o ressarcimento aos estados] compatível com capacidade da União de cumprir novos compromissos, ao mesmo tempo que tem de cumprir outros compromissos. Quando paga aposentadorias, não paga só em um lugar. Paga no Brasil inteiro. Há uma abertura de se tratar com muito realismo a questão federativa do ICMS e a União, dentro de suas limitações hoje, não há o desejo de se aumentar muito dos impostos, de se inventar novos impostos", declarou Levy.

Esforços do governo

Em 2013, a equipe econômica, comandada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou reformar o ICMS e, para isso, acenou com alguns benefícios para os estados, como fundos de compensação, convalidação de benefícios fiscais e mudança do indexador das dívidas estaduais.

Pela última proposta do governo, que não foi aprovada, a alíquota do ICMS para a Zona Franca de Manaus, e para o gás boliviano, importado pelo Mato Grosso do Sul, seria de 12%. Para os demais estados, a alíquota iria para 4% no decorrer de oito anos, mas permaneceria em 7% o setor industrial do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo.

A proposta do governo também contemplava a chamada "convalidação" (acordo para manutenção) dos benefícios fiscais já concedidos, acabando com a insegurança jurídica em torno deste assunto, e, também, a mudança do indexador das dívidas estaduais - tema que voltou à tona nesta semana.

Para compensar as perdas de alguns estados, com a unificação da alíquota do ICMS, o governo propôs, em 2013, a criação de dois fundos: o fundo de desenvolvimento regional e o de compensação.

Esses fundos envolviam cerca de R$ 450 bilhões nos próximos 20 anos, sendo parte em recursos orçamentários e outra parte em empréstimos. No caso do fundo de desenvolvimento regional, 25% dos recursos seriam orçamentários e o restante (75%) em empréstimos.

Fonte: G1

Ministério diz que recursos do Plano Safra 2015/16 podem chegar a R$ 176 bilhões

O Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, confirmou nesta terça-feira, 7, que os recursos do Plano Safra 2015/2016 podem chegar a cerca de R$ 176 bilhões, R$ 20 bilhões acima de 2014/2015. Ele afirmou que a prioridade é manter pelo menos R$ 89 bilhões dos recursos com juros controlados para custeio. Os juros do plano também estão em vias de serem definidos e podem ficar entre um e dois pontos porcentuais maiores que o da edição anterior, chegando a no máximo 8,5% ao ano.

O governa trabalha para ampliar em R$ 20 bilhões os recursos livres - uma parte desse aumento ocorreria por meio de mudança nas regras da Letra de Crédito Agrícola (LCA). "A gente sabe que é muito importante não perder essa injeção de recursos para o Plano Safra. A grande discussão é como aumentar os recursos disponíveis", disse. "Se a safra for financiada a juros muito elevados, criaremos problema para o futuro, como não pagamento", ponderou.

Nassar afirmou ainda que o Banco do Brasil está sob pressão de produtores para liberar recursos para custeio. O secretário explicou que o BB tem recursos para o pré-custeio, mas ponderou que o dilema é a qual taxa emprestar. "Estamos dependendo do BB para trabalhar", afirmou. "O BB gostaria que anunciássemos amanhã o Plano Safra, mas isso não é simples. O Plano Safra é grande e temos discussão grande de quais vão ser essas taxas", disse.

Fonte: Estadão Conteúdo/DCI

terça-feira, 7 de abril de 2015

Resíduos de laranja e banana podem contribuir para a produção de etanol

Laranja e banana, as duas frutas mais cultivadas no Brasil, podem vir a ser também – devido aos seus resíduos – importantes fontes complementares para a produção de bioetanol veicular. Esse é o objetivo da pesquisa “Produção de bioetanol utilizando cascas de banana e laranja por cofermentação de Zymomonas mobilis e Pichia stipitis”, apoiada pela FAPESP.

O estudo foi coordenado por Crispin Humberto Garcia Cruz, professor titular da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de São José do Rio Preto, e desenvolvido pela doutoranda Michelle Cardoso Coimbra, bolsista da FAPESP.

“Claro que as respostas obtidas em laboratório não podem ser simplesmente extrapoladas para um processo industrial em grande escala. Mas elas permitem uma estimativa. Com base nos valores obtidos em escala laboratorial, se todos os resíduos resultantes das culturas de laranja e banana fossem convertidos em etanol, teríamos uma produção anual de 658 milhões de litros”, disse Garcia Cruz à Agência FAPESP.

Cardoso Coimbra descreveu, passo a passo, o processo realizado em laboratório. “Inicialmente, as cascas são secas e trituradas. Depois, passam por um pré-tratamento de hidrólise ácida, realizada com ácido sulfúrico a 5% (existem outras alternativas de pré-tratamento, como a hidrólise alcalina, a explosão a vapor etc.). O material pré-tratado é misturado com enzimas em solução por cerca de 24 horas.

Após a hidrólise enzimática, a mistura é filtrada e desintoxicada com carvão ativado para a retirada de compostos inibidores que podem ser formados na etapa da hidrólise ácida. O material é, então, utilizado como substrato para fermentação, realizada por culturas de Zymomonas mobilis e Pichia stipitis, produzindo o etanol”.

“Com a utilização da cultura consorciada de Zymomonas mobilis e Pichia stipitis, a produtividade foi maior, em comparação com os processos baseados em apenas um dos microrganismos. Isso ocorre porque, com os dois microrganismos, tanto as pentoses quanto as hexoses liberadas com a hidrólise das cascas podem ser transformadas em etanol”, comentou Garcia Cruz.

A produção brasileira de etanol de cana-de-açúcar, anidro e hidratado, é de aproximadamente 27 bilhões de litros por ano. O etanol de resíduo de laranja e banana corresponderia a 2,5% desse volume. Considerando apenas o etanol de cana-de-açúcar hidratado, que é o utilizado como combustível, a produção anual brasileira é de 15 bilhões de litros. Neste caso, o percentual do aporte do etanol de resíduo de laranja e banana subiria para 4,3%.

A maior parte desse aporte viria da citricultura.

12 milhões de toneladas de resíduos

O Brasil é, atualmente, o maior produtor de laranja do mundo, com uma produção anual da ordem de 18 milhões de toneladas. “Mais ou menos 50% do peso da laranja é formado pela casca e pelo bagaço, que são seus principais resíduos. Podemos estimar, portanto, 9 milhões de toneladas de resíduo de laranja por ano, que poderiam, idealmente, ser convertidos em 570 milhões de litros de etanol”, informou Michelle Cardoso Coimbra.

A banana, a segunda fruta mais cultivada no país, tem uma produção anual de aproximadamente 7 milhões de toneladas. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de cada 100 quilos de bananas colhidas, 46 quilos não são aproveitados por não atenderem aos padrões de consumo. Apenas a produção rejeitada gera ao redor de 3 milhões de toneladas de resíduos por ano. “Também idealmente, esse montante poderia ser convertido em 88 milhões de litros de etanol”, acrescentou a pesquisadora.

Somando-se os 570 milhões de litros provenientes da laranja com os 88 milhões de litros resultantes da banana, chega-se ao valor total de 658 milhões de litros/ano.

Os números são, por enquanto, puramente teóricos. Não existe no Brasil nenhuma usina de produção de etanol associada à fruticultura. Tais usinas teriam de ser instaladas preferencialmente próximas às áreas de cultivo dessas frutas, ou adaptações nas unidades atuais precisariam ser feitas. Além disso, a captação e o aproveitamento dos resíduos de frutas dependem de vários fatores. Um deles é que a geração desses resíduos ocorre em diferentes fases dos ciclos da laranja e da banana: colheita, transporte, revenda e pós-consumo.

O outro fator, ainda mais importante, é que a produção de etanol a partir de resíduos de frutas depende da chamada tecnologia de segunda geração, que consiste na quebra das cadeias de celulose e de hemicelulose por meio da hidrólise enzimática e no aproveitamento dos açúcares resultantes.

Custo das enzimas

“Um dos principais gargalos é o alto valor das enzimas necessárias para a liberação dos açúcares na etapa de hidrólise da celulose e da hemicelulose. Outro é o uso de microrganismos geneticamente modificados ou culturas consorciadas de microrganismos que possam fermentar as hexoses e pentoses liberadas com a hidrólise, aumentando assim o rendimento da produção de etanol de segunda geração”, explicou Garcia Cruz.

A primeira usina de etanol de cana-de-açúcar de segunda geração entrou em operação comercial no país no final do ano passado, em São Miguel dos Campos, Alagoas. Essa usina está localizada perto de outras três, que produzem açúcar e etanol de primeira geração, e que vendem parte do resíduo de sua produção (palha e bagaço de cana) para a usina de segunda geração. Tal arranjo, fundamental para a redução de custos com o transporte, não ocorreria, no curto prazo, no caso dos resíduos de frutas.

Apesar desses senões, os pesquisadores consideram o etanol de resíduos de frutas uma opção comercialmente promissora. Ainda mais que existiriam subprodutos. “A queima dos resíduos resultantes das várias etapas da produção do etanol poderia gerar energia elétrica. Além disso, para a utilização das cascas de laranja, seria recomendada a extração dos óleos essenciais, compostos principalmente por limoneno, subproduto de interesse para indústrias alimentícias”, afirmou Garcia Cruz. 

Fonte: Agência Fapesp

Curso: Assuntos Regulatórios na Industria de Alimentos

Assuntos Regulatórios na Indústria de Alimentos
16 de abril de 2015, das 9h às 16h.
CRQ-IV: Rua Oscar Freire, 2039 – São Paulo – SP


A Comissão de Alimentos do CRQ-IV (Conselho Regional de Química – IV Região), juntamente com o Sinquisp (Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo), com o intuito de atender as solicitações e aprimorar os conhecimentos dos profissionais da química que atuam na área de alimentos, promove o curso “Assuntos Regulatórios na Indústria de Alimentos“. 

Objetivo do curso 

Esclarecer aos profissionais que atuam na área quais são as responsabilidades e pontos de atenção dentro de Assuntos Regulatórios. 

Conteúdo 

Introdução aos Órgãos Reguladores 

Assuntos Regulatórios e o Desenvolvimento de Produtos 

Consulta Pública 29/2014 - Rotulagem de Alergênicos 

RDC 54/2012 - Informação Nutricional Complementar 

Instrutora 

Amanda Moré 

Cientista de Alimentos formada pela ESALQ/USP 

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela mesma instituição 

9 anos de experiência em Assuntos Regulatórios na indústria de alimentos. 

Dúvidas e maiores informações:

Inscrições: 

Até 09/04/2015, pelo site www.sinquisp.org.br

Investimento: 

Profissionais da química registrados no CRQ-IV   R$ 150,00 
Estudantes de química cadastrados no CRQ-IV     R$ 150,00 
Profissionais filiados ao Sinquisp                           R$ 130,00 
Outros profissionais                                                R$ 400,00 


No valor, estão incluídos dois coffee-breaks e o fornecimento de apostila. As despesas com almoço, transporte e eventualmente hospedagem correrão por conta do participante. 

Ao final do curso será emitido Certificado

Ministério da Saúde lança livro que estimula o consumo de alimentos saudáveis

Somente um quarto dos brasileiros consome a quantidade de frutas e hortaliças recomendadas pela OMS. O livro Alimentos Regionais Brasileiros traz dicas saudáveis da culinária brasileira 


Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, que este ano tem como tema a alimentação, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, lançou nesta terça-feira (7/4) o livro Alimentos Regionais Brasileiros, com comidas típicas de cada região e dicas de como cozinhar com mais saúde. O principal objetivo é estimular a população para o consumo de uma alimentação saudável capaz de promover saúde e mais qualidade de vida, reduzindo a obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças.

Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) mostram que apenas um quarto da população brasileira (24,1%) consome a quantidade de frutas e hortaliças recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em cinco ou mais dias da semana. Segundo a OMS, a ingestão necessária é de pelo menos 400 gramas desses alimentos diariamente. Esse consumo é ainda menor entre os homens, quando o índice é de 19,3%, e maior entre as mulheres, 28,2%.

Durante a cerimônia de lançamento do livro, o ministro ressaltou que, apesar dos resultados da pesquisa, a diversidade culinária e variedade de frutas e hortaliças do Brasil possibilita à população manter uma alimentação saudável. “O lançamento do Guia e Alimentos Regionais é um marco importante no compromisso do governo brasileiro para priorizar a alimentação segura e mais saudável. Além de valorizar a cultura, pelos saberes e práticas regionais”, destacou o Chioro.

A coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Débora Malta, aconselhou a população a seguir as recomendações do novo guia. “Prefiram sempre alimentos in natura, ou minimamente processados, e preparações culinárias a alimentos ultra processados. Os alimentos On natura, são as frutas e verduras, encontradas na natureza. Já, como exemplo dos minimamente processados, temos o arroz, que precisa ser descascado para ser consumido. Os alimentos ultraprocessados são os industrializados, como barras de cereais e macarrão instantâneo”, explicou a coordenadora.

Desenvolvido como complemento do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em novembro de 2014, o Alimentos Regionais Brasileiros pretende incentivar especialmente o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. A publicação faz parte da premissa principal do Guia Alimentar que é a de a base da alimentação seja feita com alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de recomendar que sejam evitados os produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).

Além de orientar sobre o tipo de alimento (características e uso culinário), o Alimentos Regionais traz informações de como comer e preparar a refeição, uma lista de possíveis substituições para as preparações desenvolvidas, ressaltando a diversidade cultural brasileira. A intenção é proporcionar a população o conhecimento das mais variadas espécies de frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos, cereais, ervas, entre outros existentes no país. 

OFICINAS - Para a edição do livro, que revisa a versão de 2002, foram realizadas seis oficinas culinárias, uma em cada região do país e duas na região Nordeste. O foco foi o preparo de receitas culinárias contendo frutas, verduras e legumes disponíveis nos locais e pratos tradicionais da cultura alimentar dessas regiões, nas quais esses alimentos pudessem ser adicionados sem descaracterizar a comida.

O levantamento, realizado pela Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde em parceria coma Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituições de ensino, pesquisadores e profissionais de saúde, é direcionado às famílias e também as pessoas que trabalham com a promoção da saúde da população – profissionais de saúde, agentes comunitários, educadores, entre outros. A versão digital já está disponível no portal do Ministério da Saúde.

Além do consumo recomendado de frutas e hortaliças, o Vigitel traz ainda outros dados importantes sobre a alimentação dos brasileiros. O estudo mostra que 29,4% da população ainda consome carne com excesso de gordura, apesar de o índice ter apresentado queda ao longo dos anos – saindo de 32,3% em 2007. Os homens consomem duas vezes mais, com 38,4%, enquanto entre as mulheres o índice cai para 21,7%. A pesquisa apontou também que o brasileiro tem diminuído a ingestão de refrigerante. O consumo desse produto diminuiu 20% nos últimos seis anos. No entanto, mais de 20,8% da população faz uso de refrigerantes cinco vezes ou mais na semana (23,9% entre os homens e 18,2% entre as mulheres).

Quando se trata do alimento mais consumido pelos brasileiros, o Vigitel mostrou que o consumo regular de feijão em cinco ou mais dias na semana é de 66%. Neste item, o percentual foi maior entre os homens (73%) e menor entre as mulheres (61%). No Brasil, esse índice não tem se alterado ao longo dos anos. 

CAMPANHA PUBLICITÁRIA

Além do lançamento do livro, o Ministério da Saúde apresenta também a campanha “Da Saúde se Cuida Todos os Dias”. Com foco na Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), o objetivo é incentivar mudanças individuais e de comportamento, reconhecendo que a saúde não é fruto apenas da vontade própria, mas também dos contextos social, econômico, político e cultural em que estão inseridos. Ao longo do ano, oito temas serão abordados, iniciando com o Incentivo à Alimentação Saudável. Além das peças (cartaz, folder, post para redes sociais, banner de internet), também será lançando o portal www.saude.gov.br/promocaodasaude, com a versão digital do Guia Alimentar para a População Brasileira e do Guia de Alimentos Regionais Brasileiros.

Fonte: Ministério da Saúde