quinta-feira, 9 de abril de 2015

Produtores paranaenses são capacitados pela Emater para produção de morangos sem uso do solo

Foto: Divulgação Emater PR
Produtores da região de Mandiritiba participaram nesta semana de um curso sobre a produção de morangos no sistema semi-hidropônico. O treinamento foi feito pela Emater, com o apoio da Prefeitura de Manditituba e atendeu 60 produtores. 

O coordenador técnico regional da Emater, João Ribeiro dos Reis Júnior, explica que esse trabalho com os produtores faz parte de uma estratégia de levar novas alternativas de geração de renda para famílias atendidas pelo projeto Sustentabilidade, com contrato pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, através de chamada pública, e executado pelo serviço oficial de assistência técnica e extensão rural paranaense. 

"A maioria dessas famílias produzia frangos para uma indústria que fechou as portas recentemente. A tecnologia e a cultura que estamos divulgando permite aproveitar a estrutura dos aviários já instalados, exigindo apenas a substituição da cobertura de telhas por filme plástico transparente", disse o coordenador.

NA PRÁTICA – O treinamento teve como instrutores os técnicos Ênio Ângelo Todeschini e Alexandre Meneguzzo, da Emater do Rio Grande do Sul. A parte prática aconteceu na propriedade do agricultor Ademir Moleta, que há um ano se dedica à produção de morangos em Mandirituba.

O cultivo do morango nos sistema semi-hidropônico dispensa o uso do solo, é feito em bancadas e utiliza apenas um substrato especial para o desenvolvimento das raízes. Segundo o engenheiro agrônomo Ênio Tedeschini, é uma alternativa que traz inúmeras vantagens para o produtor e também o consumidor. 

Ele destaca que o sistema permite a colheita de um fruto mais limpo. Como é realizado em ambiente protegido, reduz o uso de agroquímicos, racionaliza o uso da água, minimiza os impactos ambientais e possibilita ganho de até 100% produtividade. 

“O mais importante é que o sistema semi-hidropônico torna mais fácil o trabalho do produtor. Isto acontece porque o trabalhador não precisa curvar o corpo para fazer os tratos culturais ou a colheita dos frutos, situação que ocorre no cultivo no solo", destaca o engenheiro agrônomo.

Antônio Lunardcz, coordenador do projeto Fruticultura da Emater para a região Sul do Estado, explica que na região de Curitiba cerca de 12% da produção de morango já saem de propriedades rurais que utilizam o sistema semi-hidropônico ou também chamado cultivo em substrato ou cultivo em sacolas. 

"Com o plantio no solo, o produtor enfrenta muitos problemas fitossanitários, tem dificuldade de fazer a rotação de culturas e sofre ao ter que trabalhar agachado, forçando a coluna. A tecnologia que estamos divulgando resolve tudo isso, dando, inclusive, maior bem estar ao agricultor e sua família em sua lida com a plantação", explica.

O Paraná tem cerca de 600 hectares ocupados com a cultura do morangueiro e uma produção de 17,5 mil toneladas anuais. A renda obtida com está atividade representa 7,5% do valor bruto de produção da fruticultura. "A cultura é desenvolvida por cerca de 400 agricultores familiares, que com o plantio de apenas 5 mil plantas podem obter uma renda média mensal de R$ 1,9 mil", enfatiza Antônio Lunardecz.


Fonte: Agencia de Noticias do Paraná
           http://www.aen.pr.gov.br/

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