quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Fertilizantes foliares complexados com aminoácidos ajudam a corrigir carências nutricionais em plantas


Processo também favorece a velocidade e a eficiência da absorção, beneficiando regiões afetadas pelo El Niño que registram índices pluviométricos elevados

A complexação de nutrientes por aminoácidos de origem natural permite formular fertilizantes foliares que apresentam vantagens para diferentes culturas de grãos e hortifruti. As soluções auxiliam na correção de deficiências nutricionais causadas por estresse biológico, físico ou químico, por exemplo. Além disso, possuem elementos mais biodisponíveis, ou seja, com um grau de aproveitamento superior, o que favorece a velocidade e a eficiência da absorção pelas plantas.

De acordo com o engenheiro agrônomo Átila Francisco Mógor, professor doutor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), se os componentes da formulação orgânica forem aminoácidos com configuração levógira – obtidos a partir de processos de fermentação, por exemplo –, oferecem outros benefícios. “Além da função de agente complexante, o aminoácido pode ser incorporado ao metabolismo vegetal e participar de processos biológicos da planta e oferecer resposta aos estresses”, observa.

Como a disponibilidade do nutriente é mais rápida, também pode-se reduzir as perdas por lavagem com chuvas, conforme explica Mógor. Essa característica é benéfica principalmente em áreas afetadas pelo fenômeno climático El Niño, como as regiões Sul e Sudeste, que têm registrado índices pluviométricos elevados. “A complexação evita que o nutriente fique preso na cutícula e na epiderme da planta. Se o produto ficar exposto durante muito tempo na cutícula, na parte externa da folha, é mais provável que a chuva o lave”. 

A Alltech Crop Science, especializada em nutrição vegetal, elabora fertilizantes foliares complexados com aminoácidos, desenvolvidos a partir da fermentação de leveduras derivadas da cana-de-açúcar. “Os produtos são corretores de carências nutricionais necessários em condições de solos deficientes e diante do efeito do estresse competitivo ocasionado pelo adensamento populacional no sistema produtivo, além dos casos de estresse salino, alta temperatura, excesso de chuvas, entre outros fatores de interferência ambiental. Então, quanto mais rápido a absorção ocorre, mais rápida é essa suplementação nutricional e correção da carência”, observa o engenheiro agrônomo Leonardo Porpino, gerente técnico da empresa.

“Os aminoácidos participam de várias funções no metabolismo das plantas e interagem com a sua nutrição, tornando mais eficiente tanto a absorção dos nutrientes, quanto seu transporte e a assimilação. As plantas já produzem aminoácidos por conta própria, mas em função de todos os estresses inerentes à atividade agrícola, a demanda é maior que a quantidade produzida em condições naturais”, afirma Porpino. No entanto, ele ressalta que a adubação foliar apenas complementa a aplicação via solo, já que as plantas absorvem de maneira eficaz na superfície da folha.

Guatambu Estância do Vinho encerra 2015 com aumento de 175% no faturamento

Crescimento nas vendas está ligado ao salto de qualidade dos espumantes e às premiações recebidas pelos rótulos nos últimos dois anos


A Guatambu Estância do Vinho encerra 2015 comemorando o aumento de 175% no faturamento, em relação às vendas de 2014. Um dos grandes motivos, segundo o diretor e sócio proprietário da vinícola, Valter José Pötter, está diretamente ligado ao salto de qualidade da linha de espumantes, através das excepcionais safras das uvas brancas do triênio 2013/2014/2015. “A qualidade reflete nos expressivos prêmios que recebemos e no aumento das vendas”, declara.

Além disso, o constante crescimento na região sul e a significativa abertura no mercado das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro também reforçam o excelente momento. “Em São Paulo fechamos no primeiro semestre deste ano uma parceria com a adega itinerante Los Mendozitos, somos os únicos brasileiros na carta de vinhos deles”, conta. No Rio de Janeiro, o cenário é otimista: foram 25 novos pontos de venda na cidade, entre bares, bistrôs e restaurantes.

Pötter ressalta que a alta do dólar no último trimestre também despertou o interesse do público consumidor em rótulos nacionais: “Até 2014, tínhamos apenas um ponto de venda em Santana do Livramento, cidade conhecida pelos Free Shops. Em 2015 fechamos 20 novos locais que comercializam nossos vinhos”.

A vinícola boutique localizada em Dom Pedrito, RS, na Campanha Gaúcha, existe há doze anos e seus vinhedos estão localizados na latitude 30º58’ sul – a mesma de países como Argentina, Chile, África do Sul e Austrália, referências na produção de vinhos. Desde 2012 sua produção ocorre totalmente nas instalações do empreendimento, inaugurado para visitação em 2013: uma construção que engloba toda a área de produção, auditório, salão com parrilla para eventos e loja. Desde a abertura para o público até novembro de 2015, o local recebeu mais de 15.000 visitantes de diversas cidades do RS, além de muitos turistas uruguaios, que prestigiam a programação que conta com almoços harmonizados e cursos de degustação. Somente este ano, a vinícola recebeu mais de 10 prêmios em eventos e concursos.

O ano foi marcado pelo lançamento de novos produtos, como o vinho Épico, disponibilizado no mercado durante a ExpoVinis 2015 e vencedor Grande Prova Vinhos do Brasil 2014/2015 na categoria Tinto Corte. Expoente de mais alta gama da vinícola, o Épico foi elaborado com pequenas reservas de vinhos de quatro diferentes safras (2011, 2012, 2013, e 2014) das melhores parcelas dos vinhedos de Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat e Tempranillo, sendo que todos passaram por carvalho francês e americano.

Na mesma ocasião também foram lançados o primeiro varietal Pinot Noir da Guatambu, safra 2014, dentro da linha Rastros do Pampa, da qual também faz parte o Rastros do Pampa Tannat, ganhador na categoria Melhor Tinto Nacional do Top Ten da ExpoVinis 2014, e o branco Luar do Pampa Gewürztraminer 2015. 

Mais recente produto disponível no mercado, o Espumante Angus Extra-Brut, é uma parceria com Associação Brasileira de Criadores da Raça Angus. Elaborado com uvas Chardonnay, colhidas manualmente, é produzido pelo processo champanoise, revela aromas finos de frutas de polpa branca, como ameixa branca e pera dando lugar, em segundo plano, a notas delicadas de pão tostado e leveduras. Este é o segundo rótulo produzido pela vinícola para a Associação, que em 2014 lançou o Vinho Angus Tannat.

Perspectivas 2016
Em março de 2016 está marcada a inauguração do Parque Solar da vinícola, com 600 painéis foto-voltaicos, que servirão para suprir 100% da demanda energética da produção e também servirão como cobertura no estacionamento de carros, na entrada da propriedade. É um investimento de R$ 1,3 milhões, com previsão de retorno em oito anos. Atualmente, 18 painéis serviram de piloto por dois anos, no fornecimento de parte da energia para as instalações. Além de economia de energia elétrica, o sistema registra a economia na emissão de CO2 e devolverá à rede de energia a produção sobressalente que não for utilizada. “Nosso consumo no pico é de 20 mil quilowatts por mês. Com a instalação do sistema fotovoltaico, vamos garantir uma economia financeira e de energia”, afirma Pötter. “Nossa trajetória empresarial sempre foi norteada pela inovação e sustentabilidade econômica, social e ambiental dos empreendimentos. No caso da vinícola não poderia ser diferente”, afirma.

A previsão de aumento das vendas, em comparação a 2015, é de 50%, com também aumento de público visitante em 100%, tendo como estimativa um público de 12000 pessoas que visitarão o empreendimento, com ticket médio de R$ 100,00.

Novos produtos
Uma nova linha de vinhos tranquilos entrará na lista de rótulos oferecidos, com o lançamento da linha Lendas, de alta gama, como o vinho Épico. Segundo a enóloga e sócia-proprietária da Guatambu, Gabriela Hermann Pötter, são vinhos varietais como Cabernet Sauvignon, Tannat e Tempranillo: “são bebidas que terão mais tempo de amadurecimento em barricas e maior potencial de guarda”. O nome Lendas remete à cultura da região do Pampa Gaúcho e a diversas lendas do folclore local, como o “Baile dos Anastácios” e “Negrinho do Pastoreio”.

Um espumante também está previsto para 2016: será o primeiro espumante negro da Guatambu, elaborado com uvas Merlot pelo método champenoise, onde a casca das uvas tintas são maceradas junto com o bagaço, dando cor à bebida. “É um estilo ainda pouco comum no Brasil, mas fácil de encontrar na Europa, Argentina e Chile”, afirma Gabriela.

Agronegócio brasileiro vai à COP-21 em busca de reconhecimento à sua produção sustentável e investidores globais


A Sociedade Rural Brasileira (SRB) realiza na próxima segunda-feira, no dia 07 de Dezembro, em Paris, um debate sobre uso sustentável das terras no Brasil. O Sustainable Land Use in Brazil ocorre paralelamente à 21ª reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP21), iniciada na última segunda-feira na capital francesa. O encontro tem apoio da Apex, da Embaixada Brasileira na França, do banco Credite Agricole, da consultoria francesa de negócios Business France, além das entidades brasileiras Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar) e (CPI) Climate Policy Initiative.

Além de debater o uso da terra, o evento deve criar um ambiente que leve o Brasil a ser reconhecido pela comunidade internacional como um dos países mais sustentáveis do mundo para atrair investimentos, conciliando ainda mais a produção agrícola e a preservação ambiental.

Para o presidente da SRB, Gustavo Diniz Junqueira, o Brasil vem desenvolvendo mecanismos de valorização da produção em consonância com a floresta preservada, de modo a criar as diretrizes de uma economia competitiva e fundamentada em baixa emissão de carbono. Nesse contexto, avalia o dirigente, um dos grandes desafios do País é buscar o reconhecimento da comunidade internacional sobre a capacidade da produção sustentável do agro brasileiro e, portanto, atrair o capital dos investidores globais para apoiar a intensificação de áreas degradadas. "Para colocar as ações em prática, os países precisam reconhecer que o avanço nas discussões sobre as metas climáticas e o uso sustentável da terra não pode ser dissociado das negociações comerciais", avalia o executivo.

Junqueira está confirmado para o debate ao lado de representantes de importantes organizações. A dirigente da Unica, Elizabeth Farina, vai tratar sobre como a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis ??de energia pode combater as alterações climáticas: "A produção da cana-de-açúcar no Brasil é uma das atividades mais sustentáveis do agronegócio mundial, com benefícios sociais, econômicos e ambientais", aponta. Rachel Biderman, do World Resources Institute (WRI), falará sobre as oportunidades para promover a restauração florestal no Brasil, enquanto Marcello Britto, da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), discutirá os princípios e as práticas da agricultura de baixo carbono.

O Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) vai ao evento para desconstruir a imagem da pecuária como vilã das mudanças climáticas: "Vamos discutir o papel da atividade no alcance das metas estabelecidas pela Convenção de Mudanças Climáticas, além de divulgar o nosso trabalho em prol de uma atividade mais sustentável", disse o vice-presidente Francisco Beduschi. Quem também estará presente é Thomas Heller, fundador do Climate Policy Initiative (CPI). Para Heller, o Brasil possui grande potencial inexplorado para melhorar a produtividade: "Há regiões de excelência, especialmente em certas culturas, mas parcela substantiva da área do País ainda é explorada com pouca produtividade, especialmente na pecuária", observa o executivo.

As discussões serão mediadas por Roberto Waack, presidente do conselho da Amata e coordenador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento multissetorial, pioneiro no Brasil, que visa a concretização de uma nova economia de baixo carbono.

Agropecuária terá PIB positivo em 2015, prevê secretário de Política Agrícola do Mapa


A agropecuária apresentará Produto Interno Bruto (PIB) crescente em 2015, comprovando que o setor continua investindo em aumento de produção e produtividade, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), André Nassar. Nesta quarta-feira (2), ele divulgou nota técnica analisando o resultado do PIB agropecuário do 3º trimestre deste ano, que teve queda de -2% em relação a igual período de 2014. Os números foram anunciados nessa terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com Nassar, a variação anual (quatro trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. “Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014, demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014.” Abaixo, a íntegra da nota técnica do secretário de Política Agrícola:

PIB agropecuário do 3º trimestre de 2015

O IBGE divulgou em 01 de dezembro de 2015 os resultados do PIB do 3º trimestre de 2015.

Os principais resultados são os seguintes:


O PIB agropecuário apresentou queda de -2% no 3º trimestre de 2015 em relação ao 3º trimestre de 2014. Essa queda ocorreu por conta de menores produções em lavouras colhidas no terceiro trimestre, sobretudo café, cana-de-açúcar e trigo.

Na taxa acumulada em 4 trimestres a agropecuária apresentou crescimento de 2,1%. O mesmo resultado foi observado na taxa acumulada nos 3 trimestres de 2015 (2,1%). Já o PIB total caiu em ambos os casos. Os dados do terceiro trimestre são bom indicativo do que deverá ocorrer no ano de 2015. Ou seja, o PIB agropecuário em 2015 deverá crescer ao redor de 2%.

A mensagem positiva está no fato de que a agropecuária apresentará PIB crescente em 2015, comprovando que o setor continua investindo em aumento de produção e produtividade. O gráfico 1 mostra que a variação anual (4 trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014 demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014. Os dados de 2014 e 2015 mostram que o setor tem conseguido crescer a uma taxa ao redor de 2% ao ano sem interrupção nos últimos 6 trimestres.

O gráfico2 traz o PIB agropecuário trimestral em valores correntes de 2013 a 2015. Em 2015 o comportamento do PIB agropecuário segue a tendência normal de queda ao longo do ano por conta da entressafra do segundo semestre.

A amora-preta ocupa espaço no mercado da indústria e de mesa ao valorizar o seu potencial



Foto: Paulo Lanzetta
Embrapa lança, no dia 8, a nova variedade BRS Xingu, com período tardio de colheita e mais produtiva. O evento marca uma jornada técnica para discussão de melhorias na cultura. 

A moda agora é você preparar para eventos especiais os bolos pelados, os "naked cakes", que na sua maioria utilizam frutas. Neste caso, algumas frutas pouco usadas, ou comercialmente mais caras, e que carregam a delicadeza e o potencial nutricional recomendados por especialistas da área da saúde como o caso das frutas vermelhas. Entre elas, encontramos a amora-preta.

A amora-preta, embora considerada uma fruta pouco cultivada e usada na nossa região, está presente em algumas pequenas propriedades. " A cultura da amoreira-preta é destinada aos agricultores familiares, pois é possível agregação de valor ao produto, aproveitamento da terra e se pode contar com a família no manejo, poi precisa de bastante mão de obra", orienta a pesquisadora Maria do Carmo Bassols Raseira, da Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, que trabalhou junto ao lançamento de seis variedades e que vem há muitos anos se dedicando a novas pesquisas. Através do melhoramento genético da fruta, os estudos possibilitam lançar ao mercado variedades com características desejáveis para mesa e para indústria.

Por este longo trabalho, a Embrapa é a responsável no país por desenvolver cultivares de amoreira-preta para a produção comercial. Os estudos de pesquisa em torno da cultura, se iniciaram em 1973, e de lá prá cá, foram lançadas seis cultivares: Ébano, Negrita, Kaigangue, Guarani, Xavante e Tupy, sendo esta última, a mais cultivada no mundo. 

Antes do término do ano de 2015, a Empresa lança o mais novo produto em fruticultura: a BRS Xingu. Uma variedade de amoreira-preta que vem atender desejos do agricultor e do consumidor como um período mais tardio de colheita - cerca de 15 dias a mais que a variedade Tupy - e sabor mais doce. O lançamento vai ocorrer no dia 8 de dezembro, às 9 horas, nas dependências da sede da unidade de pesquisas, em Pelotas.

A amoreira-preta BRS Xingu

Originária de cruzamento realizado em 2003 entre a cultivar Tupy e a cultivar americana ‘Arapaho', a cultivar BRS Xingu é bastante semelhante ao seu parental materno, se distinguindo pela maturação um pouco mais tardia. Em média, a maturação inicia 10 dias depois da cultivar Tupy e o período de colheita se estende por mais duas semanas, após o final da colheita da cultivar Tupy.
Testada como seleção Black 164, suas plantas têm espinhos nas hastes, as quais são de hábito semiereto a ereto, não sendo resistentes à ferrugem-da-haste. Segundo a pesquisadora, essa condição de ser semiereta pode ser identificada como uma dificuldade, sendo necessária a sustentação de arame para seu desenvolvimento. Quanto a sanidade das plantas, a amoreira não apresentou nenhuma ocorrência, por isso, não sofreu nenhum tratamento fitossanitário, apenas se usou adubo mineral.

Essa cultivar tem a mesma faixa de adaptação da cultivar Tupy, ou seja, áreas com 200 a 300 horas de acúmulo de temperatura hibernal abaixo de 7,2 ºC. Entretanto, isso não significa que não possa se adaptar a outras áreas, apenas que ainda não foram testadas em condições diferentes. A BRS Xingu, como todas as cultivares de amora-preta, em geral, não se adapta a solos encharcados. "Temos parceiros para cultivo e adaptação nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, assim como temos trabalhos em conjunto com uma empresa na Escócia, que faz testes em diversos países, como será o caso, da Guatemala e México. E também nos procuraram para manter contato, uma empresa chilena", contou a pesquisadora. 

Na coleção da Embrapa, na média das últimas seis safras, a BRS Xingu produziu 800 g a mais por planta do que a cultivar Tupy. "Cada planta pode produzir até 3kg por planta. E alguns agricultores colheram entre 12 a 20 toneladas por hectare", informou. 

As frutas são preto-avermelhadas, de tamanho médio a grande e boa firmeza. O sabor é doce-ácido. Em painéis de análise sensorial, essa seleção foi considerada levemente superior, em aparência à cultivar Tupy, e semelhante em textura e sabor. As frutas da BRS Xingu tiveram muito boa conservação pós-colheita. "Elas mantiveram a cor preto-avermelhadas na mesma intensidade, demonstrando que são uma boa opção para mesa", considerou.

O preço de venda da fruta pelo agricultor para indústria está cotada em cerca de quatro reais o kilo, enquanto que para a mesa o valor é mais elevado. Muitos são seus usos na culinária, e pode ser explorada comercialmente. "É possível usar a amora no preparo de sorvetes, tortas, geleias e sucos, e tem algo ainda não explorado da fruta que é o seu corante natural, podendo ser usado na apresentação de alimentos, pois a maioria dos corantes alimentícios são artificiais", sugeriu Maria do Carmo.

Após o lançamento da variedade, as mudas poderão ser encontradas junto a viveiristas licenciados pela Embrapa. Se tiver interesse, acesse a página de cultivares da Embrapa em www.embrapa.br/produtos-e-mercado/cultivares.

Benefícios para saúde

A parte de estudo sobre as propriedades funcionais da fruta são importantes nos dias atuais pelos benefícios à saúde. Segundo o pesquisador Luis Eduardo Antunes a amoreira-preta apresenta frutas de alta qualidade nutricional e valor econômico significativo. Elas são ricas em vitamina C e contêm em torno de 85% de água, 10% de carboidratos, elevado conteúdo de minerais, vitaminas do complexo B e A, além de serem fonte de compostos funcionais, como ácido elágico e antocianinas. Também são ricas em fibras e ácido fólico. 

A pesquisadora Márcia Vizzotto explica que estudos comprovam que as frutas da amoreira-preta contêm ainda ácidos graxos essenciais, como o linoléico e o linolênico. Esses compostos devem ser obtidos através da dieta e são importantes para regular várias funções do corpo, incluindo pressão arterial, viscosidade sanguínea, imunidade e resposta inflamatória. Conforme ela, se conhece pouco sobre o valor nutricional e parâmetros de qualidade das diferentes variedades de amora que foram desenvolvidas/introduzidas no Brasil. Mas, a Embrapa tem trabalhos recentes que comparam as características físico-químicas de cultivares de amora-preta já difundidas no Brasil, com seleções que estão sendo desenvolvidas na unidade de pesquisas. "A amora-preta in natura é altamente nutritiva, apresentando elevado conteúdo de minerais, vitaminas B, A e cálcio. Uma série de funções e constituintes químicos é relatada na literatura internacional relacionados às qualidades da amora-preta, estando, entre eles, o ácido elágico, um composto fenólico que possui funções antioxidante, anti-mutagênica, anticancerígena e além de ser um potente inibidor da indução química do câncer", comenta. A pesquisadora conduz um trabalho para quantificar os compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante de frutas provenientes de 10 seleções (com e sem espinho) e quatro cultivares com espinhos de amoreira-preta cultivadas na região Sul do Brasil.

Jornada Técnica da Amora

Além do lançamento da BRS Xingu, o dia 8 de dezembro, também será reservado à discussão sobre o manejo da cultura. A Embrapa preparou uma jornada técnica durante todo o dia, aonde os especialistas vão falar sobre as novidades que estão ocorrendo em cada etapa de cultivo da amoreira-preta: sistema de cultivo, manejo da cultura e propagação, adubação, ocorrência e manejo de pragas e doenças, manejo da colheita e pós-colheita, seleções avançadas de amora-preta, agregação de valor e propriedades funcionais e nutracêuticas da fruta. A atividade está marcada no auditório da Embrapa Clima Temperado.

Produtores de amora em Pelotas

O programa de televisão da Embrapa, o Terra Sul, irá apresentar em sua edição do sábado, 12 de dezembro, a matéria sobre o cultivo da amora na região de Pelotas, aonde o ex-pesquisador da Embrapa e atualmente agricultor de amoras, Flávio Herter, vai mostrar a sua produção, os cuidados com o manejo da cultura e as oportunidades de exploração comercial, que o fizeram montar um negócio para oferta de produtos da agroindústria familiar no centro de Pelotas.

+ CULTIVARES LANÇADAS PELA EMBRAPA
- Ébano 
- Negrita
- Kaigangue 
- Guarany
- Xavante
- Tupy
** As variedades Ebano, Guarany e Xavante ainda são produzidas
**A Tupy é a mais cultivada no mundo

+ ASPECTOS BUSCADOS PELO MELHORAMENTO DE VARIEDADES DE AMORA
- Sabor (mais doce)
- Extensão de período de colheita
- Sem espinhos
- Porte ereto
- Facilidade para colheita
- Tamanho maior do fruto
- Tamanho menor de sementes

Fonte: Embrapa

13ª Feira de Pequenas Frutas, Artesanato e Mel e 3ª Feira de Frutas Nativas do RS


















Nos dias 11, 12 e 13 de Dezembro, ocorrerá, no Mercado Público de Vacaria a 13ª Feira de Pequenas Frutas, Artesanato e Mel e 3ª Feira de Frutas Nativas do RS. O Evento, que conta com o apoio da Embrapa Uva e Vinho, terá uma série de atividades culturais, oficinas de artesanato e culinária, além de apresentações artísticas. Haverá também a comercialização de peças de artesanato, frutas em natura, mel, doces, geléias e diversos outros produtos. O mercado Público de Vacaria fica na Rua Sergipe,135 no Bairro Pinheiros. Mais informações na página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/432786460244904/

Fonte: Embrapa

Pomares domésticos recebem incentivo da Emater em Minas Gerais

Foto: Arquivo Ibraf
Colher frutas frescas direto do pé tem gosto de infância na roça. É privilégio de quem tem pomar no quintal de casa, na chácara ou no sítio. Mas o cultivo de pomares domésticos está cada vez mais acessível e, em Minas, recebe incentivo do Governo de Minas Gerais, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), que tem distribuído, desde outubro, mudas de árvores frutíferas. A iniciativa pretende beneficiar, até o final deste mês, cerca de 30 mil famílias de pequenos agricultores.

O programa de fomento à formação de pomares domésticos recebeu investimento de aproximadamente R$ 3 milhões, recursos de um convênio entre a Emater-MG e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Os valores foram utilizados na compra de 380 mil mudas de espécies, como acerola, limão tahiti, laranja pera rio, goiaba, tangerina ponkan, manga palmer, coco anão, figo, pêssego, abacate, laranja bahia, banana prata e caqui.

Valor da fruticultura

Cada agricultor recebe um kit com até 12 mudas de espécies variadas. A intenção, segundo Deny Sanábio, coordenador Técnico do Programa Estadual de Fruticultura da Emater-MG, é despertar no produtor o valor da fruticultura na alimentação, na diversificação da cultura e para o meio ambiente.

“A formação de um pomar tem várias dimensões, como contribuir com a biodiversidade, a satisfação de plantar uma árvore que vai gerar fruto, servir para abastecer a família e, ainda, gerar um excedente que poderá ser comercializado em feiras livres”, afirma Sanábio.

O técnico explica que, além de distribuir as mudas gratuitamente, a Emater fornece orientação sobre a seleção da área, plantio, preparação da cova, adubação, controle de doenças, poda e capina.

Demanda de cada região

Antes da distribuição das espécies frutíferas, foi feito um levantamento das demandas de cada região. No Centro-Oeste de Minas, por exemplo, a regional da Emater, em Divinópolis, recebeu 14.160 mudas para a formação de pomares domésticos em 30 municípios.

“Existe uma procura muito grande por mudas frutíferas nos municípios, mas os produtores têm dificuldades de conseguir mudas de qualidade como essas”, destaca o gerente regional em Divinópolis, Valério Resende.

Tarefa prazerosa

Entre as mais de mil famílias beneficiadas na região Centro-Oeste, está a de Felipe Ferreira, pequeno produtor em Mata dos Coqueiros, na zona rural de Divinópolis. Ele conta que nunca deixou de ter um ou outro pé de fruta no terreno, onde cria gado leiteiro, e que sempre quis plantar muitas árvores frutíferas no local.

“Era meu sonho, mas a maioria das mudas que eu comprava não vingava”, diz o agricultor, que agora está otimista com o kit das espécies que recebeu junto com a orientação técnica. “Será uma tarefa prazerosa pra mim e pra minha família cultivar o pomar”, ressalta Felipe. Ele tem plano de conseguir uma renda extra com a venda de parte da produção.

Segurança alimentar

Em Arcos a distribuição das mudas aos produtores é feita pela prefeitura e pela Emater-MG. Estão na lista dos contemplados 88 famílias de oito comunidades. Cada uma recebe um kit contendo duas mudas de mexerica, goiaba, laranja, caqui, banana e limão.

O extensionista da Emater-MG Zenaido Fonseca destaca que a inciativa irá aumentar o número de árvores no município e resgatar uma tradição local, contribuindo com a segurança alimentar e nutricional das famílias.

Na propriedade do produtor José Modesto Oliveira, a principal atividade é a pecuária leiteira. Por dia são produzidos 200 litros. A família é uma das beneficiadas com a entrega do kit pomar. “Vai ser bom. Eu tenho um pomar pequeno aqui, mas que está acabando”, diz o produtor.

Oliveira não sabe ainda se vai comercializar as frutas. O motivo é que, segundo ele, a família é grande. “Acho que vai ser tudo para o nosso consumo mesmo. Bom que vai melhorar a nossa alimentação. Se sobrar alguma coisa, nós podemos vender”, planeja o produtor.

Fonte: Emater/MG

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Rio Claro sedia evento brasileiro de fruticultura



Foto: Divulgação  Canal Rio Claro
A Estância das Frutas, no distrito de Ajapi, recebeu no último sábado (28), o 13º Encontro Brasileiro de Frutas Raras, onde participam pesquisadores, produtores, colecionadores de frutas raras e demais interessados na área, com trocas de mudas, degustação e outras atividades.

Rio Claro foi representado pelo gestor ambiental Willy Werner Grassmann Bóbbo, do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae). Durante o evento, foram distribuídas aos participantes mais de 60 mudas de Açaí (Euterpe oleracea) produzidas no viveiro de mudas da autarquia. “Nos sensibilizamos com o entusiasmo, dinamismo e competência profissional do Sartori, quando nos ensina a aplicabilidade das frutas em nosso dia a dia, como fonte de nutrientes e no combate a doenças através de seu consumo controlado”, comenta Willy.

Durante o evento foram entregues os certificados de participação dos palestrantes do CONFRUTI – Congresso Nacional de Fruticultura, realizado no dia 7 de novembro pela primeira vez no Brasil em formato online e gratuito, voltado para empresários agrícolas, técnicos, extensionistas, professores, pesquisadores e estudantes, onde foram apresentados temas da produção à comercialização, tais como: escolher o ambiente ou áreas para produção; adequação dos diversos tipos de solos; seleção das variedades e das mudas; manejos inteligentes; irrigações; proteções com defensivos orgânicos e químicos; colheita e processamento para o consumo, cosmetologia e bebidas; como preparar embalagens industriais e artesanais para comercialização em boutiques, conveniências, supermercados.

A Associação Brasileira de Frutas Raras (ABFR) é uma entidade sem fins lucrativos, interesse político ou religioso, tendo como objetivo: o congraçamento de interessados em fruticultura, visando a troca e divulgação de informações sobre espécies frutíferas pouco conhecidas entre os associados e o público em geral, dos setores público e privado, através de reuniões, palestras, dias de campo, internet e outros meios em conjunto com demais entidades da fruticultura, contando hoje com mais de 200 associados em todo o Brasil.

O presidente da ABFR é o médico rio-clarense Sérgio Fernando Sartori que também é proprietário da Estância das Frutas, onde possui mais de 2.400 árvores frutíferas nos seus 20 hectares. Alguns destaques são a banana, a laranja e a manga, que somam mais de 400 variedades diferentes. Outras curiosidades são o abacate preto e a goiaba roxa, além de variedades oriundas dos cinco continentes, como o Canistel (Pouteira campechiana), o Mangostão (Garcinia cochinchinensis) e o Mamei (Pouteira sapota).

Perspectivas conjunturais do mercado internacional de vinhos em 2015



Em estudo publicado pela Organização Internacional de Vinha e do Vinho (OIV), são apresentadas previsões de que a produção mundial de vinhos aumentará 2% em 2015, relativamente a 2014. Segundo previsões anunciadas, o volume total de vinho produzido chegará a 275,7 milhões de hectolitros2. Pelas cifras apresentadas, a Itália assume a condição de maior país produtor, com um aumento previsto de 10% na produção, em relação ao ano de 2014, atingindo um volume total de vinho produzido de 48,9 milhões de hectolitros. Na sequência, aparecem a França, que deverá atingir a uma produção de 47,4 milhões de hectolitros (+1%) e a Espanha, com produção prevista de 36,6 milhões de hectolitros (-4%). Complementando o ranking dos cinco principais países produtores, destaca-se, com a quarta maior produção, os Estados Unidos, que pelo segundo ano consecutivo apresenta crescimento significativo, devendo atingir 22,1 milhões de hectolitros (+1%) e, em quinto lugar, aparece a Argentina que, apesar de uma queda de 12% na produção,com uma produção estimada em 13,4 milhões de hectolitros. Chamam a atenção no estudo, as previsões para o Chile, cujas estimativas são de crescimento de 23%, em relação a 2014, atingindo a uma produção de 12,9 milhões de hectolitros, o que coloca o país na sexta posição do ranking. As evoluções opostas previstas para este ano para a Argentina e o Chile, são verificadas nas previsões apresentadas para diversos outros países, como a Alemanha (-4%), Grécia (-9%) e Nova Zelândia (-27%). Em sentido contrário, a Bulgária, que ocupa o 20º posto no ranking, apresenta uma estimativa de crescimento de 106% na produção.

Algumas questões que chamam a atenção no estudo apresentado:
Quanto ao consumo, embora sem a disponibilidade de cifras definitivas, a OIV estima que o mesmo oscilará entre os 235,7 e os 248,8 milhões de hectolitros. Com estes valores, semelhantes aos de 2014, "o equilíbrio do mercado está garantido", porque a produção estimada para este ano permitirá cobrir a demanda tanto para o consumo quanto para fins industriais.
Quanto à internacionalização dos mercados, a entidade constata a crescente consolidação: no ano 2000, 27% dos vinhos consumidos no mundo atravessaram fronteiras ao passo que,em 2014, esta proporção se elevou a 43%.
Quanto aos vinhos rosados, o estudo dedica um parágrafo específico, onde registra que, em 2014, último ano em que foram disponibilizados dados, a produção estimada alcança 24,3 milhões de hectolitros, impulsionada pelo consumo, majoritariamente, entre os jovens e pela significativa melhora na qualidade dos vinhos rosados ofertados. Segundo os números apresentados, pelo lado da oferta, este mercado é dominado por quatro países: França (7,6 milhões de hectolitros), Espanha (5,5 milhões), Estados Unidos (3,5 milhões) e Itália (2,5 milhões). Quanto à demanda, este mercado apresenta como principais protagonistas a França (36%), Estados Unidos (14%) e Alemanha (8%). No contexto internacional, a se confirmar a tendência, as exportações de vinhos rosados poderão atingir à cifra de 9,8 milhões de hectolitros procedentes principalmente de três países: Espanha (46,3%), França (28%) e Itália (15%).

1 Economista, Dr, Pesquisador, Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, CEP 95700-000, Bento Gonçalves, RS, e-mail: fernando.protas@embrapa.br.

2 Para manter a unidade de medida utilizada pela OIV, os volumes serão apresentados em hectolitros – (1 hectolitro = 100 litros). Normalmente no Brasil este número seria lido como: 27 bilhões, quinhentos e setenta milhões de litros de vinho.




Criada nova comissão consultiva do seguro rural


Para dar continuidade ao aprimoramento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), foi criada a Comissão Consultiva de Agentes. Ela vai auxiliar os trabalhos do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR) sobre temas relativos ao seguro rural.

Segundo o diretor de Crédito, Recursos e Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Vitor Ozaki, a nova comissão será um canal de comunicação entre o governo e os agentes do mercado de seguro. “A comissão permitirá a obtenção de informações, experiências e sugestões que contribuirão para o aperfeiçoamento do seguro rural, disse Ozaki.

Caberá a comissão analisar e estudar as condições técnicas e operacionais específicas para a implementação e operacionalização do seguro rural como instrumento de política agrícola. Ela será composta por três representantes dos produtores rurais, dois de federações de agricultura, dois do mercado de seguros (seguradoras e resseguradoras) e um de instituições de ensino e pesquisa na área de seguro rural.

No último dia 18, o CGSR criou a Comissão Consultiva de Entes Federativos, com a participação de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Esses estados já têm programas de subvenção complementares ao PSR.

O comitê gestor interministerial é composto pelos representantes dos ministérios da Agricultura, Fazenda, do Planejamento e Desenvolvimento Agrário e pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A Resolução nº 43, do CGSR, que institui a Comissão Consultiva de Agentes do PSR, foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (1º).

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Missão irá tratar sobre cadeia de valor e os modelos de comercialização do açaí no Pará



Nesta quarta-feira, 02, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) conhecerão experiências que são referência na cadeia de valor do açaí e modelos de comercialização do produto no Pará. A iniciativa faz parte de uma parceria com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente e a Agência Alemã de Cooperação Internacional – GIZ. O projeto, denominado Missão de Modelos de Abastecimento na Amazônia, está organizando e documentando ações relacionado às áreas de abastecimento e comercialização em municípios do Amazonas, Acre e Pará.

A partir desta iniciativa, a expectativa é fortalecer os modelos de parceria do poder público com a iniciativa privada e organizações comunitárias (PPPC), com objetivo de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico da região. Neste sentido, a Conab compartilhará a expertise nas ações de abastecimento e comercialização de diferentes produtos, principalmente àqueles ligados a sociobiodiversidade.

Na última semana, a delegação esteve no estado do Acre e no município amazonense de Boca do Acre tratando sobre PPPC e a cadeia produtiva do açaí e de óleos. O grupo ainda esteve em Manaus e Carauari/AM, para conhecer com mais detalhes projetos sustentáveis e estratégias para fomentar a agroindústria e as cadeias de valor que a abastecem. 

Mercado brasileiro de orgânicos deve crescer 40% este ano


O mercado brasileiro de produtos orgânicos deve registrar faturamento de R$ 2,5 bilhões em 2015, confirmando seu quinto ano consecutivo de expansão. O lucro acumulado do setor nas últimas cinco temporadas já atinge a marca de US$ 35 bilhões, contrariando a tendência de retração da economia do País.

“A estimativa é de que este mercado continue com o crescimento na ordem de 35 a 40% ao ano. O setor está em plena ascensão e deve permanecer assim no futuro”, afirmou Ming Liu, Coordenador Executivo do programa Organics Brasil, ao Portal Universo Agro. A iniciativa é patrocinada pela Apex-Brasil e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, com a direção do IPD (Instituto de Promoção do Desenvolvimento).

Na avaliação de Liu, mesmo que o consumidor tenha que reduzir gastos, ele já se deu conta de que os orgânicos podem fazer a diferença: “O consumidor busca por produtos que representam um investimento em qualidade de vida, e não apenas um simples bem de consumo. Essa percepção faz com que o setor mantenha o seu mercado”.

Por outro lado, o setor de orgânicos brasileiro ainda tem muito espaço para crescimento, se comparado com outros mercados no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, fatura anualmente nada menos que US$ 42 bilhões.

“O grande desafio do Brasil é como estruturar o processo produtivo e logístico às dimensões de nosso território, e passar a credibilidade ao consumidor final, educando e conscientizando de sua importância no consumo de orgânicos”, conclui Ming.

Parque citrícola tem 2% de área com pomares abandonados

Censo feito pelo Fundecitrus aponta 9.953 hectares de citros com alta infestação de pragas e em más condições


Foto: Divulgação Agrolink
O parque citrícola, formado por municípios de São Paulo e do Triângulo e Sudoeste Mineiro tem 9.953 hectares de pomares de citros abandonados, o que corresponde a 2% de sua área total, de acordo com o censo da citricultura, realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus. 

Estas áreas representam risco aos pomares sadios e produtivos devido à alta incidência de pragas e doenças, por estarem sem tratos culturais, com frutas apodrecidas no chão, mato alto, plantas com galhos secos ou mortas.

A macrorregião Centro é a mais afetada pela presença desses pomares. Nela, estão as regiões de Duartina, primeira colocada do abandono com 1.889 hectares (3% de sua área), e Matão com 1.353 ha (2%) abandonados, além de Brotas, que tem a maior área abandonada proporcional ao seu tamanho, com 1.339 ha (mais de 5%).

O Triângulo Mineiro é a macrorregião com menor área de pomares abandonados ou em más condições, com 0,88% do seu território nestes estados. 

O parque citrícola tem outros 24.672 hectares (5,5%) em condições ruins, com deficiência de tratos culturais, plantas com produtividade em baixa e manejo inadequado de pragas e doenças. Neste quesito, a região de Limeira está disparada na frente com 6.517 ha em mau estado, representando 14% da sua área. Seguida pela região de Porto Ferreira, com 3.674 ha (9%) e Brotas com 2.858 ha (12%). 

De acordo com o gerente geral do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres, estes pomares representam um grande risco para a citricultura. “Essas plantações servem de constante fonte de doença e criadouro de pragas, sobretudo do psilídeo, transmissor do HLB (greening). Eles devem ser erradicados porque prejudicam os citricultores que estão cuidando de seus pomares e desenvolvendo um bom trabalho”, afirma. 

O Fundecitrus tem investido em ações para minimizar o impacto causado por estes pomares. A principal delas é a criação e soltura da vespinha Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo. Também tem incentivado os citricultores a buscar soluções com os proprietários de pomares vizinhos que estão em más condições, entre elas a erradicação ou pulverização da área.

O assunto também foi tratado pelo Fundecitrus junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) e ao Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (MAPA), solicitando formalmente agilidade e prioridade dos órgãos de defesa para soluções para áreas de alto risco. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Receita Federal lançará mecanismo que reduz burocracia alfandegária e beneficia a indústria de máquinas agrícolas

Instrumento será lançado em São Paulo, no dia 11 de dezembro, durante Seminário organizado pelo Procomex – Aliança Pró-Modernização Logística de Comércio Exterior


Em tempos de contenção de gastos, a indústria brasileira de máquinas agrícolas passará a contar com uma importante ferramenta para reduzir a burocracia e o tempo de tramitação na entrada e saída de mercadorias do País, cortar custos, além de ganhar agilidade e segurança na logística do comércio externo. Tudo isso será possível com o lançamento do Programa Nacional de Operador Econômico Autorizado (OEA) – Módulo Cumprimento, que será realizado no dia 11 de dezembro, em São Paulo, durante o Seminário Internacional Projeto OEA: Compliance, organizado pelo Procomex – Aliança Pró-Modernização Logística de Comércio Exterior.

O Programa OEA é uma iniciativa da Receita Federal e visa beneficiar empresas brasileiras que se qualificarem. Durante o seminário, diversas empresas que participaram do projeto-piloto receberão as Certificações OEA-Conformidade - Procomex. No caso da indústria de máquinas agrícolas, uma das empresas que receberá a Certificação OEA – Módulo Cumprimento será a CNH Latin America.

O lançamento será realizado no São Paulo World Trade Center (WTC) e contará com as participações do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid; do secretário geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, entre outras autoridades. Para a sessão de encerramento do seminário, é esperada a participação especial do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

John Mein, coordenador do Procomex, destaca que o seminário é direcionado para empresários e executivos que atuam no comércio internacional, profissionais e especialistas em comércio exterior, além de entidades e lideranças empresariais e de órgãos públicos ligados ao segmento. O evento será uma oportunidade para se atualizar com o Programa Nacional OEA, já adotado em 60 países, incluindo os principais parceiros comerciais do Brasil.

Serviço
Seminário Internacional Projeto OEA: Compliance
Data – 11 de dezembro de 2015
Horário – das 8h às 18h
Local – São Paulo World Trade Center (WTC) - Avenida das Nações Unidas, 12.551
Mais informações: (11) 3812-4566 ou www.procomex.org.br

Técnicas diminuem as pegadas de carbono da lavoura e das criações

Brasil começa a conhecer as reais pegadas de carbono dos produtos.
Na Europa e EUA já é tendência consumir produtos de carbono neutro.

Na Europa e nos Estados Unidos, já é comum comprar uma coisa no supermercado e encontrar na embalagem a informação da pegada de carbono daquele produto. Quanto foi emitido, se há compensação.

Há uma tendência de se consumir produtos de carbono neutro, que não impactam o aquecimento. Só agora o Brasil começa a conhecer as reais pegadas de carbono de nossos produtos. São indicadores menores do que os que nos são atribuídos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na repoprtagem, Nelson Araújo mostra como técnicas podem diminuir as pegadas de carbono das lavouras e das criações.

Na mata em chamas, se queima carbono, matéria orgânica. A gasolina, também, veio de matéria orgânica. Um pedaço de mar ou uma floresta, encapsuladas num vão geológico, por milhões de anos.

Assim, quando se queima um tanque de gasolina estão sendo emitindo gases
do mesmo jeito de quando se queima árvore. Estas são as principais causas do aquecimento, no mundo, como um todo. Em primeiro lugar está a queima de combustíveis fósseis incluindo diesel, querosene de avião e termoelétricas ou até mesmo ao usar o gás para esquentar o leite, que vem do petróleo.

A segunda principal causa de emissão de gases no mundo é o desmatamento. Mas no Brasil, país ainda jovem, abrindo áreas de recursos naturais, as posições se invertem: o corte de florestas está em primeiro lugar. A mata deu lugar ao pasto.

O pesquisador Carlos Cerri conta que três décadas atrás especulava-se se as queimadas na Amazônia não podiam interferir na rota dos foguetes. Daí, surgiu uma frutífera parceria da Esalq com a Nasa.

Há vários anos, o Globo Rural começou a acompanhar essas investigações científicas, que contaram também com o apoio do governo da França e da Embrapa. Em 2003, no estado de Rondônia, o Globo Rural mostrou os equipamentos então desenvolvidos para medições do solo e do ar, como as câmaras para coleta de gases. Eram os primeiros passos para se descobrir as pegadas de carbono deixadas pela transformação da floresta amazônica em sistemas agropastoris.

O levantamento de dados varou década, com pesquisas em várias regiões do Brasil. Em 2013, novamente, o Globo Rural as equipes do cena perscrutando vários tipos de lavouras, cafezais e canaviais.

Quantidades significativas de solo foram reunidas para uma análise minuciosa em laboratório e, agora, recentemente, em 2015, o Globo Rural se encontrou com os pesquisadores, outra vez. Foi uma surpresa: os estudos fazem uma revisão dos dados científicos que a comunidade internacional aplicava para o Brasil, que não ‘batem’ com a realidade. “No Brasil faltam informações deste tipo. No Brasil queremos uma agricultura sustentável”, fala Cerri.

A transformação da floresta em pastagem reduz a biodiversidade dos solos. Mas, o capim, para de crescer, retira da atmosfera a maior parte dos gases emitidos na queimada. É o chamado sequestro de carbono que as culturas promovem, também. Se é soja ou cana para a produção de biocombustíveis, o diferencial é importante: ao se queimar gasolina, aumenta o efeito-estufa; com o etanol, não.

O comércio internacional se dá respeitando-se barreiras. Nas barreiras ambientais, a tendência agora é avaliar a pegada de carbono, para saber quanto é que aquele produto que saiu do campo contribui para o aquecimento global.

O biodiesel de soja do Brasil não podia ingressar nos países ricos porque lhe era atribuída uma pegada de carbono pesada demais. Por uma diretiva europeia o produto só reduziria 31% das emissões dos gases de aquecimento, comparando com o diesel convencional. O mínimo exigido eram 35%. Medições em mais de 300 fazendas brasileiras trouxeram outro resultado.

“Nossos cálculos evidenciaram que os número não estavam corretos. Hoje os nossos cálculos são de 66% a 68% e nossa pesquisa possui dados do campo, gerados no campo e dá essa competitividade ao biodiesel de soja que antes não havia”, fala Cerri.

Outro produto que tem marcação cerrada é a carne. No Brasil, que tem o maior rebanho comercial do mundo, a criação bovina é a terceira principal fonte de
emissão de gases de efeito-estufa.

Cerca de 95% do que uma vaca emite sai pela boca e pelas narinas, principalmente quando ela está ruminando. Isso provoca o que os pesquisadores chamam de eructação, um arroto.

O gás que sai do boi é o metano que, em termos de aquecimento global, tem um impacto 25 vezes maior que o carbono liberado pela queima de vegetação e combustíveis e tem um outro gás que é 250 vezes mais potente ainda que o carbono, é o óxido
nitroso. Sai da urina e das fezes dos animais.

O biólogo André Mazzeto passou os últimos quatro anos estudando as emissões dos dejetos bovinos. As placas de estrume ficam exalando por até 15 dias. Ele constatou que a emissão do Brasil é menor do que as constatadas na Europa e Estados Unidos.

“É 20 vezes menor. O PICC, órgão da ONU que cuida dos inventários de emissão de gases propõe um fator de emissão de 1%. Descobrimos em nossa pesquisa que esse fator pode ser reduzido em 0,2% ou 0,1%”, explica Mazzeto.

Adubos químicos
Os adubos químicos também são importante fonte de emissão de gases do aquecimento. Especialmente, os que são à base de nitrogênio que exalam também o óxido nitroso, que é 250 vezes mais potente que o gás carbônico. Porém, numa prática cada vez mais crescente, o químico passou a ser misturado ao composto orgânico.

A fazenda Ponto Alegre, município de Cabo Verde, sudoeste de Minas Gerais, há mais de dez anos adota sistemas conservacionistas, tendo já sido premiada por isso, inclusive com o troféu de práticas sustentáveis do Sebrae.

A redução foi significativa. A cobertura das entrelinhas com capim e resíduos da própria lavoura incorporam, sequestram mais carbono no solo e com o organo-mineral, o uso de químicos caiu quase 50%.

No todo, as emissões de gases da fazenda, comparando com o convencional de antes, caíram mais de 35%. Deixando, assim, mais leve, a pegada de carbono do café de montanha.

O assunto vasto e polêmico. Há os que não acreditam que a terra esteja aquecendo por conta das ações humanas. Mas, 2015 já é o ano mais quente da história, desde que começaram as medições de temperatura, em 1880.

Fonte: Globo Rural

PIB agropecuário foi prejudicado por cana, café e laranja, diz IBGE

PIB do setor caiu 2% no terceiro trimestre ante mesmo período de 2014.
Análise é do gerente das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.


A queda de 2% no PIB da agropecuária no terceiro trimestre de 2015 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi puxada pela expectativa de perdas na lavoura de cana de açúcar, café e laranja, explicou nesta terça-feira (1º), Claudia Dionísio, gerente das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa de outubro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, também apurado pelo IBGE, prevê que o país terá este ano uma safra de cana de açúcar 4,2% menor do que a do ano passado. A produção de café deve encolher 6,4%, enquanto a de laranja deve diminuir 3,3%.

"A cultura mais importante que a gente destaca aqui é a cana. Só que a cana está com expectativa de queda no ano, e 50% desse resultado da safra do ano a gente está computando já nesse terceiro trimestre", justificou Claudia.

O resultado só não foi pior porque a safra de milho de 2015 deve ser 7,4% maior do que a de 2014. "O milho está amenizando um pouco essa queda da cana", disse.

No caso do café, 40% da estimativa de safra - e consequentemente da perda em relação ao ano anterior - também foi incorporada ao PIB do terceiro trimestre."Por último vem a laranja, que pesa menos, mas também está com queda no ano, e 50% da lavoura colhida é no terceiro trimestre", acrescentou.

Revisões
O IBGE atualizou as informações sobre o (PIB) nos dois primeiros trimestres de 2015, sempre na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. A agropecuária teve uma variação positiva com a incorporação de atualizações de dados da safra mais favoráveis, explicou Claudia Dionísio.

A pecuária e extrativa florestal também tiveram resultados melhores. Com isso, o PIB da agropecuária passou de uma alta de 4,0% para 5,4% no primeiro trimestre, ante o mesmo trimestre de 2014. No segundo trimestre ele saiu de alta de 1,8% para alta de 2,2%.

O PIB da indústria, por sua vez, sofreu uma piora, puxada por dados piores na produção e distribuição de serviços de eletricidade, água e esgoto, em que houve uma mudança na contabilização dos insumos para termoelétricas. O IBGE incorporou dados fechados fornecidos por empresas de saneamento (água e esgoto), antes apenas projetados no cálculo.

A construção civil também passou a incorporar dados mais recentes da Produção Industrial Mensal (PIM), também revisados para baixo. Diante disso, o instituto revisou o PIB da Indústria do primeiro trimestre de 2015 ante o primeiro trimestre de 2014 de -3,0% para -4,4%. O dado do segundo trimestre saiu de queda de 5,2% para queda de 5,7%.

O cálculo do PIB de Serviços foi impactado por uma apuração de valores menores do aluguel, após a incorporação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mais recente, de 2014. O IBGE revisou o PIB de Serviços do primeiro trimestre de 2015 de -1,2% para -1,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2014. No segundo trimestre, o PIB de serviços saiu de -1,4% para -1,8%, também ante o mesmo trimestre do ano passado.

A despesa do Consumo das Famílias acompanhou o movimento negativo da indústria e do setor de serviços. No primeiro trimestre a revisão foi de -0,9% para -1,5% ante o mesmo período de 2014. No segundo trimestre o consumo das famílias passou a registrar um recuo de 3% ante 2,7% anteriormente, também na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. "É natural que o consumo das famílias acompanhe o movimento de indústria e serviços", disse Claudia.

O consumo do governo passou de -1,5% para -0,5% no primeiro trimestre após a revisão, em que houve incorporação de dados de despesas de estados e municípios. No segundo trimestre a queda passou de -1,1% para -0,3%.

O investimento medido pela formação bruta de capital fixo (FBCF) também refletiu a piora na construção civil e na indústria em geral, além de uma queda mais acentuada das importações. Com isso, a queda no indicador foi agravada de 7,8% para 10,1% no primeiro trimestre. No segundo trimestre, a retração também se aprofundou: de 11,9% para 12,9%.

O IBGE revisou ainda os dados do setor externo. O crescimento das exportações no primeiro trimestre saiu de 3,2% para 3,3% e de 7,5% para 7,7% no segundo trimestre. Por sua vez, as importações registraram queda maior no primeiro trimestre, saindo de 4,7% para 5%. No segundo trimestre a queda nas importações de bens e serviços saiu de 11,7% para 11,5%.

Fonte: Globo Rural

Banco de Sementes será reestruturado


Com objetivo de impulsionar o reflorestamento com plantas nativas e exóticas como o açaí, pupunha e castanha que também cumprem a finalidade de aumento de renda do homem do campo, o governo de Rondônia vai reestruturar o Banco de Sementes de Ariquemes.

Nesta reestruturação, está prevista a ampliação do Banco de Sementes para um viveiro de mudas e também uma biofábrica para produção em escala de mudas clonais. A tecnologia minimiza problemas relacionados com a baixa produtividade, pragas e doenças geradas pelas mudas convencionais, proporcionando ao produtor rural a multiplicação rápida em períodos de tempo e espaço reduzidos, mantendo a identidade genética do material propagado e melhorando a qualidade fitossanitária.

O governador Confúcio Moura ressaltou a importância da parceria da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) por meio de convênio de cooperação com a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero) para o pleno funcionamento do viveiro. O investimento inicialmente será oriundos da Sedam, e que a secretaria, Fapero e outros parceiros deverão prover os recursos necessários para coleta, classificação e armazenamento das sementes, e também da Biofábrica.

Confúcio reiterou que o Viveiro e o Banco de Sementes de Ariquemes têm como objetivo reflorestamento e que, para isso, a Fapero poderá buscar parceiros, como ONGs, OSCIPs ou órgãos governamentais.

O presidente da Fapero, Francisco Elder, informou que já foi feito contato com o Instituto Federal de Pesquisa de Rondônia (Ifro), Embrapa e com a Universidade Federal de Rondônia (Unir), em que o projeto teve receptividade de todos.

“Vamos transformar o pólo de sementes em uma biofábrica e um viveiro organizado com mudas de interesse comercial para o pequeno, médio e o grande produtor. Esse é o meu objetivo, e será administrado pela Fapero e Sedam”, afirmou governador e completou dizendo que Rondônia deverá ter três pontos de distribuição de sementes no Estado e que é necessário elaboração de uma cartilha explicativa, com orientações de germinação e plantio.

O governador Confúcio moura também solicitou que a Sedam e Fapero abram imediatamente um canal de negociação com a Justiça estadual e federal para que a madeira apreendida seja leiloada e os recursos sejam destinados ao Fundo de Meio Ambiente e/ou a Fapero, para pesquisas e atividades de preservação ambiental.

Para Confúcio, a madeira apreendida, deve ser removida ser removida no momento do flagrante para os pátios da Sedam ou Polícia Ambiental. “Vamos resolver a problemática da madeira apreendida. e para isso a Sedam deve contratar caminhões para transporte o mais rápido possível”.

Fórum vai debater a importância da legislação da Propaganda no Agronegócio

Evento é promovido pela ABMR&A e o tema central deste ano, são as normas padrão do CENP e a legislação da propaganda no Brasil.


Este ano a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio – ABMR&A promove o 2º Fórum Agência e Anunciante que visa abordar as leis e normas padrão do CENP para uma melhor comunicação do marketing no mercado Agro. O evento ocorrerá dia 4 de dezembro, em São Paulo, a partir das 7h30 às 12 horas no Auditório Dow Brasil.

O painel de palestrantes desde ano, contará com importantes nomes da comunicação brasileira que nos dará uma ideia da evolução da comunicação Brasileira no setor do Agronegócio. O advogado especializado em comunicação e direitos autorais, João Paulo Morelo comentará o cenário da comunicação atual e a importância de boas leis aplicadas para uma publicidade efetiva.

Outro importante nome da indústria que participará do Fórum é o gerente nacional de Marketing da Ford Motor Company, Oswaldo Ramos. No mercado há mais de 26 anos, Oswaldo possui uma extensa experiência profissional. Em seus anos de Ford, passou pelas áreas de Manufatura, Gerenciamento de Lançamentos, Engenharia de Produto, Serviço ao Cliente, Marketing de Produto e Gerencia Regional de Vendas. Nos últimos oito anos foi Gerente Nacional de Vendas e, atualmente, é Gerente Geral de Marketing Brasil, função que assumiu em Junho de 2012.

Segundo Oswaldo Ramos, o Fórum ABMR&A acontecerá em um momento para expor grandes ideias e ampliarmos a parceria entre as agências e os anunciantes. “São raros os momentos em que anunciantes e agências se dedicam a discutir temas tão importantes. Com esse evento conseguimos dedicar uma manhã inteira para falar desta relação que deve ser cada vez mais próxima. Relação esta que, para mim, se baseia em confiança e respeito. Somente com esses dois ingredientes, ambos os lados terão sucesso em desenvolver projetos e parcerias alinhadas com os objetivos do negócio”, complementa Ramos.

O evento unirá profissionais de Marketing e profissionais de compras das empresas, além dos anunciantes e agências de comunicação. A programação contará também com a participação do presidente do CENP, Caio Barsotti e do presidente nacional da Abap - Associação Brasileira de Agências de Publicidade, Orlando Marques.

As inscrições gratuitas podem ser feitas na ABMR&A pelos telefones: (11) 3813 1787 – 3813 1788 ou abmra@abmra.org.br

PIB cai 1,7% no terceiro trimestre do ano


O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Os dados das Contas Nacionais foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam a maior retração do PIB em terceiros trimestres, desde o início da série histórica em 1996.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda chega a 4,5%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres a queda é de 2,5%. No ano, o PIB acumula queda de 3,2%.

Na análise dos subsetores da economia, a agricultura teve retração de 2,4% no período, a indústria caiu 1,3% e o setor de serviços registrou queda de 1%.

Os dados do IBGE mostram ainda que o consumo das famílias caiu 1,5% e o do governo, 0,3%.

Obras prioritárias como ferrovia, hidrovia e porto traria economia de até 30% com logística

O uso de ferrovia e hidrovia poderia proporcionar uma economia de 30% para os produtores do oeste baiano. E é justamente para reduzir custos e aumentar a competitividade de seus produtos que os agricultores da região resolveram acompanhar de perto as obras de infraestrutura prometidas há anos pelo governo federal para o Nordeste.

As obras consideradas prioritárias pelos produtores do oeste baiano são a Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol); o Porto Sul, em Ilhéus; a Ferrovia Transnordestina; a Hidrovia do São Francisco; e as BRs 242, 020 e 135.

Há duas semanas, o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Julio Cézar Busato, participou de uma reunião com o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Valter Casimiro Silveira, e o presidente da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura (Mapa), Edeon Vaz Ferreira, para tratar do assunto.

Busato foi a Brasília representando o Instituto Pensar Agro (IPA), que reúne 38 associações de produtores de todo o Brasil, cuja sede serviu de local do encontro. Ele é coordenador de logística e transporte da entidade. "Quis saber em que pé estão as obras e o que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pode fazer para ajudar", resume.

A razão para o atraso nas obras, de acordo com o Dnit, foi o corte de dois terços do orçamento mensal do órgão. "Foi necessário reduzir o volume de execução dos contratos de construção em 45%, e de manutenção em 35%, a fim de adequá-los aos cortes orçamentários e evitar a paralisação de obras", disse o diretor geral do Dnit, por meio de nota.

A reunião em Brasília gerou o compromisso de encontros mensais entre Mapa, Dnit e IPA. O objetivo é acompanhar o andamento dessas obras e ir atualizando a Frente Parlamentar sobre a situação, para que possa auxiliar esses projetos.

O governo do estado também se comprometeu a pressionar Brasília pelo andamento da Fiol. A ferrovia, pelo planejamento original, já deveria estar pronta há dois anos. "Estamos torcendo para que a economia do país melhore e as obras andem", diz Julio Busato.
Competitividade

O presidente da Aiba explica que, como a região não usa ferrovias e hidrovias para o transporte da produção, essas obras não fazem falta para a logística do agronegócio da região. Mas, se estivessem concluídas, representariam uma economia significativa para os produtores no escoamento das nove milhões de toneladas de fibras e grãos e um aumento da competitividade frente a outros mercados. "Somos teimosos e podemos aguentar eternamente. Já estivemos pior, afinal a região é nova. Só que outros países, mesmo os da África, estão melhorando suas logísticas. Estamos ficando para trás. Essa é a preocupação. É uma competição desleal", afirma.

Ele também ressalta a importância dessas obras, em especial da Fiol, para o progresso da região, já que têm potencial para atrair a indústria e o comércio. "Ao contrário do que as pessoas pensam, o oeste da Bahia é pobre. Há bolsões de riqueza, sim. Mas há outros municípios que são extremamente pobres".

O gasto com logística de um produtor do oeste baiano é quase quatro vezes maior que o de um norte-americano, compara Busato.
O impacto das obras no oeste

Fiol - A ferrovia, lançada em 2010, prometia transformar a Bahia em um novo corredor ferroviário de exportação. Segundo a Aiba apenas 12% dela está concluída. A Fiol diminuiria o custo com o transporte da produção e impulsionaria a indústria e o comércio na região

Porto Sul - Parceria Público-Privada (PPP), serviria para escoar grãos, algodão e fertilizantes, que chegariam pela Fiol. Busato estima que traria uma economia de 40% no transporte de algodão. A última projeção era de que ficasse pronto depois de 2014, mas, por enquanto, só tem a licença ambiental

Transnordestina - Lançada em 2006, a ferrovia que liga Piauí, Ceará e Pernambuco deve ficar pronta só depois de 2017. A expectativa é de que gere uma economia no envio de milho, caroço de algodão e soja para o Nordeste, principalmente para Ceará e Pernambuco
Hidrovia do São Francisco - Se ela estivesse em funcionamento, proporcionaria uma economia de 30% no transporte dos grãos da região. Atualmente, está sendo feito o estudo de viabilidade técnica e econômica (EVTE)

BR 020 - O presidente da Aiba diz que falta asfaltar os 720 km que ligam Campo Alegre de Lourdes (PI) a Santa Rita de Cássia (BA). O Dnit afirma que está em fase de desenvolvimento de projeto de pavimentação no trecho de Campo Alegre de Lourdes à divisa com Piauí

BR 135 - Liga São Desidério, no oeste, à divisa da Bahia com Minas Gerais. Será útil para enviar a produção para o norte de Minas Gerais ou para estados do Nordeste

BR 242 - Liga Luís Eduardo Magalhães ao Tocantins. O Dnit informa que o trecho entre o entroncamento com a BA-460 e a divisa BA/TO está em andamento

Manejo de nematoides da bananeira é tema de dia de campo na Bahia



Foto: Alessandra Vale - Divulgação Embrapa
A Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Prefeitura Municipal de Bom Jesus da Lapa (BA) vão realizar, na quinta-feira (3), um dia de campo sobre manejo de nematoides da bananeira. São esperados cerca de 200 participantes, entre produtores, técnicos, estudantes e formuladores de políticas públicas.
Os nematoides são parasitas que afetam diversos aspectos relativos à produção da bananeira, causando atraso na emissão do pendão floral, má formação dos cachos, menor número de frutos, menor peso médio dos cachos e, consequentemente, menor rendimento por área. "Para o produtor, o prejuízo financeiro é grande, pois o tamanho dos frutos interfere fortemente no preço pelo qual o produto é vendido", explica o agrônomo Dimmy Barbosa, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura e organizador do evento, que terá palestras técnicas pela manhã e visitas a experimentos pela tarde.
Na sua palestra, Dimmy Barbosa vai apresentar resultados da pesquisa conduzida há quase dois anos em áreas irrigadas de produtores de Bom Jesus da Lapa com o uso de produtos biológicos (formulados com micro-organismos inimigos naturais dos nematoides) e resíduos. "Geralmente o controle químico por meio de nematicidas é a medida mais utilizada pelos produtores, mas os produtos são caros e perigosos ao homem e ao meio ambiente. Já o controle biológico é uma alternativa sustentável para a cultura porque não contamina, não desequilibra o meio ambiente nem deixa resíduos, além de ser barato e de fácil aplicação", afirma.
A adubação orgânica gera condições apropriadas para que os fungos e bactérias predadoras dos nematoides se desenvolvam. O resíduo do processamento da mandioca, conhecido como manipueira, do processamento do sisal e o esterco de animais também estão sendo usados nos experimentos da Embrapa.

Doenças e pragas
Outra palestra será ministrada pelo pesquisador Zilton Cordeiro, que vai abordar as principais ameaças fitossanitárias para a bananicultura. "Atualmente, os problemas mais preocupantes são a sigatoka-negra, a raça 4 tropical de Fusarium, fungo causador do mal-do-Panamá, e a bacteriose causada por Xanthomonas", afirma Cordeiro. Esta última resulta em murcha permanente e até na morte da planta. Os principais sintomas são murcha e amarelecimento de folhas, amadurecimento prematuro do cacho, apodrecimento dos frutos e descoloração de vasos. Já a sigatoka-negra é a mais grave doença da cultura, provocando perdas de 100% na produção de variedades suscetíveis, e a raça 4 tropical de Fusarium afeta a maioria das variedades da cultura da banana cultivadas no País e não tem controle, diferentemente das sigatokas e de outras doenças.

Irrigação
Aproveitando o fato de a bananeira ser considerada uma planta exigente em água e o Distrito de Irrigação de Formoso ser a maior região produtora de banana do Nordeste, uma das palestras será ministrada pelo professor Sérgio Donato, que vai falar sobre estresses abióticos. "No Semiárido, considerando que o cultivo da bananeira é obrigatoriamente irrigado, se as necessidades hídricas estiverem plenamente atendidas, os estresses abióticos que passam a limitar a produtividade são: temperaturas altas, radiação solar excessiva e vento, em maior ou menor grau, variável com a época do ano e a região do semiárido", informa. "É preciso intensificar as práticas que aumentem a eficiência de uso da água, que melhorem a infiltração de água no solo e a refrigeração da planta, como densidade de plantio, manejo da palhada, cobertura morta, aplicação de matéria orgânica, melhoria do enraizamento das plantas e até cultivo protegido em casos extremos", salienta Donato.
O evento tem o apoio do Instituto Federal Baiano campus Bom Jesus da Lapa (onde vão ser apresentadas as palestras), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Ballagro Agro Tecnologia, Banana da Bahia, Agro Humus e Simbiose.

Serviço:

Dia de campo: Manejo de nematoides da bananeira
Local: IF Baiano – campus Bom Jesus da Lapa
Informações: telefone (75) 3312-8144 e e-mail cnpmf.inscricao@embrapa.br

Programação:
7h30 – 8h: Recepção dos participantes
8h – 8h30: Solenidade de abertura
8h30 – 9h30: Estresses abióticos em bananeira – Sérgio Donato – Professor do IF Baiano campus Guanambi
9h30 – 10h30: Manejo de nematoides da bananeira – Dimmy Barbosa – Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura
10h30 – 11h30: Ameaças fitossanitárias para a bananicultura –
Zilton Cordeiro – Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura
11h30 – 12h: Debate – Jefferson de Sá – moderador – IF Baiano campus Guanambi
12h – 13h: Intervalo para almoço
13h – 16h: Visita às áreas experimentais
16h: Encerramento

Fonte: Embrapa

Léa Cunha (DRT-BA 1633) 
Embrapa Mandioca e Fruticultura 
mandioca-e-fruticultura.imprensa@embrapa.br 
Telefone: (75) 3312-8076

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)