A Embrapa Roraima (Boa Vista, RR) realiza o I Simpósio de Pragas Quarentenárias na Amazônia Brasileira de 5 a 7 de maio de 2015 em Boa Vista, com o objetivo discutir a vulnerabilidade dessa região à entrada de pragas quarentenárias.
Conforme os organizadores, nos últimos anos sete pragas quarentenárias entraram no Brasil por esta região: a mosca-da-carambola, a sigatoka-negra-da-bananeira, a mosca-negra-dos-citros, o ácaro-hindustânico-dos-citros, o ácaro-vermelho-das-palmeiras, a cochonilha-rosada e o besouro-da-acerola. Além dessas, há pelo menos 66 pragas quarentenárias ausentes (A1) já estabelecidas nos países pan-amazônicos e algumas apresentam alto risco de entrada.
A importação de inimigos naturais para o controle biológico de pragas será abordado por Luiz Alexandre de Sá, pesquisador Laboratório de Quarentena "Costa Lima" (LQC), da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) em 7 de maio.
Sá esclarece que o laboratório desempenha atividades relativas às introduções de agentes para controle biológico de pragas e outros fins no país. O credenciamento do Laboratório junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se deu desde 1991, sendo a única estação quarentenária de inimigos naturais para controle biológico de pragas no país.
"Os objetivos são eliminar material tido como suspeito ou indesejável, providenciar sua identificação específica e categórica do material recebido, executar em laboratório a criação e estudos biológicos dos organismos a serem liberados, manter em coleção espécimes "voucher" dos organismos quarentenados; e decidir sobre a conveniência em se liberar ou não tal organismo no campo", diz o pesquisador.
Este laboratório funciona como um sistema filtro para evitar a entrada de organismos indesejáveis e contaminantes no país juntamente com o inimigo natural exótico, além de outros estudos biológicos que permitam avaliar a segurança ambiental dos bioagentes exóticos antes de sua liberação no novo ambiente. No período de 1991 a 2013, o Laboratório atuou no âmbito de sua competência, no que se refere ao intercâmbio internacional de organismos benéficos no país, com a introdução de 773 espécies de organismos para o controle biológico de pragas e outros fins, de diversas culturas e finalidades; atendendo às solicitações de 18 estados da Federação.
Outros assuntos abordados: fatores que favorecem a entrada de pragas na Amazônia Brasileira; os impactos econômicos, ambientais e sociais da introdução de novas pragas no Brasil; as principais pragas que entraram e apresentam risco de entrada na região; e as medidas de prevenção, controle e erradicação.
No final do evento, será realizada uma reunião para elaboração de um documento com sugestões de ações a serem tomadas para se minimizar o problema de entrada e dispersão de pragas quarentenárias na Amazônica Brasileira. Também serão propostos projetos de pesquisas em rede para realização de estudos com: métodos de monitoramento e identificação, potencial de distribuição e estabelecimento de novas pragas, impactos econômicos e controle preventivo de pragas quarentenárias.
A programação completa pode ser acessada em
Fonte: Embrapa
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