sexta-feira, 8 de maio de 2015

Bioeconomia é solução para quase todos problemas de proteção na agricultura

Bioeconomia – esta ciência nos brinda com soluções para quase todos os problemas de proteção contra pragas da agricultura. Mas é preciso desenvolver conhecimento para explorar estes recursos que a natureza oferece e protegê-los da ação predatória.” A afirmação é do Doutor em Entomologia pela USP/ESALQ e professor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), Jerson Vanderlei Carús Guedes.

Segundo ele, a proteção convencional das culturas contra as pragas, feita à base de pesticidas químicos, impacta sobre organismos não-alvo, deixa resíduos nos alimentos, na água e no solo, além de apresentar riscos praticamente imensuráveis ao meio ambiente, que podem se manifestar depois de décadas. 

De acordo com Carús Guedes, apesar do uso abusivo de pesticidas e da exploração indiscriminada dos recursos não renováveis e renováveis, com a extinção de muitos ecossistemas e sua biodiversidade, há boas chances de se mudar esta realidade. Segundo ele, a mudança atende pelo nome de “Bioeconomia”, que segue a lógica de conjugar negócios e meio ambiente. 

Esse será o tema da palestra “Tecnologias Inovadoras para o Manejo de Controle Pragas”, que será ministrada pelo especialista no 2º Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, promovido pelo I-UMA (Instituto de Educação no Agronegócio). O evento, que tem o patrocínio da Simbiose, será realizado no dia 12 de maio no Salão Nobre da Unicruz (Cruz Alta/RS).

“Entre as oportunidades destaca-se o controle biológico de pragas agrícolas (insetos, patógenos, nematoides e plantas daninhas), à base de microorganismos disponíveis na natureza. Estes agentes podem ainda, em simbiose com plantas, favorecer o seu desenvolvimento em associações vantajosas para ambos”, explicou o professor. 

Marcelo de Godoy Oliveira, presidente da Simbiose, concorda com o especialista: “A cada ano, as moléculas químicas perdem efeito e as pragas estão mais resistentes, portanto, é necessário mais aplicações de defensivos agrícolas, o que aumenta o custo para o produtor. Com os insumos microbiológicos o resultado é diferenciado, pois se consegue benefícios da questão sustentável à econômica, assim como social”.

Mais informações e inscrições (gratuitas) pelo telefone (51) 3224-6111 com Raquel Bueno ou pelo agrocircuito@i-uma.edu.br.

Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

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