O ano que se encerrou no último sábado marcou a retomada dos investimentos no agronegócio brasileiro. Os fatores fundamentais para essa recuperação foram, na avaliação de especialistas, os melhores preços pagos pelas commodities e o câmbio favorável às exportações, com o Real desvalorizado ante o Dólar norte-americano.
Se na temporada 2015/2016 o cenário era de restrição de crédito de custeio e retração até mesmo na compra de insumos, para a safra 2016/2017 o agricultor se sentiu estimulado a voltar a produzir. O resultado são as projeções de diversas entidades públicas e consultorias privadas, que apontam safra recorde na casa de 213 milhões de toneladas de grãos.
Para alcançar esse resultado – que representaria um volume 15% superior ao registrado no ciclo anterior – o crédito voltou a estar disponível na praça. De acordo com o Banco Central, foram liberados R$ 13,9 bilhões desde o início do Plano Safra 2016/17 (em 1º julho) até o fim do mês de novembro.
O valor representa expansão de 5,3% em relação ao mesmo período na temporada passada, influenciada principalmente pelo Moderfrota. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a venda de tratadores e colheitadeiras aumentou cerca de 20% nesse período analisado.
De acordo com a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos) a vendas de fertilizantes, totalizou 31,4 milhões de toneladas até novembro de 2016. O resultado representa aumento de 11,4% sobre o mesmo período de 2015.
Já os números de vendas de defensivos são divulgados apenas no mês de abril, mas os indicadores preliminares do primeiro semestre de 2016 apontavam um atraso na compra dos produtos. De acordo com especialistas do setor, isso ocorreu em função da cotação ser baseada no Dólar, o que levou os produtores a esperar uma mudança no câmbio frente ao Real.
Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems
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