terça-feira, 16 de junho de 2015

Cientista revoluciona ao encontrar molécula no abacate que combate a leucemia e pretende lançar medicamento em breve

Cientistas acreditam que o abacate pode ajudar na luta contra o câncer.


Foto: Freepik
Um novo estudo revelou que a gordura da fruta pode combater a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), uma forma rara e mortal da doença.

Os pesquisadores canadenses disseram que as moléculas de gordura do abacate atacam diretamente as células-tronco da leucemia, a raiz da doença, à medida que crescem em células anormais do sangue.

Mundialmente, existem poucos medicamentos que combatam as células-tronco da leucemia. Em função dos resultados, os pesquisadores esperam criar uma droga derivada do abacate, com intuito de aumentar significativamente a expectativa e a qualidade de vida em pacientes com LMA, uma doença devastadora e fatal dentro de apenas cinco anos, em 90% dos pacientes com mais de 65 anos.

Em pessoas saudáveis, as células estaminais na medula óssea, crescem e se dividem para formar células vermelhas de sangue plenamente desenvolvidas, plaquetas e glóbulos brancos. Em pacientes com LMA, este processo dá errado. Em vez de formar células vermelhas do sangue saudáveis, muitas células de leucemia anormais são formadas. Estas são células imaturas, que não são capazes de se desenvolver em células sanguíneas de funcionamento normal.

Os pesquisadores descobriram que a molécula de gordura do abacate, chamado avocatin B, é capaz de interromper este processo, tendo como alvo as células-tronco sanguíneas saudáveis, ainda capazes de crescer.

"A célula-tronco é realmente a grande responsável pelo desenvolvimento da doença e a razão da recaída de tantos pacientes com leucemia. Temos realizado vários testes para determinar como esta nova droga funciona em um nível molecular, confirmando que ele atinge seletivamente as células estaminais, deixando as células saudáveis ​​ilesas”, disse Paul Spagnuolo, da Universidade de Waterloo, no Canadá.

“A avocatin B não só elimina a fonte de LMA, como também seus efeitos seletivos, diminuindo a toxicidade ao corpo”, completou Spagnuolo, que fez uma parceria com o Centro de Comercialização de Medicina Regenerativa (CCRM), em Toronto, Canadá, e entrou com um pedido de patente para o uso de avocatin B para tratar LMA.

A droga ainda precisará passar por longos teste, antes de ser aprovada para uso em clínicas de câncer, mas Spagnuolo já está realizando experimentos para preparar a droga para um ensaio clínico de Fase I. Esta será a primeira rodada de ensaios em que as pessoas diagnosticadas com LMA terão acesso à droga.

A pesquisa foi publicada na revista Cancer Research.

Nenhum comentário:

Postar um comentário