segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Tempo ajuda e parreirais estão carregados de uva de mesa no Rio Grande do Sul

Na Serra Gaúcha é época da colheita da uva. Nesta safra, as variedades de mesa enchem os olhos e devem agradar o paladar do consumidor.

Nas encostas da Serra Gaúcha, os parreirais estão carregados. Cachos bonitos e fartos. São as uvas de mesa, que vão direto para o consumo. Em Vale Real, município vizinho a Caxias do Sul, agricultores se apressam para tirar as frutas do pé.

A principal preocupação dos produtores é com o clima. Nas últimas semanas choveu muito na região, e a água que fica acumulada no meio dos cachos compromete a qualidade da fruta.
“Quando chove todos os dias, o meio do cacho não dá para secar. Um grão rachado vai criando mais umidade”, explica o agricultor José Faccin.

A uva de mesa da Serra Gaúcha atende o mercado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e estados do centro do país. Em toda a região, a produção de Niágara rosa e Niágara branca deve ser de 35 mil toneladas, 60% a mais do que na safra passada, segundo a Emater.

Além do clima adequado no período de desenvolvimento das plantas, o agrônomo Enio Todeschini, explica que o bom resultado é reflexo da mudança de hábitos dos produtores nos últimos anos.

“O não uso de germicidas e o cultivo de plantas de cobertura do solo, hoje se está trabalhando com nabo forrageiro, com azevém a palhada que protege o solo, que mantem mais umidade e se reflete na parte superior da copa, ou seja, na produção e na sanidade das plantas”.

Na propriedade da família Cemin, de cinco hectares, devem ser colhidas em torno de 130 toneladas. Dona Justina retira as frutas com toda paciência. Um trabalho delicado para não comprometer a qualidade da fruta que vai para o consumidor.

“Quando tira, não pode pegar ela muito na mão porque tira o brilho e a uva fica feia e não vai ter presença na caixa”, fala Justina Cemin.

Arcério e dona Justina Cemin têm apenas um funcionário. Com dificuldade para conseguir mão de obra o casal fez uma parceria com os vizinhos. Eles ajudam na colheita e ficam com parte da produção por um preço mais baixo. 

“Me pagam um pouco menos , mas eu não entro com a mão de obra e para mim é negócio”, afirma o agricultor Aércio Cemin.

Em 2014, o Rio Grande do Sul produziu quase 58% da uva consumida no país.

Fonte; G1-Globo Rural
18/01/2015

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