quinta-feira, 23 de julho de 2015

Epagri divulga teores minerais das maçãs Fuji e Gala na safra 2014/2015

O Laboratório de Ensaio Químico da Estação Experimental de Caçador realiza todos os anos, desde 1991, a análise dos teores de minerais nos frutos de macieira das principais regiões produtoras do Sul do Brasil. Com essas informações, a cadeia produtiva pode tomar as melhores decisões sobre o armazenamento. “A composição nutricional dos frutos tem relação com a capacidade de conservação e com a ocorrência de distúrbios durante a armazenagem e a comercialização”, explica Bianca Schveitzer, responsável pelo laboratório da Epagri.

A análise da safra 2014/2015 aponta que as maçãs Fuji e Gala apresentam tendência de redução dos teores de nitrogênio nos últimos anos. Isso pode ser reflexo de um manejo mais adequado desse nutriente pelos produtores e pelas empresas. “Concentrações de nitrogênio acima de 400 a 500g/kg constituem um fator de risco para ocorrência de distúrbios fisiológicos pós-colheita e, por isso, as adubações nitrogenadas têm sido racionalizadas”, explica Leandro Hahn, pesquisador em fertilidade do solo e nutrição de plantas.

As concentrações médias de fósforo e cálcio têm se mantido estáveis nos dois cultivares. Embora nas maçãs Gala os teores de potássio e magnésio tenham ficado estáveis nas últimas safras, na maçã Fuji foram encontradas altas concentrações desses minerais. “Portanto, para maçãs Fuji, especialmente nas regiões de Fraiburgo e São Joaquim, pode haver comprometimento da qualidade dos frutos para a armazenagem”, diz Bianca.

Os especialistas da Epagri destacam também que o comportamento da qualidade do fruto em armazenagem não depende apenas dos teores minerais na polpa fresca, mas de um conjunto de fatores, entre eles, as influências climáticas durante o desenvolvimento nos pomares.

Fonte: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

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