Tamaríxias, têm menos de 1 milímetro e podem impedir início do amarelão.
Psilídeos são minúsculos, mas causam problemas e prejuízos a agricultores.
O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) lançou nesta terça-feira (24), em Araraquara (SP), uma fábrica de tamaríxias, também conhecidas como vespinhas. O inseto combate outro que é conhecido da citricultura por transmitir a bactéria do greening - também chamado de amarelão - e causar grande prejuízo aos pomares de laranja, deixando as folhas amareladas e afetando o desenvolvimento dos frutos.
As vespinhas não passam de um milímetro e precisam se alimentar dos psilídeos jovens para se reproduzir. O novo laboratório do fundo de defesa da citricultura em Araraquara foi montado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba (SP).
Os pesquisadores cultivam vasos de murtas, onde os psilídeos costumam botar ovos, em estufas. Em seguida são colocadas plantas junto com as vespinhas, que depositam ovos nos psilídeos jovens, chamados de ninfas. Ao nascerem, as larvas comem as ninfas e, assim, evitam a reprodução dos insetos do greening.
“Uma única tamaríxea consegue controlar no campo até 600 psilídeos”, disse o pesquisador do Fundecitrus, Marcelo Pedreira de Miranda.
Pesquisa
O laboratório tem capacidade para produzir 100 mil vespinhas por mês. Durante os testes, cientistas descobriram que, em uma única área, os predadores podem eliminar até 90% dos insetos que transmitem a doença. O próximo passo é soltar as vespas nas plantações.
A equipe vai liberar os insetos em áreas onde não há pulverização. “Pomares não comerciais, fundos de quintais, cemitérios e áreas urbanas onde há murta, por exemplo”, explicou o gerente geral do Fundecitrus, Antônio Ayres.
ssas ações vão ajudar a diminuir a doença, que já atingiu 60% dos pomares paulistas. “Para que esses insetos morram antes de migrar para as áreas comerciais, o que viria a ocasionar grande prejuízo ao citricultor”, comentou Ayres.
Produção
O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo. No Estado de São Paulo, a citricultura movimenta a economia de 375 cidades. A laranja é a terceira cultura mais importante do Estado, atrás da cana-de-açúcar e da pecuária.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário