quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

No Amazonas a fiscalização será intensificada para coibir carbureto em frutos

Substância tem sido usada para acelerar amadurecimento de alimentos.Lei municipal proíbe método de maturação com substâncias químicas.


O combate à utilização de substâncias químicas no amadurecimento de frutas será intensificado em Manaus. O Departamento de Vigilância Sanitária (Visa Manaus) informou, nesta terça-feira (27), que planeja realizar ações de orientação em feiras da capital e aplicar multas em casos de reincidência ao descumprimento da legislação municipal, que proíbe o uso das substâncias. Em uma das principais feiras da cidade, situada no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul, a venda de tucumã foi suspensa pela suspeita de contaminação do fruto.


A proibição do uso de substâncias químicas, como o carbureto de cálcio (CaC2) e similares, para o amadurecimento de frutas, é ilegal conforme a Lei Municipal nº 1.945, de 12 de dezembro de 2014. A norma foi publicada no Diário Oficial, no dia 15 de dezembro de 2014 e entrou em vigor na mesma data. O método, de acordo com o diretor do Visa Manaus, Marco Fabris, é perigoso e pode provocar intoxicação alimentar.

"As pessoas que consumirem essas frutas que passaram por procedimento de amadurecimento químico podem sofrer intoxicação. Daí a nossa preocupação com os indícios das frutas comercializadas nessas condições", ressaltou o representante.

O departamento Visa Manaus anunciou que está preparando informativos de orientação para distribuir aos consumidores e comerciantes nas feiras da capital. O material será entregue nas vistorias de rotina e das fiscalizações intensificadas. Em caso de descumprimento da lei, será aplicada uma multa no valor de 15 Unidades Fiscais do Município (UFMs), que é equivalente a R$ 1,2 mil.

"Precisamos vistoriar onde são comercializadas as frutas para identificar casos de amadurecimento com carbureto de cálcio, que acelera o processo, mas pode causar danos à saúde. Orientamos a população que a melhor maneira de consumir, por exemplo, o tucumã é comprar a fruta in natura e levar para descascar em casa", informou.

O diretor do órgão sugere ainda que o consumidor verifique se o fornecedor de alimentos laudo de vistoria da Vigilância Sanitária. Marco Fabris pediu colaboração para denunciar casos suspeitos através do Disque-Denúncia: 0800 092 012. "É muito importante que população nos ajude fazendo denúncia pelo nosso disque-denúncia e verificaremos", destacou Fabris.

Proibição

A venda de tucumã foi suspensa, na sexta-feira (23), na Feira Municipal do Parque Dez, na Zona Centro-Sul de Manaus, após indícios de que o fruto estaria sendo amadurecido com o auxílio de substâncias químicas. Além da proibição, 8,3 kg de polpa de tucumã, sem rótulo de identificação de origem, e três amostras de sanduíches da fruta foram recolhidas para análise em laboratório.

"Recentemente, uma pessoa denunciou que teria passado mal ao ingerir o tucumã na Feira do Parque Dez. Fomos até o local para verificar, recolhemos o tucumã que estava sendo comercializado e encaminhamos para o laboratório. Com essa análise saberemos se a pessoa passou mal porque o fruto apresentava substância ou se foi decorrente da manipulação inadequada do alimento", explicou o diretor do departamento.

Fonte: G1 Amazonas

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