segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Valor da produção agropecuária em SP deve aumentar 21%

Estimativa preliminar do IEA mostra que o montante total poderá alcançar R$77 bilhões este ano.


Puxado por cana e carne bovina, e com forte impulso de laranja e café, o valor da produção agropecuária (VPA) de São Paulo vai encerrar 2016 com um crescimento de causar inveja a outros claudicantes setores da economia.

De acordo com estimativas preliminares do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria da Agricultura do Estado, o VPA paulista tende a somar R$ 76,6 bilhões neste ano, 21% a mais que em 2015. O volume total da produção dos 53 itens que fazem parte do levantamento deverá aumentar 3,3%, enquanto os preços vão subir, em média, 17,1%.

Se confirmado, esse resultado manterá São Paulo como líder nacional em valor da produção agropecuária, à frente de Mato Grosso. Menos importante no segmento de grãos, o Estado do Sudeste tem na cana seu carro-chefe, cujo VPA deverá atingir R$ 27,1 bilhões em 2016, 13,5% acima do valor do ano passado.

O volume da produção nos canaviais paulistas aumentará 0,6%, mas o preço médio será 12,9% maior, de acordo com o IEA. Mas, mesmo com o aumento, a participação da cana no VPA total do Estado deverá cair de 37,8%, em 2015, para 35,4% neste ano.

Isso por causa de avanços, alguns até mais expressivos, observados em outras frentes. Segundo produto no ranking, a carne bovina deverá registrar VPA de R$ 9,6 bilhões em 2016, aumento de 7,6% em relação ao ano passado, determinado por incrementos de 2% no volume de produção e de 5,5% no preço médio.

No caso da carne de frango, terceiro na lista dos maiores VPAs, o IEA estima uma queda de 5%, para R$ 3,9 bilhões, mas, em compensação, há verdadeiras disparadas em curso para os 11 produtos que aparecem na sequência.

Para a laranja destinada às indústrias fabricantes de suco, o incremento previsto é de 56,6%, embalado por uma alta de 57,3% do preço médio. Soja e milho também registrarão resultados amplamente positivos - aumentos de 38,9%, para R$ 3,4 bilhões, e de 64,1%, para R$ 3,1 bilhões, respectivamente, igualmente influenciados por preços melhores.

Completam a lista das disparadas na parte superior da lista do IEA café beneficiado (R$ 53,8%, para R$ 2,8 bilhões em 2016), ovos (33,4%, para R$ 2,8 bilhões), madeira de eucalipto (13,2%, para R$ 2,7 bilhões), leite (34,1%, para R$ 2,1 bilhões), batata (60,9%, para R$ 1,6 bilhão), banana (37,4%, para R$ 1,4 bilhão), limão (27,2%, para R$ 1,2 bilhão) e feijão (128,9%, para R$ 1,2 bilhão).

Fonte: Valor Econômico

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