segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sistema de plantio direto se consolida na região do cerrado brasileiro

A abertura oficial da 15ª edição do Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha – 15 ENPDP foi realizada na noite do dia 20 de setembro, no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Campus Samambaia (Goiânia/GO).

A mesa de abertura foi composta por Alfonso Sleutjes - diretor presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp); José Mário Schreiner – presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás Faeg); Orlando Afonso Vale do Amaral - reitor da Universidade Federal de Goiás, Flávio Breseghello, chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão; Nelson Ramos – representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Pedro Arraes – presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária de Goiás (Emater/GO); Rubens de Souza Andrade – representante da Itaipu Binacional, Miguel Carballau – presidente da Confederação das Associações Americanas para a Agricultura Sustentável (CAAPAS), Rocq Dechen - presidente da Fundação Agrisul; e, Bartolomeu Brás Ferreira – presidente da Aprosoja Goiás.

O encontro, que vai até o próximo dia 22 de setembro com o dia de campo sobre plantio direto e gases de efeito estufa, a ser realizado na Fazenda Capivara, sede da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO) conta com a participação de 600 representantes dos diversos segmentos da agropecuária, instituições públicas e privadas, professores e estudantes universitários, técnicos e extensionistas, consultores e produtores rurais de diversas regiões do país.

A edição deste ano traz como tema central ‘Palha, Ambiente e Renda' e busca levantar aspectos para a melhoria da produção e renda agropecuária e debater sobre o Sistema Plantio Direto (SPD), que possibilita a conservação do solo e a melhoria da produção, além de diminuir seu custo.

A rotação de culturas, o controle biológico de pragas e doenças, a fertilidade do solo, o estresse hídrico, a mecanização agrícola e os sistemas integrados de produção são alguns dos temas que estão sendo debatidos na programação.

A conferência de abertura foi proferida pelo analista financeiro, Miguel Daoud, que debateu sobre as "Oportunidades e desafios no agronegócio", tanto no contexto global, quanto nas decisões de governo e outros fatores que influenciam os setores produtivos do Brasil e as decisões de negócios na indústria e agronegócio.

Para Flávio Breseghello, o plantio direto é uma das tecnologias necessárias que, junto com outras tecnologias, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a fixação biológica de nitrogênio e a utilização de microrganismos benéficos à produção são condições importantes para a conservação do solo e melhoria da produtividade. "Estas ações estão sendo discutidas, também, em outros segmentos e instituições, indicando que estas coisas estão acontecendo".

Pedro Arraes, em sua apresentação de boas vindas aos participantes, destacou que o Brasil tem um papel muito importante na pesquisa em agricultura tropical e que muito temos, ainda, que pensar e avançar na conservação ambiental, na biodiversidade, na produtividade de alimentos sustentáveis, nas pesquisas que estão sendo feitas e que tragam benefícios, efetivamente, para todos".

Em 1996, o ENPDP ocorreu em Goiânia e teve uma abrangência para toda a região Centro-Oeste e outros estados do país, como Tocantins, Bahia, Piauí. Na época, os agricultores e técnicos se reuniram para discutir e trocar experiências sobre a adoção do Plantio Direto que apresentava diversos desafios. A erosão do solo, a dificuldade de formação de palhada, as poucas alternativas de cultivos e a deficiência de máquinas e equipamentos configuravam entre os principais entraves ao avanço do plantio direto.

Agora, após 20 anos, de volta a Goiânia, o Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha consolida na região do cerrado a proposta de viabilizar a conservação do solo, a melhoria e estabilidade da produtividade com redução dos custos de produção. Foi com a adoção do sistema de plantio direto (SPD) nestas condições de clima e solo que se difundiu, por exemplo, propostas de cobertura viva e as atividades agropecuárias integradas.

Atualmente os desafios são outros e mais complexos, como a resistência de plantas daninhas ao controle de herbicidas, novas pragas e doenças, instabilidades climáticas. Porém, da mesma forma, surgem inovações que devem ser avaliadas, validadas e difundidas. O conceito de SPD se ampliou, e hoje se aplica em todas as atividades agropecuárias e nos diferentes cultivos, como feijão, arroz, milho, sorgo, trigo, hortaliças, cana-de-açúcar, café, pastagens.

Fonte: Embrapa

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