segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Setor produtivo de Mato Grosso pede redução de juros e controle da inflação para produzir mais

Lançamento ocorreu na Safra 2016/2017 em Sinop na manhã na última quinta-feira (22/09)

As plantadeiras em Mato Grosso entraram no campo para semear a soja 2016/2017 com pedidos de controle da inflação, redução das taxas de juros e que o Governo Federal cuide do produtor rural. Assim foi marcado o lançamento da Safra 2016/2017 em Sinop na manhã desta quinta-feira, 22 de setembro, com a presença do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entidades ligadas ao setor produtivo, produtores, pesquisadores, entre outros.

As projeções para Mato Grosso são de 29,8 milhões de toneladas para serem colhidas na safra que iniciou na última semana. O volume pode ser considerado recorde, porém de acordo com o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, o resultado caso se concretize não significa que será espetacular, pois a questão é que a safra 2015/2016 foi ruim. 

A soja, como destacou o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Endrigo Dalcin, é uma das principais commodities do Brasil, juntamente com milho, algodão e carne bovina. “É o que tem segurado a Balança Comercial. Mato Grosso tem passado por frustações com a quebra das safras de soja e milho. São cerca de nove milhões de toneladas que deixamos de produzir entre as duas culturas em decorrência ao clima e no Brasil as perdas chegam a quase 20 milhões de toneladas. Precisamos de crédito para a próxima safra. Precisamos que o Governo Federal cuide mais dos nossos produtores”.

O cuidado com os produtores rurais também foi endossado pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado. “O Blairo Maggi está fomentando a produção do Brasil, mas precisamos ser mais competitivos. Uma das melhores políticas públicas que o Brasil pode fazer é controlar a inflação e reduzir os juros. Isso pode impulsionar a produção brasileira”.

Prado pontuou que há produtores no país em dificuldades, mesmo que ainda estejam contribuindo com a Balança Comercial. “Os bancos estão mais seletivos na hora de liberar o crédito. Acreditamos que essa será a maior safra. Esperamos que o clima ajude”.

O grande desafio do Brasil hoje é transformar a pujança do setor produtivo rural em qualidade de vida, renda e emprego. “O que se tem visto é que mesmo com as dificuldades enfrentadas o Brasil é competitivo. Além de não atrapalhar o setor, queremos é ajuda-lo. O Plano Agro + vem para desburocratizar”, declarou o ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki.

Cuidar dos produtores rurais, como foi solicitado pelo próprio setor, já é uma das orientações do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, de acordo com o secretário de Políticas Agrícolas, Neri Geller. “Não só do produtor, mas como de toda a cadeia produtiva. Não foram só os produtores que sofreram com a quebra da safra passada”. Geller salientou que o Governo Federal, por meio do Ministério, tem feito o possível para auxiliar o setor produtivo brasileiro, tanto que conseguiu realocar R$ 100 milhões de recursos para o seguro rural. 

Mercado descoberto

A abertura de mercado externo para as commodities brasileiras, principalmente para a Ásia, foi um dos pontos destacados durante o lançamento da safra 2016/2017 em Sinop, nesta quinta-feira. Conforme o ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki, o ministro Blairo Maggi deverá no próximo dia 27 de setembro apresentar um balanço da Missão Ministerial e Empresarial para a Ásia, que teve início no dia 30 de agosto.

“O mercado estava bastante descoberto. Irá nos trazer mais competitividade”, pontuou o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan.

Fonte: Olhar Direto

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