segunda-feira, 25 de abril de 2016

Cobertura do Alerta Fitossanitário atinge 48% do parque citrícola com inclusão das regiões de Frutal e Lins

Sistema do Fundecitrus monitora a presença do psilídeo, inseto transmissor do HLB, em 231 mil hectares de citros

A área atendida pelo Alerta Fitossanitário cresceu 25% com a inclusão de mais duas regiões produtoras de citros: Frutal e Lins. Com o ingresso das novas áreas, o sistema passou a verificar a presença da praga em 48% do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais. 

Ao todo, são monitorados 231 mil hectares de citros por meio de 26 mil armadilhas amarelas georreferenciadas, em sete regionais: Araraquara, Avaré, Bebedouro, Casa Branca, Frutal, Lins e Santa Cruz do Rio Pardo. A ferramenta do Fundecitrus auxilia os citricultores no manejo regional do greening (huanglongbing/HLB), a pior doença da citricultura, por meio do monitoramento da população do inseto transmissor, o psilídeo Diaphorina citri. 

As novas regiões somam 59 mil hectares, distribuídos em 38 municípios, monitorados com 7,5 mil armadilhas. A regional de Frutal é composta por sete municípios do Triângulo Mineiro – Comendador Gomes, Fronteira, Frutal, Monte Alegre de Minas, Planura, Prata e Uberlândia – e sete do norte do estado de São Paulo – Altair, Colômbia, Guaraci, Icém, Nova Granada, Onda Verde e Palestina. A cobertura do sistema abrange 76,7% da área, monitorando 35,9 mil hectares de citros por meio de 4,7 mil armadilhas. 

De acordo com o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Luís Scandelai, o principal desafio dessa região em relação ao HLB é a grande quantidade de árvores de citros em pomares domésticos, que podem servir de criadouro de psilídeos. “Embora a incidência da doença na região seja baixa, variando de 0,07 a 4%, essas áreas que não têm o controle do psilídeo representam risco de contaminação. Com o Alerta Fitossanitário, fica mais fácil dos citricultores identificarem onde estão os focos do inseto e tomarem decisões para protegerem seus pomares”, afirma Scandelai. 

A situação do HLB na região de Lins é mais preocupante, com o registro de 16% de plantas com sintomas da doença, de acordo com o último levantamento feito pelo Fundecitrus, em 2015. A regional é composta por 24 municípios: Adolfo, Álvaro de Carvalho, Arealva, Avaí, Balbinos, Bauru, Cafelândia, Garça, Getulina, Guaiçara, Guaimbê, Guarantã, Iacanga, Júlio Mesquita, Lins, Marília, Pederneiras, Pirajuí, Pongaí, Presidente Alves, Reginópolis, Sabino, Sud Mennucci e Uru. A ferramenta cobre 68,5% da área, com a presença de 2,7 mil armadilhas instaladas em 23 mil hectares. 

Parceria com o citricultor
O sistema online do Alerta Fitossanitário é abastecido quinzenalmente com informações dos citricultores sobre a população de psilídeos encontrados nas armadilhas de suas propriedades e de dados gerados por armadilhas do próprio Fundecitrus. São elaborados relatórios que mostram a situação de cada propriedade e das regiões participantes, indicando quais os locais críticos de presença do inseto e onde é necessário fazer o controle. A participação na ferramenta é gratuita e conta com o apoio das empresas Bayer CropScience, Koppert e Syngenta. 

Fonte: Fundecitrus

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