segunda-feira, 22 de junho de 2015

Exceção, agropecuária tem saldo positivo de empregos formais em maio

Café, laranja e cana-de-açúcar estão entre as culturas citadas pelo Ministério do Trabalho como determinantes para o resultado


A agropecuária foi exceção no resultado dos empregos formais em maio. É o que mostra o relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Único com saldo positivo no mês passado, o setor gerou 28,362 mil vagas, com 109,638 mil admissões e 81,276 demissões. O número é 1,83% maior que o registrado em abril deste ano.

“A elevação, decorrente, em parte, da presença de fatores sazonais, foi proveniente principalmente do desempenho positivo das atividades ligadas ao Cultivo de Café (+16.820 postos), às Atividades de apoio à Agricultura (+4.478 postos), às de Cultivo de Laranja (+4.026 postos) e às de Cultivo da Cana-de-açúcar (+4.000 postos)”, diz o relatório do Ministério.

Na comparação com maio do ano passado, quando foram gerados 44,105 mil vagas, houve uma queda de 35,69%. Foi a primeira vez que o setor criou menos de 30 mil empregos em um mês de maio desde 1999, quando as admissões superaram as demissões em 19,360 mil. Desde então, o melhor resultado tinha sido o de maio de 2004, com diferença positiva em 86,459 mil empregos. Desde 1992, série histórica divulgada pelo Ministério do Trabalho, o melhor resultado para o mês é o de maio de 2004, com 86,859 mil vagas.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a agropecuária gerou 35,589 mil vagas formais. Foram 465,812 mil admissões e 430,223 demissões. O saldo é 2,3% maior que o do mesmo período no ano passado, mas o menor desde 2002. A marca anterior era a de 2013, com a criação de 53,595 mil vagas. Nos 12 meses encerrados em maio, o setor mais demitiu que admitiu, com saldo negativo de 39,002 mil vagas (1,094 milhão de admissões e 1,113 milhão de demissões).

Resultado geral

Considerando todos os setores analisados pelo Ministério do Trabalho, o Brasil teve um saldo negativo de 115,599 mil vagas formais de trabalho no mês de maio. Foram 8,265 milhões de admissões e 8,509 demissões. No acumulado do ano, a queda no emprego foi de 243,948 mil postos de trabalho e, nos últimos doze meses, ocorreu a redução de 452,835 mil.

Apesar do resultado negativo, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, acredita em recuperação do nível de emprego formal no segundo semestre. “O FGTS já desembolsou R$ 20 bilhões, neste primeiro semestre, para o setor da habitação e saneamento básico. Esse recurso vai ajudar a recuperar os empregos na construção civil, que deve gerar mais de 1 milhão de novos postos ainda em 2015”, comentou, de acordo com o divulgado pela instituição.

Fonte: Globo Rural

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