quinta-feira, 28 de maio de 2015

Custo e greening desafiam citricultura no PR, diz gerente da Cocamar

Desde 2009, a doença já atinge um índice acumulado de 5,39% em Paranavaí (PR) e em 9,47% em Londrina (PR), regiões atendidas pela cooperativa



Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo
O aumento do custo de produção da laranja, principalmente por conta do combate ao greening, e o avanço da doença no Paraná, são os principais desafios da citricultura no Estado, a mais produtiva do país. A avaliação é de Leandro Teixeira, gerente de Produção Agrícola da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que participa nesta quinta-feira (28/5) da Semana da Citricultura, em Cordeirópolis (SP). Desde 2009, a doença já atinge um índice acumulado de 5,39% em Paranavaí (PR) e em 9,47% em Londrina (PR), regiões atendidas pela cooperativa.

"Como o custo de produção tem se elevando bastante, por conta do greening e da mão-de-obra utilizada no combate à doença, a única saída é a elevação da produtividade e o Paraná precisa sair na frente", disse Teixeira. Para isso, acooperativa paranaense mantém um rígido controle de manejo dos pomares dos 351 produtores, com 10 agrônomos exclusivos para os 11 mil hectares com citros na área de atuação.

"O plantio de laranja precisa primeiro de autorização da Agência de Defesa Sanitária do Paraná (Adapar) e todo cultivo precisa de definição do agrônomo, que recomenda a variedade, porque o plantio depende (da escala de processamento) da indústria processadora da cooperativa", disse. "O agrônomo define ainda todo o manejo até a entrega da fruta para a colheita, que também é monitorada pela cooperativa". A fruta é processada na unidade de Louis Dreyfus Commodities (LDC), em Paranavaí, unidade que foi vendida pela cooperativa à companhia.

Com isso, a produtividade dos citricultores de laranja da Cocamar varia de 809 a 932 caixas de laranja por hectare, quase dobro da produtividade brasileira, de 553 caixas por hectare, e 625 caixas por hectare em São Paulo. Dos produtores da Cocamar, 38% tem produtividade acima de 1 mil caixas por hectare e outros 17% acima de 1,4 mil caixas por hectare. "Tivemos produtores de sequeiro (laranja sem irrigação) acima de 2 mil caixas por hectare", concluiu.

Fonte: Globo Rural  (por Estadão Conteúdo)

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