segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Software permite mapear infestação de pragas em lavouras

Uma empresa de softwares do agronegócio no Brasil desenvolveu uma ferramenta que permite obter mapas de calor dos pontos de infestação de pragas em propriedades agrícolas. Com o programa de computador, integrado com tablets, é possível estabelecer zonas dentro de um determinado perímetro e aplicar defensivos em menor quantidade e de maneira mais eficiente. Quem desenvolveu o mecanismo foi a empresa TOTVS, que tem uma filial em Curitiba, no Paraná.

Os resultados de cada propriedade dependem do uso que se faz da ferramenta, mas a empresa diz que é comum clientes relatarem reduções de gastos na ordem de 10% com agroquímicos. Em Cascavel, no ciclo 2015/16, o custo por hectare total com a soja foi de R$ 1,9 mil por hectare, sendo R$ 450 (23%) somente com defensivos na lavoura. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP). Neste exemplo, 10% a menos representaria R$ 45 de economia por hectare.

O diretor do segmento de agronegócio da TOTVS, Fabio Girardi, explica que as informações do mapeamento (ver foto) podem ser usadas, além da orientação nas aplicações direcionadas de defensivos, para uma avaliação do trabalho de extensão rural. “É possível saber se a amostra do diagnóstico da lavoura foi bem realizada pelo técnico agrícola. Como eu tenho o caminho percorrido dentro da roça [obtido pela comunicação GPS com um tablet], consigo ver se ele visitou todos os pontos necessários, se fez o caminho em ziguezague e outros aspectos”, exemplifica Girardi.

Previsão do tempo e controle da fazenda

O software de gestão permite o controle de todos os processos necessários na fazenda, do planejamento do plantio até a finalização da colheita e comercialização. E um dos fatores mais importantes dentro do programa é a previsão do tempo. Quando o produtor agendar para uma data hipotética o plantio da soja, por exemplo, um cruzamento de dados diz se naquele diz escolhido haverá condições meteorológicas favoráveis para aquele manejo. “Se for chover, o produtor pode pensar em realizar outra atividade, e com isso já tenho uma economia de deslocamento de máquinas e do operador que não vai ficar parado no campo”, enumera o diretor.


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