quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Brasil terá facilidade para abrir mercados asiáticos, avalia Blairo

Ministro revela que o trabalho de negociação e abertura de mercado precisa ser realizado de forma clara e objetiva

“Nossa geração não terá problemas com exportação de alimentos para a Ásia”. A garantia é dada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, após os 25 dias de missão diplomática em 7 países asiáticos. De volta ao Brasil, Maggi mostra otimismo com o mercado internacional. Apesar das boas expectativas, o ministro revela que o trabalho de negociação e abertura de mercado precisa ser realizado de forma clara e objetiva, tendo a alta cúpula como protagonista, o que significa atuação direta do presidente Michel Temer (PMDB) com os presidentes dos países com quais se pretende estreitar as parcerias comerciais.

Quanto aos próximos passos enquanto ministro, ele garante que não vai fugir da discussão ambiental e que está pronto para provar que o Brasil está fazendo sua parte neste assunto. Para isso, o marketing verde será a principal moeda de negociação no mercado internacional. “Na Ásia, não é feito este tipo de cobrança, quanto à exigência de um selo verde para os produtos que importam do Brasil. Mas, cabe a nós expormos esta realidade, principalmente, o fato de termos 61% de área preservada no país. De certa forma, todo mundo defende a questão ambiental, mas são poucos os que cuidam do próprio quintal”.

Maggi afirma que está cansado de escutar acusações infundadas, que apontam os produtores rurais como responsáveis pela degradação ambiental. “Na realidade, ocorre o contrário. Os produtores rurais são protagonistas da preservação ambiental. Prova disso é que 26 anos atrás a pecuária no Brasil utilizava cerca de 220 milhões de hectares para criar 150 milhões de cabeças de bovinos. Hoje, o rebanho é de cerca de 185 milhões de cabeças em 165 milhões (ha). Ou seja, houve redução de 25% na área e aumento de 23% no rebanho”.

O ministro aponta que esta equação só é possível com o emprego de tecnologia, que mudou o cenário econômico no campo brasileiro. “Há 40 anos, importávamos alimentos e agora somos um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Isso garante nosso estoque tecnológico no agronegócio, que interessa a muitos compradores estrangeiros”. Um cartão de visita que tem usado junto aos mercados internacionais é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “No Brics, o governo russo já queria levar o presidente da Embrapa para participar de eventos estratégicos naquele país, o que demonstra a relevância da nossa atuação científica”. 

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