segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Colheita da uva começa no norte do Rio Grande do Sul

Clima mais quente, em relação a Serra Gaúcha, possibilita a colheita nessa época. Em média, o quilo da uva é comercializado a quatro reais na região.


A uva fresca, que alegra a mesa de muitas famílias nas festas de fim de ano, já começa a ser colhida no Rio Grande do Sul, o principal produtor do país. As primeiras variedades estão saindo dos parreirais do norte do estado.

Os parreirais estão carregados com frutos de boa qualidade. Ha dez anos a família Côvado da Silva planta uva em uma propriedade de cinco hectares em Ametista do Sul, norte do estado.

As variedades niágara branca e rosa são destinadas ao consumo in natura, já a bordô vai para a fabricação de vinhos. Para ajudar no trabalho foram contratados 10 funcionários.

"Dá em torno de 10 mil quilos por hectare. Temos cinco hectares, então nós tiramos 45, 50 mil quilos por safra”, explica Volnei Côvado da Silva, agricultor.

O que possibilita a colheita nessa época é o clima mais quente em relação a Serra Gaúcha, maior produtora de uva.

“É uma uva excelente. Se diferencia um pouco da serra devido à quantidade de sol e luminosidade que nós temos em nossa região”, explica Joceani dal Cero, agrônoma da Emater.

Como os produtores da região começam antes a colheita, em relação a outras partes do estado, conseguem um preço melhor pela fruta. Em média, o quilo da uva está sendo comercializado a quatro reais. Nessa mesma época, no ano passado, o quilo da uva era vendido por volta de dois reais.

Parte da produção vai para indústrias de vinho do município, como uma que utiliza um antigo garimpo, de onde eram extraídas ametistas, para conservar o vinho. Trezentos metros dentro da mina desativada, o ambiente é escuro e a temperatura constante em 17 graus, ideal para maturação.

“Quando se tem uma temperatura controlada, que não tenha grandes variações, que não tenha luminosidade, que tenha uma umidade constante, isso conserva o produto no seu melhor e ainda atribui qualidades ao produto”, explica Silvanio Antônio Dias, enólogo.

Fonte: Globo Rural

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