O Banco Central alterou a metodologia de apuração das transações econômicas entre o Brasil e o exterior, que passam a seguir novo padrão internacional. O mudança afeta a fórmula de cálculo e o nome pelo qual são conhecidos alguns indicadores.
Haverá ainda novos dados que antes não eram apurados ou que não era apresentados com tanto destaque, como a compra ou venda do passe de atletas.
O IED (Investimento Estrangeiro Direto), por exemplo, passa a se chamar Investimento Direto no País. Antes, essa estatística considerava a entrada ou saída do Brasil de dinheiro de propriedade de uma pessoa ou empresa estrangeira. Agora, o que interessa é se os recursos estão entrando ou saindo e não quem é o dono.
O envio de recursos da filial de uma empresa brasileira que está situada em outro país para o Brasil, por exemplo, na forma de empréstimo, deixa de ser um retorno de Investimento Brasileiro Direto e se torna parte da estatística que antes se chamava IED.
Também vai entrar nessa conta o reinvestimento de lucros obtidos no Brasil por empresas estrangeiras que atuam aqui. O BC vai contabilizar essa movimentação como um dinheiro que saiu do país como envio de lucro (o que afeta o resultado final das transações correntes) e que depois voltou como investimento, apesar da transação não envolver operações de câmbio e se dar totalmente na moeda nacional.
O Investimento Brasileiro Direto, aliás, passa a se chamar Investimento Direto no Exterior. O novo padrão segue a metodologia desenvolvida pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). A regra anterior criada pelo Fundo era utilizada pelo Brasil desde 2001.
O impacto dessas mudanças nas estatísticas serão conhecidos na próxima quarta-feira (22), quando serão divulgados os dados de março de 2015. Haverá atualização, pela nova regra, a partir de janeiro de 2014.
Posteriormente, o BC irá recalcular também os números anteriores, cujas estatísticas começam em 1947.
Fonte: Folha de S.Paulo
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