A mosca-branca tem se destacado na última década como uma das principais pragas em diversas culturas de importância econômica para o Brasil. Soja, algodão, feijão e tomate, culturas com extensas áreas de plantio em Goiás, são alguns exemplos de plantas severamente prejudicadas por esse inseto. Em tomateiro, a mosca-branca representa uma ameaça séria por provocar danos diretos (sucção da seiva e injeção de toxinas) e indiretos (transmissão de vírus). Os begomovírus, com ampla dispersão e alta incidência nas principais regiões produtoras, são considerados os vírus mais sérios para a cultura do tomateiro. Os begomovírus destacam-se também em feijoeiro, sendo um dos principais problemas da cultura, especialmente na época seca.
Já em plantas de soja e algodão, os relatos de begomovírus são escassos e inconsistentes. Dentre as principais recomendações para o manejo da begomovirose destacam-se o controle do inseto-vetor e o uso de materiais resistentes. Nas culturas do tomateiro e do feijoeiro, o manejo da mosca-branca é efetuado essencialmente com aplicações frequentes de inseticidas. No entanto, o controle químico é altamente dificultado pela existência de diversas culturas hospedeiras de mosca-branca durante todo o ano que, inclusive, são cultivadas em regiões próximas ao tomateiro.
Além disso, o problema é agravado pela alta taxa de multiplicação do inseto e crescente surgimento de populações resistentes aos principais produtos utilizados, em razão do manejo equivocado dos inseticidas. Conclui-se que o manejo da mosca-branca não deve ser voltado apenas para a cultura-alvo e em propriedades isoladas, mas realizado de maneira ampla e coordenada, envolvendo a adoção planejada de práticas culturais e manejo racional de inseticidas de forma integrada em várias culturas hospedeiras dentro de uma macrorregião.
Este projeto tem, portanto, o objetivo de consolidar uma rede de profissionais com o propósito de gerar informações para subsidiar futuras propostas de manejo da praga em ampla área, envolvendo várias culturas hospedeiras, com ações que visem o controle da praga e a redução da incidência da virose, levando-se em conta o manejo da resistência aos inseticidas e táticas que interfiram na interação vetor-patógeno nas principais culturas, em nível regional, voltado primeiramente para o Estado de Goiás e para o Distrito Federal.
Fonte: Embrapa
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