terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Empresas lançam projeto agroflorestal sustentável no Amazonas

Executivos da Aplub e da Renbrasil apresentaram ontem (22) o projeto Carauari Amazônia, voltado para a produção agroflorestal no município localizado no rio Juruá, distante 989 quilômetros de Manaus.

As empresas se uniram para investir em um grande projeto que visa a explorar a atividade madeireira sustentável, aliada à fruticultura e à piscicultura numa área de mais de 900 hectares de floresta em Carauari, com a expectativa de geração de 3 mil empregos, utilizando, preferencialmente, mão de obra local.

“É um projeto que se encaixa perfeitamente na matriz de desenvolvimento econômico do nosso governo, que tem na piscicultura, na fruticultura e na biotecnologia seus principais pilares”, disse o governador José Melo, ao receber, em seu gabinete, a comitiva liderada pelo presidente da Aplub, o ex-senador Nelson Wedekin e o presidente da Renbrasil, ex-embaixador Brian Michel Fraser Neele.

Também participaram do encontro os prefeitos de Manaus, Arthur Neto, e de Carauari, Chico Costa, além de representantes de órgãos e entidades de classes ligadas à indústria, ao setor primário e área de desenvolvimento econômico.
A ideia de transformar o município em um grande produtor de peixe e de frutas agradou ao governador e aos técnicos do governo que participaram da reunião. “Esse é o carro-chefe do nosso governo, que já conta com o interesse de países estrangeiros, como a China”, lembrou o governador.

Manejo florestal

O projeto, planejado para ser executado num período de 90 anos, tem como pilares básicos a exploração madeireira baseada no manejo florestal, casada com o desenvolvimento de atividades econômicas, como a fruticultura e a criação de peixe em cativeiro.

De acordo com o executivo Enrico Minoli, integrante da comitiva, tanto a atividade madeireira quanto a produção de frutas e a piscicultura serão associadas ao beneficiamento (agroindústria), ampliando as oportunidades de emprego para a população.
“Toda a atividade será concentrada em Carauari. Pelos nossos cálculos, vamos desenvolver no município a maior produção de peixe em cativeiro do Estado”, afirmou o executivo.

Durante a apresentação do projeto foi destacada a expertise da Renbrasil, uma empresa estrangeira de capital nacional, em atividades sustentáveis relacionadas à agricultura, biotecnologia, produção de material biodegradável e energia renovável, entre outras atividades que estão no projeto a ser implantado pela empresa.

O grupo tem como parceira a Organização de Pesquisa Agrícola (ARO), uma organização israelense especializada em implantar projetos agrícolas em regiões inóspitas e com climas extremos, como o deserto. A Renbrasil também está firmando parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

“Levem a certeza de que todos nós vamos estar juntos neste empreendimento, porque temos muito interesse em dar ao mundo o exemplo de que é possível fazer no formato que precisa ser feito, com os cuidados ambientais e sociais, mas sem tratar essa região como se fosse uma virgem intocável”, disse o governador José Melo, ao oferecer sua estrutura técnica para auxiliar no projeto.

“Coloco os técnicos do governo à disposição para dirimirmos as eventuais dúvidas, porque tenho maior interesse em mostrar para o mundo que é possível produzir numa região como a nossa, preservando a natureza, mas também desenvolvendo atividade econômica dentro do conceito de sustentabilidade”.

Bases sustentáveis

A preocupação com a sustentabilidade e questão ambiental também deu a tônica da discussão com o governador José Melo, que contou a com a presença de técnicos desta área do governo e da Prefeitura de Manaus.
O projeto será implantado na fazenda Aplub, de propriedade da empresa de mesmo nome, em Carauari.
Rígido controle ambiental com uso de alta tecnologia como 200 drones para vigiar o processo de retirada de madeira, deverá ser implantado, segundo os executivos.

Ainda de acordo com os empresários, para a atividade agrícola, a área utilizada não deve ser superior 1,8%, bem abaixo do que é estipulado por lei.

Fonte: Em Tempo

Parcerias com a Embrapa buscam aprimorar práticas agrícolas


Contatos antecipam instalação da sede da empresa em Alagoas e são voltados para a produção de mudas in vitro, frutas, mandioca e criação de suínos e aves



Na expectativa pela instalação de sua própria unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Alagoas busca firmar parcerias com unidades da empresa em outros estados para aprimorar as técnicas de produção em diversos segmentos da agricultura.

Os contatos têm sido firmados pelo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, no sentido de estabelecer o diálogo com representantes dessas unidades para garantir apoio, principalmente, no que se refere à fruticultura, mandiocultura e avicultura.

Neste mês de fevereiro, durante a feira Show Rural, um dos maiores eventos agropecuários do Brasil, realizado na cidade de Cascavel-PR, Vasconcelos debateu a possibilidade de criação de um centro de produção de uvas nas áreas irrigadas pelo Canal do Sertão. O contato foi feito junto a técnicos da Embrapa Uva e Vinho, instalada em Santa Catarina.

A intenção é promover experimentos no Semiárido alagoano para identificar as variedades mais indicadas para a produção do Estado, a partir do Programa de Melhoramento Genético desenvolvido pela Embrapa Uva e Vinho. “Temos uma área enorme nas margens do Canal do Sertão onde podemos incentivar a produção de uvas por assentados da reforma agrária e do crédito fundiário. Essa iniciativa também é compatível com o tema que a sede da Embrapa em Alagoas deverá ter, Alimentos Funcionais, Aromas e Sabores”, explicou Vasconcelos. 

Durante o evento, o secretário Álvaro Vasconcelos esteve reunido com o analista de Gestão de Transferência de Tecnologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Hermínio Souza, para conhecer o projeto de melhoramento genético da mandioca desenvolvido na Bahia.

“A rede de multiplicação e transferência de manivas-sementes com qualidade genética e fitossanitária é de grande interesse para Alagoas, já que somos um grande produtor de mandioca, principalmente na região Agreste. O projeto da Embrapa na Bahia traz muitas inovações e garante a sustentabilidade e competitividade do produto, que gera renda para inúmeras famílias alagoanas”, disse o secretário.

Outro projeto que despertou o interesse do Governo de Alagoas foi o abatedouro móvel elaborado pela Embrapa Suínos e Aves, com sede em Concórdia-SC. Montado na carroceria de um caminhão, o modelo apresentado é voltado para o abate em pequena escala de suínos, atendendo a todos os critérios de controle sanitário, sociais, ambientais e trabalhistas.

“Alagoas tem uma carência muito grande de abatedouros e matadouros para suínos. Com o abatedouro móvel, poderíamos beneficiar vários municípios, atendendo a todas as exigências legais. Vamos conhecer melhor o projeto e analisar a possibilidade de trazer uma unidade para nosso Estado”, afirmou Vasconcelos.

Produção de mudas in vitro

A produção de mudas in vitro a partir de biorreatores, projeto desenvolvido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, também foi destacado pelo secretário Álvaro Vasconcelos, que ressalta ao aumento da produtividade e a redução de custos como fatores mais importantes do método.

Os biorreatores são equipamentos utilizados na multiplicação das mudas de plantas com segurança, economia e higiene, produzindo mudas em larga escala, de forma automatizada, com monitoramento e controle das condições de cultivo.

“Os biorreatores apresentam grande versatilidade para diversos tipos de plantas, inclusive as que apresentam tolerância à seca. Além disso, reduzem a necessidade de mão de obra na produção de mudas e os custos com água e energia, com diminuição do período de cultivo e aumento da eficiência. Alagoas tem interesse em dispor desses biorreatores para melhoramento genético da cana de açúcar e já estamos conversando com a Embrapa de Brasília para discutir essa possibilidade”, disse Vasconcelos.

Capacitação

O secretário Álvaro Vasconcelos debateu ainda, em Cascavel, os detalhes para o intercâmbio entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) do Paraná e de Alagoas, trazendo técnicos paranaenses com experiência na elaboração de projetos para capacitação de técnicos e produtores rurais alagoanos.

“Queremos promover a qualificação dos técnicos e produtores, inclusive criando novos modelos de capacitação. Nosso foco deve ser o Parque de Exposições do município de Batalha, onde já promovemos vários cursos e que queremos transformar em um centro de capacitação na região da Bacia Leiteira”, afirmou o secretário. 

Fonte: Tribuna Hoje

Produtores de maracujá comemoram nova safra em SC e aumento do preço

Com quebra de safra em outras regiões, produção catarinense cresce. 
Ao todo, 70% dos frutos de SC vão para o mercado de SP.

Foto: Divulgação G1
O Sul catarinense é o maior produtor de maracujá no estado. Na última safra, os mais de 520 produtores colheram 19 mil toneladas, e neste ano a produção deve aumentar. Com pouca fruta no mercado brasileiro, pela quebra de safra de outras regiões, o preço subiu.

"Nós chegamos ao preço de R$ 60 a caixa em 11 de janeiro e deve ficar em R$ 20 a caixa no restante do ano", diz o engenheiro agrônomo da Epagri, Sandoval Miguel Ferreira.

A expectativa da família da produtora Geneci Pereira de Freitas é que o lucro este ano seja tão grande quanto as frutas. "A família trabalha junto, porque se toda tarde tu não estás aqui polinizando, tu não vai ter um rendimento", diz a produtora sobre o início da nova safra.

Entretanto, a colheita atrasou por causa do frio e do excesso de chuva. E o custo de produção subiu 25%. Com isso, produtores adotaram novas técnicas de manejo. "Usamos menos herbicida possível, para ter uma planta mais sadia", diz o produtor Reginaldo Freitas.

De toda a produção catarinense, 70% do maracujá vai pra central de abastecimento de São Paulo. "Ele é um fruto grande, é um fruto bem cheio e por dentro ele tem bastante polpa", explica o engenheiro agrônomo Henrique Petry, sobre o sucesso do fruto regional.

Fonte: G1 SC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Projeto vai reduzir uso de agrotóxico no tomate goiano

Reduzir o uso de defensivos agrícolas na produção de tomate em Goiás. Projeto neste sentido será executado em parceria entre a Agência Goiana da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e a Universidade Federal de Goiás (UFG). O projeto tem como objetivo a construção de uma vitrine tecnológica que apresentará técnicas e produtos que, aplicados à produção de tomate, podem reduzir o uso de agrotóxicos.

A professora da UFG Abadia Reis visitou, nesta semana, a diretora de Pesquisa Agropecuária da Emater, Maria José Del Peloso, para discutir o projeto, que foi idealizado após pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indicar índices elevados em hortaliças comercializadas por diversos produtores na Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa). “Por meio dessa vitrine, capacitaremos produtores, estudantes e profissionais da área”, explicou Abadia Reis.

Antes do estabelecimento da vitrine, a iniciativa prevê a elaboração de um diagnóstico da produção de tomate em Goiás, que inclui um levantamento de viveiros de mudas do fruto. A análise da quantidade de resíduo de defensivos em tomates e a validação de tecnologias que minimizem o uso dos produtos são ações também previstas no projeto.

Apoio técnico

Maria José Del Peloso informou que a Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater deve ser a principal envolvida no projeto. “Os técnicos podem contribuir com o diagnóstico. Vamos indicar os mais capacitados em produção de tomate”, explicou.

O assessor especial da presidência da Emater, Joaquim Gomide, sugeriu que o projeto capacite técnicos que possam acompanhar os produtores e comprovar a eficiência da tecnologia apresentadas na vitrine. “Por mais que o produtor se informe sobre uma tecnologia, muitas vezes ele não tem conhecimento técnico para aplicar. O acompanhamento técnico seria importante para mostrar a eficiência do projeto”, defendeu.

A Emater aguarda o recebimento do projeto estruturado para dar continuidade às ações de parceria. A proposta desenvolvida pela UFG conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e parceria do Ministério Público estadual.

Fonte: Goiás Agora

Brasil e Argentina discutem estratégias de abertura de mercados para produtos agropecuários

Países pretendem acelerar tratativas para acordos com a União Europeia, China e Rússia


A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, o secretário de Política Agrícola, André Nassar, e o secretário de Defesa Agropecuária Luis Rangel, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), receberam nesta quarta-feira (17) a comitiva do secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca do Ministério da Agroindústria da Argentina, Ricardo Negri, para estreitar a relação bilateral. O principal objetivo foi construir uma agenda conjunta para impulsionar o comércio internacional de produtos agropecuários.

O governo do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, acredita que o agronegócio será o vetor de desenvolvimento do país. Por isso, a Argentina propõe a construção de uma ambiciosa agenda de negociações comerciais com grandes mercados importadores de produtos agropecuários. Os dois ministérios concordam que as tratativas com a União Europeia, China e Rússia, além de outros mercados, devem ter prioridade na pauta dos governos.

A Argentina propõe, ainda, a retomada do mecanismo de consultas bilaterais em matéria sanitária e fitossanitária, entre os dois ministérios, criado em 2010. Além disso, sugere a coordenação das posições dos dois países em fóruns internacionais. “Como Brasil e Argentina são grandes exportadores de alimentos, com a construção de uma agenda comum, teremos voz mais ativa nos organismos internacionais como o Codex Alimentarius, Comitê da Organização Mundial do Comércio (OMC) e na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”, destacou Tatiana Palermo.

O governo argentino garantiu apoio ao Brasil no grupo de análise de risco sanitário e fitossanitário no âmbito da Junta Interamericana de Agricultura, que engloba todos os países das Américas. O secretário Rangel destacou a importância de ferramentas de alerta rápido e da harmonização de entendimentos e procedimentos na área sanitária e fitossanitária.

O secretário André Nassar apontou o interesse do Mapa em estreitar cooperação com a Argentina na área de infraestrutura e logística para o escoamento de produtos agropecuários, que foi bem recebido pelos argentinos. Os visitantes também ressaltaram a relevância da cooperação técnico-científica entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta).

Para a reunião em Brasília, vieram da Argentina, além do secretário Ricardo Negri, a secretária de Mercados Agroindustriais, Marisa Bircher, o diretor nacional de Relações Agroalimentares Internacionais do Ministério de Agroindústria, Omar Ernesto Odarda, e o diretor nacional de Proteção Vegetal do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar, Diego Quiroga.

Fernanda Tallarico - Assessoria de comunicação social

Governo aumentará produção de bioinseticida da Embrapa contra Aedes

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta sexta-feira (19) que o governo federal trabalha para aumentar a produção do inseticida biológico Bt-horus, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O produto é capaz de matar as larvas do mosquito Aedes aegypti – transmissor de dengue, febre chikungunya e zika - sem prejudicar a saúde das pessoas e dos animais domésticos.

Kátia Abreu participou do Dia Nacional de Mobilização da Educação contra o Zika, em Goiânia,onde falou sobre o papel dos professores e dos alunos no combate ao inseto, na Escola Municipal Professora Maria Nosídia Palmeiras das Neves e no Colégio Estadual Francisco Maria Dantas.

Diferentemente dos inseticidas tóxicos, o Bt-hours também não prejudica o ambiente, porque não é cumulativo ou poluente.

O governo, afirmou a ministra, vai acelerar a produção do produto, que ainda não é fabricado em escala industrial. Além disso, em caráter emergencial, outro biolarvicida com os mesmos princípios será importado dos Estados Unidos.

“A Embrapa produziu um larvicida orgânico, que mata a larva e impede o nascimento do mosquito. Estamos correndo com a produção. Como não teremos quantidade suficiente por enquanto, a presidente Dilma Rousseff mandou importar dos EUA”, informou.

Por não ser tóxico, o larvicida poderá ser distribuído às crianças dentro das escolas, juntamente com um manual de instruções. Um frasco de 30 mililitros é suficiente para atender uma residência por dois meses. O Bt-horus, que é uma solução liquida e pode ser adicionado em qualquer lugar que acumule água ou tenha potencial para ser um criadouro do Aedes aegypti.

“Queremos entregar na mão desse exército mirim um frasco de 30 ml. Por ser de fácil aplicação e não fazer mal a saúde, a própria família utiliza”, explicou.

A ministra ainda sugeriu às escolas que organizem oficinas para as crianças aprenderem a construir a mosquitoeira, espécie de “ratoeira” para o mosquito. Feita por uma garrafa pet cortada ao meio vedada por um tecido fino, o aparelho impede a passagem das larvas e evita a proliferação do inseto.

Aberta a colheita da maçã em Santa Catarina

Os produtores de maçã da região de Videira estiveram reunidos, na última quinta-feira (18) na sede da Fischer S/A Agroindústria, em Fraiburgo, para comemorar o início da colheita e discutir as oportunidades e desafios para o setor. Santa Catarina é segundo maior estado produtor de maçã do Brasil, respondendo por 45,9% do que é produzido no país. SC conta com mais de 1,8 mil agricultores ligados ao setor que produziram 613 mil toneladas na última safra.

Durante encontro foram debatidas as questões em relação ao setor que preocupam os produtores, como a possível importação de maçãs e peras da China, o que poderia trazer grandes prejuízos para os fruticultores catarinenses. “Devido à grande quantidade produzida e aos subsídios do governo chinês, a maçã chinesa chegaria ao mercado brasileiro com um preço menor do que o custo de produção em Santa Catarina” alerta o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Pierre Nicolas Peres.

Apoio

O ano foi de queda na safra devido ao excesso de chuva, falta de frio e geada fora de hora. O Governo do Estado tem apoiado os fruticultores investindo na subvenção de parte do prêmio do Seguro Agrícola para os produtores de maçã de Santa Catarina. Só na região de Videira foram aproximadamente R$ 474 mil investidos desde 2012 para beneficiar 226 famílias. “A maçã é um produto muito forte em Santa Catarina. Ao longo dos anos tivemos altos e baixos mas passamos a fase difícil”, afirmou o governador Raimundo Colombo, que esteve presente no encontro.

Seguro Agrícola

O Seguro Agrícola é um programa do Governo Federal que subsidia 60% do valor total do prêmio, ficando o produtor responsável pelo pagamento de 40%. O Governo do Estado beneficia esses produtores com a subvenção de metade destes 40%, limitado a 4,5 hectares por produtor. Ou seja, o agricultor paga apenas 20% do total.

Em 2013, foram incluídas ao Programa de Subvenção ao Seguro Agrícola do Governo do Estado as frutas de caroço (ameixa, nectarina e pêssego), além das culturas já atendidas (arroz, cebola, feijão, milho, soja, trigo e uva).

Fonte: Economia SC

CITROS/CEPEA: Baixa oferta mantém cotações da laranja em alta

A oferta de frutas de qualidade continua bastante limitada no mercado paulista de laranja de mesa, o que tem mantido os preços em alta, principalmente os da pera temporã. A média parcial da semana (segunda a quinta-feira) da laranja pera é de R$ 20,65/caixa de 40,8 kg, na árvore, aumento de 6% em relação à da semana passada.

Agentes acreditam em continuidade das altas, visto que a oferta seguirá reduzida até o início da colheita das precoces (previsto para a segunda quinzena de março). Dados divulgados nesta semana apontando estoques reduzidos de indústrias paulistas no encerramento da safra atual (2015/16) podem manter firmes os preços ao produtor na temporada 2016/17, tanto aos que comercializam laranja para o processamento quanto aos que vendem para o mercado de mesa.

Essa expectativa é reforçada pela possibilidade de menor produção de laranja também na próxima temporada e na consequente redução dos estoques de suco da safra 2016/17 – cenário que poderia ser alterado em caso de forte redução nas vendas nacionais e/ou forte melhora no rendimento.

Fonte: Cepea/Esalq

Valor bruto da produção agropecuária é de R$ 501,4 bi neste início de ano

O valor bruto da produção agropecuária (VBP) brasileira começa o ano estimado em R$ 501,4 bilhões. O número foi divulgado na última quinta-feira (18) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por se tratar de uma avaliação preliminar, baseada em informações insuficientes para traçar um quadro mais completo, a expectativa é que possa haver alterações ao longo de 2016.

Segundo a Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, o VBP de R$ 501,4 bilhões indica um recuo de 1,2% em relação ao de 2015, de R$ 507,4 bilhões. As lavouras representam 65% desse montante e registraram redução de 0,3% em comparação ao VBP de 2015. A pecuária significa 35% do total, com retração de 2,8% quando cotejada com o ano passado.

Entre os produtos com melhor desempenho, destacam-se o amendoim (16,2 %); banana (14,2 %); cacau (10%); café (17,8 %); mamona (19,8 %); soja (11,8%); trigo (17,1%) e maçã (33,5%). A soja contribui com 37,5% do VBP das lavouras do país e representa um valor da produção estimado em R$ 122,2 bilhões.

Vários produtos tiveram queda do valor da produção. Entre eles, os que apresentam maior redução, até o momento, são algodão herbáceo (-7,4 %); arroz (-10,2%); cana-de-açúcar (-11,3%); fumo (-15,7%); milho (-7,8%); laranja (-7,4%); tomate (-49,6%) e uva (-13,3%).

As informações regionais confirmam a predominância do Sul na formação do VBP nacional, com um valor de R$ 148,0 bilhões, seguida do Centro-Oeste (R$ 134 bilhões), Sudeste (R$ 127,2 bilhões), Nordeste (R$ 49,4 bilhões) e Norte (R$ 29,8 bilhões).

De acordo com a SPA, a análise do VBP mostra também a importância crescente da soja no Norte do país, com destaque para Tocantins, Rondônia e Pará. O estudo indica ainda que este ano se apresenta favorável para a maioria dos estados brasileiros em termos de faturamento. Isso pode ser atribuído à soja e ao café em estados como Minas Gerais e Espírito Santo.

Veja aqui e aqui as tabelas do VBP nacional e regional.